ANCONALOPEZ, S. (Org.) Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de Uma Prática. São Paulo: Cortez Ed., 2013, p. 45-64. c
FICHAMENTO.
Psicodiagnóstico Interventivo
A referência citada se trata de um capítulo de um livro intitulado
"Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de Uma Prática", organizado por Silvia Ancona Lopez e publicado pela editora Cortez em 2013. O capítulo em questão, escrito por Maria Flávia Onatelli, aborda o tema do psicodiagnóstico interventivo na abordagem fenomenológico-existencial. Ele pode ser uma fonte interessante para quem busca informações e reflexões sobre esse tipo de prática clínica.
O Psicodiagnóstico é um processo de avaliação psicológica que pode ser
utilizado como uma intervenção terapêutica, pois permite ao psicólogo compreender e auxiliar na resolução de problemas emocionais e comportamentais. Ele envolve a aplicação de técnicas e testes psicológicos, entrevistas e observação clínica.
O Psicodiagnóstico pode ser uma prática colaborativa, onde o psicólogo e o
paciente trabalham juntos na construção do diagnóstico e no desenvolvimento de um plano de tratamento. O paciente é visto como um parceiro ativo no processo, e suas perspectivas e experiências são valorizadas. O Psicodiagnóstico pode ser uma prática compartilhada, onde informações e resultados são compartilhados com outros profissionais e cuidadores envolvidos no tratamento do paciente. Isso permite uma abordagem mais holística e colaborativa para o tratamento.
O Psicodiagnóstico pode ser uma prática de compreensão das vivências, onde o
foco está na compreensão das experiências e perspectivas únicas do paciente. O psicólogo trabalha para entender as experiências do paciente e as influências que elas têm em seu comportamento e emoções.
O Psicodiagnóstico pode ser uma prática descritiva, onde o psicólogo se
concentra em descrever e entender as características e sintomas do paciente. Isso pode incluir a utilização de testes e instrumentos padronizados para avaliar o funcionamento cognitivo e emocional do paciente.
No Psicodiagnóstico interventivo, o psicólogo e o paciente trabalham juntos
para identificar problemas emocionais e comportamentais e desenvolver um plano de tratamento. O paciente é visto como um parceiro ativo no processo, e o papel do psicólogo é ajudá-lo a compreender e superar esses problemas, fornecendo suporte e orientação.
Psicodiagnóstico interventivo na abordagem fenomenológico-existencial na
criança envolve a escuta empática, a valorização da perspectiva única da criança, o uso de técnicas como o desenho e o brincar, a colaboração com outros profissionais e cuidadores envolvidos no tratamento, e a intervenção terapêutica para ajudar a criança a superar problemas emocionais e comportamentais. É um processo que busca compreender as vivências da criança e ajudá-la a encontrar soluções para seus problemas, promovendo seu bem-estar emocional e seu desenvolvimento saudável. Descrição do atendimento em psicodiagnóstico interventivo na abordagem fenomenológico-existencial.
O atendimento em psicodiagnóstico interventivo na abordagem
fenomenológico-existencial na criança segue algumas etapas importantes. É importante lembrar que essas etapas podem variar de acordo com o profissional e a situação clínica. No entanto, aqui está uma possível descrição do atendimento:
Anamnese: nesta etapa, o profissional irá realizar uma entrevista com os
pais ou responsáveis pela criança para obter informações sobre o histórico de vida da criança, sua saúde física e emocional, além de suas relações familiares e sociais.
Entrevista inicial com a criança: o profissional irá realizar uma entrevista
com a criança para conhecê-la melhor e estabelecer uma relação de confiança com ela. Nesta entrevista, o profissional pode perguntar sobre seus interesses, suas atividades, sua relação com a família e com outras crianças, entre outros aspectos relevantes.
Observação: durante a entrevista com a criança, o profissional pode
observar o comportamento, a expressão facial, a linguagem corporal e outras formas de comunicação não verbal da criança.
Testes psicológicos: o profissional pode aplicar testes psicológicos
específicos para a faixa etária da criança, como testes de inteligência ou de personalidade. Estes testes podem ajudar a compreender a forma como a criança pensa e se relaciona com o mundo. Entrevistas complementares: em alguns casos, pode ser necessário realizar entrevistas complementares com outras pessoas que fazem parte da vida da criança, como professores, familiares ou médicos.
Devolutiva: após a realização do psicodiagnóstico, o profissional irá
apresentar os resultados da avaliação para os pais ou responsáveis pela criança e, em alguns casos, para a própria criança. Nesta etapa, o profissional pode fornecer orientações para lidar com as questões identificadas durante o psicodiagnóstico.
Intervenção: a intervenção pode ser realizada após a devolutiva, de
acordo com as necessidades e dificuldades identificadas na avaliação. A abordagem fenomenológico-existencial busca compreender as vivências subjetivas da criança e ajudá-la a encontrar significado em sua vida e em suas experiências, a fim de promover seu desenvolvimento e bem- estar emocional. A intervenção pode envolver diferentes técnicas terapêuticas, como jogos, brincadeiras e atividades lúdicas, dependendo da faixa etária e das necessidades da criança.
CONSIDERAÇÕES:
o psicodiagnóstico pode ser utilizado como uma intervenção terapêutica
colaborativa, compartilhada, de compreensão das vivências, descritiva e interventiva, onde o psicólogo e o paciente trabalham juntos para identificar e superar problemas emocionais e comportamentais. É importante que o psicólogo valorize a perspectiva única do paciente e trabalhe em conjunto com outros profissionais e cuidadores envolvidos no tratamento.