Quanto a Terapia Ocupacional Infantil (TOI) desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento integral das crianças,
TERAPIA OCUPACIONAL E AUTISMO: ABORDAGENS
PERSONALIZADAS PARA AJUDAR CRIANÇAS COM
ESPECTRO AUTISTA
SILVIA HELENA MOREIRA LUIZ MARTINS
INTRODUÇÃO
O artigo aborda a importância da Terapia Ocupacional (TO) na
abordagem do Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando
estratégias personalizadas para atender às necessidades
individuais das crianças autistas. Este trabalho tem como objetivo
geral explorar as estratégias personalizadas na Terapia
Ocupacional para crianças com autismo, reconhecendo a
importância da individualização no tratamento. Buscaremos
compreender como essa abordagem terapêutica pode contribuir
para o desenvolvimento global desses indivíduos, promovendo não
apenas suas habilidades motoras, sensoriais, cognitivas e sociais,
mas também sua participação ativa na sociedade.
METODOLOGIA
Esse trabalho foi desenvolvido Através da revisão da literatura,
examinaremos as contribuições de diversos autores renomados,
destacando a relevância da avaliação individualizada, intervenção
sensório-motora, adaptação do ambiente e desenvolvimento de
habilidades sociais e de comunicação na prática da Terapia
Ocupacional para autismo. Além disso, abordaremos a importância
da participação da família e da integração em ambientes inclusivos,
como a escola, no processo terapêutico.
DENVOLVIMENTO
Conforme o a Associação Americana de Terapia Ocupacional
(2018), a Terapia Ocupacional (T.O) é uma disciplina da área da
saúde que visa promover o bem-estar e a independência das
pessoas através do envolvimento em atividades significativas.
“Quando aplicada ao autismo, essa abordagem terapêutica busca
melhorar habilidades motoras, sensoriais, cognitivas e sociais,
contribuindo para o desenvolvimento global da criança autista”
(AMERICAN. A, 2018, p. 5).
Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
têm desempenhado um papel crucial no avanço do conhecimento
científico sobre Terapia Ocupacional e Autismo. “Por meio de
pesquisas e projetos, essas instituições têm contribuído para a
formação de profissionais capacitados e para a implementação de
práticas terapêuticas eficazes para atender às necessidades
específicas da população autista” (USP,2016, p. 21).
Sobre o autismo, em sua definição geral por vários especialistas, o
Autismo é um transtorno complexo do desenvolvimento que afeta a
maneira como uma pessoa percebe e interage com o mundo ao seu
redor. Segundo a Associação Americana de Psiquiatria “o autismo
é caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e na
interação social, além de padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades” (APA, 2013, p. 50).
concentrando-se em promover seu bem-estar físico, emocional,
cognitivo e social. A TOI emprega uma abordagem baseada em
atividades lúdicas e funcionais para auxiliar as crianças a adquirirem
as habilidades necessárias para participar ativamente em suas
atividades diárias, como brincar, se vestir, alimentar-se e interagir
com os outros.
Percebemos até aqui que, na promoção do tratamento do autismo,
a Terapia Ocupacional desempenha um papel significativo ao adotar
abordagens personalizadas para atender às necessidades
individuais de cada criança.
A começar com a avaliação Individualizada que, conforme sugerido
por Dunn (2007), é fundamental realizar uma avaliação detalhada
das necessidades e habilidades de cada criança com autismo para
direcionar o plano de tratamento de forma personalizada (DUNN,
2007, p. 82).
Outra possível estratégia é o desenvolvimento de Habilidades
Sociais e Comunicação que, de acordo com Kuhaneck e Watling
(2015), “estratégias terapêuticas baseadas em atividades
estruturadas e sistemas alternativos de comunicação podem facilitar
o desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação em
crianças com autismo, promovendo sua interação e inclusão”
(KUHANECK; WATLING, 2015, p. 214).
Essas estratégias, embasadas em evidências e adaptadas às
necessidades individuais de cada criança, são fundamentais para
maximizar os benefícios terapêuticos e promover um
desenvolvimento saudável e inclusivo em crianças com autismo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, podemos dizer que a Terapia Ocupacional, ao
proporcionar intervenções personalizadas e holísticas, desempenha
um papel fundamental na promoção do desenvolvimento saudável,
na melhoria da qualidade de vida e no estímulo à inclusão social das
crianças com autismo. O compromisso contínuo com a pesquisa, a
educação e a prática clínica são essenciais para avançar ainda mais
nesse campo e oferecer suporte cada vez mais eficaz a essa
população tão especial.
REFERÊNCIAS
Associação Americana de Terapia Ocupacional. Estrutura da
prática da terapia ocupacional. 3ª ed. Jornal Americano de
Terapia Ocupacional, 2018.
AYRES, A. J. Integração sensorial e a criança: Compreendendo
os desafios sensoriais ocultos. Serviços Psicológicos Ocidentais.
2005.
BORGES, P. A. M. Intervenção precoce em crianças com
transtorno do espectro autista: um estudo de caso. Revista
Brasileira de Terapia Ocupacional. 2014.
CAMPOS, A. C. O brincar terapêutico na inclusão social de
crianças com transtorno do espectro autista. Dissertação
(Mestrado em Educação), USP, São Paulo, 2015.
DUNNCAN, E. Occupational therapy for children. Philadelphia:
Elsevier, 2006.
KUHANECK, H. M., & WATLING, R. Autismo: Uma Abordagem
Abrangente de Terapia Ocupacional. 3ª ed. Imprensa AOTA.
2015