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A Terapia Cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes

A Terapia Cognitivo comportamental (TCC) é uma das abordagens disponíveis


para o tratamento de diferentes sintomatologias na infância, de modo individual
ou em grupo, cujas evidências de efetividade são amplamente conhecidas
(Suveg et al., 2008; Kendall et al., 2008; Petersen, 2011).
A TCC lida com remodelação de comportamentos e pensamentos, automáticos
ou não. De modo geral pode-se dizer que essa abordagem busca alterar o
modo como a pessoa se relaciona com o meio, através de suas percepções,
pensamentos e ações mediante o treinamento de novas maneiras de lidar com
percepções e pensamentos, resultando num comportamento diferente e melhor
adaptado.
A terapia cognitivo-comportamental é uma modalidade de psicoterapia que ajuda
as crianças a elaborar o turbilhão de sentimentos diante de estímulos familiares,
escolares e mesmo midiáticos.
A Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) pode ser utilizada para tratamento
de psicopatologias na infância e adolescência, auxiliando, por exemplo, na
abordagem clínica dos transtornos de ansiedade e depressão (Elkins, McHugh,
Santucci & Barlow, 2011; Hirshfeld-Becker et al., 2010). O objetivo do
tratamento a partir da TCC está em ir em busca de uma modificação da
estrutura cognitiva das crianças para que elas consigam se comportar, sentir e
pensar de modo diferente e mais adaptativo no futuro (Petersen & Wainer,
2011).
Essa teoria para o tratamento da ansiedade e da depressão na infância
envolve uma diversidade de técnicas com comprovada eficácia para remissão
dos sintomas. As intervenções envolvem atividades prazerosas, reestruturação
cognitiva, a resolução de problemas, relaxamentos, treino em habilidades
sociais e intervenções psicoeducativas com os pais e responsáveis.
Há pouco tempo atrás acreditava-se que as crianças não possuíam maturidade
cognitiva para usufruírem da psicoterapia. A terapia cognitivo-comportamental, no
entanto, se apropria de técnicas e de linguagens não verbais que fazem parte do
ambiente lúdico infantil para poder dialogar com os pequenos.
A essência dessa modalidade é que o terapeuta não seja um mero analista, e sim
que faça a criança/adolescente um ser ativo em seu próprio processo de
elaboração psíquica. Ou seja, tendo recebido um diagnóstico de alguma
patologia ou não, toda criança precisa saber identificar suas próprias emoções e
as emoções daqueles que o cercam. Essa habilidade, quando trabalhada em
conjunto com estratégias de comunicação, colabora para a construção de
relações interpessoais mais saudáveis ao longo da vida. As crianças também
estão sujeitas a estímulos que vem da mídia, de propagandas, de coleguinhas,
professores e outros familiares. Por isso, a experiência da terapia-cognitivo
comportamental é uma oportunidade de aprendizado, melhorando a educação da
criança com ambiente seguro, onde se sinta à vontade para falar sobre seu
sentimentos e dificuldades. Com o tempo, a criança ou adolescente saberá como
gerenciar adequadamente as diversas situações que o envolve. Portanto,
pessoas felizes são aquelas que se sente segura, que pode falar sobre seus
sentimentos, temores e, sobretudo, são estimuladas ao autoconhecimento.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
56872019000100004#:~:text=A%20Terapia%20Cognitivo%2Dcomportamental
%20para%20crian%C3%A7as&text=O%20objetivo%20do%20tratamento
%20a,Petersen%20%26%20Wainer%2C%202011).
https://www.marisapsicologa.com.br/ajuda-emocional/blog/38-blog/555-
tratamentos-para-ansiedade-infantil.html
https://noeh.com.br/terapia-cognitivo-comportamental/

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