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Terapia Cognitivo-
Comportamental
ANSIEDADE NA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA: TRATAMENTO
Edivana Almeida
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entanto, as tarefas de casa fornecem a prática repetida, necessária para a aquisição
e o refinamento completo das habilidades propostas nas sessões.1
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Como funcionam as intervenções de exposição?
A primeira etapa é para identificar os “gatilhos” (estímulos internos e externos pre-
disponentes e mantenedores da ansiedade patológica). O terapeuta pode projetar,
junto com o paciente, uma “hierarquia de medos” em relação a determinados ob-
jetos ou às situações ansiogênicas. Cada nível do medo, nesta escala hierárquica,
representa a intensidade do que é tolerável ao paciente e como a exposição, siste-
mática e gradativa, pode promover progressos significativos no controle da ansie-
dade. Em vez de pensar em termos de “tudo e nada”, por exemplo, “não posso tocar
em um cachorro, porque ele vai me morder” ou “não posso cruzar uma ponte, por-
que vou cair”, o terapeuta solicita ao paciente os níveis de dificuldade à exposição.1,3
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4. Expressar emoções subjacentes.
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alcance das metas, como a modelagem de situações da vida real, a dramatização,
o treinamento de relaxamento, o reforço contingente durante o tratamento, entre
ouras.2,4
Enfrentamento do medo
As atividades criativas e lúdicas, apresentadas no contexto de uma relação tera-
pêutica sintonizada com a empatia, envolvem as crianças/adolescentes e aumen-
tam a eficácia da TCC. Brincar tem um papel significativo na TCC com crianças, pois
fornece um contexto acessível e adequado ao desenvolvimento, para que elas par-
ticipem da terapia. A combinação de estratégias e técnicas de jogos estruturada
com a TCC permite uma implementação eficaz do tratamento.2
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Atividades lúdicas são conhecidas por reduzirem os níveis de ansiedade, permitin-
do que as crianças/adolescentes lidem, com mais sucesso, com as situações estres-
santes. Quando estas estão envolvidas em jogos e atividades lúdicas, não apenas
se divertem, mas também relaxam e aprendem novas habilidades. Além disso,
a fim de evitar a possibilidade de que a TCC seja enfadonha para as crianças ou
adolescentes, cabe aos terapeutas desenvolver maneiras criativas e envolventes de
transmitir essas habilidades aos seus jovens pacientes (role play, técnicas de rela-
xamento, games, entre muitas outras). As atividades da TCC podem ser divertidas
e apropriadas para a superação dos medos, são eficazes quando as crianças as en-
tendem, gostam delas e ficam mais motivadas a participar das sessões.2
EXEMPLO PRÁTICO
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Muitas crianças experimentam medos; medos que são normais em termos de desen-
volvimento. Crianças com transtornos de ansiedade, no entanto, experimentam medos
persistentes ou outros sintomas de ansiedade por meses. As crianças podem experimentar
todos os transtornos de ansiedade experimentados por adultos. No entanto, elas também
podem apresentar o transtorno de ansiedade de separação e o mutismo seletivo (falta de
fala em certas situações sociais, que se acredita estar relacionado à ansiedade social), que
são exclusivos das crianças.
Há uma série de sintomas comuns observados em crianças ansiosas. Os sintomas que
envolvem pensamentos incluem: preocupação, pedidos de confirmação, “e se”, perguntas
e pensamentos obsessivos perturbadores. Os sintomas comuns que envolvem comporta-
mentos incluem: dificuldade de separação, evitar as situações de medo, acessos de raiva
quando confrontados com medo, “congelamento” ou mutismo em situações de medo e
rituais repetitivos ou compulsões. Os sintomas comuns que envolvem sentimentos in-
cluem: ataques de pânico, hiperventilação, dores de estômago, dores de cabeça e insônia.
Para rastrear, rapidamente, um ou mais transtornos de ansiedade em crianças, quatro
perguntas costumam ser úteis:
1. A criança se preocupa ou pede segurança aos pais quase todos os dias?
2. A criança evita, sistematicamente, certas situações ou atividades adequadas à idade
ou evita praticá-las sem os pais?
3. A criança, frequentemente, tem dores de estômago, dores de cabeça ou episódios
de hiperventilação?
4. A criança tem rituais repetitivos diários?
Essas questões abordam os principais pensamentos, comportamentos e sentimentos rela-
cionados à ansiedade, observados em crianças. As intervenções incluíram a psicoeducação
com o paciente e pais, associadas às intervenções cognitivas e comportamentais específicas
ao tratamento de transtornos de ansiedade com crianças e adolescentes. Os resultados
foram satisfatórios e a paciente pôde aprender a lidar, de modo adaptativo e gradativo,
com seus processos emocionais e cognitivos que geravam a ansiedade.
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Sistematizando: Ansiedade na infância e adolescência: tratamento
Ensinar às crianças/
Como funciona as
adolescentes as
intervenções de
habilidades de
exposição?
enfrentamento
Objetivos da TCC no
Identificação dos “gatilhos”
tratamento da ansiedade
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REFERÊNCIAS
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