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Professora Ângela Cristina Dornelas da Silva

O Brincar e a Terapia Ocupacional: uma revisão integrativa

Projeto de pesquisa submetido ao edital


02/2019/PROPESQ-UFPB para seleção
de projetos de iniciação científica
2019/2020.

João Pessoa

Maio de 2019
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RESUMO

O brincar é objeto de estudo da Terapia Ocupacional por ser uma das principais
ocupações infantis e por ser um potente recurso para intervir em diferentes situações
que comprometem o desenvolvimento infantil, sejam elas de natureza biológica ou
ambiental. Na prática profissional o brincar é utilizado como meio e como fim do
processo de intervenção. Entretanto, a compreensão e utilização do brincar depende
da abordagem teórico-prática que o terapeuta ocupacional assume. Neste sentido, a
presente pesquisa objetiva identificar as produções bibliográficas de terapeutas
ocupacionais brasileiros em relação ao brincar, bem como analisar como os
terapeutas ocupacionais compreendem e utilizam o brincar na prática profissional com
crianças no campo social, na saúde e na educação. Para tanto, realizar-se-á uma
revisão integrativa da literatura, cuja questão central é “o que as publicações de
autores brasileiros têm revelado sobre a relação entre a Terapia Ocupacional e o
brincar? ”. A busca das publicações acontecerá nas bases de dados Lilacs, Medline
(acesso via Biblioteca Virtual em Saúde) e Scielo, e em portais das revistas nacionais
especificas de terapia ocupacional, utilizando o descritor “Terapia Ocupacional”, junto
ao operador boleano “AND” combinado com os descritores “brincadeiras e
brinquedos”, “jogos e brinquedos” e com os termos livres “brincar”, “brincadeiras” e
“brinquedos”. Os critérios de inclusão das publicações são: artigos originais
disponíveis na íntegra, publicados desde o ano 2000, nos idiomas português, inglês e
espanhol, cujos autores sejam terapeutas ocupacionais brasileiros. Os critérios de
exclusão são: publicações duplicadas, revisões de literatura e produções que
discutem o brincar para maiores de 12 anos. As publicações serão analisadas por dois
pesquisadores independentemente, iniciando pela leitura de títulos e resumos,
seguidos da análise na integra dos artigos que preencherem os critérios de inclusão.
Os resultados serão apresentados em quadros e em categorias. Espera-se com o
estudo contribuir para a discussão sobre a prática do terapeuta ocupacional em
relação ao brincar, assim como discutir a formação profissional nesta temática.

Descritores: Terapia Ocupacional. Brincar. Brinquedos e Brincadeiras.


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SUMÁRIO

1. Introdução.................................................................................3
2. Fundamentação Teórica...........................................................5
3. Justificativa...............................................................................9
4. Objetivos..................................................................................10
5. Metodologia.............................................................................11
6. Financiamento.........................................................................13
7. Cronograma............................................................................14
Referências ..................................................................................15
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1-INTRODUÇÃO

O olhar sobre as crianças como sujeitos articulados a uma compreensão sobre


a importância do brincar tem se mostrado uma estratégia fundamental para efetivação
de uma concepção de infância com direitos subjetivos e singularidades em seu
processo de inserção na cultura (DEBORTOLI; LINHALES; VAGO, 2005).
Trata-se de um fenômeno complexo, holístico, e por consequência, difícil de
compreender. Nenhuma definição do brincar é unânime entre os pesquisadores.
Entretanto “a generalização do brincar e sua persistência no tempo provam que este
fenômeno apoia algumas relações com as forças profundas e permanentes da
espécie humana” (FERLAND, 2006, p.01)
O brincar é visto como uma das atividades que mais contribuem para a
promoção do desenvolvimento intelectual, social, emocional e físico das crianças
(POLETTO, 2005). É considerado como qualquer atividade espontânea e organizada
que proporciona prazer, entretenimento e diversão (AMERICAN OCCUPATIONAL
THERAPY ASSOCIATION, 2002).
O brincar está presente em todas as culturas e exerce importante papel sobre
os aspectos biopsicossociais do desenvolvimento infantil e, por isso, tem se
constituído em fonte instigante de preocupações científicas (PFEIFER, 2009).
Um dos pioneiros em descrever o desenvolvimento do brincar foi Piaget (1967).
Para ele o brincar é a expressão da evolução cognitiva da criança. No contexto da
Terapia Ocupacional Nancy Takata, baseada nas afirmativas de Piaget e Parten,
definiu o brincar como “um conjunto complexo de comportamentos que é
caracterizado por um processo dinâmico que envolve atitudes e ações particulares”
(TAKATA, 1974, p.5 ).
De acordo com Blanche (2000), o brincar tem sido utilizado na terapia
ocupacional com três ênfases: como contexto para promover competência, como
motivação e como atividade espontânea e divertida. Entretanto, na perspectiva da
Ciência Ocupacional, o brincar é visto como uma ocupação e por isso relacionada ao
processo de desenvolvimento. A criança se desenvolve exercendo a ludicidade, assim
como a forma de brincar se modifica com o passar dos anos (HUMPHRY, 2011). Neste
sentido, o engajamento da criança no brincar deve ser a finalidade da terapia, não
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apenas uma forma de motivar a criança para realizar as atividades propostas ou para
treinar habilidades infantis.
Entretanto, Fonseca e Silva (2015) mostraram que terapeutas ocupacionais
têm utilizado o brincar com o objetivo principal de treinar habilidades cognitivas e
motoras para melhorar o desempenho de crianças com deficiência em atividades do
cotidiano e que os profissionais se baseiam, geralmente, nas teorias da psicologia em
suas intervenções, em detrimento de teorias e princípios próprios da Terapia
Ocupacional sobre o brincar.
Assim, surgiu o interesse em investigar na literatura cientifica como os
terapeutas ocupacionais tem concebido o brincar em suas práticas profissionais com
crianças, nos diferentes campos de atuação profissional.
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2-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A formação em Terapia Ocupacional deve contemplar aspectos científicos e éticos,


capacitando o profissional a utilizar teorias, técnicas e tecnologias apropriadas para cada
pessoa considerando as necessidades específicas para garantir a participação no seu
contexto de vida.
No que tange à atenção a criança, o olhar da Terapia Ocupacional sobre a
mesma deve considerar as bases teóricas que abordam o processo do
desenvolvimento e a relação da criança com o mundo externo, buscando intermediar
e facilitar esse encontro e, quando necessário, adaptar o ambiente para que este
possa ocorrer. Este “olhar” contempla a criança como ser único e íntegro. A
assistência em Terapia Ocupacional procurará ressaltar as capacidades da criança, e
não suas dificuldades (MOTA; TAKATORI, 2001).
O terapeuta ocupacional deve considerar as ocupações próprias da fase da
infância, entendendo que as ocupações são definidas como padrões coerentes de
ação que surgem por meio das transações entre a criança e o ambiente e as coisas
que a criança quer fazer ou se espera que faça (HUMPHRY, 2002).
Quando as crianças estão em risco de não se engajar nas ocupações
valorizadas e esperadas ou não realizá-las para a sua própria satisfação ou para a
satisfação de outros, os terapeutas ocupacionais trabalham com as famílias,
professores, e outros membros da equipe para melhorar o desempenho das crianças
nas ocupações convencionais (HUMPHRY, 2011; p. 23).
Neste contexto, o brincar é objeto de estudo da Terapia Ocupacional pois é uma das
principais ocupações da criança e que permeia todo seu cotidiano. Existem diferentes
abordagens sobre o brincar e a prática da Terapia Ocupacional, mas que podem se
dividir em duas grandes correntes. Em uma delas o brincar é definido como uma
modalidade de intervenção, permitindo melhorar as funções precisas da criança; é
pelo brincar que o terapeuta ocupacional desenvolve as funções sensoriais, motoras
ou cognitivas das crianças em função de sua idade (FERLAND, 2006).
Na segunda corrente de pensamento, o brincar não é somente um meio
terapêutico, mas também um objetivo a se alcançar em terapia ocupacional. Atividade
essencial na infância ele é tido como um elemento crítico da experiência humana,
carregado de sentido e ligado a qualidade de vida da criança, é uma filosofia que
permeia modelos de intervenção (FERLAND, 2006).
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Na perspectiva de uma modalidade de intervenção, o brincar é concebido como


meio de se alcançar objetivos e tem dois lugares na prática da Terapia Ocupacional:
um no qual é fonte de motivação para a criança participar da intervenção, e
estabelecer o vínculo terapêutico, além de instigar a interação com o ambiente para
atingir os objetivos da intervenção; e outro no qual o brincar é visto como um contexto
para o desenvolvimento de capacidades adaptativas e, por isso, pretende o
desenvolvimento de habilidades específicas e está relacionada a algum método de
tratamento e/ou de intervenção (BLANCHE, 2000).
De acordo com Primeau (2011, p. 653):
a brincadeira e o lazer como meios são frequentemente utilizados para
abordar comprometimentos em estruturas e funções orgânicas dos
clientes e as limitações em suas habilidades de desempenho.
Utilizando a abordagem de tratamento/restaurar [...], os profissionais
engajam seus clientes nas atividades de brincadeira e lazer que se
destinam a facilitar aquisição de suas metas de tratamento
relacionadas a esses comprometimentos e limitações.

Esta concepção parece advir dos estudos sobre o desenvolvimento humano no


qual o brincar exerce a função de promover o desenvolvimento de competências
neuropsicomotoras das crianças. Piaget (1967) defende que é por meio dos jogos e
brincadeiras que as crianças vão, aos poucos, elaborando conceitos. A característica
ativa dos jogos e brincadeiras proporciona uma capacidade natural de aprendizagem
para as crianças.
Entretanto, para que a criança construa seu conhecimento a partir de
experiências anteriores, é necessário que suas estruturas mentais estejam prontas
para fazer essa relação. Estas experiências irão se organizar para construir um novo
conceito ou ampliar um anteriormente construído. Piaget (1967) ainda destaca que é
por meio dos jogos e brincadeiras que as crianças vão, aos poucos, elaborando
conceitos. A característica ativa dos jogos e brincadeiras proporciona uma capacidade
natural de aprendizagem para as crianças.
Com este pensamento, são lançadas as propostas de brincadeiras dentro de
métodos de tratamento/ intervenção, a fim de levar as crianças a um maior nível de
desenvolvimento em determinado aspecto, seja ele motor, cognitivo, sensorial ou
social.
Quanto a segunda corrente de pensamento onde o brincar é visto como
experiência para a Construção do Sujeito, Blanche (2000) destaca que a forma de
utilizar o brincar na prática da Terapia Ocupacional é como fim em si mesmo,
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buscando a experimentação do prazer, do agir espontâneo e flexível para a criança.


Nesta corrente o brincar é visto como um aspecto inerente à natureza humana, porém,
existem pessoas que, em função de doenças, e de situações educacionais ou sociais
podem apresentar dificuldades em engajar-se na atividade do brincar.
Winnicott (1975) destaca que o brincar é um facilitador do crescimento, um
aliado para a saúde, além de promover relacionamentos grupais. Somente através do
brincar, o indivíduo tem a oportunidade de ser criativo e de utilizar sua personalidade
de forma integral. Entretanto, essa capacidade sofre influência das condições
pessoais e ambientais.
Para Ferland (2006) o brincar é um processo natural que permite a criança
desenvolver suas capacidades de adaptação e interação, as quais poderão ser
utilizadas em diversas situações, contribuindo para o viver melhor no cotidiano.
Quando brinca, a criança experimenta a frustração e o fracasso. A utilização do brincar
na Terapia Ocupacional permite a criança experimentar igualmente essas situações
e, apoiada pelo terapeuta, aprende a reagir e a manter sua ação (FERLAND, 2006).
A partir destes preceitos Ferland desenvolveu o Modelo Lúdico, que busca
redescobrir a riqueza extraordinária do potencial terapêutico do brincar e abordar a
criança em um domínio que lhe é próprio, a saber, o brincar.
Dentre os objetivos do Modelo Lúdico estão: estimular, desenvolver e manter a
atitude lúdica na criança, instigando a curiosidade, a espontaneidade, o prazer, senso
de humor, a imaginação, a capacidade de solucionar os problemas, tendo em conta a
dimensão afetiva.
Segundo FERLAND (2006) para que a abordagem seja eficaz é essencial
realizar uma avaliação da criança, que objetiva conhecer o brincar da criança e
compreendê-la por intermédio de seu brinquedo. Avalia-se tanto sua atitude e seu
interesse pelo brincar quanto suas habilidades e dificuldades lúdicas. Crêr-se que a
criança seja capaz de fazer numerosas descobertas, usar a criatividade e ter o
sentimento de controlar sua terapia; ela experimenta de fato o que a criança sem
prejuízos no desenvolvimento experimenta na brincadeira.
Alinhada a esta corrente de pensamento Takatori et al (2001) destacam que
um bom programa de reabilitação prevê intervenções com um olhar para as questões
do desenvolvimento motor, da socialização, da inclusão escolar, do acompanhamento
da família no processo de reabilitação, entre outras. Mas, o exercício de olhar para o
brincar dessa criança deve ser presença constante na clínica, uma vez que no brincar
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a criança presentifica sua forma de ser e é somente a partir de sua forma singular de
ser que o fazer pode acontecer.
Contudo, os terapeutas ocupacionais também precisam ter uma visão mais
ampliada do brincar. Devem ter em mente que a promoção do brincar para a
população infantil é uma ação de saúde, que contribui não só para o desenvolvimento
infantil, mas também para a ressignificação do modelo de cuidado para a população
infantil (MITRE; GOMES, 2004).
Santana et al (2018), também destacam a importância do brincar nos contextos
de vulnerabilidade social e ressaltam que por meio de atividades lúdicas, as crianças
expandem o espaço de trocas e vivencias aprimorando seus papéis sociais. Assim, o
brincar é um potente instrumento que o terapeuta ocupacional utiliza para facilitar que
as crianças elaborem sentimentos e tenham oportunidade de explorar o mundo ao
redor, e possam superar as vulnerabilidades que lhes foram impostas.
Assim, considera-se que o brincar é um importante domínio da prática da
Terapia Ocupacional, e que os profissionais devem focar-se nas habilidades e
potencialidades da criança por meio da experiência do brincar e buscar ambientes
livres de barreiras sociais, físicas e culturais para seu pleno exercício (ZAGUINI et al,
2012).
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3-JUSTIFICATIVA

A realização deste estudo é bastante relevante pois busca sintetizar o


conhecimento produzido por terapeutas ocupacionais brasileiros sobre o brincar e a
terapia ocupacional. A compreensão do brincar é indispensável para todos os
terapeutas ocupacionais que trabalham com crianças sob quaisquer circunstancias,
pois o brincar é a principal ocupação infantil e a forma como cada indivíduo brinca
determinará seu desenvolvimento, sua saúde e seu futuro.
Neste contexto, a medida que o aluno de iniciação científica for executando o
projeto entrará em contato com diversos olhares sobre o brincar no contexto da sua
profissão, aprofundando seu conhecimento sobre o tema, assim como desenvolverá
a habilidade de investigar a realidade de modo sistematizado, utilizando o método
científico, tornando-o produtor de conhecimento também. Ademais, o método utilizado
subsidiará o aluno a desenvolver a capacidade de realizar uma prática profissional
baseada em evidencias cientificas, garantindo uma melhor assistência a população
infantil.
Espera-se com o estudo contribuir para a discussão sobre a prática do
terapeuta ocupacional em relação ao brincar nas áreas da saúde, da educação e no
campo social. Busca-se com os resultados da pesquisa, fornecer evidências para a
discussão nas instituições formadoras sobre a formação de terapeutas ocupacionais
no contexto da infância.
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4-OBJETIVOS

Objetivo Geral

Identificar as produções bibliográficas de terapeutas ocupacionais brasileiros


que relacionam a terapia ocupacional e o brincar.

Objetivos Específicos

 Investigar a compreensão do brincar por terapeutas ocupacionais brasileiros


 Identificar situações em que os terapeutas ocupacionais utilizam o brincar na
prática profissional.
 Identificar as teorias e as concepções que baseiam a pratica dos terapeutas
ocupacionais brasileiros em relação ao brincar.
 Identificar as abordagens do brincar utilizadas no contexto da prática de
terapeutas ocupacionais.
 Analisar se existem diferenças nas concepções e abordagens do brincar por
terapeutas ocupacionais nas diferentes áreas de atuação (saúde, educação e
campo social)
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5-METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de Revisão Integrativa, visto que possibilita a


sistematização do conhecimento científico produzido, aproximando o pesquisador da
problemática investigada, permitindo acompanhar a evolução do tema, responder
questões da pesquisa e formular novas questões (GANONG, 1987)

A constituição da Revisão integrativa seguirá as seis etapas preconizadas por


Ganong (1987), sendo elas: 1) estabelecimento da pergunta de pesquisa; 2) definição
dos critérios de inclusão de estudos e seleção da amostra; 3) organização dos dados
e categorização dos estudos, considerando as características em comum; 4) análise
crítica dos achados, identificação de diferenças e conflitos; 5) interpretação e
discussão dos resultados e 6) apresentação da revisão.

Desse modo, a pergunta central da pesquisa é: “o que as publicações de


autores brasileiros têm revelado sobre a relação entre a Terapia Ocupacional e o
brincar?”.

Os critérios de elegibilidade das publicações para a revisão são: artigos


originais disponíveis na íntegra, publicados desde o ano 2000, nos idiomas português,
inglês e espanhol, cujos autores sejam terapeutas ocupacionais brasileiros. Os
critérios de exclusão são: publicações duplicadas, revisões de literatura e produções
que discutem o brincar para maiores de 12 anos.

A busca das publicações ocorrerá em setembro de 2019, e para capturar as


demais produções de 2019 outra busca será realizada em janeiro de 2020. As buscas
acontecerão nas bases de dados Lilacs, Medline (acesso via BVS - Biblioteca Virtual em
Saúde) e Scielo, utilizando o descritor “Terapia Ocupacional”, junto ao operador
boleano “AND” combinado com os descritores “brincadeiras e brinquedos”, “jogos e
brinquedos” e com os termos livres “brincar”, “brincadeiras” e “brinquedos”. Para
ampliar a busca, serão utilizados os portais das revistas nacionais especificas de
terapia ocupacional utilizando os termos “brincar”, “brincadeiras” e “brinquedos” nos
seguintes periódicos: Revista de Terapia Ocupacional da USP, Revista Baiana de
Terapia Ocupacional, Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional e a Revista
Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional- REVISBRATO.
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O processo de seleção dos artigos para revisão seguirá os seguintes passos:


identificação das publicações nas bases de dados e portais de revistas; leitura de
títulos e resumos dos artigos; análise na integra dos artigos que preencherem os
critérios de inclusão por dois pesquisadores.

Os resultados serão apresentados em quadro para caracterizar as publicações


(título, autores, desenho do estudo, volume, número, página, ano, periódico e país de
publicação). A partir da análise dos conteúdos dos artigos serão criadas categorias
para identificar como os terapeutas compreendem o brincar (perspectivas teóricas
sobre o brincar no contexto do desenvolvimento infantil de crianças típicas a atípicas)
e como utilizam na prática profissional (abordagens e aplicações práticas).

O estudo tem viabilidade técnica, pois o departamento de Terapia Ocupacional


disponibiliza sala com computadores e internet para pesquisas, além do acesso ao
portal de periódicos capes que amplia o acesso aos artigos na íntegra, e a docente
tem experiência em estudos de revisão sistematizada.
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6.FINANCIAMENTO

Não há financiamento previsto para a pesquisa, ficando sob responsabilidade do


pesquisador todos os custos necessários.

Orçamento
Material Quantidade Preço Unitário Preço Total
(unidades) (R$) (R$)
Cópias dos artigos 300 0,10 30,00
Resma de papel 1 20,00 20,00
Cartucho preto para impressora 1 50,00 50,00
Marcador de texto 2 8,00 16,00
CUSTO TOTAL 116,00
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7.CRONOGRAMA

2019 2020
Atividades M J J A S O N D J F MA M J J
A U U G E U O E A E A B A U U
I N L O T T V Z N V R R I N L
Elaboração do Projeto de pesquisa x

Busca nas bases de dados x x

Análise dos artigos x x x x x x x

Elaboração de quadro e categorias x x


com os resultados

Redação do Relatório Final x x

Entrega do Relatório x
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REFERÊNCIAS

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