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Psicologia Infantil: O Que É e Como

Funciona
As várias abordagens da Psicologia podem divergir em diversos temas, mas elas têm
algo em comum: todas entendem que a infância é um período crítico na vida do sujeito,
sendo responsável por configurar a descoberta da identidade, dentre outros processos
fundamentais para o desenvolvimento saudável. Por isso, a Psicologia Infantil é tão
importante.

Justamente por ter a missão de ajudar a criança a entender os seus sentimentos e nomeá-
los, para, pouco a pouco, construir um repertório comportamental funcional. A
Psicologia Infantil, então, investiga e analisa o comportamento de crianças com base na
cognição, percepção, aflições emocionais, condições sociais e, até mesmo, físicas.

Quer saber mais? Então, continue a leitura para conhecer um pouco mais sobre a
Psicologia Infantil!

O que é e qual é o objetivo da Psicologia Infantil?


A infância é um período caracterizado como um dos mais preocupantes, uma vez que os
pais buscam proporcionar à criança o melhor que há em alimentação e desenvolvimento
físico, por exemplo. Contudo, é preciso entender que a saúde mental também deve ser
um tópico já acompanhado pelos pais, que deverão acompanhar os possíveis impactos
no crescimento e a evolução das funções motoras que se relacionam ao aspecto
emocional e cognitivo das crianças. 

É nesse cenário que entra a Psicologia Infantil, um ramo das ciências psicológicas
voltado para entender o funcionamento psíquico das crianças. Elas passam por vários
estágios de desenvolvimento que impactam as suas ações e a percepção de mundo.
Assim, qualquer desvio no processo natural de amadurecimento pode provocar
sofrimento mental e, consequentemente, algum tipo de manifestação sintomática.

A grosso modo, a Psicologia Infantil tem o foco em trabalhar com cuidado as emoções,
as percepções e os aprendizados da infância. Dessa forma, o terapeuta buscará
compreender, por exemplo, as formas da criança falar, sentir, gerar conhecimento, criar
imagens e construir relações. Esses aspectos são abordados a partir da experiência
individual, com o intuito de detectar conflitos e ressignificar eventos.

O terapeuta acaba assumindo o papel de facilitador, sendo capaz de identificar os


conflitos e auxiliar na busca de melhores alternativas para lidar com eles. Além disso,
tem a função de orientar os pais a como intervir diante dessas vivências.

Como funciona a Psicologia Infantil?


Normalmente, as primeiras sessões envolvem os pais, para o terapeuta fazer
a anamnese do caso e entender a visão dos pais a respeito das situações relacionadas à
criança. As entrevistas iniciais tem o objetivo de reunir informações sobre a história da
criança e conhecer a dinâmica familiar em que a criança está inserida.
Após a realização das entrevistas iniciais, o restante das sessões é realizado somente
com o paciente, ou seja, com a criança. Como elas têm uma maneira singular de
expressar os sentimentos e emoções, o atendimento lúdico é a melhor e mais usada
alternativa para criar um vínculo entre terapeuta e paciente.

As brincadeiras poderão incluir massa de modelar, lápis de cor, jogos e qualquer outra
atividade que permita que a criança compartilhe detalhes da vida pessoal de forma mais
leve. É através do brincar que a criança expressará seu mundo simbólico, cabendo ao
terapeuta estar atento para entender o que o paciente diz em meio às brincadeiras.

Eventualmente, alguns encontros com os pais poderão ser necessários para alinhamento
de plano de tratamento e/ou esclarecimento de algum ponto trazido pela criança durante
os atendimentos. O envolvimento dos pais neste processo é imprescindível para sua
evolução, bem como a parceria com a escola, já que a criança tende a passar boa parte
do dia no ambiente escolar.

Como é a atuação do psicólogo com as crianças?


O Psicólogo Infantil pode atuar em escolas, hospitais e grupos de apoio, tendo grande
interface com a Pedagogia, por exemplo. Estar envolvido em uma equipe
multidisciplinar capacita o terapeuta a entender as possíveis alternativas de tratamento
que consigam potencializar o bem estar biopsicossocial do paciente.

Quando está no consultório privado, o psicólogo infantil costuma exercer seu serviço
em contato direto com o paciente e a família. Essa é a atuação mais conhecida pelo
senso comum, pois se trata da configuração de terapia já amplamente difundida, porém
com ênfase em intervenções lúdicas.

Por outro lado, em escolas o profissional vai atuar com a promoção do


acompanhamento do progresso cognitivo, linguístico e emocional dos alunos. O papel
do psicólogo nesse ambiente é fundamental, pois é onde a criança passa boa parte do
seu dia e aprende a conviver com outras.

Ademais, quando falamos em hospitais, a presença do psicólogo infantil será no apoio


aos pacientes que precisam lidar com traumas ou dificuldades. Existem diversos
pacientes infantis internados e/ou passando por tratamento intensivo e, por isso, o
terapeuta irá acompanhá-lo para garantir que essa fase não tenha impacto negativo no
desenvolvimento daquela criança.

Por fim, o psicólogo pode oferecer suporte para vários grupos de pessoas em condição
vulnerável por meio de apoio comunitário. Normalmente, nesse caso, atendem regiões
carentes ou afetadas por carência material.

Como a TCC pode ajudar nas terapias infantis?


A Terapia Cognitivo-Comportamental se apropria de técnicas e de linguagens não
verbais que fazem parte do ambiente lúdico infantil construído com o objetivo de criar
uma relação para, de alguma forma, conversar com a criança sobre os seus sentimentos
e comportamentos. 
A partir da década de 1980, houve crescimento da difusão da aplicabilidade da Terapia
Cognitivo-Comportamental com crianças e adolescentes. Assim, com base nesse
crescimento mostrou uma maior consistência. 

As propostas de tratamento retomam a importância das intervenções focadas nas


emoções e do caráter interpessoal de construção do conhecimento. A terceira onda em
TCC propõe intervenções que explicitam detalhadamente o papel adaptativo das
emoções. Isso possibilita a ampliação de visão e aprimoramento dos tratamentos em
TCC com crianças e adolescentes.

É importante ir ao médico o mais rápido possível se você estiver com sintomas de


qualquer coisa errada com o seu corpo, para que não seja “tarde demais” para um
tratamento.

A Psicologia Infantil segue o mesmo raciocínio. Quanto mais cedo a criança for inserida
no contexto da terapia, mais chances há de os traumas vividos não o acompanhem pelo
resto da vida.

Logo, estudar sobre o tema é o primeiro passo para estar preparado para atender
crianças com intervenções que realmente façam sentido para aquela criança.

Pensando nisso, sugerimos o curso de Terapia Cognitivo-Comportamental na Infância e


Adolescência, a porta de entrada para conhecer o que envolve a Psicologia Infantil.

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