Você está na página 1de 260

·.

Dicionário
de
P�dagogia e Puericultura
·.

Dicionário
de
P�dagogia e Puericultura
I
I
\. SANTO::;
j
kÃRIO FERREiRA OOS

= 11',:-:

Dicionário
de
Peda gogia e Puericultura

PUERICULTURA
de autoria de

TOS
YOLANDA BURGUETE SAN

I Volume

\ A -
G I
�\11-

EDITõRA MATESE
ista) SAO PAULO - BRASIL
Av. Irerê, 832 (Planalto Paul
-
I
I
\. SANTO::;
j
kÃRIO FERREiRA OOS

= 11',:-:

Dicionário
de
Peda gogia e Puericultura

PUERICULTURA
de autoria de

TOS
YOLANDA BURGUETE SAN

I Volume

\ A -
G I
�\11-

EDITõRA MATESE
ista) SAO PAULO - BRASIL
Av. Irerê, 832 (Planalto Paul
-
l.a edição -- Janeiro de 1965

INTRODUÇA.O NECESSARIA PARA


O BOM MANUSEIO DESTA OBRA

AOS PAIS E MESTRES


..

Quando nos debruçamos sôbre a História, notamos que,


em todos os ciclos culturais, há sempre algo da cultura que as­
cende, ao lado de algo que declina. A um fluxo de ascenção, há
um refluxo de degenerescência. Ou, em suma, há sempre um
mundo que nasce ao lado de um mundo que morre, um progres­
so ao lado de um retrocesso, alternância inevitável de tôda a vida
biológica e de tôda vida social. Contudo, por entre essas fases
de alternância, observam-se graus maiores de ascenção ou de de­
clínio, sendo raros os momentos em que nos parece que o que se
eleva e o que recua se equilibram, pois o mais observável é que
um lado prepondera sôbre o outro, ou, então, a par da mais alta
ascenção, observa-se o mais acentuado declínio.
Se tivermos o critério de bem observar a História, tais as­
pectos da alternância são evidentes. Muitas vêzes nos ofusca o
brilho do que ascende, o que nos leva a não percebermos, nitida­
mente, o que declina, e essa é a razão porque erramos tantas vê­
zes ao· apreciar os acontecimentos históricos. Quando olhamos o
século de Péricles, notamos, fàcilmente, os aspectos ascencionais
de um período brilhante, e não notamos á precipitação acentuada
do que morria e terminaria por deteriorar todo aquêle ciclo de
tantas magníficas obras e orgulho da humanidade. Assim, tam­
bém, ao vermos a ascensão do período de Augusto, em Roma,
pouco notamos que o império romano estava ferido mortalmente
já pelo que o levaria a desaparecer, como ao notar a pujança da
fase de Luis XIV, na França, não é fácil sentir a decadência da
nobreza, que precipitaria a vitoriosa revolução burguesa, da quaJ
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS a Tomada da Bastilha é o grande símbolo. E assim aconteceu
com todos os povos do mundo, em tôdas as eras da História.
Impresso na Gráfica e Eclitôra MINOX Ltda. para a Livraria
e EditOra LOGOS Ltda. - Rua 115 de Novembro, 137 - B.o andar Aquêles que observam hoje o desenvolvimento da técnica
- Te!.: 35-6080 - Distribuição da EDITORA MATESE - aliada à ciência, o pro,gresso inegavd do maquinismo, a vitória
SAO PAULO - BRASIL
-9-
l.a edição -- Janeiro de 1965

INTRODUÇA.O NECESSARIA PARA


O BOM MANUSEIO DESTA OBRA

AOS PAIS E MESTRES


..

Quando nos debruçamos sôbre a História, notamos que,


em todos os ciclos culturais, há sempre algo da cultura que as­
cende, ao lado de algo que declina. A um fluxo de ascenção, há
um refluxo de degenerescência. Ou, em suma, há sempre um
mundo que nasce ao lado de um mundo que morre, um progres­
so ao lado de um retrocesso, alternância inevitável de tôda a vida
biológica e de tôda vida social. Contudo, por entre essas fases
de alternância, observam-se graus maiores de ascenção ou de de­
clínio, sendo raros os momentos em que nos parece que o que se
eleva e o que recua se equilibram, pois o mais observável é que
um lado prepondera sôbre o outro, ou, então, a par da mais alta
ascenção, observa-se o mais acentuado declínio.
Se tivermos o critério de bem observar a História, tais as­
pectos da alternância são evidentes. Muitas vêzes nos ofusca o
brilho do que ascende, o que nos leva a não percebermos, nitida­
mente, o que declina, e essa é a razão porque erramos tantas vê­
zes ao· apreciar os acontecimentos históricos. Quando olhamos o
século de Péricles, notamos, fàcilmente, os aspectos ascencionais
de um período brilhante, e não notamos á precipitação acentuada
do que morria e terminaria por deteriorar todo aquêle ciclo de
tantas magníficas obras e orgulho da humanidade. Assim, tam­
bém, ao vermos a ascensão do período de Augusto, em Roma,
pouco notamos que o império romano estava ferido mortalmente
já pelo que o levaria a desaparecer, como ao notar a pujança da
fase de Luis XIV, na França, não é fácil sentir a decadência da
nobreza, que precipitaria a vitoriosa revolução burguesa, da quaJ
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS a Tomada da Bastilha é o grande símbolo. E assim aconteceu
com todos os povos do mundo, em tôdas as eras da História.
Impresso na Gráfica e Eclitôra MINOX Ltda. para a Livraria
e EditOra LOGOS Ltda. - Rua 115 de Novembro, 137 - B.o andar Aquêles que observam hoje o desenvolvimento da técnica
- Te!.: 35-6080 - Distribuição da EDITORA MATESE - aliada à ciência, o pro,gresso inegavd do maquinismo, a vitória
SAO PAULO - BRASIL
-9-
<1? homem sobre as fórç.ls brutas - per
d:l natureza, nao
nao o que é ascendente ' , e nao - veem cebem se- cidade dos conceitos, colllu êrro é desprezar a cidcticidade para con­
q�e �e deteriora um sent

mais qualitativo da '1da, par ido siderar apenas a prática. Que haja aquêles que se preocupam ape­
· . a set_ substJtUldo por um mats qua ·

tJtatJvo, um sentimento nob . - n- nas com um ou outro setor, nada se tem a alegar em oposição, por­
re ccder a uma. Vlsao merame
tária, uma segurança de _ nte utili- que é mister os gue observam apenas, que apenas anotam, que
crença : un:.: msep,ur nça
alargamento das angústias � universal, o apenas acumulam dados. Mas permanecer somente numa ciência
am aça o fesespero, e
protocolária, que apenas ficha acontecimentos, seria fazer obra de
ç�o da cultura mais profu�l
a ;
�e ced �ugar a uma diss�mma­
llf!la r�du­
acumulação, de agregação de fatos. :esse mister é nobre, sem dú­
çao mais rápida do conheci
Pode-se sentir que se mul
1
m'en o' con ud o se� pro
fundtdade. vida, mas se apenas permanecermos nêle, longe estaremos de rea­
ti 1'I
sidades, mas o nível méd fu k as _escolas, pr_ o !tferam as
el Ites decai assustadoram
univer­ lizar o entrosamento de tais fatos, e dêles descobrir os nexos que
Desviados os estudiosos . ente. os ligam, fonte das leis, sem as quais não é possível a construção
de ho)e do que de grande
campo da cultura' a hum realizou, no de um saber superior. Também seria um êrro se permanecêsse­
an·d 1 ade em seu pas
sado e�poJ gados por
um f also espírito de nov . .
• mos apenas especulando sôbre as idéias, desprezando a riqueza
idade de modI�In . os mconsistentcs, o nó-
vo, o inesperado o inau que nos oferecem os fatos.
dito �� ' d� surg�r, co;o surge,
de muitos desavi�ados com aos olhos
o a tma p a av�a o saber, um degrau O verdadeiro cientista, pelo menos o maior, aquêle que es­
mais alto do conheci�ento
, e que o conhecimento tá num degrau mais alto do conhecimento, não pode permanecer
senvolve num' humano se de­
a espua. I ascendente, precon no campo apenas do protocolário, da anotação dos fatos apenas
mente falso de que o pro ceit o ing ênu o e supina-
gresso huma;o soF.e fCito • · ·
fichados. .e mister que também saiba reunir, conjugar, conexio­
�ue ao lado dessas não de vitórias, e
conheça de ro as. nar, realizar ilações superiores, que construam as normas gerais
mgenuidade e da pou � ssc engano, fruto da
. ca adv
. ert•
encJa, e sobretudo da iono de u m saber culto, de um saber epistêmico.
.
do que de ma1or f01 real ,., rànc ia
izado pelos homens, leva
garem que o que e, apr muitos a jul- No entanto, se se souber navegar por essas águas, em que há
esentado como novidad
mais elevado do que o e cultural seja o multifário de um lado e o homogêneo do outro, o conhecimen­
proposto pelos anti,., oos' sem, o entanto, to humano, só então pode alcançar níveis mais altos e realizar,
saberem que muitas vê:t:
es se i�cide em ve�os erro -� verdadeiramente, um progresso.
com séculos e até milênio s, Ja refutados
s de a ?J�edenC . ia, mas
em "colombos retardados c que encontram Aquêles gue julgam que nada temos a buscar no passado
" m . os prof tas", um
surgir, velhos fantasma s clo �� : _ . novo res­ revelam a sua ignorância do passado. Também erram aquêles que
p assa ' gue sao esgnmid
a
brilh ntes realizações da os como julgam que no passado está tudo, e que o presente é apenas êrro,
me t 1 u ana, quando,
c
passam de meros d sfa ,leci m to . � e f:Utos:� � na ::_er �adc, não
da nesciencia, mur_ to
que é a semente de um futuro que devemos temer. Na verdade,
embora revestidos de um a cultura é algo que se fundamenta no passado, para, por meio do
a aut opromoçao pre tensr
·osa c1 c mentes
· ·

tmj)rovisadas e aul-v-S
" Uf!Cientes.
. presente, construir o futuro. Uma visão bifrontal, capaz de saber
· ·

utilizar o que de grande nos legaram nossos avós para projetar o


.e o que se observa por exem pensamento do presente para devassar o amanhã, é a tarefa que
p1o na pSlco
· 1Of.?la, c, como con­ ·
seqüência, nas disciplin�s mente saudável, de um
que com ei a se entrosam,
como .t Pe-
está a exigir homens de · mente forte, de
daf?OJ?ia. querer poderoso.
Assim como há uma Filo Não podemos, para o cainpo de ação em que se desenvolve
1 · especfltt
s�:a 1 lll'd, que �c muvc num
mundo de formas, refletid esta obra, menosprezar o que de grande nos oferece a Psicologia
as p _mente hum.tna, �a qual
cam os nexos eidéticos' que se bus­ especulativa como contribuição extraordinária para a Pedagogia.
constitue� o nexo do tdet
há. na realidade' há' tambem
, .
tllll
.
tttle, qlle E esta não pode ser apenas uma ciência prática, embora seja mais
. ' uma FlioJofia ,'.' m.,ICfi, <UJO ob'JCtlvo
.
pnnCipal é a praxis hum intensamente prática que teórica. Assim como a Psicologia prá­
e que se move num mundo
vações e de experiênc· an�b de obscr- tica, a Psicologia experimental só pode dar bons frutos se souber
r cr da sua dramaticid
re
��/7 J
que o omem realiza no de
h
de . ramtt, em ,(:rc�o, <JUC.'
cor- fundar-se no que há de seguro e firme do passado, do mesmo mo­
ação) . 'Jucr dizer: do se dá e se dará com a Pedagogia.

Desprezar uma pela ou Ao volvermos os olhos para as grandes contribuições da Psi­


tm fOt· um êrro de Wll\Cqü
vcs. :Erro é desprczar a nraxis êncio.s ,.,
ora- cologia moderna, não evitamos um estarrecimento em face de
r f;>am
' pcrmancccr apenas na cideti-

tanta afirmação precipitada, de tanta variedade de teorias e dou-
-
10 -

- 11 -
<1? homem sobre as fórç.ls brutas - per
d:l natureza, nao
nao o que é ascendente ' , e nao - veem cebem se- cidade dos conceitos, colllu êrro é desprezar a cidcticidade para con­
q�e �e deteriora um sent

mais qualitativo da '1da, par ido siderar apenas a prática. Que haja aquêles que se preocupam ape­
· . a set_ substJtUldo por um mats qua ·

tJtatJvo, um sentimento nob . - n- nas com um ou outro setor, nada se tem a alegar em oposição, por­
re ccder a uma. Vlsao merame
tária, uma segurança de _ nte utili- que é mister os gue observam apenas, que apenas anotam, que
crença : un:.: msep,ur nça
alargamento das angústias � universal, o apenas acumulam dados. Mas permanecer somente numa ciência
am aça o fesespero, e
protocolária, que apenas ficha acontecimentos, seria fazer obra de
ç�o da cultura mais profu�l
a ;
�e ced �ugar a uma diss�mma­
llf!la r�du­
acumulação, de agregação de fatos. :esse mister é nobre, sem dú­
çao mais rápida do conheci
Pode-se sentir que se mul
1
m'en o' con ud o se� pro
fundtdade. vida, mas se apenas permanecermos nêle, longe estaremos de rea­
ti 1'I
sidades, mas o nível méd fu k as _escolas, pr_ o !tferam as
el Ites decai assustadoram
univer­ lizar o entrosamento de tais fatos, e dêles descobrir os nexos que
Desviados os estudiosos . ente. os ligam, fonte das leis, sem as quais não é possível a construção
de ho)e do que de grande
campo da cultura' a hum realizou, no de um saber superior. Também seria um êrro se permanecêsse­
an·d 1 ade em seu pas
sado e�poJ gados por
um f also espírito de nov . .
• mos apenas especulando sôbre as idéias, desprezando a riqueza
idade de modI�In . os mconsistentcs, o nó-
vo, o inesperado o inau que nos oferecem os fatos.
dito �� ' d� surg�r, co;o surge,
de muitos desavi�ados com aos olhos
o a tma p a av�a o saber, um degrau O verdadeiro cientista, pelo menos o maior, aquêle que es­
mais alto do conheci�ento
, e que o conhecimento tá num degrau mais alto do conhecimento, não pode permanecer
senvolve num' humano se de­
a espua. I ascendente, precon no campo apenas do protocolário, da anotação dos fatos apenas
mente falso de que o pro ceit o ing ênu o e supina-
gresso huma;o soF.e fCito • · ·
fichados. .e mister que também saiba reunir, conjugar, conexio­
�ue ao lado dessas não de vitórias, e
conheça de ro as. nar, realizar ilações superiores, que construam as normas gerais
mgenuidade e da pou � ssc engano, fruto da
. ca adv
. ert•
encJa, e sobretudo da iono de u m saber culto, de um saber epistêmico.
.
do que de ma1or f01 real ,., rànc ia
izado pelos homens, leva
garem que o que e, apr muitos a jul- No entanto, se se souber navegar por essas águas, em que há
esentado como novidad
mais elevado do que o e cultural seja o multifário de um lado e o homogêneo do outro, o conhecimen­
proposto pelos anti,., oos' sem, o entanto, to humano, só então pode alcançar níveis mais altos e realizar,
saberem que muitas vê:t:
es se i�cide em ve�os erro -� verdadeiramente, um progresso.
com séculos e até milênio s, Ja refutados
s de a ?J�edenC . ia, mas
em "colombos retardados c que encontram Aquêles gue julgam que nada temos a buscar no passado
" m . os prof tas", um
surgir, velhos fantasma s clo �� : _ . novo res­ revelam a sua ignorância do passado. Também erram aquêles que
p assa ' gue sao esgnmid
a
brilh ntes realizações da os como julgam que no passado está tudo, e que o presente é apenas êrro,
me t 1 u ana, quando,
c
passam de meros d sfa ,leci m to . � e f:Utos:� � na ::_er �adc, não
da nesciencia, mur_ to
que é a semente de um futuro que devemos temer. Na verdade,
embora revestidos de um a cultura é algo que se fundamenta no passado, para, por meio do
a aut opromoçao pre tensr
·osa c1 c mentes
· ·

tmj)rovisadas e aul-v-S
" Uf!Cientes.
. presente, construir o futuro. Uma visão bifrontal, capaz de saber
· ·

utilizar o que de grande nos legaram nossos avós para projetar o


.e o que se observa por exem pensamento do presente para devassar o amanhã, é a tarefa que
p1o na pSlco
· 1Of.?la, c, como con­ ·
seqüência, nas disciplin�s mente saudável, de um
que com ei a se entrosam,
como .t Pe-
está a exigir homens de · mente forte, de
daf?OJ?ia. querer poderoso.
Assim como há uma Filo Não podemos, para o cainpo de ação em que se desenvolve
1 · especfltt
s�:a 1 lll'd, que �c muvc num
mundo de formas, refletid esta obra, menosprezar o que de grande nos oferece a Psicologia
as p _mente hum.tna, �a qual
cam os nexos eidéticos' que se bus­ especulativa como contribuição extraordinária para a Pedagogia.
constitue� o nexo do tdet
há. na realidade' há' tambem
, .
tllll
.
tttle, qlle E esta não pode ser apenas uma ciência prática, embora seja mais
. ' uma FlioJofia ,'.' m.,ICfi, <UJO ob'JCtlvo
.
pnnCipal é a praxis hum intensamente prática que teórica. Assim como a Psicologia prá­
e que se move num mundo
vações e de experiênc· an�b de obscr- tica, a Psicologia experimental só pode dar bons frutos se souber
r cr da sua dramaticid
re
��/7 J
que o omem realiza no de
h
de . ramtt, em ,(:rc�o, <JUC.'
cor- fundar-se no que há de seguro e firme do passado, do mesmo mo­
ação) . 'Jucr dizer: do se dá e se dará com a Pedagogia.

Desprezar uma pela ou Ao volvermos os olhos para as grandes contribuições da Psi­


tm fOt· um êrro de Wll\Cqü
vcs. :Erro é desprczar a nraxis êncio.s ,.,
ora- cologia moderna, não evitamos um estarrecimento em face de
r f;>am
' pcrmancccr apenas na cideti-

tanta afirmação precipitada, de tanta variedade de teorias e dou-
-
10 -

- 11 -
ldnas inco
nsistentes,
tio mult ifá que se apr
tio e i mp esentam
reciso, em atmvés de
O que hOJe
dos de me
n�
nte mais que psicólo u m VOcab
tO havia
, os fazer de
. oferecemos ao
lna<ivas, fotte, <on J!Os meno utá. obras estrangeiras
� ue
t<ibuem co tes, desa
q
mais Para ssis podenam
a(quns in «iar confus m suas Ptecip ti­ i
blico brns l:::?; os c ett=, e o ·,

� J:u:
ão que e itadas af it­
� �;
adve.tidos evitando o de tecnidsmo, empre-
sido mais a práticas p scl arecimento, melhor e d
p rejudiciais sic ológic as
e pedaJ!ógic influindo gando um v ulá rio mais ac . ve ;"'���
Poodo que esta ob
sa . ser compulsada com bencfd r mestres e, sobre d
pert urbar as do que as, que tê ��<
m entes jo benéficas, ios
lhor que t
odos deseja
vens e de
spreparada
cont<ibuin
do para
m
lC
pa<s, pois a pedagog <·a não po e separar abissa lmente; l�t da ";:
quanta del
inqüência
mos .
no m undo
Qua nta inf
s
âmia, quan
Para um futu
ro me­ '
l nem estas do mund o em que ive a �r<ança tambem.
·
Ade-
Precipitadas
n ormas m odem o ta desesp
e ração, � a. teria de di g. e a wna metav super�" a inco,poo , çiW da
Quanta de de wna
peda/!OJ!ia
não têm
suas r aizes <naJS, t< <N
sl!taça se te
ta ano s de m setnea fal ha e mal nas ,,;onra aomundoda humom'dade po q , ue naopo demor mair vol·
Temos d� segui. t o rumo d o qu é humano,
tanto PlOJ! do neste
mu ndo
o rientada<
ve. à ommaüdade
• e
P<" wna tes so na Psi , n estes últ
e , neste, do qu� ih
leitura Prec cologia. imos trin- -
ipitad a, e Quantos . e é supencr. P?t tôdas essas ra�ocs, s. omos
hu·
por um a pais, levad
publici dade CO nfi ando em os forçados a um rap<do, . pt e ciso d<SCUrs s ô bre S<colog<a
mana, que e. uma ju st <f.<eat<.v a d a orientaçao que ptesidiu a for·
va lidez em «iminosa psicóloJ!os, mas ': a P
suas Pteci po, exage protegidos
. I
conselh pitadas CO rad a, e po,
- desta obra, e para a qual c hamamos a e spe«a atenção dos
os, norm ndusões, não h ave
buiram as, e até ministraram , rnaçao
Para destr tomaram a seus filb
u;, mentes p toy idê os pais e mestres.
a n/!Ostiado ncias, que
s, do que e person mais cont,;
alidades, .
•tonidade, auxiliar os c<iando inf
lo crime
que os tom
asse exem
filhos para
u ma inclusãono
eliz es e -o E
EDUCAÇA INSTRUÇÃO E comum conf�d'<r·se
semeado plares diJ! hu.
��7
_

condusões, pela falsa nos de im e1u_caça-o A-tcs dois conceitos ha uma


instruçao, mas entre es
ão que devemos considerar.
frutos de uút um , pela itação? .
fal sa Qu an. mt<da d
definitiv as, an
e influkun álises imperfeitas, to ciência! Quantas " • .
A tnstruç-ao é um con)u
Tudo isso sôbte ina maram.,. . .
se de ve de dvertidos Vetdades n de conhecunentos ad quiridos pe·
lo estu do. Pode a1guém ser mstrutdo ter instruçao
la velocid bitar à n<>s bem int t? ,
ade, ansi sa êp oça encionados? •- , e, no en-
tanto, nao
se fizesse osa de alc aptessada,
, no cam ançar as esti mulada _ te t edu,ariW.
po da me metas Pre pe.
tas te<apêutic dic ina, um e cipitadame
. Se
as, que N xa nte A edu,arão do la im edu<atio, de ed"'m, con dum . ) e, 0
vistas com
bens?
o c<imin
tecia m as
nsas fonn
as que
mais acerta
me des
das,
sa espéci
nã o set iam
e, quan- . á �
que. adqui rimos atraves os h bitos de co�duta. É a edu,arão o
(
mais geta
ram <na les hoje meiO de desenvolver, de forma har�on<osa, as qualidades �a
do que
Quando res criança; e, at ravés do processo educativo que �e fotma um ""'.
Pue<icultu olvemos faz a1
e. êste ter, e a form aça-o de um carácter eI o bra educaciOn .
m os petfe
ta, estáv a Dic ion átio
ponsabilida itamente de PedaJ!
precisamos
de que cônscios oJ!ia e de .
assumfam da J!randc Para al cançarmos um fun, estabelec er um ponto
se orient
asse por os. Eta l
mistet qu res ­
dois critéri e nosso de partt·d a, e tam bem os m ios
e para la, che garmos.
1) Tinham
os seguro trab alho
s:
os de sel
Se queremos estabelecer um método (do g reoo meth'odos' o
2) que as .
eciona r as
.
reto o b om camt'nho ) preCtsamos parttr
mesmas;
normas qu canu'nh.o ·"' de u ma post-
ção prevtamente escolhida.
nassa ind e ind icás . '
ole, ao o se mos fôs
tros povo osso povo, se m coad
Podemos c1. ass t. ft.car em três as post çoes
s de outrn pois h avia < unadas à . - ,

pe daJlOg<cas (do
·
s uút uras on, elhos v
, ma s ina álidos para
s , cnança. I(0!!. ia, conduçao,
p roveitáve is .
Orientad os ao nosso.
ou­
a
"' rego pai do - arte d e conduzir crianças).
colha, de po, essas
seleção, tin dua s finalid . ..
fôsse féttil ha de ser ades, nosso
c uid ados trabal ho de A pdmma e a que chamaremos de .. rousseaumana (do no·
• I
. llavia es­
o, pau me do filósofo e escnto suíço Jean Jac�u R o usseau ) Parte
ciphadas c
onclusões
de tct o m
costu mei
áxi mo cuidado que
pau evitar
nossa obn
êle do postulad� d :
odo set hum.ano e m de que todos os
;::, ·

be':,�: t:
ras. as pre . � é •
Terfamos, má, e o �o·
tias, bem
em P<im seus impulsos sao olentes, a soc �ed q e
.
mem torna- se m au porque a t anto e
eiro luJ!ar, ';.â l
esc olJ<idas
e também
de nos ce
n:armos r o pe as cond<çoes
em est u de obras
dos de b de contribu sê­ sociais.
nimos os rnsiJeiros, iç ões nossas, fun
verdadeiram
a esta, porque
dados mai e nte dad as
_
s importa be m orienta A Jel(unda e, uma posição oposta parte do
e que os tmpulsos mate­
nte s, coliJ! dos. Re u­
imos o que
de mais se postulado _de o ser .humano é mau,
12 - �ud
-
- volcntes sao o o minantes.

13 -
ldnas inco
nsistentes,
tio mult ifá que se apr
tio e i mp esentam
reciso, em atmvés de
O que hOJe
dos de me
n�
nte mais que psicólo u m VOcab
tO havia
, os fazer de
. oferecemos ao
lna<ivas, fotte, <on J!Os meno utá. obras estrangeiras
� ue
t<ibuem co tes, desa
q
mais Para ssis podenam
a(quns in «iar confus m suas Ptecip ti­ i
blico brns l:::?; os c ett=, e o ·,

� J:u:
ão que e itadas af it­
� �;
adve.tidos evitando o de tecnidsmo, empre-
sido mais a práticas p scl arecimento, melhor e d
p rejudiciais sic ológic as
e pedaJ!ógic influindo gando um v ulá rio mais ac . ve ;"'���
Poodo que esta ob
sa . ser compulsada com bencfd r mestres e, sobre d
pert urbar as do que as, que tê ��<
m entes jo benéficas, ios
lhor que t
odos deseja
vens e de
spreparada
cont<ibuin
do para
m
lC
pa<s, pois a pedagog <·a não po e separar abissa lmente; l�t da ";:
quanta del
inqüência
mos .
no m undo
Qua nta inf
s
âmia, quan
Para um futu
ro me­ '
l nem estas do mund o em que ive a �r<ança tambem.
·
Ade-
Precipitadas
n ormas m odem o ta desesp
e ração, � a. teria de di g. e a wna metav super�" a inco,poo , çiW da
Quanta de de wna
peda/!OJ!ia
não têm
suas r aizes <naJS, t< <N
sl!taça se te
ta ano s de m setnea fal ha e mal nas ,,;onra aomundoda humom'dade po q , ue naopo demor mair vol·
Temos d� segui. t o rumo d o qu é humano,
tanto PlOJ! do neste
mu ndo
o rientada<
ve. à ommaüdade
• e
P<" wna tes so na Psi , n estes últ
e , neste, do qu� ih
leitura Prec cologia. imos trin- -
ipitad a, e Quantos . e é supencr. P?t tôdas essas ra�ocs, s. omos
hu·
por um a pais, levad
publici dade CO nfi ando em os forçados a um rap<do, . pt e ciso d<SCUrs s ô bre S<colog<a
mana, que e. uma ju st <f.<eat<.v a d a orientaçao que ptesidiu a for·
va lidez em «iminosa psicóloJ!os, mas ': a P
suas Pteci po, exage protegidos
. I
conselh pitadas CO rad a, e po,
- desta obra, e para a qual c hamamos a e spe«a atenção dos
os, norm ndusões, não h ave
buiram as, e até ministraram , rnaçao
Para destr tomaram a seus filb
u;, mentes p toy idê os pais e mestres.
a n/!Ostiado ncias, que
s, do que e person mais cont,;
alidades, .
•tonidade, auxiliar os c<iando inf
lo crime
que os tom
asse exem
filhos para
u ma inclusãono
eliz es e -o E
EDUCAÇA INSTRUÇÃO E comum conf�d'<r·se
semeado plares diJ! hu.
��7
_

condusões, pela falsa nos de im e1u_caça-o A-tcs dois conceitos ha uma


instruçao, mas entre es
ão que devemos considerar.
frutos de uút um , pela itação? .
fal sa Qu an. mt<da d
definitiv as, an
e influkun álises imperfeitas, to ciência! Quantas " • .
A tnstruç-ao é um con)u
Tudo isso sôbte ina maram.,. . .
se de ve de dvertidos Vetdades n de conhecunentos ad quiridos pe·
lo estu do. Pode a1guém ser mstrutdo ter instruçao
la velocid bitar à n<>s bem int t? ,
ade, ansi sa êp oça encionados? •- , e, no en-
tanto, nao
se fizesse osa de alc aptessada,
, no cam ançar as esti mulada _ te t edu,ariW.
po da me metas Pre pe.
tas te<apêutic dic ina, um e cipitadame
. Se
as, que N xa nte A edu,arão do la im edu<atio, de ed"'m, con dum . ) e, 0
vistas com
bens?
o c<imin
tecia m as
nsas fonn
as que
mais acerta
me des
das,
sa espéci
nã o set iam
e, quan- . á �
que. adqui rimos atraves os h bitos de co�duta. É a edu,arão o
(
mais geta
ram <na les hoje meiO de desenvolver, de forma har�on<osa, as qualidades �a
do que
Quando res criança; e, at ravés do processo educativo que �e fotma um ""'.
Pue<icultu olvemos faz a1
e. êste ter, e a form aça-o de um carácter eI o bra educaciOn .
m os petfe
ta, estáv a Dic ion átio
ponsabilida itamente de PedaJ!
precisamos
de que cônscios oJ!ia e de .
assumfam da J!randc Para al cançarmos um fun, estabelec er um ponto
se orient
asse por os. Eta l
mistet qu res ­
dois critéri e nosso de partt·d a, e tam bem os m ios
e para la, che garmos.
1) Tinham
os seguro trab alho
s:
os de sel
Se queremos estabelecer um método (do g reoo meth'odos' o
2) que as .
eciona r as
.
reto o b om camt'nho ) preCtsamos parttr
mesmas;
normas qu canu'nh.o ·"' de u ma post-
ção prevtamente escolhida.
nassa ind e ind icás . '
ole, ao o se mos fôs
tros povo osso povo, se m coad
Podemos c1. ass t. ft.car em três as post çoes
s de outrn pois h avia < unadas à . - ,

pe daJlOg<cas (do
·
s uút uras on, elhos v
, ma s ina álidos para
s , cnança. I(0!!. ia, conduçao,
p roveitáve is .
Orientad os ao nosso.
ou­
a
"' rego pai do - arte d e conduzir crianças).
colha, de po, essas
seleção, tin dua s finalid . ..
fôsse féttil ha de ser ades, nosso
c uid ados trabal ho de A pdmma e a que chamaremos de .. rousseaumana (do no·
• I
. llavia es­
o, pau me do filósofo e escnto suíço Jean Jac�u R o usseau ) Parte
ciphadas c
onclusões
de tct o m
costu mei
áxi mo cuidado que
pau evitar
nossa obn
êle do postulad� d :
odo set hum.ano e m de que todos os
;::, ·

be':,�: t:
ras. as pre . � é •
Terfamos, má, e o �o·
tias, bem
em P<im seus impulsos sao olentes, a soc �ed q e
.
mem torna- se m au porque a t anto e
eiro luJ!ar, ';.â l
esc olJ<idas
e também
de nos ce
n:armos r o pe as cond<çoes
em est u de obras
dos de b de contribu sê­ sociais.
nimos os rnsiJeiros, iç ões nossas, fun
verdadeiram
a esta, porque
dados mai e nte dad as
_
s importa be m orienta A Jel(unda e, uma posição oposta parte do
e que os tmpulsos mate­
nte s, coliJ! dos. Re u­
imos o que
de mais se postulado _de o ser .humano é mau,
12 - �ud
-
- volcntes sao o o minantes.

13 -
Pmsulmo:> csqucm.ts f is io lógicos , que se dão independentes
E a terceira é uma pos1çao sincrética, o ser humano é bom
dt: noss.t consciência, como o ertptema da respiração.
e é mau. Ao nascer, traz em si tôdas as possibilidades dispostas,
todos os impulsos, tanto benévolos como malévolos, e dependerá A orJ?,mliza(áo é o wnjunto c.lo corpo humano com seus es­
da educação que receber o dar expansão a uns ou a outros. quemas, que se coordenam.

I
Aceitamos a última, e afirmamos, portanto, que a posição que
um indivíduo toma na sociedade humana, está condicionada pela esquema� bcrcd itários
educação de seu carácter.
Or�anização esquemas psíquicos
E quem é responsável pela formação de wn carácter? esquemas neuro-musculares

Primeiramente, os pais, e depois os mestres.

Consideramos sobretudo a mãe, e por isso dedicamos êsse


trabalho a tôdas as mulheres que compreendem, e que sentem a No aspecto psicológico, que é o que nos va1 mteressar, por­
grande responsabilidade que lhes cabe na educação dos homens que são os esquemas psicológicos que influem diretamente na edu­
e das mulheres do futuro. cação, vemos que se apresenta uma grande diferença; enquanto
no funcionamento biológico dá-se uma incorporação, no psicológi­
co não se dá propriamente uma tal incorporação.
ESQUEMAS (como se formam)
Na adaptação biológica, os elemeo,tos assimilados são inte­
O que são os esquemas e como se formam? grados ao organismo, tornam-se partes do organismo. Na adap­
tação psicológica tal não se dá, e os esquemas psicológicos, em­
Esquema vem da palavra grega skheleton, skhema, figura. bora estejam relacionados aos biológicos, diferenciam-se dêstes
Ao pensarmos num esquema, sempre temos em mente um con­ nesse ponto.

Há esquemas que podemos chamar de "esquemas Je liga­


junto, ou um todo, composto de partes, cujas partes funcionam pa­
ra e com êsse todo.
ção" do biológico ao psicológico, o que esclareceremos melhor
O esquema do corpo hwnano é um todo em funcionamento, com um exemplo.
um todo orgânico, composto de órgãos, os quais funcionam orde­
nadamente em cooperação. Oferecem-nos, em certa ocasião, uma fruta, de côr verde
amarelada, a qual saboreamos com prazer, mas se passam os anos,
Consideremos que êsse organismo não é fechado, e vive em e esquecemos por completo a fruta; tempos depois, ao comermos
contato com o meio exterior. lHe é vivo, e tem necessidades que um doce daquela côr, lembramo-n0s, repentinamente, daquela
precisa aplacar, que precisa satisfazer. fruta; como se lij{tÜsemos o novo alimento por intermédio da
côr, com o antigo, do qual já nos havíamos esquecido do paladar.
Para tal, tem de se acomodar ao ambiente e se acomoda se­
gundo é organizado. Realiza o ato de acomodação e assimila o Então, o que permaneceu em nós? O que memorizamos foi
que lhe convém, o que lhe é assimilável, o que se pode tornar se­ somente o "esquema· visual" da côr.
melhante, e dejecta o que não lhe serve.
Na psicologia temos muitos exemplos, e entre êles podemos
Assim temos o funcionamento de acomodação e o de assimila­ citar o da criança, que passou por um momento desagradável ao
cão, que se chama, na Biologia, de adaptação.

{ {
ser sustentada por uma enfermeira num exame médico. Passam­
·se os anos, e a criança esquece aquêle acidente desagradável, mas
assimilação não suporta pessoas vestidas de branco e ao ver alguém, todo de
AdaPtaf ão _ equilíbrio maior ou menor
acomodaçao branco, repele-o, sem saber porque.

Assim como êstes, encontramos inúmeros "esquemas psico­


O que caracteriza a adaptação são os elementos do mundo
lógicos", que se fixam na infância, e que vão formar no lastro
exterior que são ingeridos c assimilados, que são incorporados, são
de nosso psiquismo.
integrados ao organismo.

- 14 - 15 -
Pmsulmo:> csqucm.ts f is io lógicos , que se dão independentes
E a terceira é uma pos1çao sincrética, o ser humano é bom
dt: noss.t consciência, como o ertptema da respiração.
e é mau. Ao nascer, traz em si tôdas as possibilidades dispostas,
todos os impulsos, tanto benévolos como malévolos, e dependerá A orJ?,mliza(áo é o wnjunto c.lo corpo humano com seus es­
da educação que receber o dar expansão a uns ou a outros. quemas, que se coordenam.

I
Aceitamos a última, e afirmamos, portanto, que a posição que
um indivíduo toma na sociedade humana, está condicionada pela esquema� bcrcd itários
educação de seu carácter.
Or�anização esquemas psíquicos
E quem é responsável pela formação de wn carácter? esquemas neuro-musculares

Primeiramente, os pais, e depois os mestres.

Consideramos sobretudo a mãe, e por isso dedicamos êsse


trabalho a tôdas as mulheres que compreendem, e que sentem a No aspecto psicológico, que é o que nos va1 mteressar, por­
grande responsabilidade que lhes cabe na educação dos homens que são os esquemas psicológicos que influem diretamente na edu­
e das mulheres do futuro. cação, vemos que se apresenta uma grande diferença; enquanto
no funcionamento biológico dá-se uma incorporação, no psicológi­
co não se dá propriamente uma tal incorporação.
ESQUEMAS (como se formam)
Na adaptação biológica, os elemeo,tos assimilados são inte­
O que são os esquemas e como se formam? grados ao organismo, tornam-se partes do organismo. Na adap­
tação psicológica tal não se dá, e os esquemas psicológicos, em­
Esquema vem da palavra grega skheleton, skhema, figura. bora estejam relacionados aos biológicos, diferenciam-se dêstes
Ao pensarmos num esquema, sempre temos em mente um con­ nesse ponto.

Há esquemas que podemos chamar de "esquemas Je liga­


junto, ou um todo, composto de partes, cujas partes funcionam pa­
ra e com êsse todo.
ção" do biológico ao psicológico, o que esclareceremos melhor
O esquema do corpo hwnano é um todo em funcionamento, com um exemplo.
um todo orgânico, composto de órgãos, os quais funcionam orde­
nadamente em cooperação. Oferecem-nos, em certa ocasião, uma fruta, de côr verde
amarelada, a qual saboreamos com prazer, mas se passam os anos,
Consideremos que êsse organismo não é fechado, e vive em e esquecemos por completo a fruta; tempos depois, ao comermos
contato com o meio exterior. lHe é vivo, e tem necessidades que um doce daquela côr, lembramo-n0s, repentinamente, daquela
precisa aplacar, que precisa satisfazer. fruta; como se lij{tÜsemos o novo alimento por intermédio da
côr, com o antigo, do qual já nos havíamos esquecido do paladar.
Para tal, tem de se acomodar ao ambiente e se acomoda se­
gundo é organizado. Realiza o ato de acomodação e assimila o Então, o que permaneceu em nós? O que memorizamos foi
que lhe convém, o que lhe é assimilável, o que se pode tornar se­ somente o "esquema· visual" da côr.
melhante, e dejecta o que não lhe serve.
Na psicologia temos muitos exemplos, e entre êles podemos
Assim temos o funcionamento de acomodação e o de assimila­ citar o da criança, que passou por um momento desagradável ao
cão, que se chama, na Biologia, de adaptação.

{ {
ser sustentada por uma enfermeira num exame médico. Passam­
·se os anos, e a criança esquece aquêle acidente desagradável, mas
assimilação não suporta pessoas vestidas de branco e ao ver alguém, todo de
AdaPtaf ão _ equilíbrio maior ou menor
acomodaçao branco, repele-o, sem saber porque.

Assim como êstes, encontramos inúmeros "esquemas psico­


O que caracteriza a adaptação são os elementos do mundo
lógicos", que se fixam na infância, e que vão formar no lastro
exterior que são ingeridos c assimilados, que são incorporados, são
de nosso psiquismo.
integrados ao organismo.

- 14 - 15 -
A educação, podemos dizer, consiste em criar bons esque­ Para formar êsse esquema, que é o mais rudimentar de to­
mas e também evitar os maus, mas como os esquemas podem dos, a criança exige um certo tempo.
combinar-se p.tra formar novos, podemos transformar os maus
No início, dá-se a sucção em sêco, os gestos são ainda de­
em benéficos, e é o que se chama propriamente de srtb limação .
sordenados. Ao tocar-se com a mão em seus lábios, pode-se pro­
Quando uma criança manifesta certo prazer. em t;ne�er nas vocar o reflexo de sucção, e a criança sugar os dedos, mas não
fezes, levamo-la à modelação, dando-lhe o mate�tal propno para sabe mantê-los nos lábios.
que ela possa desviar seu interêsse para algo subltmado.
A coordenação dos movimentos só é adquirida a pouco e pou­
Essa providência consiste em sublim�r uma atividade consi­ co. Há unta procura, um tateamento, succiona, muitas vêzes, o
derada prejudiCial, e assim como est� muttas. outras, que poss� dorso da mão, até que, através do exercício de acomodação, ela

surgir, podem ser sublimadas, nao so na crtança, como também consegue equilibrar a função e, então, dá-se a consolidação do es­
no adulto. quema por seu funcionamento.

Pode haver, também, uma auto-excitação na sucção. Ao to­


ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO NO SENTIDO PSIQUICO
carem-se nos lábios, desperta-se o reflexo, e começa a sugar os
No sentido psiquico, a adaptação é uma combinação mais dedos.
ou menos harmoniosa entre assimilação e acomodação, e para Com a idade de cinco meses, mais ou menos, levará à bôca
que se dê essa adaptação, é necessário existir um equilíbrio entre todos os objetos que puder. Aí já se dá o succionar por succio­
a função de assimilar e a de acomodar-se. n,tr, o prazer, a agradabilidade da função.

11 através dessa função que nosso organismo, êsse todo com­ A risão também exige algum tempo para seu desenvolvi­
posto de órgãos, adapta-se ao mundo exterior. nwuto. A t ri.tnç:t revela satisfação ante a luz não muito intensa.
� �
A criança adqmre, aos poucos, o equil b!io fisiol?g co, as
� A Jut. t· un1 udt.tntc, pod<.. se dizer um alimento funcional.
funções vegetativas, como a respiração, a nutnçao e a ehmmaçao. I} • ,1 ·•�sunil,t\ÍII, t h.'• tllll t.tlc.uncnto para encontrá-Ia.
�,; Ela

A inteligência desenvolve-se at�a.vés de um On.f!o processo,
jHII(IIIII I lu:r
.
e êsse desenvolvimento esta no exerClCIO, na compltcaçao (Usamos <h lllo\llltlllllos v:io wotdtll.llldo·se. Ao d1egar aos quatro
a palavra complicação no sentido filosófico de estar implicado, es­ liH�� '• t l.t J·' pode.. f ix.u o ulh.tr, vai distinguindo aos poucos
tar dentro, dos esquemas semório-motrizes). quUtl se ,tproxuna.
.

Com quatro semanas, o campo visual é de noventa graus,


REFLEXOS FUNDAMENTAIS
mas ao chc,gar aos três mêses já é de cento e oitenta graus.

O reflexo de sucção é hereditário, mas a criança, muitas vê­ Os reflexos fundamentais são hereditários, mas as coorde­
·

zes, não se adapta logo. l! necessá!i � o exe��ício.. Depoi�, a ll.l�·õcs pertencem à experiência.
acomodação aumenta e ao tocar nos labtos, ela Ja succtona, seJa o
que fôr que nêles se colocar.
Os eJqttemas a11ditivos também necessitam exercícios. No
início, a criança reage a wn cuido forte. Aos poucos vai dife­
Mas, para que o "esquema" se complete, são necessários a renciando um som, uma campainha, uma voz, etc., as coordena­
de�Jutição e o ap lacamento da fome. �ocs auditivas também se processam a pouco e pouco.
Então temos: sucção. . . def!.lutição. . . aplacamento da f�­
. A coordenação da vtsão com o ouvido se forma quando já
me e fixa-se o esquema; daí em diante, quando a cnança sentu
rtconhece uma voz, um som. Quando coordena a visão com o
fome e se der qualquer objeto, ela repele. Pode aceitá-lo no
movimento das mãos forma novos esquemas.
inicio, porque ainda não sabe diferenciar. Entretanto, ao sen­
tir que não se realiia a deglutição, nem o aplacamento da orne, � Consideremos a diferença entre reflexo e ,-eação. O refle­
ela repele o objeto e continua reclamando, até receber o se�o ou xo pode-se dizer que é automático, mas a reação não o é. f a
a mamadeira, que lhe irão aplacar a fome, e só a completaçao do ll'.t�·jo um movimento de resposta a um estímulo, a uma ação
esquema é o que a satisfaz. t•xlcrior, composta de reflexos combinados.

16 - - 17 -
A educação, podemos dizer, consiste em criar bons esque­ Para formar êsse esquema, que é o mais rudimentar de to­
mas e também evitar os maus, mas como os esquemas podem dos, a criança exige um certo tempo.
combinar-se p.tra formar novos, podemos transformar os maus
No início, dá-se a sucção em sêco, os gestos são ainda de­
em benéficos, e é o que se chama propriamente de srtb limação .
sordenados. Ao tocar-se com a mão em seus lábios, pode-se pro­
Quando uma criança manifesta certo prazer. em t;ne�er nas vocar o reflexo de sucção, e a criança sugar os dedos, mas não
fezes, levamo-la à modelação, dando-lhe o mate�tal propno para sabe mantê-los nos lábios.
que ela possa desviar seu interêsse para algo subltmado.
A coordenação dos movimentos só é adquirida a pouco e pou­
Essa providência consiste em sublim�r uma atividade consi­ co. Há unta procura, um tateamento, succiona, muitas vêzes, o
derada prejudiCial, e assim como est� muttas. outras, que poss� dorso da mão, até que, através do exercício de acomodação, ela

surgir, podem ser sublimadas, nao so na crtança, como também consegue equilibrar a função e, então, dá-se a consolidação do es­
no adulto. quema por seu funcionamento.

Pode haver, também, uma auto-excitação na sucção. Ao to­


ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO NO SENTIDO PSIQUICO
carem-se nos lábios, desperta-se o reflexo, e começa a sugar os
No sentido psiquico, a adaptação é uma combinação mais dedos.
ou menos harmoniosa entre assimilação e acomodação, e para Com a idade de cinco meses, mais ou menos, levará à bôca
que se dê essa adaptação, é necessário existir um equilíbrio entre todos os objetos que puder. Aí já se dá o succionar por succio­
a função de assimilar e a de acomodar-se. n,tr, o prazer, a agradabilidade da função.

11 através dessa função que nosso organismo, êsse todo com­ A risão também exige algum tempo para seu desenvolvi­
posto de órgãos, adapta-se ao mundo exterior. nwuto. A t ri.tnç:t revela satisfação ante a luz não muito intensa.
� �
A criança adqmre, aos poucos, o equil b!io fisiol?g co, as
� A Jut. t· un1 udt.tntc, pod<.. se dizer um alimento funcional.
funções vegetativas, como a respiração, a nutnçao e a ehmmaçao. I} • ,1 ·•�sunil,t\ÍII, t h.'• tllll t.tlc.uncnto para encontrá-Ia.
�,; Ela

A inteligência desenvolve-se at�a.vés de um On.f!o processo,
jHII(IIIII I lu:r
.
e êsse desenvolvimento esta no exerClCIO, na compltcaçao (Usamos <h lllo\llltlllllos v:io wotdtll.llldo·se. Ao d1egar aos quatro
a palavra complicação no sentido filosófico de estar implicado, es­ liH�� '• t l.t J·' pode.. f ix.u o ulh.tr, vai distinguindo aos poucos
tar dentro, dos esquemas semório-motrizes). quUtl se ,tproxuna.
.

Com quatro semanas, o campo visual é de noventa graus,


REFLEXOS FUNDAMENTAIS
mas ao chc,gar aos três mêses já é de cento e oitenta graus.

O reflexo de sucção é hereditário, mas a criança, muitas vê­ Os reflexos fundamentais são hereditários, mas as coorde­
·

zes, não se adapta logo. l! necessá!i � o exe��ício.. Depoi�, a ll.l�·õcs pertencem à experiência.
acomodação aumenta e ao tocar nos labtos, ela Ja succtona, seJa o
que fôr que nêles se colocar.
Os eJqttemas a11ditivos também necessitam exercícios. No
início, a criança reage a wn cuido forte. Aos poucos vai dife­
Mas, para que o "esquema" se complete, são necessários a renciando um som, uma campainha, uma voz, etc., as coordena­
de�Jutição e o ap lacamento da fome. �ocs auditivas também se processam a pouco e pouco.
Então temos: sucção. . . def!.lutição. . . aplacamento da f�­
. A coordenação da vtsão com o ouvido se forma quando já
me e fixa-se o esquema; daí em diante, quando a cnança sentu
rtconhece uma voz, um som. Quando coordena a visão com o
fome e se der qualquer objeto, ela repele. Pode aceitá-lo no
movimento das mãos forma novos esquemas.
inicio, porque ainda não sabe diferenciar. Entretanto, ao sen­
tir que não se realiia a deglutição, nem o aplacamento da orne, � Consideremos a diferença entre reflexo e ,-eação. O refle­
ela repele o objeto e continua reclamando, até receber o se�o ou xo pode-se dizer que é automático, mas a reação não o é. f a
a mamadeira, que lhe irão aplacar a fome, e só a completaçao do ll'.t�·jo um movimento de resposta a um estímulo, a uma ação
esquema é o que a satisfaz. t•xlcrior, composta de reflexos combinados.

16 - - 17 -
A bôca, os olhos, os ouvidos, as mãos, são instrumentos es­ �envolvimento da preensão, surge, então, a ação intencional, e
senciais para a construção da inteligência. forma-se a inteligência secundária, que é caracterizada pela fun­
ção de saber afastar obstáculos para alcançar um fim.
O esqttema tátil desenvolve-se:
Quando a criança afasta um impecilho para agarrar um ob­
a) primeiros movimentos impulsivos de puro reflexo. fecha­
jeto que deseja, sem o auxílio de ninguém, ela está em plena fase
mento da mão;· segura, solta, manifesta interêsse.
da reação secundária. E aqui se forma o esquema da confiança
b) primeiras reaçêJcs circulares relativas aos movimentos <:m si mesma. Ao estimulá-la a afastar, por si mesma, o obstá­
das mãos, coordena os movimentos dos olhos com os das mãos, culo, facilita-se a fixação de um esquema benéfico, que vai lhe
o que irá prepar�ndo para o futuro a possibilidade da criança to­ dar, mais tarde, a fôrça que necessita para vencer os obstáculos
mar os objetos no espaçc. i\. mão leva os objetos à bôca. Mas que acaso possam antepor-se às suas realizações, o que lhe vai
antes havia movimentos no espaço, vazios, como'' os de sucção em dar a capacidade de possuir plena confiança nas suas possibili­
sêco. Neste estágio, o polegar se opõe, a pouco e pouco, aos dades.
outros dedos.
Na reação secundária, já há o esfôrço que vai preparando o
c) Coordenação entre a preensão e a sucção; leva os ob­ desenvolvimento da terciária, que é caracterizada pela busca de
jetos à bôca. algo novo, que a criança atinge quando começa a investigar por
d) Preensão, logo que perceba, simultâneamente, a mão e si mesma.
o objeto desejado. Já segura os objetos que vê e não somente
U comum, no decorrer dessa fase, procurar alguma coisa
os que toca.
atrás de móveis, de cortinas, debaixo de mesas, et c. � a idade
Já é uma coordenação da preensão, mais desenvolvida, com dns ''exrloraçõcs", e manifesta-se, geralmente, quando começa
os olhos. Olha e pega. u t'ami nhar.

e) A criança apanha o que vê sem limitações relativas à l'odt: \l' t• deve se auxiliá-la indiretamente, permitindo que
posição da mão. Apanha os objetos sem necessidade de ver as '''\11 �IIH "dc,wlwrtas", wlocnndo, sem que ela o perceba, um
mãos. Leva-as já coordenadamente em direção ao objeto. IHulqtwdo, 1111 qu.tlttuer outro objeto, que possa interessá-la, atrás
dt· 11111 tn6vd, t ll., p;tr,l que o encontre por si mesma, o que lhe
As coordenações já se completaram, o que quer dizer que os dou(! J.:t.lltdt• \,tti�f.tç:io c.:, conseqüentemente, ligará o agradável
esquemas já estão formados. .) .llrvrd.ldc <.: ao <.:�{orço de investigar por si mesma, formando
Com as coordenações dos esquemas, vão surgir as reações um esquema de grande valor, pois a inteligência terciária, como
primárias, secundárias e terciárias. já dissemos, caracteriza-se pela procura de algo novo, e todos os
grandes cientistas, todos aquêles que investigam, tanto na ciência,
Chamam-se reações primárias as imitativas, quando, por como na arte, na filosofia, etc., possuem-na em alto grau.
exemplo, há o succionar por succionar; as secundárias, quando a
criança começa a diferenciar meios de fins, já há a intenção c, Os pais, não raras vêzes, não entendem o porque dêsses
finalmente, as terciárias, quando há a busca de algo nôvo. Es­ comportamentos, e em vez de auxiliarem a criança na consolida­
tas três espécies de reações são constitutivas dos três estágios da ção dessas fases, que devem ser normalmente desenvolvidas, e em
inteligência. algumas ocasiões até estimuladas, procedem diferentemente, pro­
curando evitá-las, e impedindo, assim, que a criança firme uma
Com a preemão, que é a atividade principal da mão, sur­ base segura para o posterior desenvolvimento de uma inteligência
gem as reações secundárias, as quais vão caracterizar as primeiras equilibrada.
formas da ação intencional.

Estamos aptos agora a estudar a

lnteli;;ência primária, secttndária e terciária.


A primeira fase chamamos de inteligência primária, quando
os atos não são intencionais, mas apenas imitativos. Com o de-

- 18 -
- 19 -
A bôca, os olhos, os ouvidos, as mãos, são instrumentos es­ �envolvimento da preensão, surge, então, a ação intencional, e
senciais para a construção da inteligência. forma-se a inteligência secundária, que é caracterizada pela fun­
ção de saber afastar obstáculos para alcançar um fim.
O esqttema tátil desenvolve-se:
Quando a criança afasta um impecilho para agarrar um ob­
a) primeiros movimentos impulsivos de puro reflexo. fecha­
jeto que deseja, sem o auxílio de ninguém, ela está em plena fase
mento da mão;· segura, solta, manifesta interêsse.
da reação secundária. E aqui se forma o esquema da confiança
b) primeiras reaçêJcs circulares relativas aos movimentos <:m si mesma. Ao estimulá-la a afastar, por si mesma, o obstá­
das mãos, coordena os movimentos dos olhos com os das mãos, culo, facilita-se a fixação de um esquema benéfico, que vai lhe
o que irá prepar�ndo para o futuro a possibilidade da criança to­ dar, mais tarde, a fôrça que necessita para vencer os obstáculos
mar os objetos no espaçc. i\. mão leva os objetos à bôca. Mas que acaso possam antepor-se às suas realizações, o que lhe vai
antes havia movimentos no espaço, vazios, como'' os de sucção em dar a capacidade de possuir plena confiança nas suas possibili­
sêco. Neste estágio, o polegar se opõe, a pouco e pouco, aos dades.
outros dedos.
Na reação secundária, já há o esfôrço que vai preparando o
c) Coordenação entre a preensão e a sucção; leva os ob­ desenvolvimento da terciária, que é caracterizada pela busca de
jetos à bôca. algo novo, que a criança atinge quando começa a investigar por
d) Preensão, logo que perceba, simultâneamente, a mão e si mesma.
o objeto desejado. Já segura os objetos que vê e não somente
U comum, no decorrer dessa fase, procurar alguma coisa
os que toca.
atrás de móveis, de cortinas, debaixo de mesas, et c. � a idade
Já é uma coordenação da preensão, mais desenvolvida, com dns ''exrloraçõcs", e manifesta-se, geralmente, quando começa
os olhos. Olha e pega. u t'ami nhar.

e) A criança apanha o que vê sem limitações relativas à l'odt: \l' t• deve se auxiliá-la indiretamente, permitindo que
posição da mão. Apanha os objetos sem necessidade de ver as '''\11 �IIH "dc,wlwrtas", wlocnndo, sem que ela o perceba, um
mãos. Leva-as já coordenadamente em direção ao objeto. IHulqtwdo, 1111 qu.tlttuer outro objeto, que possa interessá-la, atrás
dt· 11111 tn6vd, t ll., p;tr,l que o encontre por si mesma, o que lhe
As coordenações já se completaram, o que quer dizer que os dou(! J.:t.lltdt• \,tti�f.tç:io c.:, conseqüentemente, ligará o agradável
esquemas já estão formados. .) .llrvrd.ldc <.: ao <.:�{orço de investigar por si mesma, formando
Com as coordenações dos esquemas, vão surgir as reações um esquema de grande valor, pois a inteligência terciária, como
primárias, secundárias e terciárias. já dissemos, caracteriza-se pela procura de algo novo, e todos os
grandes cientistas, todos aquêles que investigam, tanto na ciência,
Chamam-se reações primárias as imitativas, quando, por como na arte, na filosofia, etc., possuem-na em alto grau.
exemplo, há o succionar por succionar; as secundárias, quando a
criança começa a diferenciar meios de fins, já há a intenção c, Os pais, não raras vêzes, não entendem o porque dêsses
finalmente, as terciárias, quando há a busca de algo nôvo. Es­ comportamentos, e em vez de auxiliarem a criança na consolida­
tas três espécies de reações são constitutivas dos três estágios da ção dessas fases, que devem ser normalmente desenvolvidas, e em
inteligência. algumas ocasiões até estimuladas, procedem diferentemente, pro­
curando evitá-las, e impedindo, assim, que a criança firme uma
Com a preemão, que é a atividade principal da mão, sur­ base segura para o posterior desenvolvimento de uma inteligência
gem as reações secundárias, as quais vão caracterizar as primeiras equilibrada.
formas da ação intencional.

Estamos aptos agora a estudar a

lnteli;;ência primária, secttndária e terciária.


A primeira fase chamamos de inteligência primária, quando
os atos não são intencionais, mas apenas imitativos. Com o de-

- 18 -
- 19 -
�impatia e antipatia, e intelectualidade, quando funciona a ra­
cionalidade, quando aprende a diferença, a separar o eu do não­
'"1 em suma, a comparar, a entender o bem e o mal.

Jntelectualidade, afetividade e sensibilidade formam um to­


do, não se separam. :e o organismo vivo do ser humano, mani­
fe�tanclo-se, atuando, influindo, interatuando com outros seme­
lhantes.
O LUDUS
O ''ludus" de regras dá-se em pleno desenvolvimento da
r,\l ionalidade, quando a criança começa a estabelecer regras que
devem ser obedecidas por todos, e os brinquedos em grupos, que
A adaptação psicológica, o equilíbrio entre a assimilação e
obcuc<.cm a regras, são os mais apreciados.
a acomodação, processa-se em grande parte pelo "ludus" (o brin­
quedo). No ''lud11s" de construção já constrói algo de que se orgu­
lb,t c, geralmente, inicia-se na fase em que a areia, os dados pa­
O "ludus" é uma atividade vital da criança. No início,
'·' .trmar, a massa de modelar são os brinquedos preferidos.
essa atividade é puramente funcional, agradável, é um simples
exercício que ela executa com movimentos de pernas, mão, etc., Embora estejamos separando, para melhor analisar, não quer
é o lttdm de exercício. Mais tarde, através de acomodações e d izc:r que essas atividades da criança se manifestem separadas, em
assimilações, alcança o ittdm simbólico, ao chegar aos três e qua­ i11lt 1\,Lio� regulares . Não; elas obedecem a um desenvolvimento
tro anos, no qual já contribui a parte afetiva, onde já influem os d,1 p .u lt w1 pór<.:a, c cstâo entrelaçadas, fazem parte de um
sentimentos de simpatia e antipatia, já em pleno desenvolvimento Indo, ctut i· .1 uianç.t c, portanto, estão sujeitos aos fluxos e rc­
da afetividade. Combina-os depois com o "ittdtts" de ficção, llu 11 11,tlu1,u' do trtscimcnto.
quando inventa histórias, quando imita os gestos e as atitudes
das pessoas que a cercam, e temos aí as raízes da arte de repre­ l'c)dc 1111\(1 ,llt,l•,m -.111 . t lgu nu s nunifcstações, c precocidade

sentar. t 111 "'''''"• de p• ndc nd11 d." cccndc�m·' pn:disponcntes.

Adaptação
{ acomodação
. .1 _
{ Equilíbrio - Inteligência
11 ' "' 111 cnchucclc·
i' 1111,1 .J11 tflll JIÍ l'ihÍ
c q11( "·"
htltll(t
t.u tl1l.ll' o u tmpossibilitar a emer­
ll,l tl t.lll�,l.

Sc· ciHhHltl ,u lllth


ass1m1 açao
tfliC .t st'mc n te necessita de uma boa terra,
do .tr, d.t uillld,tJc, do sol, das chuvas, etc., para que possa de­
,,1h1 m har num arbusto, mais tarde numa árvore e, finalmente,
Para facilitar a compreensão, vamos dispor da seguinte ma­
neira: na parte corpórea, no sensório-motriz, na sensibilidade,
t·ndtcNt' dt" frutos saborosos, também não devemos esquecer que
portanto, incluem-se a afetividade c a intelectual idade.
.1 l rianç;t necessita de um ambiente rico em substâncias nutritivas,
omlt' t'icmentos nocivos não proliferem, impedindo o seu pleno
Afetividade Sensibilidade Racionalidade
dcM:nvolvimcnto.
Simpatia-Anti­ Prazer-Dcsprazer Intelectualidade
patia. Estados de agradabili­ O �n1po da família, a situação econômica, a sociedade, a si­
dade e dcsagradabili­ tu,tçlo geográfica, etc., são fatôres predisponentes, formados de
dade. elementos diversos. mas que se interatuam, predispondo a emer­
,�.tCncia do que a criança traz, do que herdou de seus antepassados.
Lttdtts simbólico Ludtts de exercício LudttS de regras Se os fatôres predisponentes merecem tôda atenção, não me­
Ludus de ficção LudtJS de construção nos merecem os emergentes, pois se não podemos impor a uma
pl.wta um crescimento diferente daquele que já está virtualmente
tlll sua semente, se não podemos transformar um símio em uma
Os estados de agradabilidade e desagradabilidade dão-se na
sensibilidade, mas não somos apenas um organismo que funcione
pt·s�c>.t, apesar de contarmos com tôdas as condições predisponen­
, ,. ., para isso, precisamos considerar que os fatôres emergentes
somente por agradabilidade e desagradabilidade. Nosso espírito
polariza-se em afetividade, quando funcionam os sentimentos de
ll'tll tanto valor como os pn::disponentes.
- 21 -
- 20 -
�impatia e antipatia, e intelectualidade, quando funciona a ra­
cionalidade, quando aprende a diferença, a separar o eu do não­
'"1 em suma, a comparar, a entender o bem e o mal.

Jntelectualidade, afetividade e sensibilidade formam um to­


do, não se separam. :e o organismo vivo do ser humano, mani­
fe�tanclo-se, atuando, influindo, interatuando com outros seme­
lhantes.
O LUDUS
O ''ludus" de regras dá-se em pleno desenvolvimento da
r,\l ionalidade, quando a criança começa a estabelecer regras que
devem ser obedecidas por todos, e os brinquedos em grupos, que
A adaptação psicológica, o equilíbrio entre a assimilação e
obcuc<.cm a regras, são os mais apreciados.
a acomodação, processa-se em grande parte pelo "ludus" (o brin­
quedo). No ''lud11s" de construção já constrói algo de que se orgu­
lb,t c, geralmente, inicia-se na fase em que a areia, os dados pa­
O "ludus" é uma atividade vital da criança. No início,
'·' .trmar, a massa de modelar são os brinquedos preferidos.
essa atividade é puramente funcional, agradável, é um simples
exercício que ela executa com movimentos de pernas, mão, etc., Embora estejamos separando, para melhor analisar, não quer
é o lttdm de exercício. Mais tarde, através de acomodações e d izc:r que essas atividades da criança se manifestem separadas, em
assimilações, alcança o ittdm simbólico, ao chegar aos três e qua­ i11lt 1\,Lio� regulares . Não; elas obedecem a um desenvolvimento
tro anos, no qual já contribui a parte afetiva, onde já influem os d,1 p .u lt w1 pór<.:a, c cstâo entrelaçadas, fazem parte de um
sentimentos de simpatia e antipatia, já em pleno desenvolvimento Indo, ctut i· .1 uianç.t c, portanto, estão sujeitos aos fluxos e rc­
da afetividade. Combina-os depois com o "ittdtts" de ficção, llu 11 11,tlu1,u' do trtscimcnto.
quando inventa histórias, quando imita os gestos e as atitudes
das pessoas que a cercam, e temos aí as raízes da arte de repre­ l'c)dc 1111\(1 ,llt,l•,m -.111 . t lgu nu s nunifcstações, c precocidade

sentar. t 111 "'''''"• de p• ndc nd11 d." cccndc�m·' pn:disponcntes.

Adaptação
{ acomodação
. .1 _
{ Equilíbrio - Inteligência
11 ' "' 111 cnchucclc·
i' 1111,1 .J11 tflll JIÍ l'ihÍ
c q11( "·"
htltll(t
t.u tl1l.ll' o u tmpossibilitar a emer­
ll,l tl t.lll�,l.

Sc· ciHhHltl ,u lllth


ass1m1 açao
tfliC .t st'mc n te necessita de uma boa terra,
do .tr, d.t uillld,tJc, do sol, das chuvas, etc., para que possa de­
,,1h1 m har num arbusto, mais tarde numa árvore e, finalmente,
Para facilitar a compreensão, vamos dispor da seguinte ma­
neira: na parte corpórea, no sensório-motriz, na sensibilidade,
t·ndtcNt' dt" frutos saborosos, também não devemos esquecer que
portanto, incluem-se a afetividade c a intelectual idade.
.1 l rianç;t necessita de um ambiente rico em substâncias nutritivas,
omlt' t'icmentos nocivos não proliferem, impedindo o seu pleno
Afetividade Sensibilidade Racionalidade
dcM:nvolvimcnto.
Simpatia-Anti­ Prazer-Dcsprazer Intelectualidade
patia. Estados de agradabili­ O �n1po da família, a situação econômica, a sociedade, a si­
dade e dcsagradabili­ tu,tçlo geográfica, etc., são fatôres predisponentes, formados de
dade. elementos diversos. mas que se interatuam, predispondo a emer­
,�.tCncia do que a criança traz, do que herdou de seus antepassados.
Lttdtts simbólico Ludtts de exercício LudttS de regras Se os fatôres predisponentes merecem tôda atenção, não me­
Ludus de ficção LudtJS de construção nos merecem os emergentes, pois se não podemos impor a uma
pl.wta um crescimento diferente daquele que já está virtualmente
tlll sua semente, se não podemos transformar um símio em uma
Os estados de agradabilidade e desagradabilidade dão-se na
sensibilidade, mas não somos apenas um organismo que funcione
pt·s�c>.t, apesar de contarmos com tôdas as condições predisponen­
, ,. ., para isso, precisamos considerar que os fatôres emergentes
somente por agradabilidade e desagradabilidade. Nosso espírito
polariza-se em afetividade, quando funcionam os sentimentos de
ll'tll tanto valor como os pn::disponentes.
- 21 -
- 20 -
Como os fatôres são complexos, são êles sempre formados de <:m �eral e o ato i11ca{Jaz de deliberação por parte do homem,
vários elementos com atuação recíproca. E a nossa maneira de wmo o de um ébrio.
ver, ou de analisar qualquer problema, se não se ativer ao estu­
Chama-se, na �tica, de atoelícitoaquêle que se realiza ime­
do da interatuação de todos os elementos que o compõem, será
diatamente pela vontade como sua causa. Diz-se que um ato
sempre deficiente.

ATO HUMANO - Embora muitos não o aceitem, e ou­


humano da vontade é perfeito, se procede do homem agente com
a cognição correspondente, acompanhada da disposição da vonta­
trcs em suas atitudes ponham-no em dúvida, o ser humano dis­ de; imperfeito, quando falta a plena deliberação da vontade ou
tin�ue-sc essencialmente dos animais. Possui aquêle uma inteli­ do conhecimento da coisa.
]Sência, que o leva a realizar atos que os animais não são capazes
I! importante, no ato humano, o elemento co!f.noscitit•o. sem
de fazê-los. A racionalidade, no sentido clássico do têrmo, dis­
o qual o referido ato não é completo, por lhe faltar o que é es­
tingue, essencialmente, o homem dos animais, e só, e apenas,
sencial, que é a nota da cognição prévia do que é deliberado pelo
se pode chamar de atohumano aquêle que não é animal.
intelecto. No elemento cognoscitivo, incluem-se a advertê1zcia,
O ato humano, para ser tal, é mister que seja deliberado pe­ que é a atenção da mente à coisa, a deliberação, pela qual se in­
la vontade, do contrário não se distingue do ato irracional, pró­ quire qual o ato que deve ser proposto e, finalmente, o impé rio,
prio dos animais. A vontade pode deliberar realizá-lo ou per­ o poder, a ordem de executá-lo.
miti-lo. E essa Jeliberação consiste na escolha fundada numa
No ato humano, é essencial uma cognição prática antece­
cognição. Constituem-no, portanto, a voluntariedade, a cogni­
dente, que pode ser ora formal, ora judicativa, ora reflexa.
ção e a liberdade. A cognição dá-lhe as notas, o saber sôbre a
matéria do ato; a vontade, a capacidade de escolha e de resolução, Assim, tal é evidente, porque o ato humano é o que decorre
e a liberdade, a capacidade de pôr ou não em execução o ato. do apetite ( petere ad, pedir para) racional, uma deliberação sô­
bre a conveniência ou desconveniência da sua realização. Essa
Caracteriza o ato propriamente humana a cognição que vo­
cognição deve ser formal, porque o objeto desejado deve ser for­
luntàriamente realiza ou não um ato frustrávcl. A frustrabilida­
malmente conhecido; deve ser j11dicati1Ja, porque deve ser julga­
de é um aspecto de máxima importância. Ora, o que também
da a conveniência ou desconveniência da prática do referido ato;
caracteriza o ato ético é a frustrabilidade. Se observarmos os fa­
fe/lexa (refletir) porque o agente é cônscio da sua ação, e sabe
tos físico-químicos, nêles não encontramos frustrabilidade espon­
que escolhe realizar o que está sob o domínio da sua vontade.
tânea qualquer. Não vemos o hidrogênio, ora proceder dêste mo­
do, ora daquele, quando as condições circunstanciais são as mes­ Na judicação, há também apreciação de valôres, valorações
mas. Não há frustrabilidade nos fatos da Físico-química. Mas, de várias espécies.
os há nos fatos éticos. A frustrabilidade permite-nos até cons­
Para que o ato humano se realize plenamente, não é mister
truir uma divisão das ciências: aquelas em que há frustrabilidade, que haja um conhecimento perfeito da coisa, pois Je um conhe­
o que é próprio das ciências culturais, pois estas, tendo como ob­ cimento confuso pode-se realizar um ato humano perfeito. Uma
jeto material os atos humanos, incluem-na; c as ciências da in­ cognição confusa, que é vencível, não impede uma deliberação
frustrabilidade, que são a:; naturais, como a Físico-química, a perfeita da vontade, como também uma atenção meramente vir­
Biologia, a Fisiologia, etc. Há frustrabilidade onde o homem tual não impede o ato humano.
se realiza como homem, porque pode êle, pela sua vontade, im­
pedir a atualização de possibilidades. Examinemos, pois, os elementos essenciais dêste ato:

Quando um animal opõe uma barreira. à água que corre, e 1) o elemento volrmtário. Voluntário é o que procede
a represa, para seu benefício, realiza um ato instintivo e animal, de algum modo de princípio intrínseco, sob o conhecimento in­
mas a construção de uma barreira num rio, a construção de uma telectual do fim. Esta é uma definição clássica, cuja justificação
catedral, o erguimento de um arranha-céu, são atos de vontade e
é a seguinte: ela procede de algum modo, e pode ser indireta,
testemunham a vontade. Imediata, e formalmente, ou mediata, e denominativa, positiva
ou negativamente; se não é de origem intrínseca, seria extrínseca,
Deve-se distinguir o ato humano, como foi definido acima, ��� outro que não o agente; sem a cognição intelectual do fim,
do não deliberante, realizado pelo homem, como os fisiológicos o ,\lo seria cego e não humano, como o expusemos.

-22- - 23 -
Como os fatôres são complexos, são êles sempre formados de <:m �eral e o ato i11ca{Jaz de deliberação por parte do homem,
vários elementos com atuação recíproca. E a nossa maneira de wmo o de um ébrio.
ver, ou de analisar qualquer problema, se não se ativer ao estu­
Chama-se, na �tica, de atoelícitoaquêle que se realiza ime­
do da interatuação de todos os elementos que o compõem, será
diatamente pela vontade como sua causa. Diz-se que um ato
sempre deficiente.

ATO HUMANO - Embora muitos não o aceitem, e ou­


humano da vontade é perfeito, se procede do homem agente com
a cognição correspondente, acompanhada da disposição da vonta­
trcs em suas atitudes ponham-no em dúvida, o ser humano dis­ de; imperfeito, quando falta a plena deliberação da vontade ou
tin�ue-sc essencialmente dos animais. Possui aquêle uma inteli­ do conhecimento da coisa.
]Sência, que o leva a realizar atos que os animais não são capazes
I! importante, no ato humano, o elemento co!f.noscitit•o. sem
de fazê-los. A racionalidade, no sentido clássico do têrmo, dis­
o qual o referido ato não é completo, por lhe faltar o que é es­
tingue, essencialmente, o homem dos animais, e só, e apenas,
sencial, que é a nota da cognição prévia do que é deliberado pelo
se pode chamar de atohumano aquêle que não é animal.
intelecto. No elemento cognoscitivo, incluem-se a advertê1zcia,
O ato humano, para ser tal, é mister que seja deliberado pe­ que é a atenção da mente à coisa, a deliberação, pela qual se in­
la vontade, do contrário não se distingue do ato irracional, pró­ quire qual o ato que deve ser proposto e, finalmente, o impé rio,
prio dos animais. A vontade pode deliberar realizá-lo ou per­ o poder, a ordem de executá-lo.
miti-lo. E essa Jeliberação consiste na escolha fundada numa
No ato humano, é essencial uma cognição prática antece­
cognição. Constituem-no, portanto, a voluntariedade, a cogni­
dente, que pode ser ora formal, ora judicativa, ora reflexa.
ção e a liberdade. A cognição dá-lhe as notas, o saber sôbre a
matéria do ato; a vontade, a capacidade de escolha e de resolução, Assim, tal é evidente, porque o ato humano é o que decorre
e a liberdade, a capacidade de pôr ou não em execução o ato. do apetite ( petere ad, pedir para) racional, uma deliberação sô­
bre a conveniência ou desconveniência da sua realização. Essa
Caracteriza o ato propriamente humana a cognição que vo­
cognição deve ser formal, porque o objeto desejado deve ser for­
luntàriamente realiza ou não um ato frustrávcl. A frustrabilida­
malmente conhecido; deve ser j11dicati1Ja, porque deve ser julga­
de é um aspecto de máxima importância. Ora, o que também
da a conveniência ou desconveniência da prática do referido ato;
caracteriza o ato ético é a frustrabilidade. Se observarmos os fa­
fe/lexa (refletir) porque o agente é cônscio da sua ação, e sabe
tos físico-químicos, nêles não encontramos frustrabilidade espon­
que escolhe realizar o que está sob o domínio da sua vontade.
tânea qualquer. Não vemos o hidrogênio, ora proceder dêste mo­
do, ora daquele, quando as condições circunstanciais são as mes­ Na judicação, há também apreciação de valôres, valorações
mas. Não há frustrabilidade nos fatos da Físico-química. Mas, de várias espécies.
os há nos fatos éticos. A frustrabilidade permite-nos até cons­
Para que o ato humano se realize plenamente, não é mister
truir uma divisão das ciências: aquelas em que há frustrabilidade, que haja um conhecimento perfeito da coisa, pois Je um conhe­
o que é próprio das ciências culturais, pois estas, tendo como ob­ cimento confuso pode-se realizar um ato humano perfeito. Uma
jeto material os atos humanos, incluem-na; c as ciências da in­ cognição confusa, que é vencível, não impede uma deliberação
frustrabilidade, que são a:; naturais, como a Físico-química, a perfeita da vontade, como também uma atenção meramente vir­
Biologia, a Fisiologia, etc. Há frustrabilidade onde o homem tual não impede o ato humano.
se realiza como homem, porque pode êle, pela sua vontade, im­
pedir a atualização de possibilidades. Examinemos, pois, os elementos essenciais dêste ato:

Quando um animal opõe uma barreira. à água que corre, e 1) o elemento volrmtário. Voluntário é o que procede
a represa, para seu benefício, realiza um ato instintivo e animal, de algum modo de princípio intrínseco, sob o conhecimento in­
mas a construção de uma barreira num rio, a construção de uma telectual do fim. Esta é uma definição clássica, cuja justificação
catedral, o erguimento de um arranha-céu, são atos de vontade e
é a seguinte: ela procede de algum modo, e pode ser indireta,
testemunham a vontade. Imediata, e formalmente, ou mediata, e denominativa, positiva
ou negativamente; se não é de origem intrínseca, seria extrínseca,
Deve-se distinguir o ato humano, como foi definido acima, ��� outro que não o agente; sem a cognição intelectual do fim,
do não deliberante, realizado pelo homem, como os fisiológicos o ,\lo seria cego e não humano, como o expusemos.

-22- - 23 -
Para que algo seja voluntário, é mister que seja conhecido que lhe sucede de mal ou possa suceder, que, por sua vez. exerce
e realizado pelo intento próprio do agente. um poder de desviar o ato humano.

Diz-se que o ato de vontade é livre, quando esta é deter­ Temos, ainda, as paixões, que são os movimentos apetitivos
minada sob a razão indiferente, com poder de não agir o que da virtude em busca do bem, ou adversativos, do mal, que ten­
age, ou de agir de outro modo de o que age. Liberdade não siK­ dem para o maléfico. As paixões podem exercer um papel mui­
nifica absoluta espontaneidade de ação, de indeterminação, como to grande na vontade humana, diminuindo o seu poder de de­
querendo dizer que para ser livre um ato é mister que não tenha liberação. Também os hábitos exercem uma influência impor­
uma causa, um motivo, uma razão, um porquê. Essa maneira tante na realização dos atos humanos, porque são êles uma cons­
de considerar a liberdade é própria de autores modernos, que tante inclinação para determinados atos, podendo aumentar ou
nunca compreenderam devidamente os estudos realizados pelos diminuir a vontade.
grandes filósofos do passado, sôbre matéria de tanta importância.
Por causas extrínsecas, o ato humano pode sofrer restrições
Liberdade não SÍJ?nifica desvinculamento total, mas apenas a ca­
pacidade, a potência de indiferentemente agir ou não agir, ou de pela violência, que é a moção procedente d e . princípio extrínseco,
que sustém a vontade. O exercício da violência pode ser vário
agir d e modo outro que o que se realiza. Mas, no agir como se
e também a sua ação pode sofrer graus, influindo, por sua vez,
age, encontra-se tôda a conexão de causa e efeito, que dá a ne­
�radativamente, na vontade.
cessidade hipotética ao ato realizado. Assim, em quem atua, de­
cidindo-se a fazer isto em vez daquilo, encontraremos, em sua Há, também, o obstáculo à execução do ato humano, tais co­
causação, os motivos causais de tal ação, como encontraríamos, mo os que oferecem o caráctet e o temperamento de uma pessoa,
também, motivos causais, se o seu ato fôsse outro, pois êste ho­ como nos mostram os atuais estudos da Caractcrologia, que po­
mem, que delibera agora aproveitar seu tempo para estudar, ou dem aminorar ou exaltar o impulso da volição. l-fá, ademais,
para distrair-se, estudando mais tarde, permite que encontremos, outros obstáculos de ordem patológica, que decorrem de uma
em seus motivos, suficientes razões p àra ambas resoluções. A li­ anômala disposição da natureza humana, quer de ordem psíquica,
berdade está em poder êle deliberar de um ou de outro modo, de como o histerismo, a epilepsia, a psicasten ia, a neurastenia, etc.
aceitar, por um ato deliberativo e de vontade, as razões que jul­
.c;ou deveriam predominar, pelo sopesamento de razões que o le­ Não pode haver um ato moral sem que seja êle um ato im­
varam a seguir êste e não aquêle caminho. mano. Só o homem, ou só um ser inteligente e livre, pode ter
uma vida moral.
� a coação que impede a realização da vontade, e também a
Ora, o ato ético é um ato humano, que deve ser cumpr:ido
necessidade do conseqüente determinado previamente.
por razões de conveniência em bases justas, ato frustrável pela
Mas, o ato só é humano quando livre. vontade humana como realizável por ela.

Contudo, o ato humano pode estar sujeito a defeitos. E ês­ Uma verdadeira pedagogia tem de dedicar-se a pôr o ser
tes decorrem de determinadas causas, que influem na cognição. humano na H11rnanidade, e não querer transformá-lo ou num ani­
Temos, por exemplo, a ÍJ?noráncia, que é o defeito habitual da mal ou numa mera coisa, como a visão deformada de muitos pe­
ciência no sujeito capaz, uma privação de ciência, uma simples dagogos, influídos pelos graves erros do parco filosofar moderno,
nesciência, ou uma ciência não devida. Mas, a ignorância pode e que tanto mal tem disseminado. Realizar o homem plenamen­
ser vencivet ou invencível. A primeira ainda pode ser absolttta te é realizar a plenitude do ato humano em cada um. Só uma
ou relativamente invencível, pois a criança, enquanto tal, ignora, Pedagogia que se oriente assim, merece ser considerada hmnana.
invendvelmente, em relação à sua idade e capacidade, mas essa
ignorância é vencível pelo adulto, também relativamente. Diz­ CONCLUSÃO
·se vendvel, aquela que o pode ser no determinado estado em
que é considerado o sujeito, que dela padece. Em face de tudo quanto examinamos sôbre o frmcionar psf­
quico, o ato humano e a educação e a instmção, temos de con-
Influi, ainda, na volição humana, a conwpiscência, que é a
1 hnr:
desordenada habitualidade do apetite humano dirigido ao ato
contra a razão, que pode aumentar o poder executivo do ato ou A Pedagogia é a ciência prática e teórica que, dedicando-se
não. Temos ainda o mêdo, que é a trepidação do ânimo ante o 111 t 'tudo do funcionar psíquico do homem, tende a preparar o

- 24 - -25 -
Para que algo seja voluntário, é mister que seja conhecido que lhe sucede de mal ou possa suceder, que, por sua vez. exerce
e realizado pelo intento próprio do agente. um poder de desviar o ato humano.

Diz-se que o ato de vontade é livre, quando esta é deter­ Temos, ainda, as paixões, que são os movimentos apetitivos
minada sob a razão indiferente, com poder de não agir o que da virtude em busca do bem, ou adversativos, do mal, que ten­
age, ou de agir de outro modo de o que age. Liberdade não siK­ dem para o maléfico. As paixões podem exercer um papel mui­
nifica absoluta espontaneidade de ação, de indeterminação, como to grande na vontade humana, diminuindo o seu poder de de­
querendo dizer que para ser livre um ato é mister que não tenha liberação. Também os hábitos exercem uma influência impor­
uma causa, um motivo, uma razão, um porquê. Essa maneira tante na realização dos atos humanos, porque são êles uma cons­
de considerar a liberdade é própria de autores modernos, que tante inclinação para determinados atos, podendo aumentar ou
nunca compreenderam devidamente os estudos realizados pelos diminuir a vontade.
grandes filósofos do passado, sôbre matéria de tanta importância.
Por causas extrínsecas, o ato humano pode sofrer restrições
Liberdade não SÍJ?nifica desvinculamento total, mas apenas a ca­
pacidade, a potência de indiferentemente agir ou não agir, ou de pela violência, que é a moção procedente d e . princípio extrínseco,
que sustém a vontade. O exercício da violência pode ser vário
agir d e modo outro que o que se realiza. Mas, no agir como se
e também a sua ação pode sofrer graus, influindo, por sua vez,
age, encontra-se tôda a conexão de causa e efeito, que dá a ne­
�radativamente, na vontade.
cessidade hipotética ao ato realizado. Assim, em quem atua, de­
cidindo-se a fazer isto em vez daquilo, encontraremos, em sua Há, também, o obstáculo à execução do ato humano, tais co­
causação, os motivos causais de tal ação, como encontraríamos, mo os que oferecem o caráctet e o temperamento de uma pessoa,
também, motivos causais, se o seu ato fôsse outro, pois êste ho­ como nos mostram os atuais estudos da Caractcrologia, que po­
mem, que delibera agora aproveitar seu tempo para estudar, ou dem aminorar ou exaltar o impulso da volição. l-fá, ademais,
para distrair-se, estudando mais tarde, permite que encontremos, outros obstáculos de ordem patológica, que decorrem de uma
em seus motivos, suficientes razões p àra ambas resoluções. A li­ anômala disposição da natureza humana, quer de ordem psíquica,
berdade está em poder êle deliberar de um ou de outro modo, de como o histerismo, a epilepsia, a psicasten ia, a neurastenia, etc.
aceitar, por um ato deliberativo e de vontade, as razões que jul­
.c;ou deveriam predominar, pelo sopesamento de razões que o le­ Não pode haver um ato moral sem que seja êle um ato im­
varam a seguir êste e não aquêle caminho. mano. Só o homem, ou só um ser inteligente e livre, pode ter
uma vida moral.
� a coação que impede a realização da vontade, e também a
Ora, o ato ético é um ato humano, que deve ser cumpr:ido
necessidade do conseqüente determinado previamente.
por razões de conveniência em bases justas, ato frustrável pela
Mas, o ato só é humano quando livre. vontade humana como realizável por ela.

Contudo, o ato humano pode estar sujeito a defeitos. E ês­ Uma verdadeira pedagogia tem de dedicar-se a pôr o ser
tes decorrem de determinadas causas, que influem na cognição. humano na H11rnanidade, e não querer transformá-lo ou num ani­
Temos, por exemplo, a ÍJ?noráncia, que é o defeito habitual da mal ou numa mera coisa, como a visão deformada de muitos pe­
ciência no sujeito capaz, uma privação de ciência, uma simples dagogos, influídos pelos graves erros do parco filosofar moderno,
nesciência, ou uma ciência não devida. Mas, a ignorância pode e que tanto mal tem disseminado. Realizar o homem plenamen­
ser vencivet ou invencível. A primeira ainda pode ser absolttta te é realizar a plenitude do ato humano em cada um. Só uma
ou relativamente invencível, pois a criança, enquanto tal, ignora, Pedagogia que se oriente assim, merece ser considerada hmnana.
invendvelmente, em relação à sua idade e capacidade, mas essa
ignorância é vencível pelo adulto, também relativamente. Diz­ CONCLUSÃO
·se vendvel, aquela que o pode ser no determinado estado em
que é considerado o sujeito, que dela padece. Em face de tudo quanto examinamos sôbre o frmcionar psf­
quico, o ato humano e a educação e a instmção, temos de con-
Influi, ainda, na volição humana, a conwpiscência, que é a
1 hnr:
desordenada habitualidade do apetite humano dirigido ao ato
contra a razão, que pode aumentar o poder executivo do ato ou A Pedagogia é a ciência prática e teórica que, dedicando-se
não. Temos ainda o mêdo, que é a trepidação do ânimo ante o 111 t 'tudo do funcionar psíquico do homem, tende a preparar o

- 24 - -25 -
ser humano para a sua incorporação à humanidade, pelo forta­ tes, sem esquecer os emergentes, para saber qual a atuação bené­
lecimento do ato humano, tornando-o capaz de realizar-se tanto fica ou maléfica que a predisponência pode exercer na constru­
mais plenamente quanto possível. ção da emergência, j á que o ser humano sofrerá modificações vá­
rias por ação daquela.
Partindo-se dessa finalidade, temos de, .considerar que a
criança é um ser que é animalidade atual, e humanidade virtual. Ora, a criança é um ser frágil, um ser que exige ser condu­
Está ela desafiada pela circunstância ambiental, e deve estruturar­ zido. A Pedagogia, em seu aspecto genérico, é a condução da
-se de modo a viver em sociedade, sem qualquer desvalimento de criança na vida social para a qual ela é destinada.
sua personalidade. A êsse desafio do ambiente circunstancial, a
criança, inevitàvelmente, terá de atualizar uma resposta. Ora, sendo a criança um ser frágil, que por si só não é ca­
paz de conduzir-se, exigirá o amparo, a direção, que é dada pelos
Se considerarmos o ser humano, teremos de salientar que é
adultos mais experimentados e mais sábios.
êle o resultado da cooperação de uma série de fatôres, que podem
ser classificados da seguinte forma: fatôres intrínsecos e fatôres A criança pode, então, ser devidamente protegida ou indevi­
€xtrínsecos. damente desprotegida, abandonada.
Os fatôrcs intrínsecos são os que emerf?.em da natureza do
Temos, assim, uma polaridade: abandono e proteção.
homem. E êstes são o seu corpo e o seu /JJiquismo.
Em torno dêstes dois temas, girará tôda a Pedagogia.
Seu corpo é genericamente animal, mas seu psiquismo é vir­
tual e atualmente humano. ·
- 0 abandono poderá ser exaf?.erado ou aten11ado. Também
Entre os fatôres extrínsecos, que são os que não emergem a proteção poderá ser ater111ada ou exaf?.erada ( superproteção ) .
da sua natureza, mas que o antecedem, o acompanham, temos o
l!sse abandono e essa proteção serão desafios, aos quais a
ambiente circunstancial-histórico, incluindo o biológico, pois é um
criança responderá.
ser, cujo surgimento, normalmente, parte de um par humano, os
pais, e vive num ambiente circunstancial ecológico, no qual se Ao abandono, ela responderá:
incluem o grupo social em que vive ( ambiente histórico-social) ,
e o ambiente ecológico espedficamente considerado, que é o am­ ou por um s<.:ntimcnlo de htsef?.urança;
biente geográfico, meteorológico, econômico, cultural em geral, ou de robelrlia ( revoltando-se contra a injustiça do aban­
etc. dono ) ;
Os primeiros fatôres são emergentes, e os segundos predis­ pela insef{Urança ( sentindo-se desprotegida) ;
ponentes.
ou pela af{ressividade, que surge da rebeldia em face do
A emergência encontra-se em face da predisponência. Esta,
abandono;
não só é a causa da primeira, já que a natureza de um ser humano
depende, real e diretamente, do segundo, como o se_gundo acom­ ou pelo ressentimento ( sofrendo outra vez o estado de aban­
panha sempre a primeira, atuando sôbre aquela como desafio, dono ) ;
provocando uma resposta. ou gerando-se um estado de ensimesmamento, tornando-se
Na emergência, temos de considerar o temperamento (vide ) , a cúança esquisita ( esqttizóide e até esquizofrênica) ;
que se fundamenta no somático, e o carácter, que se fundamenta, em suma, insatisfeita, injustiçada.
sobretudo, nos esquemas e nos hábitos adquiridos. As respos­
À proteção, reagirá:
tas dessa emergência aos desafios da predisponência são propor­
cionais ao temperamento e ao carácter virtual (em formação ) da ou pela passitJidade ( aceitando-a sem reações maiores ) ;
criança. Por outro lado, o temperamento (que é variável, se­
ou pela af{ressividade, pelo anseio de prestigiar-se, de auto­
gundo os graus da idade ) e o carácter ( também variável até se­
-afirmar-se;
d imentar-se, posteriormente) são modificados pela atuação do
meio ambiente ( fatôres predisponentes ) . Conclui-se, portanto,' ou pela ,·ebeldia, irritada pelo excesso de proteção, desejosa
que a Pedagogia tem àc interessar-se pelos fatôres predisponen- de autonomia;

-26 - - 27 -
ser humano para a sua incorporação à humanidade, pelo forta­ tes, sem esquecer os emergentes, para saber qual a atuação bené­
lecimento do ato humano, tornando-o capaz de realizar-se tanto fica ou maléfica que a predisponência pode exercer na constru­
mais plenamente quanto possível. ção da emergência, j á que o ser humano sofrerá modificações vá­
rias por ação daquela.
Partindo-se dessa finalidade, temos de, .considerar que a
criança é um ser que é animalidade atual, e humanidade virtual. Ora, a criança é um ser frágil, um ser que exige ser condu­
Está ela desafiada pela circunstância ambiental, e deve estruturar­ zido. A Pedagogia, em seu aspecto genérico, é a condução da
-se de modo a viver em sociedade, sem qualquer desvalimento de criança na vida social para a qual ela é destinada.
sua personalidade. A êsse desafio do ambiente circunstancial, a
criança, inevitàvelmente, terá de atualizar uma resposta. Ora, sendo a criança um ser frágil, que por si só não é ca­
paz de conduzir-se, exigirá o amparo, a direção, que é dada pelos
Se considerarmos o ser humano, teremos de salientar que é
adultos mais experimentados e mais sábios.
êle o resultado da cooperação de uma série de fatôres, que podem
ser classificados da seguinte forma: fatôres intrínsecos e fatôres A criança pode, então, ser devidamente protegida ou indevi­
€xtrínsecos. damente desprotegida, abandonada.
Os fatôrcs intrínsecos são os que emerf?.em da natureza do
Temos, assim, uma polaridade: abandono e proteção.
homem. E êstes são o seu corpo e o seu /JJiquismo.
Em torno dêstes dois temas, girará tôda a Pedagogia.
Seu corpo é genericamente animal, mas seu psiquismo é vir­
tual e atualmente humano. ·
- 0 abandono poderá ser exaf?.erado ou aten11ado. Também
Entre os fatôres extrínsecos, que são os que não emergem a proteção poderá ser ater111ada ou exaf?.erada ( superproteção ) .
da sua natureza, mas que o antecedem, o acompanham, temos o
l!sse abandono e essa proteção serão desafios, aos quais a
ambiente circunstancial-histórico, incluindo o biológico, pois é um
criança responderá.
ser, cujo surgimento, normalmente, parte de um par humano, os
pais, e vive num ambiente circunstancial ecológico, no qual se Ao abandono, ela responderá:
incluem o grupo social em que vive ( ambiente histórico-social) ,
e o ambiente ecológico espedficamente considerado, que é o am­ ou por um s<.:ntimcnlo de htsef?.urança;
biente geográfico, meteorológico, econômico, cultural em geral, ou de robelrlia ( revoltando-se contra a injustiça do aban­
etc. dono ) ;
Os primeiros fatôres são emergentes, e os segundos predis­ pela insef{Urança ( sentindo-se desprotegida) ;
ponentes.
ou pela af{ressividade, que surge da rebeldia em face do
A emergência encontra-se em face da predisponência. Esta,
abandono;
não só é a causa da primeira, já que a natureza de um ser humano
depende, real e diretamente, do segundo, como o se_gundo acom­ ou pelo ressentimento ( sofrendo outra vez o estado de aban­
panha sempre a primeira, atuando sôbre aquela como desafio, dono ) ;
provocando uma resposta. ou gerando-se um estado de ensimesmamento, tornando-se
Na emergência, temos de considerar o temperamento (vide ) , a cúança esquisita ( esqttizóide e até esquizofrênica) ;
que se fundamenta no somático, e o carácter, que se fundamenta, em suma, insatisfeita, injustiçada.
sobretudo, nos esquemas e nos hábitos adquiridos. As respos­
À proteção, reagirá:
tas dessa emergência aos desafios da predisponência são propor­
cionais ao temperamento e ao carácter virtual (em formação ) da ou pela passitJidade ( aceitando-a sem reações maiores ) ;
criança. Por outro lado, o temperamento (que é variável, se­
ou pela af{ressividade, pelo anseio de prestigiar-se, de auto­
gundo os graus da idade ) e o carácter ( também variável até se­
-afirmar-se;
d imentar-se, posteriormente) são modificados pela atuação do
meio ambiente ( fatôres predisponentes ) . Conclui-se, portanto,' ou pela ,·ebeldia, irritada pelo excesso de proteção, desejosa
que a Pedagogia tem àc interessar-se pelos fatôres predisponen- de autonomia;

-26 - - 27 -
ou pela in.ref!,ttrança, quando essa proteção fôr exagerada, e
para a agressividade. Ante a frustração, cada um rea�;irá dife ­
caso sinta uma falha, sentir-se-á abandonada indevidamente;
t'entemente, pela polaridade passividade-a�;ressividade.
ou insatisfeita, porque a proteção não lhe deixa manifestar­
Na classificação dos retraídos, temos os retraíáos laterais, os
-se por si mesma;
de base e os bo.rsuados, sendo comum os dois prim'!.'Ítos às crian­
e ressentida, também, porque sofrerá muitas vêzes pelo ex­ ças. Os t'etraídoJ latet'ais são sempre ativos, não, porém, os de
cesso de proteção, que lhe atenua a autonomia desejada. base e os bossuados, por isso as reações dêstes são marcadas, so­
bretudo, pela passividade, quando astênicos, mas pela agressivi­
Vê-se, assim, que as respostas da criança, embora várias, po­
dade, quando estênicos.
dem apresentar, nos resultados, uma semelhança no que se refe­
re ao abandono, como no que se refere à proteção. Não é difícil a classificação da criança nesses tipos, embora
as modificações que ela sofre sejam muitas, até atingir o tipo mais
E essas respostas dependem do temperamento e do carác­
fixo, o que consegue na vida adulta.
ter, embora sofram a influência do grau de abandono ou de pro­
teção. O ímpeto de afirmação ( o prntíxio social ) , o anseio de Dêste modo, a orientação pedagógica deve considerar os ca­
autonomia, é normal no ser humano, e corresponde ao grau de sos particulares e até individuais, para que as normas sejam tra­
desenvolvimento de sua encefaüzação. Não adianta querer im­ çadas, segundo o que é conveniente à criança ( 1 ) .
pedir o desenvolvimento normal, sobretudo numa sociedade como
a nossa, que é democrática, e que, portanto, se funda na maior MARIO FERREIRA DOS SANTOS

afirmação da personalidade humana. Numa sociedade totalitá­


ria, que pretende fazer homens apenas autômatos, obedientes às
palavras de ordem dos chefes, apenas mstrumentos de um grande
maquinismo social, essas normas não são obedecidas. Mas nós,
que lutamos pela humanidade e que desejamos que seja o homem
um ser humano, e não uma engrenagem, uma coisa, um "troço",
como se diz na linguagem popular, temos de lutar pela maior
afirmação do ser humano, pelo fortalecimento da sua autonomia,
base também de sua liberdade.

Conseqüentemente, considerando a heterogeneidade huma­


na, as normas pedagógicas têm de ser heterogêneas, e o que é
válido para um tipo caracterológico não o é para outro. Assim,
o que pode dar um equilíbrio entre o abandono e a proteção a um
tipo, pode ser insuficiente para outro, gerando-lhe um sentimento
de abandono, de inferioridade, ou de superprotcção e, conseqüente­

J
mente, de insegurança.

Preferimos, na cara,·teroJo�ia (vide) , a classificação de Cor­


mau. Não que seja ela a úJtima verdade, mas porque é mais
prática e tem a suficiente validez para que as normas pedagógi­
cas sejam bem aplicadas.

Partindo da classificação dos dilatados e dos retraídos, como


polaridades dos tipos humanos, tanto os primeiros como os se­ (1) Aconselhamos, assim, a quem vai fazer uso desta obra, que

gundos oferecem tipos asténicos ( fracos, passivos ) e estênicos leia, em primeiro lugar, os verbetes que abaixo apontamos:

(fortes e ativos ) . A reação de um tipo astênico é tendcntemen­ Caracterologia, Temperamento, Personalidade, Frust.r�.ão, Aban­
te ·dirigida para a passividade, para o retraimento, ensimesma­ dono, P.rote!;!ã.o, Superproteção, Crian9a abandonada, Autonomia, Li­
menta, para a esquizofrenia. A reação de um tipo estênico, é h�>rdalle, Passividade, e os que são indicados nesses verbetes.

- 28 - - 29 -
ou pela in.ref!,ttrança, quando essa proteção fôr exagerada, e
para a agressividade. Ante a frustração, cada um rea�;irá dife ­
caso sinta uma falha, sentir-se-á abandonada indevidamente;
t'entemente, pela polaridade passividade-a�;ressividade.
ou insatisfeita, porque a proteção não lhe deixa manifestar­
Na classificação dos retraídos, temos os retraíáos laterais, os
-se por si mesma;
de base e os bo.rsuados, sendo comum os dois prim'!.'Ítos às crian­
e ressentida, também, porque sofrerá muitas vêzes pelo ex­ ças. Os t'etraídoJ latet'ais são sempre ativos, não, porém, os de
cesso de proteção, que lhe atenua a autonomia desejada. base e os bossuados, por isso as reações dêstes são marcadas, so­
bretudo, pela passividade, quando astênicos, mas pela agressivi­
Vê-se, assim, que as respostas da criança, embora várias, po­
dade, quando estênicos.
dem apresentar, nos resultados, uma semelhança no que se refe­
re ao abandono, como no que se refere à proteção. Não é difícil a classificação da criança nesses tipos, embora
as modificações que ela sofre sejam muitas, até atingir o tipo mais
E essas respostas dependem do temperamento e do carác­
fixo, o que consegue na vida adulta.
ter, embora sofram a influência do grau de abandono ou de pro­
teção. O ímpeto de afirmação ( o prntíxio social ) , o anseio de Dêste modo, a orientação pedagógica deve considerar os ca­
autonomia, é normal no ser humano, e corresponde ao grau de sos particulares e até individuais, para que as normas sejam tra­
desenvolvimento de sua encefaüzação. Não adianta querer im­ çadas, segundo o que é conveniente à criança ( 1 ) .
pedir o desenvolvimento normal, sobretudo numa sociedade como
a nossa, que é democrática, e que, portanto, se funda na maior MARIO FERREIRA DOS SANTOS

afirmação da personalidade humana. Numa sociedade totalitá­


ria, que pretende fazer homens apenas autômatos, obedientes às
palavras de ordem dos chefes, apenas mstrumentos de um grande
maquinismo social, essas normas não são obedecidas. Mas nós,
que lutamos pela humanidade e que desejamos que seja o homem
um ser humano, e não uma engrenagem, uma coisa, um "troço",
como se diz na linguagem popular, temos de lutar pela maior
afirmação do ser humano, pelo fortalecimento da sua autonomia,
base também de sua liberdade.

Conseqüentemente, considerando a heterogeneidade huma­


na, as normas pedagógicas têm de ser heterogêneas, e o que é
válido para um tipo caracterológico não o é para outro. Assim,
o que pode dar um equilíbrio entre o abandono e a proteção a um
tipo, pode ser insuficiente para outro, gerando-lhe um sentimento
de abandono, de inferioridade, ou de superprotcção e, conseqüente­

J
mente, de insegurança.

Preferimos, na cara,·teroJo�ia (vide) , a classificação de Cor­


mau. Não que seja ela a úJtima verdade, mas porque é mais
prática e tem a suficiente validez para que as normas pedagógi­
cas sejam bem aplicadas.

Partindo da classificação dos dilatados e dos retraídos, como


polaridades dos tipos humanos, tanto os primeiros como os se­ (1) Aconselhamos, assim, a quem vai fazer uso desta obra, que

gundos oferecem tipos asténicos ( fracos, passivos ) e estênicos leia, em primeiro lugar, os verbetes que abaixo apontamos:

(fortes e ativos ) . A reação de um tipo astênico é tendcntemen­ Caracterologia, Temperamento, Personalidade, Frust.r�.ão, Aban­
te ·dirigida para a passividade, para o retraimento, ensimesma­ dono, P.rote!;!ã.o, Superproteção, Crian9a abandonada, Autonomia, Li­
menta, para a esquizofrenia. A reação de um tipo estênico, é h�>rdalle, Passividade, e os que são indicados nesses verbetes.

- 28 - - 29 -
A
ABANDONO - Tem diversas acepções e vêmo-lo signi­
ficando desamparo, negligência, descuido, etc.
Em geral, são chamadas de abandonadas as crian­
ças que não têm pais. Convém estender-se tal con­
ceito a tôdas aquelas que os têm, e não recebem dês­
tes a devida atenção. Assim, tanto no aspecto mate­
rial como no moral, pois além de ser obrigação dos
pais proporcionar a alimentação, a moradia e as ves­
timentas, também é obrigação dêles ouvir, dirigir e
educar o filho. Vide Criança abandonada.
ABCESSOS - Vide Puericultura, 10.0 cap., § 2.

ABNEGAÇAO Sacrifício voluntário de si mesmo em


-

benefício de outrem ou outros. (Vide: Altruísmo,


Simpatia, Compaixão ) .
Em latim abnegatio, ação de sacrifício.
a) Podemos analisar sob dois sentidos:
s. lato - renúncia, sacrifício de alguém a tudo
quanto tenha de egoísta, de individual nos seus de­
sejos;
s. restrito - sacrifício voluntário de uma tendên­
cia natural em benefício de outrem.
b ) Psicolõgicamente: estado de espírito, que con­
siste numa disposição ao sacrifício de si mesmo; tam­
bém, tendência natural, às vêzes; temperamento ten­
dente ao sacrifício; redução do afetivo; "sacrifício é
uma abnegação que começa no coração . . . e abnega­
ção é a forma intelectual do sacrifício" (Boisse) .
- 31 -
A
ABANDONO - Tem diversas acepções e vêmo-lo signi­
ficando desamparo, negligência, descuido, etc.
Em geral, são chamadas de abandonadas as crian­
ças que não têm pais. Convém estender-se tal con­
ceito a tôdas aquelas que os têm, e não recebem dês­
tes a devida atenção. Assim, tanto no aspecto mate­
rial como no moral, pois além de ser obrigação dos
pais proporcionar a alimentação, a moradia e as ves­
timentas, também é obrigação dêles ouvir, dirigir e
educar o filho. Vide Criança abandonada.
ABCESSOS - Vide Puericultura, 10.0 cap., § 2.

ABNEGAÇAO Sacrifício voluntário de si mesmo em


-

benefício de outrem ou outros. (Vide: Altruísmo,


Simpatia, Compaixão ) .
Em latim abnegatio, ação de sacrifício.
a) Podemos analisar sob dois sentidos:
s. lato - renúncia, sacrifício de alguém a tudo
quanto tenha de egoísta, de individual nos seus de­
sejos;
s. restrito - sacrifício voluntário de uma tendên­
cia natural em benefício de outrem.
b ) Psicolõgicamente: estado de espírito, que con­
siste numa disposição ao sacrifício de si mesmo; tam­
bém, tendência natural, às vêzes; temperamento ten­
dente ao sacrifício; redução do afetivo; "sacrifício é
uma abnegação que começa no coração . . . e abnega­
ção é a forma intelectual do sacrifício" (Boisse) .
- 31 -
ABORRECIMENTO - Estado páthico ( afetivo) de desa­ A abstração insula, pelo pensamento, o que não
gradabilidade, provocado pela prolongação de uma pode ser insulado na representação. c ) A absorção
situação desinteressante do sujeito. Sinônimo de no pensamento, com inatenção aos acontecimentos
tédio. exteriores. ( Note-se a sinonímia com ausência ) .
d ) Processo mental, pelo qual certos caracteres, atri­
ABôRTO - a) Para a lei, é a interrupção criminosa da butos ou relações são observados, independentemente
gravidez, nos primeiros meses em que esta se mani­
de outros, que são negligenciados. (As acepções b,
e d são da Psicologia ) . e ) Definição ontológica:
festa.
b ) Para a Med., é a separação ou expulsão, ou Abstração é separar mentalmente o que, na realida­
ambas, do ôvo fertilizado ou do feto, antes de ser êle de, não está separado. f) Abstração não deve ser
capaz de uma vida independente ( 26 ou 28 semanas ) . confundida com a análise. A análise considera igual­
Após êste período, até o final da gravidez, a expulsão mente todos os elementos da representação analisa­
é chamada nascimento prematuro. da, e divide em partes uma coisa composta; conside­
o abôrto é medicamente classificado como: es· ra, isoladamente, uma qualidade comum a uma mul­
pontâneo, expulsão do provável feto por condições tidão de compostos. Assim, reconhecer a brancura de
ou estados fora do contrôle das funções normais fi­ uma rosa determinada é fazer análise; conceber a
siológicas, causas patológicas ou por um accidente; brancura em si-mesma, como qualidade peculiar a um
motivada, artificial interrupção da gravidez, geral­ grande número de objetos, é proceder à abstração.
mente por meio de uma operação. A abstração é, portanto, a base da formação das
Em algumas culturas admite-se o abôrto delibe­ idéias gerais. g ) No sentido vulgar, considera-se

bele�ida. Encontram-se tais práticas em tribos pri­


rado a fim de não perturbar a ordem econômica esta­ abstração separar elementos que nos desinteressam.
mitivas, quando não há reservas econômicas que su­ Ahstm�ão expct·imental é aquela em que o obser­
pram as necessidades decorrentes por um aumento vrulor so limita no lema ( .1\usg�Lbc, em al., in st ruction s,
da população. t 111 lug. ) , pnm fíxnr um aspecto parcial de uma situa­
c;no m l't'('l)llva.
ABôRTO CRil\IINOSO - Destruição do feto por meio de
drogas ou instrumentos. Ahstr<lçiio matedal é a que cria idéias de quali­
dade. Nesta se considera a idéia abstrata como atri­
AB-REAÇAO - a ) É a reação pela qual o organismo des­
carrega-se de uma imp�essão ou de uma �xci�ação,
buto do sujeito; quer dizer, como um dos têrmos de
que se compõe a matéria de um juízo.
que causaria perturabaçoes duradouras se nao tivesse
êsse derivativo. Abstração formal é a que cria idéias de relações.
É a que se dá entre um atributo e um sujeito; por­
b ) Na Psicanálise: descarga ou supressão de tanto, esta relação é a que se denomina a forma do
uma emoção reprimida ou uma experiência desagr�­ juízo.
dável ao vivê-la outra vez em p2lavras, atos ou senti­
mentos na presença do psicanalista. Vide Catártico Nome abstrato é o nome de uma qualidade (bran­
( método ) . co, suavidade, etc. ) , ou de uma relação ( dimensão,
etc. ) . ·
ABSTRAÇÃO - ( do lat. abs·trahere) - a ) Gramatical­
mente ' é o ato pelo qual nosso espírito separa, num Número abstrato é o que designa, quantitativa­
· objeto , uma qualidade particular para considerá-la mente, sem a designação qualitativa da natureza das
_
isoladamente de tôdas as outras, e com exclusao do unidades ( exs.: 30, 2, 4, etc. ) .

te em separar (abstrahere = arrancar, desligar) p�o


próprio sujeito. b ) Filosoficamente, abstrair consis­
Número concreto é, portanto, o contrário, o que
pensamento, ou considerar separad'am�nte, o que nao é seguido de uma designação qualitativa. (Exs.: 10
pode ser dado separadamente, na realldade. metros, 2 0 casas.)

- 32 - - 33 -
ABORRECIMENTO - Estado páthico ( afetivo) de desa­ A abstração insula, pelo pensamento, o que não
gradabilidade, provocado pela prolongação de uma pode ser insulado na representação. c ) A absorção
situação desinteressante do sujeito. Sinônimo de no pensamento, com inatenção aos acontecimentos
tédio. exteriores. ( Note-se a sinonímia com ausência ) .
d ) Processo mental, pelo qual certos caracteres, atri­
ABôRTO - a) Para a lei, é a interrupção criminosa da butos ou relações são observados, independentemente
gravidez, nos primeiros meses em que esta se mani­
de outros, que são negligenciados. (As acepções b,
e d são da Psicologia ) . e ) Definição ontológica:
festa.
b ) Para a Med., é a separação ou expulsão, ou Abstração é separar mentalmente o que, na realida­
ambas, do ôvo fertilizado ou do feto, antes de ser êle de, não está separado. f) Abstração não deve ser
capaz de uma vida independente ( 26 ou 28 semanas ) . confundida com a análise. A análise considera igual­
Após êste período, até o final da gravidez, a expulsão mente todos os elementos da representação analisa­
é chamada nascimento prematuro. da, e divide em partes uma coisa composta; conside­
o abôrto é medicamente classificado como: es· ra, isoladamente, uma qualidade comum a uma mul­
pontâneo, expulsão do provável feto por condições tidão de compostos. Assim, reconhecer a brancura de
ou estados fora do contrôle das funções normais fi­ uma rosa determinada é fazer análise; conceber a
siológicas, causas patológicas ou por um accidente; brancura em si-mesma, como qualidade peculiar a um
motivada, artificial interrupção da gravidez, geral­ grande número de objetos, é proceder à abstração.
mente por meio de uma operação. A abstração é, portanto, a base da formação das
Em algumas culturas admite-se o abôrto delibe­ idéias gerais. g ) No sentido vulgar, considera-se

bele�ida. Encontram-se tais práticas em tribos pri­


rado a fim de não perturbar a ordem econômica esta­ abstração separar elementos que nos desinteressam.
mitivas, quando não há reservas econômicas que su­ Ahstm�ão expct·imental é aquela em que o obser­
pram as necessidades decorrentes por um aumento vrulor so limita no lema ( .1\usg�Lbc, em al., in st ruction s,
da população. t 111 lug. ) , pnm fíxnr um aspecto parcial de uma situa­
c;no m l't'('l)llva.
ABôRTO CRil\IINOSO - Destruição do feto por meio de
drogas ou instrumentos. Ahstr<lçiio matedal é a que cria idéias de quali­
dade. Nesta se considera a idéia abstrata como atri­
AB-REAÇAO - a ) É a reação pela qual o organismo des­
carrega-se de uma imp�essão ou de uma �xci�ação,
buto do sujeito; quer dizer, como um dos têrmos de
que se compõe a matéria de um juízo.
que causaria perturabaçoes duradouras se nao tivesse
êsse derivativo. Abstração formal é a que cria idéias de relações.
É a que se dá entre um atributo e um sujeito; por­
b ) Na Psicanálise: descarga ou supressão de tanto, esta relação é a que se denomina a forma do
uma emoção reprimida ou uma experiência desagr�­ juízo.
dável ao vivê-la outra vez em p2lavras, atos ou senti­
mentos na presença do psicanalista. Vide Catártico Nome abstrato é o nome de uma qualidade (bran­
( método ) . co, suavidade, etc. ) , ou de uma relação ( dimensão,
etc. ) . ·
ABSTRAÇÃO - ( do lat. abs·trahere) - a ) Gramatical­
mente ' é o ato pelo qual nosso espírito separa, num Número abstrato é o que designa, quantitativa­
· objeto , uma qualidade particular para considerá-la mente, sem a designação qualitativa da natureza das
_
isoladamente de tôdas as outras, e com exclusao do unidades ( exs.: 30, 2, 4, etc. ) .

te em separar (abstrahere = arrancar, desligar) p�o


próprio sujeito. b ) Filosoficamente, abstrair consis­
Número concreto é, portanto, o contrário, o que
pensamento, ou considerar separad'am�nte, o que nao é seguido de uma designação qualitativa. (Exs.: 10
pode ser dado separadamente, na realldade. metros, 2 0 casas.)

- 32 - - 33 -
ABULIA - (do gr.: a, privativo, e boulé, vontade ) - Con­ A escola moderna, não se atém apenas a um
junto de fenômenos psicológicos anormais, que se " curriculum", mas tenciona dar um desenvolvimento
manifestam na ausência ou impotência da vontade. total à criança; física, mental, social e emocional. Por
Há abulia de decisão e abulia de execução. Na pri­ isso, a conveniência do sistema para um indivíduo
meira, há indecisão ou incapacidade de decidir a es­ depende da medida em que êste contribui para a sua
colha ou a ação; na segunda, há a concepção do- ato, adaptação geral e para o cultivo de aptidões desejá­
mas falta a vontade para praticá-lo, embora nada o veis.
impeça.
Nas escolas, em que há cursos especiais para cri­
ACAMPAMENTO AO AR LIVRE - Durante o período de anças, intelectualmente dotadas (de Q. I. superior a
férias, é muito aconselhável que a criança ou o jovem 125 ou 130, por exemplo) êstes têm a oportunidade de
participem de um acampamento. Em nosso país, tal encarregar-se de trabalhos do tipo e do- ritmo adequa­
hábito não está desenvolvido e são raras as associa­ dos às suas aptidões, junto a crianças de sua mesma
ções, ou até colégios, que os realizam. Tal hábito é idade cronológica e mental. Não se encontrou nada
muito comum e amplamente divulgado em outros paí­ que assinale ser a aceleração prejudicial ao desenvol­
ser, principalmente nos europeus, e nos EE . UU . vimento físico, à saúde ou à visão da criança. A maior
objecção a uma criança menor entrar num grupo de
Além de encontrar um ambiente saudável, com maior idade, baseia-se no temor de provocar um de­
ar puro e passeios ao ar livre, o jovem leva uma vida sequilíbrio social.
em comum, com participação nos jogos e cooperação
no trabalho. ( Vide Escoteiros e Camping ). E um risco que realmente se corre. Entretanto,
ns estatísticas provam que os casos de indivíduos, cuja
ACATAFASIA - Deficiência da linguagem, que consiste na . nduptn�··�o foi melhorada, são mais numerosos que
incapacidade de relacionar as palavras para a cons­ tHlllt'lt•:-. l'tn que n adnptação foi prejudicada.
trução de frases.
A ,.,,,lt•çt1n clns ct·innçns para promoção especial
ACEITAÇÃO - a) ·Êste têrmo empregado na educação in­ c1tm hw11r t•llt c•otthl n saütic o o desenvolvimento fí­
fantil, refere-se à aceitação da criança por seus pais, t�h·u, us�ltu t•omo t.ambóm os testes de rendimento e
expressand'o uma atitude positiva e construtiva, que n l mlmlho cscolur.
contribue para desenvolver o sentimento de seguran­
Bnquanto se aguardam melhores provas estatfs·
ça na criança . A aceitação paterna manifesta-se atra­
Ucas, o consenso atual se afirma em oposição à ace­
vés das atitudes e da conduta, no prazer que os pais
leração de mais de 5 seme�tres escolares.
demonstram ao participarem dos diversos estágios
de crescimento do filho. ACESSO EPILEPTIFORME - Convulsão ou ataque se­
b ) Emprega-se, também, para designar o contrá­
melhante ao epiléptico, mas proveniente de uma cau­
sa específica outra, como irritações, produzidas por
rio de abandono. Os pais, que aceitam o filho, quase
feridas, enfermidades cerebrais, etc.
sempre propendem a ser bem equilibrados, e as crian­
ças, desde a infância, apresentam personalidades nor­
ACIDO ESCúRBICO - ( Vide Vitaminas ) .
mais.
ACIDOSE - Vide Puericultura, 10.0 cap. § 3.
ACELERAÇÃO - Considera-se acelerado o aluno que com­
pletou um determinado curso antes da idade corres­ ACNE -E comum aparecer durante o período da puber­
pondente, sem se considerar como o efetuou. A ace­ dade (cravos inflamados) . Origina-se da inflamação
leração foi aplicada nos Estados Unidos durante a das glândulas sebáceas, e é chamada pelos médicos
guerra, devido às necessidades. Contudo não se pod,e de "acne vulgaris". Não se conhece ainda com se­
assegurar com precisão as reais vantagens dêste pro­ gurança o que a produz, assim como também não
cesso. há cura medicinal para ela.

- 34 - - 35 --
ABULIA - (do gr.: a, privativo, e boulé, vontade ) - Con­ A escola moderna, não se atém apenas a um
junto de fenômenos psicológicos anormais, que se " curriculum", mas tenciona dar um desenvolvimento
manifestam na ausência ou impotência da vontade. total à criança; física, mental, social e emocional. Por
Há abulia de decisão e abulia de execução. Na pri­ isso, a conveniência do sistema para um indivíduo
meira, há indecisão ou incapacidade de decidir a es­ depende da medida em que êste contribui para a sua
colha ou a ação; na segunda, há a concepção do- ato, adaptação geral e para o cultivo de aptidões desejá­
mas falta a vontade para praticá-lo, embora nada o veis.
impeça.
Nas escolas, em que há cursos especiais para cri­
ACAMPAMENTO AO AR LIVRE - Durante o período de anças, intelectualmente dotadas (de Q. I. superior a
férias, é muito aconselhável que a criança ou o jovem 125 ou 130, por exemplo) êstes têm a oportunidade de
participem de um acampamento. Em nosso país, tal encarregar-se de trabalhos do tipo e do- ritmo adequa­
hábito não está desenvolvido e são raras as associa­ dos às suas aptidões, junto a crianças de sua mesma
ções, ou até colégios, que os realizam. Tal hábito é idade cronológica e mental. Não se encontrou nada
muito comum e amplamente divulgado em outros paí­ que assinale ser a aceleração prejudicial ao desenvol­
ser, principalmente nos europeus, e nos EE . UU . vimento físico, à saúde ou à visão da criança. A maior
objecção a uma criança menor entrar num grupo de
Além de encontrar um ambiente saudável, com maior idade, baseia-se no temor de provocar um de­
ar puro e passeios ao ar livre, o jovem leva uma vida sequilíbrio social.
em comum, com participação nos jogos e cooperação
no trabalho. ( Vide Escoteiros e Camping ). E um risco que realmente se corre. Entretanto,
ns estatísticas provam que os casos de indivíduos, cuja
ACATAFASIA - Deficiência da linguagem, que consiste na . nduptn�··�o foi melhorada, são mais numerosos que
incapacidade de relacionar as palavras para a cons­ tHlllt'lt•:-. l'tn que n adnptação foi prejudicada.
trução de frases.
A ,.,,,lt•çt1n clns ct·innçns para promoção especial
ACEITAÇÃO - a) ·Êste têrmo empregado na educação in­ c1tm hw11r t•llt c•otthl n saütic o o desenvolvimento fí­
fantil, refere-se à aceitação da criança por seus pais, t�h·u, us�ltu t•omo t.ambóm os testes de rendimento e
expressand'o uma atitude positiva e construtiva, que n l mlmlho cscolur.
contribue para desenvolver o sentimento de seguran­
Bnquanto se aguardam melhores provas estatfs·
ça na criança . A aceitação paterna manifesta-se atra­
Ucas, o consenso atual se afirma em oposição à ace­
vés das atitudes e da conduta, no prazer que os pais
leração de mais de 5 seme�tres escolares.
demonstram ao participarem dos diversos estágios
de crescimento do filho. ACESSO EPILEPTIFORME - Convulsão ou ataque se­
b ) Emprega-se, também, para designar o contrá­
melhante ao epiléptico, mas proveniente de uma cau­
sa específica outra, como irritações, produzidas por
rio de abandono. Os pais, que aceitam o filho, quase
feridas, enfermidades cerebrais, etc.
sempre propendem a ser bem equilibrados, e as crian­
ças, desde a infância, apresentam personalidades nor­
ACIDO ESCúRBICO - ( Vide Vitaminas ) .
mais.
ACIDOSE - Vide Puericultura, 10.0 cap. § 3.
ACELERAÇÃO - Considera-se acelerado o aluno que com­
pletou um determinado curso antes da idade corres­ ACNE -E comum aparecer durante o período da puber­
pondente, sem se considerar como o efetuou. A ace­ dade (cravos inflamados) . Origina-se da inflamação
leração foi aplicada nos Estados Unidos durante a das glândulas sebáceas, e é chamada pelos médicos
guerra, devido às necessidades. Contudo não se pod,e de "acne vulgaris". Não se conhece ainda com se­
assegurar com precisão as reais vantagens dêste pro­ gurança o que a produz, assim como também não
cesso. há cura medicinal para ela.

- 34 - - 35 --
Quando ela é benigna, não há necessidade de
preocupar-se demasiado, mas há casos em que con­ A assimilação psíquica processa-se após a acomoda­
vém consultar o médico. Abaixo reproduzimos uma ção da esquemática sensório-motriz. Para melhor
série de conselhos que são oferecidos pelos médicos, inteligência dêste ponto ( vide Adaptação psicológica
que servem para diminuir a sua intensidade: e Introdução),

a) limpeza - lave o rosto com água quente e sabo­ ACONSCIENTE Usado na Psicologia para indicar a
-

nete, mas suavemente, e sem esfregá-lo. ausência de consciência, quando se trata de sêres ina­
nimados. O têrmo inconsciência seria empregado só­
b) Dieta - não coma chocolate, côco, bebidas, ma­ mente para designar ausência de consciência nos; sê­
riscos, nozes, castanhas, queijos e, sim, bastan­ res vivos.
te frutas, verduras e alimentos não-gordurosos.
ACROMATOPSIA ( ACROMAS IA ) - Incapacidade total
c) Exercício, ar puro e sol. ou parcial na distinção das côres. Quando total, cha­
ma-se cegueira cromática, embora permaneça a sen­
d) Repouso.
sação luminosa, isto é, a percepção do branco e negro,
e) Evacuações normais -os transtôrnos intesti­ uma visão puramente fotográfica do mundo. A par­
nais e a prisão de ventre são, algumas vêzes, a cial ou discromatopsia, em sentido mais geral dalto­
causa da acne. nismo, incapacidade de distinguir uma côr de outra,
ou perceber uma determinada côr. Usado mais ra­
ACOMODAÇÃO - a) Processo pelo qual um organismo ramente o têrmo acromasia.
procura sua adaptação funcional.
AÇúCARES - ( Vide Nutdção ) .
b ) O estado alcançado pelo processo a. {As .
acepções a e b foram propostas por J. M. Baldwin ). ACULTU ltAÇAO Vide Cultura ( incorporação à cultu­
-

,.,�) o Cultura ( conflitos ) .


c) Ajustammto do olhar para os objetos colo­
cados em diferentes distâncias. AC :liHMi\ - f•'o•·nm do n1ucinnçfio auditiva, acompanhada
cltJ cll'l'c•lt.oa H<'nl-iOt'lnis.
d) Usado freqüentemente em conexão com a
interpretação bíblica. ( Vide: Acomodatício ( sentido ). AHi\P'I'i\(:Ao ó um processo pelo qual à acomodação
do uru �or se realiza com a assimilação das condições
e ) Soe., é o processo pelo qual há, consciente ou quo o rodeiam. Pode-se falar de uma adaptação bio­
inconscientemente, certas alterações nas relações fun­ lógica ( quanto à de temperatura, umidade, luz, dife­
cionais entre as pessoas humanas ou grupos sociais, rentes alimentos, etc.), uma adaptação psicológica,
com o intuito de evitar oposições, conflitos, e no in­ emocional, social, etc. A maneira como a criança se
tuito de promover um recíproco ajustamento, uma adapta a cada nova fase depende da necessidade que
harmonização entre opostos. Chama-se também de sinta de acomodar-se a ela, da afinidade com os pais,
acomodação c que resulta dêsse processo. Entre os de sua própria experiência e de sua personalidade em
processos de acomodação, podemos citar os seguin­ geral.
tes: arbitramento, conciliação, tolerância, subordina­ Cada criança apresenta a sua maneira diferente
ção, etc. de adaptar-se. Quando se encontra num período de
adaptação, não é muito aconselhável um excesso de
Crítica: Filosoficamente, emprega-se c têrmo aco­
modação analogicamente ao seu conteúdo biológico, apôio por parte dos pais. É preciso que a criança
pois êste consiste na disposição dos esquemas bioló­ aprenda a realizar as coisas por si só, e a fortalecer
a sua capacidade, a pouco e pouco, com as vitórias
gicos aos fatos do mundo exterior, com a intenção
biológica de torná-los ad commodo, isto é, ajustan­ que irá obtendo. A falta de apôio, por sua vez, tam­
do-os ao ambiente. Psicologicamente, há acomoda­ bém é maléfica, pois deixa a criança duvidosa, vaci­
ção dos sentidos para os estímulos do meio exterior. lante to:o:nanG.:::> o seu carácter indeciso. ( Vide Adap­
tação psicológica ) ( Vide Introdução ) .
-
36 -

- 37 -
Quando ela é benigna, não há necessidade de
preocupar-se demasiado, mas há casos em que con­ A assimilação psíquica processa-se após a acomoda­
vém consultar o médico. Abaixo reproduzimos uma ção da esquemática sensório-motriz. Para melhor
série de conselhos que são oferecidos pelos médicos, inteligência dêste ponto ( vide Adaptação psicológica
que servem para diminuir a sua intensidade: e Introdução),

a) limpeza - lave o rosto com água quente e sabo­ ACONSCIENTE Usado na Psicologia para indicar a
-

nete, mas suavemente, e sem esfregá-lo. ausência de consciência, quando se trata de sêres ina­
nimados. O têrmo inconsciência seria empregado só­
b) Dieta - não coma chocolate, côco, bebidas, ma­ mente para designar ausência de consciência nos; sê­
riscos, nozes, castanhas, queijos e, sim, bastan­ res vivos.
te frutas, verduras e alimentos não-gordurosos.
ACROMATOPSIA ( ACROMAS IA ) - Incapacidade total
c) Exercício, ar puro e sol. ou parcial na distinção das côres. Quando total, cha­
ma-se cegueira cromática, embora permaneça a sen­
d) Repouso.
sação luminosa, isto é, a percepção do branco e negro,
e) Evacuações normais -os transtôrnos intesti­ uma visão puramente fotográfica do mundo. A par­
nais e a prisão de ventre são, algumas vêzes, a cial ou discromatopsia, em sentido mais geral dalto­
causa da acne. nismo, incapacidade de distinguir uma côr de outra,
ou perceber uma determinada côr. Usado mais ra­
ACOMODAÇÃO - a) Processo pelo qual um organismo ramente o têrmo acromasia.
procura sua adaptação funcional.
AÇúCARES - ( Vide Nutdção ) .
b ) O estado alcançado pelo processo a. {As .
acepções a e b foram propostas por J. M. Baldwin ). ACULTU ltAÇAO Vide Cultura ( incorporação à cultu­
-

,.,�) o Cultura ( conflitos ) .


c) Ajustammto do olhar para os objetos colo­
cados em diferentes distâncias. AC :liHMi\ - f•'o•·nm do n1ucinnçfio auditiva, acompanhada
cltJ cll'l'c•lt.oa H<'nl-iOt'lnis.
d) Usado freqüentemente em conexão com a
interpretação bíblica. ( Vide: Acomodatício ( sentido ). AHi\P'I'i\(:Ao ó um processo pelo qual à acomodação
do uru �or se realiza com a assimilação das condições
e ) Soe., é o processo pelo qual há, consciente ou quo o rodeiam. Pode-se falar de uma adaptação bio­
inconscientemente, certas alterações nas relações fun­ lógica ( quanto à de temperatura, umidade, luz, dife­
cionais entre as pessoas humanas ou grupos sociais, rentes alimentos, etc.), uma adaptação psicológica,
com o intuito de evitar oposições, conflitos, e no in­ emocional, social, etc. A maneira como a criança se
tuito de promover um recíproco ajustamento, uma adapta a cada nova fase depende da necessidade que
harmonização entre opostos. Chama-se também de sinta de acomodar-se a ela, da afinidade com os pais,
acomodação c que resulta dêsse processo. Entre os de sua própria experiência e de sua personalidade em
processos de acomodação, podemos citar os seguin­ geral.
tes: arbitramento, conciliação, tolerância, subordina­ Cada criança apresenta a sua maneira diferente
ção, etc. de adaptar-se. Quando se encontra num período de
adaptação, não é muito aconselhável um excesso de
Crítica: Filosoficamente, emprega-se c têrmo aco­
modação analogicamente ao seu conteúdo biológico, apôio por parte dos pais. É preciso que a criança
pois êste consiste na disposição dos esquemas bioló­ aprenda a realizar as coisas por si só, e a fortalecer
a sua capacidade, a pouco e pouco, com as vitórias
gicos aos fatos do mundo exterior, com a intenção
biológica de torná-los ad commodo, isto é, ajustan­ que irá obtendo. A falta de apôio, por sua vez, tam­
do-os ao ambiente. Psicologicamente, há acomoda­ bém é maléfica, pois deixa a criança duvidosa, vaci­
ção dos sentidos para os estímulos do meio exterior. lante to:o:nanG.:::> o seu carácter indeciso. ( Vide Adap­
tação psicológica ) ( Vide Introdução ) .
-
36 -

- 37 -
ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA ( auxílios que se podem mi· Suas necessidades vitais são aplacadas por essa
nistrar ) - A adaptação da criança ao "nosso" mundo incorporação de bens, que lhe permitem, assim, que
é difícil, porque a "nossa" ordem não é a dela. Nós se torne apto à vida, que perdure. O aplacamento de
arrumamos as coisas em casa, segundo a ordem de sua.s necessidades se processa, para tormi.r-se apto ao
nossa intencionalidade, não segundo à da criança. É meio ambiente, pelas trocas que terá de efetuar, is­
natural que ela "desarrume" o que nós queremos " ar­ to é, por sua adaptação, que é um estado de adequa­
rumado". Não pode ela compreender a nossa ordem. ção, de equilíbrio dinâmico com o meio ambiente,
Mas nós devemos compreender a "dela", e, sobretudo, bem como o que atua sôbre êle. Como organismo,
compreender que é diferente da nossa. Mas a crian­ múltiplo em suas funções, estas, porém, não são de
ça se desenvolverá para o "nosso" mundo, porque o uma rigidez invariável, pois admitem, dentro do seu
dela terá de deixar para traz. Essa adaptação pode­ campo funcional, uma escalaridade, que lhe permite
rá processar-se por uma disciplinação rigorosa, como pôr-se de acôrdo, acordar-se, no todo ou em parte,
se fêz em certa época da humanidade, mas é preferí­ com o meio, quer por modificações interna.s, quer por
vel a do carinho e a da persuasão. A criança pode modificações externas, a fim de sobreviver. Essas
ser persuadida com certa firmeza, desde que a esta adaptações, cujo tema pertence sobretudo à biologia e
se ligue o carinho e o amor. Só assim ela aceitará a ciências afins, se dão dentro de uma escala limitada,
ordem dos pais sem temor nem ressentimento. A além da qual o organismo não pode ultrapassar, por
criança tende a confiar nos pais e nos mestres, e se sobrevir-lhe, inevitàvelmente, a morte. A adaptação
êstes se mostrarem disciplinados, mas com uma dose é assim restrita às disponibilidades do organismo .
sempre grande de carinho e compreensão, aceitará a
·
Constrói a Biologia, desta forma, um esquema
ordem que não é a dela.
.funcional da adaptação, que se processa pela acomo­
Nunca se esqueça que a agressividade e a hosti­ dação ( ad comrnodo ), conformação, dar a forma ad,
lidade nas crianças é natural, como o é na própria ín­ para, o meio ambiente. E acomoda-se o ser vivo ao
dole da humanidade. Se os adultos não sabem domi­ meio ambiente com o que tem, com o conjunto de
nar seus impulsos, como poderão influir nas crianças seus esquemas biológicos, tornando-se como as coisas.
para que dominem os seus? Nunca devem os pais e E em face delas, e segundo êsses esquemas que se aco­
mestres se impressionarem com as manifestações de modam, e dentro do seu âmbito, retira do meio am­
agressividade e de hostilidade infantil. Devem consi­ biente o que lhe é assimilável, de ad simul, de seme­
derá-las normais, mas superáveis. O que se deve fa­ lhante a . . . , que é a assimilação. Dêste modo funcio­
zer é canalizá-las para ações sublimadas. Se a crian­ na a adaptação: a ) acomodação - exteriorização dos
ça quer bater, ponha-lhe às mãos um martelo e ensi­ esquemas ad . . . ; b ) assimilação - tornar semelhante,
nem-na a usá-lo de modo regular. Quer amassar, dê- segundo os esquemas, ao que se assemelha aos esque­
, -lhe massa plástica para fazê-lo. Quer romper, ensi­ mas, ao que se assemelha aos esquemas, ad simul.

J
ne-se a cortar. Estudem-se as regras e normas prá­
ticas que são oferecidas nos diversos artigos. Na adaptação biológica, há:

ADAPTAÇÃO PSICOLóGICA - Todo organismo vivo é 1 ) incorporação dos elementos assimilados pe­
um ser de máxima heterogeneidade, onde a intensida­ las funções metabólicas do organismo;
de prepondera sôbre a extensidade, e que se hetero­
geneiza ante o mundo ambiente, onde está imerso, 2) criação de novos esquemas globais, que se es­
outro e oposto a êle, mas do qual, naturalmente, de­ truturam, segundo as experiências por que passam,
pende. Mostra-nos a biologia que êsse ser vivo, or­ que lhes dão nova ordem, os quais, enriquecidos das
ganizado, mantém trocas com os elementos ambien­ novas experiências, vão, por sua vez, acomodar-se, já
tais; que ora os incorpora ao organismo por assimi­ incluindo, memorizadas, as experiências anteriores, o
lação, ora dejecta-os quando não lhe é permitida essa que explicaria as adaptações adquiridas, distintas das
assimílaçã.o, ou também por oferecer perigo. fixas, que seriam as normais dos esquemas biológicos.

- 38 - - 39 -
ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA ( auxílios que se podem mi· Suas necessidades vitais são aplacadas por essa
nistrar ) - A adaptação da criança ao "nosso" mundo incorporação de bens, que lhe permitem, assim, que
é difícil, porque a "nossa" ordem não é a dela. Nós se torne apto à vida, que perdure. O aplacamento de
arrumamos as coisas em casa, segundo a ordem de sua.s necessidades se processa, para tormi.r-se apto ao
nossa intencionalidade, não segundo à da criança. É meio ambiente, pelas trocas que terá de efetuar, is­
natural que ela "desarrume" o que nós queremos " ar­ to é, por sua adaptação, que é um estado de adequa­
rumado". Não pode ela compreender a nossa ordem. ção, de equilíbrio dinâmico com o meio ambiente,
Mas nós devemos compreender a "dela", e, sobretudo, bem como o que atua sôbre êle. Como organismo,
compreender que é diferente da nossa. Mas a crian­ múltiplo em suas funções, estas, porém, não são de
ça se desenvolverá para o "nosso" mundo, porque o uma rigidez invariável, pois admitem, dentro do seu
dela terá de deixar para traz. Essa adaptação pode­ campo funcional, uma escalaridade, que lhe permite
rá processar-se por uma disciplinação rigorosa, como pôr-se de acôrdo, acordar-se, no todo ou em parte,
se fêz em certa época da humanidade, mas é preferí­ com o meio, quer por modificações interna.s, quer por
vel a do carinho e a da persuasão. A criança pode modificações externas, a fim de sobreviver. Essas
ser persuadida com certa firmeza, desde que a esta adaptações, cujo tema pertence sobretudo à biologia e
se ligue o carinho e o amor. Só assim ela aceitará a ciências afins, se dão dentro de uma escala limitada,
ordem dos pais sem temor nem ressentimento. A além da qual o organismo não pode ultrapassar, por
criança tende a confiar nos pais e nos mestres, e se sobrevir-lhe, inevitàvelmente, a morte. A adaptação
êstes se mostrarem disciplinados, mas com uma dose é assim restrita às disponibilidades do organismo .
sempre grande de carinho e compreensão, aceitará a
·
Constrói a Biologia, desta forma, um esquema
ordem que não é a dela.
.funcional da adaptação, que se processa pela acomo­
Nunca se esqueça que a agressividade e a hosti­ dação ( ad comrnodo ), conformação, dar a forma ad,
lidade nas crianças é natural, como o é na própria ín­ para, o meio ambiente. E acomoda-se o ser vivo ao
dole da humanidade. Se os adultos não sabem domi­ meio ambiente com o que tem, com o conjunto de
nar seus impulsos, como poderão influir nas crianças seus esquemas biológicos, tornando-se como as coisas.
para que dominem os seus? Nunca devem os pais e E em face delas, e segundo êsses esquemas que se aco­
mestres se impressionarem com as manifestações de modam, e dentro do seu âmbito, retira do meio am­
agressividade e de hostilidade infantil. Devem consi­ biente o que lhe é assimilável, de ad simul, de seme­
derá-las normais, mas superáveis. O que se deve fa­ lhante a . . . , que é a assimilação. Dêste modo funcio­
zer é canalizá-las para ações sublimadas. Se a crian­ na a adaptação: a ) acomodação - exteriorização dos
ça quer bater, ponha-lhe às mãos um martelo e ensi­ esquemas ad . . . ; b ) assimilação - tornar semelhante,
nem-na a usá-lo de modo regular. Quer amassar, dê- segundo os esquemas, ao que se assemelha aos esque­
, -lhe massa plástica para fazê-lo. Quer romper, ensi­ mas, ao que se assemelha aos esquemas, ad simul.

J
ne-se a cortar. Estudem-se as regras e normas prá­
ticas que são oferecidas nos diversos artigos. Na adaptação biológica, há:

ADAPTAÇÃO PSICOLóGICA - Todo organismo vivo é 1 ) incorporação dos elementos assimilados pe­
um ser de máxima heterogeneidade, onde a intensida­ las funções metabólicas do organismo;
de prepondera sôbre a extensidade, e que se hetero­
geneiza ante o mundo ambiente, onde está imerso, 2) criação de novos esquemas globais, que se es­
outro e oposto a êle, mas do qual, naturalmente, de­ truturam, segundo as experiências por que passam,
pende. Mostra-nos a biologia que êsse ser vivo, or­ que lhes dão nova ordem, os quais, enriquecidos das
ganizado, mantém trocas com os elementos ambien­ novas experiências, vão, por sua vez, acomodar-se, já
tais; que ora os incorpora ao organismo por assimi­ incluindo, memorizadas, as experiências anteriores, o
lação, ora dejecta-os quando não lhe é permitida essa que explicaria as adaptações adquiridas, distintas das
assimílaçã.o, ou também por oferecer perigo. fixas, que seriam as normais dos esquemas biológicos.

- 38 - - 39 -
Discute-se, aqui, se há adaptações adquiridas ou A lei protege a criança e estabelece normas que
não, e se elas são apenas possibilidades atualizadas regulam a adoção, exigindo, como imprescindível, a
das adaptações fixas, isto é, do conjunto dos esquemas vida ilibada dos que aspirem a tornarem-se pais
biológicos, previamente dados.

adotivos, de modo que a criança posr:11 dêles receber
I
Como os sêres vivos são mais ou menos com­ o nome, e tenha um lar onde não sofra dissabores.
plexos, entre êles conhecemos os que em seu funcio­ É importante dizer-se à criança adotada que ela
namento revelam uma diferenciação tal de funções, o foi, antts que venna a saber por outros, pois isto
que são portadores de um sistema psíquico complexo, só acarretaria situações complexas e, muitas vêzes,
como os animais superiores e, entre êles, o homem, 1nsustentáveis.
que dêles se diferenciou ainda mais por ser portador ADOLESCíl:NCIA - Comprende-se por adolescência, o pe­
de um espírito ( nous ), que é criador. ríodo de vida que se estende da puberdade à matu­
E êsse sistema psíquico, como se observa, fun­ riaade viril, em geral, nos homens, dos 14 aos 25
ciona dentro do campo da biologia, por adaptações, anos e, na mulher, dos 12 aos 2L Há muitas restri'
que levam à incorporação de elementos do mundo ções para esta delimitação. Em primeiro lugar, va­
exterior assimilados, mas se distingue por construir ria muito a iaade em que aparecem os sintomas da
seus próprios esquemas, esquemas psíquicos, que puberdade, tais como a menstruação na mulher, e
não funcionam por incorporação biológica, mas por o véu púbico e axilar, e outras características secun­
assimilações de outra ordem, o que leva a distinguir dárias, no homE>m.
a psicologia das ciênéias naturais, quanto a êste O conceito de maturidade varia conforme o tipo
ponto, e torná-la, por sua vez, irredutível à biolog-ia, de cultura. · Por esta razão, alguns estudiosos acham
em oposição a todos os que se deixam empolgar pe­ melhor definir a adolescência pelo tipo de condu­
las interpretações biológicas ( como no biologismo ), ta que observa o individuo ao passar da condição
que pretendem explicar os fatos psíquicos, reduzin­ de menino no de adulto. Daí, definir a adolescência
do-os a meras manifestações biológicas. como o período, durante o qual amadurecem as fun­
Os esquemas naturais, bio-fisiológicos, de que dis­ ções da reprodução, e passam para primeira plana
pomos, nos permitem uma adaptação ( acomodação o problema de escolher a profissão e o matrimônio,
+ assimilação), condicionada ao seu alcance e que, assim ccmo o aparecimento de uma filosofia de vida.
para conhecermos além ou aquém, precisamos de ou­
ADOLESCÊNCIA (problemas ) - A adolescência se pro­
tros esquemas, que a êles agregamos, como apare­
cessa algum tempo antes da puberdade; ou seja, da
lhes técnico-científicos, etc.
maturidade sexuaL Há certas mudanças glandulares
Vemos, assim, que nossos meios de contato com que se desenvolvem lentamente. É um processo de­
o mundo exterior são de âmbito limitado. Além dis­ morado, ao qual acompanham inúmeras modificações
so, sabemos que os nossos órgãos dos sentidos não de carácter psicológico de máx1ma importância.
alcançam todos os campos dos fatos, mas apenas um
muito limitado, e que, graças à construção de outros As meninas desenvolvem-se fisicamente mais
esquemas, nos é permitido trad'uzir aos que nos são cedo que os homens, começando a puberciade, na­
naturais. quelas, aos doze anos, e nos jovens, aos quatorze.
Há casos de retardamento, alcançando, respectiva­
ADoÇAO - A adoção de uma criança por parta de casais mente, os quinze e até os dezessete anos. Há uma
sem filhos é uma medida usada em vários países, e série de mudanças emocionais, que precisam ser en­
deve ser feita através de uma forma autorizada, de tendidas pelos pais. Devem êstes compreender que,
modo que se possa ter certeza de terem os pais re­ nêste período, as modificações são mais acentuadas.
nunciado legalmente aos seus direitos e que não rea­ Quanto às meninas, devem ser preparadas para o apa­
parecerão mais tarde para reclamá-los. A adoçãP rrcimento da primeira menstruação. Quanto aos me­
d'eve ser encarada como um assunto muito sério e ninos, devem ser advertidos que as ejaculações no­
para tõd'a a vida. f umas fazem parte de um processo natural da ativi-

- 40 - - 41 -
Discute-se, aqui, se há adaptações adquiridas ou A lei protege a criança e estabelece normas que
não, e se elas são apenas possibilidades atualizadas regulam a adoção, exigindo, como imprescindível, a
das adaptações fixas, isto é, do conjunto dos esquemas vida ilibada dos que aspirem a tornarem-se pais
biológicos, previamente dados.

adotivos, de modo que a criança posr:11 dêles receber
I
Como os sêres vivos são mais ou menos com­ o nome, e tenha um lar onde não sofra dissabores.
plexos, entre êles conhecemos os que em seu funcio­ É importante dizer-se à criança adotada que ela
namento revelam uma diferenciação tal de funções, o foi, antts que venna a saber por outros, pois isto
que são portadores de um sistema psíquico complexo, só acarretaria situações complexas e, muitas vêzes,
como os animais superiores e, entre êles, o homem, 1nsustentáveis.
que dêles se diferenciou ainda mais por ser portador ADOLESCíl:NCIA - Comprende-se por adolescência, o pe­
de um espírito ( nous ), que é criador. ríodo de vida que se estende da puberdade à matu­
E êsse sistema psíquico, como se observa, fun­ riaade viril, em geral, nos homens, dos 14 aos 25
ciona dentro do campo da biologia, por adaptações, anos e, na mulher, dos 12 aos 2L Há muitas restri'
que levam à incorporação de elementos do mundo ções para esta delimitação. Em primeiro lugar, va­
exterior assimilados, mas se distingue por construir ria muito a iaade em que aparecem os sintomas da
seus próprios esquemas, esquemas psíquicos, que puberdade, tais como a menstruação na mulher, e
não funcionam por incorporação biológica, mas por o véu púbico e axilar, e outras características secun­
assimilações de outra ordem, o que leva a distinguir dárias, no homE>m.
a psicologia das ciênéias naturais, quanto a êste O conceito de maturidade varia conforme o tipo
ponto, e torná-la, por sua vez, irredutível à biolog-ia, de cultura. · Por esta razão, alguns estudiosos acham
em oposição a todos os que se deixam empolgar pe­ melhor definir a adolescência pelo tipo de condu­
las interpretações biológicas ( como no biologismo ), ta que observa o individuo ao passar da condição
que pretendem explicar os fatos psíquicos, reduzin­ de menino no de adulto. Daí, definir a adolescência
do-os a meras manifestações biológicas. como o período, durante o qual amadurecem as fun­
Os esquemas naturais, bio-fisiológicos, de que dis­ ções da reprodução, e passam para primeira plana
pomos, nos permitem uma adaptação ( acomodação o problema de escolher a profissão e o matrimônio,
+ assimilação), condicionada ao seu alcance e que, assim ccmo o aparecimento de uma filosofia de vida.
para conhecermos além ou aquém, precisamos de ou­
ADOLESCÊNCIA (problemas ) - A adolescência se pro­
tros esquemas, que a êles agregamos, como apare­
cessa algum tempo antes da puberdade; ou seja, da
lhes técnico-científicos, etc.
maturidade sexuaL Há certas mudanças glandulares
Vemos, assim, que nossos meios de contato com que se desenvolvem lentamente. É um processo de­
o mundo exterior são de âmbito limitado. Além dis­ morado, ao qual acompanham inúmeras modificações
so, sabemos que os nossos órgãos dos sentidos não de carácter psicológico de máx1ma importância.
alcançam todos os campos dos fatos, mas apenas um
muito limitado, e que, graças à construção de outros As meninas desenvolvem-se fisicamente mais
esquemas, nos é permitido trad'uzir aos que nos são cedo que os homens, começando a puberciade, na­
naturais. quelas, aos doze anos, e nos jovens, aos quatorze.
Há casos de retardamento, alcançando, respectiva­
ADoÇAO - A adoção de uma criança por parta de casais mente, os quinze e até os dezessete anos. Há uma
sem filhos é uma medida usada em vários países, e série de mudanças emocionais, que precisam ser en­
deve ser feita através de uma forma autorizada, de tendidas pelos pais. Devem êstes compreender que,
modo que se possa ter certeza de terem os pais re­ nêste período, as modificações são mais acentuadas.
nunciado legalmente aos seus direitos e que não rea­ Quanto às meninas, devem ser preparadas para o apa­
parecerão mais tarde para reclamá-los. A adoçãP rrcimento da primeira menstruação. Quanto aos me­
d'eve ser encarada como um assunto muito sério e ninos, devem ser advertidos que as ejaculações no­
para tõd'a a vida. f umas fazem parte de um processo natural da ativi-

- 40 - - 41 -
dade sexual. As informações sôbre o outro sexo são riência, êle aceita uma vigilância que lhe impeça co­
importantes, e devem ser dadas de modo suficiente. meter erros, quando esta se processa de modo hábil.
Neste período, os jovens revelam certa incoerência, Devem os pais dar oportnnidade aos filhos de expo­
certa inconseqüência no seu atuar, o que não deve es­ rem suas razões, e nunca esquecer que a juventude
tranhar aos pais. Êstes sentem que os filhos se afas­ tem de ser responsável pelos seus próprios atos e
tam, que não procedem mais como crianças, e temem pensamentos. É digno de todo respeite o desejo de
os desvios perigosos. Mas a liberdade da próxima liberdade que inspira os jovens. Embora muitos
maturidade não implica um afastamento da dependên­ julguem o contrário, o adolescente é muito mais se­
cia dos tempos passados. Apenas, os país tendem a vero para consigo mesmo e muito mais mcral. Con­
ver exageradamente as manifestações de independên­ serva princípios de honra, amizade, lealdade e os te­
cia, a ânsia de liberdade. Esta ânsia é que vai fir­ mas morais são objeto de suas conversações. Po­
mar a personalidade. Coisas sem importância adqui­ dem, levados por um impulso incontrolável, prati­
rem o aspecto de suma gravidade, porque os-pais atri­ car atos indevidos, mas, em regra geral, têm um
buem intenções que nem sempre os filhos emprestam domínio muito maior do que comumente se pensa.
acs seus atos. Às vêzes, os pais, recordando a ju­ Em sua quase totalidade, os adolescentes são idealis­
tas e capazes de um trabalho intelectual bem inten­
ventude, vêem perigos, onde realmente não os há. O
so, e de uma boa fé impressionante. Aquêles que
desenvolvimento psíquico do adolescente é muito
abusam desta boa fé e dêste idealismo, para trans­
lento, enquanto o corporal é mais rápido. Manifes­
formar os jovens em instrumento de suas manobras
ta-se uma falta de concentração, um humor variá­
de perturbação da ordem social e das suas ambições
vel, às vêzes um sonhar desperto, mas tudo isto não
políticas, cometem um crime inominável, porque
deve preocupar os pais, salvo se se prolongar inde­ exploram o que há de mais são e mais nobre na ju­
finidamente. Nesta época, o jovem ama o perigo e · ventude. Uma adolescência desenvolvida normal­
a controvérsia, e não é de admirar que tome atitu­ mente permitirá que o jovem alcance a maturidade
des no campo dus idéias em oposição às dos pais. com uma segurança que auxiliará, depois, quando
Tudo isto é um estágio que passará, porque, com o construir família e fôr pai, a dar aos filhos aquela
tempo, o jovem maduro compreenderá a justeza das educação que melhor os oriente para a vida.
posições de seus pais, quando estas forem, realmente,
ADULTOS ( a educação dos) - Atualmente, a educação
bem fnnd'adas. Os pais devem deixar os filhos assu­
organizada para adultos é largamente utilizada em
mirem uma certa responsabilidade dos seus próprios
vários países. Organizam-se cursos e conferências,
atos, em vez de estarem constantemente chamando­
destinados à formação pós-secnndária, com os mais
-lhes a atenção para o que devem fazer. Devem re­
variados temas, como, também, para a dona-de-casa
cordar as suas obrigações de modo indireto. Em e para os pais que necessitem de conselhos.
vez de dizer-lhes: "Você vai fazer os seus exercícios, e
depois irá passear", é preferível dizer: "Depois de fa­ AFETIVIDADE - a) Carácter dos fenômenos afetivos.
zer os seus exercícios, irá passear, se quiser". Neste b ) Função do psiquismo que, para Aristóteles,
período, o desejo de independência do jovem é mani­ é considerada como a consciência que se ajunta ao
festo e normal, e devem os pais comprendê-lo, e não ato psíquico. Para os evolucionistas, fisiologistas
tentarem impedir que o processo siga o seu curso em geral, etc. ( Spencer, Mill, Darwin, etc.) é um si­
normal. nal, um estado de consciência utilitária.
Revela-se a atividade contrariada ou não. As
Não devem impedir as ligações com grupos, que teorias fisiologistas incluem-na na sensibilidade co­
os filhos fatalmente manterão, sem que isto dispen­ mo um epüenômeno desta.
se uma vigilância de acôrdo com as normas familia­
Nosso psiquismo, com suas raízes na sensibili­
res, mas tendo sempre o cuidado de não provocarem
dade, funciona, polarizando-se na intelectualidade e
um ressentimento. Embora o jovem deseje a expe-
na afetividade.
- 42 - - 43 -
dade sexual. As informações sôbre o outro sexo são riência, êle aceita uma vigilância que lhe impeça co­
importantes, e devem ser dadas de modo suficiente. meter erros, quando esta se processa de modo hábil.
Neste período, os jovens revelam certa incoerência, Devem os pais dar oportnnidade aos filhos de expo­
certa inconseqüência no seu atuar, o que não deve es­ rem suas razões, e nunca esquecer que a juventude
tranhar aos pais. Êstes sentem que os filhos se afas­ tem de ser responsável pelos seus próprios atos e
tam, que não procedem mais como crianças, e temem pensamentos. É digno de todo respeite o desejo de
os desvios perigosos. Mas a liberdade da próxima liberdade que inspira os jovens. Embora muitos
maturidade não implica um afastamento da dependên­ julguem o contrário, o adolescente é muito mais se­
cia dos tempos passados. Apenas, os país tendem a vero para consigo mesmo e muito mais mcral. Con­
ver exageradamente as manifestações de independên­ serva princípios de honra, amizade, lealdade e os te­
cia, a ânsia de liberdade. Esta ânsia é que vai fir­ mas morais são objeto de suas conversações. Po­
mar a personalidade. Coisas sem importância adqui­ dem, levados por um impulso incontrolável, prati­
rem o aspecto de suma gravidade, porque os-pais atri­ car atos indevidos, mas, em regra geral, têm um
buem intenções que nem sempre os filhos emprestam domínio muito maior do que comumente se pensa.
acs seus atos. Às vêzes, os pais, recordando a ju­ Em sua quase totalidade, os adolescentes são idealis­
tas e capazes de um trabalho intelectual bem inten­
ventude, vêem perigos, onde realmente não os há. O
so, e de uma boa fé impressionante. Aquêles que
desenvolvimento psíquico do adolescente é muito
abusam desta boa fé e dêste idealismo, para trans­
lento, enquanto o corporal é mais rápido. Manifes­
formar os jovens em instrumento de suas manobras
ta-se uma falta de concentração, um humor variá­
de perturbação da ordem social e das suas ambições
vel, às vêzes um sonhar desperto, mas tudo isto não
políticas, cometem um crime inominável, porque
deve preocupar os pais, salvo se se prolongar inde­ exploram o que há de mais são e mais nobre na ju­
finidamente. Nesta época, o jovem ama o perigo e · ventude. Uma adolescência desenvolvida normal­
a controvérsia, e não é de admirar que tome atitu­ mente permitirá que o jovem alcance a maturidade
des no campo dus idéias em oposição às dos pais. com uma segurança que auxiliará, depois, quando
Tudo isto é um estágio que passará, porque, com o construir família e fôr pai, a dar aos filhos aquela
tempo, o jovem maduro compreenderá a justeza das educação que melhor os oriente para a vida.
posições de seus pais, quando estas forem, realmente,
ADULTOS ( a educação dos) - Atualmente, a educação
bem fnnd'adas. Os pais devem deixar os filhos assu­
organizada para adultos é largamente utilizada em
mirem uma certa responsabilidade dos seus próprios
vários países. Organizam-se cursos e conferências,
atos, em vez de estarem constantemente chamando­
destinados à formação pós-secnndária, com os mais
-lhes a atenção para o que devem fazer. Devem re­
variados temas, como, também, para a dona-de-casa
cordar as suas obrigações de modo indireto. Em e para os pais que necessitem de conselhos.
vez de dizer-lhes: "Você vai fazer os seus exercícios, e
depois irá passear", é preferível dizer: "Depois de fa­ AFETIVIDADE - a) Carácter dos fenômenos afetivos.
zer os seus exercícios, irá passear, se quiser". Neste b ) Função do psiquismo que, para Aristóteles,
período, o desejo de independência do jovem é mani­ é considerada como a consciência que se ajunta ao
festo e normal, e devem os pais comprendê-lo, e não ato psíquico. Para os evolucionistas, fisiologistas
tentarem impedir que o processo siga o seu curso em geral, etc. ( Spencer, Mill, Darwin, etc.) é um si­
normal. nal, um estado de consciência utilitária.
Revela-se a atividade contrariada ou não. As
Não devem impedir as ligações com grupos, que teorias fisiologistas incluem-na na sensibilidade co­
os filhos fatalmente manterão, sem que isto dispen­ mo um epüenômeno desta.
se uma vigilância de acôrdo com as normas familia­
Nosso psiquismo, com suas raízes na sensibili­
res, mas tendo sempre o cuidado de não provocarem
dade, funciona, polarizando-se na intelectualidade e
um ressentimento. Embora o jovem deseje a expe-
na afetividade.
- 42 - - 43 -
perança, etc., e parece evidente que só o maior grau
Geralmente a afetividade e a sensibilidade são
de complexidade as distingue àos afetos hedônicos.
confundidas. Na sensibilidade, há a topicidade do
que é objetivo em face do cognoscente. Há uma Em suma, afeto é o estado emocional positivo,
dor aqui, ali. em geral para pessoas, mas também para animais do­
mésticos. Na família, a criança é natural centro de
Mas, assim como a intuição intelectual serve de afeto e amor, e também retribue normalmente, êste
ponte de ligação entre a sensibilidad� e a intelectua· afeto.
lidade, os estados de agradabilidade e de desagrada­
bilid&de são afetivos. O prazer e o desprazer, quan­ AFEIÇÃO - Quando a criança manifesta um intenso in­
do tópicos, são da sensibilidade. Mas quando per­ terêsse por qualquer ocupação, ela é afeiçoada a tal.
dem a topicid'ade, para se darem difusos pelo ser Muitas delas fazem coisas vanadas, até encontrar
humano, tornam-se afetivos, e são raízes da afeti­ uma que lhes prenda a atenção. Até os 7 ou 8 anos
vidade no seu aprofundar na sensibilidade. é muito difícil que ela tenha uma afeição, só no mo­
·
mento em que se ocupa, sistemàticamente, é que po­
AFETIVIDADE ( característica da ) - Na afetividade tam­ demos dizer que é afeiçoada. E muito cnmum as
bem há connec1mento. Mas, aqui, a separação en­ coleções àe pedras, insetos, flôres prensadas entre
tre sujeito e objeto não é tão marcante como na in­ livros, moedas, selos, etc., durante a infância e até
telectualidade, pois o sujeito e objeto, no que se na juventude. Vários sinônimos podem ser apre­
chama estado afetivo, se fundem. Não estamos em sentados: inclinação, queda para, índole, penuor,
face de um conhecimento ( de cognoscere ), mas de gôsto, predileção, propendência.
um fundir-se; pois sujeito e objeto são o mesmo.
V ide Introdução. AFOGAMENTO - Vide Puericultura- 10.0 cap. § 4, e
Respiração artificial.
AFETO - a) Com afeto, designamos cada mudança de
disposição na sensibilidade, que é provocada por um AFONIA - Vide Rouquidão.
motivo exterior. É ligada sempre a uma tendência, AFRASIA - Incapacidade de falar por meio de frases,
sem entretanto confundir-se com ela. ( Mudança de embora se faça por palavras soltas. Incapacidade
disposição não significa, evidentemente, uma modi­ de construir frases por inferioridade mental.
ficação na estrutura natural da sensibilidade, mas
uma determinação intrínseca, análoga ao que, na re­ AFTAS - É comum aparecerem na bôca dos bebês, loca­
gião cognoscitiva, se nomeia com o têrmo escolástico lizadas na língua e nas gengivas, umas regiões de
" intencional" . ) côr branca, e que, esfregadas, podem sangrar um
pouco. É crença difundida que tal se deve pela fal­
Pela defin4;ão dada, os aretos pertencem aps ta de higiene do bico do seio da mãe, mas isto pode
sentimentos, formando entre êles uma categoria pró­ ocorrer em qualquer bebê, apesar de ser êle cuida­
pria ao lado das " tendências afetivas". do com tôda higiene.
b ) A confusão reinante na terminologia dêsse O médico deve ser chamado e antes que a crian­
têrmo e daqueles que lhe são relacionados, torna-se, ça tome algum medicamento. Pode dar-se ao bebe
particularmente, visível no facto de que "afeto" apli­ um pouco de água fervida, depms de ter êle mamado.
ca-se ac mesmo tempo num sentido mais restrito e ex­ Vide Puericultura, 12.0 cap., § 1.
clusivo aos fatos hedônicos, de prazer e dor, que fi­
guram como sub-grupo dos "afetos" no sentido mais AGITAÇÃO - (Vicie Inquietud� ).
amplo, e sendo de uma natureza menos comolexa, AGNóSIA - (Do gr. alfa privativo a, e gnosis, conheci-
r.poiam-se, com o tais, às "emoções" propriamente di­ mento ) . .
tas, que formam o segundo s�b-grupo dos afetos, ao
Têrmo empregado para designar . a amnésia per­
lado de "prazer e dor", mas que, por sua parte, em
ceptiva, consistente na incapacidade ct:e reconhecer os
outra terminologia, incluem êsses últimos. As emo­
símbolos usuais, sem perturbação das sensações. Es-
ções propriamente ditas são a cólera, o mêdo, a es-
- 45 -
- 44 -
perança, etc., e parece evidente que só o maior grau
Geralmente a afetividade e a sensibilidade são
de complexidade as distingue àos afetos hedônicos.
confundidas. Na sensibilidade, há a topicidade do
que é objetivo em face do cognoscente. Há uma Em suma, afeto é o estado emocional positivo,
dor aqui, ali. em geral para pessoas, mas também para animais do­
mésticos. Na família, a criança é natural centro de
Mas, assim como a intuição intelectual serve de afeto e amor, e também retribue normalmente, êste
ponte de ligação entre a sensibilidad� e a intelectua· afeto.
lidade, os estados de agradabilidade e de desagrada­
bilid&de são afetivos. O prazer e o desprazer, quan­ AFEIÇÃO - Quando a criança manifesta um intenso in­
do tópicos, são da sensibilidade. Mas quando per­ terêsse por qualquer ocupação, ela é afeiçoada a tal.
dem a topicid'ade, para se darem difusos pelo ser Muitas delas fazem coisas vanadas, até encontrar
humano, tornam-se afetivos, e são raízes da afeti­ uma que lhes prenda a atenção. Até os 7 ou 8 anos
vidade no seu aprofundar na sensibilidade. é muito difícil que ela tenha uma afeição, só no mo­
·
mento em que se ocupa, sistemàticamente, é que po­
AFETIVIDADE ( característica da ) - Na afetividade tam­ demos dizer que é afeiçoada. E muito cnmum as
bem há connec1mento. Mas, aqui, a separação en­ coleções àe pedras, insetos, flôres prensadas entre
tre sujeito e objeto não é tão marcante como na in­ livros, moedas, selos, etc., durante a infância e até
telectualidade, pois o sujeito e objeto, no que se na juventude. Vários sinônimos podem ser apre­
chama estado afetivo, se fundem. Não estamos em sentados: inclinação, queda para, índole, penuor,
face de um conhecimento ( de cognoscere ), mas de gôsto, predileção, propendência.
um fundir-se; pois sujeito e objeto são o mesmo.
V ide Introdução. AFOGAMENTO - Vide Puericultura- 10.0 cap. § 4, e
Respiração artificial.
AFETO - a) Com afeto, designamos cada mudança de
disposição na sensibilidade, que é provocada por um AFONIA - Vide Rouquidão.
motivo exterior. É ligada sempre a uma tendência, AFRASIA - Incapacidade de falar por meio de frases,
sem entretanto confundir-se com ela. ( Mudança de embora se faça por palavras soltas. Incapacidade
disposição não significa, evidentemente, uma modi­ de construir frases por inferioridade mental.
ficação na estrutura natural da sensibilidade, mas
uma determinação intrínseca, análoga ao que, na re­ AFTAS - É comum aparecerem na bôca dos bebês, loca­
gião cognoscitiva, se nomeia com o têrmo escolástico lizadas na língua e nas gengivas, umas regiões de
" intencional" . ) côr branca, e que, esfregadas, podem sangrar um
pouco. É crença difundida que tal se deve pela fal­
Pela defin4;ão dada, os aretos pertencem aps ta de higiene do bico do seio da mãe, mas isto pode
sentimentos, formando entre êles uma categoria pró­ ocorrer em qualquer bebê, apesar de ser êle cuida­
pria ao lado das " tendências afetivas". do com tôda higiene.
b ) A confusão reinante na terminologia dêsse O médico deve ser chamado e antes que a crian­
têrmo e daqueles que lhe são relacionados, torna-se, ça tome algum medicamento. Pode dar-se ao bebe
particularmente, visível no facto de que "afeto" apli­ um pouco de água fervida, depms de ter êle mamado.
ca-se ac mesmo tempo num sentido mais restrito e ex­ Vide Puericultura, 12.0 cap., § 1.
clusivo aos fatos hedônicos, de prazer e dor, que fi­
guram como sub-grupo dos "afetos" no sentido mais AGITAÇÃO - (Vicie Inquietud� ).
amplo, e sendo de uma natureza menos comolexa, AGNóSIA - (Do gr. alfa privativo a, e gnosis, conheci-
r.poiam-se, com o tais, às "emoções" propriamente di­ mento ) . .
tas, que formam o segundo s�b-grupo dos afetos, ao
Têrmo empregado para designar . a amnésia per­
lado de "prazer e dor", mas que, por sua parte, em
ceptiva, consistente na incapacidade ct:e reconhecer os
outra terminologia, incluem êsses últimos. As emo­
símbolos usuais, sem perturbação das sensações. Es-
ções propriamente ditas são a cólera, o mêdo, a es-
- 45 -
- 44 -
sa amnésia pode ser visual ( agnósia visual), cegueira cado nas mãos. As reações são diversas, pois, en­
psíquica total, ou parcial, em que a cegueira verbal quanto um chora e bate pé, quando é reprimido, ou­
é um caso particular, agnósia auditiva (surdez psíqui­ tro sômente chorará, ou se submeterá fàcilmente,
ca), táctil, das formas tácteis, etc. sem nenhum chôro ou grito. Sabe-se que as primei­
ras reações da criança ante as diversas situações de­
AGRAFIA - Impotência de escrever por efeito de parali­ terminam as difer�nças pessoais.
sia ce,rebral.
As crianças devem expressar o que sentem, e no
AGRESSÃO - Existem 4 acepções diferentes para êste momento que o sentem. Naturalmente que às vêzes
têrmo: 1.0) refere-se à auto-afirmação e atuação di­ a agressividade, manifestada numa determinada si­
nâmica, num sentido geral; 2.0) expressa um ato de tuação, é excessiva. Assim a criança que briga mais
hostilidade com intenção de atacar e destruir; 3.0) vêzes que brinca com outras, que machuca um ani­
desejo de conquistar a posse de uma pessoa ou ob­ mal caseiro, provàvelmente se sente tomada por
jeto; 4.0) deseje de conquistar o govêrno, domínio sentimentos de ansiedade ou de infelicidade. Neste
ou manejo de outra pessoa. Neste sentido, é que se caso, é preferível procurar-lhe dar carinho e com­
fala da necessidade de agressividade. preensão em vez de castigá-la, pois isto só pioraria o
A agressão é a réplica mais primitiva e univer­ seu carácter. Outras vêzes o nascimento de outro
sal à frustração, e, portanto, é um postulado de va­ bebê pode provocar na criança crises dolorosas, que
lor geral a de que tôd'a agressão está precedida ou só poderão ser amenizadas com a compreensão e
acompanhada àe privações ou contratempos, enten­ paciência dos pais.
didos no mais amplo sentido. Existem 3 classes de
A falta de impulsos de agressividade é também
frustrações, que conduzem à agressão: 1.0) repres­
um defeito. A criança sempre dócil e obediente não
são ou insatisfação de desejos; 2.0) interferência ou
é normal.
restrição na atividade; 3.0) fatôres exteriores, que
ameaçam sofrimentos físicos ou psicológicos. A Uma sã agressividade não deve ser tomada co­
agressividade está também relacionada com a inse­ mo uma predisposição à luta, e sim, deve ser elogia­
gurança; daí a criança abandonada tender a ser da no que tem de bom.
agressiva.
AJUDA DOMÉSTICA - A criança pode ser ensinada a aju­
A agressão é imprescindível para conquistar um
dar a mãe e o pai em pequenas tarefas domésticas,
lugar no grupo social, e fazer frente à competência
desde que estas não sejam cansativas, além das suas
e à luta econômica. A agressão é a base de tôda ati­
possibilidades e responsabilidades. Na adolescên­
vidade construtiva; tôdas as realizações do homem cia, é importante que a jovem ou o j ovem ajudem
na ar.te e na indústria foram possíveis graças ao apro­
em casa, e se acostumem a fazer o serviço com boa
veitamento dos impulsos agressivos como fôrça mo­ vontade.
triz.
Quando as crianças ainda têm pouca idade, os
A agressão violenta é prejudicial, mas, se inibi­
pais devem estabelecer a norma de realizar o traba­
da, conduz a uma violenta tensão residual. A agres­
lho familiar num justa cooperação. Isto constrói e
sividade precisa ser controlada para ser construtiva.
solidifica os sentimentos de ajuda e de elevação mo­
A solução ao problema da agressão destrutiva depen­
ral, que mais tarde serão de grande valia. Assim,
de, especialmente, da educação, pois só ela pode orien­
quando uma criança se aproxima do pai, pedindo pa­
tar para um caminho positivo.
ra ajudá-lo, êste deve, pacientemente, ensiná-la a fa­
AGRESSIVIDADE - A criança normalmente manifesta zer o mesmo e não esperar que a criança o faça per­
agressividade em maior ou menor intensidade. Nos feitamente logo de início. Deve-se procurar no tra­
bebês já se vê manifestada a agressividade, quando êle balho o lado agradável da cooperação, de forma que
tenta segurar um brinquedo, ,!20is se alguns agarram­ a criança e o jovem sintam que trabalham para wn
-no com fôrça, outros esperam que lhes seja colo- fim comum e de apôio mútuo.

- 46 - - 47 -
sa amnésia pode ser visual ( agnósia visual), cegueira cado nas mãos. As reações são diversas, pois, en­
psíquica total, ou parcial, em que a cegueira verbal quanto um chora e bate pé, quando é reprimido, ou­
é um caso particular, agnósia auditiva (surdez psíqui­ tro sômente chorará, ou se submeterá fàcilmente,
ca), táctil, das formas tácteis, etc. sem nenhum chôro ou grito. Sabe-se que as primei­
ras reações da criança ante as diversas situações de­
AGRAFIA - Impotência de escrever por efeito de parali­ terminam as difer�nças pessoais.
sia ce,rebral.
As crianças devem expressar o que sentem, e no
AGRESSÃO - Existem 4 acepções diferentes para êste momento que o sentem. Naturalmente que às vêzes
têrmo: 1.0) refere-se à auto-afirmação e atuação di­ a agressividade, manifestada numa determinada si­
nâmica, num sentido geral; 2.0) expressa um ato de tuação, é excessiva. Assim a criança que briga mais
hostilidade com intenção de atacar e destruir; 3.0) vêzes que brinca com outras, que machuca um ani­
desejo de conquistar a posse de uma pessoa ou ob­ mal caseiro, provàvelmente se sente tomada por
jeto; 4.0) deseje de conquistar o govêrno, domínio sentimentos de ansiedade ou de infelicidade. Neste
ou manejo de outra pessoa. Neste sentido, é que se caso, é preferível procurar-lhe dar carinho e com­
fala da necessidade de agressividade. preensão em vez de castigá-la, pois isto só pioraria o
A agressão é a réplica mais primitiva e univer­ seu carácter. Outras vêzes o nascimento de outro
sal à frustração, e, portanto, é um postulado de va­ bebê pode provocar na criança crises dolorosas, que
lor geral a de que tôd'a agressão está precedida ou só poderão ser amenizadas com a compreensão e
acompanhada àe privações ou contratempos, enten­ paciência dos pais.
didos no mais amplo sentido. Existem 3 classes de
A falta de impulsos de agressividade é também
frustrações, que conduzem à agressão: 1.0) repres­
um defeito. A criança sempre dócil e obediente não
são ou insatisfação de desejos; 2.0) interferência ou
é normal.
restrição na atividade; 3.0) fatôres exteriores, que
ameaçam sofrimentos físicos ou psicológicos. A Uma sã agressividade não deve ser tomada co­
agressividade está também relacionada com a inse­ mo uma predisposição à luta, e sim, deve ser elogia­
gurança; daí a criança abandonada tender a ser da no que tem de bom.
agressiva.
AJUDA DOMÉSTICA - A criança pode ser ensinada a aju­
A agressão é imprescindível para conquistar um
dar a mãe e o pai em pequenas tarefas domésticas,
lugar no grupo social, e fazer frente à competência
desde que estas não sejam cansativas, além das suas
e à luta econômica. A agressão é a base de tôda ati­
possibilidades e responsabilidades. Na adolescên­
vidade construtiva; tôdas as realizações do homem cia, é importante que a jovem ou o j ovem ajudem
na ar.te e na indústria foram possíveis graças ao apro­
em casa, e se acostumem a fazer o serviço com boa
veitamento dos impulsos agressivos como fôrça mo­ vontade.
triz.
Quando as crianças ainda têm pouca idade, os
A agressão violenta é prejudicial, mas, se inibi­
pais devem estabelecer a norma de realizar o traba­
da, conduz a uma violenta tensão residual. A agres­
lho familiar num justa cooperação. Isto constrói e
sividade precisa ser controlada para ser construtiva.
solidifica os sentimentos de ajuda e de elevação mo­
A solução ao problema da agressão destrutiva depen­
ral, que mais tarde serão de grande valia. Assim,
de, especialmente, da educação, pois só ela pode orien­
quando uma criança se aproxima do pai, pedindo pa­
tar para um caminho positivo.
ra ajudá-lo, êste deve, pacientemente, ensiná-la a fa­
AGRESSIVIDADE - A criança normalmente manifesta zer o mesmo e não esperar que a criança o faça per­
agressividade em maior ou menor intensidade. Nos feitamente logo de início. Deve-se procurar no tra­
bebês já se vê manifestada a agressividade, quando êle balho o lado agradável da cooperação, de forma que
tenta segurar um brinquedo, ,!20is se alguns agarram­ a criança e o jovem sintam que trabalham para wn
-no com fôrça, outros esperam que lhes seja colo- fim comum e de apôio mútuo.

- 46 - - 47 -
ALALIA - ( Psic.) Defeito dos órgãos vocais, que provoca ALIMENTOS MUITO COZIDOS - Vide Nutrição, Vita·
o mutismo. minas.
ALEGRIA - Do latim alacer, de onde alacridade. Signi· ALIMENTOS NOVOS - Vide Puericultura - 14.0 cap.,
fica atividade, disposição, e daí alegria. É um sen­ § 3.
timento de prazer, que não está ligado a uma região
determinada do organismo ( não é tôpicamente de· AUMENTOS VENENOSOS - Os sintomas mais comuns
terminada) . elo intoxicação ou envenenamento por algum alimen­
to sao: náuseas, vômitos, dor abdominal, câimbras e
Alegria opõe-se à sensação de prazer, que é um cHnrrt�in. So se tem �:.egurança de que a criança in­
gôzo físico. O contrário da alegria é a tristeza. f�l'rlu nl�um alimento venenoso, ao mesmo tempo que
Também não é tôpicamente determinada. As sensa­ mnnlft·stn um dôstcs sintomas, o tratamento imediato
ções são tóp�cas, mas os sentlmrntos são estados o provocnr o vfimHo. Caso não se saiba ao certo, é
anímicos, não tópicos. As teonas do século dezeno­ preferlvel a. consuHu. médica, pois às vêzes um ata·
ve sôbre a alegria simplificavam-na em explicações que do apendicite causa confusão, pensando tratar-se
meramente fisiológicas, mecâmcas, físico-químicas e do um envenenamento.
psíquicas, esquecendo que, nesse sentimento ou vi­
vência emocional, havia algo de mais profundo, que t\LOúiA - Incapacidade de falar, devido a perturbações
ultrapassava a visão estreita predominante naquele do sistema nervoso.
tempo. Ao lado dos sentimentos meramente senso­ ALOPSICOSE - Na Psic., alucinações ou ilusões, que con­
riais, há smtimentos espirituais, dirigidos a valôres f',istem em atribuir a outros, intenções, que são pro­
mais altos. São sentimentos valorativos, que se ca­ jolaçõcs da malicia da pessoa que as sofre.
racterizam pela sua direção. A união entre ésses
sentimentos e as bases fisiológicas são mínimas, sem AJ:I'IC.UtHMO - Inclinação para proceder em benefício
que haja, mais profundo e fundamental no abismo, ou IH'ln hem c<JI.nr dos outros, mais de que no pró­
uma diácrise entre êles. Entretanto, há outros sen­ ptlo. J•:mpreAn·st·, �crnlmcntc, em oposição a egoís·
timentos espirituais, que se misturam com os senso­ mu ou t·�ntJo.uno. A inclinaçfto altruística é substan·
riais, em que o apetite valorativo do espírito se mes­ dnlt1wntu um produto elo ambiente, e não se dá nas
cla com imagens e impulsos sensíveis. Assim, en­ crlnnçns pequenas. Vide Generosidade.
contramos muitas vivências, tais como a cólera, a
melancolia, a tristeza, que se ligam, também, com o i\ l..'l'URA ( Vide Estatura ) .
fisiológico, nêle atuando como a recepção de uma ALUCINAÇÃO - ( Psic.). É a interpretação anormal dos
notícia desagradável, que influi sôbre o fisiológico. dados das experiências sensoriais por meio de idea­
ALERGIA - (Vide Puericultura - U" cap., § 16. ções não correspondentes à realidade exterior. Em
alguns casos, é sintoma de distúrbios mentais ou de
ALGESIA - ( Psic . ) - Capacidade para sentir a dor. En­ desequilíbrio, sobretudo quando continuados e per­
quanto Analgesia expressa a ausência da sensação de sistentes.
dor; algesia expressa a sua presença normal.
Como sinônimos, temos a pseudo-percepção, a ilu·
ALIMENTAÇÃO - Vide Puericultura - 14." cap., § 1 e 2. são, idéia delirante. Na ilusão, há uma percepção
errônea dos dados sensoriais presentes; na alucina­
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL - Vide Puericultura - 4.o
cap. § s.o.
ção, há o êrro de julgar, como presentes aos sentidos,
os estímulos não presentes, ou seja, há ausência de
ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ - Vide Puericultura - 4.� estimulação real.
cap., § 1.0 e 2.0•
Na idéia delirante, que se estabelece através de
ALIMENTAÇÃO MISTA - Vide Pue·ricultura - 4." cap., juízos, há uma interpretação falsa do valor da rea­
§ 10. lidade, embora os estímulos sejam reais.
- 48 - - 49 -
ALALIA - ( Psic.) Defeito dos órgãos vocais, que provoca ALIMENTOS MUITO COZIDOS - Vide Nutrição, Vita·
o mutismo. minas.
ALEGRIA - Do latim alacer, de onde alacridade. Signi· ALIMENTOS NOVOS - Vide Puericultura - 14.0 cap.,
fica atividade, disposição, e daí alegria. É um sen­ § 3.
timento de prazer, que não está ligado a uma região
determinada do organismo ( não é tôpicamente de· AUMENTOS VENENOSOS - Os sintomas mais comuns
terminada) . elo intoxicação ou envenenamento por algum alimen­
to sao: náuseas, vômitos, dor abdominal, câimbras e
Alegria opõe-se à sensação de prazer, que é um cHnrrt�in. So se tem �:.egurança de que a criança in­
gôzo físico. O contrário da alegria é a tristeza. f�l'rlu nl�um alimento venenoso, ao mesmo tempo que
Também não é tôpicamente determinada. As sensa­ mnnlft·stn um dôstcs sintomas, o tratamento imediato
ções são tóp�cas, mas os sentlmrntos são estados o provocnr o vfimHo. Caso não se saiba ao certo, é
anímicos, não tópicos. As teonas do século dezeno­ preferlvel a. consuHu. médica, pois às vêzes um ata·
ve sôbre a alegria simplificavam-na em explicações que do apendicite causa confusão, pensando tratar-se
meramente fisiológicas, mecâmcas, físico-químicas e do um envenenamento.
psíquicas, esquecendo que, nesse sentimento ou vi­
vência emocional, havia algo de mais profundo, que t\LOúiA - Incapacidade de falar, devido a perturbações
ultrapassava a visão estreita predominante naquele do sistema nervoso.
tempo. Ao lado dos sentimentos meramente senso­ ALOPSICOSE - Na Psic., alucinações ou ilusões, que con­
riais, há smtimentos espirituais, dirigidos a valôres f',istem em atribuir a outros, intenções, que são pro­
mais altos. São sentimentos valorativos, que se ca­ jolaçõcs da malicia da pessoa que as sofre.
racterizam pela sua direção. A união entre ésses
sentimentos e as bases fisiológicas são mínimas, sem AJ:I'IC.UtHMO - Inclinação para proceder em benefício
que haja, mais profundo e fundamental no abismo, ou IH'ln hem c<JI.nr dos outros, mais de que no pró­
uma diácrise entre êles. Entretanto, há outros sen­ ptlo. J•:mpreAn·st·, �crnlmcntc, em oposição a egoís·
timentos espirituais, que se misturam com os senso­ mu ou t·�ntJo.uno. A inclinaçfto altruística é substan·
riais, em que o apetite valorativo do espírito se mes­ dnlt1wntu um produto elo ambiente, e não se dá nas
cla com imagens e impulsos sensíveis. Assim, en­ crlnnçns pequenas. Vide Generosidade.
contramos muitas vivências, tais como a cólera, a
melancolia, a tristeza, que se ligam, também, com o i\ l..'l'URA ( Vide Estatura ) .
fisiológico, nêle atuando como a recepção de uma ALUCINAÇÃO - ( Psic.). É a interpretação anormal dos
notícia desagradável, que influi sôbre o fisiológico. dados das experiências sensoriais por meio de idea­
ALERGIA - (Vide Puericultura - U" cap., § 16. ções não correspondentes à realidade exterior. Em
alguns casos, é sintoma de distúrbios mentais ou de
ALGESIA - ( Psic . ) - Capacidade para sentir a dor. En­ desequilíbrio, sobretudo quando continuados e per­
quanto Analgesia expressa a ausência da sensação de sistentes.
dor; algesia expressa a sua presença normal.
Como sinônimos, temos a pseudo-percepção, a ilu·
ALIMENTAÇÃO - Vide Puericultura - 14." cap., § 1 e 2. são, idéia delirante. Na ilusão, há uma percepção
errônea dos dados sensoriais presentes; na alucina­
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL - Vide Puericultura - 4.o
cap. § s.o.
ção, há o êrro de julgar, como presentes aos sentidos,
os estímulos não presentes, ou seja, há ausência de
ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ - Vide Puericultura - 4.� estimulação real.
cap., § 1.0 e 2.0•
Na idéia delirante, que se estabelece através de
ALIMENTAÇÃO MISTA - Vide Pue·ricultura - 4." cap., juízos, há uma interpretação falsa do valor da rea­
§ 10. lidade, embora os estímulos sejam reais.
- 48 - - 49 -
ALUCINOSE - ( Psic. ) . É a tendência para sofrer trans­ crianças, compartilhando com elas dos seus brinque­
tornos alucinatórios, sem qualquer perturbação da dos e jogos, de forma que será muito mais fácil, pos­
consciência, ou a presença de outros sintomas. Ge­ teriormente, sua adaptação à vida escolar.
ralmente se emprega para os casos já doentios.
Na fase escolar, é comum ter um amigo ou vá­
AMBIÇÃO - O desejo de adquirir uma posição, ser co­ rios, com os quais compartilha suas idéias e suas de­
nhecido e ter prestígio é uma aspiração natural, que cepções.
forma parte do processo do crescimento. As crian­
ças manifestam ambição desde a mais tenra idade, e Os pais devem facilitar a formação de amizades,
em geral estas são determinadas pelo que vêem os não procurando só ver defeitos nos amigos e, sim,
outros fazer, pela posição da família, etc. r' que se desenvolva o sentimento de amizade, que é
mais importante que as verdadeiras virtudes do ami­
A ambição em demasia, assim como a falta de
go.
ambição, são dois extremos prejudiciais e devem ser
combatidos com inteligência e persistência. AMIGDALITE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 4.
AMBIDEXTRALIDADE - Capacidade de usar igualmen­ AMIMIA - Perturbação da linguagem, que se caracteriza
te as mãos para a execução de atos motores, com ca­ pela incapacidade de fazer gestos expressivos ou sig­
pacidade mais ou menos iguais. nificativos.

AMBIENTE - Nas considerações a respeito do desenvol­ AMIZADE - a) Inclinação eletiva recíproca entre duas
vimento humano, geralmente opõe-se o conceito de pessoas. Amizade difere, portanto, do amor, pela au­
ambiente ao de herança. Também se contradizem sência do carácter sexual, e pela condição de recipro­
aquisição e natureza. Deve considerar-se herança CO· cidade. Amizade pode ser estendida a um grupo de
mo um padrão das potencialidades humanas, no mo­ I mnls do <'luns pessoas, ficando, porém, como base, a
mento da concepção, e a aquisição como um com· n·<:lt>l'()cJdndo, que se dá entre os indivíduos.
plexo de fôrças e oportunidades fisicas e sociais que
contribuem ou atrazam o desenvolvimento de tais po­ h 1 A IUniim<lo formou um traço particularmente
tencialidades. l:inliNllt• (la vida grega, distinguindo Aristóteles três
mnt17.cs: a amizade, que tem por objeto o prazer, a
A mutabilidade é um componente essencial da
que tem por objeto o interêsse, e a que tem por objeto
natureza humana. O ambiente é significativo na vi­
'·' o bem moral.
da da criança, principalmente nos primeiros anos de
vida.
��
Só à última êle concedeu o atributo de ser perfei-
ta.
AMBIVAL.t;NCIA - Presença simultânea ci'e emoções
opostas na mesma pessoa. Segundo a Psic., em todos c ) A palavra amizade também se usa em senti­
os sêres humanos há sempre dois valôres afetivos do mais lato, que não exclui, necessàriamente, o ca­
opostos ( ambivalentes ). Vide Plurivalência. rácter sexual, nem exige a reciprocidade.

AM:E.:NCIA - Ausência de mente, deficiência mental que d) Também a palavra amigo tem um uso menos
atinge a loucura. Vide Deficiência Mental. estritamente definido como em "um amigo da huma­
nidade", onde uma reciprocidade dificilmente pode
AMENORRÉIA - ( Vide Menstruação ).
ser obtida.
AMIGOS - A criança deve começar a ter amigos desde a I AMNÉSIA - Incapacidade total ou parcial para recordar
idade pré-escolar. Assim é preciso, já com esta ida..
de, proporcionar-lhe um ambiente em que tenha con­ oü identificar experiências passadas.
tato com outras crianças da mesma idade, de forma I .r
AMOR - É muito importante para a criança que tenha à
que se ambiente, a pouco e pouco, com a vida infan­ sua volta compreensão, ternura, e amor. Cabe aos
til. Isto a acostumará à convivência com outras pais a maior quota de todos êstes sentimentos, e é
- 50 - - 51 -
ALUCINOSE - ( Psic. ) . É a tendência para sofrer trans­ crianças, compartilhando com elas dos seus brinque­
tornos alucinatórios, sem qualquer perturbação da dos e jogos, de forma que será muito mais fácil, pos­
consciência, ou a presença de outros sintomas. Ge­ teriormente, sua adaptação à vida escolar.
ralmente se emprega para os casos já doentios.
Na fase escolar, é comum ter um amigo ou vá­
AMBIÇÃO - O desejo de adquirir uma posição, ser co­ rios, com os quais compartilha suas idéias e suas de­
nhecido e ter prestígio é uma aspiração natural, que cepções.
forma parte do processo do crescimento. As crian­
ças manifestam ambição desde a mais tenra idade, e Os pais devem facilitar a formação de amizades,
em geral estas são determinadas pelo que vêem os não procurando só ver defeitos nos amigos e, sim,
outros fazer, pela posição da família, etc. r' que se desenvolva o sentimento de amizade, que é
mais importante que as verdadeiras virtudes do ami­
A ambição em demasia, assim como a falta de
go.
ambição, são dois extremos prejudiciais e devem ser
combatidos com inteligência e persistência. AMIGDALITE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 4.
AMBIDEXTRALIDADE - Capacidade de usar igualmen­ AMIMIA - Perturbação da linguagem, que se caracteriza
te as mãos para a execução de atos motores, com ca­ pela incapacidade de fazer gestos expressivos ou sig­
pacidade mais ou menos iguais. nificativos.

AMBIENTE - Nas considerações a respeito do desenvol­ AMIZADE - a) Inclinação eletiva recíproca entre duas
vimento humano, geralmente opõe-se o conceito de pessoas. Amizade difere, portanto, do amor, pela au­
ambiente ao de herança. Também se contradizem sência do carácter sexual, e pela condição de recipro­
aquisição e natureza. Deve considerar-se herança CO· cidade. Amizade pode ser estendida a um grupo de
mo um padrão das potencialidades humanas, no mo­ I mnls do <'luns pessoas, ficando, porém, como base, a
mento da concepção, e a aquisição como um com· n·<:lt>l'()cJdndo, que se dá entre os indivíduos.
plexo de fôrças e oportunidades fisicas e sociais que
contribuem ou atrazam o desenvolvimento de tais po­ h 1 A IUniim<lo formou um traço particularmente
tencialidades. l:inliNllt• (la vida grega, distinguindo Aristóteles três
mnt17.cs: a amizade, que tem por objeto o prazer, a
A mutabilidade é um componente essencial da
que tem por objeto o interêsse, e a que tem por objeto
natureza humana. O ambiente é significativo na vi­
'·' o bem moral.
da da criança, principalmente nos primeiros anos de
vida.
��
Só à última êle concedeu o atributo de ser perfei-
ta.
AMBIVAL.t;NCIA - Presença simultânea ci'e emoções
opostas na mesma pessoa. Segundo a Psic., em todos c ) A palavra amizade também se usa em senti­
os sêres humanos há sempre dois valôres afetivos do mais lato, que não exclui, necessàriamente, o ca­
opostos ( ambivalentes ). Vide Plurivalência. rácter sexual, nem exige a reciprocidade.

AM:E.:NCIA - Ausência de mente, deficiência mental que d) Também a palavra amigo tem um uso menos
atinge a loucura. Vide Deficiência Mental. estritamente definido como em "um amigo da huma­
nidade", onde uma reciprocidade dificilmente pode
AMENORRÉIA - ( Vide Menstruação ).
ser obtida.
AMIGOS - A criança deve começar a ter amigos desde a I AMNÉSIA - Incapacidade total ou parcial para recordar
idade pré-escolar. Assim é preciso, já com esta ida..
de, proporcionar-lhe um ambiente em que tenha con­ oü identificar experiências passadas.
tato com outras crianças da mesma idade, de forma I .r
AMOR - É muito importante para a criança que tenha à
que se ambiente, a pouco e pouco, com a vida infan­ sua volta compreensão, ternura, e amor. Cabe aos
til. Isto a acostumará à convivência com outras pais a maior quota de todos êstes sentimentos, e é
- 50 - - 51 -
f: [:·

dêles que a criança deve receber maiores demonstra­ gato ) , caso não exista nada em contrário, é preferi­
ções, a fim de que desenvolva o seu bem éstar físico v�! dar-lhe esta oportunidade, ao mesmo tempo que
e espiritual. smta ser o responsável em cuidá-lo diàriamente.

ANIVERSARIO - A importância do aniversário p;inci­


d
AMUSIA - ( Psic.) Privação da faculdade auditiva mu­
sical. Os amúsicos não têm capacidade de apreciar palmente para a criança, é bem grande, e ela eve re­
nem a altura relativa, nem o timbre dos sons. ceber ne�se dia, uma consideração tôda especial. É
•.

um dia diferente dos outros, e os pais devem come­


ANALGESIA - Ausência de dor, parcial ou total, perma­ morá-lo. Deve ser celebrada, entretanto, na intimi­
necendo outras sensações. Vicie Anestesia. dade e com simplicidade. Nêle deve reinar alegria e
ternura, d'e forma que o aniversariante sinta que to­
ANÁLISE DE SANGUE - Serve de base para a contagem
dos estão ali para felicitá-lo, ao mesmo tempo para
e determinação da composição do sangue e a existên­
passar algumas horas alegres.
cia de possíveis enfermidades.
ANOREXIA - Excessiva. falta de apetite, quase sempre

li
ANAMNÉSIA - (Psic.) Ato de recordar o que estiver
de origem psicológica. Pode ter causas variadas. As
esquecido, de trazer de novo algo à memória.
vêzes pode ser sintoma de histerismo.
ANDAR COM OS PÉS PARA FORA E PARA DENTRO ­ ANOSMIA - Ausência ou deficiência da sensibilidade aos
( Vide Pés chatos, pés voltados para dentro ) . estímulos olfativos.
ANEDOTA - O têrmo anedota na linguagem pedagógica ANSIEDADE - Os mêdos infantis são de dois tipos: o
converteu-se num meio de observação da conduta in­ chamado normal - mêdo aos perigos reais e imedia­
fanül. Este método é geralmente utilizado pelos pro­ tos, e ansiedade, mêdo aos perigos imaginários.
fessores, que observam o comportamento da criança. A criança sofre de mêdos imaginários em diver­
Primeiramente� deve ser feita uma descrição objetiva sos períodos e em muitos casos podem tornar-se crô­
do comportamento infantil, incluindo conversas, ações, nicos.
etc. Em seguida, deve ser feita uma interpretação
É �reciso que os pais não se esqueçam de agir, em
valorativa do comportamento, utilizando os conheci­
determmadas ocasiões, de forma a diminuir o mêdo,
mentos que o observador tenha da criança. Serve
come, por ex.: se a criança chama durante a noite,
para á:ar uma imagem vivida e intima da criança;
porque tem um mau sonho, ou se encontra assustada
mas, em virtude de sua objetividade, pode ser utili­
por alguma coisa. É preciso, então, tranqüilizá-la,
zada para outras crianças, e de uma observação mais
conversando com ela, ou mantendo-se ao seu lado·' se
direta extrai-se uma opinião pessoaL o A

a cnança tem medo do escuro, é preciso acender uma


ANEMIA - Vide Puericultura, 1'2.0 cap., § D. luz fraca no quarto, de forma que perca o terror às
trevas. O mais contraproducente é envergonhar a
ANESTESIA - É definido como ausência da percepção criança pelos seus temores, como procurar convencê­
ou sensibilidade, provocada para fins médicos e ci­ la do irracional de seu mêdo. É preciso uma grande
rúrgicos, mecúante a administração de um anestésico. paciência e muita fôrça de vontade por parte dos pais.
Êste pode ser um gas a vapor (inalado ) , ou uma subs­ Assim d'eve-se proporcionar à criança novas aptidões
tância líquida (injetada) . que enriquecerão seu caudal de conhecimentos e nova �
ocasiões de ser independente. Precisa ela ganhar
ANIMAIS DOMÉSTICOS - É muito comum que as crian­
um sentimento de domínio sôbre situações nas quais
ças e os jovens sintam simpatia e carinho espontâneo
tenha podido sentir-se insegura.
pelos animais. Há, entretanto, casos contrários em
que justamente a criança sente mêdo, o que se eve d I
Quando não fôr possível descobrirem-se as cau­

a algtU?a expe ência desagradável, cuja lembrança sas de uma ansiedade persistente, é conveniente con­
_ fm esquec1da. Quando a criança manifesta mui­
nao sultar um médico ou um psicólogo, de forma · a pro­
ta vontade de ter algum animal ( cachorro, pássaro,
1.1 1 porcionar à criança um tratamento adequado.

- 52 - - 53 -
f: [:·

dêles que a criança deve receber maiores demonstra­ gato ) , caso não exista nada em contrário, é preferi­
ções, a fim de que desenvolva o seu bem éstar físico v�! dar-lhe esta oportunidade, ao mesmo tempo que
e espiritual. smta ser o responsável em cuidá-lo diàriamente.

ANIVERSARIO - A importância do aniversário p;inci­


d
AMUSIA - ( Psic.) Privação da faculdade auditiva mu­
sical. Os amúsicos não têm capacidade de apreciar palmente para a criança, é bem grande, e ela eve re­
nem a altura relativa, nem o timbre dos sons. ceber ne�se dia, uma consideração tôda especial. É
•.

um dia diferente dos outros, e os pais devem come­


ANALGESIA - Ausência de dor, parcial ou total, perma­ morá-lo. Deve ser celebrada, entretanto, na intimi­
necendo outras sensações. Vicie Anestesia. dade e com simplicidade. Nêle deve reinar alegria e
ternura, d'e forma que o aniversariante sinta que to­
ANÁLISE DE SANGUE - Serve de base para a contagem
dos estão ali para felicitá-lo, ao mesmo tempo para
e determinação da composição do sangue e a existên­
passar algumas horas alegres.
cia de possíveis enfermidades.
ANOREXIA - Excessiva. falta de apetite, quase sempre

li
ANAMNÉSIA - (Psic.) Ato de recordar o que estiver
de origem psicológica. Pode ter causas variadas. As
esquecido, de trazer de novo algo à memória.
vêzes pode ser sintoma de histerismo.
ANDAR COM OS PÉS PARA FORA E PARA DENTRO ­ ANOSMIA - Ausência ou deficiência da sensibilidade aos
( Vide Pés chatos, pés voltados para dentro ) . estímulos olfativos.
ANEDOTA - O têrmo anedota na linguagem pedagógica ANSIEDADE - Os mêdos infantis são de dois tipos: o
converteu-se num meio de observação da conduta in­ chamado normal - mêdo aos perigos reais e imedia­
fanül. Este método é geralmente utilizado pelos pro­ tos, e ansiedade, mêdo aos perigos imaginários.
fessores, que observam o comportamento da criança. A criança sofre de mêdos imaginários em diver­
Primeiramente� deve ser feita uma descrição objetiva sos períodos e em muitos casos podem tornar-se crô­
do comportamento infantil, incluindo conversas, ações, nicos.
etc. Em seguida, deve ser feita uma interpretação
É �reciso que os pais não se esqueçam de agir, em
valorativa do comportamento, utilizando os conheci­
determmadas ocasiões, de forma a diminuir o mêdo,
mentos que o observador tenha da criança. Serve
come, por ex.: se a criança chama durante a noite,
para á:ar uma imagem vivida e intima da criança;
porque tem um mau sonho, ou se encontra assustada
mas, em virtude de sua objetividade, pode ser utili­
por alguma coisa. É preciso, então, tranqüilizá-la,
zada para outras crianças, e de uma observação mais
conversando com ela, ou mantendo-se ao seu lado·' se
direta extrai-se uma opinião pessoaL o A

a cnança tem medo do escuro, é preciso acender uma


ANEMIA - Vide Puericultura, 1'2.0 cap., § D. luz fraca no quarto, de forma que perca o terror às
trevas. O mais contraproducente é envergonhar a
ANESTESIA - É definido como ausência da percepção criança pelos seus temores, como procurar convencê­
ou sensibilidade, provocada para fins médicos e ci­ la do irracional de seu mêdo. É preciso uma grande
rúrgicos, mecúante a administração de um anestésico. paciência e muita fôrça de vontade por parte dos pais.
Êste pode ser um gas a vapor (inalado ) , ou uma subs­ Assim d'eve-se proporcionar à criança novas aptidões
tância líquida (injetada) . que enriquecerão seu caudal de conhecimentos e nova �
ocasiões de ser independente. Precisa ela ganhar
ANIMAIS DOMÉSTICOS - É muito comum que as crian­
um sentimento de domínio sôbre situações nas quais
ças e os jovens sintam simpatia e carinho espontâneo
tenha podido sentir-se insegura.
pelos animais. Há, entretanto, casos contrários em
que justamente a criança sente mêdo, o que se eve d I
Quando não fôr possível descobrirem-se as cau­

a algtU?a expe ência desagradável, cuja lembrança sas de uma ansiedade persistente, é conveniente con­
_ fm esquec1da. Quando a criança manifesta mui­
nao sultar um médico ou um psicólogo, de forma · a pro­
ta vontade de ter algum animal ( cachorro, pássaro,
1.1 1 porcionar à criança um tratamento adequado.

- 52 - - 53 -
ANTIBióTICOS - Os antibióticos são substâncias pre­ Essa significação moderna da palavra já se en­
paradas com diversos humus, que impedem o deseu.­ contra em Aristóteles, que d'istingue entre uma apa­
volvimento de algumas espécies de bactérias patoló­ tia do espírito, a quem nada afeta, e uma apatia da
gicas. A mais conhecida é a penicilina. Outras, co­ sensibilidade, que, após uma comoção excessiva, por
mo a estreptomicina, a aureomicina, a terramicina · e um fator sensível, não é mais suscetível de outras
a cloromicentina são amplamente usadas. afecções.
Os antibióticos não são, segundo estudos reali­
APENDICITE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 3 .
zados neste setor, efetivos contra todo tipo de gér­
mens. Alguns parecem que adquiriram certa resis­ APETITE ( falta de) -- Vide Puericultura - 12.0 cap. § 2.
tência que opõem a êles. Também se dá o caso de
APETITE ( variações no ) - O apetite nas crianças, como
algumas pessoas reagirem contràriamente ao seu uso.
também se dá nos adultos, está num momento dado
Daí ser preciso o contrôle médico na administração
sob a influência das condições físicas do organismo,
de qualquer antibiótico, principalmente no caso de
assim como também das mudanças de humor, sensibi­
crianças e lactentes, nas quais é comum manifestar:
lidade ou fadiga. Se uma criança se sente muito can­
-se uma reação alérgica.
sada para comer, não é conveniente forçá-la a fazê-lo.
ANTICORPOS - Ao penetrar uma bactéria ou algum ele­ Quando se encontra ocupada por uma idéia fixa, co­
mento nocivo no organismo, o corpo põe em ação merá menos e de nada adiantará dizer-lhe que deixe
um mecanismo, que produz um anticorpo, capaz de de pensar. Há casos, entretanto, de crianças, que se
neutralizar a toxina especüica. Êste se chama uma tornam verdadeiramente "esfomeadas", quando se
"antitoxina". As antítoxinas de grande valor de encontram sob um estado de tensão ou se julgam
imunização são as que se injetam nas crianças con­ desgraçadas.
tra a difteria, o tétano, a febre escarlatina, etc.
Em qualquer caso, quando uma criança come
ANTIPATIA - Sentimento instintivo de repulsa, experi­ em excessc, ou demasiado pouco, e tal se prolongue
mentado contra alguma pessoa ou coisa. Opõe-se a por muito tempo, o mais conveniente é consultar o
Simpatia (vide) . médico.

ANTISSÉPTICOS - Vide Primeiros auxílios. APRAXIA - (Do gr. a, alfa privativo e praxis, acção ) .
a ) Perda da memória motriz com incapacidade
ANTI-SUGESTÃO - N a Psic., sugestão feita a um indiví­
para executar atos habituais.
duo com a fínalidade de inibir o efeito de uma suges­
tão anterior, ou impedir a influência de uma idéia b ) Também usado para designar a incapacida­
fixa. de de reconhecer as formas dos objetos, ou o seu
uso. Há imaginação dos movimentos, mas sua exe­
APATIA - a ) Literalmente: ausência de tôda paixão. Ês­ cução toma-se impossível, sem que, no entanto, ha­
te estado de indiferença ( apathcia ) figura no estoicis·
ja paralisia. Há certa apraxia no que imagina a rea­
mo como o ideal do sábio. A apatia � intuída para lização de um ato hábil, mas em que seus membros
excluir todos os fatôres que possam turvar a hegemo­
não lhe cbedecem.
nia da razão na alma. Os estóicos pregavam o ani­
quilamento das paixões pela razão, como um meio APRENDIZAGEM - Considera-se a aprendizagem como
de conservar o domínio de si mesmo. A apatia es­ uma mudança na conduta e na atividade somática.
t'óica nada tem que ver com a resignação ou a paciên­ Costuma-se distinguir entre "prática" e "entretimen­
cia em face do mal. to", e outras formas de atividade. Mas, deve-se le­
b ) Apatia também se chama uma insensibilida­ var em conta que qualquer atividade planejada ou
de não anelada. Assim chamamos apático o carác­ não, produz mudanças. Estas variam em grau, se­
ter de um indivíduo que reage pouco e fracamente gundo a motivação, e outros fatôres, que determinam
em virtude de uma falta de irritabilidade emocional. a afetividade da aprendizagem. Durante os primei-

- 54 - - 55 -
ANTIBióTICOS - Os antibióticos são substâncias pre­ Essa significação moderna da palavra já se en­
paradas com diversos humus, que impedem o deseu.­ contra em Aristóteles, que d'istingue entre uma apa­
volvimento de algumas espécies de bactérias patoló­ tia do espírito, a quem nada afeta, e uma apatia da
gicas. A mais conhecida é a penicilina. Outras, co­ sensibilidade, que, após uma comoção excessiva, por
mo a estreptomicina, a aureomicina, a terramicina · e um fator sensível, não é mais suscetível de outras
a cloromicentina são amplamente usadas. afecções.
Os antibióticos não são, segundo estudos reali­
APENDICITE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 3 .
zados neste setor, efetivos contra todo tipo de gér­
mens. Alguns parecem que adquiriram certa resis­ APETITE ( falta de) -- Vide Puericultura - 12.0 cap. § 2.
tência que opõem a êles. Também se dá o caso de
APETITE ( variações no ) - O apetite nas crianças, como
algumas pessoas reagirem contràriamente ao seu uso.
também se dá nos adultos, está num momento dado
Daí ser preciso o contrôle médico na administração
sob a influência das condições físicas do organismo,
de qualquer antibiótico, principalmente no caso de
assim como também das mudanças de humor, sensibi­
crianças e lactentes, nas quais é comum manifestar:
lidade ou fadiga. Se uma criança se sente muito can­
-se uma reação alérgica.
sada para comer, não é conveniente forçá-la a fazê-lo.
ANTICORPOS - Ao penetrar uma bactéria ou algum ele­ Quando se encontra ocupada por uma idéia fixa, co­
mento nocivo no organismo, o corpo põe em ação merá menos e de nada adiantará dizer-lhe que deixe
um mecanismo, que produz um anticorpo, capaz de de pensar. Há casos, entretanto, de crianças, que se
neutralizar a toxina especüica. Êste se chama uma tornam verdadeiramente "esfomeadas", quando se
"antitoxina". As antítoxinas de grande valor de encontram sob um estado de tensão ou se julgam
imunização são as que se injetam nas crianças con­ desgraçadas.
tra a difteria, o tétano, a febre escarlatina, etc.
Em qualquer caso, quando uma criança come
ANTIPATIA - Sentimento instintivo de repulsa, experi­ em excessc, ou demasiado pouco, e tal se prolongue
mentado contra alguma pessoa ou coisa. Opõe-se a por muito tempo, o mais conveniente é consultar o
Simpatia (vide) . médico.

ANTISSÉPTICOS - Vide Primeiros auxílios. APRAXIA - (Do gr. a, alfa privativo e praxis, acção ) .
a ) Perda da memória motriz com incapacidade
ANTI-SUGESTÃO - N a Psic., sugestão feita a um indiví­
para executar atos habituais.
duo com a fínalidade de inibir o efeito de uma suges­
tão anterior, ou impedir a influência de uma idéia b ) Também usado para designar a incapacida­
fixa. de de reconhecer as formas dos objetos, ou o seu
uso. Há imaginação dos movimentos, mas sua exe­
APATIA - a ) Literalmente: ausência de tôda paixão. Ês­ cução toma-se impossível, sem que, no entanto, ha­
te estado de indiferença ( apathcia ) figura no estoicis·
ja paralisia. Há certa apraxia no que imagina a rea­
mo como o ideal do sábio. A apatia � intuída para lização de um ato hábil, mas em que seus membros
excluir todos os fatôres que possam turvar a hegemo­
não lhe cbedecem.
nia da razão na alma. Os estóicos pregavam o ani­
quilamento das paixões pela razão, como um meio APRENDIZAGEM - Considera-se a aprendizagem como
de conservar o domínio de si mesmo. A apatia es­ uma mudança na conduta e na atividade somática.
t'óica nada tem que ver com a resignação ou a paciên­ Costuma-se distinguir entre "prática" e "entretimen­
cia em face do mal. to", e outras formas de atividade. Mas, deve-se le­
b ) Apatia também se chama uma insensibilida­ var em conta que qualquer atividade planejada ou
de não anelada. Assim chamamos apático o carác­ não, produz mudanças. Estas variam em grau, se­
ter de um indivíduo que reage pouco e fracamente gundo a motivação, e outros fatôres, que determinam
em virtude de uma falta de irritabilidade emocional. a afetividade da aprendizagem. Durante os primei-

- 54 - - 55 -
ros anos, produz-se um desenvolvimento tão rápido, aprendizagem é um fator importantíssimo na deter­
que as notáveis mudanças na conduta devem-se par­ minação da efetividade de qualquer programa de es­
ticularmente ao crescimento orgânico. Daí, ser im­ tudo. A capacidade infantil de trabalho é também

11 1.1 portante distinguir, mediante os correspondentes


grupos de contrôle, entre as mudanças de conduta,
originadas pela interação do crescimento rápido e
um ponto importante em todo programa de estudo.
4 ) A natureza do programa é outro fator que
influe sôbre a eficácia da prática ou treinamento.
as condições da vida ordinária, e aquelas resultan­
tes da ação de uma aprendizagem específica. Assim Um dos problemas, que interessam ao educador,
mesmo, pode aclarar-se o conceito de "aprender", é a relação üa eficácia do programa de aprendizagem
confrontando com o de "esquecer". Em geral, em­ com as diferentes idades. A capacidade para apren­
prega-se o vocábulo aprender para designar as mu­ der parece aumentar durante os primeiros 20 anos de
danças adquiridas em virtude da atividade ao orga­ li vida, mantém-se em seu ponto culminante por uma
década ou mais, para começar logo a declinar lenta­
nismo, enquanto que o de "esquecer" refere-se àquelas
mudanças cuja persistência quebra-se depois de cer­ mente. Outro problema de interêsse para o educa­
to período de tempo. dor é a forma da curva com que se acusa a marcha
da aprendizagem. A forma convexa é considerada
Atualmente sabe-se ( o que já sabiam os esco­ ótima, tem um desenvolvimento inicial rápido, e logo
lásticos ), que o organismo humano está dotado da diminue gradualmente, ou do contrário, uma curva
capaciciade de aprender, desde o momento que nas­ em forma de S.
ce. Existem indícios de aprendizagem em forma de
condicionamento prévio ao nascimento. Pode-se ob­
APROVAÇÃO - A criança sente necessidade da aprova­
servar mudanças nas simples reações senso-motoras ção por parte dos pais, dos mais velhos, e até dos com­
panheiros. É necessário, entretanto, não desmensu­
poucos dias depois do nascimento. Chegou-se a re­
sultados satisfatórios, mediante experiências, nas rar-se em elogios por qualquer trabalho feito por ela,
e sim aprová-lo na justa medida. A desaprovação de­
quais empregaram-se grupos-contrôle, excluindo,
ve, também, ser feita numa medida controlada, e nun­
desta maneira, o fator crescimento e experiência co­
ca em excesso.
muns nãotpredeterminadas. Deve-se levar em conta
que a aprendizagem infantil é diferente da do adulto. APTIDAO - Pode definir-se a aptidão como a disposição
Desta análise da natureza da aprendizagem infantil, para triunfar em determinado campo de ação, ou co­
desprendem-se quatro condições, que têm de ser mo uma tendência especial, inclinação, idoneidade ou
atendidas na confecção de qualquer plano de apren­ capacidade e rapidez de compreensão, devida a uma
dizagem, e no prognóstico de sua efetividade. Estas particular organização nervosa ou muscular do indi­
conctições compreendem: víduo, que, no desempenho de certas atividades, colo­
ca-se assim numa posição superior ao têrmo médio.
1 ) O estado fisiológico do organismo no come­
.( ço do período de aprendizagem. Como se sabe, o
Psicologicamente, diferencia-se da inteligência geral,
que significa aptidão mental ou poder de raciocínio,
,•' organismo infantil fatiga-se muito mais depressa que enquanto aptidão aplica-se a atividades especiais, tais
o do adulto, e um organismo fatigado não responde como as mecânicas, industriais, artísticas, sociais, re­
da mesma forma que um descansado. ligiosas, etc.

2 ) As aptidões e capacidade do estudante ao Desde que entra na escola, a criança atravessa es­
aplicar-se ao programa. Um programa eficaz para tágios sucessivos, que oferecem a oportunidade de re­
certo nível de aptidão pode resultar inoperante para velar seus interêsses, capacidade, aptidões, assim como
outro nível superior ou inferior. � [,1 também suas aversões e inaptidões. Por meio de tes­
i tes bem aplicados, pode-se prognosticar as aptidões.
3 ) A mot�vação do organismo.. Existem pro­ Os testes de prognosticação são aquêles que de­
vas evidentes de que a motivação na atividade de nunciam as aptidões para campos especiais, antes que
- 56 -
- 57 -
ros anos, produz-se um desenvolvimento tão rápido, aprendizagem é um fator importantíssimo na deter­
que as notáveis mudanças na conduta devem-se par­ minação da efetividade de qualquer programa de es­
ticularmente ao crescimento orgânico. Daí, ser im­ tudo. A capacidade infantil de trabalho é também

11 1.1 portante distinguir, mediante os correspondentes


grupos de contrôle, entre as mudanças de conduta,
originadas pela interação do crescimento rápido e
um ponto importante em todo programa de estudo.
4 ) A natureza do programa é outro fator que
influe sôbre a eficácia da prática ou treinamento.
as condições da vida ordinária, e aquelas resultan­
tes da ação de uma aprendizagem específica. Assim Um dos problemas, que interessam ao educador,
mesmo, pode aclarar-se o conceito de "aprender", é a relação üa eficácia do programa de aprendizagem
confrontando com o de "esquecer". Em geral, em­ com as diferentes idades. A capacidade para apren­
prega-se o vocábulo aprender para designar as mu­ der parece aumentar durante os primeiros 20 anos de
danças adquiridas em virtude da atividade ao orga­ li vida, mantém-se em seu ponto culminante por uma
década ou mais, para começar logo a declinar lenta­
nismo, enquanto que o de "esquecer" refere-se àquelas
mudanças cuja persistência quebra-se depois de cer­ mente. Outro problema de interêsse para o educa­
to período de tempo. dor é a forma da curva com que se acusa a marcha
da aprendizagem. A forma convexa é considerada
Atualmente sabe-se ( o que já sabiam os esco­ ótima, tem um desenvolvimento inicial rápido, e logo
lásticos ), que o organismo humano está dotado da diminue gradualmente, ou do contrário, uma curva
capaciciade de aprender, desde o momento que nas­ em forma de S.
ce. Existem indícios de aprendizagem em forma de
condicionamento prévio ao nascimento. Pode-se ob­
APROVAÇÃO - A criança sente necessidade da aprova­
servar mudanças nas simples reações senso-motoras ção por parte dos pais, dos mais velhos, e até dos com­
panheiros. É necessário, entretanto, não desmensu­
poucos dias depois do nascimento. Chegou-se a re­
sultados satisfatórios, mediante experiências, nas rar-se em elogios por qualquer trabalho feito por ela,
e sim aprová-lo na justa medida. A desaprovação de­
quais empregaram-se grupos-contrôle, excluindo,
ve, também, ser feita numa medida controlada, e nun­
desta maneira, o fator crescimento e experiência co­
ca em excesso.
muns nãotpredeterminadas. Deve-se levar em conta
que a aprendizagem infantil é diferente da do adulto. APTIDAO - Pode definir-se a aptidão como a disposição
Desta análise da natureza da aprendizagem infantil, para triunfar em determinado campo de ação, ou co­
desprendem-se quatro condições, que têm de ser mo uma tendência especial, inclinação, idoneidade ou
atendidas na confecção de qualquer plano de apren­ capacidade e rapidez de compreensão, devida a uma
dizagem, e no prognóstico de sua efetividade. Estas particular organização nervosa ou muscular do indi­
conctições compreendem: víduo, que, no desempenho de certas atividades, colo­
ca-se assim numa posição superior ao têrmo médio.
1 ) O estado fisiológico do organismo no come­
.( ço do período de aprendizagem. Como se sabe, o
Psicologicamente, diferencia-se da inteligência geral,
que significa aptidão mental ou poder de raciocínio,
,•' organismo infantil fatiga-se muito mais depressa que enquanto aptidão aplica-se a atividades especiais, tais
o do adulto, e um organismo fatigado não responde como as mecânicas, industriais, artísticas, sociais, re­
da mesma forma que um descansado. ligiosas, etc.

2 ) As aptidões e capacidade do estudante ao Desde que entra na escola, a criança atravessa es­
aplicar-se ao programa. Um programa eficaz para tágios sucessivos, que oferecem a oportunidade de re­
certo nível de aptidão pode resultar inoperante para velar seus interêsses, capacidade, aptidões, assim como
outro nível superior ou inferior. � [,1 também suas aversões e inaptidões. Por meio de tes­
i tes bem aplicados, pode-se prognosticar as aptidões.
3 ) A mot�vação do organismo.. Existem pro­ Os testes de prognosticação são aquêles que de­
vas evidentes de que a motivação na atividade de nunciam as aptidões para campos especiais, antes que
- 56 -
- 57 -
a indivíduo haja tido oportunidade de estudar, de­ ARTE DE FALAR - Vide Oratória.
sempenhar ou realizar-se em algum dêstes. Os testes
ARTE" DE MEDITAR - Vide Meditação.
de aptidão especial são particularmente valiosos no
campo profissional. Mediante os mesmos, pode-se ARTE DE PENSAR - Vide Meditação e, sobretudo, Ló·
determinar quais os campos profissionais, onde terá gica e suas regras.
maior possibilidade de êxito, facilitando, assim, a es­
Além das regras, oferecidas no verbete Medita·
colha de profissão.
ção, podem-se tecerainda alguns comentários sôbre
ARCOS DENTAIS - Existe uma grande variedade de ar­ descuidada nos dias de hoje, que
a arte de pensar, tão
cos dentais, e alguns dêles são quase que invisíveis. são os seguintes:
Alguns servem para impedir que os dentes se unam,
Em vista de se terem descurado dos estudos ló­
enquanto outros servem para juntá-los. Alguns são
gicos, é comum verificar-se que poucas são as pes­
usados para corrigir e indireitar os dentes que cres­
soas que sabem realmente pensar com exação, tirar
cem tortos, para corrigir algum hábito prejudicial, co­
ilações seguras, concluir com coerência. A maioria
mo roçar os dentes com a língua, etc.
raciocina com os sentimentos, aceita ou rejeita pensa­
AREIA ( jogos na) - A criança gosta de brincar com a mentos sem ser capaz de um exame cuidadoso. Se­
areia e, portanto, deve-se proporcionar o que lhe é gue a linha opinativa, tem pontos de vista, faz afirma­
preciso, isto é: um pouco de areia e alguns instrumen­ ções que não resistem à análise, e cai, finalmente, em
tos, como pás, baldes, figuras para encher de areia, sofismas dos mais comuns e até de uma boçalidade
etc. Quando maior, os jogos na areia, à beira do mar, primaríssima. Não é de admirar que até sábios, fi­
são muito variados como competição entre dois gru­ lósofos que gozam de certo renome, caiam nesses des­
pos no puxar a corda. pautérios, e que muitas idéias inconsistentes se tor­
nem dominantes, não só em certos grupos humanos.
ARMAS ( jogos com ) - .f: muito comum na infância os mas até durante determinadas fases dos ciclos cultu­
brinquedos em que se usam armas de brinquedo, ou rais, perturbando o desenvolvimento . da própria hu­
se brinca de guerra. Muitos pms vêem nisto uma ma­ manidade, causando, afinal, o advento de brutalidades
nifestação agressiva da criança, mas se ela não o faz inomináveis e guerras das mais destrutivas. O domí­
em excesso, não há nenhum perigo. A criança imita nio do irracional sôbre o racional, que se acentua em
o que vê nas histórias, na televisão, nas páginas dos algumas épocas, não é de admirar, quando sabemos
livros, nos quais os heróis sempre usam armas de que a fase genuinamente racional do homem é recen­
fogo. te, enquanto predomina uma longa fase de primitivis­
mo e de irracionalidade. Por tôdas essas razões, e
ARRANHõES - ( Vide Cortes, feridas).
sobretudo considerando-se que o ser humano já pas­
ARRUMAÇÃO ( da casa ) - A criança não tem o sentido de sou a fase da animalidade, e embrenha-se, decidida­
arrumar as coisas, como nós, adultos, temos. Para mente, na fase humana, que é genuinamente racional,
chegar-se a um acôrdo e manter uma certa ordem na não se podem mais admitir tais retrocessos, essas re­
casa, é preciso seguir-se umas regras de sentido co­ gressões infantis tão comuns. Cabe à pedagogia mo­
mum, que facilitarão a ordem caseira. A criança pre­ derna uma finalidade: a de colocar o homem no cami­
cisa ter um lugar especial para guardar os seus brin­ nho da humanidade. Mas quando se fala em racio­
quedos e objetos de suas ocupações diárias. É absur­ nalidade, não queremos nos referir a um mecanicismo
do querer que uma criança pequena guarde sozinha racional, à transformação dos homens em robots ló­
os seus brinquedos; ela precisará de auxilio para tal. gicos num sentido vicioso. Não há necessidade de se­
O mais conveniente é fazer com que a hora de guar­ car a imaginação, desterrar a fantasia, para que o ho­
dar os brinquedos seja tão agradável como um brin­ mem se torne fortemente racional. Pode o ser huma­
quedo. Os pais devem, entretanto, lembrar-se sem­ no ser criador em suas ficções, mas é mister que, ao
pre que o melhor exemplo é o dado por êles próprios. lado de sua capacidade criadora, também penetre com

-· 58 - - 59 -
a indivíduo haja tido oportunidade de estudar, de­ ARTE DE FALAR - Vide Oratória.
sempenhar ou realizar-se em algum dêstes. Os testes
ARTE" DE MEDITAR - Vide Meditação.
de aptidão especial são particularmente valiosos no
campo profissional. Mediante os mesmos, pode-se ARTE DE PENSAR - Vide Meditação e, sobretudo, Ló·
determinar quais os campos profissionais, onde terá gica e suas regras.
maior possibilidade de êxito, facilitando, assim, a es­
Além das regras, oferecidas no verbete Medita·
colha de profissão.
ção, podem-se tecerainda alguns comentários sôbre
ARCOS DENTAIS - Existe uma grande variedade de ar­ descuidada nos dias de hoje, que
a arte de pensar, tão
cos dentais, e alguns dêles são quase que invisíveis. são os seguintes:
Alguns servem para impedir que os dentes se unam,
Em vista de se terem descurado dos estudos ló­
enquanto outros servem para juntá-los. Alguns são
gicos, é comum verificar-se que poucas são as pes­
usados para corrigir e indireitar os dentes que cres­
soas que sabem realmente pensar com exação, tirar
cem tortos, para corrigir algum hábito prejudicial, co­
ilações seguras, concluir com coerência. A maioria
mo roçar os dentes com a língua, etc.
raciocina com os sentimentos, aceita ou rejeita pensa­
AREIA ( jogos na) - A criança gosta de brincar com a mentos sem ser capaz de um exame cuidadoso. Se­
areia e, portanto, deve-se proporcionar o que lhe é gue a linha opinativa, tem pontos de vista, faz afirma­
preciso, isto é: um pouco de areia e alguns instrumen­ ções que não resistem à análise, e cai, finalmente, em
tos, como pás, baldes, figuras para encher de areia, sofismas dos mais comuns e até de uma boçalidade
etc. Quando maior, os jogos na areia, à beira do mar, primaríssima. Não é de admirar que até sábios, fi­
são muito variados como competição entre dois gru­ lósofos que gozam de certo renome, caiam nesses des­
pos no puxar a corda. pautérios, e que muitas idéias inconsistentes se tor­
nem dominantes, não só em certos grupos humanos.
ARMAS ( jogos com ) - .f: muito comum na infância os mas até durante determinadas fases dos ciclos cultu­
brinquedos em que se usam armas de brinquedo, ou rais, perturbando o desenvolvimento . da própria hu­
se brinca de guerra. Muitos pms vêem nisto uma ma­ manidade, causando, afinal, o advento de brutalidades
nifestação agressiva da criança, mas se ela não o faz inomináveis e guerras das mais destrutivas. O domí­
em excesso, não há nenhum perigo. A criança imita nio do irracional sôbre o racional, que se acentua em
o que vê nas histórias, na televisão, nas páginas dos algumas épocas, não é de admirar, quando sabemos
livros, nos quais os heróis sempre usam armas de que a fase genuinamente racional do homem é recen­
fogo. te, enquanto predomina uma longa fase de primitivis­
mo e de irracionalidade. Por tôdas essas razões, e
ARRANHõES - ( Vide Cortes, feridas).
sobretudo considerando-se que o ser humano já pas­
ARRUMAÇÃO ( da casa ) - A criança não tem o sentido de sou a fase da animalidade, e embrenha-se, decidida­
arrumar as coisas, como nós, adultos, temos. Para mente, na fase humana, que é genuinamente racional,
chegar-se a um acôrdo e manter uma certa ordem na não se podem mais admitir tais retrocessos, essas re­
casa, é preciso seguir-se umas regras de sentido co­ gressões infantis tão comuns. Cabe à pedagogia mo­
mum, que facilitarão a ordem caseira. A criança pre­ derna uma finalidade: a de colocar o homem no cami­
cisa ter um lugar especial para guardar os seus brin­ nho da humanidade. Mas quando se fala em racio­
quedos e objetos de suas ocupações diárias. É absur­ nalidade, não queremos nos referir a um mecanicismo
do querer que uma criança pequena guarde sozinha racional, à transformação dos homens em robots ló­
os seus brinquedos; ela precisará de auxilio para tal. gicos num sentido vicioso. Não há necessidade de se­
O mais conveniente é fazer com que a hora de guar­ car a imaginação, desterrar a fantasia, para que o ho­
dar os brinquedos seja tão agradável como um brin­ mem se torne fortemente racional. Pode o ser huma­
quedo. Os pais devem, entretanto, lembrar-se sem­ no ser criador em suas ficções, mas é mister que, ao
pre que o melhor exemplo é o dado por êles próprios. lado de sua capacidade criadora, também penetre com

-· 58 - - 59 -
segurança no campo racional, e neste conheça um de­ poderá ser efetivamente determinado em estágios pos­
senvolvimento imprescindível para o seu progresso. teriores, como na adolescência, mas de forma nenhu­
Nada mais importante para bem pensar que o es. ma na primeira infância.
tudo da Lógica. E isso se explica porque, na verdade, As crianças chamadas "talentos" diferem das de­
quando racionalmente opera a nossa mente, pensamos mais somente no fato de necessitarem maior atividade
com conceitos, com esquemas eidético-noéticos. Ora, artística ou projetos mais complexos para satisfazer o
a Lógica é a ciência dos conceitos, que examina seus seu interêsse, e em que se expressam com maior faci­
significados e aplicações, bem como a coerência que lidade.
se impõe entre os diversos logoi (plural de logos ) ; ou
A criança encontra nos pais os primeiros mestres
seja, entre a acepção dos têrmos em sua intenciona­ a €nsinar-lhes a desenvolver o seu potencial artísti·
lidade. O rigor do raciocínio é imprescindível. Em co. Quanto à idade para começar as primeiras tenta·
grande parte, tal não se obteve no ensino, porque, tivas artísticas é muito variáveL Alguns pedagogos
· por um defeito didáctico, tornaram-se matérias, co­ afirmam que desde o momento em que a criança sai­
mo a matemática e a lógica, tão estéreis, que elas só
ba manejar um lápis ou pincel, começa a sua ativida­
interessam àqueles que já revelam uma predisposi­ de artística. Em geral, com três anos, a criança já
ção natural para as mesmas. Contudo, um são di­ usa com faciiidade o lápis e o pincel, sendo êste úl­
dactismo permitiria que se tornasse a Lógica agra­ timo o mais aconselhável, pois proporciona maior li­
dável, bem como a matemática. Uma das principais berdade de movimento, não oferecendo nenhuma re­
missões do pedagogo consiste em saber aliar a agra­ sistência, como acontece com o lápis.
dabilidade à matéria que ensina, já que é da natureza
humana preferir o agradável, e preterir o desagradá­ O papel e o pincel ci:evem ser de tamanho grande,
vel. Partindo-se, por exemplo, do exame de certos porque assim a criança de pouca idade trabalha com
. pensamentos, raciocínios, silogismos, mostrando-se movimentos amplos, e pode mover os seus músculos
seus erros, é possível impulsionar os alunos ao estu­ com liberdade.
do da Lógica, e daí à Matemática. A criança de três ou quatro anos concebe as suas
idéias como manchas de côres ou como massas que se
O pedagogo deve despertar na criança forte inte­
ext€ndem. Atingirá, depois, a fase em que pint�á
rêsse por tais estudos imprescindíveis para a huma­
objetos que podem ser reconhecidos.
nidade que surge, que terá de ser extremamente téc­
nica e de sábios, porque será o sábio o aristocrata de A modelagem também é uma forma de expressar­
amanhã e, ademais, tendo sido o homem desafiado -se o espírito criador infantiL Os primeiros experi·
pela ciência, que criou, não poderá mais voltar ao ir­ mentos será�, naturalmente, informes, passando, pro­
racionalismo, mas, sim, penetrar, com passo seguro, gressivamente, à representação de objetos e animais
na nova senda que se abre para êle, que é o caminho mais conhecidos.
do saber culto, da ciência, no sentido puro e genuíno.
As "construções" são um meio de expressão ar­
ARTE E AS CRIANÇAS - A expressão criadora é, antes tística ou criadora. Duas formas principais se adap­
de tudo, um dos meios de desenvolvimento da persa- tam à mentalidade infantiL São: colar pedaços de
. nalidade. Não deve ser considerada como uma ati­ material numa superfície plana; massa de barro, na
vidade especializada, destinada somente a certas cri­ qual se colocam palitos ou palitos de fósforos, ou
anças que demonstram algum talento, como é consi­ qualquer outra coisa, que sobressaia, dando uma de-
·

derado pela maioria dos pais e adultos, e, sim, uma terminada forma.
ocupação para tôdas, seja qual fôr a idade. Os peda­ A ·criança passa por uma série de fases éi<:! �'Jrmi­
gogos e educadores não estão de acôrdo sôbre a ques­ nadas. As primeiras realizações são abstratas; quer
tão se é possível a determinação segura se uma crian­ dizer, linhas e côres, cujo significado não é aparente.
ça tem talento ou não. Alguns afirmam que êste só Atingidos os quatro anos, começa por organizar as
- 60 -
- 61 -
segurança no campo racional, e neste conheça um de­ poderá ser efetivamente determinado em estágios pos­
senvolvimento imprescindível para o seu progresso. teriores, como na adolescência, mas de forma nenhu­
Nada mais importante para bem pensar que o es. ma na primeira infância.
tudo da Lógica. E isso se explica porque, na verdade, As crianças chamadas "talentos" diferem das de­
quando racionalmente opera a nossa mente, pensamos mais somente no fato de necessitarem maior atividade
com conceitos, com esquemas eidético-noéticos. Ora, artística ou projetos mais complexos para satisfazer o
a Lógica é a ciência dos conceitos, que examina seus seu interêsse, e em que se expressam com maior faci­
significados e aplicações, bem como a coerência que lidade.
se impõe entre os diversos logoi (plural de logos ) ; ou
A criança encontra nos pais os primeiros mestres
seja, entre a acepção dos têrmos em sua intenciona­ a €nsinar-lhes a desenvolver o seu potencial artísti·
lidade. O rigor do raciocínio é imprescindível. Em co. Quanto à idade para começar as primeiras tenta·
grande parte, tal não se obteve no ensino, porque, tivas artísticas é muito variáveL Alguns pedagogos
· por um defeito didáctico, tornaram-se matérias, co­ afirmam que desde o momento em que a criança sai­
mo a matemática e a lógica, tão estéreis, que elas só
ba manejar um lápis ou pincel, começa a sua ativida­
interessam àqueles que já revelam uma predisposi­ de artística. Em geral, com três anos, a criança já
ção natural para as mesmas. Contudo, um são di­ usa com faciiidade o lápis e o pincel, sendo êste úl­
dactismo permitiria que se tornasse a Lógica agra­ timo o mais aconselhável, pois proporciona maior li­
dável, bem como a matemática. Uma das principais berdade de movimento, não oferecendo nenhuma re­
missões do pedagogo consiste em saber aliar a agra­ sistência, como acontece com o lápis.
dabilidade à matéria que ensina, já que é da natureza
humana preferir o agradável, e preterir o desagradá­ O papel e o pincel ci:evem ser de tamanho grande,
vel. Partindo-se, por exemplo, do exame de certos porque assim a criança de pouca idade trabalha com
. pensamentos, raciocínios, silogismos, mostrando-se movimentos amplos, e pode mover os seus músculos
seus erros, é possível impulsionar os alunos ao estu­ com liberdade.
do da Lógica, e daí à Matemática. A criança de três ou quatro anos concebe as suas
idéias como manchas de côres ou como massas que se
O pedagogo deve despertar na criança forte inte­
ext€ndem. Atingirá, depois, a fase em que pint�á
rêsse por tais estudos imprescindíveis para a huma­
objetos que podem ser reconhecidos.
nidade que surge, que terá de ser extremamente téc­
nica e de sábios, porque será o sábio o aristocrata de A modelagem também é uma forma de expressar­
amanhã e, ademais, tendo sido o homem desafiado -se o espírito criador infantiL Os primeiros experi·
pela ciência, que criou, não poderá mais voltar ao ir­ mentos será�, naturalmente, informes, passando, pro­
racionalismo, mas, sim, penetrar, com passo seguro, gressivamente, à representação de objetos e animais
na nova senda que se abre para êle, que é o caminho mais conhecidos.
do saber culto, da ciência, no sentido puro e genuíno.
As "construções" são um meio de expressão ar­
ARTE E AS CRIANÇAS - A expressão criadora é, antes tística ou criadora. Duas formas principais se adap­
de tudo, um dos meios de desenvolvimento da persa- tam à mentalidade infantiL São: colar pedaços de
. nalidade. Não deve ser considerada como uma ati­ material numa superfície plana; massa de barro, na
vidade especializada, destinada somente a certas cri­ qual se colocam palitos ou palitos de fósforos, ou
anças que demonstram algum talento, como é consi­ qualquer outra coisa, que sobressaia, dando uma de-
·

derado pela maioria dos pais e adultos, e, sim, uma terminada forma.
ocupação para tôdas, seja qual fôr a idade. Os peda­ A ·criança passa por uma série de fases éi<:! �'Jrmi­
gogos e educadores não estão de acôrdo sôbre a ques­ nadas. As primeiras realizações são abstratas; quer
tão se é possível a determinação segura se uma crian­ dizer, linhas e côres, cujo significado não é aparente.
ça tem talento ou não. Alguns afirmam que êste só Atingidos os quatro anos, começa por organizar as
- 60 -
- 61 -
massas de cõr, segundo as mais diversas combinações,
li os seus livros e cadernos é o mais indicado. Os ma­
e os desenhos já começam a ter uma forma definida; teriais preferidos são o guache ou aquarela. Seis cô­
isto é, compreensível ao adulto, que vê o esbôço de res são suficientes, e três ou quatro pincéis de tama­
um objeto da realidade. Começa nesta idade a orga­ nhos variados e umas fôlhas de papel servem para o
nização de diversos elementos no espaço. Desta fa­ seu uso. Os lápis de cõr são aconselháveis somente
se, passa à fase simbólica, na qual os símbolos são as quando a criança se encontra em idade escolar e pre­
'
formas por ela inventadas, que servem para represen­ cisa dêles para fazer seus trabalhos escolares.
tar coisas ou pessoas. Assim, é comum ouvir-se uma São os pais os mais indicados em ajudar o desen­
criança dizer, ante qualquer esboço ou rascunho, ser volvimento artístico dos filhos, e devem ter sempre
um cavalo ou uma pessoa ali desenhada. Depois da em mente algumas normas, que damos abaixo:
idade de seis anos, começará a interpretar idéias sô­
bre a sua vida quotidiana, sua família, seus brinque­ 1 ) Ajude a criança a desenvolver o seu gôsto ar­
dos, etc. tístico desà'e a infância, proporcionando-lhe, para tan­
to, material e ambiente favorável.
Com oito ou dez anos, começará a dar às coisas
as suas verdadeiras proporções; quer dizer, toma-se 2 ) Não imponha suas idéias de adulto à criança.
realista, e procura saber como se desenha um cava­ Ajude-a somente quando ela pede.
lo ou um homem sentado, etc. Aqui é o momento
realmente indicado para ensinar-se como é preciso fa­ 3 ) Não lhe dê trabalhos já feitos ( muito em vo­
zer para conseguir o que deseja representar. ga no comércio ), para que preencha com côr ou copie
de livros.
Entretanto, não é de forma alguma indicado en­
sinar-lhes em demasia leis de perspectiva, anatomia, 4 ) Não exiba suas obras como "obras de arte",
colorido, etc., pois muitas crianças, encontrando difi­ li produzidas por um "talento", e, sim, como algo na­
culdade na técnica, cansam-se e abandonam os seus tural, que a criança realiza por necessidade de ex­
experimentos artísticos. A técnica deve ser dada só na pressão.
5 ) Não é conveniente a comparação com os tra­
medida das necessidades demonstradas pela criança,
e que nunca se torne mais importante que o individua­
balhos à'e outras crianças ou irmãos e, só em raras
lismo do _pequeno artista.
ocasiões, usando tal comparação apenas como incen­
A influência do meio ambiente sôbre o desenvol­ tivo. ( Vide Artística, apreciação ).
vimento artístico da criança é de grande importância.
Tudo quanto cerca a criança, na sua primeira infân­ ARTES MANUAIS - (Vide Arte e as Crianças e Artística,
li
cia, influirá na sua formação, e, principalmente, no apreciação ) .
seu gôsto artístico. Assim, tanto a disposição dos ob­
jetos, como mobília, quadros, cortinas, do lar, e a I.r ARTICULAÇõES ( dôr nas) - (Vide Crescimento e febre
reumática ).
qualidade e formato dos brinquedos e jogos, é de gran­
à'e importância. O brinquedo, além de ter como fi­
' ARTíSTICA, APRECIAÇAO - A apreciação artística pode
nalidade, entretê-la, pode, também, ser um meio eficaz ser definida como o gôzo dos objetos de arte, incluin­
de começar a educar o seu sentido artístico. É de do, de certa forma, a sensibilidade para os valôres es­
grande importância escolherem-se brinquedos de colo­ téticos, como, também, a discriminação de suas diver­
rido agradável e harmônico, como também livros com sas qualidades.
gravuras de arte e boas ilustrações.
O conceito infantil de belo modifica-se conforme
A criança necessita ter um local onde possa tra­ a idade.
balhar cômodamente. O mais aconselhado é, quan­
do se dispõe de espaço, ter um quarto reservado só a ) A criança pequena aprecia unidades reduzi­
para brinquedos e estudos. Uma mesa de baixa al­ das e simples. A medida que crescem estas unidades'
tura, onde ela se sente cômodamente e tenha à mão tornam-se mais complexas e extensas.

- 63 -

lt
- 62 -

l1 ��--------------------------------�--��--------------------- - -
massas de cõr, segundo as mais diversas combinações,
li os seus livros e cadernos é o mais indicado. Os ma­
e os desenhos já começam a ter uma forma definida; teriais preferidos são o guache ou aquarela. Seis cô­
isto é, compreensível ao adulto, que vê o esbôço de res são suficientes, e três ou quatro pincéis de tama­
um objeto da realidade. Começa nesta idade a orga­ nhos variados e umas fôlhas de papel servem para o
nização de diversos elementos no espaço. Desta fa­ seu uso. Os lápis de cõr são aconselháveis somente
se, passa à fase simbólica, na qual os símbolos são as quando a criança se encontra em idade escolar e pre­
'
formas por ela inventadas, que servem para represen­ cisa dêles para fazer seus trabalhos escolares.
tar coisas ou pessoas. Assim, é comum ouvir-se uma São os pais os mais indicados em ajudar o desen­
criança dizer, ante qualquer esboço ou rascunho, ser volvimento artístico dos filhos, e devem ter sempre
um cavalo ou uma pessoa ali desenhada. Depois da em mente algumas normas, que damos abaixo:
idade de seis anos, começará a interpretar idéias sô­
bre a sua vida quotidiana, sua família, seus brinque­ 1 ) Ajude a criança a desenvolver o seu gôsto ar­
dos, etc. tístico desà'e a infância, proporcionando-lhe, para tan­
to, material e ambiente favorável.
Com oito ou dez anos, começará a dar às coisas
as suas verdadeiras proporções; quer dizer, toma-se 2 ) Não imponha suas idéias de adulto à criança.
realista, e procura saber como se desenha um cava­ Ajude-a somente quando ela pede.
lo ou um homem sentado, etc. Aqui é o momento
realmente indicado para ensinar-se como é preciso fa­ 3 ) Não lhe dê trabalhos já feitos ( muito em vo­
zer para conseguir o que deseja representar. ga no comércio ), para que preencha com côr ou copie
de livros.
Entretanto, não é de forma alguma indicado en­
sinar-lhes em demasia leis de perspectiva, anatomia, 4 ) Não exiba suas obras como "obras de arte",
colorido, etc., pois muitas crianças, encontrando difi­ li produzidas por um "talento", e, sim, como algo na­
culdade na técnica, cansam-se e abandonam os seus tural, que a criança realiza por necessidade de ex­
experimentos artísticos. A técnica deve ser dada só na pressão.
5 ) Não é conveniente a comparação com os tra­
medida das necessidades demonstradas pela criança,
e que nunca se torne mais importante que o individua­
balhos à'e outras crianças ou irmãos e, só em raras
lismo do _pequeno artista.
ocasiões, usando tal comparação apenas como incen­
A influência do meio ambiente sôbre o desenvol­ tivo. ( Vide Artística, apreciação ).
vimento artístico da criança é de grande importância.
Tudo quanto cerca a criança, na sua primeira infân­ ARTES MANUAIS - (Vide Arte e as Crianças e Artística,
li
cia, influirá na sua formação, e, principalmente, no apreciação ) .
seu gôsto artístico. Assim, tanto a disposição dos ob­
jetos, como mobília, quadros, cortinas, do lar, e a I.r ARTICULAÇõES ( dôr nas) - (Vide Crescimento e febre
reumática ).
qualidade e formato dos brinquedos e jogos, é de gran­
à'e importância. O brinquedo, além de ter como fi­
' ARTíSTICA, APRECIAÇAO - A apreciação artística pode
nalidade, entretê-la, pode, também, ser um meio eficaz ser definida como o gôzo dos objetos de arte, incluin­
de começar a educar o seu sentido artístico. É de do, de certa forma, a sensibilidade para os valôres es­
grande importância escolherem-se brinquedos de colo­ téticos, como, também, a discriminação de suas diver­
rido agradável e harmônico, como também livros com sas qualidades.
gravuras de arte e boas ilustrações.
O conceito infantil de belo modifica-se conforme
A criança necessita ter um local onde possa tra­ a idade.
balhar cômodamente. O mais aconselhado é, quan­
do se dispõe de espaço, ter um quarto reservado só a ) A criança pequena aprecia unidades reduzi­
para brinquedos e estudos. Uma mesa de baixa al­ das e simples. A medida que crescem estas unidades'
tura, onde ela se sente cômodamente e tenha à mão tornam-se mais complexas e extensas.

- 63 -

lt
- 62 -

l1 ��--------------------------------�--��--------------------- - -
b ) A criança pequena não separa as suas pró­
prias atividades da apreciação estética dos objetos ou
de seu contôrno.

c ) A criança maior projeta seu estado emocional


sôbre o objeto artístico, ou sôbre a natureza. Sem
sabê-lo, vê, no objeto de arte, o reflexo ou a repre­
sentação de sua própria atividade.

d) A criança pequena mede o valor estéticc de


um objeto de arte pela sua moralidade. Ser belo e
ser bom é a mesma coisa.

É muito difícil aplicar uma filosofia da beleza na


apreciação artística infantil, devido ao conceito variar
de indivíduo para mdivíduo, e, por esta razãc, não
ser possível determinar-se com exatidão.

A apreciação artística infantil está intimamente


relacionada com o interêsse geral particular de cada
idade. A apreciação da pantomima, música ou poe­
sia, precede aos objetos de arte visual. Dos dados
experimentais, acêrca da aprecíaçãc pictórica, despre­
endem-se os seguintes fatos:

1 ) A preferência pictórica varia segundo a idade


e o sexo.

2 ) As crianças interessam-se pelo conteúdo dos


quadros, onde os objetos contam uma história. In­
teressam-se mais pelo carácter e moralidade das pes­
soas ou situações representadas.

3 ) O interêsse pela côr, segue-se em crctem de


importância ao interêsse pelo conteúdo, e serve para
intensificá-lo. As crianças pequenas e as maiores in­
terpretam emocionalmente a mesma côr de modo di­
ferente. No uso das côres, os pequenos preferem as
côres briihantes, enquanto os maiores esc8lhem e pre­
ferem a mcnocromia.

4 ) As crianças pequmas permanecem indiferen­


tes à técnica ou destreza, mas as maiores prestam
atenção a êstes aspectos, principalmente se são seme­
lhantes aos que êles empregam.

5 ) As crianças apreciam a realidade e a clarida­


quadro; preferem o naturalismo e o realismo.
Piltígoras o j!,tande pedaj!,Of!.O, que disse para sempre: ''Educai os
de num
-

- 64 - homens e fechareis os fárceres".


b ) A criança pequena não separa as suas pró­
prias atividades da apreciação estética dos objetos ou
de seu contôrno.

c ) A criança maior projeta seu estado emocional


sôbre o objeto artístico, ou sôbre a natureza. Sem
sabê-lo, vê, no objeto de arte, o reflexo ou a repre­
sentação de sua própria atividade.

d) A criança pequena mede o valor estéticc de


um objeto de arte pela sua moralidade. Ser belo e
ser bom é a mesma coisa.

É muito difícil aplicar uma filosofia da beleza na


apreciação artística infantil, devido ao conceito variar
de indivíduo para mdivíduo, e, por esta razãc, não
ser possível determinar-se com exatidão.

A apreciação artística infantil está intimamente


relacionada com o interêsse geral particular de cada
idade. A apreciação da pantomima, música ou poe­
sia, precede aos objetos de arte visual. Dos dados
experimentais, acêrca da aprecíaçãc pictórica, despre­
endem-se os seguintes fatos:

1 ) A preferência pictórica varia segundo a idade


e o sexo.

2 ) As crianças interessam-se pelo conteúdo dos


quadros, onde os objetos contam uma história. In­
teressam-se mais pelo carácter e moralidade das pes­
soas ou situações representadas.

3 ) O interêsse pela côr, segue-se em crctem de


importância ao interêsse pelo conteúdo, e serve para
intensificá-lo. As crianças pequenas e as maiores in­
terpretam emocionalmente a mesma côr de modo di­
ferente. No uso das côres, os pequenos preferem as
côres briihantes, enquanto os maiores esc8lhem e pre­
ferem a mcnocromia.

4 ) As crianças pequmas permanecem indiferen­


tes à técnica ou destreza, mas as maiores prestam
atenção a êstes aspectos, principalmente se são seme­
lhantes aos que êles empregam.

5 ) As crianças apreciam a realidade e a clarida­


quadro; preferem o naturalismo e o realismo.
Piltígoras o j!,tande pedaj!,Of!.O, que disse para sempre: ''Educai os
de num
-

- 64 - homens e fechareis os fárceres".


6 ) As crianças, particularmente dotadas para as
artes visuais, diferem de certo modo das crianças co­
muns. Ainda que suas preferências sejam influen­
ciadas pelo conteúdo, e êste seja determinado pelo in­
terêsse geral, de acôrdo com a idade, demonstram um
interêsse pelo desenho e pela técnica, que não existe
na generalidade. Seu grau de interêsse pelos objetos
artísticos supera, de forma notável, ao da criança co­
mum.

As crianças não reagem diretamente às qualida­


des estéticas das obras de arte. A reação primária da
criança indica que o quadro não é interpretado como
um objeto, mas, sim, como uma situação realmente
existente, comparável aos acontecimentos que se con­
templam através de uma janela. A reação estética é,
portanto, indireta e, em geral, inconsciente, enquanto
a reação para os aspectos não artísticos é direta. Is-.
to não prova uma deficiência no sentimento estético .
Indiretamente, há indícios de reação estética, j á que
a sugestão de um objeto aumenta e exerce uma im­
pressão mais duradoura, quando aquêle está repre­
sentado numa forma artística.

A missão do mestre é educar a apreciação artís­


tirn, despertando o interêsse da criança.

ASCE N J ) J� N <.: IA·SUlllUISSAO Diz-se que é ascendente,


nn psicologia moderna, referindo-se ao indivíduo,
aquêle que atua., regulando-se pelos próprios desejos
e apetências, colocando-se, portanto, numa posição
vantajosa, em alguns casos até de autonomia, em face
do meio circunstancial ambiente. Por outro lado, diz­
-se submissão a posição contrária, a ausência de as­
cendência. Alguns psicólogos e pedagogos modernos
dedicaram-se ao estudo da polaridade ascendência­
-submissão, nos diversos estágios da formação e do
processo psicológico do indivíduo humano. Assim é
fácil verificar-se que o aumento da a-:�toconfiança re­
força um aumento de ascendência, com a concomi­
tante diminuição de submissão. Contudo, como em
tudo quanto se refere à natureza humana, verificou-se
que os excessos são prejudiciais, pois indivíduos, ex­
cessivamente ascendentes, não obtêm os progressos
intelectuais que se verificam nos moder�damente as­
cendentes, pois aquêle excesso tem levado a uma auto­
!!,l'ef!.a para os
Sócrates - Aquêle que soube Bl'f(Uer a j11vent11de -suficiência descontrolada, que é fonte de erros graves
f!.1'andes temas do pemamenlo hummw. e prejudiciais. Como são situações habituais ( vide

- 65 -
6 ) As crianças, particularmente dotadas para as
artes visuais, diferem de certo modo das crianças co­
muns. Ainda que suas preferências sejam influen­
ciadas pelo conteúdo, e êste seja determinado pelo in­
terêsse geral, de acôrdo com a idade, demonstram um
interêsse pelo desenho e pela técnica, que não existe
na generalidade. Seu grau de interêsse pelos objetos
artísticos supera, de forma notável, ao da criança co­
mum.

As crianças não reagem diretamente às qualida­


des estéticas das obras de arte. A reação primária da
criança indica que o quadro não é interpretado como
um objeto, mas, sim, como uma situação realmente
existente, comparável aos acontecimentos que se con­
templam através de uma janela. A reação estética é,
portanto, indireta e, em geral, inconsciente, enquanto
a reação para os aspectos não artísticos é direta. Is-.
to não prova uma deficiência no sentimento estético .
Indiretamente, há indícios de reação estética, j á que
a sugestão de um objeto aumenta e exerce uma im­
pressão mais duradoura, quando aquêle está repre­
sentado numa forma artística.

A missão do mestre é educar a apreciação artís­


tirn, despertando o interêsse da criança.

ASCE N J ) J� N <.: IA·SUlllUISSAO Diz-se que é ascendente,


nn psicologia moderna, referindo-se ao indivíduo,
aquêle que atua., regulando-se pelos próprios desejos
e apetências, colocando-se, portanto, numa posição
vantajosa, em alguns casos até de autonomia, em face
do meio circunstancial ambiente. Por outro lado, diz­
-se submissão a posição contrária, a ausência de as­
cendência. Alguns psicólogos e pedagogos modernos
dedicaram-se ao estudo da polaridade ascendência­
-submissão, nos diversos estágios da formação e do
processo psicológico do indivíduo humano. Assim é
fácil verificar-se que o aumento da a-:�toconfiança re­
força um aumento de ascendência, com a concomi­
tante diminuição de submissão. Contudo, como em
tudo quanto se refere à natureza humana, verificou-se
que os excessos são prejudiciais, pois indivíduos, ex­
cessivamente ascendentes, não obtêm os progressos
intelectuais que se verificam nos moder�damente as­
cendentes, pois aquêle excesso tem levado a uma auto­
!!,l'ef!.a para os
Sócrates - Aquêle que soube Bl'f(Uer a j11vent11de -suficiência descontrolada, que é fonte de erros graves
f!.1'andes temas do pemamenlo hummw. e prejudiciais. Como são situações habituais ( vide

- 65 -
hábito ), o aumento da ascendência e a diminuição da ASSIMBOLIA - Incapacidade para compreender ou usar
submissão podem ser obtidas através de um treina­ a linguagem, ou seja a comunicação simbólica, por
mento; são, pois, adquirível uma e desleixável outra. perturbação cerebral.

Certas observações cuidadosas trouxeram o apar­ ASSIMILAÇÃO - a ) Ação pela qual se passa uma coisa
tamento de resultados valiosos, tais como: observou­ do diferente ao semelhante, tornando uma ou mais
-se que nos indivíduos infantis, em que se manifesta coisas semelhantes; o têrmo oposto é a diferenciação.
um aumento da ascendência, há a tendência em que­ ·Êste sentido geral encontra, nos diferentes sectores
rer fazer desistir, por parte dos outros, das mesmas da realidade, uma aplicação mais especifica.
ascendências determinadas pelo primeiro. Por outro
b ) Na Pedagogia, significa o processo ( análogo
lado, o impulso à ascendência leva o indivíduo a fazer
ao observado na Fisiologia quanto à assimilação ali­
atuá-la no grupo de que faz parte, e quando não pode
mentar) , de digerir e incorporar, íntima e orgânica­
impô-la, com êste se conflitua ou recua, na expectati­
mente, o material apreendido. Neste sentido, opõe­
va de outras oportunidades, ou, na impossibilidade
-se à invenção, que parte de um material já prévia­
de impô-la, o afastamento e a busca de outro grupo, mente assimilado, como também à memória pura,
onde possa exercê-la. E fácil compreender-se que há que simplesmente aceita material de fora, sem ( teori­
uma ascendência normal, que pode perfeitamente equi­ camente) assimilá-lo ( Vide Introdução ) .
librar-se com o grupo, sem gerar conflitos emocio­
nais. Essa ascendência deve e pode ser estimulada. ASSINERGIA - Na Psic., incapacidade de executar atos
O uso de marionetes, que se encontram em situação motores complexos, que exigem a cooperação harmô­
de exercer ascendência, buscando fazê-la, permite dar nica de músculos isolados.
representações nítidas aos olhos da criança, para mos­
ASSIST:íl:NCIA SO� IAL - Diz-se de tôda atividade e or·
trar-lhe como poderia proceder em tais situações.
ganização, quer de origem privada ou estatal, que mi­
Também o uso de histórias infantis, em que se mos­
ntstrn atenções, cuidados, previdência e auxílios de
trem situações que podem exigir da criança uma atua­ curáctor social aos indivíduos necessitados ou dêles
ção de ascendência, com explicações singelas por par­ cnront<:, prestando-lhes êsses serviços e bens, com fun­
te de pais e mestres, é também um método, que_!_em damento na solidariedade humana e no íntuito de pro·
sido usado com relativo bom êxito. Tais meios ser­ ver ao ser humano sempre tudo quanto é conside·
vem também para diminuir a submissão, e mostrar o rado do dever da sociedade humana em conceder ao
prejuízo da excessiva ascendência. membro da sociedade. É grande a variabilidade de
sistemas e meios empregados com essa finalidade,
ASFIXIA - Vide Puericultura, 6.0 cap., § 1 .0• mas tôd'as tomam o nome genérico de assistência so­
cial.
ASMA - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 5.
ASSISTENTE SOCIAL - Chama-se ao profissional em-.
ASSENTIMENTO - Ato pelo qual o espírito reconhece pregado em muitos dos centros dedicados ao serviço
por verdadeiro ou uma proposição, ou o estado que de assistência social.
resulta dêsse ato. um assentimento pode efetuar-se
por meras opiniões, ou por proposições com carácter ASSOCIAÇÃO - Na Psicologia, chama-se associação a
de certeza. Assentir não é raciocinar sôbre certos relação, que subsiste entre as disposições mentais cor­
fatos, mas a aceitação global posterior de raciocínios, respondentes a dois ou mais conteúdos da consciên·
que se apresentam ao espírito como um todo, quer cia, e que se manifestam no aparecimento simultâ­
de origem alheia, quer de elaboração própria. Há neo ou sucessivo daqueles conteúdos no campo da
quem queira atribuir ao "assentimento" um carácter consciência, sem a intervenção da vontade ou mesmo
de espontaneidade, que o contrasta com o "consenti­ contra ela. Êste fenômeno chama-se em geral "as­
mento", que seria voluntário e reflexivo. sociação de idéias", não obstante o têrmo idéia sig-
- 66 - - 67 -
hábito ), o aumento da ascendência e a diminuição da ASSIMBOLIA - Incapacidade para compreender ou usar
submissão podem ser obtidas através de um treina­ a linguagem, ou seja a comunicação simbólica, por
mento; são, pois, adquirível uma e desleixável outra. perturbação cerebral.

Certas observações cuidadosas trouxeram o apar­ ASSIMILAÇÃO - a ) Ação pela qual se passa uma coisa
tamento de resultados valiosos, tais como: observou­ do diferente ao semelhante, tornando uma ou mais
-se que nos indivíduos infantis, em que se manifesta coisas semelhantes; o têrmo oposto é a diferenciação.
um aumento da ascendência, há a tendência em que­ ·Êste sentido geral encontra, nos diferentes sectores
rer fazer desistir, por parte dos outros, das mesmas da realidade, uma aplicação mais especifica.
ascendências determinadas pelo primeiro. Por outro
b ) Na Pedagogia, significa o processo ( análogo
lado, o impulso à ascendência leva o indivíduo a fazer
ao observado na Fisiologia quanto à assimilação ali­
atuá-la no grupo de que faz parte, e quando não pode
mentar) , de digerir e incorporar, íntima e orgânica­
impô-la, com êste se conflitua ou recua, na expectati­
mente, o material apreendido. Neste sentido, opõe­
va de outras oportunidades, ou, na impossibilidade
-se à invenção, que parte de um material já prévia­
de impô-la, o afastamento e a busca de outro grupo, mente assimilado, como também à memória pura,
onde possa exercê-la. E fácil compreender-se que há que simplesmente aceita material de fora, sem ( teori­
uma ascendência normal, que pode perfeitamente equi­ camente) assimilá-lo ( Vide Introdução ) .
librar-se com o grupo, sem gerar conflitos emocio­
nais. Essa ascendência deve e pode ser estimulada. ASSINERGIA - Na Psic., incapacidade de executar atos
O uso de marionetes, que se encontram em situação motores complexos, que exigem a cooperação harmô­
de exercer ascendência, buscando fazê-la, permite dar nica de músculos isolados.
representações nítidas aos olhos da criança, para mos­
ASSIST:íl:NCIA SO� IAL - Diz-se de tôda atividade e or·
trar-lhe como poderia proceder em tais situações.
ganização, quer de origem privada ou estatal, que mi­
Também o uso de histórias infantis, em que se mos­
ntstrn atenções, cuidados, previdência e auxílios de
trem situações que podem exigir da criança uma atua­ curáctor social aos indivíduos necessitados ou dêles
ção de ascendência, com explicações singelas por par­ cnront<:, prestando-lhes êsses serviços e bens, com fun­
te de pais e mestres, é também um método, que_!_em damento na solidariedade humana e no íntuito de pro·
sido usado com relativo bom êxito. Tais meios ser­ ver ao ser humano sempre tudo quanto é conside·
vem também para diminuir a submissão, e mostrar o rado do dever da sociedade humana em conceder ao
prejuízo da excessiva ascendência. membro da sociedade. É grande a variabilidade de
sistemas e meios empregados com essa finalidade,
ASFIXIA - Vide Puericultura, 6.0 cap., § 1 .0• mas tôd'as tomam o nome genérico de assistência so­
cial.
ASMA - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 5.
ASSISTENTE SOCIAL - Chama-se ao profissional em-.
ASSENTIMENTO - Ato pelo qual o espírito reconhece pregado em muitos dos centros dedicados ao serviço
por verdadeiro ou uma proposição, ou o estado que de assistência social.
resulta dêsse ato. um assentimento pode efetuar-se
por meras opiniões, ou por proposições com carácter ASSOCIAÇÃO - Na Psicologia, chama-se associação a
de certeza. Assentir não é raciocinar sôbre certos relação, que subsiste entre as disposições mentais cor­
fatos, mas a aceitação global posterior de raciocínios, respondentes a dois ou mais conteúdos da consciên·
que se apresentam ao espírito como um todo, quer cia, e que se manifestam no aparecimento simultâ­
de origem alheia, quer de elaboração própria. Há neo ou sucessivo daqueles conteúdos no campo da
quem queira atribuir ao "assentimento" um carácter consciência, sem a intervenção da vontade ou mesmo
de espontaneidade, que o contrasta com o "consenti­ contra ela. Êste fenômeno chama-se em geral "as­
mento", que seria voluntário e reflexivo. sociação de idéias", não obstante o têrmo idéia sig-
- 66 - - 67 -
nificar uma limitação injustificada do campo de vali­
dade dessa lei, limitação, que, de fato, não é inten­
cional em quem quer que use êste têrmo.

É questão de máxima importância do ponto de


cia, que forma com êle um contraste". O grande evo­
ca o pequeno, como o anão pode evocar o gigante; o
branco, o preto, etc.
ID
vista científico como prático, saber qual é o princi­ Para surgir uma associação é preciso a presença
pio que regula esta associação. Aristóteles, que cla­ simultânea dos dois objectos no espírito, percebidos,
I'
I
ramente reconhecia essa lei, funda-a nas relações de portanto, simultânea e contiguamente.
semelhança, de contraste e de contigüidade, reinantes
Consideram muitos psicólogos que a associação é
entre os elementos da associação. Nas diversas cor­
rentes filosóficas, à medida que despertaram interês­ uma das formas inferiores da vida mental. "Se a as­
se os temas psicológicos, voltou a ser ventilado o as­ sociação é um instrumento indispensável à imagina­
sunto, através de tôda a história, porém sem contri­ ção criadora, é a inteligência que escolhe, entre as
buições novas ao problema, já que o fenômeno pare­ construções resultantes da atividade associativa, as
cia suficientemente solucionado pela explicação de que se mantêm de pé, e que constituem verdadeiras
Aristóteles. criações. O juízo não consiste apenas em associar ob­
jetos ou idéias, mas em perceber relações que os li­
Aristóteles havia estudado as associações, e esta­
gam. Enfim, o raciocínio não nos faz simplesmen­
belecera três espécies:
te passar do antecedente ao conseqüente : êle nos faz
a) associação por contigüidade; b) por seme­ ver que do antecedente segue-se, necessàriamnte, o
lhança; c ) por contraste. conseqüente. Ao fazer da associação um fenômeno
de automatismo psicológico, não rebaixamos a inte­
A "lei da contigüidade" pode' ser expressada as­ ligência humana como os associacionistas; nós lhe in­

';t
sim: quando dois estados coexistem na consciência, dicamos, ao contrário, seu domínio próprio, e evita­
qualquer que seja a causa de tal coexistência, se um mos confundi-la com formas inferiores da vida psí­
dêles se apresenta de nôvo ao espírito, tende a repro­ quica" (Foulquié) .
duzir o outro.
Ao pensarmos num fato, não se associam todos
Essa coexistência · pode dar-se no espaço ou no os fatos contíguos a êsse. Uns vêm à memória, ou­
tempo, quando os objetos são contíguos no espaço ou
tros não. Há uma escolha. O mesmo se dá com a lei
no tempo.
de semelhança. Não nos vêm à mente tôdas as seme­
A "lei de semelhança" enuncia-se assim : "um es­ lhanças, mas algumas.
tado de consciência qualquer tende a evocar os esta­
dos que se lhe assemelham". Já v�mos a variedade Se a lei explica as que surgem, como explicará
do semelhante, do parecido. A semelhança pode dar­ as que não surgem? Além disso, muitas idéias evo­
-se na forma, nas relações, no mundo sentimental, co­ cadas surgem por contigüidade, mas distantes uma de
mo se vê nos artistas. outras, havendo entre elas muitas outras que não são
evocadas. É natural que, numa análise, podemos pro­
Um músico notará certa musicalidade nas pági­ Yar que uma idéia evocada estava em contigüidade
nas de um livro, segundo a emoção que desperte a com outra, por intermédio de uma terceira ou de uma
leitura que se assemelha à emoção provocada por quarta.
tal ou qual tom, como Beethoven, ao referir-se a certo
livro, dizia que "era sempre maestoso, escrito em ré
I' Ma�. na verdade, tôda a nossa vida está assim li­
bemol maior".

A "lei do contraste" pode enWlciar-se assim: "um


,, gada pelos fatos e acontecimentos que vivemos em
geral. A lei de contigüidade, se permite compreen­
der a relação de uma idéia para com outra, não ex­
estado de consciência evoca outro estado de consciên-
plica porém, a associação de modo satisfatório.
,

- 68 -

- 69 -

L .,.
!!�-------
nificar uma limitação injustificada do campo de vali­
dade dessa lei, limitação, que, de fato, não é inten­
cional em quem quer que use êste têrmo.

É questão de máxima importância do ponto de


cia, que forma com êle um contraste". O grande evo­
ca o pequeno, como o anão pode evocar o gigante; o
branco, o preto, etc.
ID
vista científico como prático, saber qual é o princi­ Para surgir uma associação é preciso a presença
pio que regula esta associação. Aristóteles, que cla­ simultânea dos dois objectos no espírito, percebidos,
I'
I
ramente reconhecia essa lei, funda-a nas relações de portanto, simultânea e contiguamente.
semelhança, de contraste e de contigüidade, reinantes
Consideram muitos psicólogos que a associação é
entre os elementos da associação. Nas diversas cor­
rentes filosóficas, à medida que despertaram interês­ uma das formas inferiores da vida mental. "Se a as­
se os temas psicológicos, voltou a ser ventilado o as­ sociação é um instrumento indispensável à imagina­
sunto, através de tôda a história, porém sem contri­ ção criadora, é a inteligência que escolhe, entre as
buições novas ao problema, já que o fenômeno pare­ construções resultantes da atividade associativa, as
cia suficientemente solucionado pela explicação de que se mantêm de pé, e que constituem verdadeiras
Aristóteles. criações. O juízo não consiste apenas em associar ob­
jetos ou idéias, mas em perceber relações que os li­
Aristóteles havia estudado as associações, e esta­
gam. Enfim, o raciocínio não nos faz simplesmen­
belecera três espécies:
te passar do antecedente ao conseqüente : êle nos faz
a) associação por contigüidade; b) por seme­ ver que do antecedente segue-se, necessàriamnte, o
lhança; c ) por contraste. conseqüente. Ao fazer da associação um fenômeno
de automatismo psicológico, não rebaixamos a inte­
A "lei da contigüidade" pode' ser expressada as­ ligência humana como os associacionistas; nós lhe in­

';t
sim: quando dois estados coexistem na consciência, dicamos, ao contrário, seu domínio próprio, e evita­
qualquer que seja a causa de tal coexistência, se um mos confundi-la com formas inferiores da vida psí­
dêles se apresenta de nôvo ao espírito, tende a repro­ quica" (Foulquié) .
duzir o outro.
Ao pensarmos num fato, não se associam todos
Essa coexistência · pode dar-se no espaço ou no os fatos contíguos a êsse. Uns vêm à memória, ou­
tempo, quando os objetos são contíguos no espaço ou
tros não. Há uma escolha. O mesmo se dá com a lei
no tempo.
de semelhança. Não nos vêm à mente tôdas as seme­
A "lei de semelhança" enuncia-se assim : "um es­ lhanças, mas algumas.
tado de consciência qualquer tende a evocar os esta­
dos que se lhe assemelham". Já v�mos a variedade Se a lei explica as que surgem, como explicará
do semelhante, do parecido. A semelhança pode dar­ as que não surgem? Além disso, muitas idéias evo­
-se na forma, nas relações, no mundo sentimental, co­ cadas surgem por contigüidade, mas distantes uma de
mo se vê nos artistas. outras, havendo entre elas muitas outras que não são
evocadas. É natural que, numa análise, podemos pro­
Um músico notará certa musicalidade nas pági­ Yar que uma idéia evocada estava em contigüidade
nas de um livro, segundo a emoção que desperte a com outra, por intermédio de uma terceira ou de uma
leitura que se assemelha à emoção provocada por quarta.
tal ou qual tom, como Beethoven, ao referir-se a certo
livro, dizia que "era sempre maestoso, escrito em ré
I' Ma�. na verdade, tôda a nossa vida está assim li­
bemol maior".

A "lei do contraste" pode enWlciar-se assim: "um


,, gada pelos fatos e acontecimentos que vivemos em
geral. A lei de contigüidade, se permite compreen­
der a relação de uma idéia para com outra, não ex­
estado de consciência evoca outro estado de consciên-
plica porém, a associação de modo satisfatório.
,

- 68 -

- 69 -

L .,.
!!�-------
O grande problema para a psicologia é o da se­ o que se afasta da vida coletiva. Não se deve con­
leçãc. Houve psicólogos que procuraram explicá-la fundir com anti-social, que é o qualificativo para o
apresentando outras leis. Enfim, centenas de leis po­ que se opõe ao social, enquanto associai quer refe­
deriam ser propostas, sem que o tema ficasse escla­ rir-se ao que apenas se exclui do social. Uma criança
recido convenientemente. associai afasta-se do convívio de outras, mas a anti­
-social opõe-se até agressivamente ao grupo social.
No entanto, a associação de idéias é uma necessi­
dade para a vida. A dificuldade em explicá-la consis­ ASSUGESTIONABILIDADE - Estado que consiste em
te no fato de haverem os psicólogos tomado a asso­ reagir, nem positiva nem negativamente às sugestões
ciação de idéias como algo simples, como uma facul­ dadas pelo hipnotizador.
dade simples da memória, quando, na realidade, faz
parte de tôda a estrutura psicológica do homem. ASTIGMATISMO - ( gr. a, alfa privativo + stigma, pon­
to) . Um defeito no mecanismo de refração da vista,
Está ela subordinada à personalidade, aos con· devido ao qual raios de luz, que partem de um pon­
trastes da personalidade, às aspirações, tendências, to do objeto contemplado, não coincidem em um úni­
sentimentos, afeições, enfim a todo o arcabouço psi­ co ponto da retina. Há um astigmatismo regular, que
cológico. consiste em serem as superfícies refratárias da cór­
Se realmente se dão associações, segundo as três nea elipsoidais, em vez de esféricas: e astigmatismo
regras de Aristóteles, elas não sucedem de uma for­ irregular, quando em virtude de uma falta geral de ho­
ma absolutamente automática. Dentro dos diversos mogeneidade das superfícies refratárias, cuja forma
"planos da consciência", dos seus diversos aspetos es­ se afasta, arbitrària.mente, das figuras matemáticas
truturais, as idéias são associadas segundo a condicio­ do círculo ou elipse. Os correspondentes defeitos na
nalidade dessas estruturas. percepção visual podem ser corrigidos (por meio de
óculos) no primeiro caso: no segundo, de maneira al­
Como poderíamos compreender a diversidade, a guma.
preferência, hoje, de uma associação por contigüida­
de, por exemplo, a outra que, amanhã, será preferida, ATAQUES COl.ÉRICOS - É a cólera uma violenta expio·
se não fôsse o ser humano, um conjunto de planos de são de ira, uma comoção, portanto. Nesse estado, a
consciência, de estruturas diversas, que ora dão maior criança manifesta perda de controle, grita, dá ponta­
relêvo a umas e permitem que surjam estas ou aque­ pés, atira objetos etc., e nalguns casos mais fortes,
las idéias associadas, e, noutras ocasiões, permitem atira-se ao chão, vocifera, etc. Seu rosto se convul­
outras. siona, sobe-lhe o sangue, enrubesce acentuadamente
ou, então, empalidece, havendo até casos em que há
É possível que, nos animais, se verifique êsse suspensão da respiração. São, sobretudo, observá­
automatismo na associação de que falam os associa­ veis do 1 .<> ao 3.0 anos. Tais explosões são de certo
cionistas. No homem, porém, dado o carácter de seu modo normais, merecendo preocupações quando elas
espírito, as associações não se processam numa linha' não se verificam. O que, contudo, se torna um pro­
geral, invariante, segundo as regras clássicas, mas blema é a repetição acentuada de tais estados, a sua
numa linha variante, condicionada aos planos de cons­ freqüência exagerada.
ciência.
O estudo das causas ( a etiologia da cólera) é te­
ASSOCIAÇõE S DE PAIS E MESTRES - É comum, em ma que preocupa vivamente psicólogos e pedagogos.
grande número de países, as associações de tipo pe­ Dá-se como princípio da cólera a frustração. Assim,
dagógico ou educativo, nas quais, pais e mestres tro­ na 1 .a infância, sw·gem das exigências dos pais que
cam idéias sôbre a educação, que recebe a criança desejam que os filhos façam o que fica além de suas
na escola e a sua atuação no lar. fôrças; a realização de ações que estão acima do ní­
ASSOCIAL - O que não possui características sociais, ou vel da criança; a falta de brinquedos, quando há vá­
o que se exclui da esfera da Sociologia, como também rias crianças, de modo que algumas fiquem privadas

- 70 - - 71 -
O grande problema para a psicologia é o da se­ o que se afasta da vida coletiva. Não se deve con­
leçãc. Houve psicólogos que procuraram explicá-la fundir com anti-social, que é o qualificativo para o
apresentando outras leis. Enfim, centenas de leis po­ que se opõe ao social, enquanto associai quer refe­
deriam ser propostas, sem que o tema ficasse escla­ rir-se ao que apenas se exclui do social. Uma criança
recido convenientemente. associai afasta-se do convívio de outras, mas a anti­
-social opõe-se até agressivamente ao grupo social.
No entanto, a associação de idéias é uma necessi­
dade para a vida. A dificuldade em explicá-la consis­ ASSUGESTIONABILIDADE - Estado que consiste em
te no fato de haverem os psicólogos tomado a asso­ reagir, nem positiva nem negativamente às sugestões
ciação de idéias como algo simples, como uma facul­ dadas pelo hipnotizador.
dade simples da memória, quando, na realidade, faz
parte de tôda a estrutura psicológica do homem. ASTIGMATISMO - ( gr. a, alfa privativo + stigma, pon­
to) . Um defeito no mecanismo de refração da vista,
Está ela subordinada à personalidade, aos con· devido ao qual raios de luz, que partem de um pon­
trastes da personalidade, às aspirações, tendências, to do objeto contemplado, não coincidem em um úni­
sentimentos, afeições, enfim a todo o arcabouço psi­ co ponto da retina. Há um astigmatismo regular, que
cológico. consiste em serem as superfícies refratárias da cór­
Se realmente se dão associações, segundo as três nea elipsoidais, em vez de esféricas: e astigmatismo
regras de Aristóteles, elas não sucedem de uma for­ irregular, quando em virtude de uma falta geral de ho­
ma absolutamente automática. Dentro dos diversos mogeneidade das superfícies refratárias, cuja forma
"planos da consciência", dos seus diversos aspetos es­ se afasta, arbitrària.mente, das figuras matemáticas
truturais, as idéias são associadas segundo a condicio­ do círculo ou elipse. Os correspondentes defeitos na
nalidade dessas estruturas. percepção visual podem ser corrigidos (por meio de
óculos) no primeiro caso: no segundo, de maneira al­
Como poderíamos compreender a diversidade, a guma.
preferência, hoje, de uma associação por contigüida­
de, por exemplo, a outra que, amanhã, será preferida, ATAQUES COl.ÉRICOS - É a cólera uma violenta expio·
se não fôsse o ser humano, um conjunto de planos de são de ira, uma comoção, portanto. Nesse estado, a
consciência, de estruturas diversas, que ora dão maior criança manifesta perda de controle, grita, dá ponta­
relêvo a umas e permitem que surjam estas ou aque­ pés, atira objetos etc., e nalguns casos mais fortes,
las idéias associadas, e, noutras ocasiões, permitem atira-se ao chão, vocifera, etc. Seu rosto se convul­
outras. siona, sobe-lhe o sangue, enrubesce acentuadamente
ou, então, empalidece, havendo até casos em que há
É possível que, nos animais, se verifique êsse suspensão da respiração. São, sobretudo, observá­
automatismo na associação de que falam os associa­ veis do 1 .<> ao 3.0 anos. Tais explosões são de certo
cionistas. No homem, porém, dado o carácter de seu modo normais, merecendo preocupações quando elas
espírito, as associações não se processam numa linha' não se verificam. O que, contudo, se torna um pro­
geral, invariante, segundo as regras clássicas, mas blema é a repetição acentuada de tais estados, a sua
numa linha variante, condicionada aos planos de cons­ freqüência exagerada.
ciência.
O estudo das causas ( a etiologia da cólera) é te­
ASSOCIAÇõE S DE PAIS E MESTRES - É comum, em ma que preocupa vivamente psicólogos e pedagogos.
grande número de países, as associações de tipo pe­ Dá-se como princípio da cólera a frustração. Assim,
dagógico ou educativo, nas quais, pais e mestres tro­ na 1 .a infância, sw·gem das exigências dos pais que
cam idéias sôbre a educação, que recebe a criança desejam que os filhos façam o que fica além de suas
na escola e a sua atuação no lar. fôrças; a realização de ações que estão acima do ní­
ASSOCIAL - O que não possui características sociais, ou vel da criança; a falta de brinquedos, quando há vá­
o que se exclui da esfera da Sociologia, como também rias crianças, de modo que algumas fiquem privadas

- 70 - - 71 -
dêles, sem que a sua abundância impeça a explosão 1 ) criar uma atmosfera geral de serenidade, de
de conflitos entre elas; as indigestões, constipações, benevolência e domínio de si.
resfriados, a própria fadiga, excitações exageradas,
etc., podem provocar explosões de cólera. Êsses mo­
tivantes têm o papel de estimular a eclosão da como­
/ 2 ) Em casos graves, solicitar a colaboração de
pedagogos ou de psicologistas.

ção. Muitas vêzes essas explosões dirigem-se contra ATAQUES DE RISO INCONTIDO - É comum as crian­
companheiros, mestres, etc., motivados por ressenti­ ças e jovens passarem por fases de alvorôço e risadas
mentos provocados por outros, para os quais se diri­ incontidas. Na fase da puberdade, é muito comum,
ge a explosão colérica. São cargas acumuladas que principalmente, entre as meninas. Muitas vêzes é
se descarregam, quando há motivantes que facilitem uma forma de dissimular uma perturbação emocional;
outras é o meio de aliviar um estado de tensão. Em
a sua eclosão. Há um estado de tensão, que se exte­
geral, passam com o tempo, e não devem ser motivo
rioriza, quando os motivos surgem. Verificam-se fà­
de irritação para os pais ou outros adultos.
cilmente, por parte do primogênito, quando surge um
segundo filho, para o qual se dão as atenções antes ATAVISMO - ( Lat.: atavus, avô ) . a ) Ocorrência em um
dirigidas para aquêle. O maior, julgando-se relegado indivíduo de um fenômeno ou carácter, que embora
a segundo plano, explode em tais comoções. Muitas não possuídos por seus avós imediatos, pertenceram,
vêzes, em face das atenções que recebe o menor, é no entanto, aos antecedentes mais remotos.
natural que manifeste regressões infantis, para provo­
b ) Numa raça mesclada, o atavismo se manifes­
car atenções semelhantes. Deve-se, nessa oportuni­

li
ta pela aparição, em certos indivíduos, de caracteres
dade, mostrar que a situação do bebê é de inferiori­
típicos de um dos componentes primitivos da mescla,
embora a grande maioria dos indivíduos ofereça um
dade e de impotência, o que não se verifica no maior.
Se se reprimir excessivamente tais manifestações da
aspecto bem nivelado.
criança, poderão elas criar um complexo de inferio­
ridade. O principal é pais e mestres manterem o au­ c ) O evolucionismo chama de atavismo a exis­
tocontrole, mantendo-se o mais tranqüilamente pos­ tência de um carácter ou de uma função carente de
sível nesses instantes de explosão de cólera. É con­ sentido no estado atual da espécie, mas que se explica
como resíduo de um estado anterior. (0 cão, que
veniente, também, isolar os meninos coléricos, que já
dá uma volta antes de deitar) (Lalande ) .
passaram da La infância, pois são muito contagiosos
para as outras crianças. Isolados, mesmo à fôrça, O atavismo, na vida racial, descrito acima, nem
não se deve, depois, tocá-los, para não aumentar a sempre pode ser distinguido de caracteres oriundos da
irritação. Nos casos extremos, um banho morno é acomodação. Até é muito provável que influências
aconselhável. Se se der à criança o que deseja aos exteriores e a correspondente tendência de acomoda­
gritos, ela tenderá a repetir êsse processo para con­ ção atuem no sentido de estimular a formação de ca­
seguir o que deseja, em vista da eficiência que lhe em­ racteres atávicos.
prestará. Também não se deve tornar a criança um ATENÇAO - Em sua acepção mais geral é a "direção es­
centro de preocupações nesse momento, porque des­ pecial do espírito a um objeto".
pertará a valorização do prestígio social, que, em mui­
tos casos, é prejudicial.
Também não se deve tentar A. atenção pode ser voluntária e não voluntária.
dominá-la por meio de presentes ou de promessas de Com referência ao concurso, e respectivamente, au­
sência do livre arbítrio, é universalmente admitida es­
presente, porque, então, se fomentarão as repetições.
sa classificação. Há, porém, autores, que insistem
Se as cóleras são freqüentes podem indicar que há
em que nunca se pode caracterizar a atenção como
carência de afetos, dos quais não se deve privar a
um efeito da vontade; mas, sim, e sempre, como um
criança. Para resolverem-se tais casos, os conselhos
"fenômeno volitivo", porque, segundo êles, a atenção
mais hábeis são os seguintes: é uma faculdade simplesmente primordial da alma,

- 72 - - 73 -
dêles, sem que a sua abundância impeça a explosão 1 ) criar uma atmosfera geral de serenidade, de
de conflitos entre elas; as indigestões, constipações, benevolência e domínio de si.
resfriados, a própria fadiga, excitações exageradas,
etc., podem provocar explosões de cólera. Êsses mo­
tivantes têm o papel de estimular a eclosão da como­
/ 2 ) Em casos graves, solicitar a colaboração de
pedagogos ou de psicologistas.

ção. Muitas vêzes essas explosões dirigem-se contra ATAQUES DE RISO INCONTIDO - É comum as crian­
companheiros, mestres, etc., motivados por ressenti­ ças e jovens passarem por fases de alvorôço e risadas
mentos provocados por outros, para os quais se diri­ incontidas. Na fase da puberdade, é muito comum,
ge a explosão colérica. São cargas acumuladas que principalmente, entre as meninas. Muitas vêzes é
se descarregam, quando há motivantes que facilitem uma forma de dissimular uma perturbação emocional;
outras é o meio de aliviar um estado de tensão. Em
a sua eclosão. Há um estado de tensão, que se exte­
geral, passam com o tempo, e não devem ser motivo
rioriza, quando os motivos surgem. Verificam-se fà­
de irritação para os pais ou outros adultos.
cilmente, por parte do primogênito, quando surge um
segundo filho, para o qual se dão as atenções antes ATAVISMO - ( Lat.: atavus, avô ) . a ) Ocorrência em um
dirigidas para aquêle. O maior, julgando-se relegado indivíduo de um fenômeno ou carácter, que embora
a segundo plano, explode em tais comoções. Muitas não possuídos por seus avós imediatos, pertenceram,
vêzes, em face das atenções que recebe o menor, é no entanto, aos antecedentes mais remotos.
natural que manifeste regressões infantis, para provo­
b ) Numa raça mesclada, o atavismo se manifes­
car atenções semelhantes. Deve-se, nessa oportuni­

li
ta pela aparição, em certos indivíduos, de caracteres
dade, mostrar que a situação do bebê é de inferiori­
típicos de um dos componentes primitivos da mescla,
embora a grande maioria dos indivíduos ofereça um
dade e de impotência, o que não se verifica no maior.
Se se reprimir excessivamente tais manifestações da
aspecto bem nivelado.
criança, poderão elas criar um complexo de inferio­
ridade. O principal é pais e mestres manterem o au­ c ) O evolucionismo chama de atavismo a exis­
tocontrole, mantendo-se o mais tranqüilamente pos­ tência de um carácter ou de uma função carente de
sível nesses instantes de explosão de cólera. É con­ sentido no estado atual da espécie, mas que se explica
como resíduo de um estado anterior. (0 cão, que
veniente, também, isolar os meninos coléricos, que já
dá uma volta antes de deitar) (Lalande ) .
passaram da La infância, pois são muito contagiosos
para as outras crianças. Isolados, mesmo à fôrça, O atavismo, na vida racial, descrito acima, nem
não se deve, depois, tocá-los, para não aumentar a sempre pode ser distinguido de caracteres oriundos da
irritação. Nos casos extremos, um banho morno é acomodação. Até é muito provável que influências
aconselhável. Se se der à criança o que deseja aos exteriores e a correspondente tendência de acomoda­
gritos, ela tenderá a repetir êsse processo para con­ ção atuem no sentido de estimular a formação de ca­
seguir o que deseja, em vista da eficiência que lhe em­ racteres atávicos.
prestará. Também não se deve tornar a criança um ATENÇAO - Em sua acepção mais geral é a "direção es­
centro de preocupações nesse momento, porque des­ pecial do espírito a um objeto".
pertará a valorização do prestígio social, que, em mui­
tos casos, é prejudicial.
Também não se deve tentar A. atenção pode ser voluntária e não voluntária.
dominá-la por meio de presentes ou de promessas de Com referência ao concurso, e respectivamente, au­
sência do livre arbítrio, é universalmente admitida es­
presente, porque, então, se fomentarão as repetições.
sa classificação. Há, porém, autores, que insistem
Se as cóleras são freqüentes podem indicar que há
em que nunca se pode caracterizar a atenção como
carência de afetos, dos quais não se deve privar a
um efeito da vontade; mas, sim, e sempre, como um
criança. Para resolverem-se tais casos, os conselhos
"fenômeno volitivo", porque, segundo êles, a atenção
mais hábeis são os seguintes: é uma faculdade simplesmente primordial da alma,

- 72 - - 73 -
que não pode ser antecedida e condicionada pela von­ mo também deve ser capaz de dirigir-se em atos su­
tade. �
ces ivos a u �número bastante grande de objetos di­
ferentes, que se apresentam como de impor�â�cia vi­
Êste estado pode ser produzido, voluntária ou ati­
tal ou de importância indireta ( p . ex., profissiOnal ) .
vamente ( também chamado espontâneamente ) ; ou de
maneira reflexa e passiva, quando causado por um
Cada defeito em uma dessas capacidades, se é bastan­
te pronunciado, é patológico, a não ser que se tr�te
estímulo inesperado, que não era previamente do co­ _
da fraqueza geral da atenção, que é um caractenst1co
nhecimento do sujeito. A atenção é voluntária ou ati­
da infância, e como tal perfeitamente normal.
va, quando se dirige ou a um objeto, intrinsecamente
atrativo, ou interessante, ou quando é aplicada com Como a atenção é um fenômeno que se acha em
um certo esfôrço para um objeto, que só oferece um intima ligação com a totalidade da vida psíquica, é
interêsse indireto. óbvio que quase não há nenhuma perturbação mental
que não implique também um defeito dessa fac�dad�.
Atenção : 1 ) reflexa ou passiva, e 2 ) voluntária ou
Deficiência da atenção aparece regularmente hgada a
ativa;
diotia e à imbecilidade, como, também, à senilidade
a ) espontânea ou não volitiva e b ) volitiva ou e à demência.
indireta. Uma capacidade subnormal de fixar a atenção é
igualmente característica de uma série de perturb�­
Os têrmos citados são os de maior uso na lite­
ções funcionais do sistema nervoso. Cansaço, ah­
ratura, porém, nunca se deve esquecer que alguns dê­
mentação defectiva ou fraqueza devida a d�enças P?­
les ( ativo-passivo ) implicam numa posição já tomada
dem produzir sintomas semelhantes de . cara?ter mais
em problemas psicológicos mais gerais, como, p. ex., _
ou menos temporário, como também a mtox1eaçao ce­
na questão de se é possível um processo mental "pas­
rebral, devido a entorpecente s.
sivo". Além disso, parece problemática a distinção
entre uma atenção " reflexiva", e atenção "voluntária O defeito contrário da atenção fixa revela-se, prin­
espontânea". cipalmente, na "idéia. fixa", que ocupa o campo intei­
ro da consciência, vedando o acesso a todos os outros
Com relação aos objetos, distingue-se, também,
objetos. Êsse fenômeno é característico da melanco­
"atenção sensorial" ( dirigida a uma sensação ) , e "aten­
lia mas, também, de estados extáticos e hipnóticos,
ção ideal " ou "intelectual" (dirigida a uma idéia) . A

qu estreitam o campo da receptividade normal pela
atenção sensorial, pois, ganha um sentido mais espe­ �
predileção pessoal ou pela sugestão �l eia de �a ou
cial quando é oposta à atenção motriz. A primeira
poucas idéias chegadas a um dommw exclusivo da
significa, assim, a atenção a um sinal esperado, e a
atenção.
segunda a atenção a um ato determinado, a executar
quando o sinal é dado. Neste caso, há duas atenções Coordenadas da Atenção: Pode-se enumerar, na
ou dois objetos de atenção, simultâneamente, no es­ atenção, uma série de "ccordenadas" :
pírito, uma dirigida contra o sinal esperado e a outra
como preparação do ato de executar. 1) excitante;

2) memória;
Nio mundo orgânico subconsciente, encontramos fenô­
menos análogos à atenção, que, para distingui-los da 3) interêsse;
atenção propriamente dita, são chamados de "atenção
direção da tensão da consciência;
primária" ( primary attention ).
4)
5) imobilidade.
As necessidades da vida prática exigem que a
atenção, tanto possa concentrar-se com bastante in­ Niuma fase mais culta da vida humana, chamam­
tensidade e persistência a um objeto determinado, co- -nos a atenção fatos que dizem respeito diretamente

- 74 - 75 -
que não pode ser antecedida e condicionada pela von­ mo também deve ser capaz de dirigir-se em atos su­
tade. �
ces ivos a u �número bastante grande de objetos di­
ferentes, que se apresentam como de impor�â�cia vi­
Êste estado pode ser produzido, voluntária ou ati­
tal ou de importância indireta ( p . ex., profissiOnal ) .
vamente ( também chamado espontâneamente ) ; ou de
maneira reflexa e passiva, quando causado por um
Cada defeito em uma dessas capacidades, se é bastan­
te pronunciado, é patológico, a não ser que se tr�te
estímulo inesperado, que não era previamente do co­ _
da fraqueza geral da atenção, que é um caractenst1co
nhecimento do sujeito. A atenção é voluntária ou ati­
da infância, e como tal perfeitamente normal.
va, quando se dirige ou a um objeto, intrinsecamente
atrativo, ou interessante, ou quando é aplicada com Como a atenção é um fenômeno que se acha em
um certo esfôrço para um objeto, que só oferece um intima ligação com a totalidade da vida psíquica, é
interêsse indireto. óbvio que quase não há nenhuma perturbação mental
que não implique também um defeito dessa fac�dad�.
Atenção : 1 ) reflexa ou passiva, e 2 ) voluntária ou
Deficiência da atenção aparece regularmente hgada a
ativa;
diotia e à imbecilidade, como, também, à senilidade
a ) espontânea ou não volitiva e b ) volitiva ou e à demência.
indireta. Uma capacidade subnormal de fixar a atenção é
igualmente característica de uma série de perturb�­
Os têrmos citados são os de maior uso na lite­
ções funcionais do sistema nervoso. Cansaço, ah­
ratura, porém, nunca se deve esquecer que alguns dê­
mentação defectiva ou fraqueza devida a d�enças P?­
les ( ativo-passivo ) implicam numa posição já tomada
dem produzir sintomas semelhantes de . cara?ter mais
em problemas psicológicos mais gerais, como, p. ex., _
ou menos temporário, como também a mtox1eaçao ce­
na questão de se é possível um processo mental "pas­
rebral, devido a entorpecente s.
sivo". Além disso, parece problemática a distinção
entre uma atenção " reflexiva", e atenção "voluntária O defeito contrário da atenção fixa revela-se, prin­
espontânea". cipalmente, na "idéia. fixa", que ocupa o campo intei­
ro da consciência, vedando o acesso a todos os outros
Com relação aos objetos, distingue-se, também,
objetos. Êsse fenômeno é característico da melanco­
"atenção sensorial" ( dirigida a uma sensação ) , e "aten­
lia mas, também, de estados extáticos e hipnóticos,
ção ideal " ou "intelectual" (dirigida a uma idéia) . A

qu estreitam o campo da receptividade normal pela
atenção sensorial, pois, ganha um sentido mais espe­ �
predileção pessoal ou pela sugestão �l eia de �a ou
cial quando é oposta à atenção motriz. A primeira
poucas idéias chegadas a um dommw exclusivo da
significa, assim, a atenção a um sinal esperado, e a
atenção.
segunda a atenção a um ato determinado, a executar
quando o sinal é dado. Neste caso, há duas atenções Coordenadas da Atenção: Pode-se enumerar, na
ou dois objetos de atenção, simultâneamente, no es­ atenção, uma série de "ccordenadas" :
pírito, uma dirigida contra o sinal esperado e a outra
como preparação do ato de executar. 1) excitante;

2) memória;
Nio mundo orgânico subconsciente, encontramos fenô­
menos análogos à atenção, que, para distingui-los da 3) interêsse;
atenção propriamente dita, são chamados de "atenção
direção da tensão da consciência;
primária" ( primary attention ).
4)
5) imobilidade.
As necessidades da vida prática exigem que a
atenção, tanto possa concentrar-se com bastante in­ Niuma fase mais culta da vida humana, chamam­
tensidade e persistência a um objeto determinado, co- -nos a atenção fatos que dizem respeito diretamente

- 74 - 75 -
chamar a atenção para o nOvo, os outros põem-se, en­
à nossa personalidade, como, para o físico, os fenô­ tão, a perceber. É o que sucede com os artistas, que
menos físicos; para o músico, uma frase musical; pa­ descobrem valôres, que outros não percebiam antes.
ra o pintor, um aspeto da natureza, etc.
Divisões da atenção: - Pode-se dividir, esquemà­
O interêsse maior ou menor que nos causa o fa­ ticamente, a atenção em:
to exterior ao espírito, poderá provocar a maior ou
menor intensidade da tensão de consciência, que é, em 1) atenção interior - a que se dirige a um fato
certo grau, volitiva, pois nessa direção, a atividade do mundo interior;
dirigida, sendo consciente, assume as características 2) atenção exterior - a que se dirige a um fato
da vontade. do mundo exterior.
Há, no ato de atenção, um representar antecipa­ Subdivide-se a atenção exterior em:
do da experiência que se espera. E realmente, de
antemão, criamos imagens com as quais acolheremos a) atenção electiva - a que realiza uma escolha en­
a percepção nova, como salienta Roustan. "E, - diz tre os dados, segundo o interêsse. Ex.: um ar­
êle - representar-se com antecipação a experiência, qn:�eto ou um homem comum escolherão dado�
que vai produzir-se, ou pedir à nossa imaginação ape­ diferentes de uma construção;
nas uma representação precisa, antecipada, pelo me­
nos uma hipótese, que nos ajudará a compreender o b) atenção expectante - a que consiste num diri­
significado do espetáculo, a relação desta sensação no­ gir-se a um fato, que se espera, a um fato futuro.
va com alguma porção de nossa experiência passada.
Na primeira, temos a direção dada pelos nossos
Não há atenção voluntária, sem o que diversos psicó­
esquemas, que se acomodam a um fato para assimi­
logos chamaram de pré-percepções".
lá-lo. Na segunda, há uma acomodação geral e não
Essas pré-percepções são necessárias, pois não específica como no primeiro caso. Nc primeiro,
percebemos claramente senão aquilo que pré-percebe­ atendemos a isto ou àquilo; no segundo, atendemos
mos. em geral. No primeiro caso, a atenção é mais inten­
sa e concentrada em . . . ; no segundo, é intensa tam­
"Fazei que vos mostrem, à distância, uma figura bém, mas descentrada.
desconhecida, e que a mantenham, a princípio, muito
longe, a ponto de vos impedir o que representa. Pedi A atenção interior se subdivide em:
que a aproximem até o ponto de perceber alguns tra­
a ) atenção reflexiva - qwmdo se dirige para es-
ços, algumas manchas de sombra e de luz, sem que
tados subjetivos, que podem ser:
ainda possais interpretá-la. Pedi, então, que se dete­
nham, e comprovai que, apesar de vossos esforços, I - para conhecê-los melhor: atenção cognitiva;
-
estais impossibilitados de entender o esbôço. Notai
o ponto onde estais e o ponto em que está a figura. II sôbre nossos afetos: atenção afetiva;
Fazei, então, que vos entreguem a figura; olhai-a de III - sôbre nosso querer: atenção volitiva;
b ) atenção reflexiva-operatória - quando se di·
perto e depois colocai-a no mesmo lugar, e voltai ao
posto, que ocupáveis antes; não podereis compreen­
der, então, como fostes incapazes, um momento antes, dige às nossas idéias, quando meditamos: atenção
de interpretar essa figura, que percebeis agora com mental.
bastante nitidez. É que dispondes, agora, de uma
1) se se dirige a relações: atenção racional.
percepção, que não tínheis antes."
Na psicologia clássica, dividia-se a atenção em
Tal é, sob certo aspeto, o que sucede com todos.
espontânea, quando a atenção era provocada pelo
Surge alguém que vê o que outros não viram, e ao

- 76 -
- 77 -
chamar a atenção para o nOvo, os outros põem-se, en­
à nossa personalidade, como, para o físico, os fenô­ tão, a perceber. É o que sucede com os artistas, que
menos físicos; para o músico, uma frase musical; pa­ descobrem valôres, que outros não percebiam antes.
ra o pintor, um aspeto da natureza, etc.
Divisões da atenção: - Pode-se dividir, esquemà­
O interêsse maior ou menor que nos causa o fa­ ticamente, a atenção em:
to exterior ao espírito, poderá provocar a maior ou
menor intensidade da tensão de consciência, que é, em 1) atenção interior - a que se dirige a um fato
certo grau, volitiva, pois nessa direção, a atividade do mundo interior;
dirigida, sendo consciente, assume as características 2) atenção exterior - a que se dirige a um fato
da vontade. do mundo exterior.
Há, no ato de atenção, um representar antecipa­ Subdivide-se a atenção exterior em:
do da experiência que se espera. E realmente, de
antemão, criamos imagens com as quais acolheremos a) atenção electiva - a que realiza uma escolha en­
a percepção nova, como salienta Roustan. "E, - diz tre os dados, segundo o interêsse. Ex.: um ar­
êle - representar-se com antecipação a experiência, qn:�eto ou um homem comum escolherão dado�
que vai produzir-se, ou pedir à nossa imaginação ape­ diferentes de uma construção;
nas uma representação precisa, antecipada, pelo me­
nos uma hipótese, que nos ajudará a compreender o b) atenção expectante - a que consiste num diri­
significado do espetáculo, a relação desta sensação no­ gir-se a um fato, que se espera, a um fato futuro.
va com alguma porção de nossa experiência passada.
Na primeira, temos a direção dada pelos nossos
Não há atenção voluntária, sem o que diversos psicó­
esquemas, que se acomodam a um fato para assimi­
logos chamaram de pré-percepções".
lá-lo. Na segunda, há uma acomodação geral e não
Essas pré-percepções são necessárias, pois não específica como no primeiro caso. Nc primeiro,
percebemos claramente senão aquilo que pré-percebe­ atendemos a isto ou àquilo; no segundo, atendemos
mos. em geral. No primeiro caso, a atenção é mais inten­
sa e concentrada em . . . ; no segundo, é intensa tam­
"Fazei que vos mostrem, à distância, uma figura bém, mas descentrada.
desconhecida, e que a mantenham, a princípio, muito
longe, a ponto de vos impedir o que representa. Pedi A atenção interior se subdivide em:
que a aproximem até o ponto de perceber alguns tra­
a ) atenção reflexiva - qwmdo se dirige para es-
ços, algumas manchas de sombra e de luz, sem que
tados subjetivos, que podem ser:
ainda possais interpretá-la. Pedi, então, que se dete­
nham, e comprovai que, apesar de vossos esforços, I - para conhecê-los melhor: atenção cognitiva;
-
estais impossibilitados de entender o esbôço. Notai
o ponto onde estais e o ponto em que está a figura. II sôbre nossos afetos: atenção afetiva;
Fazei, então, que vos entreguem a figura; olhai-a de III - sôbre nosso querer: atenção volitiva;
b ) atenção reflexiva-operatória - quando se di·
perto e depois colocai-a no mesmo lugar, e voltai ao
posto, que ocupáveis antes; não podereis compreen­
der, então, como fostes incapazes, um momento antes, dige às nossas idéias, quando meditamos: atenção
de interpretar essa figura, que percebeis agora com mental.
bastante nitidez. É que dispondes, agora, de uma
1) se se dirige a relações: atenção racional.
percepção, que não tínheis antes."
Na psicologia clássica, dividia-se a atenção em
Tal é, sob certo aspeto, o que sucede com todos.
espontânea, quando a atenção era provocada pelo
Surge alguém que vê o que outros não viram, e ao

- 76 -
- 77 -
objeto; voluntária, quando provocada pelo sujeito, di­ a) atenção tátil
rigindo-se para o objeto.
b) atenção auditiva
ATEN�ÃO PARA A PEDAGOGIA - O desenvolvimento
c) atenção visual
da atenção é outro ponto importante na educação
infantil. Em psicologia, a atenção, a faculdade de d) atenção gustativa.
nosso espírito de se concentrar sôbre um objeto ou
Para exercitar a atenção tátil, deve-se pedir à
uma idéia, é estudada e analisada pormenorizada­
criança que distinga vários objectos, com os olhos fe­
mente, e existem várias teorias para explicá-la, mas
chados, que compare, pelo tato, as diferenças de ta­
apesar de não podermos expô-las aqui, no entanto po­
manho entre os objetos.
demos dizer que tôdas aceitam que a atenção é uma.
direção da tensão para . . . , e que exige imobilidade e Estimulá-la a acertar, e quando conseguir, então
interêsse. dispensar-lhe os aplausos merecidos.
É um facto, que nos causa admiração, ver um Para desenvolver a atenção visual, mostrar-lhe ob­
pequenino ser, com tôda a sua capacidade de atenção,
jetos de côres diferentes, ou pedaços de fazenda de
absorvido, muitas vêzes, num jôgo de armar ou num
côres bem vivas. Pergunta-se qual a que está mais
livro de figuras coloridas, indiferente a tudo o mais
próxima, qual a mais distante, se está perto dis�o ou
que se passa à sua volta.
daquilo, etc. Deve-se procurar chamar a ate�çao da
Os psicólogos dizem que a "atenção é uma de­ criança para as diferenças de côres, qual a ma1s clara
satenção, porque é um atender uma parte e um desa­ ou mais escura.
tender, o que não interessa mais à conciência".
Mas sempre fazer esses exercícios como um pas­
Há uma fase na vida da criança, na qual ela não sa-tempo, sem forçá-la a prestar a atenção.
consegue prestar atenção a uma só atividade. Essa
Nos exercícios para desenvolver a atenção auditi­
va há um, em forma de passa-tempo, que a criança
fase dá-se no período que vai mais ou menos dos três
aos quatro anos. O mundo exterior lhe exerce um
m{rtto aprecia. Várias pessoas da família pronun­
grande poder de atração, e tudo lhe desperta o inte­
ciam palavras em tons de vozes diferentes, e a crian­
rêsse. É quando ela pula, como se costuma dizer, de ça, com os olhos fechados, deve reconhecer a quem
um brinquedo para outro, sem poder concentrar a pertencem as vozes.
atenção em nenhum.
Há muitas modalidades dêsses exercícios. Pode­
Às vêzes, pode dar-se o fato que, inesperadamen­ -se também reproduzir trechos musicais bem simples,
te, comece a interessar-se por um boneco, ou um jô­ e ensiná-la a distinguir os sons.
go, ou riscar com lápis de côres, ou modelar com
massa, enfim por qualquer atividade, mais do que pe­ Para desenvolver a capacidade de distinguir o sa­
las outras, e nessas ocasiões, nada a distrai do que bor chama-se a atenção para a diferença do sabor de
está fazendo, o que pode ser o sinal que nos indica um� fruta com o de outra, ou um alimento, compa­
que, precisamente, aquela atividade é que ela está ne­ rando-o a outro.
cessitando para desenvolver suas coordenações sen­
Todos êsses exercícios possuem vlfrias modalida­
sório-motrizes ou intelectuais.
des e até de distraírem a criança, são, ao mesmo tem­
Para desenvolver-se normalmente a faculdade da po, 'excelentes para o fortalecimento da :nemó:ia pois

atenção na criança e criar-lhe o hábito de obse�ação, o desenvolvimento do poder de atençao esta ligado
e também de concentrar a atenção vamos expor al­ com o da memória.

Considera-se o interêsse o fator principal no des­


guns exercícios aconselháveis.

Primeiramente, dividamos a atenção em pertar e conservar a atenção, e afirma-se que o inte-

- 78 - - 79 -
objeto; voluntária, quando provocada pelo sujeito, di­ a) atenção tátil
rigindo-se para o objeto.
b) atenção auditiva
ATEN�ÃO PARA A PEDAGOGIA - O desenvolvimento
c) atenção visual
da atenção é outro ponto importante na educação
infantil. Em psicologia, a atenção, a faculdade de d) atenção gustativa.
nosso espírito de se concentrar sôbre um objeto ou
Para exercitar a atenção tátil, deve-se pedir à
uma idéia, é estudada e analisada pormenorizada­
criança que distinga vários objectos, com os olhos fe­
mente, e existem várias teorias para explicá-la, mas
chados, que compare, pelo tato, as diferenças de ta­
apesar de não podermos expô-las aqui, no entanto po­
manho entre os objetos.
demos dizer que tôdas aceitam que a atenção é uma.
direção da tensão para . . . , e que exige imobilidade e Estimulá-la a acertar, e quando conseguir, então
interêsse. dispensar-lhe os aplausos merecidos.
É um facto, que nos causa admiração, ver um Para desenvolver a atenção visual, mostrar-lhe ob­
pequenino ser, com tôda a sua capacidade de atenção,
jetos de côres diferentes, ou pedaços de fazenda de
absorvido, muitas vêzes, num jôgo de armar ou num
côres bem vivas. Pergunta-se qual a que está mais
livro de figuras coloridas, indiferente a tudo o mais
próxima, qual a mais distante, se está perto dis�o ou
que se passa à sua volta.
daquilo, etc. Deve-se procurar chamar a ate�çao da
Os psicólogos dizem que a "atenção é uma de­ criança para as diferenças de côres, qual a ma1s clara
satenção, porque é um atender uma parte e um desa­ ou mais escura.
tender, o que não interessa mais à conciência".
Mas sempre fazer esses exercícios como um pas­
Há uma fase na vida da criança, na qual ela não sa-tempo, sem forçá-la a prestar a atenção.
consegue prestar atenção a uma só atividade. Essa
Nos exercícios para desenvolver a atenção auditi­
va há um, em forma de passa-tempo, que a criança
fase dá-se no período que vai mais ou menos dos três
aos quatro anos. O mundo exterior lhe exerce um
m{rtto aprecia. Várias pessoas da família pronun­
grande poder de atração, e tudo lhe desperta o inte­
ciam palavras em tons de vozes diferentes, e a crian­
rêsse. É quando ela pula, como se costuma dizer, de ça, com os olhos fechados, deve reconhecer a quem
um brinquedo para outro, sem poder concentrar a pertencem as vozes.
atenção em nenhum.
Há muitas modalidades dêsses exercícios. Pode­
Às vêzes, pode dar-se o fato que, inesperadamen­ -se também reproduzir trechos musicais bem simples,
te, comece a interessar-se por um boneco, ou um jô­ e ensiná-la a distinguir os sons.
go, ou riscar com lápis de côres, ou modelar com
massa, enfim por qualquer atividade, mais do que pe­ Para desenvolver a capacidade de distinguir o sa­
las outras, e nessas ocasiões, nada a distrai do que bor chama-se a atenção para a diferença do sabor de
está fazendo, o que pode ser o sinal que nos indica um� fruta com o de outra, ou um alimento, compa­
que, precisamente, aquela atividade é que ela está ne­ rando-o a outro.
cessitando para desenvolver suas coordenações sen­
Todos êsses exercícios possuem vlfrias modalida­
sório-motrizes ou intelectuais.
des e até de distraírem a criança, são, ao mesmo tem­
Para desenvolver-se normalmente a faculdade da po, 'excelentes para o fortalecimento da :nemó:ia pois

atenção na criança e criar-lhe o hábito de obse�ação, o desenvolvimento do poder de atençao esta ligado
e também de concentrar a atenção vamos expor al­ com o da memória.

Considera-se o interêsse o fator principal no des­


guns exercícios aconselháveis.

Primeiramente, dividamos a atenção em pertar e conservar a atenção, e afirma-se que o inte-

- 78 - - 79 -
rêsse ativa o desenvolvimento da atenção e, também,
da percepção, e a capacidade de observação torna-se
maior, e pode-se, portanto, desenvolver essa capaci­
dade com exercícios adequados.

Os exercícios de comparação, os de procurar o


semelhante e o diferente, através dos sentidos, desen­
volvem a facilidade e a exatidão do raciocínio, a rapi­
dez de compreensão, o que forma o equilíbrio, entre
assimilações e acomodações, auxiliando o pleno de­
senvolvimento intelectual, a que vai se refletir mais
tarde, quando na idade adulta, necessita a acuidade e
a firmeza nos julgamentos.

ATITUDE - a) Disposição mental adotada por um espi­


ríto em relação a um conteúdo ideal. Essa disposi­
ção pode ser a de mera atenção perante um problema,
ou ser uma relação atual com aquêle conteúdo obje­
tivo, consistente num interêsse ou tendência habi­
tuais em direção a êle. A questão teorética é saber
qual é a gênese dessa relação: visto que uma atitude
mental é sempre dirigida para um conteúdo objetivo
"em mente". Surge, então, o problema, se a atitude
foi criada pele respectivo objeto mental, ou se a pre­
sença dêste é devida à existência prévia da atitude.

b ) A " ação", que provém da atitude, e se dirige


contra o objeto, é o têrmo intermediário entre ambos.
A maioria dos psicólogos opina que a atitude é uma
espécie d'e resíduo psíquico de ações prévias, realiza­
das em face do mesmo objeto, e, em virtude disso, ne­
cessàriamente condicionada por aquelas ações.
c) Outros, porém, atribuem ao espírito a facul­
dade de engendrar atitudes que não são funções de
um conteúdo objetivo, e dêste modo de dispôr de
si próprio sem recorrer ao concurso de um elemento
dispositivo de fora. W. James é de opinião que, pelo
menos, as atitudes intejectuais e morais mais altas te­
nham êsse carácter original e sejam, por sua parte,
principios de ações.

fdósofo romano, nat11raJ da Espanha.


d) Sem dúvida, há, não só atitudes mentais vo­
luntárias, mas, ta..-nbém, involuntárias. E estas últi­ Sêuua - Grande
mas estão condicionadas por conteúdos ideais. q11e também Je preompott pela pedaf_o�ia.
e ) Em um sentido análogo fala-se, também, de
atitudes físicas (não mentais) . Estas consistem em
um hábito físico, em relação imediata com o meio, ou
são devidas à direta estimulação orgânica.

- 80 -
rêsse ativa o desenvolvimento da atenção e, também,
da percepção, e a capacidade de observação torna-se
maior, e pode-se, portanto, desenvolver essa capaci­
dade com exercícios adequados.

Os exercícios de comparação, os de procurar o


semelhante e o diferente, através dos sentidos, desen­
volvem a facilidade e a exatidão do raciocínio, a rapi­
dez de compreensão, o que forma o equilíbrio, entre
assimilações e acomodações, auxiliando o pleno de­
senvolvimento intelectual, a que vai se refletir mais
tarde, quando na idade adulta, necessita a acuidade e
a firmeza nos julgamentos.

ATITUDE - a) Disposição mental adotada por um espi­


ríto em relação a um conteúdo ideal. Essa disposi­
ção pode ser a de mera atenção perante um problema,
ou ser uma relação atual com aquêle conteúdo obje­
tivo, consistente num interêsse ou tendência habi­
tuais em direção a êle. A questão teorética é saber
qual é a gênese dessa relação: visto que uma atitude
mental é sempre dirigida para um conteúdo objetivo
"em mente". Surge, então, o problema, se a atitude
foi criada pele respectivo objeto mental, ou se a pre­
sença dêste é devida à existência prévia da atitude.

b ) A " ação", que provém da atitude, e se dirige


contra o objeto, é o têrmo intermediário entre ambos.
A maioria dos psicólogos opina que a atitude é uma
espécie d'e resíduo psíquico de ações prévias, realiza­
das em face do mesmo objeto, e, em virtude disso, ne­
cessàriamente condicionada por aquelas ações.
c) Outros, porém, atribuem ao espírito a facul­
dade de engendrar atitudes que não são funções de
um conteúdo objetivo, e dêste modo de dispôr de
si próprio sem recorrer ao concurso de um elemento
dispositivo de fora. W. James é de opinião que, pelo
menos, as atitudes intejectuais e morais mais altas te­
nham êsse carácter original e sejam, por sua parte,
principios de ações.

fdósofo romano, nat11raJ da Espanha.


d) Sem dúvida, há, não só atitudes mentais vo­
luntárias, mas, ta..-nbém, involuntárias. E estas últi­ Sêuua - Grande
mas estão condicionadas por conteúdos ideais. q11e também Je preompott pela pedaf_o�ia.
e ) Em um sentido análogo fala-se, também, de
atitudes físicas (não mentais) . Estas consistem em
um hábito físico, em relação imediata com o meio, ou
são devidas à direta estimulação orgânica.

- 80 -
ATITUDE SOCIAL - Tendência ou disposição de reagir
de determinada maneira a estímulos sociais em geral.

ATIVIDADES EXTRACURRICULARES - Empregam-se


tais têrmos para designar as atividades que o aluno
realiza fora da aula, sob algwna forma de organiza­
ção, como escolha de representantes em suas organi­
zações, diretores, etc. Um dos exemplos famosos de
atividade extracurricular temos, na Europa Medieval,
as "nações" de estudantes.
As atividades realizadas fora da escola tem o seu
aspeto educativo, e não <levem ser negadas ou repu­
diadas. Naturalmente que é preciso primeiro ser fei­
to um pormenorizado exame, quanto ao aproveita­
mento da criança na escola, e se é possível manter
cursos extras.
Muitas vêzes há crianças que não sabem fazer
wna seleção, e querem tuao. E preferível fazer pou­
cas coisas, mas bem feitas. Os cursos extra escolares
devem ser leves, sem rigorosidade e mais com a fi­
nalidade de distrair e ocupar a criança nas horas
Ginásio de Siracwa, onde provàt)e/mente emirzott Platão. vagas, e em casa, do que obrigá-la a preparar tarefas
em casa.
As atividades extra-escolares devem, além de pro­
porcionar maiores conhecimentos em determinados se­
tôrcs, servir para encontrar companheiros afins, em­
pregar e desenvolver habilidades, ampliar conheci­
mentos espE:.ciais, enfrentar-se com o estímulo de uma
competição e ganhar prestígio.
Algumas crianças não sabem fazer uma seleção
do que querem fazer e pensam em fazer "tudo". É
preciso inculcar-lhes, que é preferível fazer poucas
coisas, e bem feitas, do que muitas, e mal feitas. Ou­
tras crianças necessitam ser justamente levadas a rea­
lizar atividades extra-escolares. Neste caso, os pais
devem ajudá-la a procurar seguir qualquer atividade
ou curso.

ATIVIDADES PARA A COMUNIDADE - Em nosso país


ainda não se incrementou a criação de atividades, cuja
finalidade seja em favor da comunidade. A criação
de associações benéficas; nas quais crianças e adoles­
centes tomem parte, só funcionam esporàdicamente.

ATLETISMO - Deve-se incrementar nas crianças e nos


R11a do Burf(o de Cerânico q11e �ai dar à Aradem.:(l, fundada por - 81 -
Platão. - Esta Academia foi a J!.rande obra peda!(Óf!.ÍCa do passado.
ATITUDE SOCIAL - Tendência ou disposição de reagir
de determinada maneira a estímulos sociais em geral.

ATIVIDADES EXTRACURRICULARES - Empregam-se


tais têrmos para designar as atividades que o aluno
realiza fora da aula, sob algwna forma de organiza­
ção, como escolha de representantes em suas organi­
zações, diretores, etc. Um dos exemplos famosos de
atividade extracurricular temos, na Europa Medieval,
as "nações" de estudantes.
As atividades realizadas fora da escola tem o seu
aspeto educativo, e não <levem ser negadas ou repu­
diadas. Naturalmente que é preciso primeiro ser fei­
to um pormenorizado exame, quanto ao aproveita­
mento da criança na escola, e se é possível manter
cursos extras.
Muitas vêzes há crianças que não sabem fazer
wna seleção, e querem tuao. E preferível fazer pou­
cas coisas, mas bem feitas. Os cursos extra escolares
devem ser leves, sem rigorosidade e mais com a fi­
nalidade de distrair e ocupar a criança nas horas
Ginásio de Siracwa, onde provàt)e/mente emirzott Platão. vagas, e em casa, do que obrigá-la a preparar tarefas
em casa.
As atividades extra-escolares devem, além de pro­
porcionar maiores conhecimentos em determinados se­
tôrcs, servir para encontrar companheiros afins, em­
pregar e desenvolver habilidades, ampliar conheci­
mentos espE:.ciais, enfrentar-se com o estímulo de uma
competição e ganhar prestígio.
Algumas crianças não sabem fazer uma seleção
do que querem fazer e pensam em fazer "tudo". É
preciso inculcar-lhes, que é preferível fazer poucas
coisas, e bem feitas, do que muitas, e mal feitas. Ou­
tras crianças necessitam ser justamente levadas a rea­
lizar atividades extra-escolares. Neste caso, os pais
devem ajudá-la a procurar seguir qualquer atividade
ou curso.

ATIVIDADES PARA A COMUNIDADE - Em nosso país


ainda não se incrementou a criação de atividades, cuja
finalidade seja em favor da comunidade. A criação
de associações benéficas; nas quais crianças e adoles­
centes tomem parte, só funcionam esporàdicamente.

ATLETISMO - Deve-se incrementar nas crianças e nos


R11a do Burf(o de Cerânico q11e �ai dar à Aradem.:(l, fundada por - 81 -
Platão. - Esta Academia foi a J!.rande obra peda!(Óf!.ÍCa do passado.

jovens, o gôsto pelos esportes e pelo atletis�o. Al m
que não se deixam enlear pelas dificuldades quando
surgem, tais como "ir sozinha ao colégio", vestir-se por
de fortalecer os músculos e estimular a c1rculaçao,
si mesma,etc . Deixar-se a criança só em alguns mo­
oferecem oportunidade de aprender como se há de
mentos, embora vigiada de modo que não perceba,
tratar os amigos, como ganhar ou perder com brio,
para que solucione por si os problemas que surgem,
e como cooperar com os outros para alcançar uma
é facilitar-lhe os meios de adquirir a confiança em si
vitória comum.
mesma. A pouco e pouco, a criança atinge a essa au­
Quando os meninos e meninas chegam ao pe;íodo to-confiança, ao aprender locomover-se por si mesma,
da adolescência sentem inclinação a um determmado ir ao colégio sozinha, vestir-se por si mesma, cumprir
esporte. Convém seja incentivado pelos pais e pro­ o que promete, sentir-se segura em épocas de exames,
fessores, porém que não desleixe, por out�o lado,. os enfrentar os companheiros, cumprir sua responsabi­
estudos. Nos que manifestam uma excessiva dedica­ lidade. A regra para facilitar à criança a auto-confian­
ção ' é preciso fazê-lo reconhecer que tal é prejudicial ça, é dar-lhe oportunidades de resolver dificuldades
aos seus estudos e suas ocupações. Da mesma forma por si mesma, mas dificuldades apropriadas à sua ida­
que aquêle que não tem o minimo interêsse deve ser de, pois, do contrário, pode-se gerar frustrações de
ajudado. graves conseqüências . Assim, devem dar-se-lhe peque­
nas tarefas cumpríveis, animá-la a expressar as suas
ATO HUMANO - Vide Introdução.
idéias e opiniões, e ouvi-la com atenção . e respeito,
nunca ridicularizando-a quando erra, não elogiando a
ATONIA - Estado de relaxamento muscular.
criança quando acerta, mas sim a solução que deu.
AUDÃCIA - Audácia é uma virtude subordinada à forta­ É preciso manter-se um clima democrático no lar,
leza ou à valentia, uma das quatro virtudes cardeais. para que a criança não aguarde sempre a ordem que
A audácia é o desafio ao risco e à morte, enfrentando­
deve emanar dos pais. As observações demonstram
-os. A fortaleza é a virtude que supera o mêdo, o qual
que onde há um clima de mútua compreensão, de com­
consiste em estacar ante um mal iminente. A forta­
panheirismo, onde muitas tarefas de grupo são plane·
leza, assistida pela prudência, refreia a audácia. A jactas e cumpridas, cabendo a cada um, um papel fa­
_
audácia é, assim, uma virtude menor, porque, se nao vorece-se o despertar e a solidificação da auto-confi·
fôr refreada pela prudência e pela temperança, pode
ança, que é a fonte da autonomia e, posteriormente,
oferecer riscos graves por sua natural tendência a
da liberdade, que é o ápice a que pode alcançar o
afrontar os perigos e até a morte.
ser humano.

É importantíssima a auto-confiança
na criança, que deve ser despertada, ali�ent�da e for­
AUTO-CONFIANÇA - AUTO-DOMíNIO NA CRIANÇA - Depois de certa idade,
dos seis aos doze anos, a criança esforça-se por afas·
talecida. Nos primeiros estudos pslCOlóglCos dos tar-se da infância, e começa a manifestar, mais mar­
que "d'esconheciam o que os escolásticos já ha_viam cantemente, as suas aspirações de autonomia, o que
realizado neste setor, julgavam que a auto-confiança não é bem compreendido pelos pais. �stes, ou dei·
era um traço do carácter, ingênito a êste. Contudo, xam livremente a criança. só intervindo quando ultra­
sabiam os escolásticos, o que muitos psicólogos mo­ passam os limites, ou, por excesso de zêlo, querem in­
demos desconhecem, que a auto-confiança é também !luir em sua vida particular. Por sua vez, o segrêdo,
um hábito uma virtude, portanto, adquirível, estimu­

que o jovenzinho faz de suas atividades, aqui, não
lável, alim ntável, fortalecível. Sem dúvida, há " tra­ quer dizer que pretende ocultar o que não pode s.er
ços" de auto-confiança, que são ingênitos, mas êstes revelado aos pais; ao contrário, é um desejo de afir·
podem ser robustecidos, como, também, naqueles que mação e de autonomia, por sentir que pode manter
ela não se manifesta pode ser despertável, ou melhor uma vida à parte da que vive com seus parentes.
tomá-la adquirível. Há crianças que revelam capa­
cidade de "andar pelos próprios pés", que revelam
� nesse período que o filho põe-se a salientar os
defeitos que os pais revelam. 1i: quando critica por
capacidade de resolver os problemas que lhe surgem,

- 82 - - 83 -

jovens, o gôsto pelos esportes e pelo atletis�o. Al m
que não se deixam enlear pelas dificuldades quando
surgem, tais como "ir sozinha ao colégio", vestir-se por
de fortalecer os músculos e estimular a c1rculaçao,
si mesma,etc . Deixar-se a criança só em alguns mo­
oferecem oportunidade de aprender como se há de
mentos, embora vigiada de modo que não perceba,
tratar os amigos, como ganhar ou perder com brio,
para que solucione por si os problemas que surgem,
e como cooperar com os outros para alcançar uma
é facilitar-lhe os meios de adquirir a confiança em si
vitória comum.
mesma. A pouco e pouco, a criança atinge a essa au­
Quando os meninos e meninas chegam ao pe;íodo to-confiança, ao aprender locomover-se por si mesma,
da adolescência sentem inclinação a um determmado ir ao colégio sozinha, vestir-se por si mesma, cumprir
esporte. Convém seja incentivado pelos pais e pro­ o que promete, sentir-se segura em épocas de exames,
fessores, porém que não desleixe, por out�o lado,. os enfrentar os companheiros, cumprir sua responsabi­
estudos. Nos que manifestam uma excessiva dedica­ lidade. A regra para facilitar à criança a auto-confian­
ção ' é preciso fazê-lo reconhecer que tal é prejudicial ça, é dar-lhe oportunidades de resolver dificuldades
aos seus estudos e suas ocupações. Da mesma forma por si mesma, mas dificuldades apropriadas à sua ida­
que aquêle que não tem o minimo interêsse deve ser de, pois, do contrário, pode-se gerar frustrações de
ajudado. graves conseqüências . Assim, devem dar-se-lhe peque­
nas tarefas cumpríveis, animá-la a expressar as suas
ATO HUMANO - Vide Introdução.
idéias e opiniões, e ouvi-la com atenção . e respeito,
nunca ridicularizando-a quando erra, não elogiando a
ATONIA - Estado de relaxamento muscular.
criança quando acerta, mas sim a solução que deu.
AUDÃCIA - Audácia é uma virtude subordinada à forta­ É preciso manter-se um clima democrático no lar,
leza ou à valentia, uma das quatro virtudes cardeais. para que a criança não aguarde sempre a ordem que
A audácia é o desafio ao risco e à morte, enfrentando­
deve emanar dos pais. As observações demonstram
-os. A fortaleza é a virtude que supera o mêdo, o qual
que onde há um clima de mútua compreensão, de com­
consiste em estacar ante um mal iminente. A forta­
panheirismo, onde muitas tarefas de grupo são plane·
leza, assistida pela prudência, refreia a audácia. A jactas e cumpridas, cabendo a cada um, um papel fa­
_
audácia é, assim, uma virtude menor, porque, se nao vorece-se o despertar e a solidificação da auto-confi·
fôr refreada pela prudência e pela temperança, pode
ança, que é a fonte da autonomia e, posteriormente,
oferecer riscos graves por sua natural tendência a
da liberdade, que é o ápice a que pode alcançar o
afrontar os perigos e até a morte.
ser humano.

É importantíssima a auto-confiança
na criança, que deve ser despertada, ali�ent�da e for­
AUTO-CONFIANÇA - AUTO-DOMíNIO NA CRIANÇA - Depois de certa idade,
dos seis aos doze anos, a criança esforça-se por afas·
talecida. Nos primeiros estudos pslCOlóglCos dos tar-se da infância, e começa a manifestar, mais mar­
que "d'esconheciam o que os escolásticos já ha_viam cantemente, as suas aspirações de autonomia, o que
realizado neste setor, julgavam que a auto-confiança não é bem compreendido pelos pais. �stes, ou dei·
era um traço do carácter, ingênito a êste. Contudo, xam livremente a criança. só intervindo quando ultra­
sabiam os escolásticos, o que muitos psicólogos mo­ passam os limites, ou, por excesso de zêlo, querem in­
demos desconhecem, que a auto-confiança é também !luir em sua vida particular. Por sua vez, o segrêdo,
um hábito uma virtude, portanto, adquirível, estimu­

que o jovenzinho faz de suas atividades, aqui, não
lável, alim ntável, fortalecível. Sem dúvida, há " tra­ quer dizer que pretende ocultar o que não pode s.er
ços" de auto-confiança, que são ingênitos, mas êstes revelado aos pais; ao contrário, é um desejo de afir·
podem ser robustecidos, como, também, naqueles que mação e de autonomia, por sentir que pode manter
ela não se manifesta pode ser despertável, ou melhor uma vida à parte da que vive com seus parentes.
tomá-la adquirível. Há crianças que revelam capa­
cidade de "andar pelos próprios pés", que revelam
� nesse período que o filho põe-se a salientar os
defeitos que os pais revelam. 1i: quando critica por
capacidade de resolver os problemas que lhe surgem,

- 82 - - 83 -
Sem dúvida, as manifestações de autonomia dos
fazerem o que proíbem aos filhos. Ante essru;
filhos causam inquietação aos pais. Mas êste pro·
admoestações, os pais logo manüestam seu desagra­
cesso é passageiro se souberem aquêles auxiliar o
do, zangam-se com os filhos, o que nada aporta de
positivo. E preferível enfrentá-los, e considerar que
filho, pois o seu sentido crítico, à proporção que se
desenvolve, atua reversivamente numa autocrítica
tais críticas são manüestações de um desejo de auto­
€m que o jovem é, às vêzes, mais exigente para si
nomia, que não a:eve ser impedido de se manüestar.
mesmo que para com os próprios pais. Apesar das
Na primeira idade, os filhos constroem uma imagem
manifestações opostas, os conselhos sãos e justos dos
,, perfeita dos pais; na adolescência, notam seus erros
: pais atuam sôbre os filhos, apesar de aparentemen­
e defeitos. Os pais devem considerar como normais
te mostrarem que não sofrem esta influência. O princi·
essas manifestações. Tudo isso, acrescentando-se
ainda, o descaso aparente que fazem às admoesta�
pai é criar o ambiente favorável ao desenvolvimento


normal da autonomia, dando ao filho certas tarefas
ções paternas, são sinais de um desejo de indepen­
que êle possa cumprir sem risco do malôgro par
dentização, que procuram alcançar. Êsse desenvolvi­
aumentar a confiança em si mesmo, que nêste pe­
mento natural, se obstaculizado ou indevidamente
ríodo é um tanto exagerada. Por esta razão, nem
rompido, só pode trazer más conseqüências futuras,
os pais devem negá-la, porque não seriam ouvidos
nem exagerá-la, porque ela, por natureza, é exagera:
sobretudo porque o jovem, julgando-se capaz de di­
rigir a si mesmo, pode ir além de suas fôrças e possi­
da. Neste período, a imaginação do jovem está po­
bilidades, o que pode acarretar alguns malogros, que

� I\
voada dos heróis que êle aá'mira nas leituras que fêz
nos filmes que assistiu, nos esportistas que o entu:
o levam, depois, a regressões infantis, já genuinamen­
te mórbidas. Devem os pais, nessas circunstâncias,
J siasmam, e é natural que queira imitá-los, ser como
êles. É notável neste periodo o aspeto compensa­
mostrarem-se compremsivos, auxiliando em vez de

dor. A proporção que se desenvolve o desejo de in·


coartar a acçã.o independentizadora, sem, porém, d�r
rédeas soltas, o que seria promover um descalabro.
dependência em relação aos pais, aumenta o de de­
Nunca devem esquecer os pais que, no momento pcndCncio. em relação ao grupo de seus companhei·
em que se desabrocha o juízo crítico dos filhos, o tos. .tt lo busco., agora, uma segurança na coletivida­
modo como se comportam na vida será de uma im­ de do. qual faz parte, adquire os seus hábitos, a sua
portância fundamental para as atitudes que o jovem linguagem e até o seu modo de vestir. Êle procura
tomará nessa fase. A maneira como os pais consi­ libertar-se dos adultos, porque êstes continuam con­
deram o mundo poderá ser benéfica ou maléfica na siderando-o uma criança, enquanto nos grupos de que
faz parte, com seus segredos, sua linguagem especial,
formação do carácter de seus filhos. Pais que des­
merecem os altos valôres, que têm uma visão ap&
êle sente que pode prescindir, então, do apôio dos
adultos, e que as suas atitudes não dependem mais
nas utilitária da vida, que só acentuam os valôres
da aprovação dos pais. Na verdade, êle busca afir­
baixos, que aplaudem exemplares humanos indignos,
mar-se, impor a sua personalidade através do grupo.
que podem esperar, depois, de seus filhos? Quem
É neste período que os pais, notando o alheamento
constitui uma família deve sempre considerar a gran­
do filho ao círculo familiar, a sua agressividade e
de responsabilidade que assume ante os sêres que
as suas constantes queixas, cometem o grave êrro de
vai por no mundo. Se pretendem seguir os desca­
dizer-lhes: "Qualquer um dos teus amigos vale mais
minhos viciados, não constituam um lar e muito me­
I do que teu pai ou tua mãe ! ". O grande fundamento
I
nos procriem. Há uma responsabilidade que não

f
da psicologia do ser humano é a ânsia de prestigio
podem elidir, e que só se poderia admitir em mons­
e nunca devemos esquecer esta verdade fundamental:
tros morais. É dos pais, sobretudo dos pais, que
o que o jovem busca é prestigiar-se e, como na fa­
dependem o modo de ser e de agir dos filhos. Um
milia, êle sente certos obstáculos, porque os pais
lar não é sempre uma garantia de filhos sãos. As
vêem sempre nêle a criança, busca fora a afirmação
estatísticas modernas comprovam o fundamento des­
desejada que lhe falta. É natural que êle se desbor-

�I
ta assertiva.

��I
- 84 -
- 85 -

U (
__
______�----------�--�------------ j �----
Sem dúvida, as manifestações de autonomia dos
fazerem o que proíbem aos filhos. Ante essru;
filhos causam inquietação aos pais. Mas êste pro·
admoestações, os pais logo manüestam seu desagra­
cesso é passageiro se souberem aquêles auxiliar o
do, zangam-se com os filhos, o que nada aporta de
positivo. E preferível enfrentá-los, e considerar que
filho, pois o seu sentido crítico, à proporção que se
desenvolve, atua reversivamente numa autocrítica
tais críticas são manüestações de um desejo de auto­
€m que o jovem é, às vêzes, mais exigente para si
nomia, que não a:eve ser impedido de se manüestar.
mesmo que para com os próprios pais. Apesar das
Na primeira idade, os filhos constroem uma imagem
manifestações opostas, os conselhos sãos e justos dos
,, perfeita dos pais; na adolescência, notam seus erros
: pais atuam sôbre os filhos, apesar de aparentemen­
e defeitos. Os pais devem considerar como normais
te mostrarem que não sofrem esta influência. O princi·
essas manifestações. Tudo isso, acrescentando-se
ainda, o descaso aparente que fazem às admoesta�
pai é criar o ambiente favorável ao desenvolvimento


normal da autonomia, dando ao filho certas tarefas
ções paternas, são sinais de um desejo de indepen­
que êle possa cumprir sem risco do malôgro par
dentização, que procuram alcançar. Êsse desenvolvi­
aumentar a confiança em si mesmo, que nêste pe­
mento natural, se obstaculizado ou indevidamente
ríodo é um tanto exagerada. Por esta razão, nem
rompido, só pode trazer más conseqüências futuras,
os pais devem negá-la, porque não seriam ouvidos
nem exagerá-la, porque ela, por natureza, é exagera:
sobretudo porque o jovem, julgando-se capaz de di­
rigir a si mesmo, pode ir além de suas fôrças e possi­
da. Neste período, a imaginação do jovem está po­
bilidades, o que pode acarretar alguns malogros, que

� I\
voada dos heróis que êle aá'mira nas leituras que fêz
nos filmes que assistiu, nos esportistas que o entu:
o levam, depois, a regressões infantis, já genuinamen­
te mórbidas. Devem os pais, nessas circunstâncias,
J siasmam, e é natural que queira imitá-los, ser como
êles. É notável neste periodo o aspeto compensa­
mostrarem-se compremsivos, auxiliando em vez de

dor. A proporção que se desenvolve o desejo de in·


coartar a acçã.o independentizadora, sem, porém, d�r
rédeas soltas, o que seria promover um descalabro.
dependência em relação aos pais, aumenta o de de­
Nunca devem esquecer os pais que, no momento pcndCncio. em relação ao grupo de seus companhei·
em que se desabrocha o juízo crítico dos filhos, o tos. .tt lo busco., agora, uma segurança na coletivida­
modo como se comportam na vida será de uma im­ de do. qual faz parte, adquire os seus hábitos, a sua
portância fundamental para as atitudes que o jovem linguagem e até o seu modo de vestir. Êle procura
tomará nessa fase. A maneira como os pais consi­ libertar-se dos adultos, porque êstes continuam con­
deram o mundo poderá ser benéfica ou maléfica na siderando-o uma criança, enquanto nos grupos de que
faz parte, com seus segredos, sua linguagem especial,
formação do carácter de seus filhos. Pais que des­
merecem os altos valôres, que têm uma visão ap&
êle sente que pode prescindir, então, do apôio dos
adultos, e que as suas atitudes não dependem mais
nas utilitária da vida, que só acentuam os valôres
da aprovação dos pais. Na verdade, êle busca afir­
baixos, que aplaudem exemplares humanos indignos,
mar-se, impor a sua personalidade através do grupo.
que podem esperar, depois, de seus filhos? Quem
É neste período que os pais, notando o alheamento
constitui uma família deve sempre considerar a gran­
do filho ao círculo familiar, a sua agressividade e
de responsabilidade que assume ante os sêres que
as suas constantes queixas, cometem o grave êrro de
vai por no mundo. Se pretendem seguir os desca­
dizer-lhes: "Qualquer um dos teus amigos vale mais
minhos viciados, não constituam um lar e muito me­
I do que teu pai ou tua mãe ! ". O grande fundamento
I
nos procriem. Há uma responsabilidade que não

f
da psicologia do ser humano é a ânsia de prestigio
podem elidir, e que só se poderia admitir em mons­
e nunca devemos esquecer esta verdade fundamental:
tros morais. É dos pais, sobretudo dos pais, que
o que o jovem busca é prestigiar-se e, como na fa­
dependem o modo de ser e de agir dos filhos. Um
milia, êle sente certos obstáculos, porque os pais
lar não é sempre uma garantia de filhos sãos. As
vêem sempre nêle a criança, busca fora a afirmação
estatísticas modernas comprovam o fundamento des­
desejada que lhe falta. É natural que êle se desbor-

�I
ta assertiva.

��I
- 84 -
- 85 -

U (
__
______�----------�--�------------ j �----
\

ouvirem com seriedade. A vida no colégio é uma


de, que exagere na proporção da resistência que en·
das grandes aventuras do ser humano. É um perío­
contra. A criança ai é o jovem que quer afirmar-se
do inesquecível, e de uma importância que düicil­
adulto, tomar ares, atitudes,� expressões de adulto,
mente o resto da vida SU.Perará. No decorrer da
tanto de homens como de mulheres, embora, na jo­
existência, volvemos, constantemente, os nossos olhos
vem, seja menos acentuado que no jovem. Nesta,
às imagens do passado, que vivemos nesse período.
manifesta-se mais por cochichos, segredos com suas
Ali, vivemos os nossos primeiros atos de independên­
companheiras, etc.
·, I
cia; ali, fomos, subitamente, colocados ante um cam­
Não se pode evitar esta marcha para a indepen­ po de ação, que deveríamos percorrer sem a presen­
dência. Ela é natural, inevitável, e é inútil obsta­ ça direta de nossos pais. Ali, conhecemos novas ex­
culizá-la, porque as conseqüências são tremendamen­ periências e novos amigos, ali desaparece a tensão
te perniciosas. Nessa fase, o jovem começa a ma­ do lar e um nôvo mundo se abre aos olhos. A

:
nifestar uma valorização objetiva da realidade. Quer adaptação ao colégio nem sempre é fácil. Nos pri­
saber a verdade sôbre as coisas. Sabe separar o meiros mêses, sente o jovem que a mudança é ra.
'
mundo da imaginação do mundo da realidade, den­ dical, por isso algumas vêzes se manifesta um de­
tro, naturalmente, dos limites da sua inteligência. sejo de voltar à dependência paterna e noutras uma
Seus brinquedos são brinquedos de regras e, nesta súbita fruição de uma liberdade não esperada. As
época, devem os pais facilitar aos filhos que se tor­ normas do ambiente são outras, a disciplina é dis­
nem, por exemplo, colecionadores, que se dediquem tinta, e o maior problema que surge aí é a hábil
aos esportes, que empreendam certas atividades ma­ coordenação entre a disciplina escolar e a liber­
nuais e intelectuais fora do currículo para que êles dade individual. O colégio tem de ser um campo
possam exercer o seu domínio, e fortalecer a confian­ que prepare homens livres, e a autoridade aí não
ça em si mesmo. O amor próprio atinge um grau deve fundar-se no mêdo, nem no terror. O sábio
tão intenso que qualquer coisa os magoa. Entrega­ exercício da autoridade dos mestres é de importân­
ein capital. Esta tem de fundar-se num senso de
lli [/
rem-se a certas atividades fora do lar, neste período,
como atividades técnicas, criadoras, é um meio de jllHt lçn, num senso rigoroso, para que estimule a
facilitar esta autonomização, e nunca devem esque­ auto cllsc•tpl1nn do nluno. As reações que a criança,
cer cs pais, outra regra fundamental de educação: v <•m cnso., !o.z b manifestação da autoridade paterna,
"Deve-se elogiar, preferentemente, a obra realizada e tmnbém encontram correspondentes no colégio. As­
não, propriamente, a criança ou o jovem que a rea­ sim como luta em casa pela sua independência, tam­
liza". O estímulo dos pais à atividade do filho, re­ bém luta naquele, e assim como precisa proteção
conhecendo o mérito de sua ação, nesse período, s6 em casa, dela necessita no colégio. Deve-se permitir
:1!: preciso que os pais ouçam seus
pode beneficiar. que pratique suas novas experiências. A proteção
filhos nesse período. É um período em que êles fa­ que se deve dar à criança não deve ser tão rígida que
lam muito das coisas do colégio, dos seus amigos, de se pretenda impedir-lhe totalmente os erros, porque,
suas experiências, etc., e os pais devem ouvi-los oom então, provocará uma falta de autonomização, que
interêsse. Quando êles se referem aos seus heróis só será prejudicial. A criança aceitará a autoridade
de ficção ou da realidade, devem acompanhá-los, e a respeitará, na medida em que esta fôr justa, e
buscar compreender, salientar os aspetos positivos que não lhe impeça o desenvolvimento da sua auto­
e recriminar, se fõr o caso, com bastante tato, os -afirmação. Neste equilíbrio é que está umq. das
defeitos que acaso possuam. Os filhos, nesse perío­ mais importantes aplicações da sã pedagogia.
do, não fazem questão que os pais aceitem totalmen-
. te o que êles pensam, mas apenas que êles compreen- AUTO-EROTISMO (Psic.) - Satisfação sexual por s1
4am as suas preferências, e não os recriminem oom
mesmo, sem o auxílio de outra pessoa. Freqüente­
mente, é sinônimo de masturbação.
acrimônia. Tõda manifestação de respeito por par­
te dos pais ao que pensem os filhos, nessa fase, pro­
.
AUTO-DISCIPLINA - Vide Disciplina.
. : · vocará nêles maior respeito, sobretudo, se os pais os

- 86 - - 87 -
\

ouvirem com seriedade. A vida no colégio é uma


de, que exagere na proporção da resistência que en·
das grandes aventuras do ser humano. É um perío­
contra. A criança ai é o jovem que quer afirmar-se
do inesquecível, e de uma importância que düicil­
adulto, tomar ares, atitudes,� expressões de adulto,
mente o resto da vida SU.Perará. No decorrer da
tanto de homens como de mulheres, embora, na jo­
existência, volvemos, constantemente, os nossos olhos
vem, seja menos acentuado que no jovem. Nesta,
às imagens do passado, que vivemos nesse período.
manifesta-se mais por cochichos, segredos com suas
Ali, vivemos os nossos primeiros atos de independên­
companheiras, etc.
·, I
cia; ali, fomos, subitamente, colocados ante um cam­
Não se pode evitar esta marcha para a indepen­ po de ação, que deveríamos percorrer sem a presen­
dência. Ela é natural, inevitável, e é inútil obsta­ ça direta de nossos pais. Ali, conhecemos novas ex­
culizá-la, porque as conseqüências são tremendamen­ periências e novos amigos, ali desaparece a tensão
te perniciosas. Nessa fase, o jovem começa a ma­ do lar e um nôvo mundo se abre aos olhos. A

:
nifestar uma valorização objetiva da realidade. Quer adaptação ao colégio nem sempre é fácil. Nos pri­
saber a verdade sôbre as coisas. Sabe separar o meiros mêses, sente o jovem que a mudança é ra.
'
mundo da imaginação do mundo da realidade, den­ dical, por isso algumas vêzes se manifesta um de­
tro, naturalmente, dos limites da sua inteligência. sejo de voltar à dependência paterna e noutras uma
Seus brinquedos são brinquedos de regras e, nesta súbita fruição de uma liberdade não esperada. As
época, devem os pais facilitar aos filhos que se tor­ normas do ambiente são outras, a disciplina é dis­
nem, por exemplo, colecionadores, que se dediquem tinta, e o maior problema que surge aí é a hábil
aos esportes, que empreendam certas atividades ma­ coordenação entre a disciplina escolar e a liber­
nuais e intelectuais fora do currículo para que êles dade individual. O colégio tem de ser um campo
possam exercer o seu domínio, e fortalecer a confian­ que prepare homens livres, e a autoridade aí não
ça em si mesmo. O amor próprio atinge um grau deve fundar-se no mêdo, nem no terror. O sábio
tão intenso que qualquer coisa os magoa. Entrega­ exercício da autoridade dos mestres é de importân­
ein capital. Esta tem de fundar-se num senso de
lli [/
rem-se a certas atividades fora do lar, neste período,
como atividades técnicas, criadoras, é um meio de jllHt lçn, num senso rigoroso, para que estimule a
facilitar esta autonomização, e nunca devem esque­ auto cllsc•tpl1nn do nluno. As reações que a criança,
cer cs pais, outra regra fundamental de educação: v <•m cnso., !o.z b manifestação da autoridade paterna,
"Deve-se elogiar, preferentemente, a obra realizada e tmnbém encontram correspondentes no colégio. As­
não, propriamente, a criança ou o jovem que a rea­ sim como luta em casa pela sua independência, tam­
liza". O estímulo dos pais à atividade do filho, re­ bém luta naquele, e assim como precisa proteção
conhecendo o mérito de sua ação, nesse período, s6 em casa, dela necessita no colégio. Deve-se permitir
:1!: preciso que os pais ouçam seus
pode beneficiar. que pratique suas novas experiências. A proteção
filhos nesse período. É um período em que êles fa­ que se deve dar à criança não deve ser tão rígida que
lam muito das coisas do colégio, dos seus amigos, de se pretenda impedir-lhe totalmente os erros, porque,
suas experiências, etc., e os pais devem ouvi-los oom então, provocará uma falta de autonomização, que
interêsse. Quando êles se referem aos seus heróis só será prejudicial. A criança aceitará a autoridade
de ficção ou da realidade, devem acompanhá-los, e a respeitará, na medida em que esta fôr justa, e
buscar compreender, salientar os aspetos positivos que não lhe impeça o desenvolvimento da sua auto­
e recriminar, se fõr o caso, com bastante tato, os -afirmação. Neste equilíbrio é que está umq. das
defeitos que acaso possuam. Os filhos, nesse perío­ mais importantes aplicações da sã pedagogia.
do, não fazem questão que os pais aceitem totalmen-
. te o que êles pensam, mas apenas que êles compreen- AUTO-EROTISMO (Psic.) - Satisfação sexual por s1
4am as suas preferências, e não os recriminem oom
mesmo, sem o auxílio de outra pessoa. Freqüente­
mente, é sinônimo de masturbação.
acrimônia. Tõda manifestação de respeito por par­
te dos pais ao que pensem os filhos, nessa fase, pro­
.
AUTO-DISCIPLINA - Vide Disciplina.
. : · vocará nêles maior respeito, sobretudo, se os pais os

- 86 - - 87 -
AUTO-EXPRESSAO CRIADORA - Vide Arte e a criança. rospecção, que é a atividade pela qual a consciência
de cada um de nós, na vida social, tem dos outros
AUTOMóVEL DA FAMíLIA - Os pais devem permitir que, por sua vez, tomam também atitudes heteros­
aos filhos, desde que se encontrem na idade estabe­
pectivas ou autospectivas.
lecida, que conduzam o carro da família. Não deve
ser :t:ermitido que jovens, ainda não na idade esta­
\l
AUTO.SUGESTAO - Sugestão exercida sôbre si mesmo.
belecida pela lei, conduzam um carro, o que pode Diferencia-se de hetero-sugestão, que é exercida por
acarretar muitos dissabores. Em qualquer circuns­ outrem, pela ação voluntária de outra pessoa. Con­
tância, o melhor exemplo de bem conduzir e seguir ,, siste a auto-sugestão numa contração psicológica, vo­
as regras de trânsito deve ser exemplificado pelo luntária ou não, numa influência automática, exer­
próprio pai. cida sôbre o nosso procedimento, ou nossos julga­
mentos, cu percepções, e, segundo muitos, até sôbre
I AUTORIDADE - Para muitos psicólogos modernos, as nosso componente fisiológico, per uma representação,
I
atitudes aestrutivas, não só infantis, mas, também,
prevenção ou desejo. Há auto-sugestão consciente e
nos adultos, contra o govêrno e contra a sociedade inconsciente. ( Vide Sugestão ) .
organizada, surgem da influência de um C omplexo
de Édipo ( vide ) , cu surgem em conseqüência da exis­ AUTOTÉLICO - D o grego autós, s i mesmo, e telos, fim.
tência de autoridades arbitrárias e inconstantes, e
dos constantes castigos do pai, não suficientemente a ) Têrmo empregado para qualificar tôda ativi­
justificados, etc., os quais os impelem a manifestar dade que se absorve totalmente em si mesma. O
uma oposição à autoridadP. paterna, podendo esten­ brinquedo, na criança, é autotélico.
der-se aos mestres, diretores de escola, policiais, etc. b ) Na Estética, emprega-se para indicar a par­
Para outros psicólogos, surgem em lares em que a te criativa. Opõe-se a heterotélico { finalidade dada
vida conjugal não é feliz, em que a mãe se sente in­ por outrem ).
capaz de prodigalizar o amor ao filho em bases su­
ficientes, etc. Nestes casos, deve-se ensinar à mãe AVOUTIVO - O que está fora da atividade voluntária,

como deve proceder com o filho, e como deve dar­ o que nuo é nem voluntário nem involuntário.
·lhe indepenaência e responsabilidade. Os castigos
exagerados geram rebelião, o que se anula quando
AZEITE DE FtGADO DE BACALHAU - Vide Vitaminas.

se constitui uma sociedade familiar democrática. Se


não são aconselháveis excessos, não o é menos a
falta de certa energia dos pais no referente às obri·
,I gações dos filhos. Mas sempre deve-se preferir a
explicação das razões, que fundamentam as normas
impostas, e nunca proceder arbitràriamente, buscan­
do-se ser o mais justo possivel em suas atitudes.

AUTOSCOPIA - Em sua origem etimológica, quer dizer


ver a si mesmo. O têrmo é empregado, na Psicolo­
gia, para referir-se às raras apercepções dos órgãos
internos, por parte do próprio paciente e também
para referir-se às alucinações, que consistem em ver
a si mesmo diante de si mesmo. A primeira é cha­
mada autoscopia interna; e a segunda, externa.

AUTOSPECÇAO - Têrmo usado na Filosofia para refe­


rir-se ao estado de consciência reflexa, daí ser toma­
da como sinônimo de reflexão, e que se opõe a het&-

- 88 - - 89 -

liLw.
!
--
----
----
----
----
----
----
� --
----
� --
� ��--
----
----
----
----
--�R ��--
----
----
---
AUTO-EXPRESSAO CRIADORA - Vide Arte e a criança. rospecção, que é a atividade pela qual a consciência
de cada um de nós, na vida social, tem dos outros
AUTOMóVEL DA FAMíLIA - Os pais devem permitir que, por sua vez, tomam também atitudes heteros­
aos filhos, desde que se encontrem na idade estabe­
pectivas ou autospectivas.
lecida, que conduzam o carro da família. Não deve
ser :t:ermitido que jovens, ainda não na idade esta­
\l
AUTO.SUGESTAO - Sugestão exercida sôbre si mesmo.
belecida pela lei, conduzam um carro, o que pode Diferencia-se de hetero-sugestão, que é exercida por
acarretar muitos dissabores. Em qualquer circuns­ outrem, pela ação voluntária de outra pessoa. Con­
tância, o melhor exemplo de bem conduzir e seguir ,, siste a auto-sugestão numa contração psicológica, vo­
as regras de trânsito deve ser exemplificado pelo luntária ou não, numa influência automática, exer­
próprio pai. cida sôbre o nosso procedimento, ou nossos julga­
mentos, cu percepções, e, segundo muitos, até sôbre
I AUTORIDADE - Para muitos psicólogos modernos, as nosso componente fisiológico, per uma representação,
I
atitudes aestrutivas, não só infantis, mas, também,
prevenção ou desejo. Há auto-sugestão consciente e
nos adultos, contra o govêrno e contra a sociedade inconsciente. ( Vide Sugestão ) .
organizada, surgem da influência de um C omplexo
de Édipo ( vide ) , cu surgem em conseqüência da exis­ AUTOTÉLICO - D o grego autós, s i mesmo, e telos, fim.
tência de autoridades arbitrárias e inconstantes, e
dos constantes castigos do pai, não suficientemente a ) Têrmo empregado para qualificar tôda ativi­
justificados, etc., os quais os impelem a manifestar dade que se absorve totalmente em si mesma. O
uma oposição à autoridadP. paterna, podendo esten­ brinquedo, na criança, é autotélico.
der-se aos mestres, diretores de escola, policiais, etc. b ) Na Estética, emprega-se para indicar a par­
Para outros psicólogos, surgem em lares em que a te criativa. Opõe-se a heterotélico { finalidade dada
vida conjugal não é feliz, em que a mãe se sente in­ por outrem ).
capaz de prodigalizar o amor ao filho em bases su­
ficientes, etc. Nestes casos, deve-se ensinar à mãe AVOUTIVO - O que está fora da atividade voluntária,

como deve proceder com o filho, e como deve dar­ o que nuo é nem voluntário nem involuntário.
·lhe indepenaência e responsabilidade. Os castigos
exagerados geram rebelião, o que se anula quando
AZEITE DE FtGADO DE BACALHAU - Vide Vitaminas.

se constitui uma sociedade familiar democrática. Se


não são aconselháveis excessos, não o é menos a
falta de certa energia dos pais no referente às obri·
,I gações dos filhos. Mas sempre deve-se preferir a
explicação das razões, que fundamentam as normas
impostas, e nunca proceder arbitràriamente, buscan­
do-se ser o mais justo possivel em suas atitudes.

AUTOSCOPIA - Em sua origem etimológica, quer dizer


ver a si mesmo. O têrmo é empregado, na Psicolo­
gia, para referir-se às raras apercepções dos órgãos
internos, por parte do próprio paciente e também
para referir-se às alucinações, que consistem em ver
a si mesmo diante de si mesmo. A primeira é cha­
mada autoscopia interna; e a segunda, externa.

AUTOSPECÇAO - Têrmo usado na Filosofia para refe­


rir-se ao estado de consciência reflexa, daí ser toma­
da como sinônimo de reflexão, e que se opõe a het&-

- 88 - - 89 -

liLw.
!
--
----
----
----
----
----
----
� --
----
� --
� ��--
----
----
----
----
--�R ��--
----
----
---
B

BABA - Vide Pagem.


BABAR - Quando um bebê (de 3 ou 4 mêses) baba mui­
to, pode ser indício de fome, ou, então, que se en­
contra em condições de ingerir alimentos mais sóli­
dos que o leite. Também prenuncia a primeira den­
tição, que se aproxima.

BAILE - Ao chegar à idade de 13/14 anos, tanto os


meninos como as meninas gostam de freqüentar
bailes. Convém os pais não se manüestarem total­
mente contrários, pois é uma diversão necessária, e
que não faz mal, desde que seja conhecido o ambien­
te freqüentado.
BALANCEIO ( CABECEIO ) Alguns bebês, entre os
-

seis e doze mêses, parecem ter necessidade de me­


xer-se ritmicamente, para a frente e para trás,
apoiando-se sôbre as mãos e joelhos. Em geral.
realizam com mais intensidade antes de dormir.
Segundo muitos estudiosos, êste movimento parece
satisfazer alguma espécie de necessidade rítmica cu
superação de alguma tensão, antes de dormir. Esta
fase passa e, portanto, é aconselhável não procurar
distraí-lo ou deter seus movimentos. Deixá-lo que
se movimente à vontade, e para tal é preferível não
usar lençóis apertados que impeçam os movimentos.

BANHO DO BEB:tl; - Vide Puericultura, 9.0 cap., § 3.


BANHOS DE SOL - Vide Puericultura, 9.0 cap., § 10.

BARRO - Vide Modelagem: . •


. .
l • �·
•.. � ... ... <

BASTARDO a) Diz-se do filho que não é proveniente


-

dos componentes de: um matrimônio sancionado pela


lei. Nascimento ilegítimo.

- 91 -
B

BABA - Vide Pagem.


BABAR - Quando um bebê (de 3 ou 4 mêses) baba mui­
to, pode ser indício de fome, ou, então, que se en­
contra em condições de ingerir alimentos mais sóli­
dos que o leite. Também prenuncia a primeira den­
tição, que se aproxima.

BAILE - Ao chegar à idade de 13/14 anos, tanto os


meninos como as meninas gostam de freqüentar
bailes. Convém os pais não se manüestarem total­
mente contrários, pois é uma diversão necessária, e
que não faz mal, desde que seja conhecido o ambien­
te freqüentado.
BALANCEIO ( CABECEIO ) Alguns bebês, entre os
-

seis e doze mêses, parecem ter necessidade de me­


xer-se ritmicamente, para a frente e para trás,
apoiando-se sôbre as mãos e joelhos. Em geral.
realizam com mais intensidade antes de dormir.
Segundo muitos estudiosos, êste movimento parece
satisfazer alguma espécie de necessidade rítmica cu
superação de alguma tensão, antes de dormir. Esta
fase passa e, portanto, é aconselhável não procurar
distraí-lo ou deter seus movimentos. Deixá-lo que
se movimente à vontade, e para tal é preferível não
usar lençóis apertados que impeçam os movimentos.

BANHO DO BEB:tl; - Vide Puericultura, 9.0 cap., § 3.


BANHOS DE SOL - Vide Puericultura, 9.0 cap., § 10.

BARRO - Vide Modelagem: . •


. .
l • �·
•.. � ... ... <

BASTARDO a) Diz-se do filho que não é proveniente


-

dos componentes de: um matrimônio sancionado pela


lei. Nascimento ilegítimo.

- 91 -
b ) Emprega-se o têrmo também no sentido de
§ 1 , 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 1 1.
tôda e qualquer idéia ou conclusão que decorre, in­ BEB:2 ( primeiros mêses de vida) - Vide Puericultura,

.'r
conseqüentemente, de premissas dad.'as: "um pensa­
mento bastardo", "uma doutrina bastarda". BEBÊ ( quarto d o ) - Vide Puericultura, cap. 2.0, § 4 .0•

BEB:t ( ALIMENTOS NOVOS) - Com quatro ou cinco BEBER - Na adolescência, inicia-se o problema de be­
mêses, o bebê está apto a receber uma alimentação ber que deve ser visualizado com bom senso pelos
sólida. Deve iniciar-se paulatinamente a entrada de pais. A proibição terminante do uso de qualquer
novos alimentos no regime do bebê. Assim, segun­ bebida para um jovem de 15 anos, em nada adian­
do a maioria dos pediatras, esta se inicia com a in­ tará, e servirá para trazer maiores preocupações aos
clusão . da sopa de legumes e cereais, em lugar de pais, pois êle o fará às escondidas. O melhor é mos­
uma mamadeira, e depois de duas ( a das 1 0 ou 1 1 trar-lhe as desvantagens que proporciona a bebida
horas da manhã e das 5 ou 6 horas da tarde ). Pro­ em demasia, com bons exemplos. É comum, nos
gressivamente, começa-se a incluir no regime alimen­
[i
países europeus, onde o hábito de tomar alguma be­

1',
tar frutas, cereais, etc. A carne, os ovos, os purês
variados são muito importantes e devem fazer parte I� •
bida alcoólica se inicia desde a infância, e não é tão
pernicioso como em outros. Assim na França, Itália
constante no cardápio diário. Mas 3 conselhos são e Espanha é comum dar-se vinho nas refeições às
importantes na inclusão de novos alimentos. São crianças; na Alemanha e outros países, cerveja.
êles:
BEHA VIORISMO - Do têrmo inglês Behaviour, que sig­
1 ) acostumar o bebê aos novos alimentos pau­ nifica conduta, comportamento. Escola contemporâ­
latinamente, começando por pequenas quantidades, e nea de psicologia, nos Estados Unidos, que abando·

lt
aumentando-as progressivamente. Não dar um ali­ na o estudo da mente, da consciência, para examinar
mento nôvo até que se tenha familiarizado com o a psicologia animal e a humana do ângulo apenas da
anterior. conduta, do comportamento. Pavlov, fisiologista rus­

!l
2) Proporcionar ao bebê uma alimentação � so, com as suas investigações sôbre o reflexo condi­
riada de forma que a isto se acostume, sem entre­ cionado, influiu decididamente no êxito do behavio­
tanto ser forçado. rismo. J. B. Watson foi o fundador dessa escola.
Todos os fatos psicológicos superiores, os pensamen­
3 ) Ter sempre em mente que um alimento tem tos, as emoções, etc., são interpretados como mero
um substituto com o mesmo valor alimentício. É comportamento. Filosoficamente, o behaviorismo é
preciso saber trocar um alimento, quando êste é re­ uma espécie de materialismo metafísico.
jeitado e substituí-lo por outro com o mesmo valor
alimentício . BENEVOLE.:NCIA - Hábito moral de promover o bem

§
para os outros. Só o cristianismo estabeleceu a be­
BEBt; ( como vesti-lo ) - Vide Puericultura, cap. 2,0, 2.0• nevolência como virtude, porém não a contou entre
as virtudes cardeais, mas identificou-a com a virtude
BEB:t ( envoltórios d o ) - Vide Puericultura, 9.0 cap. § 2.
teológica da caridade.
BEBE.: ( enxoval do ) - Vide Puericultura, 2.0 cap., § 1. Em Platão e Aristóteles, a benevolência para com
os homens como tais não é encontrada. Em seu lu­
BEBE.: - Lavagem da sua roupa - Vide Puericultura,
gar, achamos a liberalidade ( com carácter univer­
2.0 cap. § 3.0•
sal ). e a amizade que, porém, de c�rto modo, se re­
BEBÊ NORMAL - Vide Puericultura, cap. 3.0, § 3.o, duz a um egotismo, porque o bem dos amigos é con­
siderado o bem próprio de cada um . Essa identifi­
BEBE.: ( primeiro ano de vida) - Vide Puericultura, 8." cação, sem dúvida, implica ao mesmo tempo uma
cap. § 1 . atitude altruísta: contudo, não se deve universalizá­
BEBt; ( primeiros dias) - Vide Puericultura, 6.0 cap., § 18. i ·la. Tanto mais que a amizade, na acepção antiga,
presupõe um certo grau de identidade nas condições
- 92 -
li - 93 -



----� ----�----�----� --�11 �
b ) Emprega-se o têrmo também no sentido de
§ 1 , 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 1 1.
tôda e qualquer idéia ou conclusão que decorre, in­ BEB:2 ( primeiros mêses de vida) - Vide Puericultura,

.'r
conseqüentemente, de premissas dad.'as: "um pensa­
mento bastardo", "uma doutrina bastarda". BEBÊ ( quarto d o ) - Vide Puericultura, cap. 2.0, § 4 .0•

BEB:t ( ALIMENTOS NOVOS) - Com quatro ou cinco BEBER - Na adolescência, inicia-se o problema de be­
mêses, o bebê está apto a receber uma alimentação ber que deve ser visualizado com bom senso pelos
sólida. Deve iniciar-se paulatinamente a entrada de pais. A proibição terminante do uso de qualquer
novos alimentos no regime do bebê. Assim, segun­ bebida para um jovem de 15 anos, em nada adian­
do a maioria dos pediatras, esta se inicia com a in­ tará, e servirá para trazer maiores preocupações aos
clusão . da sopa de legumes e cereais, em lugar de pais, pois êle o fará às escondidas. O melhor é mos­
uma mamadeira, e depois de duas ( a das 1 0 ou 1 1 trar-lhe as desvantagens que proporciona a bebida
horas da manhã e das 5 ou 6 horas da tarde ). Pro­ em demasia, com bons exemplos. É comum, nos
gressivamente, começa-se a incluir no regime alimen­
[i
países europeus, onde o hábito de tomar alguma be­

1',
tar frutas, cereais, etc. A carne, os ovos, os purês
variados são muito importantes e devem fazer parte I� •
bida alcoólica se inicia desde a infância, e não é tão
pernicioso como em outros. Assim na França, Itália
constante no cardápio diário. Mas 3 conselhos são e Espanha é comum dar-se vinho nas refeições às
importantes na inclusão de novos alimentos. São crianças; na Alemanha e outros países, cerveja.
êles:
BEHA VIORISMO - Do têrmo inglês Behaviour, que sig­
1 ) acostumar o bebê aos novos alimentos pau­ nifica conduta, comportamento. Escola contemporâ­
latinamente, começando por pequenas quantidades, e nea de psicologia, nos Estados Unidos, que abando·

lt
aumentando-as progressivamente. Não dar um ali­ na o estudo da mente, da consciência, para examinar
mento nôvo até que se tenha familiarizado com o a psicologia animal e a humana do ângulo apenas da
anterior. conduta, do comportamento. Pavlov, fisiologista rus­

!l
2) Proporcionar ao bebê uma alimentação � so, com as suas investigações sôbre o reflexo condi­
riada de forma que a isto se acostume, sem entre­ cionado, influiu decididamente no êxito do behavio­
tanto ser forçado. rismo. J. B. Watson foi o fundador dessa escola.
Todos os fatos psicológicos superiores, os pensamen­
3 ) Ter sempre em mente que um alimento tem tos, as emoções, etc., são interpretados como mero
um substituto com o mesmo valor alimentício. É comportamento. Filosoficamente, o behaviorismo é
preciso saber trocar um alimento, quando êste é re­ uma espécie de materialismo metafísico.
jeitado e substituí-lo por outro com o mesmo valor
alimentício . BENEVOLE.:NCIA - Hábito moral de promover o bem

§
para os outros. Só o cristianismo estabeleceu a be­
BEBt; ( como vesti-lo ) - Vide Puericultura, cap. 2,0, 2.0• nevolência como virtude, porém não a contou entre
as virtudes cardeais, mas identificou-a com a virtude
BEB:t ( envoltórios d o ) - Vide Puericultura, 9.0 cap. § 2.
teológica da caridade.
BEBE.: ( enxoval do ) - Vide Puericultura, 2.0 cap., § 1. Em Platão e Aristóteles, a benevolência para com
os homens como tais não é encontrada. Em seu lu­
BEBE.: - Lavagem da sua roupa - Vide Puericultura,
gar, achamos a liberalidade ( com carácter univer­
2.0 cap. § 3.0•
sal ). e a amizade que, porém, de c�rto modo, se re­
BEBÊ NORMAL - Vide Puericultura, cap. 3.0, § 3.o, duz a um egotismo, porque o bem dos amigos é con­
siderado o bem próprio de cada um . Essa identifi­
BEBE.: ( primeiro ano de vida) - Vide Puericultura, 8." cação, sem dúvida, implica ao mesmo tempo uma
cap. § 1 . atitude altruísta: contudo, não se deve universalizá­
BEBt; ( primeiros dias) - Vide Puericultura, 6.0 cap., § 18. i ·la. Tanto mais que a amizade, na acepção antiga,
presupõe um certo grau de identidade nas condições
- 92 -
li - 93 -



----� ----�----�----� --�11 �
de vida e uma homogeneidade nos sentimentos. O BIBLIOTECAS ESCOLARES - Encontra-se na maioria
cosmopolitismo dos Estóicos e a filantropia dos Aca.. dos colégios, uma biblioteca destinada aos alunos. De­
. dêmicos levaram a uma consideração das necessida· ve constituir-se de livros de consulta, de forma que
des alheias, anàlogamente à justiça, que zela pelos os alunos possam lê-los nas horas vagas, como, tam­
direitos dos outros. bém, retirá-las para ler em casa. Um bibliotecário
A benevolência tende, por natureza, ao universa­ ou bibliotecária, que é o organizador, ajuda os alunos
lismo com respeito à sua aplicação; porém, aqui, na seleção de obras, e no manejo do catálogo.
surge o problema de se o homem deve um maior As bibliotecas escolares têm a finalidade de faci­
grau de benevolência a pessoas que lhe estão mais litar a consulta dos livros indicados pelos professores,
perto (parentes, benfeitores), do que ao resto da hu­ como possibilitar a leitura de livros variados (ficção,
manidade e se tal preferência, quando praticada, pode romances, ensaios, etc.), tendo como principal fun­
ser aprovada do ponto de vista moral. Mas, a ques­ ção a de proporcionar um ambiente e elementos para
tão, além de ética, implica ainda um problema psi­ que se desenvolva o gõstc pela leitura.
cológico: uma extensão e generalização d'a benevolên­
cia significa, pràticamente, uma perda de intensidade BmLIOTECAS PúBLICAS - Há bibliotecas mantidas
e eficiência. pelo Estado, outras por associações variadas, e muitas
de fundação particular. Também se encontram ser­
Já que a benevolência visa o bem dos outros, é
viços de consulta em redação de vários jornais e re­
também problemático que espécie de bem, dentro
vistas.
dessa vasta hierarquia, tem que ser procurado em
primeiro lugar. Kant afirma que é simplesmente a BICICLETAS - A bicicleta de duas rodas exige uma coor­
felicidade dos outros, já que não é possível promover denação perfeita, pernas compridas para alcançar cs
o bem verdadeiro dos outros, a sua virtude, porque pedais e habilidade de tomar decisões rápidas. Pa­
essa é um valor puramente pessoal. ra uma criança de 3 ou 4 anos, é aconselhável o uso
O carácter desinteressado da benevolência foi do triciclo, passando, só mais tarde, para a bicicleta
outra questão controvertida. Hobbes quis reduzi-la de duas roaas, quando tenha a estatura desejada e o
ao amor para dominar; outros qualificam-na de amor equilíbrio necessário.
próprio, sob o véu da hipocrisia. Outros afirmaram Abaixo segue-se uma série de conselhos, que de­
o seu carácter desinteressado. Uma certa reconcilia­
vem ser dados à criança que ganha uma bicicleta;
ção dos pontos de vista extremes se acha em autores
modernos, que estabelecem a simpatia como fôrça a) Nunca deve subir numa bicicleta n o meio da rua.
motriz da benevolência, sendo que a simpatia reune
b) Nunca andar em velocidade numa rua com trân­
o sentimento altruístico e o momento da satisfação
sito.
pessoal.
c) Não levar nunca algum outro amigo na frente ou
BIBLIOTECA DO LAR - A formação de uma biblioteca
atrás.
no lar, dependerá, em parte, das possioilidades econô­
micas, e da educação recebida pelos pais. Natural­ . ' BIOPSfQUICO - Diz-se da relação entre os fenômenos
mente que um clima de cultura deve reinar em tôda psíquicos com o organismo vivo.
casa, constituindo-se, assim, um ambiente favorável
ao estudo, ao mesmo tempo que se possibilitam os 810-SOCIAL (Do gr. bios, vida) . Diz-se das relações so­
meios para tal: cursar a escola, uma boa literatura, ciais, quando determinadas pelos fatôres biológicos.
etc. Também para os organismos, que oferecem uma utili­
dade social ou um significado social, como os animais
Deve constar de uma biblioteca, por menor que
domésticos, os escravos na escravidão, . etc.
seja: livros sôbre primeiros socorros, puericultura,
conselhos caseiros, alguns livros de ficção, uma enci­ BIOTIPO - (Do gr. bios, vida e typos, espécie, tipo ) . Diz­
clopédia, e literatura variada. -se biotipo, quando um grupo de organismos, de ori-

- 94 - - 95 -
de vida e uma homogeneidade nos sentimentos. O BIBLIOTECAS ESCOLARES - Encontra-se na maioria
cosmopolitismo dos Estóicos e a filantropia dos Aca.. dos colégios, uma biblioteca destinada aos alunos. De­
. dêmicos levaram a uma consideração das necessida· ve constituir-se de livros de consulta, de forma que
des alheias, anàlogamente à justiça, que zela pelos os alunos possam lê-los nas horas vagas, como, tam­
direitos dos outros. bém, retirá-las para ler em casa. Um bibliotecário
A benevolência tende, por natureza, ao universa­ ou bibliotecária, que é o organizador, ajuda os alunos
lismo com respeito à sua aplicação; porém, aqui, na seleção de obras, e no manejo do catálogo.
surge o problema de se o homem deve um maior As bibliotecas escolares têm a finalidade de faci­
grau de benevolência a pessoas que lhe estão mais litar a consulta dos livros indicados pelos professores,
perto (parentes, benfeitores), do que ao resto da hu­ como possibilitar a leitura de livros variados (ficção,
manidade e se tal preferência, quando praticada, pode romances, ensaios, etc.), tendo como principal fun­
ser aprovada do ponto de vista moral. Mas, a ques­ ção a de proporcionar um ambiente e elementos para
tão, além de ética, implica ainda um problema psi­ que se desenvolva o gõstc pela leitura.
cológico: uma extensão e generalização d'a benevolên­
cia significa, pràticamente, uma perda de intensidade BmLIOTECAS PúBLICAS - Há bibliotecas mantidas
e eficiência. pelo Estado, outras por associações variadas, e muitas
de fundação particular. Também se encontram ser­
Já que a benevolência visa o bem dos outros, é
viços de consulta em redação de vários jornais e re­
também problemático que espécie de bem, dentro
vistas.
dessa vasta hierarquia, tem que ser procurado em
primeiro lugar. Kant afirma que é simplesmente a BICICLETAS - A bicicleta de duas rodas exige uma coor­
felicidade dos outros, já que não é possível promover denação perfeita, pernas compridas para alcançar cs
o bem verdadeiro dos outros, a sua virtude, porque pedais e habilidade de tomar decisões rápidas. Pa­
essa é um valor puramente pessoal. ra uma criança de 3 ou 4 anos, é aconselhável o uso
O carácter desinteressado da benevolência foi do triciclo, passando, só mais tarde, para a bicicleta
outra questão controvertida. Hobbes quis reduzi-la de duas roaas, quando tenha a estatura desejada e o
ao amor para dominar; outros qualificam-na de amor equilíbrio necessário.
próprio, sob o véu da hipocrisia. Outros afirmaram Abaixo segue-se uma série de conselhos, que de­
o seu carácter desinteressado. Uma certa reconcilia­
vem ser dados à criança que ganha uma bicicleta;
ção dos pontos de vista extremes se acha em autores
modernos, que estabelecem a simpatia como fôrça a) Nunca deve subir numa bicicleta n o meio da rua.
motriz da benevolência, sendo que a simpatia reune
b) Nunca andar em velocidade numa rua com trân­
o sentimento altruístico e o momento da satisfação
sito.
pessoal.
c) Não levar nunca algum outro amigo na frente ou
BIBLIOTECA DO LAR - A formação de uma biblioteca
atrás.
no lar, dependerá, em parte, das possioilidades econô­
micas, e da educação recebida pelos pais. Natural­ . ' BIOPSfQUICO - Diz-se da relação entre os fenômenos
mente que um clima de cultura deve reinar em tôda psíquicos com o organismo vivo.
casa, constituindo-se, assim, um ambiente favorável
ao estudo, ao mesmo tempo que se possibilitam os 810-SOCIAL (Do gr. bios, vida) . Diz-se das relações so­
meios para tal: cursar a escola, uma boa literatura, ciais, quando determinadas pelos fatôres biológicos.
etc. Também para os organismos, que oferecem uma utili­
dade social ou um significado social, como os animais
Deve constar de uma biblioteca, por menor que
domésticos, os escravos na escravidão, . etc.
seja: livros sôbre primeiros socorros, puericultura,
conselhos caseiros, alguns livros de ficção, uma enci­ BIOTIPO - (Do gr. bios, vida e typos, espécie, tipo ) . Diz­
clopédia, e literatura variada. -se biotipo, quando um grupo de organismos, de ori-

- 94 - - 95 -
gem comum, apresentam o mesmo complexo de fatô­ rando-a, porque jamais deixamos de ser também o
res hereditários. animal que há em nós. O ludus de regra é o exercitar
da inteligência, da racionalidade que desponta. To­
BOLHAS DE AGUA - Uma pequena irritação da pele dos êsses exercícios são importantes, imprescindíveis,
provoca, às vêzes, um inchaço cheio de fluído aquoso. e buscados naturalmente, por uma imposição da es­
É bastante comum no calcanhar, principalmente quan­ pécie em nós. Tôda habilidade dos pais está em sa­
do a criança usa um sapato apertado. Nos bebês, ber dar aos filhos brinquedos correspondentes ao
aparece com freqüência nos lábios. Na maioria das grau do seu desenvolvimento. Os primeiros brinque­
vêzes, estas bôlhas secam-se por sí só, e o melhor é dos devem ser aquêles que facilitem o exercício de
não tocá-las. seus músculos, o manuseio, o tato, etc. A partici­

Se, por acaso, encontra-se num local que sofre


pação do adulto nos brinquedos infantis é sempre di­
fícil, se pretender dirigi-los. Na verdade, o adulto
roçaduras, o mais indicado é furá-la com uma agulha
deve permanecer passivo, e propor que a criança diri­
fina esterilizada. Depois aperta-se suavemente com
ja o brinquedo. Seguindo-a, far-lhe-á prazer. Para
um pouco de algodão ou gaze, de forma a fazer sair
o Iactente, seus primeiros brinquedos são suas per­
todo o líquido nela contido, cobrindo, depois, a região
nas e seus braços, que êle movimenta sem cessar.
com um band-aid.
Pratica, assim, os primeiros exercícios necessários.
BORBULHAS NA PELE - Vide Puericultura - 6.0 cap., Só se lhe devem dar brinquedos que estimulem essa
§ 2. atividade, brinquedos brandos, de fácil manuseio le-,
.
ves. Aos seis meses, já começa a manifestar interês-
BRILHAR - Vide Prestígio. se e satisfação por brinquedos sonoros. Começa, en­
Há um grande número de tão, a balbuciar, a imitar os sons que ouve. Começa
BRINCAR DE "VESTIR-SE" -

a rir quando riem para êle, manifestará excitações.


jogos e brinquedos, nos quais as crianças imitam os
Se o adulto ocultar-se aos seus olhos, e subitamente
adultos. Não há nenhum inconveniente em propor­
se mostrar rindo, provocará hilariedade no bebê.
cionarem-se à criança os elementos necessários para
que se fantasie, imitando o adulto. Assim, um vesti­ Quando a criança começa a andar, descortina-se
do velho ou fora de moda; sapatos já usados; chapéus, para ela um mundo novo e imenso. É nessa fase que
penas, etc., tudo serve para formar uma fantasia, e se devem dar brinquedos, como carrinhos, miniaturas
passar um período alegre, cheio de entusiasmo, com de automóveis. Nesta fase, começam a desenvolver­
o desenvolvimento do senso criativo. -se seus músculos. É aos três anos que começa a in­
teressar-se pelos brinquedos em cooperação com ou­
BRINQUEDO - É brincando que as crianças crescem e
tras crianças . . O triciclo e a carretinha são os brin­
se formam hcmens. Sua vida se desenvolve durante
essas atividades tão importantes. O brinquedo ( o quedos preferidos, porque podem carregar coisas.
As meninas brincam de casinha, vestem e despem bo­
Iudus ) infantil pode ser de exercício, de imitação ou
necas, vão passear com suas bonecas. Aos quatro
de regras, o que já examinamos no artigo correspon­
anos, a criança é mais sociável ainda. Convida os
dente ( Vide Luclus ). Em todos êles há sempre uma
outros a brincar. É nessa época que começam a
afirmação da espécie c uma marcha ascendente à hu­
surgir os heróis infantis, os "cow-boys", os "índios",
manidade. O ludus ele exercício é um desenvolvimen­
é�oca em q�e se disfarçam, dão aos panos significa­
to normal da sensibilidade, do sensório motriz, uma _
çoes srmbóllcas, capacetes, couraças, cinturões, etc.
busca instintiva de tôda a maestria fundamental pa­
Se não lhe derem brinquedos apropriados, ela trans­
ra a vida fisiológica e genuinamente física do ser hu­
formará as coisas, dando-lhes as significações que
mano. O ludus de imitação ( o ludus simbólico ) é
pretende. A criança é sempre criadora em sua sim­
fundamentalmente afetivo, enquanto o ludus de re­
bólica, e não necessita de cópias mais ou menos fiéis
gra é já o despontar da racionalidade, diferença es­
das coisas com que deseja brincar, porque dá ao que
pecífica do homem. Já no ludus simbólico desponta
o humano. É o afastamento da animalidade, supe-
tem a significação que deseja, e isso a satisfaz plena-

- 96 - - 97 -
gem comum, apresentam o mesmo complexo de fatô­ rando-a, porque jamais deixamos de ser também o
res hereditários. animal que há em nós. O ludus de regra é o exercitar
da inteligência, da racionalidade que desponta. To­
BOLHAS DE AGUA - Uma pequena irritação da pele dos êsses exercícios são importantes, imprescindíveis,
provoca, às vêzes, um inchaço cheio de fluído aquoso. e buscados naturalmente, por uma imposição da es­
É bastante comum no calcanhar, principalmente quan­ pécie em nós. Tôda habilidade dos pais está em sa­
do a criança usa um sapato apertado. Nos bebês, ber dar aos filhos brinquedos correspondentes ao
aparece com freqüência nos lábios. Na maioria das grau do seu desenvolvimento. Os primeiros brinque­
vêzes, estas bôlhas secam-se por sí só, e o melhor é dos devem ser aquêles que facilitem o exercício de
não tocá-las. seus músculos, o manuseio, o tato, etc. A partici­

Se, por acaso, encontra-se num local que sofre


pação do adulto nos brinquedos infantis é sempre di­
fícil, se pretender dirigi-los. Na verdade, o adulto
roçaduras, o mais indicado é furá-la com uma agulha
deve permanecer passivo, e propor que a criança diri­
fina esterilizada. Depois aperta-se suavemente com
ja o brinquedo. Seguindo-a, far-lhe-á prazer. Para
um pouco de algodão ou gaze, de forma a fazer sair
o Iactente, seus primeiros brinquedos são suas per­
todo o líquido nela contido, cobrindo, depois, a região
nas e seus braços, que êle movimenta sem cessar.
com um band-aid.
Pratica, assim, os primeiros exercícios necessários.
BORBULHAS NA PELE - Vide Puericultura - 6.0 cap., Só se lhe devem dar brinquedos que estimulem essa
§ 2. atividade, brinquedos brandos, de fácil manuseio le-,
.
ves. Aos seis meses, já começa a manifestar interês-
BRILHAR - Vide Prestígio. se e satisfação por brinquedos sonoros. Começa, en­
Há um grande número de tão, a balbuciar, a imitar os sons que ouve. Começa
BRINCAR DE "VESTIR-SE" -

a rir quando riem para êle, manifestará excitações.


jogos e brinquedos, nos quais as crianças imitam os
Se o adulto ocultar-se aos seus olhos, e subitamente
adultos. Não há nenhum inconveniente em propor­
se mostrar rindo, provocará hilariedade no bebê.
cionarem-se à criança os elementos necessários para
que se fantasie, imitando o adulto. Assim, um vesti­ Quando a criança começa a andar, descortina-se
do velho ou fora de moda; sapatos já usados; chapéus, para ela um mundo novo e imenso. É nessa fase que
penas, etc., tudo serve para formar uma fantasia, e se devem dar brinquedos, como carrinhos, miniaturas
passar um período alegre, cheio de entusiasmo, com de automóveis. Nesta fase, começam a desenvolver­
o desenvolvimento do senso criativo. -se seus músculos. É aos três anos que começa a in­
teressar-se pelos brinquedos em cooperação com ou­
BRINQUEDO - É brincando que as crianças crescem e
tras crianças . . O triciclo e a carretinha são os brin­
se formam hcmens. Sua vida se desenvolve durante
essas atividades tão importantes. O brinquedo ( o quedos preferidos, porque podem carregar coisas.
As meninas brincam de casinha, vestem e despem bo­
Iudus ) infantil pode ser de exercício, de imitação ou
necas, vão passear com suas bonecas. Aos quatro
de regras, o que já examinamos no artigo correspon­
anos, a criança é mais sociável ainda. Convida os
dente ( Vide Luclus ). Em todos êles há sempre uma
outros a brincar. É nessa época que começam a
afirmação da espécie c uma marcha ascendente à hu­
surgir os heróis infantis, os "cow-boys", os "índios",
manidade. O ludus ele exercício é um desenvolvimen­
é�oca em q�e se disfarçam, dão aos panos significa­
to normal da sensibilidade, do sensório motriz, uma _
çoes srmbóllcas, capacetes, couraças, cinturões, etc.
busca instintiva de tôda a maestria fundamental pa­
Se não lhe derem brinquedos apropriados, ela trans­
ra a vida fisiológica e genuinamente física do ser hu­
formará as coisas, dando-lhes as significações que
mano. O ludus de imitação ( o ludus simbólico ) é
pretende. A criança é sempre criadora em sua sim­
fundamentalmente afetivo, enquanto o ludus de re­
bólica, e não necessita de cópias mais ou menos fiéis
gra é já o despontar da racionalidade, diferença es­
das coisas com que deseja brincar, porque dá ao que
pecífica do homem. Já no ludus simbólico desponta
o humano. É o afastamento da animalidade, supe-
tem a significação que deseja, e isso a satisfaz plena-

- 96 - - 97 -
mente, o que nem sempre compreendem os pais. É a areia, o barro. Causam verdadeiras preocupações
até preferível que se permita à criança criar com seus aos pais, devido aos aspectos higiênicos. Contudo,
objetos o mundo de sua simbólica, do que lhe dar ob­ apesar das dificuldades que ·possa haver em casa, po­
jetos já figurativamente cópias fiéis da realidade, pois dem os pais, com um pouco de areia, um balde e uma
uma boneca de trapo tem às vêzes muito mais valor pá dar à criança oportunidade de se distrair e exerci­
para a criança que a tem, que uma boneca que a in­ tar-se demoradamente. Pequenos objetos, já em de­
dústria oferece. E quando tal fato se dá, pode-se suso, podem oferecer à criança muitas possibilidades
concluir que essa criança tem runa capacidade sim­ para brinquedos dos mais variados. Com êles, gra­
bólica elevada, uma tendência à criação estética, uma ças à sua capacidade simbólica, é capaz de construir
fantasia superior, que já assinalam possibilidades in­ castelos, cidades, animais, mundos imaginários. Jo­
telectuais superiores. gos de mesa são importantíssimos. Não importa que
a criança não obedeça com rigor as regras, o impor­
Aos cinco anos, a menina se interessa pelas casi­
tante é que se exercite. O esporte começa a surgir
nhas, cuidar das bonecas, aparentá-las, dar-lhes remé­
nesta fase. Os brinquedos esportivos são de grande
dios, lavá-las, penteá-las, castigá-las, dar-lhes conse­
valor, porque desenvolvem a habilidade infantil. Na
lhos, etc. Tôdas essas práticas podem e devem ser
verdade, o esporte é o brinquedo de exercício e de
observadas pelos país, pois elas revelam muito do
regras do adulto, para o qual a criança se dirige.
que nelas se firmou da educação que recebeu, pois
Neste período, as meninas tornam-se febrilmente co­
pretende dar às suas bonecas a mesma educação que
lecionadoras, reunem estampas, figuras, enquanto
julga justa e que segue. Os desenhos são aqui de
os meninos se interessam por ferramentas, aparelhos,
máxima importância. Nesta idade, a criança já bus­
pela mecânica. Aqui devem ser dados brinquedos de
ca imitar a natureza, acentuando os aspetos que ela
construção mecânica e arquitetura! o mais parecidos
mais valorizam. É o período que se interessa pelas
possíveis com a realidade, para que desenvolvam com
ferramentas. Neste período, convém dar dominós,
precisão a construção e estimulem a habilidade. De­
pois é um brinquedo fácil para a criança, e que desen­
vem-se deixar as crianças só, buscar não intervir em
volve a sua inteligência, colecionar coisas, como selos,
seus brinquedos, evitar intervenções, salvo quando so­
etc., no qual aceita a cooperação do adulto, classificar
licitadas. É inconveniente criticá-las, chamar a aten­
plantas, organizar herbários, etc.
ção para a falta de habilidade, porque não as estimu­
É na idade escolar que os brinquedos guerreiros laremos assim. Convém, sim, elogiar a obra quando
começam a interessar-lhe. Há lutas, perseguições, relativamente bem feita, conquistar a confiança da
tiros. Muitos desejam desterrar tais brinquedos, evi­ criança, para que ela possa aceitar a colaboração do
tando dar "armas" às crianças, para não despertar­ adulto, mas sempre subordinada à direção da criança.
lhes os instintos guerreiros adormecidos no homem. Nunca se deve esquecer que a criança nsse período,
Mas, como será possível evitarem-se tais coisas, se há deseja brincar só, em solidão, ou com outros de sua
filmes de cow-boys, filmes de guerra e a televisão está idade. É quando ela busca seus recantos, seus escon­
constantemente exibindo filmes onde há lutas, atos derijos, onde possa realizar suas construções, seguin­
de heroismo, sacrifícios de vida, combates etc. Se
do a sua fantasia e a sua vontade nascente. É nesse
não se derem revólveres, espingardas às crianças, elas
período que a criança gosta de ter "covas", lugares de
transformarão pedaços de madeira em revólveres e
reuniões, onde os adultos não penetrem, onde se reu­
espingardas. A criança tem uma capacidade criado­
nam com seus companheiros, lugares de reunião, co­
ra, que é relacionada e se desenvolve em função do
nhecidos apenas por elas, que são organizados, segun­
ambiente em que vive. Quando a humanidade es­
do regras e ordens, que são cumpridas com o máximo
quecer as guerras, então as crianças talvez ainda brin­ rigor, e em que só podem pertencer ao grupo aquêles
quem de guerras.
que se comprometem a seguir com rígida obediência
Os brinquedos preferidos pelas crianças dos três a essas regras. Na fase pré-adolescente é que se de­
aos seis anos, são, sem dúvida, os que ela usa a água, senvolve a vida dos grupos, a formação dos clubes

- 98 - - 99 -
mente, o que nem sempre compreendem os pais. É a areia, o barro. Causam verdadeiras preocupações
até preferível que se permita à criança criar com seus aos pais, devido aos aspectos higiênicos. Contudo,
objetos o mundo de sua simbólica, do que lhe dar ob­ apesar das dificuldades que ·possa haver em casa, po­
jetos já figurativamente cópias fiéis da realidade, pois dem os pais, com um pouco de areia, um balde e uma
uma boneca de trapo tem às vêzes muito mais valor pá dar à criança oportunidade de se distrair e exerci­
para a criança que a tem, que uma boneca que a in­ tar-se demoradamente. Pequenos objetos, já em de­
dústria oferece. E quando tal fato se dá, pode-se suso, podem oferecer à criança muitas possibilidades
concluir que essa criança tem runa capacidade sim­ para brinquedos dos mais variados. Com êles, gra­
bólica elevada, uma tendência à criação estética, uma ças à sua capacidade simbólica, é capaz de construir
fantasia superior, que já assinalam possibilidades in­ castelos, cidades, animais, mundos imaginários. Jo­
telectuais superiores. gos de mesa são importantíssimos. Não importa que
a criança não obedeça com rigor as regras, o impor­
Aos cinco anos, a menina se interessa pelas casi­
tante é que se exercite. O esporte começa a surgir
nhas, cuidar das bonecas, aparentá-las, dar-lhes remé­
nesta fase. Os brinquedos esportivos são de grande
dios, lavá-las, penteá-las, castigá-las, dar-lhes conse­
valor, porque desenvolvem a habilidade infantil. Na
lhos, etc. Tôdas essas práticas podem e devem ser
verdade, o esporte é o brinquedo de exercício e de
observadas pelos país, pois elas revelam muito do
regras do adulto, para o qual a criança se dirige.
que nelas se firmou da educação que recebeu, pois
Neste período, as meninas tornam-se febrilmente co­
pretende dar às suas bonecas a mesma educação que
lecionadoras, reunem estampas, figuras, enquanto
julga justa e que segue. Os desenhos são aqui de
os meninos se interessam por ferramentas, aparelhos,
máxima importância. Nesta idade, a criança já bus­
pela mecânica. Aqui devem ser dados brinquedos de
ca imitar a natureza, acentuando os aspetos que ela
construção mecânica e arquitetura! o mais parecidos
mais valorizam. É o período que se interessa pelas
possíveis com a realidade, para que desenvolvam com
ferramentas. Neste período, convém dar dominós,
precisão a construção e estimulem a habilidade. De­
pois é um brinquedo fácil para a criança, e que desen­
vem-se deixar as crianças só, buscar não intervir em
volve a sua inteligência, colecionar coisas, como selos,
seus brinquedos, evitar intervenções, salvo quando so­
etc., no qual aceita a cooperação do adulto, classificar
licitadas. É inconveniente criticá-las, chamar a aten­
plantas, organizar herbários, etc.
ção para a falta de habilidade, porque não as estimu­
É na idade escolar que os brinquedos guerreiros laremos assim. Convém, sim, elogiar a obra quando
começam a interessar-lhe. Há lutas, perseguições, relativamente bem feita, conquistar a confiança da
tiros. Muitos desejam desterrar tais brinquedos, evi­ criança, para que ela possa aceitar a colaboração do
tando dar "armas" às crianças, para não despertar­ adulto, mas sempre subordinada à direção da criança.
lhes os instintos guerreiros adormecidos no homem. Nunca se deve esquecer que a criança nsse período,
Mas, como será possível evitarem-se tais coisas, se há deseja brincar só, em solidão, ou com outros de sua
filmes de cow-boys, filmes de guerra e a televisão está idade. É quando ela busca seus recantos, seus escon­
constantemente exibindo filmes onde há lutas, atos derijos, onde possa realizar suas construções, seguin­
de heroismo, sacrifícios de vida, combates etc. Se
do a sua fantasia e a sua vontade nascente. É nesse
não se derem revólveres, espingardas às crianças, elas
período que a criança gosta de ter "covas", lugares de
transformarão pedaços de madeira em revólveres e
reuniões, onde os adultos não penetrem, onde se reu­
espingardas. A criança tem uma capacidade criado­
nam com seus companheiros, lugares de reunião, co­
ra, que é relacionada e se desenvolve em função do
nhecidos apenas por elas, que são organizados, segun­
ambiente em que vive. Quando a humanidade es­
do regras e ordens, que são cumpridas com o máximo
quecer as guerras, então as crianças talvez ainda brin­ rigor, e em que só podem pertencer ao grupo aquêles
quem de guerras.
que se comprometem a seguir com rígida obediência
Os brinquedos preferidos pelas crianças dos três a essas regras. Na fase pré-adolescente é que se de­
aos seis anos, são, sem dúvida, os que ela usa a água, senvolve a vida dos grupos, a formação dos clubes

- 98 - - 99 -
juvenis, que, aliás, deveriam ser muito desenvolvidos BRINQUEDOS - Vide Puericultura - 15.0 cap., § § 1 e 2.
nas cidades, é o período dos esportes, dos passatem­
BRONQUITE A bronquite é a inflamação das membra­
-

pos científicos, ampliação dos interêsses da criança,


. nas mucosas, que recobrem os condutos, que ligam a
fase coleciOnadora por parte dos meninos. As meninas
traquéia aos pulmões, e são devidas a causas variadas.
já não se interessam pelos bebês, e as bonecas são
Uma bronquite leve pode ser um simples resfriado.
eventualmente cuidadas, interessando-se mais pelos
Neste caso, é preciso manter a criança numa tempe­
trajes, disfarçando-se com as roupas da mãe, interes­

�an o-se pelos bailes e, também, por obras piedosas,
ratura igual, não a retirando para a rua, assegurando­
·lhe bastante descanso, ao lado de uma sã alimenta­
caracter caritativo. As influências dos adultos, pais
ção.
e mestres modificam muito o que é mais de predile­
ção dos jovens. As meninas se interessam pelas ma­ Uma bronquite pode acompanhar ou seguir às in·
n? ?
estaç es químicas, daí dedicarem-se às experiên· fecções das vias respiratórias altas, ou a doenças co­
.
c1as culmánas, gostam da vida do campo, dos acam­ mo o sarampo e a tosse convulsiva.
pamentos, dormir nêles, dedicarem-se a tarefas de
Dando-se o caso de ataques freqüentes de tosse,
boy-scouts ( escoteiros ) . Na adolescência, os jovens
deve"se fazer uma consulta ao médico para investi­
preferem as atividades manuais, semi-científicas mi·
;
neralogia, fotografia, aplicações técnicas, domina má·
gar a causa fundamental (má nutrição ou alergia) .

quinas, realizar experiências, e as meninas aos afaze­


BULIMIA - ( Princ.) - Fome exagerada de origem mór·
res domésticos e, pela influência dos mestres em mui­
biela.
tos aspectos imitam os jovens. Os bailes, as pugnas
esportivas passam a interessar vivamente.

O que pais e educadores nunca devem esquecer,


tendo sempre presente aos seus olhos e à sua mentQ
é que o brinquedo é um longo exercício do ser huma:
no para ingressar plenamente na humanidade. Todos
os brinquedos têm, além de um significado, uma inten­
cionalidade para algo conveniente ao bem da espécie.
O ser humano é um longo hábito, uma longa realiza­
ção de si mesmo, e a humanidade é, de certo modo,
sua própria obra, sua realização. O homem não é
um ser passivo ante a existência, mas um ser que,
constantemente, busca superar-se. Os animais tam­
bém se exercitam, também brincam, e todos os seus
exercícios e brinquedos são os que melhor correspon­
dem ao interêsse da sua espécie. Mas estacionam des­
de que adquirem o fundamental. O homem não; êle
busca mais, êle pretende ir sempre além, êle se afa·
na em ampliar o campo de sua atividade, em ultra­
passar os limites que são sempre um desafio para
novas experiências, e uma promessa de novas conquis­
tas. Tudo isso seria bastante suficiente para demons­
trar a qualquer um que não se pode considerar o ser
humano apenas um animal. É algo que superou a
animalidade, sem negá-la, porque a conserva, elevan­
do-a acima de si mesma pela conquista da humani­
dade.

- 100 - - 101 -
juvenis, que, aliás, deveriam ser muito desenvolvidos BRINQUEDOS - Vide Puericultura - 15.0 cap., § § 1 e 2.
nas cidades, é o período dos esportes, dos passatem­
BRONQUITE A bronquite é a inflamação das membra­
-

pos científicos, ampliação dos interêsses da criança,


. nas mucosas, que recobrem os condutos, que ligam a
fase coleciOnadora por parte dos meninos. As meninas
traquéia aos pulmões, e são devidas a causas variadas.
já não se interessam pelos bebês, e as bonecas são
Uma bronquite leve pode ser um simples resfriado.
eventualmente cuidadas, interessando-se mais pelos
Neste caso, é preciso manter a criança numa tempe­
trajes, disfarçando-se com as roupas da mãe, interes­

�an o-se pelos bailes e, também, por obras piedosas,
ratura igual, não a retirando para a rua, assegurando­
·lhe bastante descanso, ao lado de uma sã alimenta­
caracter caritativo. As influências dos adultos, pais
ção.
e mestres modificam muito o que é mais de predile­
ção dos jovens. As meninas se interessam pelas ma­ Uma bronquite pode acompanhar ou seguir às in·
n? ?
estaç es químicas, daí dedicarem-se às experiên· fecções das vias respiratórias altas, ou a doenças co­
.
c1as culmánas, gostam da vida do campo, dos acam­ mo o sarampo e a tosse convulsiva.
pamentos, dormir nêles, dedicarem-se a tarefas de
Dando-se o caso de ataques freqüentes de tosse,
boy-scouts ( escoteiros ) . Na adolescência, os jovens
deve"se fazer uma consulta ao médico para investi­
preferem as atividades manuais, semi-científicas mi·
;
neralogia, fotografia, aplicações técnicas, domina má·
gar a causa fundamental (má nutrição ou alergia) .

quinas, realizar experiências, e as meninas aos afaze­


BULIMIA - ( Princ.) - Fome exagerada de origem mór·
res domésticos e, pela influência dos mestres em mui­
biela.
tos aspectos imitam os jovens. Os bailes, as pugnas
esportivas passam a interessar vivamente.

O que pais e educadores nunca devem esquecer,


tendo sempre presente aos seus olhos e à sua mentQ
é que o brinquedo é um longo exercício do ser huma:
no para ingressar plenamente na humanidade. Todos
os brinquedos têm, além de um significado, uma inten­
cionalidade para algo conveniente ao bem da espécie.
O ser humano é um longo hábito, uma longa realiza­
ção de si mesmo, e a humanidade é, de certo modo,
sua própria obra, sua realização. O homem não é
um ser passivo ante a existência, mas um ser que,
constantemente, busca superar-se. Os animais tam­
bém se exercitam, também brincam, e todos os seus
exercícios e brinquedos são os que melhor correspon­
dem ao interêsse da sua espécie. Mas estacionam des­
de que adquirem o fundamental. O homem não; êle
busca mais, êle pretende ir sempre além, êle se afa·
na em ampliar o campo de sua atividade, em ultra­
passar os limites que são sempre um desafio para
novas experiências, e uma promessa de novas conquis­
tas. Tudo isso seria bastante suficiente para demons­
trar a qualquer um que não se pode considerar o ser
humano apenas um animal. É algo que superou a
animalidade, sem negá-la, porque a conserva, elevan­
do-a acima de si mesma pela conquista da humani­
dade.

- 100 - - 101 -
\1
\

CABEW ( cuidado do ) - O cabelo necessita para a sua


saúde e nutrição de muita limpeza. Além de passar­
-se algum produto, é preciso que seja escovado dià­
riamente. A lavagem deve ser semanal, e nos bebês
de duas a três vêzes por semana.

CABELEIREIRO - Muitas crianças demonstram mêdo


ao serem levadas ao cabeleireiro pela primeira vez, e
até nas vêzes conseqüentes É comum caírem num chô­
.

ro nervoso e em altos berros, fazendo uma verdadei­


ra "cena". Ainda com pouca idade, não adianta dar­
-lhes uma explicação racional, pois não a compreen­
dem. É preferível usar boas palavras e muita calma.
A melhor coisa é apresentar a ida ao cabeleireiro como
uma coisa dhrertida, alegre. Será preferível o pai le­
vá-la, enquanto faz a barba ou o cabelo, para que ela
se acostume a ir e possa, então, aceitar ser atendida,
sem maiores problemas.

CALÇAS PLÁSTICAS - Muitos bebês manifestam na pele


uma irritação, quando usam calças plásticas. Nestes
casos, é aconselhável retirá-las de uso, e colocar umas
calcinhas de linha ou de algodão. O uso das calças
plásticas é indicado quando o bebê vai de visitas, de
viagem à noite, para evitar que se mólhe.

CÁLCIO - Vide Nutrição.

CALMA - Sentimento de repouso, contrário ao de excita ­

ção ( Vide Quietude ) .

CALMANTES - Não é aconselhável administrar calman­


te a uma criança a não ser sob receita médica, mes­
mo que êle seja inofensivo.

- 103 -
\1
\

CABEW ( cuidado do ) - O cabelo necessita para a sua


saúde e nutrição de muita limpeza. Além de passar­
-se algum produto, é preciso que seja escovado dià­
riamente. A lavagem deve ser semanal, e nos bebês
de duas a três vêzes por semana.

CABELEIREIRO - Muitas crianças demonstram mêdo


ao serem levadas ao cabeleireiro pela primeira vez, e
até nas vêzes conseqüentes É comum caírem num chô­
.

ro nervoso e em altos berros, fazendo uma verdadei­


ra "cena". Ainda com pouca idade, não adianta dar­
-lhes uma explicação racional, pois não a compreen­
dem. É preferível usar boas palavras e muita calma.
A melhor coisa é apresentar a ida ao cabeleireiro como
uma coisa dhrertida, alegre. Será preferível o pai le­
vá-la, enquanto faz a barba ou o cabelo, para que ela
se acostume a ir e possa, então, aceitar ser atendida,
sem maiores problemas.

CALÇAS PLÁSTICAS - Muitos bebês manifestam na pele


uma irritação, quando usam calças plásticas. Nestes
casos, é aconselhável retirá-las de uso, e colocar umas
calcinhas de linha ou de algodão. O uso das calças
plásticas é indicado quando o bebê vai de visitas, de
viagem à noite, para evitar que se mólhe.

CÁLCIO - Vide Nutrição.

CALMA - Sentimento de repouso, contrário ao de excita ­

ção ( Vide Quietude ) .

CALMANTES - Não é aconselhável administrar calman­


te a uma criança a não ser sob receita médica, mes­
mo que êle seja inofensivo.

- 103 -
O uso de chás ( camomila, carqueja, erva doce, dade, c nosso campo é ainda pobre, e raras as pe­
etc.) podem servir de calmantes, e não têm contra­ quenas localidades que pedem oferecer meios im­
-indicação. Em alguns casos, os banhos frios, tem­ portantes ao desenvolvimento intelectual de um jovem.
perados ou quentes, servem de calmantes.
CÂNCER - A incidência desta enfermidade na infância é
CAMPING ( Acampamentos) - Os acampamentos feitos muito pequena. Os locais que podem ser mais fre­
para crianças e jovens abrem um nôvo campo de qüentemente afetados são: os rins, os ossos, os olhos,
ensinamentos, cuja aprendizagem, cheia de epwções as ç-lândulas linfáticas, o sistema nervoso e os teci­
e novidades, serve, ao mesmo tempo, para alentar o dos musculares brandos. A leucemia é uma forma
espírito infantil e juvenil cheio de curiosidade e aven­ de câncer, que implica uma fatal e excessiva produ­
tura. Não só cobre as necessidades físicas como ção de glóbulos brancos, e é uma das principais cau­
também as morais e as educativas. sas da mortalidade infantil pelo câncer. Em geral,
aparece depois dos três anos, e hoje em dia, há vá­
Em muitos países, o "camping" é largamente es­ rios tratamentos que podem reduzir a sua intensida­
tendido e a quase totalidade de crianças e jovens go­ de, e conseguir que a vida da criança seja prolongada.
zam dêste período, num ambiente de alegria e vida
saudável. Em nosso país, infelizmente, é muito pou­ CAPACIDADE - a) Habilidade, potencialidade, poder ou
co conhecido, e raros os grupos que o fazem regular­ talento para realizar algo, ou para sofrer algo. Ca­
mente. pacidade pode ser ativa, a de realizar, ou passiva, a
de sofrer.
Na maioria dos países, as organizações que se de­
b) Na Psicologia, significa: aptidão ( sensibilida·
dicam à formação da infância e da juventude organi­
zam excursões em massa, e dispõem, também, de de, memória, talento, etc . ) .
acampamentos fixos, instalados em lugares variados: c) N a ordem material, chama-se de capacidade
montanhas, lagos, praias, etc. Possuem êles o seu re­ o conteúdo de um recipiente, ou o conjunto de certas
gulamento, que deve ser respeitado por todos os seus formas de energia, como capacidade calórica.
componentes. Atualmente, o "camping" adquire dia
d) Na ordem jurídica, o conjunto de direitos,
a dia maior importância.
que alguém tem ou pode ter, por sua condição real.
Em nosso país, temos algumas associações como Daí falarem-se em capaddades físicas, mentais, etc.
os Escoteiros, que aceitam tanto meninos como me­
Vide Testes, Inteligência, Virtudes eCardeais ( virtu­
ninas, a das Bandeirantes, Associação Cristã de Mo­
ços, etc., que mantêm acampamentos para jovens e des ) .
crianças. Alguns colégios formam grupos que, duran­ GAPRICHO - a ) É o ímpeto volitivo, que sobrevêm sem
te c período das férias, organizam excursões, porém uma razão consciente.
nem sempre em acampamento.
b ) Também se emprega para significar a obsti­
CAMPO DA ATENÇAO - ( Psic . ) - Número de objetos nação na defesa de pontos de vista desarrazoados.
que podem ser apreendidos ou percebidos pela aten­
ção, durante um determinado instante, como uma c ) Refere-se, também, à inconstância, à variabi­
olhadela. lidade nos estudos, na exposição de temas.

CAMPO ( vida no ) - A vida do campo, em nosso país, ofe­ d ) Usa-se, freqüentemente, para apontar as ex­
rece uma série de vantagens e de desvantagens. Ao travagâncias nas realizações estética�.
mesmo tempo que a criança ou jovem têm oportuni­ e ) :Eticamente, é empregado no sentido de brio,
dade de viver ao ar livre, respirar ar puro, tomarem de pundonor: "um homem de muito capricho". Nes­
sol e terem uma alimentação saudável, não têm, na se sentido positivo, é que a palavra é usada em ex­
maioria das vêzes, possibilidade de seguir um bom pressões como "fazer algo com capricho", "capricho­
colégio, e dispor de um ambiente à altura. Na reali- samente".
- 104 - - 105 -
O uso de chás ( camomila, carqueja, erva doce, dade, c nosso campo é ainda pobre, e raras as pe­
etc.) podem servir de calmantes, e não têm contra­ quenas localidades que pedem oferecer meios im­
-indicação. Em alguns casos, os banhos frios, tem­ portantes ao desenvolvimento intelectual de um jovem.
perados ou quentes, servem de calmantes.
CÂNCER - A incidência desta enfermidade na infância é
CAMPING ( Acampamentos) - Os acampamentos feitos muito pequena. Os locais que podem ser mais fre­
para crianças e jovens abrem um nôvo campo de qüentemente afetados são: os rins, os ossos, os olhos,
ensinamentos, cuja aprendizagem, cheia de epwções as ç-lândulas linfáticas, o sistema nervoso e os teci­
e novidades, serve, ao mesmo tempo, para alentar o dos musculares brandos. A leucemia é uma forma
espírito infantil e juvenil cheio de curiosidade e aven­ de câncer, que implica uma fatal e excessiva produ­
tura. Não só cobre as necessidades físicas como ção de glóbulos brancos, e é uma das principais cau­
também as morais e as educativas. sas da mortalidade infantil pelo câncer. Em geral,
aparece depois dos três anos, e hoje em dia, há vá­
Em muitos países, o "camping" é largamente es­ rios tratamentos que podem reduzir a sua intensida­
tendido e a quase totalidade de crianças e jovens go­ de, e conseguir que a vida da criança seja prolongada.
zam dêste período, num ambiente de alegria e vida
saudável. Em nosso país, infelizmente, é muito pou­ CAPACIDADE - a) Habilidade, potencialidade, poder ou
co conhecido, e raros os grupos que o fazem regular­ talento para realizar algo, ou para sofrer algo. Ca­
mente. pacidade pode ser ativa, a de realizar, ou passiva, a
de sofrer.
Na maioria dos países, as organizações que se de­
b) Na Psicologia, significa: aptidão ( sensibilida·
dicam à formação da infância e da juventude organi­
zam excursões em massa, e dispõem, também, de de, memória, talento, etc . ) .
acampamentos fixos, instalados em lugares variados: c) N a ordem material, chama-se de capacidade
montanhas, lagos, praias, etc. Possuem êles o seu re­ o conteúdo de um recipiente, ou o conjunto de certas
gulamento, que deve ser respeitado por todos os seus formas de energia, como capacidade calórica.
componentes. Atualmente, o "camping" adquire dia
d) Na ordem jurídica, o conjunto de direitos,
a dia maior importância.
que alguém tem ou pode ter, por sua condição real.
Em nosso país, temos algumas associações como Daí falarem-se em capaddades físicas, mentais, etc.
os Escoteiros, que aceitam tanto meninos como me­
Vide Testes, Inteligência, Virtudes eCardeais ( virtu­
ninas, a das Bandeirantes, Associação Cristã de Mo­
ços, etc., que mantêm acampamentos para jovens e des ) .
crianças. Alguns colégios formam grupos que, duran­ GAPRICHO - a ) É o ímpeto volitivo, que sobrevêm sem
te c período das férias, organizam excursões, porém uma razão consciente.
nem sempre em acampamento.
b ) Também se emprega para significar a obsti­
CAMPO DA ATENÇAO - ( Psic . ) - Número de objetos nação na defesa de pontos de vista desarrazoados.
que podem ser apreendidos ou percebidos pela aten­
ção, durante um determinado instante, como uma c ) Refere-se, também, à inconstância, à variabi­
olhadela. lidade nos estudos, na exposição de temas.

CAMPO ( vida no ) - A vida do campo, em nosso país, ofe­ d ) Usa-se, freqüentemente, para apontar as ex­
rece uma série de vantagens e de desvantagens. Ao travagâncias nas realizações estética�.
mesmo tempo que a criança ou jovem têm oportuni­ e ) :Eticamente, é empregado no sentido de brio,
dade de viver ao ar livre, respirar ar puro, tomarem de pundonor: "um homem de muito capricho". Nes­
sol e terem uma alimentação saudável, não têm, na se sentido positivo, é que a palavra é usada em ex­
maioria das vêzes, possibilidade de seguir um bom pressões como "fazer algo com capricho", "capricho­
colégio, e dispor de um ambiente à altura. Na reali- samente".
- 104 - - 105 -
A origem da palavra vem do latim capra, cabra. O contacto com as outras crianças mostra-lhe e
e como ela dá saltos, chamam-se de caprichosos aquê­ lhe faz compreender os limites naturais que precisa
les que dão saltos sem mais razão, segundo sentem manter nas relações com seus semelhantes; só o exer­
ímpeto de fazê-lo. Por isso, o sentido mais comum cício pode formar o hábito; portanto, deve-se propor­
dêste têrmo é para caracterizar o desarrazoado, o cionar à criança a convivência com outras da mesma
irregular, a falta de objetividade, etc. idade.

CARÃCTER - a) Em grego, kharakter, significa uma le­ Nossos músculos exigem ginástica para se de­
tra. Também se chamou assim cada sinal distintivo, senvolverem, e nossa vida interior também o exige.
que servia para reconhecer e identificar wn objeto ou
Os impulsos necessitam exteriorização, e muitas
uma pessoa. Hoje chamamos caracteres tôdas as
vêzes podem estar em oposição ao meio-ambiente, e
propriedades e traços particulares que distinguem uma
estimular os exercícios de domínio da vontade é
coisa.
aconselhável ; pode-se começar por pequenos exercí­
b ) Na Biologia, diz-se de cada marco estrutural cios de poucos minutos, como, por exemplo, pedir-se
ou funcional, que distingue um indivíduo, sejam ca­ à criança ficar silenciosa, parada e fechar os olhos
racteres congênitos ou adquiridos. É questão con­ por um minuto somente, ou traçar, com giz, uma li­
trovertida se os caracteres congênitos são suficientes nha reta no chão e ensiná-la a caminhar, sem sair de
para distinguir uma espécie de outras. cima do traço.
c) Na Lógica, é cada atributo de uma noção, As pequenas vitórias, que possam surgir dêsses
que faz parte da sua compreensão, e é um elemento exercícios, e outros que podemos criar na ocasião,
constituinte, seja essencial ou acidental. dão à criança a agradabilidade da vitória, do domí­
nio sôbre si mesma, e vão desenvolver-lhe a confian­
d) Na Psicologia, a unidade e consistência que
ça em suas possibilidades.
se manifesta na maneira de sentir e reagir de um in­
divíduo ou de um grupo, como distinto de outros íl:: sses exercícios combinados com os outros, que
grupos. Kant define o carácter de conformidade com põem em movimento as atividades interiores da com­
a sua definição de causa. " É necessário que cada paração, de julgamento, através da educação da aten­
causa, quando age, tenha um carácter, quer dizer uma ção, vão tornar a criança capaz de preparar suas de­
lei da sua causalidade, sem a qual ela nem chegaria cisões, sua independência e desenvolver a capacidade
a ser causa". Ele distingue, ademais, um carácter em­ de julgamento próprio.
pírico ou fenomenal, em virtude do qual as suas
"ações, enquanto fenômenos, são relacionados integral­ CARACTEROLOGIA - Disciplina psicológica, que se de­
mente a outros fenômenos, segundo as leis constan­ dica ao estudo dos caracteres humanos.
tes da natureza", e um carácter inteligível, em virtu­
Como ciência psicológica, o objeto da Caractero­
de do qual não deixa de ser a causa dessas ações, en­
logia é a gênese das formas estrutur�is e anális� do
quanto fenômenos, mas sem ser êle mesmo submeti­
que constitui propriamente o cara�ter.- Ca�acte�
.

do às condições da sensibilidade, e sem ser sequer um .


vem do têrmo grego kharasem, que s1gmf1Ca Impri­
fenômeno.
mir cunhar marcar, e compreen de o temperamento
e) Na Ética, a palavra aceita wn sentido lauda­ ou � conjur{
to das disposições intelectu�is e afeti'yas,
tive quando significa personalidade completa e que herdadas ou adquiridas, que o constituem. Deste
revela autodomínio. (Um homem de carácter ) . modo, carácter é o que marca a personalidade, é o
que confere à personalidade o seu traço fundamen­
( Educação do ) - Na Pedagogia, a criança neces­
tal e indica a sua maneira de operar e também de
a:s
sita da ação. No "ludus" de regras, no qual ela pre­
cl sificar os valôres. Por isso se pode falar em bom
cisa obedecer certas regras, aprende a dominar seus
ou mau carácter. Como ciência investigadora do ca­
impulsos, a controlar sua vontade, inibe-se de fazer
rácter, examina as diversas reações, as bases psíqui-
tudo o que deseja.
106 - - 107 -
A origem da palavra vem do latim capra, cabra. O contacto com as outras crianças mostra-lhe e
e como ela dá saltos, chamam-se de caprichosos aquê­ lhe faz compreender os limites naturais que precisa
les que dão saltos sem mais razão, segundo sentem manter nas relações com seus semelhantes; só o exer­
ímpeto de fazê-lo. Por isso, o sentido mais comum cício pode formar o hábito; portanto, deve-se propor­
dêste têrmo é para caracterizar o desarrazoado, o cionar à criança a convivência com outras da mesma
irregular, a falta de objetividade, etc. idade.

CARÃCTER - a) Em grego, kharakter, significa uma le­ Nossos músculos exigem ginástica para se de­
tra. Também se chamou assim cada sinal distintivo, senvolverem, e nossa vida interior também o exige.
que servia para reconhecer e identificar wn objeto ou
Os impulsos necessitam exteriorização, e muitas
uma pessoa. Hoje chamamos caracteres tôdas as
vêzes podem estar em oposição ao meio-ambiente, e
propriedades e traços particulares que distinguem uma
estimular os exercícios de domínio da vontade é
coisa.
aconselhável ; pode-se começar por pequenos exercí­
b ) Na Biologia, diz-se de cada marco estrutural cios de poucos minutos, como, por exemplo, pedir-se
ou funcional, que distingue um indivíduo, sejam ca­ à criança ficar silenciosa, parada e fechar os olhos
racteres congênitos ou adquiridos. É questão con­ por um minuto somente, ou traçar, com giz, uma li­
trovertida se os caracteres congênitos são suficientes nha reta no chão e ensiná-la a caminhar, sem sair de
para distinguir uma espécie de outras. cima do traço.
c) Na Lógica, é cada atributo de uma noção, As pequenas vitórias, que possam surgir dêsses
que faz parte da sua compreensão, e é um elemento exercícios, e outros que podemos criar na ocasião,
constituinte, seja essencial ou acidental. dão à criança a agradabilidade da vitória, do domí­
nio sôbre si mesma, e vão desenvolver-lhe a confian­
d) Na Psicologia, a unidade e consistência que
ça em suas possibilidades.
se manifesta na maneira de sentir e reagir de um in­
divíduo ou de um grupo, como distinto de outros íl:: sses exercícios combinados com os outros, que
grupos. Kant define o carácter de conformidade com põem em movimento as atividades interiores da com­
a sua definição de causa. " É necessário que cada paração, de julgamento, através da educação da aten­
causa, quando age, tenha um carácter, quer dizer uma ção, vão tornar a criança capaz de preparar suas de­
lei da sua causalidade, sem a qual ela nem chegaria cisões, sua independência e desenvolver a capacidade
a ser causa". Ele distingue, ademais, um carácter em­ de julgamento próprio.
pírico ou fenomenal, em virtude do qual as suas
"ações, enquanto fenômenos, são relacionados integral­ CARACTEROLOGIA - Disciplina psicológica, que se de­
mente a outros fenômenos, segundo as leis constan­ dica ao estudo dos caracteres humanos.
tes da natureza", e um carácter inteligível, em virtu­
Como ciência psicológica, o objeto da Caractero­
de do qual não deixa de ser a causa dessas ações, en­
logia é a gênese das formas estrutur�is e anális� do
quanto fenômenos, mas sem ser êle mesmo submeti­
que constitui propriamente o cara�ter.- Ca�acte�
.

do às condições da sensibilidade, e sem ser sequer um .


vem do têrmo grego kharasem, que s1gmf1Ca Impri­
fenômeno.
mir cunhar marcar, e compreen de o temperamento
e) Na Ética, a palavra aceita wn sentido lauda­ ou � conjur{
to das disposições intelectu�is e afeti'yas,
tive quando significa personalidade completa e que herdadas ou adquiridas, que o constituem. Deste
revela autodomínio. (Um homem de carácter ) . modo, carácter é o que marca a personalidade, é o
que confere à personalidade o seu traço fundamen­
( Educação do ) - Na Pedagogia, a criança neces­
tal e indica a sua maneira de operar e também de
a:s
sita da ação. No "ludus" de regras, no qual ela pre­
cl sificar os valôres. Por isso se pode falar em bom
cisa obedecer certas regras, aprende a dominar seus
ou mau carácter. Como ciência investigadora do ca­
impulsos, a controlar sua vontade, inibe-se de fazer
rácter, examina as diversas reações, as bases psíqui-
tudo o que deseja.
106 - - 107 -
cas do mesmo, bem como classüica, em tipos, as per­ o exercício, que consiste em enfrentar os riscos e a
sonalidades que revelam ter entre si certas semelhan­ perseveração na obtenção dos fins. Como as virtu­
.
ças e, ademais, propõe-se estudar as leis genéticas do des cardeais conjugam-se, a fortaleza recebe apô10 e
carácter e as possíveis reformas que o mesmo possa equilíbrio da prudência, pois, pelo saber, pode o ho­
sofrer. Há muitas classificações caracterológicas, e mem empregar esta virtude em têrmcs que lhe se­
por ser uma ciência ainda em seus primórdios, não jam mais benéficos possíveis.
tem oferecido soluções duradouras, senão em raros

�I
aspetos. A paciência é uma virtude subordinada à fortale­
za e consiste na capacidade constante de suportar as
CARDEAIS ( Virtudes ) - Vide: Virtude. A palavra car­ d
a versidades. Também o é a generosidade, que é
deal vem de cardo, cardinis, que, em latim, significa aquela virtude que se caracteriza pela energia e deci­
�onzo em tôrno do qual gira a porta. As virtudes são no ataque do homem de brio e de valentia, sobre­
cardeais são as virtudes fundamentais em tôrnc das tudo quando êle enfrenta a morte. São ainda virtu­

ll!"-•
quais gira o ser humano. Tôda virtude é uma ca­ des afins à fortaleza, a confiança na sua capacidade de
pacidade ou aptidão para levar avante ações adequa­ enfrentar os riscos, a munificência, que constitui a
das ao homem. Entre as virtudes adquiridas pelo pronta decisão de sacrificar seus próprios bens para
homem, estabelecem-se quatro, que são fundamentais, atingir fins elevados, a tenacidade, que é a disposi­
ou capitais, as quais estão subordinadas outras, que ção firme de enfrentar os obstáculos exteriores, e a
são acessórias, ou suljordinadas. Desde a antiguida­ constância, que é saber manter-se firme ante os obs­
de, classificou-se como virtudes cardeais: a prudência, táculos interiores.
a justiça, a fortaleza e a temperança.
A terceira virtude cardeal é a temperança. Esta
A prudência é aquela virtude que permite ao en·
consiste em aperfeiçoar, constantemente, a potência
tendimento ( vide) reflexionar sôbre os meios condu­ petitiva, sensitiva, de modo a conter o prazer sensiti­
centes a um fim racional. A prudência manifesta-se, _
vo dentro dos limites estabelecidos da sã razao. As­
assim, de vários modos. É uma virtude intelectual. a sobrie­
sim, a moderação é a temperança no comer,
Por si só ela não é realizadora de actos morais, mas,
dade, no beber, a castidade no prazer sexual.
por facilitar a escolha, ela pede guiar a vontade, a
fim de que esta se dirija, após a seleção feita pelo en­ Há virtudes outras auxiliares da temperança, co­
tendimento, para aquêles fins mais benéficos ao ho­ mo seja o decôro no modo de vestir e proceder, e o

I.r
mem. Há uma prudência ( sapiência) para conduzir sentimento de honra, a humildade, que é a modera­

ri
a si mesmo e para conduzir os outros. A prudência ção na tendência a salientar-se, a mansidão, que é a
exige: reflexão, capacidade atencional, para examinar temperança em refrear a ira, a clemência, que se ma­
os juízos e as idéias, a acuidade para descobrir os nifesta na indulgência ao castigar, e a modéstia, que
meios mais hábeis. Exige, ademais, inteligência, ca­ é a temperança nas manifestações exteriores.
pacidade de resolver com clareza e segurança, de mo­
do a alcançar as melhores soluções. A quarta é a justiça. Consiste ela na atribuição
da eqüidade, no considerar e respeitar o direito e a
A segunda virtude é a fortaleza ou valentia. Con­
valor que são devidos a alguém, ou a alguma coisa.
siste esta na capacidade de enfrentar os perigos que
se oferecem à obtenção dos bens mais elevados, e en­
O domínio da justiça permite o equilíbrio da mo­
tre êstes perigos, os males e a morte. Chama-se he­
deração, da temperança, da fortaleza e da própria
roísmo a fortaleza quando enfrenta até a morte. Mê·
prudência. Estas quatro virtudes cardeais, que lhes
do é o estado emocional que detém o ser humano an­
te c perigo. A fortaleza é uma vitória sôbre o mê­ I li são acessórias, ou subordinadas, nos limites marca­
dos pela interatuação de umas sôbre as outras, per­
do. A audácia é um desafio ao risco e à morte, in­
do-lhes ao encontro. É ela uma virtude, quando re­ mitem formar o homem dentro dos mais altos valô­

'I •
freada. Os meios de fortalecimento da fortaleza são res. São assim as virtudes cardeais fundamentais,

-- 108 - - 109 -
liI
________��----------------- li _ _____
cas do mesmo, bem como classüica, em tipos, as per­ o exercício, que consiste em enfrentar os riscos e a
sonalidades que revelam ter entre si certas semelhan­ perseveração na obtenção dos fins. Como as virtu­
.
ças e, ademais, propõe-se estudar as leis genéticas do des cardeais conjugam-se, a fortaleza recebe apô10 e
carácter e as possíveis reformas que o mesmo possa equilíbrio da prudência, pois, pelo saber, pode o ho­
sofrer. Há muitas classificações caracterológicas, e mem empregar esta virtude em têrmcs que lhe se­
por ser uma ciência ainda em seus primórdios, não jam mais benéficos possíveis.
tem oferecido soluções duradouras, senão em raros

�I
aspetos. A paciência é uma virtude subordinada à fortale­
za e consiste na capacidade constante de suportar as
CARDEAIS ( Virtudes ) - Vide: Virtude. A palavra car­ d
a versidades. Também o é a generosidade, que é
deal vem de cardo, cardinis, que, em latim, significa aquela virtude que se caracteriza pela energia e deci­
�onzo em tôrno do qual gira a porta. As virtudes são no ataque do homem de brio e de valentia, sobre­
cardeais são as virtudes fundamentais em tôrnc das tudo quando êle enfrenta a morte. São ainda virtu­

ll!"-•
quais gira o ser humano. Tôda virtude é uma ca­ des afins à fortaleza, a confiança na sua capacidade de
pacidade ou aptidão para levar avante ações adequa­ enfrentar os riscos, a munificência, que constitui a
das ao homem. Entre as virtudes adquiridas pelo pronta decisão de sacrificar seus próprios bens para
homem, estabelecem-se quatro, que são fundamentais, atingir fins elevados, a tenacidade, que é a disposi­
ou capitais, as quais estão subordinadas outras, que ção firme de enfrentar os obstáculos exteriores, e a
são acessórias, ou suljordinadas. Desde a antiguida­ constância, que é saber manter-se firme ante os obs­
de, classificou-se como virtudes cardeais: a prudência, táculos interiores.
a justiça, a fortaleza e a temperança.
A terceira virtude cardeal é a temperança. Esta
A prudência é aquela virtude que permite ao en·
consiste em aperfeiçoar, constantemente, a potência
tendimento ( vide) reflexionar sôbre os meios condu­ petitiva, sensitiva, de modo a conter o prazer sensiti­
centes a um fim racional. A prudência manifesta-se, _
vo dentro dos limites estabelecidos da sã razao. As­
assim, de vários modos. É uma virtude intelectual. a sobrie­
sim, a moderação é a temperança no comer,
Por si só ela não é realizadora de actos morais, mas,
dade, no beber, a castidade no prazer sexual.
por facilitar a escolha, ela pede guiar a vontade, a
fim de que esta se dirija, após a seleção feita pelo en­ Há virtudes outras auxiliares da temperança, co­
tendimento, para aquêles fins mais benéficos ao ho­ mo seja o decôro no modo de vestir e proceder, e o

I.r
mem. Há uma prudência ( sapiência) para conduzir sentimento de honra, a humildade, que é a modera­

ri
a si mesmo e para conduzir os outros. A prudência ção na tendência a salientar-se, a mansidão, que é a
exige: reflexão, capacidade atencional, para examinar temperança em refrear a ira, a clemência, que se ma­
os juízos e as idéias, a acuidade para descobrir os nifesta na indulgência ao castigar, e a modéstia, que
meios mais hábeis. Exige, ademais, inteligência, ca­ é a temperança nas manifestações exteriores.
pacidade de resolver com clareza e segurança, de mo­
do a alcançar as melhores soluções. A quarta é a justiça. Consiste ela na atribuição
da eqüidade, no considerar e respeitar o direito e a
A segunda virtude é a fortaleza ou valentia. Con­
valor que são devidos a alguém, ou a alguma coisa.
siste esta na capacidade de enfrentar os perigos que
se oferecem à obtenção dos bens mais elevados, e en­
O domínio da justiça permite o equilíbrio da mo­
tre êstes perigos, os males e a morte. Chama-se he­
deração, da temperança, da fortaleza e da própria
roísmo a fortaleza quando enfrenta até a morte. Mê·
prudência. Estas quatro virtudes cardeais, que lhes
do é o estado emocional que detém o ser humano an­
te c perigo. A fortaleza é uma vitória sôbre o mê­ I li são acessórias, ou subordinadas, nos limites marca­
dos pela interatuação de umas sôbre as outras, per­
do. A audácia é um desafio ao risco e à morte, in­
do-lhes ao encontro. É ela uma virtude, quando re­ mitem formar o homem dentro dos mais altos valô­

'I •
freada. Os meios de fortalecimento da fortaleza são res. São assim as virtudes cardeais fundamentais,

-- 108 - - 109 -
liI
________��----------------- li _ _____
não só para a ordem social, como para a pessoal, é antes uma perfeição do indivíduo, e além disso não
pois não pode haver homens sãos nem sociedades exclui segundas intenções.
sãs, onde a prudência, a justiça, a fortaleza e a tem­ CARIES DENTÁRIAS - As cáries são originadas de al­
perança não estejam presentes. Todo trabalho peda­ gumas bactérias, que permanecem na bôca e atuam
gógico tem de se fundamentar, primacialmente, na sôbre os carbohidratos refinados, formando ácidos
preparação dos sêres humanos para que adquiram, que destroem o esmalte, a dt:ntina dos dentes. Não
pelos meios mais aptos e eficientes, estas quatro vir­
é aconselhável dar-se à criança balas que permane­
tudes, infelizmente tão pouco estudadas por moder­ cem por muito tempo na boca, pois aumentam a for­
nos, que as esquecem nem sabem o valor que elas
mação das cáries. É preciso que da lave a boca de­
realmente têm.
pois de comer chocolate, balas, doces ou sorvetes.
Distinguem-se as virtudes cardeais das virtudes CARROS PARA BEB:tS - Existe uma grande variedade,
teologais, no seguinte: as primeiras são adquiridas e sendo que para os primeiros mêses deve usar-se um
fortalecidas pelo hábito; as segundas, ou nascemos
como cama, onde o bebê dormirá a maior parte do
com elas ou não, porque nem a fé, nem a esperança, dia; quando já se senta, pode sair num que seja
nem a caridade as obtemos pelo exercício dos hábitos,
só o assento. Em geral, os carrinhos maiores, que
mas elas moram em nós mesmos, ou não moram (vide
são para dormir, servem, também, para levar o bebê
virtudes teologais ).
sentado.
CARIDADE - Mencionada por S. Paulo, junto com a fé CASTIGO - Muitos estudiosos e psicólogos, investigado­
e a esperança, e chamada por êle a maior das três. res dos temas da psicologia infantil, chegaram à con­
No Capítulo XIII da epístola I aos Coríntios, Paulo clusão de que o castigo é indispensável como medi­
expôs a nova concepção cristã da caridade (Agathé ). da educacional, porém com a condição de observar
A posterior especulação teológica precisou o sentido certas condições para que seja benéfico.
do têrmo, designando a fé, a esperança e a caridade
como virtudes teologais ( teológicas), das quais a fé Será o castigo eficaz para modificar a conduta
é a primeira como origem das outras, e a caridade indesejável da criança?
é a primeira quanto à perfeição. A caridade, neste É um tema por demais complexo para se oferecer
sentido teológico, é um princípio infuso por Deus, do
uma solução de imediato.
qual emanam os actos daquela virtude. Em vista
dêsse carácter infuso, a caridade cristã se distingue, Primeiramente, consideremos que o conceito
fundamentalmente, da filantropia. A caridade é, pri­ castigo tem uma acepção muito ampla. Inclui vá­
rias medidas adaptadas para modificar, corrigir ou
màriamente, o amor de Deus, e, sem mudar a dire­
melhorar a conduta de indivíduos ou grupos, cuja con­
ção, secundàriamcnte, o amor ao próximo e a si mes­
duta é julgada prejudicial à sociedade. Produz o cas­
mo, considerando os homens nos laços sobrenaturais
tigo efeitos psicológicos, educacionais, clínicos e so­
e naturais, que os unem a Deus, e na perspectiva,
ciais; é estudado por psicólogos, juristas, sociólogos,.
que vai além da vida terrestre.
médicos, etc. Vamos examiná-lo no sector educacio­
Não obstante, a caridade tem em comum com a nal, que é onde nos interessa.
filantropia a preocupação pelo bem estar dos outros Serão benéficos ou maléficos seus efeitos na
e daí resulta a acepção mais corrente do têrmo, que educação?
desconhecendo as perspectivas teológicas, identifica-o
Estudiosos do assunto chegaram à conclusão de
simplesmente com beneficência. Ainda assim, a ca­ que tanto a punição severa, como a total ausência de
ridade, concebida como beneficência, fica distingui­ punição, trazem efeitos semelhantes.
da da virtude antiga, da liberalidade, enquanto a ca­
ridade se deixa mover em virtude das relações exis­ E aconselham, então: "em primeiro lugar, selecio­
tentes entre os .homens, ao passo que a liberalidade nar-se cuidadosamente uma espécie de castigo apro-

- 1 10 - - 111 -
não só para a ordem social, como para a pessoal, é antes uma perfeição do indivíduo, e além disso não
pois não pode haver homens sãos nem sociedades exclui segundas intenções.
sãs, onde a prudência, a justiça, a fortaleza e a tem­ CARIES DENTÁRIAS - As cáries são originadas de al­
perança não estejam presentes. Todo trabalho peda­ gumas bactérias, que permanecem na bôca e atuam
gógico tem de se fundamentar, primacialmente, na sôbre os carbohidratos refinados, formando ácidos
preparação dos sêres humanos para que adquiram, que destroem o esmalte, a dt:ntina dos dentes. Não
pelos meios mais aptos e eficientes, estas quatro vir­
é aconselhável dar-se à criança balas que permane­
tudes, infelizmente tão pouco estudadas por moder­ cem por muito tempo na boca, pois aumentam a for­
nos, que as esquecem nem sabem o valor que elas
mação das cáries. É preciso que da lave a boca de­
realmente têm.
pois de comer chocolate, balas, doces ou sorvetes.
Distinguem-se as virtudes cardeais das virtudes CARROS PARA BEB:tS - Existe uma grande variedade,
teologais, no seguinte: as primeiras são adquiridas e sendo que para os primeiros mêses deve usar-se um
fortalecidas pelo hábito; as segundas, ou nascemos
como cama, onde o bebê dormirá a maior parte do
com elas ou não, porque nem a fé, nem a esperança, dia; quando já se senta, pode sair num que seja
nem a caridade as obtemos pelo exercício dos hábitos,
só o assento. Em geral, os carrinhos maiores, que
mas elas moram em nós mesmos, ou não moram (vide
são para dormir, servem, também, para levar o bebê
virtudes teologais ).
sentado.
CARIDADE - Mencionada por S. Paulo, junto com a fé CASTIGO - Muitos estudiosos e psicólogos, investigado­
e a esperança, e chamada por êle a maior das três. res dos temas da psicologia infantil, chegaram à con­
No Capítulo XIII da epístola I aos Coríntios, Paulo clusão de que o castigo é indispensável como medi­
expôs a nova concepção cristã da caridade (Agathé ). da educacional, porém com a condição de observar
A posterior especulação teológica precisou o sentido certas condições para que seja benéfico.
do têrmo, designando a fé, a esperança e a caridade
como virtudes teologais ( teológicas), das quais a fé Será o castigo eficaz para modificar a conduta
é a primeira como origem das outras, e a caridade indesejável da criança?
é a primeira quanto à perfeição. A caridade, neste É um tema por demais complexo para se oferecer
sentido teológico, é um princípio infuso por Deus, do
uma solução de imediato.
qual emanam os actos daquela virtude. Em vista
dêsse carácter infuso, a caridade cristã se distingue, Primeiramente, consideremos que o conceito
fundamentalmente, da filantropia. A caridade é, pri­ castigo tem uma acepção muito ampla. Inclui vá­
rias medidas adaptadas para modificar, corrigir ou
màriamente, o amor de Deus, e, sem mudar a dire­
melhorar a conduta de indivíduos ou grupos, cuja con­
ção, secundàriamcnte, o amor ao próximo e a si mes­
duta é julgada prejudicial à sociedade. Produz o cas­
mo, considerando os homens nos laços sobrenaturais
tigo efeitos psicológicos, educacionais, clínicos e so­
e naturais, que os unem a Deus, e na perspectiva,
ciais; é estudado por psicólogos, juristas, sociólogos,.
que vai além da vida terrestre.
médicos, etc. Vamos examiná-lo no sector educacio­
Não obstante, a caridade tem em comum com a nal, que é onde nos interessa.
filantropia a preocupação pelo bem estar dos outros Serão benéficos ou maléficos seus efeitos na
e daí resulta a acepção mais corrente do têrmo, que educação?
desconhecendo as perspectivas teológicas, identifica-o
Estudiosos do assunto chegaram à conclusão de
simplesmente com beneficência. Ainda assim, a ca­ que tanto a punição severa, como a total ausência de
ridade, concebida como beneficência, fica distingui­ punição, trazem efeitos semelhantes.
da da virtude antiga, da liberalidade, enquanto a ca­
ridade se deixa mover em virtude das relações exis­ E aconselham, então: "em primeiro lugar, selecio­
tentes entre os .homens, ao passo que a liberalidade nar-se cuidadosamente uma espécie de castigo apro-

- 1 10 - - 111 -
�I
l'ií

priado, porque se não usar êsse procedimento retar­ Esse tema é complexo, e um dos mais sérios e
da-se ou impede-se o desenvolvimento era criança; se· profundos de todos os que compõem a grande pro­
gundo: o castigo que não fôr acompanhado por uma blemática da educação infantil. Necessitaríamos
real compreensão das ordens e proibições produz ten­ examinar profundamente a Etica, na qual está in­
são anímica; terceiro: é o esfôrço excessivo para con­ cluída a moral e os costumes, o que nos obrigaria a
seguir essa compreensão, que ameaça o equilíbrio psí­ estudos especiais que ultrapassam os limites tlêste
quico da criança, e pode levá-la até à enfermidade _
dicionário. Mas podemos afirmar que, embora nao
mental". aceitemos o castigo como medida educacional, no en­
tanto, certas formas de punição, por atos que preju­
diquem gravemente, não só a si mesmo com� a ?�­
Podemos dizer que, por tradição, aceitamos que
quem pratica uma ação má deve receber um castigo.
tros, são eficientes, se criarmos esquemas pstcologl­
Mas consideremos que a criança nem sempre distin­
cos de desagradabilidade. Automàticamente, determi­
gue o bem do mal; está num período de desenvolvi­
nados atos serão repelidos, porque provocam o esta­
mento físico e mental, que depende quase exclusiva­
do desagradável que sobreveio quando da primeira
mente do ambiente que a cerca, subordinada ao�
vez que foi realizado.
adultos. Todos êsses aspectos merecem nossa aten­
ção. Nunca se deve usar como punição a humilhação,
o mêdo, ou a correção em presença de outros.
Jean Piaget, biólogo e psicólogo suíço, grande es­
tudioso da alma infantil, demonstra, através de suas Consideramos, também, que a criança educada
investigações, que a representação mental do casti­ por pais esclarecidos, equilibrados, e que possuam
go varia com a idade da criança. .Após cuidadosas senso de justiça, não necessitará de castigos.
observações, chegou à conclusão de que a criança
Os pais devem ser coerentes em seu processo
de cinco a oito anos de idade considera justificado o
educacional. Se a. criança incorreu numa falta ou se se
castigo como represália; ela considera moralmente
comportou de maneira reprovável, não deve ser pu­
cada um de seus atos, segundo os efeitos que susci­
nida, porque os pais se envergonharam dela, mas
tou nos outros.
com a fin:llidade de melhorar a conduta para o seu
Dos oito aos doze anos, não aceita mais essa �­ bem, ela deve compreender que sua maneira de con·
pécie de castigo, mas aceita a "pena de talião", o duzir-se não é aceitável, e mediante uma compreen­
"dente por dente, olho por olho". Prossegue consi­ são racional dos atos evitará cometer os que sejam
derando o efeito de uma ação como critério para reprováveis.
apreciar seu valor ético.
Aconselhamos usar as medidas de p�mição com
muito cuidado, observando sempre a ida<le da crian­
"Depois dos doze, então aceita a responsabilida­
de moral. Ê quando compreende o nexo entre in­ ça, pois a punição injusta traz sérias conseqüências.
tenção e sentido ético da ação". Os efeitos psíquicos do castigo gravam-se como mar­
cas indeléveis. A criança injustiçada dificilmente se­
Os estudos, decorrentes das observações de Pia­ rá reeducada, o esquema da injustiça fica-lhe marca·
get em crianças de dois a doze anos, são valiosos, e do para tôda a vida e poderá tornar-se uma criatura
contribuem para esclarecer os atuais estudos sôbre revoltada, rebelada contra tudo e contra todos, um
a psicologia infantil. desajustado na sociedade.

Não podemos chegar a conclusões que seriam CASTRAÇAO - Ê a extirpação dos órgãos sexuais.
classificadas como precipitadas e até certo ponto fal­ I CATALEPSIA - Estado patológico mental, natural ou

I!
sas, se quiséssemos justificar que o castigo deveria
provocado, que se caracteriza por urna redução con­
ser aplicado conforme a representação mental que
siderável no campo da consciência e, conseqüente­
mente, do aumento do grau de sugestionabilidade,
a criança tem dêle, segundo a idade.

- 1 12 - - 1 13 -

--

-. , ------------------�----------��--------��11
.l
-- �lia____��-
�I
l'ií

priado, porque se não usar êsse procedimento retar­ Esse tema é complexo, e um dos mais sérios e
da-se ou impede-se o desenvolvimento era criança; se· profundos de todos os que compõem a grande pro­
gundo: o castigo que não fôr acompanhado por uma blemática da educação infantil. Necessitaríamos
real compreensão das ordens e proibições produz ten­ examinar profundamente a Etica, na qual está in­
são anímica; terceiro: é o esfôrço excessivo para con­ cluída a moral e os costumes, o que nos obrigaria a
seguir essa compreensão, que ameaça o equilíbrio psí­ estudos especiais que ultrapassam os limites tlêste
quico da criança, e pode levá-la até à enfermidade _
dicionário. Mas podemos afirmar que, embora nao
mental". aceitemos o castigo como medida educacional, no en­
tanto, certas formas de punição, por atos que preju­
diquem gravemente, não só a si mesmo com� a ?�­
Podemos dizer que, por tradição, aceitamos que
quem pratica uma ação má deve receber um castigo.
tros, são eficientes, se criarmos esquemas pstcologl­
Mas consideremos que a criança nem sempre distin­
cos de desagradabilidade. Automàticamente, determi­
gue o bem do mal; está num período de desenvolvi­
nados atos serão repelidos, porque provocam o esta­
mento físico e mental, que depende quase exclusiva­
do desagradável que sobreveio quando da primeira
mente do ambiente que a cerca, subordinada ao�
vez que foi realizado.
adultos. Todos êsses aspectos merecem nossa aten­
ção. Nunca se deve usar como punição a humilhação,
o mêdo, ou a correção em presença de outros.
Jean Piaget, biólogo e psicólogo suíço, grande es­
tudioso da alma infantil, demonstra, através de suas Consideramos, também, que a criança educada
investigações, que a representação mental do casti­ por pais esclarecidos, equilibrados, e que possuam
go varia com a idade da criança. .Após cuidadosas senso de justiça, não necessitará de castigos.
observações, chegou à conclusão de que a criança
Os pais devem ser coerentes em seu processo
de cinco a oito anos de idade considera justificado o
educacional. Se a. criança incorreu numa falta ou se se
castigo como represália; ela considera moralmente
comportou de maneira reprovável, não deve ser pu­
cada um de seus atos, segundo os efeitos que susci­
nida, porque os pais se envergonharam dela, mas
tou nos outros.
com a fin:llidade de melhorar a conduta para o seu
Dos oito aos doze anos, não aceita mais essa �­ bem, ela deve compreender que sua maneira de con·
pécie de castigo, mas aceita a "pena de talião", o duzir-se não é aceitável, e mediante uma compreen­
"dente por dente, olho por olho". Prossegue consi­ são racional dos atos evitará cometer os que sejam
derando o efeito de uma ação como critério para reprováveis.
apreciar seu valor ético.
Aconselhamos usar as medidas de p�mição com
muito cuidado, observando sempre a ida<le da crian­
"Depois dos doze, então aceita a responsabilida­
de moral. Ê quando compreende o nexo entre in­ ça, pois a punição injusta traz sérias conseqüências.
tenção e sentido ético da ação". Os efeitos psíquicos do castigo gravam-se como mar­
cas indeléveis. A criança injustiçada dificilmente se­
Os estudos, decorrentes das observações de Pia­ rá reeducada, o esquema da injustiça fica-lhe marca·
get em crianças de dois a doze anos, são valiosos, e do para tôda a vida e poderá tornar-se uma criatura
contribuem para esclarecer os atuais estudos sôbre revoltada, rebelada contra tudo e contra todos, um
a psicologia infantil. desajustado na sociedade.

Não podemos chegar a conclusões que seriam CASTRAÇAO - Ê a extirpação dos órgãos sexuais.
classificadas como precipitadas e até certo ponto fal­ I CATALEPSIA - Estado patológico mental, natural ou

I!
sas, se quiséssemos justificar que o castigo deveria
provocado, que se caracteriza por urna redução con­
ser aplicado conforme a representação mental que
siderável no campo da consciência e, conseqüente­
mente, do aumento do grau de sugestionabilidade,
a criança tem dêle, segundo a idade.

- 1 12 - - 1 13 -

--

-. , ------------------�----------��--------��11
.l
-- �lia____��-
ainda pela adopção ou repetição indefinida de uma Se a cecidade é apenas em relação às côres cha­
atitude ou de um movimento e, também, pelo esque­ ma-se acromatopsia.
cimento total do que se passa e do que se passou du­
rante a crise cataléptica. CERCADO ( quadrado infantil ) - Existe uma grande va­
riedade de tamanhos. Naturalmente que a escolha
CATAPLEXIA - (Psic.) Estaào de mêdo ou choque, que deve ser feita em base ao espaço que se disponha na
se caractenza pela imobilidade, e que se dá em al­ casa. O de mais fácil manejo é o de forma retan­
guns animais, quando são mantidos imóveis e numa gular. Entretanto, d'eve-se levar em conta os seguin­
mesma postura por longo temp<D. Para alguns au­ tes pontos: que seja de bom material e sólido; que
tores, é uma forma análoga ao hipnotismo dos ho­ possa ser despregado e carregado com facilidade, e
mens. que esteja bem reforçado.
CATAPORA ( Varicela ) - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap .•
Há crianças que se sentem perfeitamente a gôs­
§ 6. to dentro do cercado, enquanto outras protestam.
É preciso sempre levar em conta:
CAUTELA - a) Indica cuidado, prevenção, prudência.
Apcnta as disposições da vontade humana, mobiliza­ a ) Nunca deixar a criança dentro do cercado
das para garantir um futuro favorável. por um tempo muito longo, e somente retirá-la quan­
do protesta insistentemente. Faça-o antes que se
b) Na ordem jurídica, cautela é sinônimo de
inquiete.
.caução, cujo nome é dado à garantia no cumprimen­
to de uma obrigação rígida, que pode ser pessoal, b ) Deixá-la alí quando já tenha 5 ou 6 meses, an-
como no caso dos réfens; real, como nas hipotecas; tes que se acostume a gatinhar pela casa tôda.
e mista, quando, além de valôres reais, a pessoa res­
ponde, também, com os seus bens, como se verifica CHORO DO BEB1: - Vide Puericultura - 4.0 cap., § 12.

Vide Puericultura - 4.0 cap., § 13.


na Economía e nas Finanças.
CHUPETA -

c ) cautela, como sinônimo de precaução, signi­


fica a atitude de advertência e também as medidas, CIDADANIA - Em tõda sociedade ou comunidade, o
indivíduo, que é membro da mesma, tem de assumir
que são tomadas para enfrentar dificuldades e peri­
a sua responsabilidade individual, participando das
gos eventuais, decorram êles de onde decorrer. Nes­
responsabilidades comuns, e sabendo quais são os
te sentido, é também sinônimo de prudência, quando
direitos e deveres que lhe cabem como cidadão.
êste têrmo é usado na acepção vulgar.
CIDADE ( vida na) - A vida numa cidade oferece muitas
CAXUMBA - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap., § 2.
vantagens, e também desvantagens para a criança.
CECIDADE - a ) Propriamente, é o estado daquele que Naturalmente que ela não gozará de ar puro, nem
não usa a visão. terá possibilidade de dispor de bastante espaço e sol,
tendo que submeter-se a passar longas horas dentro
b ) Quando metaforicamente se emprega em re­ de quatro paredes. Por outro lado, uma cidade ofe­
lação à mente ou ao processo mental, chama-se am· rece para o jovem ou uma criança em idade escolar
nésia. uma série de vantagens como: melhores cclégi3s, vi­
c > Quando é a incapacidade de entender os con­ sitas a museus, galerias de arte, teatros, cinemas, ex­
teúdos verbais chama-se alexia. posições variadas, zoológicos, etc.

d) Quando é a incapacidade de captar os valô· CIRCUNCISAO - Intervenção para extirpar o prepúcio


res morais e a inaptidão em distinguir o bem e o ou prega da pele, que cobre a ponta do pênis. Entre
mal, chama-se cecidade moral, também loucura mo· os judeus, é considerada como um ritual religioso,
raL para outros povos é uma medida de higiene.
- 114 - - 115 -
ainda pela adopção ou repetição indefinida de uma Se a cecidade é apenas em relação às côres cha­
atitude ou de um movimento e, também, pelo esque­ ma-se acromatopsia.
cimento total do que se passa e do que se passou du­
rante a crise cataléptica. CERCADO ( quadrado infantil ) - Existe uma grande va­
riedade de tamanhos. Naturalmente que a escolha
CATAPLEXIA - (Psic.) Estaào de mêdo ou choque, que deve ser feita em base ao espaço que se disponha na
se caractenza pela imobilidade, e que se dá em al­ casa. O de mais fácil manejo é o de forma retan­
guns animais, quando são mantidos imóveis e numa gular. Entretanto, d'eve-se levar em conta os seguin­
mesma postura por longo temp<D. Para alguns au­ tes pontos: que seja de bom material e sólido; que
tores, é uma forma análoga ao hipnotismo dos ho­ possa ser despregado e carregado com facilidade, e
mens. que esteja bem reforçado.
CATAPORA ( Varicela ) - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap .•
Há crianças que se sentem perfeitamente a gôs­
§ 6. to dentro do cercado, enquanto outras protestam.
É preciso sempre levar em conta:
CAUTELA - a) Indica cuidado, prevenção, prudência.
Apcnta as disposições da vontade humana, mobiliza­ a ) Nunca deixar a criança dentro do cercado
das para garantir um futuro favorável. por um tempo muito longo, e somente retirá-la quan­
do protesta insistentemente. Faça-o antes que se
b) Na ordem jurídica, cautela é sinônimo de
inquiete.
.caução, cujo nome é dado à garantia no cumprimen­
to de uma obrigação rígida, que pode ser pessoal, b ) Deixá-la alí quando já tenha 5 ou 6 meses, an-
como no caso dos réfens; real, como nas hipotecas; tes que se acostume a gatinhar pela casa tôda.
e mista, quando, além de valôres reais, a pessoa res­
ponde, também, com os seus bens, como se verifica CHORO DO BEB1: - Vide Puericultura - 4.0 cap., § 12.

Vide Puericultura - 4.0 cap., § 13.


na Economía e nas Finanças.
CHUPETA -

c ) cautela, como sinônimo de precaução, signi­


fica a atitude de advertência e também as medidas, CIDADANIA - Em tõda sociedade ou comunidade, o
indivíduo, que é membro da mesma, tem de assumir
que são tomadas para enfrentar dificuldades e peri­
a sua responsabilidade individual, participando das
gos eventuais, decorram êles de onde decorrer. Nes­
responsabilidades comuns, e sabendo quais são os
te sentido, é também sinônimo de prudência, quando
direitos e deveres que lhe cabem como cidadão.
êste têrmo é usado na acepção vulgar.
CIDADE ( vida na) - A vida numa cidade oferece muitas
CAXUMBA - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap., § 2.
vantagens, e também desvantagens para a criança.
CECIDADE - a ) Propriamente, é o estado daquele que Naturalmente que ela não gozará de ar puro, nem
não usa a visão. terá possibilidade de dispor de bastante espaço e sol,
tendo que submeter-se a passar longas horas dentro
b ) Quando metaforicamente se emprega em re­ de quatro paredes. Por outro lado, uma cidade ofe­
lação à mente ou ao processo mental, chama-se am· rece para o jovem ou uma criança em idade escolar
nésia. uma série de vantagens como: melhores cclégi3s, vi­
c > Quando é a incapacidade de entender os con­ sitas a museus, galerias de arte, teatros, cinemas, ex­
teúdos verbais chama-se alexia. posições variadas, zoológicos, etc.

d) Quando é a incapacidade de captar os valô· CIRCUNCISAO - Intervenção para extirpar o prepúcio


res morais e a inaptidão em distinguir o bem e o ou prega da pele, que cobre a ponta do pênis. Entre
mal, chama-se cecidade moral, também loucura mo· os judeus, é considerada como um ritual religioso,
raL para outros povos é uma medida de higiene.
- 114 - - 115 -
r • Quando o prepúcio é excessivamente comprido, CLíNICAS - As clínicas recebem pacientés, assim como
tendendo a reter a urina, e provocando irritações e os consultórios médicos. Elas são de diversas espe­
infecções, é preciso fazer-se a circuncisão o mais rá­ cialidades. Entre elas, temos: clínicas d'e psiquiatria
pido possível. Em geral, efetua-se antes que a cri­ e terapêutica mental; clínicas especializadas em ci­
ança tenha 10 anos de idade. Realizando-a mais rúrgia toráxica; de estética, para crianças, etc.
tarde, é preciso que a criança sofra uma anestesia
· Na maioria das vêzes sua organização interna
geral. é particular em cada caso, e a admissão de pacientes
CIRCUNSPECÇAO - a) Circunspecçã·o é a inspecção cir­ depende dos seus regulamentos.
cum, ver à volta, olhar em redor de si, coisas e pes­
soas, a fim de determinar as reações adequadas ao CLISTERES - Vide Puericultura - 9.Q cap., § 4.
ambiente. Circunspecto é o que pondera, o que faz COAÇÃO - a) Ação de obrigar, de constranger alguém
e o que diz, depois de examinar o ambiente em que ou alguma coisa a praticar um ato, compeli-lo a tal.
faz e sôbre o que diz. Daí falar-se em poder coativo.
b ) Significa, também, cautela, prudência; daí b ) Filosàficamente, o têrmo coação, que é for;
dizer-se que é circunspecto nas palavras e nas acções. rnado de cum e actus, significa o acontecer de . dois
A circtmspecção é uma virtude subordinada à ou mais entes em ato, que formam uma riova tota­
prudência. Vide Cardeais ( Virtudes ). lidade, forma,lmente distinta.
CiúME - I!: o exclusivismo no amor, sobretudo no amor Em "Teoria Geral das Tensões", tratamos das
:
·
sexual, que induz o amante a eXIgir, para si só, a pos­ formas coatas, que· são as riovas unidades que sur­
se da pessoa amada, e a sofrer, intensamente, os pos­ gem da cooperaÇão de vários ates, e q\le são assumi­
síveis desvios daquela para outras de sexo oposto. das por uma nova forma, com específica coerência,
Signüica, também, emulação, inveja, receio de coesão.
perder alguma coisa e também zêlo (Vide). CO·ADAPTAÇAO - Têrmo empregado em Sociologia pa
Cl'úMES - O desejo de prestígio social é inerente a to­
ra indicar o processo das atividades dos membros df
do ser humano, o que leva a rivalizar cada um com um grupo com unidade de fins.
os outros. A primeira manifestação de rivalidade Quer-se referir, também, a um grupo de indiv�
aparece na criança, provocada, em geral, pelo irmão duos, que têm uma vida em comum, e que adaptam
ou irmã. A rivalidade também aparece entre os co­ a sua existência às normas aceitas pela coletividade.
legas na escola, entre camaradas de jogos, e entre Fala-se em co-adaptação, sempre que há coordenação
amigos. das atividades dos seus membros, que se processa
E muito comum os pais usarem a rivalidade co­ pelas modificações sofridas pelos elementos compo­
mo uma arma, esgrimindo-a contra o atraso do filho. nentes, para assegurar a maior unidade e a melhor
E aconselhável dar-se à criança a segurança de que compatibilidade entre os elementos que nela funcio·
goza do amor paterno, competindo de uma forma sã nam.
e nobre, sem sentir ciúmes dos outros. COCEIRA - Quando um bebê se coça, ou mesmo uma
CLAUSTROFOBIA -(Do gr. Kláustros, pátio interior: criança, repetidas vêzes, num mesmo local, isto po­
em geral, lugar fechado, e'l phobos, mêdo ) . Mêdo de ser causa de um simples formigamento ou indício
mórbido, que se manifesta por angústia e movimen­ de uma erupção. Às vêzes pode ser causada por
tos impulsivos, em pessoas que se encontram em lu- uma roupa demasiadamente apertada. Quando a co­
. gares fechados e abrigados. ceira persiste, sem que exista razão aparente, deverá
ser feita a consulta médica.
CLEPTOMANIA - (Do grego Kleptos, furto ) . Diz-se do
' ·
·
impulso mórbido de furtar sem própriai!lente haver CO-EDUCAÇÃO - A educação, que permite juntar estu­
um interêsse de apropriar-se do objecto furtado. dantes de diferentes sexos numa mesma aula e num

- 1 16 -
- 117 -
r • Quando o prepúcio é excessivamente comprido, CLíNICAS - As clínicas recebem pacientés, assim como
tendendo a reter a urina, e provocando irritações e os consultórios médicos. Elas são de diversas espe­
infecções, é preciso fazer-se a circuncisão o mais rá­ cialidades. Entre elas, temos: clínicas d'e psiquiatria
pido possível. Em geral, efetua-se antes que a cri­ e terapêutica mental; clínicas especializadas em ci­
ança tenha 10 anos de idade. Realizando-a mais rúrgia toráxica; de estética, para crianças, etc.
tarde, é preciso que a criança sofra uma anestesia
· Na maioria das vêzes sua organização interna
geral. é particular em cada caso, e a admissão de pacientes
CIRCUNSPECÇAO - a) Circunspecçã·o é a inspecção cir­ depende dos seus regulamentos.
cum, ver à volta, olhar em redor de si, coisas e pes­
soas, a fim de determinar as reações adequadas ao CLISTERES - Vide Puericultura - 9.Q cap., § 4.
ambiente. Circunspecto é o que pondera, o que faz COAÇÃO - a) Ação de obrigar, de constranger alguém
e o que diz, depois de examinar o ambiente em que ou alguma coisa a praticar um ato, compeli-lo a tal.
faz e sôbre o que diz. Daí falar-se em poder coativo.
b ) Significa, também, cautela, prudência; daí b ) Filosàficamente, o têrmo coação, que é for;
dizer-se que é circunspecto nas palavras e nas acções. rnado de cum e actus, significa o acontecer de . dois
A circtmspecção é uma virtude subordinada à ou mais entes em ato, que formam uma riova tota­
prudência. Vide Cardeais ( Virtudes ). lidade, forma,lmente distinta.
CiúME - I!: o exclusivismo no amor, sobretudo no amor Em "Teoria Geral das Tensões", tratamos das
:
·
sexual, que induz o amante a eXIgir, para si só, a pos­ formas coatas, que· são as riovas unidades que sur­
se da pessoa amada, e a sofrer, intensamente, os pos­ gem da cooperaÇão de vários ates, e q\le são assumi­
síveis desvios daquela para outras de sexo oposto. das por uma nova forma, com específica coerência,
Signüica, também, emulação, inveja, receio de coesão.
perder alguma coisa e também zêlo (Vide). CO·ADAPTAÇAO - Têrmo empregado em Sociologia pa
Cl'úMES - O desejo de prestígio social é inerente a to­
ra indicar o processo das atividades dos membros df
do ser humano, o que leva a rivalizar cada um com um grupo com unidade de fins.
os outros. A primeira manifestação de rivalidade Quer-se referir, também, a um grupo de indiv�
aparece na criança, provocada, em geral, pelo irmão duos, que têm uma vida em comum, e que adaptam
ou irmã. A rivalidade também aparece entre os co­ a sua existência às normas aceitas pela coletividade.
legas na escola, entre camaradas de jogos, e entre Fala-se em co-adaptação, sempre que há coordenação
amigos. das atividades dos seus membros, que se processa
E muito comum os pais usarem a rivalidade co­ pelas modificações sofridas pelos elementos compo­
mo uma arma, esgrimindo-a contra o atraso do filho. nentes, para assegurar a maior unidade e a melhor
E aconselhável dar-se à criança a segurança de que compatibilidade entre os elementos que nela funcio·
goza do amor paterno, competindo de uma forma sã nam.
e nobre, sem sentir ciúmes dos outros. COCEIRA - Quando um bebê se coça, ou mesmo uma
CLAUSTROFOBIA -(Do gr. Kláustros, pátio interior: criança, repetidas vêzes, num mesmo local, isto po­
em geral, lugar fechado, e'l phobos, mêdo ) . Mêdo de ser causa de um simples formigamento ou indício
mórbido, que se manifesta por angústia e movimen­ de uma erupção. Às vêzes pode ser causada por
tos impulsivos, em pessoas que se encontram em lu- uma roupa demasiadamente apertada. Quando a co­
. gares fechados e abrigados. ceira persiste, sem que exista razão aparente, deverá
ser feita a consulta médica.
CLEPTOMANIA - (Do grego Kleptos, furto ) . Diz-se do
' ·
·
impulso mórbido de furtar sem própriai!lente haver CO-EDUCAÇÃO - A educação, que permite juntar estu­
um interêsse de apropriar-se do objecto furtado. dantes de diferentes sexos numa mesma aula e num

- 1 16 -
- 117 -
mesmo colégio, tornou, atualmente, um nõvo incre­
\ CúLICAS - Vide Puericultura - 6.0 cap., § 3 ....
mento devido às atuais idéias sôbre a educação. A
COMER POR SI Sú - É muito variável a idade em que
grande maioria dos colégios reune numa mesma clas­
a criança começa a comer por si só. Por volta dos
se, tanto meninas como meninos. A educação, hoje,
seis meses, o bebê pode segurar sozinho a mamadei­
abarca um vasto sentido. Não é somente o "ensino
ra, e com um ano já procurará segurar um copo com
escolar", é preciso viver com o sexo oposto tão bem
água. Com dois anos, já é capaz de manejar relati­
vamente bem a colher. O uso da faca já leva mais
como o próprio, preparando o jovem para ocupar
um lugar num mundo composto por homens e mu­
tempo, e não se deve forçar, de forma alguma, que o
lheres, que trabalham e vivem um ao lado do outro.
faça só, quando ainda não se sinta seguro e capaz.
COGNIÇAO - Genêricarnente, é a operação do intelecto, Com um ano de idade, é comum que o bebê pro­
que consiste no ato imanente, consciente e intencio­
cure levar sozinho a comida à bôca, e mesmo que não
nal, pelo qual adquirimos notícias de alguma coisa, o consiga, deve-se deixar, pois êle está desfrutando
por semelhança ou representação do objeto. de uma sensação agradável, ao mesmo tempo que
aprende um pouco mais sôbre o tacto das coisas.
CúLERA - Cólera ou ira é uma reação violenta a um
mal que alguém sofre, e que se descarrega sôbre as É natural que o bebê se lambuze, e isto não de­
coisas, sôbre animais e sêres humanos, não com in­ ve ser pretexto para não deixá-lo fazer tal coisa. O
tuito de remediar a si mesma, mas de vingar-se. melhor é colocar-lhe um avental, e após suas tenta­
A cólera é urna manifestação natural e necessá­ tivas, lavar-lhe o rosto e as mãos. Vide Puericul­
ria na criança. Quando bebê, manifesta-se no gru­ tura - 14.0 cap., § 4 .
nhir, choramingar, enquanto a mamadeira esperada COMOÇAO CEREBRAL - Vide Puericultura - 10.0 cap.,
não chega; com dois anos ela gritará, baterá os pés § 6.
e ficará enraivecida quando a mandam comer em
vez de brincar. Tôdas estas manifestações são na­ COIUPENSAÇAO - Nem sempre o homem alcança o que
turais, e apresentam-se em graus maiores ou rnen� deseja, devido a motivos vanados, como a falta de
res, dependendo da criança. Muitos pais pensam habilidade, de dinheiro, de inteligência, etc. Nestes
que "civilizar" o filho, é induzi-lo a ocultar ou repri­ casos, busca êle wn substitutivo que lhe proporcione
mir a sua cólera, c que é, do ponto de vista pedagó­ satisfação. �ste processo recebe o nome de compen­
gico, completamente errado, pois a ira, que é repri­ sação.
mida, acaba brotando mais tarde de forma mais for­
te e a retensão e regressão do impulso colérico pr� COMPETIR - Uma pessoa, que reune todos os seus es.­
forços para sobrepujar a outro, está competindo com
vocarn um estado de "tensão". As crianças preci­
êste.
sam sentir que manifestar cólera não é urna coisa má
em si mesma, mas tão natural como sorrir e brin­ Muitas escolas, seguiam e seguem a linha de que
car. Naturalmente que não se pode deixar a crian­ a rivalidade é o impulso mais efectivo para a educa­
ça usá-la como wna fôrça e, sim, quando começa a ção. Atualmente se crê que, embora os esforços e
ser um pouco fora do normal, é preciso que, por a competição ocupem um lugar no estímulo da edu­
meio da persuasão, ou, então, de palavras incisivas, cação nem sempre atuam como fôrça construtiva.
cortem-se estas manifestações coléricas. É preciso Em muitos casos, a competição é útil e necessária,
verificar até que ponto ela é justa, e também, não pois temos de frisar que vivemos numa sociedade
esquecer que é dos pais que vem o exemplo. O pai em que os seus membros estão em constante com­
e a mãe não devem ser injustos em suas cóleras e só petição. �ste sentimento está unido ao desejo de
as expressar na medida exata ao mesmo tempo que conseguir um emprêgo, de empreender um negócio.
são capazes de demonstrar carinho e afeto, pois a de conseguir o apôio das jovens, etc. Entretanto.
criança os imitará. desde que a competição se mantenha dentro dos li-

- 1 18 - - 119 -
mesmo colégio, tornou, atualmente, um nõvo incre­
\ CúLICAS - Vide Puericultura - 6.0 cap., § 3 ....
mento devido às atuais idéias sôbre a educação. A
COMER POR SI Sú - É muito variável a idade em que
grande maioria dos colégios reune numa mesma clas­
a criança começa a comer por si só. Por volta dos
se, tanto meninas como meninos. A educação, hoje,
seis meses, o bebê pode segurar sozinho a mamadei­
abarca um vasto sentido. Não é somente o "ensino
ra, e com um ano já procurará segurar um copo com
escolar", é preciso viver com o sexo oposto tão bem
água. Com dois anos, já é capaz de manejar relati­
vamente bem a colher. O uso da faca já leva mais
como o próprio, preparando o jovem para ocupar
um lugar num mundo composto por homens e mu­
tempo, e não se deve forçar, de forma alguma, que o
lheres, que trabalham e vivem um ao lado do outro.
faça só, quando ainda não se sinta seguro e capaz.
COGNIÇAO - Genêricarnente, é a operação do intelecto, Com um ano de idade, é comum que o bebê pro­
que consiste no ato imanente, consciente e intencio­
cure levar sozinho a comida à bôca, e mesmo que não
nal, pelo qual adquirimos notícias de alguma coisa, o consiga, deve-se deixar, pois êle está desfrutando
por semelhança ou representação do objeto. de uma sensação agradável, ao mesmo tempo que
aprende um pouco mais sôbre o tacto das coisas.
CúLERA - Cólera ou ira é uma reação violenta a um
mal que alguém sofre, e que se descarrega sôbre as É natural que o bebê se lambuze, e isto não de­
coisas, sôbre animais e sêres humanos, não com in­ ve ser pretexto para não deixá-lo fazer tal coisa. O
tuito de remediar a si mesma, mas de vingar-se. melhor é colocar-lhe um avental, e após suas tenta­
A cólera é urna manifestação natural e necessá­ tivas, lavar-lhe o rosto e as mãos. Vide Puericul­
ria na criança. Quando bebê, manifesta-se no gru­ tura - 14.0 cap., § 4 .
nhir, choramingar, enquanto a mamadeira esperada COMOÇAO CEREBRAL - Vide Puericultura - 10.0 cap.,
não chega; com dois anos ela gritará, baterá os pés § 6.
e ficará enraivecida quando a mandam comer em
vez de brincar. Tôdas estas manifestações são na­ COIUPENSAÇAO - Nem sempre o homem alcança o que
turais, e apresentam-se em graus maiores ou rnen� deseja, devido a motivos vanados, como a falta de
res, dependendo da criança. Muitos pais pensam habilidade, de dinheiro, de inteligência, etc. Nestes
que "civilizar" o filho, é induzi-lo a ocultar ou repri­ casos, busca êle wn substitutivo que lhe proporcione
mir a sua cólera, c que é, do ponto de vista pedagó­ satisfação. �ste processo recebe o nome de compen­
gico, completamente errado, pois a ira, que é repri­ sação.
mida, acaba brotando mais tarde de forma mais for­
te e a retensão e regressão do impulso colérico pr� COMPETIR - Uma pessoa, que reune todos os seus es.­
forços para sobrepujar a outro, está competindo com
vocarn um estado de "tensão". As crianças preci­
êste.
sam sentir que manifestar cólera não é urna coisa má
em si mesma, mas tão natural como sorrir e brin­ Muitas escolas, seguiam e seguem a linha de que
car. Naturalmente que não se pode deixar a crian­ a rivalidade é o impulso mais efectivo para a educa­
ça usá-la como wna fôrça e, sim, quando começa a ção. Atualmente se crê que, embora os esforços e
ser um pouco fora do normal, é preciso que, por a competição ocupem um lugar no estímulo da edu­
meio da persuasão, ou, então, de palavras incisivas, cação nem sempre atuam como fôrça construtiva.
cortem-se estas manifestações coléricas. É preciso Em muitos casos, a competição é útil e necessária,
verificar até que ponto ela é justa, e também, não pois temos de frisar que vivemos numa sociedade
esquecer que é dos pais que vem o exemplo. O pai em que os seus membros estão em constante com­
e a mãe não devem ser injustos em suas cóleras e só petição. �ste sentimento está unido ao desejo de
as expressar na medida exata ao mesmo tempo que conseguir um emprêgo, de empreender um negócio.
são capazes de demonstrar carinho e afeto, pois a de conseguir o apôio das jovens, etc. Entretanto.
criança os imitará. desde que a competição se mantenha dentro dos li-

- 1 18 - - 119 -
mites razoáveis pode servir de estímulo. Em caso ' gia justa, é cair no exagêro de querer mecanizar os
contrário, quando há uma exacerbação, ela se torna
'
sêres humanos, transformando-os apenas em condi­
prejudiciaL Entre grupos de adolescentes é muito cionados autômatos, que respondem aos estímulos
comum levar-se a competição a um extremo tal que propostos, o que seria matar-lhes a personalidade a
aquêle que sai vitorioso de qualquer empreendimento capacidade de autonomização, tão fundamental para
se julga superior, enquanto o outro, um vencido, e a humanidade como para a elevação do homem co­
estas manifestações se prolongarão em qualquer cir­ mo ser inteligente e livre.
cunstância da vida. A pessoa pode ganhar ou perder
e deve manter sua confiança em qualquer circunstâ·n­ COMPLEXO - a ) É a complexidade um aspecto da com­
cia e ter fé que é capaz de conquistar determinadas posição, mas é uma composição levada a alto grau.
metas que tenham sido fixadas por ela. No complexo, há presença de diversos elementos.
que constituem um sistE-ma, uma tensão.
CONDICIONAMENTO - Têrmo empregado moderna­
b ) Assim, na vida psicológica, o complexo, para
mente pelos psicólogos condutivistas, sobretudo ame­
a psicanálise é um grupo de idéias. cheias de um
.
ricanos, para referirem-se aos chamados reflexos
conteúdo emotivo, que realiza atividades subcons­
condicionados de Pavlov, sobretudo quanto empre­
cientes, para onde estão repnmidas, total ou parcial­
gados na aprendizagem. Referem-se às providências
mente. Êstes complexos são considerados por mui­
empregadas para ccnduzir a aprendizagem da crian­
tos como patológicos. Há, no complexo, um aspec­
ça, condicionando-a a certas situações particulares,
to importante, qual seja o da subordinação dos ele­
de modo que suas reações sejam proporcionais e cor­
mentos componentes a uma totalidade, de modo que
respondentes aos estímulos recebidos. Fundamenta­
-se essa concepção nas seguintes regras: 1 ) Um es­ o funcionamento das partes atuam coordenadas pa­
ra uma única finalidade. .l!:stes complexos são estu­
tímulo apresentado simultâneamente a outro estímu­
dados em outros verbetes, são ora reativos, ora mas­
lo que provoca uma resposta, tenderá, daí por dian·
te, a produzir a mesma resposta. caradores, ou sublimadores, disfarçando sempre, por
outros sintomas, o que, na realidade. são p')r interfe­
2 ) A resposta condicionada é similar, não, po­ rência, do que na psicanálise se chama Super-Ego.
rém, idêntica à resposta incondicionada. Como adjetivo, significa todo composto de diferentes
elementos que se acham dispostos, segundo uma rela­
3 ) Uma resposta ccndicionada poEie ser debili­
ção de subordinação ou de interdep::ndência dqs par­
tada ou eliminada sob certas circunstâncias.
tes de uma totalidade. Distingue-se do símples com­
4) Uma reação condicionada pode revigorar-se posto, porque, neste, as partes estão coordenadas, o
mediante esforços. que. nem stmpre acontece no complexo.
Tais experimentos são sem dúvida verificáveis. c ) , Na Lógica, um têrmo é complexo, quando
Mas a pedagogia moderna, que respeita a personali­ êle é acompanhado de uma explicação, como, por
dade humana, e compreende que deve auxiliar a rea­ exemplo: a terra, que é o planeta subordinado ao sol,
lizar homens capazes de viverem livres, dá preferên­ etc.
cia, na aprendizagem, a uma disciplina mais racional
e reflexiva, intelectualizada, não fundando-a apenas Diz-se que uma proposição é complexa, quando o
nos reflexos condicionados, embora sejam êstes fun­ sujeito, ou os atributos são complexos.
damentais para o desenvolvimento da maestria em Um silogismo é complexo quando, pelo menos,
sentido meramente técnico. A própria organização um dos têrmos da conclusão, sendo complexo, as par­
moderna da indústria fundamenta-se numa série de tes componentes dêste têrmo se encontram separa­
reflexos, que respondem, da parte do trabalhador, das nas premissas.
aos estímulos que os aparelhos indicam, exigindo-lhe
uma pronta resposta às indicações exteriores. O COMPLEXO DE CASTRAÇÃO - .l!:ste se forma, no varão,
que não se deve pensar nem admitir, numa pedago- pelo receio de agressão ou perda dos órgãos genitais,

- 120 - - 12 1 -
mites razoáveis pode servir de estímulo. Em caso ' gia justa, é cair no exagêro de querer mecanizar os
contrário, quando há uma exacerbação, ela se torna
'
sêres humanos, transformando-os apenas em condi­
prejudiciaL Entre grupos de adolescentes é muito cionados autômatos, que respondem aos estímulos
comum levar-se a competição a um extremo tal que propostos, o que seria matar-lhes a personalidade a
aquêle que sai vitorioso de qualquer empreendimento capacidade de autonomização, tão fundamental para
se julga superior, enquanto o outro, um vencido, e a humanidade como para a elevação do homem co­
estas manifestações se prolongarão em qualquer cir­ mo ser inteligente e livre.
cunstância da vida. A pessoa pode ganhar ou perder
e deve manter sua confiança em qualquer circunstâ·n­ COMPLEXO - a ) É a complexidade um aspecto da com­
cia e ter fé que é capaz de conquistar determinadas posição, mas é uma composição levada a alto grau.
metas que tenham sido fixadas por ela. No complexo, há presença de diversos elementos.
que constituem um sistE-ma, uma tensão.
CONDICIONAMENTO - Têrmo empregado moderna­
b ) Assim, na vida psicológica, o complexo, para
mente pelos psicólogos condutivistas, sobretudo ame­
a psicanálise é um grupo de idéias. cheias de um
.
ricanos, para referirem-se aos chamados reflexos
conteúdo emotivo, que realiza atividades subcons­
condicionados de Pavlov, sobretudo quanto empre­
cientes, para onde estão repnmidas, total ou parcial­
gados na aprendizagem. Referem-se às providências
mente. Êstes complexos são considerados por mui­
empregadas para ccnduzir a aprendizagem da crian­
tos como patológicos. Há, no complexo, um aspec­
ça, condicionando-a a certas situações particulares,
to importante, qual seja o da subordinação dos ele­
de modo que suas reações sejam proporcionais e cor­
mentos componentes a uma totalidade, de modo que
respondentes aos estímulos recebidos. Fundamenta­
-se essa concepção nas seguintes regras: 1 ) Um es­ o funcionamento das partes atuam coordenadas pa­
ra uma única finalidade. .l!:stes complexos são estu­
tímulo apresentado simultâneamente a outro estímu­
dados em outros verbetes, são ora reativos, ora mas­
lo que provoca uma resposta, tenderá, daí por dian·
te, a produzir a mesma resposta. caradores, ou sublimadores, disfarçando sempre, por
outros sintomas, o que, na realidade. são p')r interfe­
2 ) A resposta condicionada é similar, não, po­ rência, do que na psicanálise se chama Super-Ego.
rém, idêntica à resposta incondicionada. Como adjetivo, significa todo composto de diferentes
elementos que se acham dispostos, segundo uma rela­
3 ) Uma resposta ccndicionada poEie ser debili­
ção de subordinação ou de interdep::ndência dqs par­
tada ou eliminada sob certas circunstâncias.
tes de uma totalidade. Distingue-se do símples com­
4) Uma reação condicionada pode revigorar-se posto, porque, neste, as partes estão coordenadas, o
mediante esforços. que. nem stmpre acontece no complexo.
Tais experimentos são sem dúvida verificáveis. c ) , Na Lógica, um têrmo é complexo, quando
Mas a pedagogia moderna, que respeita a personali­ êle é acompanhado de uma explicação, como, por
dade humana, e compreende que deve auxiliar a rea­ exemplo: a terra, que é o planeta subordinado ao sol,
lizar homens capazes de viverem livres, dá preferên­ etc.
cia, na aprendizagem, a uma disciplina mais racional
e reflexiva, intelectualizada, não fundando-a apenas Diz-se que uma proposição é complexa, quando o
nos reflexos condicionados, embora sejam êstes fun­ sujeito, ou os atributos são complexos.
damentais para o desenvolvimento da maestria em Um silogismo é complexo quando, pelo menos,
sentido meramente técnico. A própria organização um dos têrmos da conclusão, sendo complexo, as par­
moderna da indústria fundamenta-se numa série de tes componentes dêste têrmo se encontram separa­
reflexos, que respondem, da parte do trabalhador, das nas premissas.
aos estímulos que os aparelhos indicam, exigindo-lhe
uma pronta resposta às indicações exteriores. O COMPLEXO DE CASTRAÇÃO - .l!:ste se forma, no varão,
que não se deve pensar nem admitir, numa pedago- pelo receio de agressão ou perda dos órgãos genitais,

- 120 - - 12 1 -
que só se caracteriza ao observar que as meninas não pressa, simplesmente, que a pessoa não tem confian­
os possuem, e ao dizerem à criança que o perderam ça em si mesma, e não inclui o menor conhecimento
por terem cometido alguma desobediência. O mêdo das possíveis causas, que motivam tais sentimentos.
de perder seu pênis, leva-o, então, a tomar determi­
nadas atitudes que se configuram como anormais e Os sentimentos de inferioridade têm, como pon­
neuróticas até. Na menina, surge quando descobre to de partida, na maioria das vêzes, um sentimento
a carência do pênis. Pode alimentar a esperança de básico de sentir-se não amado. É muito comum nas
que o obterá. Convencida de que não o terá, pode crianças que passam per fases mais ou menos criti­
surgir um sentimento de inferioridade. Julgando cas. Os que se sentem amados e admirados ao mes­
que sua mãe é culpada de não ter pênis, manifesta mo tempo, que são reconhecidos os seus valôres par­
desamor por aquela. Pode, então, substituir o de­ ticulares, superam, com maior facilidade, êsse pe­
sejo de ter um pênis pelo de ter um filho, e começa ríodo.
a tornar o pai o objeto de seu amor, e a mãe de seus
COMPLEXO NA PEDAGOGIA - A psicanálise estuda ca­
ciúmes. Essas interpretações são constitutivas da
sos de perturbações psíquicas ocasionadas na infân­
concepção freudiana, aceita por muitos psicólogos.
cia por uma fixação exagerada da afeição de um dos
É matéria, contudo, discutível e com reserva em mui­
progenitores por um filho, consciente ou inconscien­
tos aspetos, o que não pode, contudo, ser precisado
temente.
no âmbito de uma enciclopédia, dado a amplidão das
divergências. Essa fixação pode impedir o normal desenvol­
vimento psico-sexual.
O aconselhável, porém, é dizer à criança que há
sêres masculinos e femininos e mostrar o papel su­ O complexo de Édipo, que é a fixação doentia da
perior que a mulher representa. afeição do filho para com a mãe e o complexo de
Electra, da filha para com o pai, podem trazer gra­
COMPLEXO CULTURAL - Diz-se do conjunto das ca­ ves estados neuróticos no decorrer da idade adulta.
racterísticas que assinalam a fisionomia de uma
cultura, como o arco, e a flecha, instrumentos, tec­ A mãe, muitas vêzes, esmera-se em cuidados e
tônica, etc., em nossos índios. mimos exagerados por um filho, procurando evitar­
-lhe todos os aborrecimentos, tôdas as dificuldades,
COMPLEXO DE EDIPO - a) Para a Psicanálise, deseje, resolvendo-lhe os problemas, sem perceber que essa
em geral inconsciente, do filho pela mãe, e hostili­ atitude, que ela julga tão nobre, está fomentando, no
dade para com o pai. filho, o germe da incapacidade, êle se tornará um en­
b) Também adesão erótica excessiva do filho te impessibilitado de tomar uma deliberação e quan­
para com a mãe. do se encontrar ante uma situação embaraçosa, na
qual terá de resolver por si próprio, então, aí êle mos­
c ) Para a Psic., êste complexo se manifesta na trará sua absoluta incompetência e revelar-se-á um
primeira vida infantil, desaparecendo, depois, da
frustrado na sociedade.
consciência, mas tendo um grande papel posterior,
porque atua, ínconscientemente, para uns, ou sub­ Há, por exemplo, o caso comum do filho único,
conscientemente, para outros. que geralmente carece de independência e de confian­
ça em si próprio. Na idade adulta, revela falta
COMPLEXO DE ELECTRA - (Psicanálise ) . Desejo eró­ de resistência às adversidades, e até as menores di­
tico da filha para com o pai, e de hostilidade para ficuldades deixam-no num estado de absoluta de­
com a mãe. pressão.
COMPLEXO DE INFERIORIDADE - Modernamente, es­ Outro mau hábito comum pode desenvolver-se na
ta expressão é raramente empregada por psicólogos criança débil, que é mimada, e percebe que, com lá­
e psiquiatras, porque quase carece de sentido. Ex- grimas, consegue satisfazer os seus desejos. Na vida

- 122 - - 12 3 -
que só se caracteriza ao observar que as meninas não pressa, simplesmente, que a pessoa não tem confian­
os possuem, e ao dizerem à criança que o perderam ça em si mesma, e não inclui o menor conhecimento
por terem cometido alguma desobediência. O mêdo das possíveis causas, que motivam tais sentimentos.
de perder seu pênis, leva-o, então, a tomar determi­
nadas atitudes que se configuram como anormais e Os sentimentos de inferioridade têm, como pon­
neuróticas até. Na menina, surge quando descobre to de partida, na maioria das vêzes, um sentimento
a carência do pênis. Pode alimentar a esperança de básico de sentir-se não amado. É muito comum nas
que o obterá. Convencida de que não o terá, pode crianças que passam per fases mais ou menos criti­
surgir um sentimento de inferioridade. Julgando cas. Os que se sentem amados e admirados ao mes­
que sua mãe é culpada de não ter pênis, manifesta mo tempo, que são reconhecidos os seus valôres par­
desamor por aquela. Pode, então, substituir o de­ ticulares, superam, com maior facilidade, êsse pe­
sejo de ter um pênis pelo de ter um filho, e começa ríodo.
a tornar o pai o objeto de seu amor, e a mãe de seus
COMPLEXO NA PEDAGOGIA - A psicanálise estuda ca­
ciúmes. Essas interpretações são constitutivas da
sos de perturbações psíquicas ocasionadas na infân­
concepção freudiana, aceita por muitos psicólogos.
cia por uma fixação exagerada da afeição de um dos
É matéria, contudo, discutível e com reserva em mui­
progenitores por um filho, consciente ou inconscien­
tos aspetos, o que não pode, contudo, ser precisado
temente.
no âmbito de uma enciclopédia, dado a amplidão das
divergências. Essa fixação pode impedir o normal desenvol­
vimento psico-sexual.
O aconselhável, porém, é dizer à criança que há
sêres masculinos e femininos e mostrar o papel su­ O complexo de Édipo, que é a fixação doentia da
perior que a mulher representa. afeição do filho para com a mãe e o complexo de
Electra, da filha para com o pai, podem trazer gra­
COMPLEXO CULTURAL - Diz-se do conjunto das ca­ ves estados neuróticos no decorrer da idade adulta.
racterísticas que assinalam a fisionomia de uma
cultura, como o arco, e a flecha, instrumentos, tec­ A mãe, muitas vêzes, esmera-se em cuidados e
tônica, etc., em nossos índios. mimos exagerados por um filho, procurando evitar­
-lhe todos os aborrecimentos, tôdas as dificuldades,
COMPLEXO DE EDIPO - a) Para a Psicanálise, deseje, resolvendo-lhe os problemas, sem perceber que essa
em geral inconsciente, do filho pela mãe, e hostili­ atitude, que ela julga tão nobre, está fomentando, no
dade para com o pai. filho, o germe da incapacidade, êle se tornará um en­
b) Também adesão erótica excessiva do filho te impessibilitado de tomar uma deliberação e quan­
para com a mãe. do se encontrar ante uma situação embaraçosa, na
qual terá de resolver por si próprio, então, aí êle mos­
c ) Para a Psic., êste complexo se manifesta na trará sua absoluta incompetência e revelar-se-á um
primeira vida infantil, desaparecendo, depois, da
frustrado na sociedade.
consciência, mas tendo um grande papel posterior,
porque atua, ínconscientemente, para uns, ou sub­ Há, por exemplo, o caso comum do filho único,
conscientemente, para outros. que geralmente carece de independência e de confian­
ça em si próprio. Na idade adulta, revela falta
COMPLEXO DE ELECTRA - (Psicanálise ) . Desejo eró­ de resistência às adversidades, e até as menores di­
tico da filha para com o pai, e de hostilidade para ficuldades deixam-no num estado de absoluta de­
com a mãe. pressão.
COMPLEXO DE INFERIORIDADE - Modernamente, es­ Outro mau hábito comum pode desenvolver-se na
ta expressão é raramente empregada por psicólogos criança débil, que é mimada, e percebe que, com lá­
e psiquiatras, porque quase carece de sentido. Ex- grimas, consegue satisfazer os seus desejos. Na vida

- 122 - - 12 3 -
adulta, inconscientemente, usará dos mesmos recur­ Os bons hábitos devem ser ensinados desde cê­
sos, para conseguir de outros o apôio que deseja. E do; tais como: usar corretamente a colher, o garfo
vemos pessoas chorosas, que vivem se lamentando, e a faca; não falar com a bôca cheia; pedir com bons
exagerando até suas pequenas contrariedades, para modos que lhe passem algum utensílio da mesa, etc.
despertar a simpatia dos que os cercam. Não se deve, porém, levar ao excesso, exigindo dema­
:Êsses hábitos indesejáveis podem ter origem siado da criança, ou seja uma perfeição em tudo, pois
Ros primeiros anos de vida, pois nesses primeiros é preciso reconhecer que esta hora deve ser agradá­
vel e de conversação.
anos é que lançamos os fundamentos do carácter.

Jung afirma: "Assim como durante a existência CONDUÇAO ( capacidade de· condução ) - Conduzir, que
·

tmbrionária o corpo da criança é parte do organis­ vem do lat. ducere, guiar, indica a ação de guiar o�
mo materno, do mesmo modo, durante muitos anos, tros. A capacidade de conduzir, nos sêres huma­
seu espírito é um elemento da atmosfera espiritual, nos, é um dos sinais mais elevados do homem, por­
que há realmente diferenças marcantes entre homens,
que conconfiguram seus pais. Isso explica que tan­
capazes de conduzir, de guiar outros < como o peda­
tas neuroses infantis sejam, não uma genuína enfer­
godo, de gogia, condução e pedes, criança), indican­
midade da própria criança, mas sintomas das condi­
do-lhes as veredas que devem seguir. Na verdade, a
ções mentais dos pais".
criança revela cedo essa capacidade, e sabe-se que o
Se uma criança possui um defeito físico, então comportamento da criança vai depender, em muito,
necessita de uma educação especial, pois pode, per da natureza e da função da sua capacidade de condu­
excesso de cuidados, ficar impossibilitada de fazer zir e de ser conduzida. Cabe aos pais e aos mestres
alguma coisa por iniciativa própria, ou, então, se os
reconhecerem e saberem utilizar a capacidade de con­
pais procurarem compensar a inferioridade física
dução ( de liderismc) da criança. O conceito de con­
com uma superioridade fictícia, pode desenvolver-se
dutor ( líder) é o daquêle que é capaz de induzir ou­
uma inferioridade moral. Jung, estudando êsses ca­
tro a reallzar um ato, vivendo-o, como se o desejas­
sos, diz:
se. Popularidade não é liderismo. Há os que são
"Desta maneira, instala"se um círculo vicioso: populares, sem, contudo, conduzirem, como há os que
quanto mais se compensa uma inferioridade real me­ conduzem, sem que provoquem a ação como dese­
diante uma superioridade fictícia, tanto menos se
jada nos que os seguem. Não se deve. assim, con­
elimina a inferioridade; mas ainda acrescenta-se uma fundir o genuíno liderismo com o falso liderismc do
inferioridade moral, que vem aumentar o sentimento
chefe, que provoca a correspondente vivência da ação
de inferioridade. Isso, necessàriamente, conduz a
aceita, pois muitas vêzes é obedecido por disciplina,
um aumento da falsa superioridade e o processo con
e não por uma adesão simpatética. Manifesta a cri­
tinua sempre crescente".
ança sua capacidade condutivista de um medo mais
Deve-se considerar êsse aspecto tão importante contínuo que descontínuo. Essa capacidade é esca­
na educação de crianças com defeitos físicos. lar, pois há a capacidade de influir em todos, em
COMPORTAMENTO NA MESA - Quando a criança CO· muitos, em alguns, e até em poucos, o que revela uma
meça a comer na mesa, junto com os adultos, ela se variação fàcilmente verificável. A capacidade de con­
corrigirá mais fàcil e ràpidamente, se tiver o exem­ duzir não deve ser julgada pela finalidade social, ou
plo daqueles. Uma criança, com três anos, não não, do ate, negando-se, por exemplo, capacidade de
saberá utilizar corretamente a colher, e usará, cons­ liderismo à criança, que leva outras à prática de atos
tantemente, as mãos para levar o alimento à bôca. anti-sociais. Esta também tem capacidade de condu­
Mas, já cem seis anos ela deverá usar perfeitamente ção, embora, eticamente, seja inaceitável. Conside­
a colher e o garfo, e muitas também o farão com a rar tal criança apenas como um delinqüente, e não
faca. Naturalmente que, com esta idade, não deve perceber sua capacidade de liderança, é um grave·
ser permitido o uso das mãos. êrro.
- 124 - - 125 -
adulta, inconscientemente, usará dos mesmos recur­ Os bons hábitos devem ser ensinados desde cê­
sos, para conseguir de outros o apôio que deseja. E do; tais como: usar corretamente a colher, o garfo
vemos pessoas chorosas, que vivem se lamentando, e a faca; não falar com a bôca cheia; pedir com bons
exagerando até suas pequenas contrariedades, para modos que lhe passem algum utensílio da mesa, etc.
despertar a simpatia dos que os cercam. Não se deve, porém, levar ao excesso, exigindo dema­
:Êsses hábitos indesejáveis podem ter origem siado da criança, ou seja uma perfeição em tudo, pois
Ros primeiros anos de vida, pois nesses primeiros é preciso reconhecer que esta hora deve ser agradá­
vel e de conversação.
anos é que lançamos os fundamentos do carácter.

Jung afirma: "Assim como durante a existência CONDUÇAO ( capacidade de· condução ) - Conduzir, que
·

tmbrionária o corpo da criança é parte do organis­ vem do lat. ducere, guiar, indica a ação de guiar o�
mo materno, do mesmo modo, durante muitos anos, tros. A capacidade de conduzir, nos sêres huma­
seu espírito é um elemento da atmosfera espiritual, nos, é um dos sinais mais elevados do homem, por­
que há realmente diferenças marcantes entre homens,
que conconfiguram seus pais. Isso explica que tan­
capazes de conduzir, de guiar outros < como o peda­
tas neuroses infantis sejam, não uma genuína enfer­
godo, de gogia, condução e pedes, criança), indican­
midade da própria criança, mas sintomas das condi­
do-lhes as veredas que devem seguir. Na verdade, a
ções mentais dos pais".
criança revela cedo essa capacidade, e sabe-se que o
Se uma criança possui um defeito físico, então comportamento da criança vai depender, em muito,
necessita de uma educação especial, pois pode, per da natureza e da função da sua capacidade de condu­
excesso de cuidados, ficar impossibilitada de fazer zir e de ser conduzida. Cabe aos pais e aos mestres
alguma coisa por iniciativa própria, ou, então, se os
reconhecerem e saberem utilizar a capacidade de con­
pais procurarem compensar a inferioridade física
dução ( de liderismc) da criança. O conceito de con­
com uma superioridade fictícia, pode desenvolver-se
dutor ( líder) é o daquêle que é capaz de induzir ou­
uma inferioridade moral. Jung, estudando êsses ca­
tro a reallzar um ato, vivendo-o, como se o desejas­
sos, diz:
se. Popularidade não é liderismo. Há os que são
"Desta maneira, instala"se um círculo vicioso: populares, sem, contudo, conduzirem, como há os que
quanto mais se compensa uma inferioridade real me­ conduzem, sem que provoquem a ação como dese­
diante uma superioridade fictícia, tanto menos se
jada nos que os seguem. Não se deve. assim, con­
elimina a inferioridade; mas ainda acrescenta-se uma fundir o genuíno liderismo com o falso liderismc do
inferioridade moral, que vem aumentar o sentimento
chefe, que provoca a correspondente vivência da ação
de inferioridade. Isso, necessàriamente, conduz a
aceita, pois muitas vêzes é obedecido por disciplina,
um aumento da falsa superioridade e o processo con
e não por uma adesão simpatética. Manifesta a cri­
tinua sempre crescente".
ança sua capacidade condutivista de um medo mais
Deve-se considerar êsse aspecto tão importante contínuo que descontínuo. Essa capacidade é esca­
na educação de crianças com defeitos físicos. lar, pois há a capacidade de influir em todos, em
COMPORTAMENTO NA MESA - Quando a criança CO· muitos, em alguns, e até em poucos, o que revela uma
meça a comer na mesa, junto com os adultos, ela se variação fàcilmente verificável. A capacidade de con­
corrigirá mais fàcil e ràpidamente, se tiver o exem­ duzir não deve ser julgada pela finalidade social, ou
plo daqueles. Uma criança, com três anos, não não, do ate, negando-se, por exemplo, capacidade de
saberá utilizar corretamente a colher, e usará, cons­ liderismo à criança, que leva outras à prática de atos
tantemente, as mãos para levar o alimento à bôca. anti-sociais. Esta também tem capacidade de condu­
Mas, já cem seis anos ela deverá usar perfeitamente ção, embora, eticamente, seja inaceitável. Conside­
a colher e o garfo, e muitas também o farão com a rar tal criança apenas como um delinqüente, e não
faca. Naturalmente que, com esta idade, não deve perceber sua capacidade de liderança, é um grave·
ser permitido o uso das mãos. êrro.
- 124 - - 125 -
Contudo, nem sempre o líder se evidencia cla­ tais condições. Por isso são mais raros os líderes
ramente. Muitas vêzes é um tipo tranqüilo, respei­ do que as crianças que revelam traços excepcionais.
tado pelos outros, que o seguem. Por outro lado, a Exigem-se, ainda, além daquelas qualidades, outras,
portanto. Descobrir tais qualidades eis um proble­
ma sério.
liderança é proporcionada às circunstâncias em fun­
ção do condutor, pois o que é hábil condutor numa
escolA, pode não o ser num grupo de moleques, ou
numa equipe de futebol. A liderança é condicionada Há regras para que se possam aquilatá-las: a ) dar
pela inteligência, pela fortaleza, pela destreza. Se se oportunidade de ação para observar os que se des­
tacam como condutores; b ) facilitar às crianças a es­
deixam às crianças escolherem seus próprios líderes,
elas realmente escolhem os que são mais aptos para colha por si mesmas de seu líder; c ) as observações
dos mestres e pais devem ser comparadas com os fa·
a espécie de liderança. Outra regra, qu� a observa­
tos.
ção e a experiência formularam, é de que a capaci­
dade de liderança é habitual, ou seja adquirível, po­
Na verdade, as crianças revelam uma capacidade
dendo ser estimulada, o que permite educar-se para
extraordinária para escolher com segurança os seus
que se desenvolva. É, assim, capaz de ser estimu­
líderes, e deve-se deixar as crianças fazê-lo livremen­
lada.
te, sem, indireta ou diretamente, influir nessa esco­
A preparação de líderes é uma das tarefas mais lha. Podem-se propor diversas providências, como
· tais: pedir às crianças que façam uma lista dos que
importantes da pedagogia moderna. Infelizmente,
nas escolas, não há o cuidado necessário para a for· julgam mais hábeis para liderar em alguma atividade.
mação de tais tipos humanos, tão necessários numa Sabe-se, perfeitamente, quanto influi na escolha a
sociedade democrática, constituída de homens livres, propaganda que se possa fazer de algum mais astuto
autônomos, independentes. Há, nas escolas, cuida· que hábil. É mister deixar que a escolha se processe
dos especiais para classificar os estudantes, segundo sem tais influências exteriores, muitas vêzes defrau­
o seu grau de aproveitamento e intelectual, não, po­ dadoras da realidade. Quando uma criança revela
rém, para classificá-los segundo a sua capacidade de capacidade de liderança, não se deve obstaculizar es­
liderança. Contudo, há muitos estudiosos dedicados sa manifestação, sob pena de, sentindo-se frustrada,
a construir uma visão clara do lirismo. E dos estu­ enveredar pelo caminho das atividades não convenien­
dos realizados, chegaram-se a um conjunto de regras tes nem aceitáveis pelos adultos, pois poderá seguir
uniformes, que são as seguintes, imprescindíveis pa· caminhos inesperados, arrastando consigo compa­
ra estabelecer a capacidade de liderança: nheiros.

1) o líder revela uma ..


intcligênctu supurlor à Os métodos para ensinar tais líderes são vários,
média comum; e proporcionados não só à idade, como ao gênero de

em regra geral c de idade


atividade requerida. É mister dar ao líder um sen­
2> mais avançada
tido de responsabilidade, evitando-se-lhe as manifes­
que seus companheiros;
tações de arbitrariedade e de exercício excessivo de
3) revela maior aptidão para o mister que deve sw poder social. É mister que mestres saibam dar
liderar; conselhos adequados e justos, sobretudo quando se
notam deficiências cu erros graves. As tentativas de
4) membro mais antigo do grupo; formarem líderes através de cursos especiais não tem
dado os res�tados que se esperavam. O melhor é
5) o mais estimado dos outros membros do
partir da preparação daqueles que já revelaram ca­
grupo.
pacidade de liderismo, e não tentar transformar em
Nem tôdas as crianças, providas dessas condi­ líderes aquêles que não revelam naturalmente tal
ções, tornam-se líderes, mas êstes possuem, contudo, aptidão, que consiste, sobretudo, numa capacidade

- 1 26 -
- 127 -
Contudo, nem sempre o líder se evidencia cla­ tais condições. Por isso são mais raros os líderes
ramente. Muitas vêzes é um tipo tranqüilo, respei­ do que as crianças que revelam traços excepcionais.
tado pelos outros, que o seguem. Por outro lado, a Exigem-se, ainda, além daquelas qualidades, outras,
portanto. Descobrir tais qualidades eis um proble­
ma sério.
liderança é proporcionada às circunstâncias em fun­
ção do condutor, pois o que é hábil condutor numa
escolA, pode não o ser num grupo de moleques, ou
numa equipe de futebol. A liderança é condicionada Há regras para que se possam aquilatá-las: a ) dar
pela inteligência, pela fortaleza, pela destreza. Se se oportunidade de ação para observar os que se des­
tacam como condutores; b ) facilitar às crianças a es­
deixam às crianças escolherem seus próprios líderes,
elas realmente escolhem os que são mais aptos para colha por si mesmas de seu líder; c ) as observações
dos mestres e pais devem ser comparadas com os fa·
a espécie de liderança. Outra regra, qu� a observa­
tos.
ção e a experiência formularam, é de que a capaci­
dade de liderança é habitual, ou seja adquirível, po­
Na verdade, as crianças revelam uma capacidade
dendo ser estimulada, o que permite educar-se para
extraordinária para escolher com segurança os seus
que se desenvolva. É, assim, capaz de ser estimu­
líderes, e deve-se deixar as crianças fazê-lo livremen­
lada.
te, sem, indireta ou diretamente, influir nessa esco­
A preparação de líderes é uma das tarefas mais lha. Podem-se propor diversas providências, como
· tais: pedir às crianças que façam uma lista dos que
importantes da pedagogia moderna. Infelizmente,
nas escolas, não há o cuidado necessário para a for· julgam mais hábeis para liderar em alguma atividade.
mação de tais tipos humanos, tão necessários numa Sabe-se, perfeitamente, quanto influi na escolha a
sociedade democrática, constituída de homens livres, propaganda que se possa fazer de algum mais astuto
autônomos, independentes. Há, nas escolas, cuida· que hábil. É mister deixar que a escolha se processe
dos especiais para classificar os estudantes, segundo sem tais influências exteriores, muitas vêzes defrau­
o seu grau de aproveitamento e intelectual, não, po­ dadoras da realidade. Quando uma criança revela
rém, para classificá-los segundo a sua capacidade de capacidade de liderança, não se deve obstaculizar es­
liderança. Contudo, há muitos estudiosos dedicados sa manifestação, sob pena de, sentindo-se frustrada,
a construir uma visão clara do lirismo. E dos estu­ enveredar pelo caminho das atividades não convenien­
dos realizados, chegaram-se a um conjunto de regras tes nem aceitáveis pelos adultos, pois poderá seguir
uniformes, que são as seguintes, imprescindíveis pa· caminhos inesperados, arrastando consigo compa­
ra estabelecer a capacidade de liderança: nheiros.

1) o líder revela uma ..


intcligênctu supurlor à Os métodos para ensinar tais líderes são vários,
média comum; e proporcionados não só à idade, como ao gênero de

em regra geral c de idade


atividade requerida. É mister dar ao líder um sen­
2> mais avançada
tido de responsabilidade, evitando-se-lhe as manifes­
que seus companheiros;
tações de arbitrariedade e de exercício excessivo de
3) revela maior aptidão para o mister que deve sw poder social. É mister que mestres saibam dar
liderar; conselhos adequados e justos, sobretudo quando se
notam deficiências cu erros graves. As tentativas de
4) membro mais antigo do grupo; formarem líderes através de cursos especiais não tem
dado os res�tados que se esperavam. O melhor é
5) o mais estimado dos outros membros do
partir da preparação daqueles que já revelaram ca­
grupo.
pacidade de liderismo, e não tentar transformar em
Nem tôdas as crianças, providas dessas condi­ líderes aquêles que não revelam naturalmente tal
ções, tornam-se líderes, mas êstes possuem, contudo, aptidão, que consiste, sobretudo, numa capacidade

- 1 26 -
- 127 -
de fazer, na atividade em questão, o que é mister num
grau excepcional, com a correspondente revelação de
inteligência acima da média.
Se se procede a uma educação em grupo, é im­
prescindível contar com o importante papel que de­
sempenha o líder. E êst':! deve receber a necessária
educação para que seu liderismo sej a · eficiente e jus­
to e, sobretudo, construtivo. Localizado o líder, de­
ve-se-lhe confiar a dirtção, que lhe pode caber em
face da sua capacidade, instruindo-o de modo a que
-
pcssa obter do grupo o que é desejável. Cabe ao
mestre, aqui, um papel importante e de grande res­
ponsabilidade, porque, se malograr no cuidado da
preparação, pode abrir as portas à formação de um
bando, que muitas vêzes pode cair na delinqüência.
A vigilância do mestre é importante, e deve observar
com frieza, pondo de lado suas simpatias, julgando,
com a máxima presença da racionalidade, para que Aristóteles
sua atuação seja realmente provt itosa , e contribua à Jean Jacques Rousseatt
criação de líderes, que, posteriormente, possam exer­
cer um papel benéfico em face dos interêsses da so­
ciedade à qual pertence, não só quanto ao grupc, mas,
também, quanto ao país ao qual pertence.

CONDUTA INTEGRADORA E A DOMINADORA - Po­


dem-se estabelecE:r duas maneiras de conduta por
parte do mestre em relação aos alunos: uma inte·
gradora e uma dominadora. A primeira consiste em
despertar, espontânea e voluntàriamente, a discipli·
naçãc das atividades dos alunos em face do mestre;
a segunda, em discipliná-los por meio de ordenações
rígidas. É fácil verificar que há mestres q ue con­
seguem, por persuasão, despertar uma disciplina es­
pontânea e voluntária, aceita com agradabilidade , en­
quanto outros a obtêm através da rigidez de seus
atos. Sem dúvida, numa sociedade democrática, e
que se funda no respeito à dignidade humana e à li­
berdade de homem, a primeira conduta é a desejá­
vel. A segunda, dadas as suas condições, gera, natu­
ralmente, frustrados, rebelados, descontentes.
H. A. Anderson estabeleceu uma seqüência de
itens, que polarizam as duas maneiras de proceder:

integradora dominadora
1J o mestre responde 1) o mestre ordena aos
as perguntas do alunos a execução de
aluno; algo;
Arda de uma escola no Renascimento
- 128 -

I
de fazer, na atividade em questão, o que é mister num
grau excepcional, com a correspondente revelação de
inteligência acima da média.
Se se procede a uma educação em grupo, é im­
prescindível contar com o importante papel que de­
sempenha o líder. E êst':! deve receber a necessária
educação para que seu liderismo sej a · eficiente e jus­
to e, sobretudo, construtivo. Localizado o líder, de­
ve-se-lhe confiar a dirtção, que lhe pode caber em
face da sua capacidade, instruindo-o de modo a que
-
pcssa obter do grupo o que é desejável. Cabe ao
mestre, aqui, um papel importante e de grande res­
ponsabilidade, porque, se malograr no cuidado da
preparação, pode abrir as portas à formação de um
bando, que muitas vêzes pode cair na delinqüência.
A vigilância do mestre é importante, e deve observar
com frieza, pondo de lado suas simpatias, julgando,
com a máxima presença da racionalidade, para que Aristóteles
sua atuação seja realmente provt itosa , e contribua à Jean Jacques Rousseatt
criação de líderes, que, posteriormente, possam exer­
cer um papel benéfico em face dos interêsses da so­
ciedade à qual pertence, não só quanto ao grupc, mas,
também, quanto ao país ao qual pertence.

CONDUTA INTEGRADORA E A DOMINADORA - Po­


dem-se estabelecE:r duas maneiras de conduta por
parte do mestre em relação aos alunos: uma inte·
gradora e uma dominadora. A primeira consiste em
despertar, espontânea e voluntàriamente, a discipli·
naçãc das atividades dos alunos em face do mestre;
a segunda, em discipliná-los por meio de ordenações
rígidas. É fácil verificar que há mestres q ue con­
seguem, por persuasão, despertar uma disciplina es­
pontânea e voluntária, aceita com agradabilidade , en­
quanto outros a obtêm através da rigidez de seus
atos. Sem dúvida, numa sociedade democrática, e
que se funda no respeito à dignidade humana e à li­
berdade de homem, a primeira conduta é a desejá­
vel. A segunda, dadas as suas condições, gera, natu­
ralmente, frustrados, rebelados, descontentes.
H. A. Anderson estabeleceu uma seqüência de
itens, que polarizam as duas maneiras de proceder:

integradora dominadora
1J o mestre responde 1) o mestre ordena aos
as perguntas do alunos a execução de
aluno; algo;
Arda de uma escola no Renascimento
- 128 -

I
2J o mestre aceita su­ 2) o mestre repreende o
gestões do aluno, aluno;
examina-as e as
discute;
3) o mestre aceita a 3) o mestre repele as
negativa do aluno sugestões do aluno.
e atende a outro.

A hábil maneira de proceder do mestre poderá


despertar a confiança, o respeito, e a disciplina es­
pontâneamente aceita, sem lançar mão do temor.
As circunstâncias indicarão as diversas maneiras de
proceder para atingir esta meta, que, realmente, é a
mais conveniente, sem, contudo, haver necessidade
de perder ou de atentar contra a disciplina que rei­
nar.

CONFIANÇA - Vide Aceitação, Promessas.


CONFIANÇA EM SI MESMO - É preciso que se crie
Asclépion. EHola de Medicina de Cos um ambiente necessário e se forneçam oportunida­
des para que a criança desenvolva a confiança em si
mesma. Assim ela passará da fase de bebê ( depen­
dente ao extremo dos pais) à de uma criança capaz
de enfrentar as dificuldades que se apresentam na
vida quotidiana. Cabe aos pais ajudarem a criança a
ter fé na sua própria habilidade para fazer amizades;
a desenvolver-se fisicamente ( correr, trepar em árvo­
res, atravessar ruas, etc . ) ; a gastar o dinheiro com par­
cimônia, distinguir o que é bem feito e mal feito, en­
tre o que é prudente e o que não o é; e em outras
centenas de decisões, nas quais deve sempre estar
presente o bom senso.

Em geral, duas atitudes tomam os pais: t.a) dei­


xar que a criança se decida sem ser guiada; 2 . ) le­ ..

vá-la pela mão. Deve-se optar pelo meio têrmo:


ajudando no que fôr preciso e, ao mesmo tempo,
deixando-a com liberdade de agir e que tome uma
decisão por si mesma.

CONFIDÊNCIAS - Os segrêdos confiados por uma cri­


ança devem ser respeitados e não tratados de triviais.
A criança passa por diversas fases, e em cada uma
Conde Leão Tolstoi -- em Sflas terras de YtiSnaya Poliana
reage diferentemente. Assim, na adolescência, é co­
mum, que não confie os seus segrêdos aos pais e,
Gt·ande pedaf?Of?O e idealista liberlário.
Quadro de Riepin - 1 887
sim, aos amigos da mesma idade. Os pais não de­
vem sentir-se ressentidos com tal, e devem tomar
- 129 -
2J o mestre aceita su­ 2) o mestre repreende o
gestões do aluno, aluno;
examina-as e as
discute;
3) o mestre aceita a 3) o mestre repele as
negativa do aluno sugestões do aluno.
e atende a outro.

A hábil maneira de proceder do mestre poderá


despertar a confiança, o respeito, e a disciplina es­
pontâneamente aceita, sem lançar mão do temor.
As circunstâncias indicarão as diversas maneiras de
proceder para atingir esta meta, que, realmente, é a
mais conveniente, sem, contudo, haver necessidade
de perder ou de atentar contra a disciplina que rei­
nar.

CONFIANÇA - Vide Aceitação, Promessas.


CONFIANÇA EM SI MESMO - É preciso que se crie
Asclépion. EHola de Medicina de Cos um ambiente necessário e se forneçam oportunida­
des para que a criança desenvolva a confiança em si
mesma. Assim ela passará da fase de bebê ( depen­
dente ao extremo dos pais) à de uma criança capaz
de enfrentar as dificuldades que se apresentam na
vida quotidiana. Cabe aos pais ajudarem a criança a
ter fé na sua própria habilidade para fazer amizades;
a desenvolver-se fisicamente ( correr, trepar em árvo­
res, atravessar ruas, etc . ) ; a gastar o dinheiro com par­
cimônia, distinguir o que é bem feito e mal feito, en­
tre o que é prudente e o que não o é; e em outras
centenas de decisões, nas quais deve sempre estar
presente o bom senso.

Em geral, duas atitudes tomam os pais: t.a) dei­


xar que a criança se decida sem ser guiada; 2 . ) le­ ..

vá-la pela mão. Deve-se optar pelo meio têrmo:


ajudando no que fôr preciso e, ao mesmo tempo,
deixando-a com liberdade de agir e que tome uma
decisão por si mesma.

CONFIDÊNCIAS - Os segrêdos confiados por uma cri­


ança devem ser respeitados e não tratados de triviais.
A criança passa por diversas fases, e em cada uma
Conde Leão Tolstoi -- em Sflas terras de YtiSnaya Poliana
reage diferentemente. Assim, na adolescência, é co­
mum, que não confie os seus segrêdos aos pais e,
Gt·ande pedaf?Of?O e idealista liberlário.
Quadro de Riepin - 1 887
sim, aos amigos da mesma idade. Os pais não de­
vem sentir-se ressentidos com tal, e devem tomar
- 129 -
uma atitude de compreensão e esperar, sem forçarp Não se deve coçar os olhos, e como alguns casos
que o filho se sinta disposto a confiar-lhes segredos. são altamente contagiáveis, convém manter muita hi­
giene. Vide Puericultura, 12.0 cap., § 10.
CONFLITOS - As situações de conflito são muito nu­
merosas e se apresentam constantemente no decor­ CONSCI:tNCIA - No sentido mais universal, a palavra
rer da vida. Para a criança, é um conflito decidir significa aquêle fenômeno, que é característico da vi­
entre dois brinquedos, um nôvo que lhe é oferecido da mental, em oposição ao estado simples do ser in­
e o outro com o qual brincava. Há tipos de confli­ fra-mental. A consciência é o produto específico da
tos mais profundos, que são os dos filhos de pais atividade do espírito. Como o espírito, tomado co­
que se encontram separados, ou que discutem com mo todo, é atividade, e nunca deixa de ser ativo, a
freqüência, pois é comum que o filho ame com igual consciência é um estado permanente do espírito, pro­
intensidade os dois e tenha que tomar o lado de um duzido por êle mesmo, e qualificativo do ser espiri­
só. tual, tomado como grau metafísico.

CONFORTAR - Em qualquer idade a criança sente ne­ Nos sêres humanos, onde as preferências do es­
cessidade de ser confortada. Desde o bebê, que de­ pírito são reduzidas às manifestações de uma vida
seja algumas palavras carinhosas, antes de ir dormir mental, a consciência é o fruto ocasional de atos psí­
quicos que acontecem com interrupções. Não é, por­
ou ser tomado em braços, até o adolescente, que es­
tanto, uma qualidade permanente do processo de vi­
pera demonstrações de afeto.
da humano. Como · identificar, então, a consciência,
A criança, em estado normal, sente falta de cari­ quando ela ocorre em nós? Ladd diz: " o que estamos,
nho, e daí ser preciso que os país a confortem, e lhe quando despertados, ·em contraste com o que esta­
dêem demonstrações de afeto continuamente, e não mos quando caímos num sono profundo e sem so­
só quando ela se encontra doente. nhos, isso é consciência". Subjectivamente, a cons­
ciência significa uma intuição t mais ou menos com­
CONGENITAL - Diz-se de todo e qualquer carácter que pleta, mais ou menos; clara, que o espírito tem dos
o indivíduo traz desde nascença, e não, pràpriamente, seus estados e de seus atos. Essa definição pode ser
um hábito, isto é, adquirido. Tais caracteres podem considerada idêntica à anterior ou mais restrita do
surgir no ·decurso do desenvolvimento do indivíduo, que essa. Na psicologia clássica, distinguiam-se dois
sem serem desde logo observaveis. Propõem alguns modos ou graus da consciência:
usar o têrmo conato, para substituir êste têrmo. Em­
prega-se, também, o têrmo inato. a) a consciência espontânea - a consciência di­
reta, imediata;
CONJUNTIVITE - A conjuntivite é a inflamação da con­ b ) a consciência renexiva - de re e nectere,
juntiva, ocasionada por grande variedade de fatôres voltar para trás - mediata, retôrno do espírito sõ­
irritantes, tais como a alergia, etc. Os sintomas que bre as idéias, as representações mentais. É a cons­
apresenta são: avermelhamento do glóbulo dos olhos, ciência dirigida para as idéias.
ou uma côr rosada; irritação, fotofobia (aversão à
luz ), inhaço e dor nos olhos; supuração e pálpebras Assim temos uma divisão quanto ao vector de
inchadas. Os tratamentos são variados, dependen­ consciência. Mas a consciência é gradativa; apresen­
do do tipo de conjuntivite. Dai ser preciso a consul­ ta uma infinidade de graus.
ta médica em qualquer caso. Antes de ir-se a êste é CONSCI:tNCIA E INCONSCI:E:NCIA - Desde tempos re­
conveniente a aplicação de compressas de água fervi­ motos, quando se iniciaram os primeiros passos no
da, mornas, sôbre os olhos, o que aliviará as supura­ estudo da Psicologia ainda não espec1.1Iativa nem sis­
ções e limpará as crostas aderidas às palpebras. A temática, já compreendiam -os sábios de então que
vaselina estéril impedirá que surjam gretas nas pál­ havia na vída psicológica muito de obscuro, muito de
pebras. inexplicável. Contudo, muitos são os psicólogos que
- 130 --- - 131 -
uma atitude de compreensão e esperar, sem forçarp Não se deve coçar os olhos, e como alguns casos
que o filho se sinta disposto a confiar-lhes segredos. são altamente contagiáveis, convém manter muita hi­
giene. Vide Puericultura, 12.0 cap., § 10.
CONFLITOS - As situações de conflito são muito nu­
merosas e se apresentam constantemente no decor­ CONSCI:tNCIA - No sentido mais universal, a palavra
rer da vida. Para a criança, é um conflito decidir significa aquêle fenômeno, que é característico da vi­
entre dois brinquedos, um nôvo que lhe é oferecido da mental, em oposição ao estado simples do ser in­
e o outro com o qual brincava. Há tipos de confli­ fra-mental. A consciência é o produto específico da
tos mais profundos, que são os dos filhos de pais atividade do espírito. Como o espírito, tomado co­
que se encontram separados, ou que discutem com mo todo, é atividade, e nunca deixa de ser ativo, a
freqüência, pois é comum que o filho ame com igual consciência é um estado permanente do espírito, pro­
intensidade os dois e tenha que tomar o lado de um duzido por êle mesmo, e qualificativo do ser espiri­
só. tual, tomado como grau metafísico.

CONFORTAR - Em qualquer idade a criança sente ne­ Nos sêres humanos, onde as preferências do es­
cessidade de ser confortada. Desde o bebê, que de­ pírito são reduzidas às manifestações de uma vida
seja algumas palavras carinhosas, antes de ir dormir mental, a consciência é o fruto ocasional de atos psí­
quicos que acontecem com interrupções. Não é, por­
ou ser tomado em braços, até o adolescente, que es­
tanto, uma qualidade permanente do processo de vi­
pera demonstrações de afeto.
da humano. Como · identificar, então, a consciência,
A criança, em estado normal, sente falta de cari­ quando ela ocorre em nós? Ladd diz: " o que estamos,
nho, e daí ser preciso que os país a confortem, e lhe quando despertados, ·em contraste com o que esta­
dêem demonstrações de afeto continuamente, e não mos quando caímos num sono profundo e sem so­
só quando ela se encontra doente. nhos, isso é consciência". Subjectivamente, a cons­
ciência significa uma intuição t mais ou menos com­
CONGENITAL - Diz-se de todo e qualquer carácter que pleta, mais ou menos; clara, que o espírito tem dos
o indivíduo traz desde nascença, e não, pràpriamente, seus estados e de seus atos. Essa definição pode ser
um hábito, isto é, adquirido. Tais caracteres podem considerada idêntica à anterior ou mais restrita do
surgir no ·decurso do desenvolvimento do indivíduo, que essa. Na psicologia clássica, distinguiam-se dois
sem serem desde logo observaveis. Propõem alguns modos ou graus da consciência:
usar o têrmo conato, para substituir êste têrmo. Em­
prega-se, também, o têrmo inato. a) a consciência espontânea - a consciência di­
reta, imediata;
CONJUNTIVITE - A conjuntivite é a inflamação da con­ b ) a consciência renexiva - de re e nectere,
juntiva, ocasionada por grande variedade de fatôres voltar para trás - mediata, retôrno do espírito sõ­
irritantes, tais como a alergia, etc. Os sintomas que bre as idéias, as representações mentais. É a cons­
apresenta são: avermelhamento do glóbulo dos olhos, ciência dirigida para as idéias.
ou uma côr rosada; irritação, fotofobia (aversão à
luz ), inhaço e dor nos olhos; supuração e pálpebras Assim temos uma divisão quanto ao vector de
inchadas. Os tratamentos são variados, dependen­ consciência. Mas a consciência é gradativa; apresen­
do do tipo de conjuntivite. Dai ser preciso a consul­ ta uma infinidade de graus.
ta médica em qualquer caso. Antes de ir-se a êste é CONSCI:tNCIA E INCONSCI:E:NCIA - Desde tempos re­
conveniente a aplicação de compressas de água fervi­ motos, quando se iniciaram os primeiros passos no
da, mornas, sôbre os olhos, o que aliviará as supura­ estudo da Psicologia ainda não espec1.1Iativa nem sis­
ções e limpará as crostas aderidas às palpebras. A temática, já compreendiam -os sábios de então que
vaselina estéril impedirá que surjam gretas nas pál­ havia na vída psicológica muito de obscuro, muito de
pebras. inexplicável. Contudo, muitos são os psicólogos que
- 130 --- - 131 -
·
c ) Ato de vontade, pelo qual se declara não
negam a existência de fenômenos psicológicos incons­
opor-se a uma ação determinada, tomada por outro.
cientes, pois alegam que, sendo a consciência própria
O têrmo é comumente empregado neste sentido.
do pensamento, o que não é consciência deixa de ser
·
psicológico. Admitem fenômenos fisiológicos incons­ CONTAGIO - a) Difusão, num grupo social, de uma su­
cientes, mas consideram absurda a aceitação de fe­ gestão, que produz a imitação mais ou menos geral
nômenos psicológicos inconscientes, pois seria uma numa espécie de conduta. Também a difusão de
contradição em têrmos. uma manifestação . emotiva em todo grupo.
Êste argumento decorre das seguintes razões: um b ) Contágio mental, patológico, consiste muna
fenômeno psicológico torna-se conhecido de nós atra­ propagação de uma ilusão ou transtômo mental, fun­
vés da consciência, pois não há um conhecimento cional em todo um grupo, ou de um indivíduo para
sem consciência. Esta a razão que nos leva a crer indivíduo.
que a consciência é da essência do psicológico.
CONTRA-HABITO - a) O hábito, cuja finalidade consis-
A Patologia ensina-nos que em certos neuróticos . te em evitar a aquisição ou a perduração de um ou­
e psicóticos há estreitamento do campo visual e da
tro contrário. ·Assim, a aquisição de um hábito não
consciência, o que não lhes permite um conhecimen­ pr,ejudicial, para . evitar a tendência a um hábito que
to muito di.làl.ado, sendo, em regra, r ;stringidos na oferece riscos à pessoa.
sua ação, e visualizam apenas aspectos, enquanto ou­
tros, perceptíveis a um homem normal, escapam-lhe b ) Victor Egger chama de contra-hábito, ao fe­
totalmente. Na atenção, há desatenção ao que não . nômeno que consiste no fato de algumas impres·sões,
nos interessa, o que nos mostra que a consciência não · por ex., sonoras, que são suportadas cada vez menos
à tnedida que se repetem, às quais, em vez de se tor­
é intensivamente igual, apresentando gradação. En­
narem suportáveis, tornam-se cada vez mais doloro­
tretanto, o que desatendemos exerce também sua in­
sas ou irritantes. l!:ste aumento de dor ou de irri­
fluência na consciência, embora nos pareça pequena,
tação é, para êle, contudo, mórbido; o normal é o in­
sobretudo nas vivências de antipatia e simpatia, nas
verso.
vivências afectivas.
OONTUSAO CEREBRAL - Vide Puericultura - 10.0 cap.,
A psicologia patológica, cujos progressos nesses
últimos cinqüenta anos foram extraordinários, ofere­
§ 7.
ce fatos, exemplos, em favor da teoria do inconscien­ CONSELHEIROS FAMILIARES - Em alguns países
te, com os trabalhos de Freud, Jung, Adler, Richet, existem organizações especiais, que recebem denomi­
Janet e muitos outros. nações variadas, mas que, em resumo, significam
"conselheiros familiares", cuja finalidade é intervir
CONSCIÊNCIA ( aquisição da) - É difícil precisar, e por
nas questões de famflia, ajudando tanto quanto possi-
ora é ainda impos�ível, quando surge a consciência
. vel manter os laços de união entre os seus membros.
na criança. Na criança recém-nascida, há propria­
mente respostas aos estímulos externos, o que se vai CONSISTÊNCIA ( solidez ) - Os pais devem manter um

verificando no decorrer dos dias, de modo cada, vez ambiente familiar pleno de segurança e solidez, de
mais acentuado. Sem dúvida, a consciência é algo forma que os filhos cheguem à conclusão de que po­
que se adquire aos poucos, nuns mais acentuadamen­ dem confiar nêles. Queremos salientar que firmeza
te, noutros não. não quer dizer inflexibilidade. Não é aconselhável
que os pais imponham uma hora fixa para a criança
CONSENTIMENTO - a) Genericamente significa assen· irem para a cama, sem aceitar uma exceção. É pre­
timento. ciso ver que as situações diferem muitas vêzes e que
a criança necessita, também, gozar de situações excep·
b) · Empregado também no sentido de consensus
: . . cionais.
(vide) . . .
- 133 -
- 132 -
·
c ) Ato de vontade, pelo qual se declara não
negam a existência de fenômenos psicológicos incons­
opor-se a uma ação determinada, tomada por outro.
cientes, pois alegam que, sendo a consciência própria
O têrmo é comumente empregado neste sentido.
do pensamento, o que não é consciência deixa de ser
·
psicológico. Admitem fenômenos fisiológicos incons­ CONTAGIO - a) Difusão, num grupo social, de uma su­
cientes, mas consideram absurda a aceitação de fe­ gestão, que produz a imitação mais ou menos geral
nômenos psicológicos inconscientes, pois seria uma numa espécie de conduta. Também a difusão de
contradição em têrmos. uma manifestação . emotiva em todo grupo.
Êste argumento decorre das seguintes razões: um b ) Contágio mental, patológico, consiste muna
fenômeno psicológico torna-se conhecido de nós atra­ propagação de uma ilusão ou transtômo mental, fun­
vés da consciência, pois não há um conhecimento cional em todo um grupo, ou de um indivíduo para
sem consciência. Esta a razão que nos leva a crer indivíduo.
que a consciência é da essência do psicológico.
CONTRA-HABITO - a) O hábito, cuja finalidade consis-
A Patologia ensina-nos que em certos neuróticos . te em evitar a aquisição ou a perduração de um ou­
e psicóticos há estreitamento do campo visual e da
tro contrário. ·Assim, a aquisição de um hábito não
consciência, o que não lhes permite um conhecimen­ pr,ejudicial, para . evitar a tendência a um hábito que
to muito di.làl.ado, sendo, em regra, r ;stringidos na oferece riscos à pessoa.
sua ação, e visualizam apenas aspectos, enquanto ou­
tros, perceptíveis a um homem normal, escapam-lhe b ) Victor Egger chama de contra-hábito, ao fe­
totalmente. Na atenção, há desatenção ao que não . nômeno que consiste no fato de algumas impres·sões,
nos interessa, o que nos mostra que a consciência não · por ex., sonoras, que são suportadas cada vez menos
à tnedida que se repetem, às quais, em vez de se tor­
é intensivamente igual, apresentando gradação. En­
narem suportáveis, tornam-se cada vez mais doloro­
tretanto, o que desatendemos exerce também sua in­
sas ou irritantes. l!:ste aumento de dor ou de irri­
fluência na consciência, embora nos pareça pequena,
tação é, para êle, contudo, mórbido; o normal é o in­
sobretudo nas vivências de antipatia e simpatia, nas
verso.
vivências afectivas.
OONTUSAO CEREBRAL - Vide Puericultura - 10.0 cap.,
A psicologia patológica, cujos progressos nesses
últimos cinqüenta anos foram extraordinários, ofere­
§ 7.
ce fatos, exemplos, em favor da teoria do inconscien­ CONSELHEIROS FAMILIARES - Em alguns países
te, com os trabalhos de Freud, Jung, Adler, Richet, existem organizações especiais, que recebem denomi­
Janet e muitos outros. nações variadas, mas que, em resumo, significam
"conselheiros familiares", cuja finalidade é intervir
CONSCIÊNCIA ( aquisição da) - É difícil precisar, e por
nas questões de famflia, ajudando tanto quanto possi-
ora é ainda impos�ível, quando surge a consciência
. vel manter os laços de união entre os seus membros.
na criança. Na criança recém-nascida, há propria­
mente respostas aos estímulos externos, o que se vai CONSISTÊNCIA ( solidez ) - Os pais devem manter um

verificando no decorrer dos dias, de modo cada, vez ambiente familiar pleno de segurança e solidez, de
mais acentuado. Sem dúvida, a consciência é algo forma que os filhos cheguem à conclusão de que po­
que se adquire aos poucos, nuns mais acentuadamen­ dem confiar nêles. Queremos salientar que firmeza
te, noutros não. não quer dizer inflexibilidade. Não é aconselhável
que os pais imponham uma hora fixa para a criança
CONSENTIMENTO - a) Genericamente significa assen· irem para a cama, sem aceitar uma exceção. É pre­
timento. ciso ver que as situações diferem muitas vêzes e que
a criança necessita, também, gozar de situações excep·
b) · Empregado também no sentido de consensus
: . . cionais.
(vide) . . .
- 133 -
- 132 -
As crianças, cujos pais mudam constantemente cacto, que não agradam, nem são aconselháveis antes
de nonnas, sentem-se desorientadas, o que as preju­ dos oito ou nove anos de idade. Nesta idade, são
dicará nas suas afirmações e na sua segurança, tanto aconselháveis os contos de Andersen, os de Grimm,
social como emocional. As crianças ganham muito as adaptações infantis de epopéias, feitos e gestos le­
mais finneza e segurança, quando os pais mantêm gendários, aventuras e alguns contos de Perrault. Aos
idéias e normas com as quais estão de acôrdo e sen­ dez ou doze anos, são mais apreciadas as lendas de
tem-se mais a gOsto. Muitas idéias novas são absor­ heróis ( Peter Pan) , as Mil e Uma Noites ( ed1ção ju­
vidas e aceitas, convertendo-se em parte de uma fir­ venil ), a literatura de costumes de terras longínquas,
me, fonnal e constante norma de vida para tOda a etc.
família. Dos doze aos quinze anos, são apreciados livros
CONSELHOS - É preciso saber dar conselhos às crian­ como "Pinóquio", "As Viagens de Gulliver", "Robin­
ças e aos jovens. Uma ordem nem sempre é bem re­ son Crusóe", 1'Moby Dick", etc.
cebida se dada num tom peremptório. As advertên­ CONVALESCENÇA - Depois de uma enfermidade du­
cias formam parte da disciplina e, portanto, devem rante a qual a criança recebeu cuidados, atenções es­
iier dadas nos momentos precisos. peciais e foi muito animada, sobrevém um período
CONSTRUÇAO DE BRINQUEDOS EM CASA - Para a durante o qual ela recobra suas fôrças, e se restaura
educação da criança é interessante empreender-se a da invalidez, voltando à normalidade.
construção de qualquer brinquedo, desde uma sim­ É preciso que ela receba carinho e atenção, não
ples caixa até peças de construção, um barco, patins, em demasia. Neste período é possível prender-se a
etc. A criança obterá uma soma de experiências con­ sua atenção com pequenas tarefas, sem deixar que
secutivas, que lhe irão servir mais que qualquer li­ se excite, e se canse em demasia. Pode-lhe ser dado:
ção teórica. Os pais devem trabalhar junto com os papéis para recortar, construir casas com dados, bo­
filhos, incentivando-lhes e mostrando-lhes os erros e necos e animais para serem colados em albuns; li­
acertos, de fonna que ambos alcancem o fim dese­ vros para ler, etc.
jado.
A convalescença deve ser um período feliz e de
CONTAR - É lenta a aprendizagem de contar por parte recuperação total.
das crianças, que se dá à proporção que assimilam o
conceito das quantidades. Por volta dos dois anos e CONVERSAS FAMILIARES - Atualmente é muito d1ff.
meio, começam a reconhecer a diferença entre um e cil que os pais dediquem momentos de conversa com
muitos. Aprender a contar em ordem consecutiva os filhos. As conversas entre família têm um propó­
exige grande concentração. Quando chegam, à ida­ sito prático: é de dar à criança voz e voto nos planos
de escolar, são capazes de contar até uma dezena de de trabalho e recreação, dando-lhe a ilusão de tomar
objetos, e recitar os números até trinta. parte em importantes decisões. Estas reuniões de­
vem ser realizadas dentro de um amplo sentido de­
CONTOS DE FADAS - Durante muitos anos foi debatido mocrático, para proporcionar à criança oportunida­
entre psicólogos e pedagogos se era conveniente ou de para expor as suas idéias e experiências.
não a narração de contos de fadas às crianças. Al·
guns aceitavam que os contos de fadas possuem gran­ CONVITES - Na adolescência é muito comum que os
de valor emotivo, tanto para os meninos como para jovens recebam constantemente convites para reu­
as meninas, pois se parecem às suas próprias fanta­ niões, cinema, pequenas festas, etc. Quando os con­
sias. vites se tornam constantes e muito prolongados, é
preciso falar seriamente, de forma que não sejam
Dos três aos quatro anos, a criança gosta das
prejudicados os estudos e outros afazeres.
narrativas, nas quais os animais, crianças e brinque­
dos se comportam igual às pessoas. Nos contos de Se se trata de uma criança, convém que os pais
fadas tradicionais, o enredo é de tal fonna compU- sejam os primeiros a deliberar se é ou não conve-

- 134 - - 135 -
As crianças, cujos pais mudam constantemente cacto, que não agradam, nem são aconselháveis antes
de nonnas, sentem-se desorientadas, o que as preju­ dos oito ou nove anos de idade. Nesta idade, são
dicará nas suas afirmações e na sua segurança, tanto aconselháveis os contos de Andersen, os de Grimm,
social como emocional. As crianças ganham muito as adaptações infantis de epopéias, feitos e gestos le­
mais finneza e segurança, quando os pais mantêm gendários, aventuras e alguns contos de Perrault. Aos
idéias e normas com as quais estão de acôrdo e sen­ dez ou doze anos, são mais apreciadas as lendas de
tem-se mais a gOsto. Muitas idéias novas são absor­ heróis ( Peter Pan) , as Mil e Uma Noites ( ed1ção ju­
vidas e aceitas, convertendo-se em parte de uma fir­ venil ), a literatura de costumes de terras longínquas,
me, fonnal e constante norma de vida para tOda a etc.
família. Dos doze aos quinze anos, são apreciados livros
CONSELHOS - É preciso saber dar conselhos às crian­ como "Pinóquio", "As Viagens de Gulliver", "Robin­
ças e aos jovens. Uma ordem nem sempre é bem re­ son Crusóe", 1'Moby Dick", etc.
cebida se dada num tom peremptório. As advertên­ CONVALESCENÇA - Depois de uma enfermidade du­
cias formam parte da disciplina e, portanto, devem rante a qual a criança recebeu cuidados, atenções es­
iier dadas nos momentos precisos. peciais e foi muito animada, sobrevém um período
CONSTRUÇAO DE BRINQUEDOS EM CASA - Para a durante o qual ela recobra suas fôrças, e se restaura
educação da criança é interessante empreender-se a da invalidez, voltando à normalidade.
construção de qualquer brinquedo, desde uma sim­ É preciso que ela receba carinho e atenção, não
ples caixa até peças de construção, um barco, patins, em demasia. Neste período é possível prender-se a
etc. A criança obterá uma soma de experiências con­ sua atenção com pequenas tarefas, sem deixar que
secutivas, que lhe irão servir mais que qualquer li­ se excite, e se canse em demasia. Pode-lhe ser dado:
ção teórica. Os pais devem trabalhar junto com os papéis para recortar, construir casas com dados, bo­
filhos, incentivando-lhes e mostrando-lhes os erros e necos e animais para serem colados em albuns; li­
acertos, de fonna que ambos alcancem o fim dese­ vros para ler, etc.
jado.
A convalescença deve ser um período feliz e de
CONTAR - É lenta a aprendizagem de contar por parte recuperação total.
das crianças, que se dá à proporção que assimilam o
conceito das quantidades. Por volta dos dois anos e CONVERSAS FAMILIARES - Atualmente é muito d1ff.
meio, começam a reconhecer a diferença entre um e cil que os pais dediquem momentos de conversa com
muitos. Aprender a contar em ordem consecutiva os filhos. As conversas entre família têm um propó­
exige grande concentração. Quando chegam, à ida­ sito prático: é de dar à criança voz e voto nos planos
de escolar, são capazes de contar até uma dezena de de trabalho e recreação, dando-lhe a ilusão de tomar
objetos, e recitar os números até trinta. parte em importantes decisões. Estas reuniões de­
vem ser realizadas dentro de um amplo sentido de­
CONTOS DE FADAS - Durante muitos anos foi debatido mocrático, para proporcionar à criança oportunida­
entre psicólogos e pedagogos se era conveniente ou de para expor as suas idéias e experiências.
não a narração de contos de fadas às crianças. Al·
guns aceitavam que os contos de fadas possuem gran­ CONVITES - Na adolescência é muito comum que os
de valor emotivo, tanto para os meninos como para jovens recebam constantemente convites para reu­
as meninas, pois se parecem às suas próprias fanta­ niões, cinema, pequenas festas, etc. Quando os con­
sias. vites se tornam constantes e muito prolongados, é
preciso falar seriamente, de forma que não sejam
Dos três aos quatro anos, a criança gosta das
prejudicados os estudos e outros afazeres.
narrativas, nas quais os animais, crianças e brinque­
dos se comportam igual às pessoas. Nos contos de Se se trata de uma criança, convém que os pais
fadas tradicionais, o enredo é de tal fonna compU- sejam os primeiros a deliberar se é ou não conve-

- 134 - - 135 -
niente o convite feito. Muitas vêzes a criança aceita das aspirações da criança, ministrado por revistas,
sem pensar os convites de outros colegas, deixando rádio e televisão, é um dos espetáculos mais tristes
de lado os estudos domésticos a serem feitos. da nossa civilização. Uma compreensão falsa da li­
berdade de expressão tem levado a indivíduos mórbi­
Na adolescência, há uma série de problemas, pois
dos, mal formados, e de sentimentos torvos, a trans­
muitas vêzes os pais são contra a um "plano fixo" do
mitirem por êsses meios de comunicação suas opi­
seu filho. É preciso saber-se que, na maioria das vê­
niões, concepções, gostos e preferências viciosas. Cer­
zes, êste plano só serve para dar tranqüilidade ao jo­
tos humoristas de pobre imaginação buscam sempre
vem ou à jovem, que têm, assim, uma maior seguran­
mostrar o matrimônio pelo lado negativo, para pro­
ça e socêgo em saber que podem contar com um acom­
vocar o riso de basbaques e tolos. Em geral, o casa­
panhante para o baile semanal ou para um passeio .
mento é apresentado como uma prisão, e o amor en­
A aceitação, por parte de uma jovem, de convites pe­
tre os cônjuges é mostrado como inexistente, quando,
riódicos de um mesmo jovem, devem ser visualiza­
na verdade, não é assim. Há maior número de ma­
dos pelos pais sob um ângulo de compreensão. Na­
turalmente que em excesso pode ser desfavorável, trimônio felizes que infelizes, há maior fidelidade en­
mas desde que se dê dentro de um limite, é preferí­ tre os cônjuges do que a que é manifestada nesses
vel deixar que assim se dê. deploráveis programas, há maior entendimento entre
genros e sogras do que os apontados nas equívocas
CONVULSÃO - Vide Puericultura - 6." cap., § 4.". e falsas situações relatadas. E uma verdadeira ma­
COOPERATIVA - Grupo social organizado para atingir nifestação de mau gôsto a que se assiste nesses po­
a um fim comum. Na ordem econômica é, freqüen­ bres humoristas sem veia, sem inteligência, que vol­
temente, fundado entre consumidores ou produtores vem aos mesmos lugares comuns, sem qualquer si­
de bens econômicos, que tenham a finalidade de al­ nal de inteligência. A vida matrimonial é apresenta­
cançar um fim, que melhor beneficie os membros da com sinais dissolventes, que provocam a impres­
que compõem êsse organismo. são que todo lar é uma prisão abominável. Não se
As cooperativas são matéria de estudo das ciên­ observam manifestações de delicadeza, de cavalhei­
cias econômicas. rismo, de boa educação. O homem bem educado é
ridicularizado, e o malandro exaltado por sua astú­
A primeira grande experiência foi feita com a
cia, _como se a astúcia fôsse outra coisa mais que uma
cooperativa de Rochedale, grande, sobretudo, sob o
aspecto qualitativo e pelas normas instituídas, que inteligência degradada. Julgam com isso mostrar
continuam sendo as fundamentais do cooperativismo. uma superioridade que não têm. Na verdade, essas
manifestações paupérrimas e lamentáveis revelam
COPROLALIA - Uso mórbido de têrmos e palavras obs­ apenas a deficiência de seus autores, a falta de ima­
cenas, de modo incontrolável, por pessoas que, nor· ginação, a incapacidade de fixar os aspectos cômi·
malmente, usam palavras decentes, quando estão to­ cos da vida, que não precisam do alimento do corrup­
madas num momento obsessivo-convulsivo. Comu· tivo e inferior. Em nome da liberdade, praticam-se
mente é usado nos instantes de crise.
inomináveis crimes quanto à formação da juventude
COQUELUCHE - Vide Puericultura , 1 1 .0 cap., § 3. e põe-se em ridículo tudo quanto é superior no ho­
mem, como se a baixeza não fôsse nada mais que
WRIZA - Vide Puericultura -- 12.0 cap., § 5 . um galardão d'e vermes rastejantes.

CORPOS ESTRANHOS - Vide Puericultura - 10.0 cap., Devem os pais e mestres terem a noção clara de
§ 8. sua responsabilidade na formação da juventude, e
CORRUPÇÃO ( propaganda desenfreada em revistas, rá­ unirem-se para atuar de modo a evitar a morbidez
dio e televisão) - O papel dissolvente, na formação desenfreada que se manifesta em teatros, sob a égide
da personalidade humana, no conjunto das idéias e de uma equívoca superioridade estética, em livros

- 136 - - 137 -
niente o convite feito. Muitas vêzes a criança aceita das aspirações da criança, ministrado por revistas,
sem pensar os convites de outros colegas, deixando rádio e televisão, é um dos espetáculos mais tristes
de lado os estudos domésticos a serem feitos. da nossa civilização. Uma compreensão falsa da li­
berdade de expressão tem levado a indivíduos mórbi­
Na adolescência, há uma série de problemas, pois
dos, mal formados, e de sentimentos torvos, a trans­
muitas vêzes os pais são contra a um "plano fixo" do
mitirem por êsses meios de comunicação suas opi­
seu filho. É preciso saber-se que, na maioria das vê­
niões, concepções, gostos e preferências viciosas. Cer­
zes, êste plano só serve para dar tranqüilidade ao jo­
tos humoristas de pobre imaginação buscam sempre
vem ou à jovem, que têm, assim, uma maior seguran­
mostrar o matrimônio pelo lado negativo, para pro­
ça e socêgo em saber que podem contar com um acom­
vocar o riso de basbaques e tolos. Em geral, o casa­
panhante para o baile semanal ou para um passeio .
mento é apresentado como uma prisão, e o amor en­
A aceitação, por parte de uma jovem, de convites pe­
tre os cônjuges é mostrado como inexistente, quando,
riódicos de um mesmo jovem, devem ser visualiza­
na verdade, não é assim. Há maior número de ma­
dos pelos pais sob um ângulo de compreensão. Na­
turalmente que em excesso pode ser desfavorável, trimônio felizes que infelizes, há maior fidelidade en­
mas desde que se dê dentro de um limite, é preferí­ tre os cônjuges do que a que é manifestada nesses
vel deixar que assim se dê. deploráveis programas, há maior entendimento entre
genros e sogras do que os apontados nas equívocas
CONVULSÃO - Vide Puericultura - 6." cap., § 4.". e falsas situações relatadas. E uma verdadeira ma­
COOPERATIVA - Grupo social organizado para atingir nifestação de mau gôsto a que se assiste nesses po­
a um fim comum. Na ordem econômica é, freqüen­ bres humoristas sem veia, sem inteligência, que vol­
temente, fundado entre consumidores ou produtores vem aos mesmos lugares comuns, sem qualquer si­
de bens econômicos, que tenham a finalidade de al­ nal de inteligência. A vida matrimonial é apresenta­
cançar um fim, que melhor beneficie os membros da com sinais dissolventes, que provocam a impres­
que compõem êsse organismo. são que todo lar é uma prisão abominável. Não se
As cooperativas são matéria de estudo das ciên­ observam manifestações de delicadeza, de cavalhei­
cias econômicas. rismo, de boa educação. O homem bem educado é
ridicularizado, e o malandro exaltado por sua astú­
A primeira grande experiência foi feita com a
cia, _como se a astúcia fôsse outra coisa mais que uma
cooperativa de Rochedale, grande, sobretudo, sob o
aspecto qualitativo e pelas normas instituídas, que inteligência degradada. Julgam com isso mostrar
continuam sendo as fundamentais do cooperativismo. uma superioridade que não têm. Na verdade, essas
manifestações paupérrimas e lamentáveis revelam
COPROLALIA - Uso mórbido de têrmos e palavras obs­ apenas a deficiência de seus autores, a falta de ima­
cenas, de modo incontrolável, por pessoas que, nor· ginação, a incapacidade de fixar os aspectos cômi·
malmente, usam palavras decentes, quando estão to­ cos da vida, que não precisam do alimento do corrup­
madas num momento obsessivo-convulsivo. Comu· tivo e inferior. Em nome da liberdade, praticam-se
mente é usado nos instantes de crise.
inomináveis crimes quanto à formação da juventude
COQUELUCHE - Vide Puericultura , 1 1 .0 cap., § 3. e põe-se em ridículo tudo quanto é superior no ho­
mem, como se a baixeza não fôsse nada mais que
WRIZA - Vide Puericultura -- 12.0 cap., § 5 . um galardão d'e vermes rastejantes.

CORPOS ESTRANHOS - Vide Puericultura - 10.0 cap., Devem os pais e mestres terem a noção clara de
§ 8. sua responsabilidade na formação da juventude, e
CORRUPÇÃO ( propaganda desenfreada em revistas, rá­ unirem-se para atuar de modo a evitar a morbidez
dio e televisão) - O papel dissolvente, na formação desenfreada que se manifesta em teatros, sob a égide
da personalidade humana, no conjunto das idéias e de uma equívoca superioridade estética, em livros

- 136 - - 137 -
apresentados como o ;i.pice da inteligência humana, essa capacidade, invade, inevitàvelmente, o que lhe
em palhaços sem graça, que repetem lugares comuns fica além dos sentidos, investiga e busca penetrar no
em programas de pobre humorísmo. Uma vigilância que se oculta aos seus olhes, quer ir além dos limites
constante e a formação de uma corrente de opinião que os seus sentidos estabelecem. E isso tudo se dá
contrária a tais práticas seria de desejar por parte de por que dispõe de uma capacidade de investigar, de
pais e mestres, que devem tmir-se, cooperarem para penetrar, usando de idéias como instrumentos, o que
evitar a propagação deletéria dessas atividades mal­ não lhe é acessível aos sentidos. Afastar a criança
sãs, mostrando que tais práticas revelam apenas o dessas buscas e da compreensão de que há algo além
primarismo de seus autores, mais dignos de piedade dêsses limites é uma verdadeira viclentação da racio­
que de admiração. nalidade humana, já que o homem não constrói o seu
mundo apenas com as imagens das coisas captadas
CORTESIA - Indica civilidade, maneiras delicadas, poli­ por seus sentidos, mas, também, por formas e idéias
das. Consiste em não molestar os outros, e procurar que não se apresentam em configurações meramente
ser-lhes gratos. A cortesia é uma virtude subalterna corpóreas e materiais.
da temperança, mas de grande importância na vida
social. Vide Cardeais ( Virtudes ). A educação religiosa impõe-se sob vários aspa­
tos: 1 ) pela necessidade na crença de princípios éti­
CRENÇAS RELIGIOSAS - É mister compreender que a cos, que não podem ser explicados à criança dé mo­
religião não é apenas um conjunto de crenças, de nor­ do material; 2 ) por um respeito ao anelo de perfei­
mas, de rituais, etc. Desde o momento que o ser hu­ ção que há em todo ser humano, que não se satisfaz
mano reconhece que há um princípio superior de tô­ em ser apenas uma coisa entre coisas. Não se devem
das as coisas, do qual dependem não só o seu ser, ministrar à criança crenças religiosas que estejam
mas também o seu proceder, e que, em face do re­ acima das possibilidades de entendimento. É mister
conhecimento dessa situação, venera por atos e pa­ considerar a extremada capacidade de fantasia da
lavras êsse primeiro princípio, estabelece êle uma criança, capaz de criar um mundo de entidades ter­
forma de religião, que as aparências exteriores po­ ríveis, que perturbem a sua mente, e mantenham-na
derão düerenciar as diversas maneiras de se mani­
sob um estado de terror, ministrado em parte por
festar, mas que, no seu conteúdo mais profundo, é
seus sonhos. A religião pode e deve libertar-lhe dês­
a mesma para todos. A religião é isso.
se estado de perturbação, povoando-lhe a mente, aos
A criança é um ser da natureza, mas também é poucos, das compensações necessárias para o seu equi­
um ser da cultura, além de ser um criador de atos líbrio emocional e para a sua auto-confiança e inte­
culturais, que são aquêles que trazem a marca do gração.
homem, não como um ser ammal, apenas biológica e
fisiologicamente considerado, mas como ser capaz de Aquêles mestres, que julgam que o ensino da re­
dar às coisas uma intenciona.Udade, uma marca da ligião é inconveniente, demonstram nada conhecer da
sua presença, de seu anelo, do seu querer. psicogênese humana e não compreender os importan­
tes monstros que povoam a imaginação, capazes de
Admitem alguns que a criança já nasce com um
despertar uma situação de insegurança, gênese de
instinto religioso, uma predisposição ingênita à reli­
tantas angústias, neuroses e de atitudes mórbidas. As
giosidade. Outros, porém, afirmam que a religião
crianças, assistidas pelo ensino religioso, revelam-se
surge posteriormente no homem, ao reconhecer aque­
muito mais equilibradas, de mente e de um psiquismo
la relação de dependência e de respeito. Não cabe­
ria aqui a discussão teológica desta materia. Basta, mais são, além de serem capazes de afrontar com
contudo, que partamos da realidade social e cultural maior segurança as condições adversas de que está
do ser humano. que por ser um ente inteligente, es­ cheia a vida humana, bem como não contribuem pa­
pecula, naturalmente, sôbre as relações que ultrapas­ ra o número de delinqüentes e de anormais. As ex­
sam o âmbito da sua vida meramente animal. Por ceções, aqui, são tão raras que, estudadas devida-

- 138 - - 139 -
apresentados como o ;i.pice da inteligência humana, essa capacidade, invade, inevitàvelmente, o que lhe
em palhaços sem graça, que repetem lugares comuns fica além dos sentidos, investiga e busca penetrar no
em programas de pobre humorísmo. Uma vigilância que se oculta aos seus olhes, quer ir além dos limites
constante e a formação de uma corrente de opinião que os seus sentidos estabelecem. E isso tudo se dá
contrária a tais práticas seria de desejar por parte de por que dispõe de uma capacidade de investigar, de
pais e mestres, que devem tmir-se, cooperarem para penetrar, usando de idéias como instrumentos, o que
evitar a propagação deletéria dessas atividades mal­ não lhe é acessível aos sentidos. Afastar a criança
sãs, mostrando que tais práticas revelam apenas o dessas buscas e da compreensão de que há algo além
primarismo de seus autores, mais dignos de piedade dêsses limites é uma verdadeira viclentação da racio­
que de admiração. nalidade humana, já que o homem não constrói o seu
mundo apenas com as imagens das coisas captadas
CORTESIA - Indica civilidade, maneiras delicadas, poli­ por seus sentidos, mas, também, por formas e idéias
das. Consiste em não molestar os outros, e procurar que não se apresentam em configurações meramente
ser-lhes gratos. A cortesia é uma virtude subalterna corpóreas e materiais.
da temperança, mas de grande importância na vida
social. Vide Cardeais ( Virtudes ). A educação religiosa impõe-se sob vários aspa­
tos: 1 ) pela necessidade na crença de princípios éti­
CRENÇAS RELIGIOSAS - É mister compreender que a cos, que não podem ser explicados à criança dé mo­
religião não é apenas um conjunto de crenças, de nor­ do material; 2 ) por um respeito ao anelo de perfei­
mas, de rituais, etc. Desde o momento que o ser hu­ ção que há em todo ser humano, que não se satisfaz
mano reconhece que há um princípio superior de tô­ em ser apenas uma coisa entre coisas. Não se devem
das as coisas, do qual dependem não só o seu ser, ministrar à criança crenças religiosas que estejam
mas também o seu proceder, e que, em face do re­ acima das possibilidades de entendimento. É mister
conhecimento dessa situação, venera por atos e pa­ considerar a extremada capacidade de fantasia da
lavras êsse primeiro princípio, estabelece êle uma criança, capaz de criar um mundo de entidades ter­
forma de religião, que as aparências exteriores po­ ríveis, que perturbem a sua mente, e mantenham-na
derão düerenciar as diversas maneiras de se mani­
sob um estado de terror, ministrado em parte por
festar, mas que, no seu conteúdo mais profundo, é
seus sonhos. A religião pode e deve libertar-lhe dês­
a mesma para todos. A religião é isso.
se estado de perturbação, povoando-lhe a mente, aos
A criança é um ser da natureza, mas também é poucos, das compensações necessárias para o seu equi­
um ser da cultura, além de ser um criador de atos líbrio emocional e para a sua auto-confiança e inte­
culturais, que são aquêles que trazem a marca do gração.
homem, não como um ser ammal, apenas biológica e
fisiologicamente considerado, mas como ser capaz de Aquêles mestres, que julgam que o ensino da re­
dar às coisas uma intenciona.Udade, uma marca da ligião é inconveniente, demonstram nada conhecer da
sua presença, de seu anelo, do seu querer. psicogênese humana e não compreender os importan­
tes monstros que povoam a imaginação, capazes de
Admitem alguns que a criança já nasce com um
despertar uma situação de insegurança, gênese de
instinto religioso, uma predisposição ingênita à reli­
tantas angústias, neuroses e de atitudes mórbidas. As
giosidade. Outros, porém, afirmam que a religião
crianças, assistidas pelo ensino religioso, revelam-se
surge posteriormente no homem, ao reconhecer aque­
muito mais equilibradas, de mente e de um psiquismo
la relação de dependência e de respeito. Não cabe­
ria aqui a discussão teológica desta materia. Basta, mais são, além de serem capazes de afrontar com
contudo, que partamos da realidade social e cultural maior segurança as condições adversas de que está
do ser humano. que por ser um ente inteligente, es­ cheia a vida humana, bem como não contribuem pa­
pecula, naturalmente, sôbre as relações que ultrapas­ ra o número de delinqüentes e de anormais. As ex­
sam o âmbito da sua vida meramente animal. Por ceções, aqui, são tão raras que, estudadas devida-

- 138 - - 139 -
mente, revelam a contribuição de outras causas para tura que tiver com dois anos, o que só pede ser con­
que surjam, nunca, porém, por influência religiosa, siderado em têrmos gerais, pois os casos variam mui­
salvo naquelas crenças primitivas e brutais das reli� to.
liões inferiores, que permanecem ainda no estágio de
influência da imaginação desregrada e da presença Os pais preocupam-se e os filhos também, quan­
das monstruosidades psíquicas, que atribulam a vida do o crescimento se diferencia do termo médio nor­
do primitivo em nós. As religiões dos ciclos cultu­ mal. Nestes casos, é preferível a consulta a um mé­
rais superiores têm a capacidade de afastar essas ma­ dico de confiança, de forma que êle estabeleça o tra­
léficas influências e contribuem para a integração tamento a ser feito. Em determinadas condições, é
psíquica, para o fortalecimento da mente, para a au­ possível acelerar ou retardar o processo do cresci­
to-confiança e para a autonomia humana, que é a por­ mento e maturidade da criança, mas é de qualquer
ta aberta à liberdade e a uma humanidade superior. forma impossível ajuntar ou diminuir um centimetro
à estatura de uma pessoa.
CRESCIMENTO - Uma das maiores preocupações,
quanto ao desenvolvimento da criança, é que a sua Caso a criança apresente um desenvolvimento ir­
estatura corresponda à idade cronológica. Caso a regular, o médico é quem deve determinar o trata­
criança não aumente de pêso, e não cresça proporcio­ mento a ser efetuado na criança.
nadamente à sua idade, pode ser devido a alguma de-
.
ficiência de nutrição, ou a algum foco de infecção.
CRESCIMENTO DA CRIANÇA - Vide Puericultura; 13.0
cap.
O crescimento demasiadamente rápido também é
causa de preocupações. O crescimento normal se­ CRIANÇA AOS 1 5 MESES - Vide Puericultura - 8.0 cap. ,
.

gue uma tabela estabelecida e diferente de uma . raça § 2.


para outra. Assim, em têrmos gerais, o recém-nas­
cido apresenta uma cabeça relativamente grande e CRIANÇA AOS 1 8 MESES - Vide Puericultut·a - 8.0 cap.,
. um corpo comprido e magro, com braços e pernas § 3.
curtas. D':lrante os nove ou dez primeiros anos, tan­
CRIANÇA AOS 2 ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
§ 4.
to os memnos como as meninas, se assemelham na
estat�ra, sendo que o menino é um pouco mais alto,
e maiS pesado que a menina. CRIANÇA AOS 2Vz ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
As condições do meio ambiente, a nutrição insu
§ 5.
ficiente, uma grave enfermidade podem returdar o CRIANÇA AOS 3 ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
crescimento e maturidade da criança. Entrotnnto, § 6.
ela pode alcançar o ritmo normal do HOU crcscim<'n
CRIANÇA AOS 4 ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
§ 7.
to, segundo os caracteres herdados peln crtnnça.

As diferenças de estatura, <lovlcltts U. honmçn.,


CRIANÇA AOS 5 ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
§
também têm grande 1nflu0nc1o.. Do corta forma os
8.
pais altos tendem a ter .filhos tamb6m altos, o os bai­
xos, baixos. Não só a cstt\turn. dos dois progenito­ CRIANÇA CEGA - Vide Criança deficiente.
res costuma ser normalmente dlfcrcmtc, como tam­
CRIANÇA DEFICIENTE -Uma das maiores fontes de
bém entre os seus antepassados haverá lncllv1duos al­
tos e baixos. Daí ser muito diffcil uma predição exa­ conflitos emocionais e de desgostos e também de frus­
ta, devido aos caracteres herdados. trações dos pais, que acarretam inacreditáveis trans­
tornos psíquicos, é a presença de filhos deficientes,
Segundo . os estudos realizados acôrca da estatu­ fisica e mentalmente. Se é uma infelicidade para os
.ra da criança, pressupõe-se que, em têrmos gerais, a pais, é uma grande desgraça para os filhos, porque
. , .estatura definitiva do mesmo será o dôbro da esta- estas crianças têm sentimentos e problemas psicoló-
- 140 - - 141 -
mente, revelam a contribuição de outras causas para tura que tiver com dois anos, o que só pede ser con­
que surjam, nunca, porém, por influência religiosa, siderado em têrmos gerais, pois os casos variam mui­
salvo naquelas crenças primitivas e brutais das reli� to.
liões inferiores, que permanecem ainda no estágio de
influência da imaginação desregrada e da presença Os pais preocupam-se e os filhos também, quan­
das monstruosidades psíquicas, que atribulam a vida do o crescimento se diferencia do termo médio nor­
do primitivo em nós. As religiões dos ciclos cultu­ mal. Nestes casos, é preferível a consulta a um mé­
rais superiores têm a capacidade de afastar essas ma­ dico de confiança, de forma que êle estabeleça o tra­
léficas influências e contribuem para a integração tamento a ser feito. Em determinadas condições, é
psíquica, para o fortalecimento da mente, para a au­ possível acelerar ou retardar o processo do cresci­
to-confiança e para a autonomia humana, que é a por­ mento e maturidade da criança, mas é de qualquer
ta aberta à liberdade e a uma humanidade superior. forma impossível ajuntar ou diminuir um centimetro
à estatura de uma pessoa.
CRESCIMENTO - Uma das maiores preocupações,
quanto ao desenvolvimento da criança, é que a sua Caso a criança apresente um desenvolvimento ir­
estatura corresponda à idade cronológica. Caso a regular, o médico é quem deve determinar o trata­
criança não aumente de pêso, e não cresça proporcio­ mento a ser efetuado na criança.
nadamente à sua idade, pode ser devido a alguma de-
.
ficiência de nutrição, ou a algum foco de infecção.
CRESCIMENTO DA CRIANÇA - Vide Puericultura; 13.0
cap.
O crescimento demasiadamente rápido também é
causa de preocupações. O crescimento normal se­ CRIANÇA AOS 1 5 MESES - Vide Puericultura - 8.0 cap. ,
.

gue uma tabela estabelecida e diferente de uma . raça § 2.


para outra. Assim, em têrmos gerais, o recém-nas­
cido apresenta uma cabeça relativamente grande e CRIANÇA AOS 1 8 MESES - Vide Puericultut·a - 8.0 cap.,
. um corpo comprido e magro, com braços e pernas § 3.
curtas. D':lrante os nove ou dez primeiros anos, tan­
CRIANÇA AOS 2 ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
§ 4.
to os memnos como as meninas, se assemelham na
estat�ra, sendo que o menino é um pouco mais alto,
e maiS pesado que a menina. CRIANÇA AOS 2Vz ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
As condições do meio ambiente, a nutrição insu
§ 5.
ficiente, uma grave enfermidade podem returdar o CRIANÇA AOS 3 ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
crescimento e maturidade da criança. Entrotnnto, § 6.
ela pode alcançar o ritmo normal do HOU crcscim<'n
CRIANÇA AOS 4 ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
§ 7.
to, segundo os caracteres herdados peln crtnnça.

As diferenças de estatura, <lovlcltts U. honmçn.,


CRIANÇA AOS 5 ANOS - Vide Puericultura - 8.0 cap.,
§
também têm grande 1nflu0nc1o.. Do corta forma os
8.
pais altos tendem a ter .filhos tamb6m altos, o os bai­
xos, baixos. Não só a cstt\turn. dos dois progenito­ CRIANÇA CEGA - Vide Criança deficiente.
res costuma ser normalmente dlfcrcmtc, como tam­
CRIANÇA DEFICIENTE -Uma das maiores fontes de
bém entre os seus antepassados haverá lncllv1duos al­
tos e baixos. Daí ser muito diffcil uma predição exa­ conflitos emocionais e de desgostos e também de frus­
ta, devido aos caracteres herdados. trações dos pais, que acarretam inacreditáveis trans­
tornos psíquicos, é a presença de filhos deficientes,
Segundo . os estudos realizados acôrca da estatu­ fisica e mentalmente. Se é uma infelicidade para os
.ra da criança, pressupõe-se que, em têrmos gerais, a pais, é uma grande desgraça para os filhos, porque
. , .estatura definitiva do mesmo será o dôbro da esta- estas crianças têm sentimentos e problemas psicoló-
- 140 - - 141 -
gicos, não só os normais, como ainda os que decor­ seus filhos, contribuir em tôdas as organizações, que
rem da própria deficiência. Muito tem contribuído se dedicam a êste mister, quanto à sua atitude em
a ciência moderna para resolver problemas que antes casa, naturalmente é de carinho, amparo, confiança,
eram insolúveis, e como hoje são maiores as preo­ jamais manifestando desespêro, estimulando os filhos
cupações nesse setor, resta-nos a esperança de que, aptos a tratarem o outro com o devido respeito, bus­
da cooperação entre todos e a ciência. se possa não car o auxílio dos professores, dos médicos, e nunca
desterrar totalmente estas deficiências, mas compen· esquecer que a principal ajuda que a criança deficien­
sadas, de tal modo, que permita urr1 novo equillbrio, te pode :r:eceber é aquela que vem dos próprios pais.
que seria uma verdadeira ressureição. Que tomem êstes consciência da sua responsabilida­
de, e muito poderão contribuir para benefício do seu
Criança deficiente é aquela que sofre de persis­ filho.

CRIANÇA DOENTE ( cuidado )


tente defeito físico ou mental, que lhe impede de, nor·
malmente, exercer a atividade própria da iàade. A As crianças muito pe­
-

cegueira, a surdez, a mudez, alterações do sistema quenas suportam com grande dificuldade o período
nervoso, do coração, incapacidade mental, cretinismo, de resguardo de uma doença. Damos os princípios
básicos sôbre os cuidados requeridos por uma crian­
transtornos afetivos, etc. Há casos de crianças de­
ça doente.
ficientes, que perfeitamente se adaptam, como cegos,
surdos, resolvendo em parte êste problema. Não se 1.0) O quarto: mantê-lo bem limpo e ventilado.
deve acusar os pais de responsáveis das deficiências Evitar a luz demasiadamente forte. A temperatura
do filho, porque nem sempre o são. O sofrimento média ( entre 28° e 30° C J , o que elimina a necessida­
que êstes padecem decorre de um misto de dor, de de de usar-se muita roupa na cama do doente.
vergonha, de responsabilidade e também de revolta,
2.0) A cama: Resguardá-la das correntes de ar
o que pode ser acentuado com desespêro. Contudo,
e se fôr possível pô-la perto de uma janela para que
os pais, nestas condições, devem comprender que a
a criança possa olhar, quando puder ficar de pé.
sua primeira atitude é a de ter a mente fria, exami·
nar o fato com praticidade, considerar as possibili· É conveniente mudarem-se os lençóis freqüente­
dades para atenuar a deficiência, providenciar para mente e mais ainda. se a doença provoca vômitos ou
que as circunstâncias sejam favoráveis, e buscar o urina. Pode colocar-se debaixo do lençol um plásti­
auxílio da ciência. Muitas deficiências são superadas. co, de forma que não molhe o colchão. Se a criança
puder ficar sentada, colocam-se algwnas almOfadas
A experiência o tem demonstrado. Contudo, isto
detrás de suas costas, de forma que ela possa recos­
não deve levar os pais a um excesso do esporu.nça,
tar-se com facilidade, e não se fatigue, devido a uma
que, transmitido aos filhos, podo dopais n�rnvnr o
posição incômoda. Coloca-se uma almofada dobra­
seu estado emocional, ao verificnrcm quo nfLO obLOm
da debaixo aos seus joelhos, para que as pernas des­
a solução desejada. O problema da cdtmça Clcflcion­
cansem normalmente.
te vem modernamente mercccnclo unm 1\tonç1 o invul­
gar, e multiplicam-se as clinicas ospcciultzacfns em 3.0) Asseio da criança: é preciso lavar a criança
face do reconhecimento do direito quo tem n crlança diàriamente. É mais fácil lavá-la por partes, come­
deficiente de ser atendida para quo supuro n. sua In­ çando pelos braços e mãos, depois o peito e c ventre
capacidade. O grande progresso, quo tom tido o tra­ e, finalmente, as costas e as pernas. Após isto, faz­
tamento das crianças deficientes, pox·mttou se re­ -se uma boa fricção com a toalha. Uma fricção de
cuperassem muitas delas, e se reduzissem estas defi­ água e álcool é indicada, às vêzes, para fazer baixar
a febre e, em caso de doenças prolongadas, evita a
ciências ao mínimo, ao mesmo tempo quo d'osonvol·
escoriação da pele.
vem outras aptidões, nas quais elas atingem graus bem
elevados. O que se pode aconselhar aos pais, ê bus­ 4.0) Precauções a serem tomadas: quando na ca­
car os meios que a ciência oferece para auxílio de sa moram outras crianças, devem-se tomar precau·

- 14 2 - - 143 -
gicos, não só os normais, como ainda os que decor­ seus filhos, contribuir em tôdas as organizações, que
rem da própria deficiência. Muito tem contribuído se dedicam a êste mister, quanto à sua atitude em
a ciência moderna para resolver problemas que antes casa, naturalmente é de carinho, amparo, confiança,
eram insolúveis, e como hoje são maiores as preo­ jamais manifestando desespêro, estimulando os filhos
cupações nesse setor, resta-nos a esperança de que, aptos a tratarem o outro com o devido respeito, bus­
da cooperação entre todos e a ciência. se possa não car o auxílio dos professores, dos médicos, e nunca
desterrar totalmente estas deficiências, mas compen· esquecer que a principal ajuda que a criança deficien­
sadas, de tal modo, que permita urr1 novo equillbrio, te pode :r:eceber é aquela que vem dos próprios pais.
que seria uma verdadeira ressureição. Que tomem êstes consciência da sua responsabilida­
de, e muito poderão contribuir para benefício do seu
Criança deficiente é aquela que sofre de persis­ filho.

CRIANÇA DOENTE ( cuidado )


tente defeito físico ou mental, que lhe impede de, nor·
malmente, exercer a atividade própria da iàade. A As crianças muito pe­
-

cegueira, a surdez, a mudez, alterações do sistema quenas suportam com grande dificuldade o período
nervoso, do coração, incapacidade mental, cretinismo, de resguardo de uma doença. Damos os princípios
básicos sôbre os cuidados requeridos por uma crian­
transtornos afetivos, etc. Há casos de crianças de­
ça doente.
ficientes, que perfeitamente se adaptam, como cegos,
surdos, resolvendo em parte êste problema. Não se 1.0) O quarto: mantê-lo bem limpo e ventilado.
deve acusar os pais de responsáveis das deficiências Evitar a luz demasiadamente forte. A temperatura
do filho, porque nem sempre o são. O sofrimento média ( entre 28° e 30° C J , o que elimina a necessida­
que êstes padecem decorre de um misto de dor, de de de usar-se muita roupa na cama do doente.
vergonha, de responsabilidade e também de revolta,
2.0) A cama: Resguardá-la das correntes de ar
o que pode ser acentuado com desespêro. Contudo,
e se fôr possível pô-la perto de uma janela para que
os pais, nestas condições, devem comprender que a
a criança possa olhar, quando puder ficar de pé.
sua primeira atitude é a de ter a mente fria, exami·
nar o fato com praticidade, considerar as possibili· É conveniente mudarem-se os lençóis freqüente­
dades para atenuar a deficiência, providenciar para mente e mais ainda. se a doença provoca vômitos ou
que as circunstâncias sejam favoráveis, e buscar o urina. Pode colocar-se debaixo do lençol um plásti­
auxílio da ciência. Muitas deficiências são superadas. co, de forma que não molhe o colchão. Se a criança
puder ficar sentada, colocam-se algwnas almOfadas
A experiência o tem demonstrado. Contudo, isto
detrás de suas costas, de forma que ela possa recos­
não deve levar os pais a um excesso do esporu.nça,
tar-se com facilidade, e não se fatigue, devido a uma
que, transmitido aos filhos, podo dopais n�rnvnr o
posição incômoda. Coloca-se uma almofada dobra­
seu estado emocional, ao verificnrcm quo nfLO obLOm
da debaixo aos seus joelhos, para que as pernas des­
a solução desejada. O problema da cdtmça Clcflcion­
cansem normalmente.
te vem modernamente mercccnclo unm 1\tonç1 o invul­
gar, e multiplicam-se as clinicas ospcciultzacfns em 3.0) Asseio da criança: é preciso lavar a criança
face do reconhecimento do direito quo tem n crlança diàriamente. É mais fácil lavá-la por partes, come­
deficiente de ser atendida para quo supuro n. sua In­ çando pelos braços e mãos, depois o peito e c ventre
capacidade. O grande progresso, quo tom tido o tra­ e, finalmente, as costas e as pernas. Após isto, faz­
tamento das crianças deficientes, pox·mttou se re­ -se uma boa fricção com a toalha. Uma fricção de
cuperassem muitas delas, e se reduzissem estas defi­ água e álcool é indicada, às vêzes, para fazer baixar
a febre e, em caso de doenças prolongadas, evita a
ciências ao mínimo, ao mesmo tempo quo d'osonvol·
escoriação da pele.
vem outras aptidões, nas quais elas atingem graus bem
elevados. O que se pode aconselhar aos pais, ê bus­ 4.0) Precauções a serem tomadas: quando na ca­
car os meios que a ciência oferece para auxílio de sa moram outras crianças, devem-se tomar precau·

- 14 2 - - 143 -
ções higiênicas, principalmente se a doença fôr conta­
giosa. Assim, os utensílios de uso do enfermo devem
ser de uso exclusivo dêste e não ser colocados à dis­
posição dos outros. Em caso de doença contagiosa
ao extremo, é preferível que seja internada; caso não
o seja, a pessoa que toma conta dela deve, ao sair
do quarto, lavar as mãos e mudar de roupa.

A pessoa que cuida do doente necessita, também,


de repouso, para não permanecer em estado de fadi­
ga, que resultaria um excesso de preocupação ou im­
paciência em relação ao doente, que necessita de tole­
rância e carinho.

AS CRIANÇAS E OS LIVROS Existe uma grande va­


-

riedade de livros infantis com os mais diversos contos


e histórias. Nlaturalmente que nem tôdas as crian­
ças demonstram um grande interêsse pela leitura.
Nos casos em que não se manifesta um interêsse re­
lativo, convém ser êste fomentado pelos pais e mes­
tres. Em geral as crianças lêem para distrair-se, mas
há as que buscam na leitura emoções ou informações.
Daí ser preciso proporcionar-lhes os mais diversos
tipos de histórias, de forma que elas encontrem o
que procuram. Existem crianças que lêem qualquer
livro que lhes caia nas mãos; outras, que procuram
livros com bastantes ilustrações. O interêsse da cri­
ança pela leitura é variado e múltiplo, e nem sempre
procura os mesmos temas. Assim, êle varia segundo
as idades, mas, de qualquer forma, convém a ajuda
dos adultos, não só para encontrar obras quo satisfa­
çam o seu interêsse num momento determinado, co­
mo, também, para exploraçüo do novos cnmpos do
conhecimento e distração.

A idade indicada para o. crJnnc.;a coni<'C.'IU' a lor ó


aquela na qual ela manifesta intcr(lsso pnm t.nl . J·� s t.o
momento varia com a criançn; umas so oncontro.m dis­
postas antes que outras, já quo nao o �;6 o intcrôsse Baixo relh'o medier1al que expresM a análise ele ttm texto filosóftco,
demonstrado, mas, também, o. cnpn.cldnclo do estar
twma das escolas anlif!.aS, onde os f!.Mndes mestres pontificaram
quieta e prestar atenção.
rom 11ma proftmdidade sem par na História H11mana.
Para uma criança pequena conv6m um livro com
muitas gravuras e pouco texto. Dovo �;;or um livro
bem resistente, para evitar quo so rompn. com facili­
dade. As ilustrações devem ter cOros brilhantes e
preferentemente primárias; desenhos bem destaca-
. dos. O texto deve ser curto, e no caso de versos é

- 1 44 -
ções higiênicas, principalmente se a doença fôr conta­
giosa. Assim, os utensílios de uso do enfermo devem
ser de uso exclusivo dêste e não ser colocados à dis­
posição dos outros. Em caso de doença contagiosa
ao extremo, é preferível que seja internada; caso não
o seja, a pessoa que toma conta dela deve, ao sair
do quarto, lavar as mãos e mudar de roupa.

A pessoa que cuida do doente necessita, também,


de repouso, para não permanecer em estado de fadi­
ga, que resultaria um excesso de preocupação ou im­
paciência em relação ao doente, que necessita de tole­
rância e carinho.

AS CRIANÇAS E OS LIVROS Existe uma grande va­


-

riedade de livros infantis com os mais diversos contos


e histórias. Nlaturalmente que nem tôdas as crian­
ças demonstram um grande interêsse pela leitura.
Nos casos em que não se manifesta um interêsse re­
lativo, convém ser êste fomentado pelos pais e mes­
tres. Em geral as crianças lêem para distrair-se, mas
há as que buscam na leitura emoções ou informações.
Daí ser preciso proporcionar-lhes os mais diversos
tipos de histórias, de forma que elas encontrem o
que procuram. Existem crianças que lêem qualquer
livro que lhes caia nas mãos; outras, que procuram
livros com bastantes ilustrações. O interêsse da cri­
ança pela leitura é variado e múltiplo, e nem sempre
procura os mesmos temas. Assim, êle varia segundo
as idades, mas, de qualquer forma, convém a ajuda
dos adultos, não só para encontrar obras quo satisfa­
çam o seu interêsse num momento determinado, co­
mo, também, para exploraçüo do novos cnmpos do
conhecimento e distração.

A idade indicada para o. crJnnc.;a coni<'C.'IU' a lor ó


aquela na qual ela manifesta intcr(lsso pnm t.nl . J·� s t.o
momento varia com a criançn; umas so oncontro.m dis­
postas antes que outras, já quo nao o �;6 o intcrôsse Baixo relh'o medier1al que expresM a análise ele ttm texto filosóftco,
demonstrado, mas, também, o. cnpn.cldnclo do estar
twma das escolas anlif!.aS, onde os f!.Mndes mestres pontificaram
quieta e prestar atenção.
rom 11ma proftmdidade sem par na História H11mana.
Para uma criança pequena conv6m um livro com
muitas gravuras e pouco texto. Dovo �;;or um livro
bem resistente, para evitar quo so rompn. com facili­
dade. As ilustrações devem ter cOros brilhantes e
preferentemente primárias; desenhos bem destaca-
. dos. O texto deve ser curto, e no caso de versos é

- 1 44 -
muito indicado rimas curtas e claras, de ritmo fácil
e agradável. A medida que c interêsse da criança au­
menta, os temas se ampliam, tratando de animais,
que passam por aventuras variadas, e apesar de se­
rem simples as histórias devem ter elas muita ação.

Ainda se discute se os contos de fantasia são ou


não bons para a criança. Para uma criança de qua­
tro, cinco e mais anos, os contos de fantasias satis­
fazem plenamente. Já com sete ou cito anos, natu­
ralmente, que a curiosidade da criança penetra em
outros campos e encontra-se em idade de escutar
histórias mais longas e de maior enredo. Nesta ida­
de, os contos de animais de todos os tipos são de
grande interêsse. Com nove anos, os contos de fa­
das, de magos e bruxas, e as lendas populares entram
na lista dos livros preferidos.

Muitos pais não sabem se é ou não conveniente


a leitura em voz alta, quando a criança já se encontra
apta a ler só. Não há mal nenhum em que uma vez
ou outra leiam uma história em voz alta, principal­
mente aquelas cujo enredo é maior, e tenham um
número de palavras mais difíceis.

Naturalmente que quando a criança começa a ler,


precisa, inicialmente, de contos com histórias muito
simples, muitos desenhos intercalados, e letras claras
e limpas, com parágrafos curtos e de fácil sentido.
Os temas devem ser desprovidos de vocábulos novos
e difíceis, a não ser que estejam intercalados de for­
ma a enriquecer, paulatinamente. o vocabulário in­
fantil.

Com a idade de oito, nove e dez anos, o gôsto


das crianças difere e o interêsse se dirige às histó­
rias de cow-boys e de índios, cheias de perigos e aven­
turas e aos livros de viagem e esportes. A fantasia,
entretanto, segue retendo a atenção, e daí o gôsto por
Fre11d - Grande pJicólof!.o moderno, a q11em muito deve de bem
ler Grim, A.ndersen, etc.
a Pedaf!.ox.ia Moderna. ma.r também, 1JWiJOJ dos sem males e
defeitos Já com a idade de onze ou doze anos, os interês­
ses diferem completamente, tornando-se mais indivi­
duais. Algumas crianças continuam lendo "tudo",
enquanto outros se interessam por um tema especial.

- 1 45 -
muito indicado rimas curtas e claras, de ritmo fácil
e agradável. A medida que c interêsse da criança au­
menta, os temas se ampliam, tratando de animais,
que passam por aventuras variadas, e apesar de se­
rem simples as histórias devem ter elas muita ação.

Ainda se discute se os contos de fantasia são ou


não bons para a criança. Para uma criança de qua­
tro, cinco e mais anos, os contos de fantasias satis­
fazem plenamente. Já com sete ou cito anos, natu­
ralmente, que a curiosidade da criança penetra em
outros campos e encontra-se em idade de escutar
histórias mais longas e de maior enredo. Nesta ida­
de, os contos de animais de todos os tipos são de
grande interêsse. Com nove anos, os contos de fa­
das, de magos e bruxas, e as lendas populares entram
na lista dos livros preferidos.

Muitos pais não sabem se é ou não conveniente


a leitura em voz alta, quando a criança já se encontra
apta a ler só. Não há mal nenhum em que uma vez
ou outra leiam uma história em voz alta, principal­
mente aquelas cujo enredo é maior, e tenham um
número de palavras mais difíceis.

Naturalmente que quando a criança começa a ler,


precisa, inicialmente, de contos com histórias muito
simples, muitos desenhos intercalados, e letras claras
e limpas, com parágrafos curtos e de fácil sentido.
Os temas devem ser desprovidos de vocábulos novos
e difíceis, a não ser que estejam intercalados de for­
ma a enriquecer, paulatinamente. o vocabulário in­
fantil.

Com a idade de oito, nove e dez anos, o gôsto


das crianças difere e o interêsse se dirige às histó­
rias de cow-boys e de índios, cheias de perigos e aven­
turas e aos livros de viagem e esportes. A fantasia,
entretanto, segue retendo a atenção, e daí o gôsto por
Fre11d - Grande pJicólof!.o moderno, a q11em muito deve de bem
ler Grim, A.ndersen, etc.
a Pedaf!.ox.ia Moderna. ma.r também, 1JWiJOJ dos sem males e
defeitos Já com a idade de onze ou doze anos, os interês­
ses diferem completamente, tornando-se mais indivi­
duais. Algumas crianças continuam lendo "tudo",
enquanto outros se interessam por um tema especial.

- 1 45 -
Muitas crianças se mostram contrárias à leitura, pais se preocupam de que ela seja normal, quer di·
revelando maior interêsse pela televisão, histórias zer, que ela se adeqúe a um padrão regular. A nor­
animadas, historietas em quadrinhos, etc. malidade é por muitos julgada aproximação ao pro­
médio ( vide Criança média ). Dêste modo, julgam
As causas desta atitude podem ser várias. Em que se atinge a normalidade, indicando a média veri­
alguns casos, foi a pouca importância dada pelos pais
ficada nos exemplares examinados. No entanto, o
durante a infância à leitura de bons e interessantes verdadeiro sentido de normal é a correspondência, a
livros. Muitos pais não se preocupam em propor­
conveniência da natureza ae uma coisa. Assim um
cionar os meios para uma boa e saudável leitura. Em
vazo normal é aquêle que funciona como vazo; ou se­
outros casos, a criança foi forçada à leitura de livros
já, como um recipiente de líquidos, que envase lí­
demasiado profundos, dos quais não captaram o sig­
quidos. Se a maioria da humanidade enloquecesse,
nificado do tema. Mas, em qualquer dêstes dois ca­
não se poderia estabelecer que o homem normal fôs­
sos, é preciso, para orientar-se a criança na leitura,
se o promédio da loucura, e dos raros sãos. A nor­
dar-lhe obras curtas e com temas de seu interêsse.
mal de alguma coisa não é obtida por medidas quan­
Assim, quando um pai compra um livro para o titativas, mas, sim, pela verificação da natureza da
filho, deve, antes de tudo, escolher muito para que coisa examinada, e do que lhe é conveniente em têr­
seja uma boa e interessante história, ajuntando boas mos. A má conceituação da normalidade tem sido a
ilustrações e uma impressão nítida. causa de graves erros, inclusive no campo pedagógico.
É perfeitamente aceitável que os pais vacilem an­ Deve-se distinguir normal de média, de promédio.
tes de comprar um livro caro para uma criança de Deixemos o termo promédio para o signüicado mate·
cinco anos. Entretanto uma criança, nesta idade, po­ mático, e normal, para o sentido de norma, da regra
derá voltar a ler o seu livro repetidas vêzes, e conser­ captada, através da análise do que é conveniente à na­
vará dêle, possivelmente, uma lembrança durante um tureza da coisa. Em função dessa normal é que se
longo período. podem estabelecer os promédios, não, porém, estabe­
lecer pelos promédios a normal. A criança normal
Em nosso mundo, a criança precisa ler e muito,
é aquela que dispõe em sua natureza tudo quanto é
porém, convém notar que há um abismo entre ler,
mister para o seu desenvolvimento, dentro do promé·
dlo. É o que se chama a criança saudável. Isto não
como meio de conhecimento, e ler por prazer. As­
sim deve-se proporcionar à criança grande prazer pe­
quer dizer que todos os órgãos funcionem perfeita­
la leitura, ao mesmo tempo que possa adquirir co­
mente para a criança ser normal, mas que, pelo me­
nhecimento e cultura.
nos, funcionem de modo a permitir atingir a norma­
CRIANÇA MÉDIA - Na estatística, familiarizou-se o têr­ lidade. O. gênio, na humanidade, não é uma anorma­
mo matemático promédio, que é o meio têrmo que se lidade porque é uma eclosão à qual a humanidade al­
acha entre dois extremos. Na classificação dos ti­ cança por caminhos ainda desconhecidos, mas pro­
pos humanos, toma-se o têrmo promédio, não como porcionados à própria natureza humana. É normal
um tipo, mas como uma marca ideal de um equilí­ que surjam gênios na humanidade. Está dentro da
brio. Não existe o tipo promédio, mas apenas indi­ norma humana. O gênio não é uma monstruosidade.
ca os limites aproximativos, que permitem estabele­ Esta é um desmesuramento quantitativo ou qualitati­
cer uma linha demarcatória. Quando se quer estabe­ vo da natureza, contrário a ela, inconveniente a ela,
lecer o promédio infantil, procura-se aquela linha de por isso é anormal. O gênio não é uma inconveniên­
equilíbrio da criança em qualquer setor, como da
cia, mas uma conveniência. A incidência da geniali­
alimentação, da idade, altura, etc.
dade pela sua raridade está muito aquém do promé·
CRIANÇA NORMAL -Diz-se que uma coisa é normal dio, o que permite distinguir-se, claramente, as duas
quando ela se adeqúa a urna norma, ou seja, a uma maneiras de considerar distintamente promédio e
regra estabelecida. Quando nasce uma criança, os normal.

- 146 - - 147 -
Muitas crianças se mostram contrárias à leitura, pais se preocupam de que ela seja normal, quer di·
revelando maior interêsse pela televisão, histórias zer, que ela se adeqúe a um padrão regular. A nor­
animadas, historietas em quadrinhos, etc. malidade é por muitos julgada aproximação ao pro­
médio ( vide Criança média ). Dêste modo, julgam
As causas desta atitude podem ser várias. Em que se atinge a normalidade, indicando a média veri­
alguns casos, foi a pouca importância dada pelos pais
ficada nos exemplares examinados. No entanto, o
durante a infância à leitura de bons e interessantes verdadeiro sentido de normal é a correspondência, a
livros. Muitos pais não se preocupam em propor­
conveniência da natureza ae uma coisa. Assim um
cionar os meios para uma boa e saudável leitura. Em
vazo normal é aquêle que funciona como vazo; ou se­
outros casos, a criança foi forçada à leitura de livros
já, como um recipiente de líquidos, que envase lí­
demasiado profundos, dos quais não captaram o sig­
quidos. Se a maioria da humanidade enloquecesse,
nificado do tema. Mas, em qualquer dêstes dois ca­
não se poderia estabelecer que o homem normal fôs­
sos, é preciso, para orientar-se a criança na leitura,
se o promédio da loucura, e dos raros sãos. A nor­
dar-lhe obras curtas e com temas de seu interêsse.
mal de alguma coisa não é obtida por medidas quan­
Assim, quando um pai compra um livro para o titativas, mas, sim, pela verificação da natureza da
filho, deve, antes de tudo, escolher muito para que coisa examinada, e do que lhe é conveniente em têr­
seja uma boa e interessante história, ajuntando boas mos. A má conceituação da normalidade tem sido a
ilustrações e uma impressão nítida. causa de graves erros, inclusive no campo pedagógico.
É perfeitamente aceitável que os pais vacilem an­ Deve-se distinguir normal de média, de promédio.
tes de comprar um livro caro para uma criança de Deixemos o termo promédio para o signüicado mate·
cinco anos. Entretanto uma criança, nesta idade, po­ mático, e normal, para o sentido de norma, da regra
derá voltar a ler o seu livro repetidas vêzes, e conser­ captada, através da análise do que é conveniente à na­
vará dêle, possivelmente, uma lembrança durante um tureza da coisa. Em função dessa normal é que se
longo período. podem estabelecer os promédios, não, porém, estabe­
lecer pelos promédios a normal. A criança normal
Em nosso mundo, a criança precisa ler e muito,
é aquela que dispõe em sua natureza tudo quanto é
porém, convém notar que há um abismo entre ler,
mister para o seu desenvolvimento, dentro do promé·
dlo. É o que se chama a criança saudável. Isto não
como meio de conhecimento, e ler por prazer. As­
sim deve-se proporcionar à criança grande prazer pe­
quer dizer que todos os órgãos funcionem perfeita­
la leitura, ao mesmo tempo que possa adquirir co­
mente para a criança ser normal, mas que, pelo me­
nhecimento e cultura.
nos, funcionem de modo a permitir atingir a norma­
CRIANÇA MÉDIA - Na estatística, familiarizou-se o têr­ lidade. O. gênio, na humanidade, não é uma anorma­
mo matemático promédio, que é o meio têrmo que se lidade porque é uma eclosão à qual a humanidade al­
acha entre dois extremos. Na classificação dos ti­ cança por caminhos ainda desconhecidos, mas pro­
pos humanos, toma-se o têrmo promédio, não como porcionados à própria natureza humana. É normal
um tipo, mas como uma marca ideal de um equilí­ que surjam gênios na humanidade. Está dentro da
brio. Não existe o tipo promédio, mas apenas indi­ norma humana. O gênio não é uma monstruosidade.
ca os limites aproximativos, que permitem estabele­ Esta é um desmesuramento quantitativo ou qualitati­
cer uma linha demarcatória. Quando se quer estabe­ vo da natureza, contrário a ela, inconveniente a ela,
lecer o promédio infantil, procura-se aquela linha de por isso é anormal. O gênio não é uma inconveniên­
equilíbrio da criança em qualquer setor, como da
cia, mas uma conveniência. A incidência da geniali­
alimentação, da idade, altura, etc.
dade pela sua raridade está muito aquém do promé·
CRIANÇA NORMAL -Diz-se que uma coisa é normal dio, o que permite distinguir-se, claramente, as duas
quando ela se adeqúa a urna norma, ou seja, a uma maneiras de considerar distintamente promédio e
regra estabelecida. Quando nasce uma criança, os normal.

- 146 - - 147 -
Se uma criança é diferente de outras, não é por fiança, a autonomia, se a criança é super-dotada e não
isso anom1al. É apenas diferente, e esta düerença encontra um ambiente favorável, se a criança é repe­
cabe dentro da normalidade humana. Comparada lida surgem problemas. A criança tem fases de de­
ao prom�dio, pode ela ser uma exceção. Jamais senvolvimento que são superadas. Quando estas fa­
mestres e pais, que tenham uma grande responsabili­ ses não são superadas ou não são atingidas, surgem
dade na formação dos homens, que vão compor as problemas. Se a conduta da criança é proporciona­
sociedades futuras, deveriam ignorar certas verdades da à idade e a seu desenvolvimento, não há proble­
como estas, que acima dissemos, para não serem ar­ mas. Se uma criança de cinco anos quer viver agar­
rastados a uma concepção que gera atitudes pernicio­ rada ao vestido da mãe, como uma criança de três,
sas para o bem humano. Julgar-se que a criança ex­ há problemas. Se uma criança de seis a sete anos
cepcional, a super-dotada é anormal é criar um pro­ urina na cama, há problema. Em suma, quando a
blema ante os pais que, em alguns países, chegam a criança se apresenta como um problema convém exa­
temer que seus filhos revelem qualidades superiores, minar as causas que provocam tal fato. Êstes proble­
porque serão classificados como anormais. Ora, es­ mas, salvo nos casos de deficiência psico-somáticas,
tas crianças, olhadas como verdadeiros monstros, não são constitutivos, mas decorrem do ambiente fa­
passam a sofrer transtornos emocionais gravíssimos, miliar ou escolar, que não se adeqúa ao temperamen­
de conseqüências incalculáveis. É preciso de uma vez to da criança, às suas condições de desenvolvimento.
por tôdas que se compreendam estas verdades singe­ O problema é solúvel desde que se solucionem as suas
las. O ser humano é um animal racional, que se reve­ causas.
la através de uma gradatividade imensa em tipos in­
telectuais dos mais variados aspetos. Surgem, espo­
CRIANÇAS RETARDADAS - ( Vide Criança deficiente ).
ràdicamente, personalidades super-dotadas, que não CRIPTOESTESU· - (De Kryptos, em grego, oculto, e ais­
contrariam a natureza do homem, e que são graus thesis, sensibilidade ) - Sensibilidade supernormal.
mais altos da sua racionalidade. :f:stes tipos, que são
marcos de uma ascensão do homem, não são mons­ CROSTAS DE LEITE - Vide Puericultura - 6.0 cap., § 5.
truosidades, mas apenas os momentos felizes da nos­
CRUELDADE - É muito comum apresentarem as crian­
sa espécie. Que pais e mestres considerem êstes as­
ças manifestações de crueldade, que, em geral, preo­
:petos no seu verdadeiro sentido, e os primeiros não
cupam muito aos pais. As crianças maltratam as bo­
precisarão mais, nas suas orações, implorar a Deus necas, os brinquedos, os irmãos, sem a intenção que
que não lhes dê filhos geniais, temerosos de vê-los dá a tal ato o adulto. Ela ainda não tem consciência
considerados como monstruosidades. de sua própria crueldade e, por isso, é preferível que
CRIANÇA PASSIVA - Vide Agressividade. os pais evitem castigá-las, ou demonstrar violenta in­
dignação moral. Em geral, os atos de crueldade vão
CRNANÇA PROBLEMA - Tôdas as crianças atravessam diminuindo com o passar do tempo. A melhor solu­
fases mais ou menos difíceis, e nestas fases são con­ ção é procurar desviar o instinto de crueldade para
sid&radas, indevidamente, como crianças-problema,s. um sentimento de carinho e proteção. Assim deve-se
Na verdade não há crianças-problemas, há problemas procurar despertar o sentimento de proteção e cari­
da criança. Quando a criança começa a comer por nho em relação a um ser indefeso ( irmão menor, ani­
si mesma, ela, se houver o nascimento de um irmão, mal caseiro, etc.).
manifestará certos regressos, como se fôsse um bebê,
CRUPE ( Difteria ) - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap., § 4.
o que surge de um problema na criança ante o nas­
cimento de um novo irmão (vide nascimento do ir· CULPA - Ato ou omissão repreensível ou criminosa, cri­
mão menor). As crianças, que vivem num ambiente me e também, a responsabilidade por algum ato des­
de muita tensão, têm problemas, como vimos em sa espécie. Significa o não cumprimento do dever
Tensão. Se a educação é severa de mais, há proble­ moral ou jurídico por uma vontade capaz de cumpri­
mas. Se não se desenvolve normalmente a auto-con- -lo.
- 1 48 - - 149 -
Se uma criança é diferente de outras, não é por fiança, a autonomia, se a criança é super-dotada e não
isso anom1al. É apenas diferente, e esta düerença encontra um ambiente favorável, se a criança é repe­
cabe dentro da normalidade humana. Comparada lida surgem problemas. A criança tem fases de de­
ao prom�dio, pode ela ser uma exceção. Jamais senvolvimento que são superadas. Quando estas fa­
mestres e pais, que tenham uma grande responsabili­ ses não são superadas ou não são atingidas, surgem
dade na formação dos homens, que vão compor as problemas. Se a conduta da criança é proporciona­
sociedades futuras, deveriam ignorar certas verdades da à idade e a seu desenvolvimento, não há proble­
como estas, que acima dissemos, para não serem ar­ mas. Se uma criança de cinco anos quer viver agar­
rastados a uma concepção que gera atitudes pernicio­ rada ao vestido da mãe, como uma criança de três,
sas para o bem humano. Julgar-se que a criança ex­ há problemas. Se uma criança de seis a sete anos
cepcional, a super-dotada é anormal é criar um pro­ urina na cama, há problema. Em suma, quando a
blema ante os pais que, em alguns países, chegam a criança se apresenta como um problema convém exa­
temer que seus filhos revelem qualidades superiores, minar as causas que provocam tal fato. Êstes proble­
porque serão classificados como anormais. Ora, es­ mas, salvo nos casos de deficiência psico-somáticas,
tas crianças, olhadas como verdadeiros monstros, não são constitutivos, mas decorrem do ambiente fa­
passam a sofrer transtornos emocionais gravíssimos, miliar ou escolar, que não se adeqúa ao temperamen­
de conseqüências incalculáveis. É preciso de uma vez to da criança, às suas condições de desenvolvimento.
por tôdas que se compreendam estas verdades singe­ O problema é solúvel desde que se solucionem as suas
las. O ser humano é um animal racional, que se reve­ causas.
la através de uma gradatividade imensa em tipos in­
telectuais dos mais variados aspetos. Surgem, espo­
CRIANÇAS RETARDADAS - ( Vide Criança deficiente ).
ràdicamente, personalidades super-dotadas, que não CRIPTOESTESU· - (De Kryptos, em grego, oculto, e ais­
contrariam a natureza do homem, e que são graus thesis, sensibilidade ) - Sensibilidade supernormal.
mais altos da sua racionalidade. :f:stes tipos, que são
marcos de uma ascensão do homem, não são mons­ CROSTAS DE LEITE - Vide Puericultura - 6.0 cap., § 5.
truosidades, mas apenas os momentos felizes da nos­
CRUELDADE - É muito comum apresentarem as crian­
sa espécie. Que pais e mestres considerem êstes as­
ças manifestações de crueldade, que, em geral, preo­
:petos no seu verdadeiro sentido, e os primeiros não
cupam muito aos pais. As crianças maltratam as bo­
precisarão mais, nas suas orações, implorar a Deus necas, os brinquedos, os irmãos, sem a intenção que
que não lhes dê filhos geniais, temerosos de vê-los dá a tal ato o adulto. Ela ainda não tem consciência
considerados como monstruosidades. de sua própria crueldade e, por isso, é preferível que
CRIANÇA PASSIVA - Vide Agressividade. os pais evitem castigá-las, ou demonstrar violenta in­
dignação moral. Em geral, os atos de crueldade vão
CRNANÇA PROBLEMA - Tôdas as crianças atravessam diminuindo com o passar do tempo. A melhor solu­
fases mais ou menos difíceis, e nestas fases são con­ ção é procurar desviar o instinto de crueldade para
sid&radas, indevidamente, como crianças-problema,s. um sentimento de carinho e proteção. Assim deve-se
Na verdade não há crianças-problemas, há problemas procurar despertar o sentimento de proteção e cari­
da criança. Quando a criança começa a comer por nho em relação a um ser indefeso ( irmão menor, ani­
si mesma, ela, se houver o nascimento de um irmão, mal caseiro, etc.).
manifestará certos regressos, como se fôsse um bebê,
CRUPE ( Difteria ) - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap., § 4.
o que surge de um problema na criança ante o nas­
cimento de um novo irmão (vide nascimento do ir· CULPA - Ato ou omissão repreensível ou criminosa, cri­
mão menor). As crianças, que vivem num ambiente me e também, a responsabilidade por algum ato des­
de muita tensão, têm problemas, como vimos em sa espécie. Significa o não cumprimento do dever
Tensão. Se a educação é severa de mais, há proble­ moral ou jurídico por uma vontade capaz de cumpri­
mas. Se não se desenvolve normalmente a auto-con- -lo.
- 1 48 - - 149 -
ro. A criança tem capacidade de adaptação ao meio
A culpa implica a escolha da vontade, daí as ate­
do adulto, pois, no desejo de impor-se e de atualizar­
nuações e agravações que ela pode ter. Vide Senti­
o seu prestígio, deseja imitá-lo. Tal demonstra, de
mento de Culpabilidade.
modo decisivo, que a aculturação é possível, por ha­
CULTO AO IIERúl - A maioria dos casos de culto ao ver, da parte da criança, uma tendência fundada já
herói não é somente inofensiva, como também na­ na sua natureza. Se pais e mestres souberem evitar
tural. É muito comum a adoração dos jovens a os conflitos que surgem, não haverá problemas para
uma figura de projeção. Muitas vêzes, procuram imi­ tal aculturação. Respeitar a criança no que ela tem
tá-la, e até copiar seus mínimos gestos, e, em muitos de criança, mas saber despertar, nela, a vocação à
casos, a admiração é um dos fatores, que influirão imitação dos adultos, é abrir-lhe o caminho, fundan­
na eleição do trabalho ou da profissão. do-se na ânsia de prestígio, da sua incorporação gra­
dativa ao mundo do adulto. Se notarmos a atuação
Há casos em que a adoração é manifestamente das sociedades primitivas, observar-se-á desde logo
excessiva ou o modêlo é um "modêlo pernicioso". que os brinquedos, as atitudes e as práticas, que as
Nestes casos, os pais devem ser contrários e procurar crianças realizam em tais sociedades, são aquelas que
dissuadi-lo. Os pais não devem criticar nem ridicula­ não deverão esquecer quando adultos. Ao contrário,
rizar abertamente o ideal de um jovem ou uma jo­ deverão robustecer naquela fase, fundamentando-se
vem. Sômente, de modo sútil, podem induzí-los a na maestria adquirida já na infância. A aculturação,
admirar modelos mais convenientes. portanto, pode ser facilitada pelos brinquedos infan­
tis, de modo que êsses sejam, em sua índole infantil,
CULTURA ( incorporação à cultura) -Vide Cultura ( con­
uma preparação para os misteres fundamentais, que
flitos). A incorporação da criança à cultura humana
devem ser o esteio do homem adulto. Essa acultura­
é uma das providências mais sérias e mais graves pa­
ra pais e mestres. Sem dúvida, que o mundo da cri­
ção não necessita, assim, de imposições, mas apenas
de uma hábil disposição do que é imprescindível para
ança não é o do adulto. Mas, seja como fôr, ela,
que ela se realize. Vide Brinquedos e Ludus.
amanhã, há de integrar o mundo cultural dos adultos,
razão pela qual é mister dispô-la para essa incorpo­ CURA PELO BRINQUEDO - A cura pelo brinquedo ( a
ração. Contudo, essa adequação não pode ser reali­ ludoterapia), é usada por muitos psicólogos, como
zada através de violentações sôbre a alma infantil. uma forma de descobrir as dificuldades da criança, ao
Esta deve desabrochar-se normalmente, sendo minis­ mesmo tempo que a ajuda a reajustar-se ao meio­
trado o que é mister para a aculturação necessária, -ambiente. O psicólogo proporciona à criança mate­
nos graus que a criança pode receber, e cujos métodos rial, e interpreta, depois, o que ela expressa ao brin·
e providências acham-se expostos em diversos artigos car, graças ao simbolismo que revela, ajudando-a a
desta obra. Impossível é admitir-se que o adulto se­ compreender o sentido, que têm os seus atos.
ja a criança, como também que a criança seja o adul­
to. Contudo, nunca se deve esquecer que o mundo Êste tratamento tem oferecido bons resultados
·

cultural sll!giu de um ser primitivo, ingênuo e fraco, para crianças de três aos doze anos, quando se trata
o que a cnança, de certo modo, revive. Foi sôbre e de resolver conflitos de tipo emocional.
para êste ser que surgiu a vida cultural. Portanto, es­
Ao entrar numa clínica, que disponha dêste ma­
sa criança dispõe de suficientes elementos para que terial, a criança é convidada a brincar com o que mais
amanhã se sendimentem em sua mente, em seu psi­ gosta. Há uma grande variedade de brinquedos: que­
quismo. O êrro é saltar as etapas, ou retardar uma bra-cabeças, bonecas, "marionetes", pintura, espin­
marcha que deve ser normal. gardas, barro para modelar, etc. Segundo a maneira

CULTURA ( conflitos) - Vide Cultura ( incorporação à ) como a criança brinca e o que ela escolher, o psicólo·
go percebe logo o estado em que ela se encontra e o
- Essa incorporação, porém, não se realiza sem con­
que a perturba. Conversando com ela, conseguirá sa­
flitos inevitáveis de certo modo, mas atenuáveis sob
muitos aspectos, e, possivelmente, evitáveis no futu- ber com mais pormenores os seus problemas.

- 150 - - 151 -
ro. A criança tem capacidade de adaptação ao meio
A culpa implica a escolha da vontade, daí as ate­
do adulto, pois, no desejo de impor-se e de atualizar­
nuações e agravações que ela pode ter. Vide Senti­
o seu prestígio, deseja imitá-lo. Tal demonstra, de
mento de Culpabilidade.
modo decisivo, que a aculturação é possível, por ha­
CULTO AO IIERúl - A maioria dos casos de culto ao ver, da parte da criança, uma tendência fundada já
herói não é somente inofensiva, como também na­ na sua natureza. Se pais e mestres souberem evitar
tural. É muito comum a adoração dos jovens a os conflitos que surgem, não haverá problemas para
uma figura de projeção. Muitas vêzes, procuram imi­ tal aculturação. Respeitar a criança no que ela tem
tá-la, e até copiar seus mínimos gestos, e, em muitos de criança, mas saber despertar, nela, a vocação à
casos, a admiração é um dos fatores, que influirão imitação dos adultos, é abrir-lhe o caminho, fundan­
na eleição do trabalho ou da profissão. do-se na ânsia de prestígio, da sua incorporação gra­
dativa ao mundo do adulto. Se notarmos a atuação
Há casos em que a adoração é manifestamente das sociedades primitivas, observar-se-á desde logo
excessiva ou o modêlo é um "modêlo pernicioso". que os brinquedos, as atitudes e as práticas, que as
Nestes casos, os pais devem ser contrários e procurar crianças realizam em tais sociedades, são aquelas que
dissuadi-lo. Os pais não devem criticar nem ridicula­ não deverão esquecer quando adultos. Ao contrário,
rizar abertamente o ideal de um jovem ou uma jo­ deverão robustecer naquela fase, fundamentando-se
vem. Sômente, de modo sútil, podem induzí-los a na maestria adquirida já na infância. A aculturação,
admirar modelos mais convenientes. portanto, pode ser facilitada pelos brinquedos infan­
tis, de modo que êsses sejam, em sua índole infantil,
CULTURA ( incorporação à cultura) -Vide Cultura ( con­
uma preparação para os misteres fundamentais, que
flitos). A incorporação da criança à cultura humana
devem ser o esteio do homem adulto. Essa acultura­
é uma das providências mais sérias e mais graves pa­
ra pais e mestres. Sem dúvida, que o mundo da cri­
ção não necessita, assim, de imposições, mas apenas
de uma hábil disposição do que é imprescindível para
ança não é o do adulto. Mas, seja como fôr, ela,
que ela se realize. Vide Brinquedos e Ludus.
amanhã, há de integrar o mundo cultural dos adultos,
razão pela qual é mister dispô-la para essa incorpo­ CURA PELO BRINQUEDO - A cura pelo brinquedo ( a
ração. Contudo, essa adequação não pode ser reali­ ludoterapia), é usada por muitos psicólogos, como
zada através de violentações sôbre a alma infantil. uma forma de descobrir as dificuldades da criança, ao
Esta deve desabrochar-se normalmente, sendo minis­ mesmo tempo que a ajuda a reajustar-se ao meio­
trado o que é mister para a aculturação necessária, -ambiente. O psicólogo proporciona à criança mate­
nos graus que a criança pode receber, e cujos métodos rial, e interpreta, depois, o que ela expressa ao brin·
e providências acham-se expostos em diversos artigos car, graças ao simbolismo que revela, ajudando-a a
desta obra. Impossível é admitir-se que o adulto se­ compreender o sentido, que têm os seus atos.
ja a criança, como também que a criança seja o adul­
to. Contudo, nunca se deve esquecer que o mundo Êste tratamento tem oferecido bons resultados
·

cultural sll!giu de um ser primitivo, ingênuo e fraco, para crianças de três aos doze anos, quando se trata
o que a cnança, de certo modo, revive. Foi sôbre e de resolver conflitos de tipo emocional.
para êste ser que surgiu a vida cultural. Portanto, es­
Ao entrar numa clínica, que disponha dêste ma­
sa criança dispõe de suficientes elementos para que terial, a criança é convidada a brincar com o que mais
amanhã se sendimentem em sua mente, em seu psi­ gosta. Há uma grande variedade de brinquedos: que­
quismo. O êrro é saltar as etapas, ou retardar uma bra-cabeças, bonecas, "marionetes", pintura, espin­
marcha que deve ser normal. gardas, barro para modelar, etc. Segundo a maneira

CULTURA ( conflitos) - Vide Cultura ( incorporação à ) como a criança brinca e o que ela escolher, o psicólo·
go percebe logo o estado em que ela se encontra e o
- Essa incorporação, porém, não se realiza sem con­
que a perturba. Conversando com ela, conseguirá sa­
flitos inevitáveis de certo modo, mas atenuáveis sob
muitos aspectos, e, possivelmente, evitáveis no futu- ber com mais pormenores os seus problemas.

- 150 - - 151 -
A cura pelo brinquedo ( ludoterapia ) está baseada
no postulado de que tôdas as crianças têm uma ten­
dência natural e sã para uma maior maturidade. Mas
os bons impulsos se encontram muitas vêzes dificul­
tados por sensações de ansiedade, por subconsciência
de culpabilidade, de mêdo . . . etc. Sendo, porém, a
criança ajudada a enfrentar êsses sentimentos, a com­
preendê·los e aceitá-los, seus instintos mais sãos vol­
tarão a atuar com maior isenção, o que dará à crian­
ça, aos poucos, a mais nítida consciência do valor dos
seus instintos.
D
CURIOSIDADE INF'ANTIL - A curiosidade infantil mani­
festa-se desde os primeiros anos de vida. É sempre DALTONISMO - Incapacidade de distinguir determina·
aconselhável que os pais aumentem e enriqueçam a das côres devido a um defeito da retina. Êste fenô­
experiência de uma criança durante os anos pré-esco­ meno é hereditário, e julga-se que não tem nenhuma
lares, levando-a a lugares variados, onde se constrói relação com outra função ou com defeitos específi­
ou se trabalha na construção de prédios, pontes, etc. cos. A maneira mais comum de manifestar-se o dal·
No campo, devem deter-se a mostrar as vacas, os cam­ tonismo é a incapacidade de distinguir o vermelho do
pos, as galinhas, qualquer pequeno animal, etc. À
verde.
medida que cresce, convém levá-la a museus, jardins
zoológicos, a viagens instrutivas, etc. O filho de um homem com daltonismo possue
uma visão normal das côres, e só o será se a mãe
Deve-se alentar a curiosidade de uma criança,
também o fôr. Neste caso, todos os filhos de uma
não em excesso. Se uma criança pergunta sôbre de­
mulher com daltonismo seriam daltônicos.
terminados processos químicos, para satisfazer a sua
curiosidade, há pais que compram, para presente, um DANÇA - Pode-se considerar em lato senso a dança como
equipamento completo e complexo de química. Será a exteriorização rítmica do movimento corpóreo que,
quase certo que a criança não conseguirá usá-lo e o na arte, com o acrescentamento de valôres estéticos,
deixará de lado, não procurando perguntar mais sô­ que são os tipicamente coreográficos, torna:se um
bre experiências. Da mesma forma uma resposta de­ dos ramos mais elevados das artes do movimento,
masiadamente elaborada explicará além do que ela que é predominantemente visual e também acústica,
queria saber, o que também não é aconselhável. por sua ligação com a música, ou, pelo menos, com
valôres musicais. A dança era uma das práticas mais
CRUZAR A RUA - Um dos maiores perigos, e mais cons­ usadas pela pedagogia grega, e a iniciavam com crian­
tantes para a criança que mora numa cidade, é o de ças de três anos de idade. A pedagogia moderna,
atravessar a rua. Há crianças que são cuidadosas,
quando bem orientada, busca concrecionar o que há
outras imprudentes, outras impulsivas, outras sere­ de positivo e seguro na prática pedagógica de todos
nas, e, daí ser preciso uma constante atenção para
os povos. Neste caso, dá à dança um valor todo es­
não permitir que atravessem a rua a não ser na ida·
pecial, reconhecendo nela grande valor pedagógico, o
de em que estejam capacitadas a fazê-lo sozinhas. que, na verdade, possui. Desde a idade pré-escolar,
Uma criança de três anos deve ser levada pela mão
devem-se ministrar as primeiras manifestações coreo­
do adulto, e é importante ensiná-la a olhar e contro­
gráficas à criança, não só porque correspondem ao
lar os sinais luminosos, para que saiba quando está
sentido ativista daquela, como ao da própria pedago­
aberto ou fechado o trânsito. Aos poucos, ela se acos­
gia, que não pode deixar de reconhecer que a criança
tumará com êsses sinais.
gosta, porque necessita, da atividade que lhe é tão sa­

\I
lutar. A dança não só facilita essa atividade, como

- 152 - - 153 -
A cura pelo brinquedo ( ludoterapia ) está baseada
no postulado de que tôdas as crianças têm uma ten­
dência natural e sã para uma maior maturidade. Mas
os bons impulsos se encontram muitas vêzes dificul­
tados por sensações de ansiedade, por subconsciência
de culpabilidade, de mêdo . . . etc. Sendo, porém, a
criança ajudada a enfrentar êsses sentimentos, a com­
preendê·los e aceitá-los, seus instintos mais sãos vol­
tarão a atuar com maior isenção, o que dará à crian­
ça, aos poucos, a mais nítida consciência do valor dos
seus instintos.
D
CURIOSIDADE INF'ANTIL - A curiosidade infantil mani­
festa-se desde os primeiros anos de vida. É sempre DALTONISMO - Incapacidade de distinguir determina·
aconselhável que os pais aumentem e enriqueçam a das côres devido a um defeito da retina. Êste fenô­
experiência de uma criança durante os anos pré-esco­ meno é hereditário, e julga-se que não tem nenhuma
lares, levando-a a lugares variados, onde se constrói relação com outra função ou com defeitos específi­
ou se trabalha na construção de prédios, pontes, etc. cos. A maneira mais comum de manifestar-se o dal·
No campo, devem deter-se a mostrar as vacas, os cam­ tonismo é a incapacidade de distinguir o vermelho do
pos, as galinhas, qualquer pequeno animal, etc. À
verde.
medida que cresce, convém levá-la a museus, jardins
zoológicos, a viagens instrutivas, etc. O filho de um homem com daltonismo possue
uma visão normal das côres, e só o será se a mãe
Deve-se alentar a curiosidade de uma criança,
também o fôr. Neste caso, todos os filhos de uma
não em excesso. Se uma criança pergunta sôbre de­
mulher com daltonismo seriam daltônicos.
terminados processos químicos, para satisfazer a sua
curiosidade, há pais que compram, para presente, um DANÇA - Pode-se considerar em lato senso a dança como
equipamento completo e complexo de química. Será a exteriorização rítmica do movimento corpóreo que,
quase certo que a criança não conseguirá usá-lo e o na arte, com o acrescentamento de valôres estéticos,
deixará de lado, não procurando perguntar mais sô­ que são os tipicamente coreográficos, torna:se um
bre experiências. Da mesma forma uma resposta de­ dos ramos mais elevados das artes do movimento,
masiadamente elaborada explicará além do que ela que é predominantemente visual e também acústica,
queria saber, o que também não é aconselhável. por sua ligação com a música, ou, pelo menos, com
valôres musicais. A dança era uma das práticas mais
CRUZAR A RUA - Um dos maiores perigos, e mais cons­ usadas pela pedagogia grega, e a iniciavam com crian­
tantes para a criança que mora numa cidade, é o de ças de três anos de idade. A pedagogia moderna,
atravessar a rua. Há crianças que são cuidadosas,
quando bem orientada, busca concrecionar o que há
outras imprudentes, outras impulsivas, outras sere­ de positivo e seguro na prática pedagógica de todos
nas, e, daí ser preciso uma constante atenção para
os povos. Neste caso, dá à dança um valor todo es­
não permitir que atravessem a rua a não ser na ida·
pecial, reconhecendo nela grande valor pedagógico, o
de em que estejam capacitadas a fazê-lo sozinhas. que, na verdade, possui. Desde a idade pré-escolar,
Uma criança de três anos deve ser levada pela mão
devem-se ministrar as primeiras manifestações coreo­
do adulto, e é importante ensiná-la a olhar e contro­
gráficas à criança, não só porque correspondem ao
lar os sinais luminosos, para que saiba quando está
sentido ativista daquela, como ao da própria pedago­
aberto ou fechado o trânsito. Aos poucos, ela se acos­
gia, que não pode deixar de reconhecer que a criança
tumará com êsses sinais.
gosta, porque necessita, da atividade que lhe é tão sa­

\I
lutar. A dança não só facilita essa atividade, como

- 152 - - 153 -
permite atingir atitudes e gestos mais graciosos, pre­ danças folclóricas. Na verdade a dança interessa mais
dispõe uma capacidade de gôsto maior, estimula um às meninas, pois os meninos as aceitam, juntos com
sentido estético e criador na criança, sendo, ainda, aquelas, na idade pré-escolar. Contudo, os varões,
um dos exercícios mais completos pela mobilização podem aplicar-se às danças folclóricas, algumas acro­
total do corpo ao lado do espírito. A interposição, bacias em sentido rítmico. Essas danças permitem
nas danças infantis, de exercícios acrobáticos ( como a fonnação de parelhas, e aproximam-se ao moderno
saltar uns sôbre os outros) podem ser empregados, baile de nossos salões. Não deve a dança ser uma
mas convém que o mestre jamais exija da criança o excepção, mas uma prática constante na educação da
que esteja acima de suas possibilidades, nem permita, infância e da juventude. Há diversas escolas de dan­
por sua vez, que ela pratique acrobacias que possam ça: ballet, danças acrobáticas, danças folclóricas, bal­
pô-la em risco de acidentes. A dramatização da dan­ Iets modernos, etc.
ça é outra possibilidade importante, como seja, imi­
tar animais ( e a criança tende a imitar os animais ca­ Ê conveniente, quando a criança manifesta muita
seiros, cães e gatos, p. ex., o que não deve aborrecer vontade de entrar num dêles, que lhe seja permitod
os pais, pois são hábeis exercícios para fortalecer os o ingresso. Entretanto é preciso notar-se o seguinte:
o ballet é uma forma de dança técnica, que exige um
músculos abdominais e os membros) , imitar passari­
esforço contínuo e perseverante, muita disciplina e
nhos, figurando seu vôo, seus saltos, imitar coelhos,
pesados exercícios. especialmente fatigantes para a de­
etc. A cooperação da música é importante para
licada estrutura óssea da criança (tratando-se de cri­
acrescentar o ritmo que permite disciplinar os movi­ ança de 4 ou 5 anos). Há muita controvérsia sôbre
mentos. Deve ser música simples. Também se po­ a idade aconselhada para a iniciação do ballet. É
de criar o ritmo por meio de tambores e instrumen­ mais conveniente informar-se com o médico de casa
tos de percussão. Outra prática importante é dar à se a criança se encontra em condições físicas para su­
criança o papel de criadora. Deixar que ela mesma portar o exercício que exige tal disciplina. Se fôr po­
crie a sua dança, indique a sua motivação. De quê sitivo, poderá ingressar num curso.
Fulano vai dançar agora? Qual é a dança que vai
dançar? Deixar a criança propor a sua dança, que As classes de dança rítmica são muito aconselha­
pode ser realizada também por outros, é importante das, pois ajudam a cultivar as belas atitudes, aumen­
para desenvolvimento de sua capacidade criadorn. tando a flexibilidade e agilidade dos movilT!entos e
Nunca se deve exigir danças que ultmpnsscm n r.npst posturas. Entre as danças populares e folclóricas o
cidade criadora. Há tôda uma tcknl rn , (!IH possui l t ritmo e agilidade são essenciais.
vros especializados o profossoros dl' chmc:n. tllll' Ponllt•
cem os meios mais soguro::1 rmm c·cmllt'" ' l l •· o r11olhnr· DATILO - Pintura - Ê a pintura feita com os dedos,
desenvolvimento clns hnllll lcln<IP� rnot orn,., c'cllrrn n em vez de pincéis, usando-se espátulas para aderir a
marcha, a carrúlrn, snltoH, J,:ll'mt, rloxlu•!l vnl'lmln�. tinta aos dedos, que é a têmpera ligada com amido.
exercfcios de cquilfhrlo, clt n�:llltlndn, rt�tx l hl l l c h Hlo, É considerado de grande valor terapêutico, à seme­
ritmo, alegria no movhnt•n t o , nr�l l t rn l l c lnclo, oxp r·oHI'IlíOM lhança do brinquedo com barro. Além de facilitar
por meio do movimentem t l c• , Cnnwc,:tllll �· ' po r· dnn· um melhor conhecimento psicológico da criança ( e há
ças simples, só se ulcnnçnndo oH nl l .o� pntl'r'l Hl� q111111• para isso uma verdadeira técnica para a interpretação
do a criança já atinge 1\ fldolm;f'l'lrwlrl, Notonl �� "'' simbólica, não só das côres empregadas, mas da ma­
rodas infantis do nosso povo, o pr�p••l !lns c·rlnrHJWi neira como são empregadas as massas de tinta) , ofe­
nessas manifestações coruunrtHh•fiH o rlbtll!'ll'l, noR rece ainda muitas possibilidades para a criança, que
cantos infantis, nas músicms sJmplo�. quo uln� I'OtJtl nela encontra uma distração e uma ocupação valiosas,
tem. Tudo isso nos dá umn J�flllldn l lt;l1o du'l HIIHH por permitir um desafôgo afectivo, sem os inconve·
necessidades, e as escolo.s dovom o lH'l't·IHilrl\ r'OCll'htr nientes de outros processos de expressão. Pode-se
em seu ambiente essas mosmns rodas, nprovoitundo
I usar, também, êsse processo, aconselhando a criança

- 154 -
'\ - 155 -
permite atingir atitudes e gestos mais graciosos, pre­ danças folclóricas. Na verdade a dança interessa mais
dispõe uma capacidade de gôsto maior, estimula um às meninas, pois os meninos as aceitam, juntos com
sentido estético e criador na criança, sendo, ainda, aquelas, na idade pré-escolar. Contudo, os varões,
um dos exercícios mais completos pela mobilização podem aplicar-se às danças folclóricas, algumas acro­
total do corpo ao lado do espírito. A interposição, bacias em sentido rítmico. Essas danças permitem
nas danças infantis, de exercícios acrobáticos ( como a fonnação de parelhas, e aproximam-se ao moderno
saltar uns sôbre os outros) podem ser empregados, baile de nossos salões. Não deve a dança ser uma
mas convém que o mestre jamais exija da criança o excepção, mas uma prática constante na educação da
que esteja acima de suas possibilidades, nem permita, infância e da juventude. Há diversas escolas de dan­
por sua vez, que ela pratique acrobacias que possam ça: ballet, danças acrobáticas, danças folclóricas, bal­
pô-la em risco de acidentes. A dramatização da dan­ Iets modernos, etc.
ça é outra possibilidade importante, como seja, imi­
tar animais ( e a criança tende a imitar os animais ca­ Ê conveniente, quando a criança manifesta muita
seiros, cães e gatos, p. ex., o que não deve aborrecer vontade de entrar num dêles, que lhe seja permitod
os pais, pois são hábeis exercícios para fortalecer os o ingresso. Entretanto é preciso notar-se o seguinte:
o ballet é uma forma de dança técnica, que exige um
músculos abdominais e os membros) , imitar passari­
esforço contínuo e perseverante, muita disciplina e
nhos, figurando seu vôo, seus saltos, imitar coelhos,
pesados exercícios. especialmente fatigantes para a de­
etc. A cooperação da música é importante para
licada estrutura óssea da criança (tratando-se de cri­
acrescentar o ritmo que permite disciplinar os movi­ ança de 4 ou 5 anos). Há muita controvérsia sôbre
mentos. Deve ser música simples. Também se po­ a idade aconselhada para a iniciação do ballet. É
de criar o ritmo por meio de tambores e instrumen­ mais conveniente informar-se com o médico de casa
tos de percussão. Outra prática importante é dar à se a criança se encontra em condições físicas para su­
criança o papel de criadora. Deixar que ela mesma portar o exercício que exige tal disciplina. Se fôr po­
crie a sua dança, indique a sua motivação. De quê sitivo, poderá ingressar num curso.
Fulano vai dançar agora? Qual é a dança que vai
dançar? Deixar a criança propor a sua dança, que As classes de dança rítmica são muito aconselha­
pode ser realizada também por outros, é importante das, pois ajudam a cultivar as belas atitudes, aumen­
para desenvolvimento de sua capacidade criadorn. tando a flexibilidade e agilidade dos movilT!entos e
Nunca se deve exigir danças que ultmpnsscm n r.npst posturas. Entre as danças populares e folclóricas o
cidade criadora. Há tôda uma tcknl rn , (!IH possui l t ritmo e agilidade são essenciais.
vros especializados o profossoros dl' chmc:n. tllll' Ponllt•
cem os meios mais soguro::1 rmm c·cmllt'" ' l l •· o r11olhnr· DATILO - Pintura - Ê a pintura feita com os dedos,
desenvolvimento clns hnllll lcln<IP� rnot orn,., c'cllrrn n em vez de pincéis, usando-se espátulas para aderir a
marcha, a carrúlrn, snltoH, J,:ll'mt, rloxlu•!l vnl'lmln�. tinta aos dedos, que é a têmpera ligada com amido.
exercfcios de cquilfhrlo, clt n�:llltlndn, rt�tx l hl l l c h Hlo, É considerado de grande valor terapêutico, à seme­
ritmo, alegria no movhnt•n t o , nr�l l t rn l l c lnclo, oxp r·oHI'IlíOM lhança do brinquedo com barro. Além de facilitar
por meio do movimentem t l c• , Cnnwc,:tllll �· ' po r· dnn· um melhor conhecimento psicológico da criança ( e há
ças simples, só se ulcnnçnndo oH nl l .o� pntl'r'l Hl� q111111• para isso uma verdadeira técnica para a interpretação
do a criança já atinge 1\ fldolm;f'l'lrwlrl, Notonl �� "'' simbólica, não só das côres empregadas, mas da ma­
rodas infantis do nosso povo, o pr�p••l !lns c·rlnrHJWi neira como são empregadas as massas de tinta) , ofe­
nessas manifestações coruunrtHh•fiH o rlbtll!'ll'l, noR rece ainda muitas possibilidades para a criança, que
cantos infantis, nas músicms sJmplo�. quo uln� I'OtJtl nela encontra uma distração e uma ocupação valiosas,
tem. Tudo isso nos dá umn J�flllldn l lt;l1o du'l HIIHH por permitir um desafôgo afectivo, sem os inconve·
necessidades, e as escolo.s dovom o lH'l't·IHilrl\ r'OCll'htr nientes de outros processos de expressão. Pode-se
em seu ambiente essas mosmns rodas, nprovoitundo
I usar, também, êsse processo, aconselhando a criança

- 154 -
'\ - 155 -
a ilustrar uma história, à proporção que a ouve. i!.:s­ fundadas, que têm servido para criar confusão em cé­
se processo facilitará muito a criação pictórica, o rebros juvenis, em grande parte alimentada por mes­
que torna êste método um dos mais aconselhados tres de notória insuficiência mental.
por modernos pedagogos.
DEFO.RMIDADES - Uma criança, com qualquer defor­
DEBILIDADE MENTAL - Têrmo usado para incluir to­ midade, necessita de muita compreensão e ajuda pa­
dos os graus de inferioridade, ou retardamento meR­ ra aceitar as suas deficiências, e conseguir o máximo
tal. Para outros, é um tipo de deficiência mental, proveito de suas capacidades.
próxima à normalidade. Os inglêses, em geral, usam
Com as descobertas e últimas técnicas atingidas
êste têrmo para indicar aquêles que manifestam um
pela ciência, já é possível superar e corrigir algumas
grau mínimo de deficiência mental, próximos ao tipo
deformidades que há alguns anos atrás eram incorri­
gíveis. Vide Criança Defeitu o sa
normal. Vide Deficiência Mental.
.

DEFICI:E.:NCIA MENTAL - É sinônimo de debilidade DEGENERESCÊNCIA - a) Degenerar é perder mais ou


mental, de infranormalidade mental o de dcmên<'iu. menos o tipo de sua geração; é abastardar-se. Dege·
Contudo, a deficiência mental não indica um grnu tno
nerescência é o ato ou o resultado de degenerar, da
elevado como a dêste tênno amência.. I•:m �.ont Ido l i·
degeneração.
losófico, a mente humana é, por ntttun•1.n, c!l'l'lc'lt•nll ,
como tudo quanto é limilnd'o, finito. M11� 11 tlt-l'lt'ic 11 b) Pode-se falar, pois, de uma degeneração or·
cia, da qual se trata aqui, ó n que nl<·nnçn 1 1 1 1 1 ttl v11 l gânica,no campo vital, a qual consiste na aquisição
abaixo do normal, que pode ser nprcciudo nt.mvos th de formas de vida, inferiores às que possuía anterior­
testes. O número de deficientes mentais ú umlor do mente o indivíduo ou seus ascendentes.
que se julga e varia segundo as regioes, pafses c situa·
c ) Pode empregar-se quanto à vida mental,
ções históricas. Como apresentam graus, tomam és
quando há o abastardamento das idéias, do processo
tes nomes distintos, tais como: retardados, imbecis,
intelectivo e judicativo, e também na vida moral e
idiotas, cretinos. Entre as causas da deficiência mon
social, quando se processa o abastardamento, a degra­
tal, encontram-se, sobretudo, taras hereditárias, mCLs,
dação, dos atos e atitudes morais e, socialmente, nos
também, doenças adquiridas podem atuar no sentido
graus sociais e econômicos.
de provocar deficiências, como a sífilis, o alcoolismo
agudo, vícios, etc. Há estudos especializados sObro DELIBERAÇÃO - Deliberar é resolver ou decidir median­
tais causas, como também sôbrc a torapOuUcn n �;cr te sopesamento de motivos; é refletir, é a ação, a de­
usada para evitar e combater a dofictancla o, Hl'lll clu· cisão, que decorre de uma reflexão, e que se prt:ten­
vida, já alcançou a ciência um nívol hom t'lt vtLdo. de realizar. Na deliberação, havendo o sopesamen­
Certas práticas pedagógicas, n nç aw <l'olt tt•rln dc1 c·u r·· to das razões, há avaliações d:: valôres, o exame da
tos mestres, quo orlam a tmwgur·nnç11. 110 nl u 1 1o u l u l·
, compatibilidade ou da incompatibilidade destas ou da­
ta de confiança em suus posslhlli<lndt•'4, u lht•!;l 11111tn 11 quelas perspectivas. A deliberação é a ação e o efei­
capacidade criadora, conlrlbut•UI t'lllll 1 1 1 1 1 ludlc·c upn• to do ato de deliberar. Opera-se com deliberação,
ciável no retardamento c.lus funçopq ltttl'll•c•tunl , o quando se opera refletidamente, quanto a resolução
estudo da Lógica, tuo ncccs:-a\rln no <hlSt'llvulvln tl'ltto tomada é fruto de uma reflexão.
da capacidade reflexiva, urgtmwntnt lv11 11 dc•lltnll•ll t'IL•
tiva, base da verdadoim ci<•1wln, ü ltnport!lntlo..,.., lmo, u
DELINQüÊNCIA INFANTIL E JUVENIL - Vide Frustra­
deveria aquela ser emprc�-;ncln lnt<•nsnrut•llft 11118 t�sc·o·
ção, Agressividade, Criança problema, e verbetes afins,
las, desde as primcira.s s<�rlt!s. Cout.uclo, 1 1 1 1 1 t'Oiljun
nestes indicados.

to de falsas idéias filosóíicu.s, um11. tu·mtt llfl!;IIO mMhl DEMOCRACIA DENTRO DE CASA A prática de um
-

da do cepticismo e do ngnost ki smo, quo osgrhucm


. perfeito sistema democrático, dentro do seio fami­
com auto-sdiciência muitos d'úbeis nwnt.u.is, tCm sido liar, ainda é muito pouco usada. A relação entre pais
a causa de formação de um conjunto do id61as mal e filhos ainda é essencialmente autoritária. Na to-

- 156 - - 1 57 -
a ilustrar uma história, à proporção que a ouve. i!.:s­ fundadas, que têm servido para criar confusão em cé­
se processo facilitará muito a criação pictórica, o rebros juvenis, em grande parte alimentada por mes­
que torna êste método um dos mais aconselhados tres de notória insuficiência mental.
por modernos pedagogos.
DEFO.RMIDADES - Uma criança, com qualquer defor­
DEBILIDADE MENTAL - Têrmo usado para incluir to­ midade, necessita de muita compreensão e ajuda pa­
dos os graus de inferioridade, ou retardamento meR­ ra aceitar as suas deficiências, e conseguir o máximo
tal. Para outros, é um tipo de deficiência mental, proveito de suas capacidades.
próxima à normalidade. Os inglêses, em geral, usam
Com as descobertas e últimas técnicas atingidas
êste têrmo para indicar aquêles que manifestam um
pela ciência, já é possível superar e corrigir algumas
grau mínimo de deficiência mental, próximos ao tipo
deformidades que há alguns anos atrás eram incorri­
gíveis. Vide Criança Defeitu o sa
normal. Vide Deficiência Mental.
.

DEFICI:E.:NCIA MENTAL - É sinônimo de debilidade DEGENERESCÊNCIA - a) Degenerar é perder mais ou


mental, de infranormalidade mental o de dcmên<'iu. menos o tipo de sua geração; é abastardar-se. Dege·
Contudo, a deficiência mental não indica um grnu tno
nerescência é o ato ou o resultado de degenerar, da
elevado como a dêste tênno amência.. I•:m �.ont Ido l i·
degeneração.
losófico, a mente humana é, por ntttun•1.n, c!l'l'lc'lt•nll ,
como tudo quanto é limilnd'o, finito. M11� 11 tlt-l'lt'ic 11 b) Pode-se falar, pois, de uma degeneração or·
cia, da qual se trata aqui, ó n que nl<·nnçn 1 1 1 1 1 ttl v11 l gânica,no campo vital, a qual consiste na aquisição
abaixo do normal, que pode ser nprcciudo nt.mvos th de formas de vida, inferiores às que possuía anterior­
testes. O número de deficientes mentais ú umlor do mente o indivíduo ou seus ascendentes.
que se julga e varia segundo as regioes, pafses c situa·
c ) Pode empregar-se quanto à vida mental,
ções históricas. Como apresentam graus, tomam és
quando há o abastardamento das idéias, do processo
tes nomes distintos, tais como: retardados, imbecis,
intelectivo e judicativo, e também na vida moral e
idiotas, cretinos. Entre as causas da deficiência mon
social, quando se processa o abastardamento, a degra­
tal, encontram-se, sobretudo, taras hereditárias, mCLs,
dação, dos atos e atitudes morais e, socialmente, nos
também, doenças adquiridas podem atuar no sentido
graus sociais e econômicos.
de provocar deficiências, como a sífilis, o alcoolismo
agudo, vícios, etc. Há estudos especializados sObro DELIBERAÇÃO - Deliberar é resolver ou decidir median­
tais causas, como também sôbrc a torapOuUcn n �;cr te sopesamento de motivos; é refletir, é a ação, a de­
usada para evitar e combater a dofictancla o, Hl'lll clu· cisão, que decorre de uma reflexão, e que se prt:ten­
vida, já alcançou a ciência um nívol hom t'lt vtLdo. de realizar. Na deliberação, havendo o sopesamen­
Certas práticas pedagógicas, n nç aw <l'olt tt•rln dc1 c·u r·· to das razões, há avaliações d:: valôres, o exame da
tos mestres, quo orlam a tmwgur·nnç11. 110 nl u 1 1o u l u l·
, compatibilidade ou da incompatibilidade destas ou da­
ta de confiança em suus posslhlli<lndt•'4, u lht•!;l 11111tn 11 quelas perspectivas. A deliberação é a ação e o efei­
capacidade criadora, conlrlbut•UI t'lllll 1 1 1 1 1 ludlc·c upn• to do ato de deliberar. Opera-se com deliberação,
ciável no retardamento c.lus funçopq ltttl'll•c•tunl , o quando se opera refletidamente, quanto a resolução
estudo da Lógica, tuo ncccs:-a\rln no <hlSt'llvulvln tl'ltto tomada é fruto de uma reflexão.
da capacidade reflexiva, urgtmwntnt lv11 11 dc•lltnll•ll t'IL•
tiva, base da verdadoim ci<•1wln, ü ltnport!lntlo..,.., lmo, u
DELINQüÊNCIA INFANTIL E JUVENIL - Vide Frustra­
deveria aquela ser emprc�-;ncln lnt<•nsnrut•llft 11118 t�sc·o·
ção, Agressividade, Criança problema, e verbetes afins,
las, desde as primcira.s s<�rlt!s. Cout.uclo, 1 1 1 1 1 t'Oiljun
nestes indicados.

to de falsas idéias filosóíicu.s, um11. tu·mtt llfl!;IIO mMhl DEMOCRACIA DENTRO DE CASA A prática de um
-

da do cepticismo e do ngnost ki smo, quo osgrhucm


. perfeito sistema democrático, dentro do seio fami­
com auto-sdiciência muitos d'úbeis nwnt.u.is, tCm sido liar, ainda é muito pouco usada. A relação entre pais
a causa de formação de um conjunto do id61as mal e filhos ainda é essencialmente autoritária. Na to-

- 156 - - 1 57 -
talidade dos povos, antigamente, as relações entre pais DEPRESSAO - Emprega-se a tôda baixa do estado emo­
e filhos eram de forma autoritária. Em nossos dias, tivo, aquém do normal, quando de origem patológica.
já se deram muitas modificações neste setor, e encon­ Se não tem essa origem patológica, deve-se preferir
tra-se, em muitos países, uma relação democrática, abatimento, o contrário é mania, que é um estado
onde o pai não é mais o centro autoritário, deslocan­ emotivo forte, extremado.
do-se êste para os filhos, que se tornam o "centro do
DESACôRDO ENTRE OS PAIS - Os pais nunca devem
interêsse familiar".
manifestar desacôrdo em questões, que estão fora do
A criança deve apreender, desde a mais tenra ida­ alcance do entendimento da criança. Por ex.: se de­
de, a viver como cidadão, dentro de uma democracia. vem ou não presentear o filho com um brinquedo mui­
Assim devem-se valorizar o respeito e a consideração, to caro; se um amiguinho é ou não conveniente; sô­
que se devem aos direitos e necessidades dos outros, bre assuntos financeiros da família, etc. Nestes ca­
como das suas próprias, e aprender a repartir o tra­ sos, a criança não poderá compreender o porquê de
balho e também as responsabilidades. tais discussões, e terá os seus sentimentos em jôgo.
Em determinadas questões, naturalmente, a cri· É preferível discutir tais assuntos em particular, e
ança não poderá dar seu parecer, mas há situações tomar uma resolução em conjunto.
em que poderá manifestar-se e até decidir < por ex. Os pais, que apresentam uma linha de conduta
escolher que roupa deve usar, que bdnquodos mn.IH diária unificada, poderão, também, discordar ante o
gosta, se quer receber lições do música, c quo lm;tru •
filho, mas defendendo seus pontos de vista, e demons·
mento prefere, etc. ) . trar-lhe que cruas pessoas podem estar em desacôrdo
e ter boas razões em defender sua posição. É pre·
DENOMINAÇÃO - Denominar significa nomear, pOr no·
ciso saber também aceitar a derrota do seu ponto de
me em alguma coisa. A denominação é a designaçU.o
vista, mostrando ao mesmo tempo mútua afeição e
e o nome com que se designa ou indica alguma coi­
respeito pelos julgamentos e opiniões contrárias.
sa. Denomina-se, substancialmente, alguma coisa,
ou derivando-se o seu nome de um acidente ( que é a DESAGREGAÇAO PSICOLúGICA - Agregar, do gr. grex,
denominação extrínseca), ou indicando algum aspec­ gregis, é juntar, arrebanhar, pois grex significa reba­
to da sua forma ou propriedade desta, que é uma nho. Agregação é a ação e o efeito de agregar. A
denominação intrínseca da coisa. ação e o efeito contrário é a desagregação. Agrega­
ção é, pois, associação, enquanto desagregação é a
DEPENDÊNCIA - (Do lat. dependere, do pendor, pender
dissociação, a decomposição. Eis por que se pode
de) - a) A dependência é a rclaçao quo há entro
falar em uma desagregação psicológica, como o fêz,
dois ou mais objetos, que faz quo um ou unA n1�0
possam existir sem outro ou outros. Ho o dopem
pela primeira vez, Pierre Janet, para tornar compre­

dente surge da noccssldado dt\ oxlstr•rwla clt• o do qunt


ensível as anestesias, as paralisias, os casos chama­
dos de múltiplas persona�idades, que surgem nos his­
depende, êste, noccssnrimnonto, uxiHto ou oxltlt,lu, Ht'
téricos, etc. Em suma, tôda e qualquer ruptura na
existe ou existiu o depcndonto. O tit•r· dopt•ndonlo •
tensão do E'u manifesta-se semióticamente (por sinais,
aquêle que não tem em �;i moHmo �o�1m r·ur.uo do sm·,
sintomas ) em desagregações psicológicas.
e necessita de outro para �wr, do qul\1 <loponclt , puruh
de . . . DESÂNIMO - Atitude emotiva, que se caracteriza por
Quando a depcndêncJa 6 mütun; 1Ht.o < , wu clt pon pensamento ou estado afetivo de desgôsto, em face
de do outro para ser, temos �1. intc·rtlc•swmlt ndu. das dificuldades ou malôgros, que geram quase sem­
pre um estado de atonia.
b) Dependência é tambóm HinOnhno <lu c·uru·xlto,
pois, onde há dependência, há noxo quo 11tct� o clopon­ DESCONTENTAMENTO - A criança, que teve seus sen­
dente de o de que depende. Se $ttO sOl'liH ronis· roais, timentos feridos, e cujos caprichos foram contraria­
a dependência tem de ser rcal-rcul; �o sü.o l'!êl'CS ideais, dos, adota quase sempre uma atitude de desconten·
a dependência é ideal. tamento. Na maioria dos casos, êste estado passa

-- 158 - - 159 -
talidade dos povos, antigamente, as relações entre pais DEPRESSAO - Emprega-se a tôda baixa do estado emo­
e filhos eram de forma autoritária. Em nossos dias, tivo, aquém do normal, quando de origem patológica.
já se deram muitas modificações neste setor, e encon­ Se não tem essa origem patológica, deve-se preferir
tra-se, em muitos países, uma relação democrática, abatimento, o contrário é mania, que é um estado
onde o pai não é mais o centro autoritário, deslocan­ emotivo forte, extremado.
do-se êste para os filhos, que se tornam o "centro do
DESACôRDO ENTRE OS PAIS - Os pais nunca devem
interêsse familiar".
manifestar desacôrdo em questões, que estão fora do
A criança deve apreender, desde a mais tenra ida­ alcance do entendimento da criança. Por ex.: se de­
de, a viver como cidadão, dentro de uma democracia. vem ou não presentear o filho com um brinquedo mui­
Assim devem-se valorizar o respeito e a consideração, to caro; se um amiguinho é ou não conveniente; sô­
que se devem aos direitos e necessidades dos outros, bre assuntos financeiros da família, etc. Nestes ca­
como das suas próprias, e aprender a repartir o tra­ sos, a criança não poderá compreender o porquê de
balho e também as responsabilidades. tais discussões, e terá os seus sentimentos em jôgo.
Em determinadas questões, naturalmente, a cri· É preferível discutir tais assuntos em particular, e
ança não poderá dar seu parecer, mas há situações tomar uma resolução em conjunto.
em que poderá manifestar-se e até decidir < por ex. Os pais, que apresentam uma linha de conduta
escolher que roupa deve usar, que bdnquodos mn.IH diária unificada, poderão, também, discordar ante o
gosta, se quer receber lições do música, c quo lm;tru •
filho, mas defendendo seus pontos de vista, e demons·
mento prefere, etc. ) . trar-lhe que cruas pessoas podem estar em desacôrdo
e ter boas razões em defender sua posição. É pre·
DENOMINAÇÃO - Denominar significa nomear, pOr no·
ciso saber também aceitar a derrota do seu ponto de
me em alguma coisa. A denominação é a designaçU.o
vista, mostrando ao mesmo tempo mútua afeição e
e o nome com que se designa ou indica alguma coi­
respeito pelos julgamentos e opiniões contrárias.
sa. Denomina-se, substancialmente, alguma coisa,
ou derivando-se o seu nome de um acidente ( que é a DESAGREGAÇAO PSICOLúGICA - Agregar, do gr. grex,
denominação extrínseca), ou indicando algum aspec­ gregis, é juntar, arrebanhar, pois grex significa reba­
to da sua forma ou propriedade desta, que é uma nho. Agregação é a ação e o efeito de agregar. A
denominação intrínseca da coisa. ação e o efeito contrário é a desagregação. Agrega­
ção é, pois, associação, enquanto desagregação é a
DEPENDÊNCIA - (Do lat. dependere, do pendor, pender
dissociação, a decomposição. Eis por que se pode
de) - a) A dependência é a rclaçao quo há entro
falar em uma desagregação psicológica, como o fêz,
dois ou mais objetos, que faz quo um ou unA n1�0
possam existir sem outro ou outros. Ho o dopem
pela primeira vez, Pierre Janet, para tornar compre­

dente surge da noccssldado dt\ oxlstr•rwla clt• o do qunt


ensível as anestesias, as paralisias, os casos chama­
dos de múltiplas persona�idades, que surgem nos his­
depende, êste, noccssnrimnonto, uxiHto ou oxltlt,lu, Ht'
téricos, etc. Em suma, tôda e qualquer ruptura na
existe ou existiu o depcndonto. O tit•r· dopt•ndonlo •
tensão do E'u manifesta-se semióticamente (por sinais,
aquêle que não tem em �;i moHmo �o�1m r·ur.uo do sm·,
sintomas ) em desagregações psicológicas.
e necessita de outro para �wr, do qul\1 <loponclt , puruh
de . . . DESÂNIMO - Atitude emotiva, que se caracteriza por
Quando a depcndêncJa 6 mütun; 1Ht.o < , wu clt pon pensamento ou estado afetivo de desgôsto, em face
de do outro para ser, temos �1. intc·rtlc•swmlt ndu. das dificuldades ou malôgros, que geram quase sem­
pre um estado de atonia.
b) Dependência é tambóm HinOnhno <lu c·uru·xlto,
pois, onde há dependência, há noxo quo 11tct� o clopon­ DESCONTENTAMENTO - A criança, que teve seus sen­
dente de o de que depende. Se $ttO sOl'liH ronis· roais, timentos feridos, e cujos caprichos foram contraria­
a dependência tem de ser rcal-rcul; �o sü.o l'!êl'CS ideais, dos, adota quase sempre uma atitude de desconten·
a dependência é ideal. tamento. Na maioria dos casos, êste estado passa

-- 158 - - 159 -
dará a mantê-los limpos e cuidados. É preciso não
logo, e é preferível não lhe dar muita atenção, pois
esquecer que nunca se .deve exigir demasiado de
seria valorizar em demasia um fato muitas vêzes sem
uma criança neste sentido, e é preciso deixar passar
importância.
certos senões (como pequenos acidentes caseiros), e
Na adolescência, é também muito comum uma procurar com calma, e pelo exemplo, dar-lhe os co­
atitude de descontentamento, e é preferível dar-se uma nhecimentos basicos.
certa liberdade de expressão ao jovem, pois muitas
vêzes êste estado passará, e é devido a alguma coisa
DESCULPAS - É muito comum as crianças usarem des­
culpas para não realizar uma determinada tarefa, ou
que o a.,borrece.
por não terem mantido a sua palavra em algum as­
DESCORTESIA - Os pais não devem reagir com dema­ sunto. Naturalmente os pais devem formar seus jul­
siada violência ante uma descortesia ou uma imper­ gamentos, procurando ver quando é legitima a des­
tinência do filho. Não devem, também, calar, pois culpa, e quando é apenas um subterfúgio para expli­
isto seria aceitá-la. car porque não fêz o que tinha de fazer.

É preciso medir muito bem o alcance de uma pa­ Se uma criança falta repetidas vêzes em suas res­
lavra impertinente, ou uma atitude, ou uma falta de ponsabilidades regulares, talvez é que se espera mui­
cortesia numa situação determinada. to dela. A atitude aconselhada é pedir menos, e pro­
curar que cumpra bem, e com êxito, poucas e peque­
Naturalmente que os pais, que acham gmçn quun
nas responsabilidades. Assim a ajuda caseira pode
do o filho responde com imperUnOncia, ou tcnhn o ha ser feita pelas crianças, porém não em demasia. É
bito de "pôr a língua para os outros", nao podemo
preciso que tenha suas horas de estudo, de brinque­
mais tarde corrigi-lo de forma que aceite a observa­ do, de pequenos trabalhos, etc. Abusar de descul­
ção. Em grande número de casos, os pais são cul­ pas, quando a criança não fêz os seus estudos, é con­
pados de certas atitudes impertinentes e descorteses traproducente, e estabelece um mau exempl.o.
manifestadas pelos filhos.
DESDÉM - Atitude emotiva para com outra pessoa, clas­
DESCUIDO - É importante ensinar a criança a ser cui­ se, grupo, norma, etc., que se manifesta por um de­
dadosa com suas coisas e com as dos outros. A ex­ sagrado, com mostras de repugnância, maior ou me­
periência já demonstrou que a severidade levada ao nor, e por um respectivo sentimento de superioridade.
excesso, como castigos constantes e reprimendas, não
DESEJAR E QUERER -
o desejar do querer, mas, na criança, não há dife­
são proveitosas para ensinar as crianças a serem cui­ -Podemos, no adulto, distinguir

rença entre o desejar e o querer. Ela quer o que


dadosas. Da mesma forma, a aceitação purn. o sim­
ples que as crianças são descuicl'ndns por nnt u rmm,
também é falsa. deseja, embora o objeto seja impossível de alcançar,
pois crê firmemente que tudo o que deseja é possível
Os pais devem observar o�; fllho!-l o .snbor n.ssltll de obter.
em que idade devem clnr llws ns t't'J{tw; pttrn sorom
cuidadosos e ordenados. Nntumluwnle quo uma Na fase em que o "ludus simbólicon predOilUlla,
criança de 2 ou 3 anos mio po<l(' compreender o sig­ ela revela grande capacidade de criar simbolos, de in·
nificado de desperdicio, o son\ sua mne que deverá ventar histórias, de crer em personagens fantásticos,
ensinar-lhe a não estragar os seus brinquedos. etc.; nessa fase, não convém ridicularizá-la, quando
quer o que nos parece extravagante ou fantástico.
As crianças aprendem mals com exemplos e ex­
periências práticas que com regras. Compartilhar . Temos um exemplo no caso, aliás muito interes­
do trabalho e das responsabilidades da família ensi­ sante, de uma criança que possuia um livro de gravu­
ras coloridas de pássaros maravilhosos, de pluma­
na o valor dos objetos e o emprêgo correto dos uten­
gens multicores. Quando sõzinha, começava a ima­
sílios. Assim a criança aprende para que serve um
ginar que se ela pronunciasse uma palavra "mágica".
objeto caseiro, a limpeza da casa e dos móveis, e aju-
- 161 -
- 160 -
dará a mantê-los limpos e cuidados. É preciso não
logo, e é preferível não lhe dar muita atenção, pois
esquecer que nunca se .deve exigir demasiado de
seria valorizar em demasia um fato muitas vêzes sem
uma criança neste sentido, e é preciso deixar passar
importância.
certos senões (como pequenos acidentes caseiros), e
Na adolescência, é também muito comum uma procurar com calma, e pelo exemplo, dar-lhe os co­
atitude de descontentamento, e é preferível dar-se uma nhecimentos basicos.
certa liberdade de expressão ao jovem, pois muitas
vêzes êste estado passará, e é devido a alguma coisa
DESCULPAS - É muito comum as crianças usarem des­
culpas para não realizar uma determinada tarefa, ou
que o a.,borrece.
por não terem mantido a sua palavra em algum as­
DESCORTESIA - Os pais não devem reagir com dema­ sunto. Naturalmente os pais devem formar seus jul­
siada violência ante uma descortesia ou uma imper­ gamentos, procurando ver quando é legitima a des­
tinência do filho. Não devem, também, calar, pois culpa, e quando é apenas um subterfúgio para expli­
isto seria aceitá-la. car porque não fêz o que tinha de fazer.

É preciso medir muito bem o alcance de uma pa­ Se uma criança falta repetidas vêzes em suas res­
lavra impertinente, ou uma atitude, ou uma falta de ponsabilidades regulares, talvez é que se espera mui­
cortesia numa situação determinada. to dela. A atitude aconselhada é pedir menos, e pro­
curar que cumpra bem, e com êxito, poucas e peque­
Naturalmente que os pais, que acham gmçn quun
nas responsabilidades. Assim a ajuda caseira pode
do o filho responde com imperUnOncia, ou tcnhn o ha ser feita pelas crianças, porém não em demasia. É
bito de "pôr a língua para os outros", nao podemo
preciso que tenha suas horas de estudo, de brinque­
mais tarde corrigi-lo de forma que aceite a observa­ do, de pequenos trabalhos, etc. Abusar de descul­
ção. Em grande número de casos, os pais são cul­ pas, quando a criança não fêz os seus estudos, é con­
pados de certas atitudes impertinentes e descorteses traproducente, e estabelece um mau exempl.o.
manifestadas pelos filhos.
DESDÉM - Atitude emotiva para com outra pessoa, clas­
DESCUIDO - É importante ensinar a criança a ser cui­ se, grupo, norma, etc., que se manifesta por um de­
dadosa com suas coisas e com as dos outros. A ex­ sagrado, com mostras de repugnância, maior ou me­
periência já demonstrou que a severidade levada ao nor, e por um respectivo sentimento de superioridade.
excesso, como castigos constantes e reprimendas, não
DESEJAR E QUERER -
o desejar do querer, mas, na criança, não há dife­
são proveitosas para ensinar as crianças a serem cui­ -Podemos, no adulto, distinguir

rença entre o desejar e o querer. Ela quer o que


dadosas. Da mesma forma, a aceitação purn. o sim­
ples que as crianças são descuicl'ndns por nnt u rmm,
também é falsa. deseja, embora o objeto seja impossível de alcançar,
pois crê firmemente que tudo o que deseja é possível
Os pais devem observar o�; fllho!-l o .snbor n.ssltll de obter.
em que idade devem clnr llws ns t't'J{tw; pttrn sorom
cuidadosos e ordenados. Nntumluwnle quo uma Na fase em que o "ludus simbólicon predOilUlla,
criança de 2 ou 3 anos mio po<l(' compreender o sig­ ela revela grande capacidade de criar simbolos, de in·
nificado de desperdicio, o son\ sua mne que deverá ventar histórias, de crer em personagens fantásticos,
ensinar-lhe a não estragar os seus brinquedos. etc.; nessa fase, não convém ridicularizá-la, quando
quer o que nos parece extravagante ou fantástico.
As crianças aprendem mals com exemplos e ex­
periências práticas que com regras. Compartilhar . Temos um exemplo no caso, aliás muito interes­
do trabalho e das responsabilidades da família ensi­ sante, de uma criança que possuia um livro de gravu­
ras coloridas de pássaros maravilhosos, de pluma­
na o valor dos objetos e o emprêgo correto dos uten­
gens multicores. Quando sõzinha, começava a ima­
sílios. Assim a criança aprende para que serve um
ginar que se ela pronunciasse uma palavra "mágica".
objeto caseiro, a limpeza da casa e dos móveis, e aju-
- 161 -
- 160 -
um daqueles pássaros, aquêle que mais lhe agradava, é a a�e:rsão, que consiste no desviar-se do que é con­
sairia voando da página do livro, e deixaria em seu trário aos nossos desejos ou tendêncial!i.
lugar uma mancha em branco; e noite após noite, ela
folheava o livro, e pronunciava palavras novas, que Querer é já a deliberação de alcançar êsse fim,
ela própria inventava, esperando ansiosa que de um já posta em ação.
momento para o outro o pássaro voasse. E acreditar
DESENHO E A CRIANÇA -Nos fins do século passado, '
va com convicção que êsse fato se realizaria, depen­
os desenhos infantis começaram a ser alvo de estudo.
dendo somente de descobrir a palavrinha mágica.
Atualmente dá-se grande importância à interpretação
Esta criança estava em plena fase do "ludus sim­ dos desenhos feitos pelas crianças. Geralmente , a
bólico", e revelava possuir um grande poder de ima­ criança gosta de representar sêres humanos. Esta
ginação. Vivia isolada, não tinha mãe, faltava-lhe o preferência é forte na primeira idade, mas diminui à
carinho matemo, portanto; o pai, excessivo em seus medida que os anos passam, reaparecendo com vigor
cuidados, não a deixava conviver com outras crianças, aos 13 anos, quando, então, agrada desenhar as figu­
receoso de possíveis quedas. ras de heróis e moças bonitas. Outros temas prefe­
ridos são a casa, animais, objetos conhecidos, carros,
Era uma criança quieta, bastante tímida, silencio­ trens, árvores e flores.
sa, já com visíveis sintomas de introversão, não reve­
lando nenhum interêsse em tomar parte em jogos com O modo de representar varia conforme a idade.
crianças da mesma idade. Na primeira etapa, que vai dos três aos seis anos,
caracteriza-se pela representação do objeto, de modo
Inconscientemente, desejava dar expansão aos que só o autor pode revelar seu significado, pois não
seus impulsos, embora em nad� o transparecesse, en­ passa de traços e formas irregulares. Na segunda
tão projetava naquele pássaro imóvel, preso nas pági­ etapa, a do esquema, representam-se pessoas, ani­
nas de um livro, o seu desejo. mais e objetos, por meio de símbolos simplificados,
cuja forma guarda certa semelhança diagramática com
Êsse fato, bem como inúmeros outros, apontam·
-nos a necessidade de conhecer a psicologia infantil
os objetos reais. A seguir, a criança passa por uma
fase intermediária, onde as características anteriores
para podermos evitar desvios que podem trazer gra·
ves conseqüências no desenvolvimento mental de uma já se confundem com a reprodução fiel ou exata. A
quarta etapa é a da reprodução fiel ou exata, que se
criança, como a fixação de um estado que deveria ser
passageiro. caracteriza pelo esfôrço em copiar os objetos, tal qual
aparecem; quer dizer, em forma, proporção, côres e
Há crianças que revelam uma tendência exagera· dimensões semelhantes às reais. Êstes desenhos não
da à fantasia, e se as condições predisponentes favo· apresentam ainda a terceira dimensão, e por tanto,
recerem, poderão recolher-se num mundo imaginário, impressionam como planos. A quinta etapa de re­
criado por elas, em choque com a realidade. presentação no espaço, alcança-se quando o sentido
de reprodução fiel se ajunta a profundidade e a pers­
Nessas crianças, necessitamos desenvolver a aten­ pectiva, e também o modelamento dos círculos. Em­
ção, a memória, a observação das coisas concretas, o pregam-se três tipos de representação espacial: a)
contato imediato com brinquedos, ou jogos que exl· perspectiva linear em todos os seus graus: convergên­
jam precisão, para equilibrar a imaginação que poderá cia de linha, conservação da vertical da linha visual.
seguir um rumo vicioso. etc.; b ) modelado dos objetos mediante o sombrea­
do; c) perspectiva de côr para a distância, usando..
DESEJO -Filosoficamente, o têrmo desejo não deve sor
por exemplo: côres pálidas para o fundo, em contras­
confundido com o emprêgo que comumente tem. Em
seu sentido amplo, significa tender a um fim apeteci­
te com um primeiro plano brilhante.

do; ou, ademais, o apetite provoc�do por algo, qut! DESENVOLVIMENTO - Desenvolvimento significa 9
corresponde à tendência de um Rer animal. O oposto conjunto de transformações do ser vivo, que assina·
- 1 62 - - 163 -
um daqueles pássaros, aquêle que mais lhe agradava, é a a�e:rsão, que consiste no desviar-se do que é con­
sairia voando da página do livro, e deixaria em seu trário aos nossos desejos ou tendêncial!i.
lugar uma mancha em branco; e noite após noite, ela
folheava o livro, e pronunciava palavras novas, que Querer é já a deliberação de alcançar êsse fim,
ela própria inventava, esperando ansiosa que de um já posta em ação.
momento para o outro o pássaro voasse. E acreditar
DESENHO E A CRIANÇA -Nos fins do século passado, '
va com convicção que êsse fato se realizaria, depen­
os desenhos infantis começaram a ser alvo de estudo.
dendo somente de descobrir a palavrinha mágica.
Atualmente dá-se grande importância à interpretação
Esta criança estava em plena fase do "ludus sim­ dos desenhos feitos pelas crianças. Geralmente , a
bólico", e revelava possuir um grande poder de ima­ criança gosta de representar sêres humanos. Esta
ginação. Vivia isolada, não tinha mãe, faltava-lhe o preferência é forte na primeira idade, mas diminui à
carinho matemo, portanto; o pai, excessivo em seus medida que os anos passam, reaparecendo com vigor
cuidados, não a deixava conviver com outras crianças, aos 13 anos, quando, então, agrada desenhar as figu­
receoso de possíveis quedas. ras de heróis e moças bonitas. Outros temas prefe­
ridos são a casa, animais, objetos conhecidos, carros,
Era uma criança quieta, bastante tímida, silencio­ trens, árvores e flores.
sa, já com visíveis sintomas de introversão, não reve­
lando nenhum interêsse em tomar parte em jogos com O modo de representar varia conforme a idade.
crianças da mesma idade. Na primeira etapa, que vai dos três aos seis anos,
caracteriza-se pela representação do objeto, de modo
Inconscientemente, desejava dar expansão aos que só o autor pode revelar seu significado, pois não
seus impulsos, embora em nad� o transparecesse, en­ passa de traços e formas irregulares. Na segunda
tão projetava naquele pássaro imóvel, preso nas pági­ etapa, a do esquema, representam-se pessoas, ani­
nas de um livro, o seu desejo. mais e objetos, por meio de símbolos simplificados,
cuja forma guarda certa semelhança diagramática com
Êsse fato, bem como inúmeros outros, apontam·
-nos a necessidade de conhecer a psicologia infantil
os objetos reais. A seguir, a criança passa por uma
fase intermediária, onde as características anteriores
para podermos evitar desvios que podem trazer gra·
ves conseqüências no desenvolvimento mental de uma já se confundem com a reprodução fiel ou exata. A
quarta etapa é a da reprodução fiel ou exata, que se
criança, como a fixação de um estado que deveria ser
passageiro. caracteriza pelo esfôrço em copiar os objetos, tal qual
aparecem; quer dizer, em forma, proporção, côres e
Há crianças que revelam uma tendência exagera· dimensões semelhantes às reais. Êstes desenhos não
da à fantasia, e se as condições predisponentes favo· apresentam ainda a terceira dimensão, e por tanto,
recerem, poderão recolher-se num mundo imaginário, impressionam como planos. A quinta etapa de re­
criado por elas, em choque com a realidade. presentação no espaço, alcança-se quando o sentido
de reprodução fiel se ajunta a profundidade e a pers­
Nessas crianças, necessitamos desenvolver a aten­ pectiva, e também o modelamento dos círculos. Em­
ção, a memória, a observação das coisas concretas, o pregam-se três tipos de representação espacial: a)
contato imediato com brinquedos, ou jogos que exl· perspectiva linear em todos os seus graus: convergên­
jam precisão, para equilibrar a imaginação que poderá cia de linha, conservação da vertical da linha visual.
seguir um rumo vicioso. etc.; b ) modelado dos objetos mediante o sombrea­
do; c) perspectiva de côr para a distância, usando..
DESEJO -Filosoficamente, o têrmo desejo não deve sor
por exemplo: côres pálidas para o fundo, em contras­
confundido com o emprêgo que comumente tem. Em
seu sentido amplo, significa tender a um fim apeteci­
te com um primeiro plano brilhante.

do; ou, ademais, o apetite provoc�do por algo, qut! DESENVOLVIMENTO - Desenvolvimento significa 9
corresponde à tendência de um Rer animal. O oposto conjunto de transformações do ser vivo, que assina·
- 1 62 - - 163 -
lam uma direção definida ou uma progressão tempo­ todos indivíduos. Por outro lado, existem múltiplas
ral sistemática. Estas mudanças não significam, ne­ determinantes genéticas ( emergentes) comuns a um
cessàriamente, progresso, pois tanto a regular deca-­ grande grupo natural de organismos. Os traços que
dência da velhice como o crescimento são designados caracterizam a uma espécie ou variedade, devem con­
como desenvolvimento. As mudanças esporádicas, siderar-se como derivados de elementos genéticos co­
temporárias ou irregulares, não podem considerar-se
muns a êsse grupo. .Êstes traços sempre aparecem.
incluídas no desenvolvimento; são mais interrupções a não ser que sejam suprimidos por condições radi­
que torcem ou desviam seu curso normal.
calmente anormais, ainda que a forma exata e o al­
cance de seu destnvolvimento dependam de modo no­
Quanto aos tipos, o desenvolvimento pode ser
quantitativo ou qualitativo. Quantitativo, quando há tável das circunstâncias ambientais. O comporta-­
aumento ou diminuição na quantidade, o que algum , mento, entretanto, apesar de observarmos certa cons­
denominam "crescimento". No qualitativo, há mu­ tância, é intrinsecamente mais plástico ou modificá­
danças nas formas, na modelação ou relação das par­ vel que a estrutura; e apresenta maiores dificuldades
tes. Alguns autores chamam a êste tipo de "desen­ prognosticar quais estruturas ou funções se manifes­
volvimento", em contraposição ao crescimento. En· tarão sob as condições estabelecidas, nos grupos me­

tretanto, tanto o uso popular como o técnico tendem nores, do que nas espécies. Não se pode, assim, de­
a empregar ambas como eqmvalentes. terminar uma direção pré-estabelecida para o desen·
volvimento. Deve-se levar em conta inúmeros fatô­
As mudanças de crescimento podem ser classifi­ res variáveis: clima, alimentação, casa, higiene e nor·
cadas em: anatômicas, fisiológicas e psicológicas ( que mas civilizadas de conduta. Dentro destas circuns­
incluem o crescimento social do indivíduo). As re­
tâncias desenvolveram-se normas de conduta "se­
lações entre herança e o desenvolvimento ficaram fixa­
guras" ou "confiáveis", e algumas destas formas são
das numa época, em que valiam conceitos errôneos,
quase impossíveis de alterar. Cuidadosos estudos
acerca dos problemas genéticos. Porisso, a cada mo­
efetuados com crianças demonstram que se podê
mento vêem-se palavras que possuem diversos signifi­
prognosticar com bastante acêrto o desenvolvimen­
cados, como, por exemplo, "maturação", que, no
to de alguns comportamentos motores, como o con­
comêço, referia-se simplesmente ao fato de chegar à
trole manual e a locomoção.
madureza, mas que, na realidade, significava alcan­
çá-la, como resultado do desenvolvim�nto dos pro­ Uma vez que tôdas as formas superiores de vida
cessos hereditários internos do crescimento. En­ de originam de uma simples célula, que à medida que
tretanto, êstes processos de crescimento independen· se divide vai diferenciando-se, quer dizer, dando lu­
tes não existem. O desenvolvimento ou crescimento, gar a novas células, que diferem da célula mãe em
estão essencialmente determinados, tanto pelos fatõ­ estrutura e função - não pode duvidar-se que a di­
res genéticos ( emergentes ), como pelos ambientais ferenciação é a base de todo desenvolvimento. En­
(predisponentes) . Há uma cooperação desses fatô­ tretanto, não é de evidência imediata que o conceito
res, que se interatuam. Assim o que se chama "he· de "diferenciação", seja realmente aplicável à condu­
rança", num indivíduo depende do ambiente; e a ação ta. Resulta compreensível no caso das estruturaa
do ambiente sôbre o desenvolvimento de um indiví anatômicas, onde as células mães desaparecem e se
duo, depende de sua herança. convertem em células filhas. Há, aqui, uma conti­
nuidade clara. Mas a conduta é descontínua. Pro­
O ambiente apresenta um grau considerável de
duzido um ato, tudo termina ali. Como conceber-se
uniformidade para todos os organismos: todos os
um ato futuro como continuação, como algo diferen­
que sobrevivem dispõem de ar para respirar, e de
ciado de uma conduta, que ficou relegada ao tempo?
certos elementos nutritivos; e, em munerosas espé
Existe, certamente, uma base estrutural para a con­
cies, muitos dos elementos ambientais são comuns a
duta, e esta estrutura, naturalmente, acha-se modifi-
- 164 -
- 165 -
lam uma direção definida ou uma progressão tempo­ todos indivíduos. Por outro lado, existem múltiplas
ral sistemática. Estas mudanças não significam, ne­ determinantes genéticas ( emergentes) comuns a um
cessàriamente, progresso, pois tanto a regular deca-­ grande grupo natural de organismos. Os traços que
dência da velhice como o crescimento são designados caracterizam a uma espécie ou variedade, devem con­
como desenvolvimento. As mudanças esporádicas, siderar-se como derivados de elementos genéticos co­
temporárias ou irregulares, não podem considerar-se
muns a êsse grupo. .Êstes traços sempre aparecem.
incluídas no desenvolvimento; são mais interrupções a não ser que sejam suprimidos por condições radi­
que torcem ou desviam seu curso normal.
calmente anormais, ainda que a forma exata e o al­
cance de seu destnvolvimento dependam de modo no­
Quanto aos tipos, o desenvolvimento pode ser
quantitativo ou qualitativo. Quantitativo, quando há tável das circunstâncias ambientais. O comporta-­
aumento ou diminuição na quantidade, o que algum , mento, entretanto, apesar de observarmos certa cons­
denominam "crescimento". No qualitativo, há mu­ tância, é intrinsecamente mais plástico ou modificá­
danças nas formas, na modelação ou relação das par­ vel que a estrutura; e apresenta maiores dificuldades
tes. Alguns autores chamam a êste tipo de "desen­ prognosticar quais estruturas ou funções se manifes­
volvimento", em contraposição ao crescimento. En· tarão sob as condições estabelecidas, nos grupos me­

tretanto, tanto o uso popular como o técnico tendem nores, do que nas espécies. Não se pode, assim, de­
a empregar ambas como eqmvalentes. terminar uma direção pré-estabelecida para o desen·
volvimento. Deve-se levar em conta inúmeros fatô­
As mudanças de crescimento podem ser classifi­ res variáveis: clima, alimentação, casa, higiene e nor·
cadas em: anatômicas, fisiológicas e psicológicas ( que mas civilizadas de conduta. Dentro destas circuns­
incluem o crescimento social do indivíduo). As re­
tâncias desenvolveram-se normas de conduta "se­
lações entre herança e o desenvolvimento ficaram fixa­
guras" ou "confiáveis", e algumas destas formas são
das numa época, em que valiam conceitos errôneos,
quase impossíveis de alterar. Cuidadosos estudos
acerca dos problemas genéticos. Porisso, a cada mo­
efetuados com crianças demonstram que se podê
mento vêem-se palavras que possuem diversos signifi­
prognosticar com bastante acêrto o desenvolvimen­
cados, como, por exemplo, "maturação", que, no
to de alguns comportamentos motores, como o con­
comêço, referia-se simplesmente ao fato de chegar à
trole manual e a locomoção.
madureza, mas que, na realidade, significava alcan­
çá-la, como resultado do desenvolvim�nto dos pro­ Uma vez que tôdas as formas superiores de vida
cessos hereditários internos do crescimento. En­ de originam de uma simples célula, que à medida que
tretanto, êstes processos de crescimento independen· se divide vai diferenciando-se, quer dizer, dando lu­
tes não existem. O desenvolvimento ou crescimento, gar a novas células, que diferem da célula mãe em
estão essencialmente determinados, tanto pelos fatõ­ estrutura e função - não pode duvidar-se que a di­
res genéticos ( emergentes ), como pelos ambientais ferenciação é a base de todo desenvolvimento. En­
(predisponentes) . Há uma cooperação desses fatô­ tretanto, não é de evidência imediata que o conceito
res, que se interatuam. Assim o que se chama "he· de "diferenciação", seja realmente aplicável à condu­
rança", num indivíduo depende do ambiente; e a ação ta. Resulta compreensível no caso das estruturaa
do ambiente sôbre o desenvolvimento de um indiví anatômicas, onde as células mães desaparecem e se
duo, depende de sua herança. convertem em células filhas. Há, aqui, uma conti­
nuidade clara. Mas a conduta é descontínua. Pro­
O ambiente apresenta um grau considerável de
duzido um ato, tudo termina ali. Como conceber-se
uniformidade para todos os organismos: todos os
um ato futuro como continuação, como algo diferen­
que sobrevivem dispõem de ar para respirar, e de
ciado de uma conduta, que ficou relegada ao tempo?
certos elementos nutritivos; e, em munerosas espé
Existe, certamente, uma base estrutural para a con­
cies, muitos dos elementos ambientais são comuns a
duta, e esta estrutura, naturalmente, acha-se modifi-
- 164 -
- 165 -
cada pelo comportamento, mas não podemos, consi­ ças, que têm wn desenvolvimento rápido, e depois
derar a diferenciação de conduta em têrmos das ba­ estacionam. Tôdas estas diferenças são tratadas· nos
ses estruturai.s. diversos artigos que compõem a enciclopédia.

Do que necessitamos é da evidência definida de O que devem os pais e mestres considerar é que,
uma continuidade genética; quer dizer, a evidência de na passagem de uma fase para outra, há sempre um
que a conduta primitiva é não diferenciada; ·é, legiti­ momento crucial (de cruz, encruzilhada), em que se ,
mamente, um antecedente necessário, sem a qual a dá o salto de um estágio para outro. E êstes momen­
conduta ulterior mais especializada não poderia ter tos revelam-se por um estacionamento, uma indeci­
lugar. Necessitamos, ademais, da prova de que o que são, perfeitamente compreendidos. Todos os pais
sucede na evolução do indivíduo, como resultante, da sabem que surgem, subitamente, nas crianças, mu­
conduta paterna não diferenciada, exerce uma deter­ danças de atitude, também no modo de proceder.
minadà influência sôbre a suposta conduta " herda­ Estas são sempre reveladoras da passagem de um es­
da". tágio para outro. O momento crucial, importantís­
simo na criança, é aquêle em que ela se vê forçada a
. Quase todo o processo do crescimento se realiza
tomar decisões próprias, sem a ajuda dos mais ve­
mediante pequenos passos uniformes, graduais, que
lhos. Esta fase se manifesta na criança dos 14 aos
fazem parecer contínuo. Em algumas funções, po­
17 mêses. Não deve a mãe preocupar-se por que a
dem distinguir·se etapas claramente delimitadas. Há,
criança manifestará, pelo chôro, à proporção que elas.
choques ambientais, e também choques físicos, que
aparecem. Só depois que ela vencer os obstáculos.
modificam a linha normal do desenvolvimento. Al­
é que deixará de chorar. Então, terá capacidade de
gumas mudanças súbitas podem ser explicadas na
agir por conta própria, o que será o fundamento da
existência de um grande número de pequenas mu­
segurança em si mesma. O auxilio dos pais deve ser
danças .inadvertidas até então. discreto e hábil. Deve auxiliar a canalização das
energias da criança, não resistir ao desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA CRIANÇA - Em­
bora seja uma banalidade, há muitos que julgam que das mesmas. Deve facilitar que a criança realize por
tôdas as crianças são iguais, o que é um êrro de gra­ suas próprias fôrças o que lhe cabe fazer. O princi­
ves conseqüências, porque esquecem que elas mani­ pal é permitir que desenvolva a vontade própria.
nfastando os obstáculos com habilidade.

)
festam sensibilidade diferentes, diferentes manifesta­
ções afetivas, e também um desenvolvimento intelec. DESINTERIA BACILAR - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap ..
tual bem distinto. Desde o principio, tanto os pais § 5.
como os mestres, tendem a notar as características
próprias de cada criança. Realmente, tôdas revelam, '
DESMAIOS - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 9.
no seu desenvolvimento, aspectos invariantes, co­
DESMAME - Vide Puericultura - 7.0 cap., § 4.
muns a tôdas elas, mas, a par disto, aspectos valian­
tes, peculiares a cada uma. Por isto as regras gerais DESNUDEZ ( hábito de tirar a roupa) - Há pais que ex-
têm uma parte relativa e uma parte absoluta. Algu­ tremamente se preocupam quando o filho fica sem
mas crianças revelam as suas diferenças, desde que roupa ante outros, julgando que tal é uma falta com­
nascem e outras no seu desenvolvimento. Umas ou­ pleta de pudor; outros, por sua vez, acham graça, e
vem música, manifestando agradabilidade, outras as­ não dão a mínima importância. Naturalmente, que
sustam-se com os sons altos. Também, o ritmo do é preciso uma atitude intermediária entre estas duas
crescimento das crianças varia de uma para outras. posições.
Há certos estágios, que sobrevêm tardiamente, nem
sempre devem êles preocupar os pais, como, por A experiência demonstra ser preferível que as
exemplo, a fala, que se manifesta aos dois anos de crianças conheçam de maneira natural a diferença se­
idade. Pode esta deficiência ser motivada por defei­ xual entre o menino e a menina, vendo-se desde pe­
tos orgânicos, mas muitas vêzes não o é. Há crian- quenos, com naturalidade, quando se encontrem nus.

- 166 - - 167 -
cada pelo comportamento, mas não podemos, consi­ ças, que têm wn desenvolvimento rápido, e depois
derar a diferenciação de conduta em têrmos das ba­ estacionam. Tôdas estas diferenças são tratadas· nos
ses estruturai.s. diversos artigos que compõem a enciclopédia.

Do que necessitamos é da evidência definida de O que devem os pais e mestres considerar é que,
uma continuidade genética; quer dizer, a evidência de na passagem de uma fase para outra, há sempre um
que a conduta primitiva é não diferenciada; ·é, legiti­ momento crucial (de cruz, encruzilhada), em que se ,
mamente, um antecedente necessário, sem a qual a dá o salto de um estágio para outro. E êstes momen­
conduta ulterior mais especializada não poderia ter tos revelam-se por um estacionamento, uma indeci­
lugar. Necessitamos, ademais, da prova de que o que são, perfeitamente compreendidos. Todos os pais
sucede na evolução do indivíduo, como resultante, da sabem que surgem, subitamente, nas crianças, mu­
conduta paterna não diferenciada, exerce uma deter­ danças de atitude, também no modo de proceder.
minadà influência sôbre a suposta conduta " herda­ Estas são sempre reveladoras da passagem de um es­
da". tágio para outro. O momento crucial, importantís­
simo na criança, é aquêle em que ela se vê forçada a
. Quase todo o processo do crescimento se realiza
tomar decisões próprias, sem a ajuda dos mais ve­
mediante pequenos passos uniformes, graduais, que
lhos. Esta fase se manifesta na criança dos 14 aos
fazem parecer contínuo. Em algumas funções, po­
17 mêses. Não deve a mãe preocupar-se por que a
dem distinguir·se etapas claramente delimitadas. Há,
criança manifestará, pelo chôro, à proporção que elas.
choques ambientais, e também choques físicos, que
aparecem. Só depois que ela vencer os obstáculos.
modificam a linha normal do desenvolvimento. Al­
é que deixará de chorar. Então, terá capacidade de
gumas mudanças súbitas podem ser explicadas na
agir por conta própria, o que será o fundamento da
existência de um grande número de pequenas mu­
segurança em si mesma. O auxilio dos pais deve ser
danças .inadvertidas até então. discreto e hábil. Deve auxiliar a canalização das
energias da criança, não resistir ao desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA CRIANÇA - Em­
bora seja uma banalidade, há muitos que julgam que das mesmas. Deve facilitar que a criança realize por
tôdas as crianças são iguais, o que é um êrro de gra­ suas próprias fôrças o que lhe cabe fazer. O princi­
ves conseqüências, porque esquecem que elas mani­ pal é permitir que desenvolva a vontade própria.
nfastando os obstáculos com habilidade.

)
festam sensibilidade diferentes, diferentes manifesta­
ções afetivas, e também um desenvolvimento intelec. DESINTERIA BACILAR - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap ..
tual bem distinto. Desde o principio, tanto os pais § 5.
como os mestres, tendem a notar as características
próprias de cada criança. Realmente, tôdas revelam, '
DESMAIOS - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 9.
no seu desenvolvimento, aspectos invariantes, co­
DESMAME - Vide Puericultura - 7.0 cap., § 4.
muns a tôdas elas, mas, a par disto, aspectos valian­
tes, peculiares a cada uma. Por isto as regras gerais DESNUDEZ ( hábito de tirar a roupa) - Há pais que ex-
têm uma parte relativa e uma parte absoluta. Algu­ tremamente se preocupam quando o filho fica sem
mas crianças revelam as suas diferenças, desde que roupa ante outros, julgando que tal é uma falta com­
nascem e outras no seu desenvolvimento. Umas ou­ pleta de pudor; outros, por sua vez, acham graça, e
vem música, manifestando agradabilidade, outras as­ não dão a mínima importância. Naturalmente, que
sustam-se com os sons altos. Também, o ritmo do é preciso uma atitude intermediária entre estas duas
crescimento das crianças varia de uma para outras. posições.
Há certos estágios, que sobrevêm tardiamente, nem
sempre devem êles preocupar os pais, como, por A experiência demonstra ser preferível que as
exemplo, a fala, que se manifesta aos dois anos de crianças conheçam de maneira natural a diferença se­
idade. Pode esta deficiência ser motivada por defei­ xual entre o menino e a menina, vendo-se desde pe­
tos orgânicos, mas muitas vêzes não o é. Há crian- quenos, com naturalidade, quando se encontrem nus.

- 166 - - 167 -
A criança, que demonstra pudor e uma modéstia na­ 2.0) Não fazer os deveres do filho, nem o obrigue
tural, não deve ser obrigada a tirar a roupa, e, sim, a fazê-los segundo sua maneira pessoal.

4 .0)
deixá-la por si só, pois encontrará o justo meio.
Não usar nunca os deveres escolares como cas­
DESNUTRIÇAO Uma pessoa está mal nutrida ou des­
- tigo.
nutrida, quando existe deficiência no alimento. ne­
5.0) Não utilizá-los como um meio de manter a cri­
cessário para manter a saúde e a vida, ou quando a
ança ocupada e, sim, para que encontre nêles
alimentação carece dos princípios alimentícios ne­
agradabilidade, e os aproveite ao máximo.
cessários a um bom funcionamento e desenvolvimen­
to do organismo ( alimentação pobre). DEVOTAMENTO -a) Devotar vem do lat devotere,
.

prestar voto, consagrar, dedicar algo em sacrifício a


Hoje em dia as pais têm maiores possibilidades
alguém, sobretudo aos mortos, a potências superio­
de saber quais alimentos são mais necessários, e real­
res.
mente proveitosos para a criança em tenra idade, e
na fase escolar. Nas zonas rurais, tal conhecimento b ) Empregado, sobretudo, no sentido da capa­
só pertence a um número reduzido, e a maioria não cidade de sacrifício pessoal, inclusive da própria vi­
tem possibilidade de suprir as faltas do organismo. da em benefício de outro ou outros. Vide Abnega­
ção.
É preciso consultar-se o médico quando se veja
que o pêso, a estatura ou o semblante da criança de­ c ) Dá-se, também, a tôda e qualquer prestação
notam algum sintoma de desnutrição, como a côr de serviço, quando há plena boa vontade e certo de­
amarelada, expressão cansada e desanimada, falta sinterêsse, ou por plena benevolência.
de atividade física, cansaços repentinos sem causa;
O devotamento é, assim, gradativo, e uma mani­
sono perturbado, etc.
festação virtuosa, subordinada à virtude cardeal da
DESTRUTIVIDADE - É natural que a criança quebre fortaleza. Vide Cardeais ( Virtude ) .
coisas, o que não é indício de um instinto de destru·
DIABETES - É muito raro encontrarem-se crianças dia­
tividade. A criança que, intencionalmente, destrói
béticas. Acredita-se que exista predisposição here­
suas coisas ou a dos outros, expressa um sentimento
ditária, quer dizer, os pais transmitem aos filhos a
confuso, que não pode ser dominado. Isto pode dar
predisposição a esta enfermidade. As suas causas
-se devido a uma cólera passageira. Muitns crlnn

I
ças sofrem tantas restrições, quo so vllom ohi'I"IICir\�
fundamentais são até agora ignoradas. Sabe-se que

a quebrar alguma coisa para clomonAt rnr quo P<>l-il-ltu•n•


nos enfermos o pâncreas não segrega a quantidade su­

um carácter próprio c incltvtc l un l .


ficiente do. hormônio chamado "insulina" para quei­
mar os carbohidratos. O açúcar acumula-se, portan­
DEVERES E ESTUDO E M <:ASA 1\ t n t dn• to, no sangue, e é eliminado pela urina, sem propor­
<Iições) são parto do trn hnl ho psc•nlur, que cionar a energia necessária ao corpo. Os sintomas
fora da aula, o cstt\ soh n n•spon•.nh l l l! h u lt do pul'l mais freqüentes são: perda de pêso, apesar de co­
�stes deveres stio importnnt c•� I' n.ltllllllll, c 1 1 1 J'IIIIHk mer muito; os transtôrnos ópticos e dores muscula­

parte, a desenvo vor o Ront1clo ch� l'llhpomlnhllltlrulu. res nas pernas; sêde excessiva, freqüentes micções, ou
em quantidades excessivas, retrocesso à micção no­
É importante quo os pai� �f�11111 dntc•r•ttrltHu lm. turna involuntária, etc.
normas para o bom aprovd tnuwnt o ciH� ll�·uo. t•�·<·oht
res. Assim: O tratamento médico inclui a estrita sujeição a
uma dieta; injeção periódica de "insulina", e regular
J .u ) As crianças devem diHpor dt> um lu�:m llfli'OJldn o exercfcio segundo a sua dose. É preciso muita
do para os seus trabalhos, <'HLudcm t hrlttqut•clo�. fôrça de vontade por parte dos filhos e dos pais pa­
um armáriv pera guarc.ló. los, o umn lllC''{It oncle ra que não rompam com a dieta imposta pelo mé­
possam fazer os deveres oscoln rmt dico.

- 168 - - 169 -
A criança, que demonstra pudor e uma modéstia na­ 2.0) Não fazer os deveres do filho, nem o obrigue
tural, não deve ser obrigada a tirar a roupa, e, sim, a fazê-los segundo sua maneira pessoal.

4 .0)
deixá-la por si só, pois encontrará o justo meio.
Não usar nunca os deveres escolares como cas­
DESNUTRIÇAO Uma pessoa está mal nutrida ou des­
- tigo.
nutrida, quando existe deficiência no alimento. ne­
5.0) Não utilizá-los como um meio de manter a cri­
cessário para manter a saúde e a vida, ou quando a
ança ocupada e, sim, para que encontre nêles
alimentação carece dos princípios alimentícios ne­
agradabilidade, e os aproveite ao máximo.
cessários a um bom funcionamento e desenvolvimen­
to do organismo ( alimentação pobre). DEVOTAMENTO -a) Devotar vem do lat devotere,
.

prestar voto, consagrar, dedicar algo em sacrifício a


Hoje em dia as pais têm maiores possibilidades
alguém, sobretudo aos mortos, a potências superio­
de saber quais alimentos são mais necessários, e real­
res.
mente proveitosos para a criança em tenra idade, e
na fase escolar. Nas zonas rurais, tal conhecimento b ) Empregado, sobretudo, no sentido da capa­
só pertence a um número reduzido, e a maioria não cidade de sacrifício pessoal, inclusive da própria vi­
tem possibilidade de suprir as faltas do organismo. da em benefício de outro ou outros. Vide Abnega­
ção.
É preciso consultar-se o médico quando se veja
que o pêso, a estatura ou o semblante da criança de­ c ) Dá-se, também, a tôda e qualquer prestação
notam algum sintoma de desnutrição, como a côr de serviço, quando há plena boa vontade e certo de­
amarelada, expressão cansada e desanimada, falta sinterêsse, ou por plena benevolência.
de atividade física, cansaços repentinos sem causa;
O devotamento é, assim, gradativo, e uma mani­
sono perturbado, etc.
festação virtuosa, subordinada à virtude cardeal da
DESTRUTIVIDADE - É natural que a criança quebre fortaleza. Vide Cardeais ( Virtude ) .
coisas, o que não é indício de um instinto de destru·
DIABETES - É muito raro encontrarem-se crianças dia­
tividade. A criança que, intencionalmente, destrói
béticas. Acredita-se que exista predisposição here­
suas coisas ou a dos outros, expressa um sentimento
ditária, quer dizer, os pais transmitem aos filhos a
confuso, que não pode ser dominado. Isto pode dar
predisposição a esta enfermidade. As suas causas
-se devido a uma cólera passageira. Muitns crlnn

I
ças sofrem tantas restrições, quo so vllom ohi'I"IICir\�
fundamentais são até agora ignoradas. Sabe-se que

a quebrar alguma coisa para clomonAt rnr quo P<>l-il-ltu•n•


nos enfermos o pâncreas não segrega a quantidade su­

um carácter próprio c incltvtc l un l .


ficiente do. hormônio chamado "insulina" para quei­
mar os carbohidratos. O açúcar acumula-se, portan­
DEVERES E ESTUDO E M <:ASA 1\ t n t dn• to, no sangue, e é eliminado pela urina, sem propor­
<Iições) são parto do trn hnl ho psc•nlur, que cionar a energia necessária ao corpo. Os sintomas
fora da aula, o cstt\ soh n n•spon•.nh l l l! h u lt do pul'l mais freqüentes são: perda de pêso, apesar de co­
�stes deveres stio importnnt c•� I' n.ltllllllll, c 1 1 1 J'IIIIHk mer muito; os transtôrnos ópticos e dores muscula­

parte, a desenvo vor o Ront1clo ch� l'llhpomlnhllltlrulu. res nas pernas; sêde excessiva, freqüentes micções, ou
em quantidades excessivas, retrocesso à micção no­
É importante quo os pai� �f�11111 dntc•r•ttrltHu lm. turna involuntária, etc.
normas para o bom aprovd tnuwnt o ciH� ll�·uo. t•�·<·oht
res. Assim: O tratamento médico inclui a estrita sujeição a
uma dieta; injeção periódica de "insulina", e regular
J .u ) As crianças devem diHpor dt> um lu�:m llfli'OJldn o exercfcio segundo a sua dose. É preciso muita
do para os seus trabalhos, <'HLudcm t hrlttqut•clo�. fôrça de vontade por parte dos filhos e dos pais pa­
um armáriv pera guarc.ló. los, o umn lllC''{It oncle ra que não rompam com a dieta imposta pelo mé­
possam fazer os deveres oscoln rmt dico.

- 168 - - 169 -
DIARRÉIA - Vide Puericultura - 6." cap., § 6. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS - Os professores e pais
sabem que não existem duas crianças iguais. Daí
DIDATICA - a) Do gr. didaktikôs de didaskôs, que sig­
que, apesar das crianças seguirem uma mesma nor-­
nifica ensinar, instruir. Didática, portanto, é o ramo
ma de crescimento e desenvolvimento, nenhuma res­
da educação que estuda os métodos mais eficientes
ponde a uma mesma identidade nem exatamente a
para instruir.
uma mesma forma.
b ) Na Teologia e na Religião, emprega-se êste
A causa, pela qual os indivíduos diferem entre sí,
têrmo no sentido de instrução nos fundamentos da
foi explicada de maneiras variadas. A herança, expli­
doutrina religiosa em oposição à catequética (Vide )
ca, por sua vez, algumas delas. A forma do cresci­
DIETA ( submeter-se a uma ) - É freqüente à jovem ou mento e a proporção de um indivíduo dependem de
ao jovem, ao chegarem à adolescência, submeterem-se condições, tais como a nutrição, sol, ausência de en­
a uma dieta para perder pêso. A dieta deve sempre fermidades etc. O crescimento e desenvolvimento
estar supervisionada pelo médico, pois ela tem de ser de um indivíduo estão sob a constante influência das
feita segundo as necessidades do jovem, sem que per­ condições externas e também de suas próprias expe­
ca a saúde durante êste período crítico de cresci­ riências e atividades.
mento.
DIFERENÇAS SEXUAIS -Além das características se­
DIETA LIGEIRA - Durante o período de alguma enfer­
xuais primárias, presentes no nascimento, e das se­
midade é comum que o médico recomende uma leve
dieta. Ê preciso que seja levada a sério, pois dela
cundárias, que se desenvolvem na puberdade, certas

dependerá, em grande parte, o pronto restabelecimen·


diferenças fisiológicas entre o menino e a menina se
to do enfêrmo. Em geral, os médicos querem dizer fazem presentes desde a infância. É comum que os
por uma "dieta leve" aquela que consta de leite, su bebês de sexo masculino pesem mais que os do sexo
co de frutas, verduras fervidas, ovos passados por feminino. Em geral, na infância, os meninos demons­
água quente ou escaldados, frangos tenros, caldos, tram mais atividade e predisposição aos exercícios
gelatina, torradas, etc. físicos do que as meninas. Na adolescência se di­
ferenciarão mais acentuadamente.
DIETAS ESPECIAIS - Em certos casos, o médico pro/i
creve uma dieta determinada, e cabe uos puiK n con
DIFICULDADES DE DICÇAO - Entre os dois e cinco
trôle para que seja levada a efeito. A auhmlKHúo d•
anos, aparecem, com mais freqüência, as dificulda­
uma criança a uma dieta ni\o ó ra\dl, ., n mbt c luvu •
des de dicção. Em geral elas desaparecem, e é acon­
procurar evitar a tentação do corl<>H ulluwnlmt wol
bidos. Assim ela devo imr:or o Bt'Httlnto:
selhável · que não seja dado muita atenção à fonna
errada de falar pela criança.
a > Não deixar ao alcanco dtl crlnnçn c.locoli ou
A maípria da� dificuldades de rucção provêm
algum alimento "proibido".
de experiências não afortunadas, feitas ao apreender
b) Se a criança pede alguma coisa fora de hora, a falar. Chamar a atenção da criança, corrigindo-a
ter sempre prontos, frutas sêcas, ou suco de frutas, constantemente, castigando-a, envergonhando-a, são
ou qualquer outro alimento permitido. maneiras de correção erradas, que só produzirão
c) Nos domingos e feriados, mudar o menu com maior inquietação e irão ajudar a aumentar a difi­
pratos apetecíveis e cujos ingredientes estejam in­ culdade já manifestada pela criança. A correção de­
cluídos na dieta. ve ser paciente e tentar fazer a criança tornar-se

Não há motivo para colocar tôda a familia em


consciente dos seus esforços.

dieta, mas deve-se procurar não fazer pratos atrati­ É aconselhável falar com a criança com vagar
vos, nem comentar exageradamente sôbre a dieta e clareza, de forma que as consoantes sejam bem pr()­
diante da criança. nunciadas.

- 170 - - 17 1 -
DIARRÉIA - Vide Puericultura - 6." cap., § 6. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS - Os professores e pais
sabem que não existem duas crianças iguais. Daí
DIDATICA - a) Do gr. didaktikôs de didaskôs, que sig­
que, apesar das crianças seguirem uma mesma nor-­
nifica ensinar, instruir. Didática, portanto, é o ramo
ma de crescimento e desenvolvimento, nenhuma res­
da educação que estuda os métodos mais eficientes
ponde a uma mesma identidade nem exatamente a
para instruir.
uma mesma forma.
b ) Na Teologia e na Religião, emprega-se êste
A causa, pela qual os indivíduos diferem entre sí,
têrmo no sentido de instrução nos fundamentos da
foi explicada de maneiras variadas. A herança, expli­
doutrina religiosa em oposição à catequética (Vide )
ca, por sua vez, algumas delas. A forma do cresci­
DIETA ( submeter-se a uma ) - É freqüente à jovem ou mento e a proporção de um indivíduo dependem de
ao jovem, ao chegarem à adolescência, submeterem-se condições, tais como a nutrição, sol, ausência de en­
a uma dieta para perder pêso. A dieta deve sempre fermidades etc. O crescimento e desenvolvimento
estar supervisionada pelo médico, pois ela tem de ser de um indivíduo estão sob a constante influência das
feita segundo as necessidades do jovem, sem que per­ condições externas e também de suas próprias expe­
ca a saúde durante êste período crítico de cresci­ riências e atividades.
mento.
DIFERENÇAS SEXUAIS -Além das características se­
DIETA LIGEIRA - Durante o período de alguma enfer­
xuais primárias, presentes no nascimento, e das se­
midade é comum que o médico recomende uma leve
dieta. Ê preciso que seja levada a sério, pois dela
cundárias, que se desenvolvem na puberdade, certas

dependerá, em grande parte, o pronto restabelecimen·


diferenças fisiológicas entre o menino e a menina se
to do enfêrmo. Em geral, os médicos querem dizer fazem presentes desde a infância. É comum que os
por uma "dieta leve" aquela que consta de leite, su bebês de sexo masculino pesem mais que os do sexo
co de frutas, verduras fervidas, ovos passados por feminino. Em geral, na infância, os meninos demons­
água quente ou escaldados, frangos tenros, caldos, tram mais atividade e predisposição aos exercícios
gelatina, torradas, etc. físicos do que as meninas. Na adolescência se di­
ferenciarão mais acentuadamente.
DIETAS ESPECIAIS - Em certos casos, o médico pro/i
creve uma dieta determinada, e cabe uos puiK n con
DIFICULDADES DE DICÇAO - Entre os dois e cinco
trôle para que seja levada a efeito. A auhmlKHúo d•
anos, aparecem, com mais freqüência, as dificulda­
uma criança a uma dieta ni\o ó ra\dl, ., n mbt c luvu •
des de dicção. Em geral elas desaparecem, e é acon­
procurar evitar a tentação do corl<>H ulluwnlmt wol
bidos. Assim ela devo imr:or o Bt'Httlnto:
selhável · que não seja dado muita atenção à fonna
errada de falar pela criança.
a > Não deixar ao alcanco dtl crlnnçn c.locoli ou
A maípria da� dificuldades de rucção provêm
algum alimento "proibido".
de experiências não afortunadas, feitas ao apreender
b) Se a criança pede alguma coisa fora de hora, a falar. Chamar a atenção da criança, corrigindo-a
ter sempre prontos, frutas sêcas, ou suco de frutas, constantemente, castigando-a, envergonhando-a, são
ou qualquer outro alimento permitido. maneiras de correção erradas, que só produzirão
c) Nos domingos e feriados, mudar o menu com maior inquietação e irão ajudar a aumentar a difi­
pratos apetecíveis e cujos ingredientes estejam in­ culdade já manifestada pela criança. A correção de­
cluídos na dieta. ve ser paciente e tentar fazer a criança tornar-se

Não há motivo para colocar tôda a familia em


consciente dos seus esforços.

dieta, mas deve-se procurar não fazer pratos atrati­ É aconselhável falar com a criança com vagar
vos, nem comentar exageradamente sôbre a dieta e clareza, de forma que as consoantes sejam bem pr()­
diante da criança. nunciadas.

- 170 - - 17 1 -
valor excessivo, tampouco se pode desmerecê-lo, já
o balbuciar, repetir ou prolongar sílabas ou sons
que a viàa, em que vivemos, lhe dá um sentido tão
(conhecido comumente por gaguejar) é muito co­
elevado. Quando as crianças percebem o valor que
mum nos primeiros anos de vida. As causas são vá·
tem, começam a pedi-lo, porque sabem que, por meio
rias, e é preciso ter-se paciência, e não afobar nem
_ dêle, podem adquirir as coisas que apetecem. Mui­
tos pais dão aos filhos o dinheiro, e o dão de bom
corrigir demasiado a criança. Se ela persiste du·
rante a fase escolar, é preciso dar maior atenção e
gôsto. Contudo, deveriam fazer-lhes ver que o di­
procurar verificar a ocasião em que ela se manifes·
nheiro é alguma coisa que se ganha, é alguma coisa
ta com mais intensidade, para ajudá-la a vencer tal
que se obtém à custa de alguma onerosidade, de um
dificuldade.
sacrifício, de um esfôrço, não só para que aquilatem
DIFTERIA ( crupe) - A difteria, ou popularmente, crupe, o seu verdadeiro significado, como, também, para
apresenta-se, nos casos mais graves, com uma respi­ que lhe dêem o devido valor, pois o homem dá valor
ração dolorosa, rouca, afundando-se o peito ao res­ às coisas à proporção que elas lhe custam mais. Co­
pirar. A criança com difteria precisa da presença mo não se pode, contudo, fazer a criança ganhar o
do médico e de seus cuidados. Enquanto espera por dinheiro pelos meios que a nossa economia propor­
êle, é preciso mantê-la num quarto quente, onde pos­ ciona, temos de dar-lhe assim mesmo. Apesar de
sa respirar ar quente e úmido ( inalações de vapor ) . tudo, porém, é possível estabelecerem-se algumas re­
gras, para que possa ter um significado sério. Em
O ar frio agrava o estado da criança, daí ser pre­
ciso manter o quarto sempre quente e úmido. O úni· primeiro lugar, é mister mostrar-lhe que o dinheiro
co tratamento é o sôro antidiftérico. Vide Pueri· dado é algo que custa aos pais obter, e que é dado
cultura - 1 1 .0 cap., § 4. para seus gastos, mas em sacrifício do esfôrço que
os pais empregam. É natural, que, considerando as­
DIFICULDADES NA LEITURA - Vide Leitura. sim, a criança respeite o que deve ser respeitado.
DILATADOS - Vide Temperamento. Mostrando-se-lhe que amanhã, quando adulto, ela te­
rá de obtê-lo pelo seu trabalho, comprenderão aos
DILUENTE (imaginação ) - < Psic . ) - Têrmo emprogn­ poucos o sentido que os pais lhe dão, e respeitarão o
do por Ribot em oposição à imaginação crhulom, que lhes dá, como algo que custou aos pais um es­
para indicar a imaginação plástica, que cmprrAn c:cm·
fôrço. Por isso, é aconselhável aos pais dar uma me­
tomos vagos, móveis, imprecisos, como PXJH'«•t�s li'"
E a razão é muito simples: se dão
emocionais e os ordena de mnnolm :-.uhjcll'l I v•� 1 nlw·
sada aos filhos.

tiva. Muito comum nn tu·tt·, HOIH"tlltHIII 1 11 1 mutclt-J,,


em pequenas parcelas, não compreende a criança o
valor que o mesmo tem. Mas dando-lhe uma deter­
DJNHEIRO E A CRIANÇA - lJ111 doK puulor uml� 1111· minada parcela, para ser usada num certo período
portantes na cducnc;ao ela c:rhtlu.:n t•on'411il«' ou1 chu· n (uma mesada, por exemplo ) , sabe que deve regular
esta uma noçfto clnm do quu Hlt:ull lc-n u clllllllllt·o, HU os seus gastos dentro daquele período, porque a
bretudo numa soclcdndu c.·mno n om quo vJvomos, criança só o irá exigir quando já atingiu um grau ca­
em que a economtu uvn:;suln •� vida HoC'Iul. A crhm· paz de conhecer a diferença de tempo e de regulá-lo,
ça, naturalmente, nao pode tor uo dlnhoiro umn no· dentro de uma certa quantidade. É certo que essa
ção clara, nem do sou nlcunco vordndoiro. Assjm co· mesada será proporcionada às possibilidades finan­
mo se deve ensinnr n CJ'lo.nçn st usar um o.parclho, o. ceiras dos pais, e nunca deve ser exagerada, mesmo
atravessar uma ruu, devo se, também, ensiná-la o. que tal seja possível àquêles, pois não é conveniente
usar o dinheiro. Nu época moderno., tomou essa fi· facilitar gastos imprevisíveis, excessivos, · que leva os
gura econômica um sentido oxugoruclo, tnmsforman· filhos a se tornarem perdulários. Se é possível li­
gar a mesada não só quanto às possibilidades dos
do-se em simbolo do poder socin.l, do prostfglo, o quo
é de graves e maléficas consoqUOnclns. tJrna �:�upcr­
pais, mas, também, ao cumprimento dos filhos por
-valorização da moeda tem levado o. mn.los incontrolá-­
parte de seus deveres, é uma norma aconselhada por
veis. Do mesmo modo que nüo se Jho pode dar wn
- 173 -
- 172 -
valor excessivo, tampouco se pode desmerecê-lo, já
o balbuciar, repetir ou prolongar sílabas ou sons
que a viàa, em que vivemos, lhe dá um sentido tão
(conhecido comumente por gaguejar) é muito co­
elevado. Quando as crianças percebem o valor que
mum nos primeiros anos de vida. As causas são vá·
tem, começam a pedi-lo, porque sabem que, por meio
rias, e é preciso ter-se paciência, e não afobar nem
_ dêle, podem adquirir as coisas que apetecem. Mui­
tos pais dão aos filhos o dinheiro, e o dão de bom
corrigir demasiado a criança. Se ela persiste du·
rante a fase escolar, é preciso dar maior atenção e
gôsto. Contudo, deveriam fazer-lhes ver que o di­
procurar verificar a ocasião em que ela se manifes·
nheiro é alguma coisa que se ganha, é alguma coisa
ta com mais intensidade, para ajudá-la a vencer tal
que se obtém à custa de alguma onerosidade, de um
dificuldade.
sacrifício, de um esfôrço, não só para que aquilatem
DIFTERIA ( crupe) - A difteria, ou popularmente, crupe, o seu verdadeiro significado, como, também, para
apresenta-se, nos casos mais graves, com uma respi­ que lhe dêem o devido valor, pois o homem dá valor
ração dolorosa, rouca, afundando-se o peito ao res­ às coisas à proporção que elas lhe custam mais. Co­
pirar. A criança com difteria precisa da presença mo não se pode, contudo, fazer a criança ganhar o
do médico e de seus cuidados. Enquanto espera por dinheiro pelos meios que a nossa economia propor­
êle, é preciso mantê-la num quarto quente, onde pos­ ciona, temos de dar-lhe assim mesmo. Apesar de
sa respirar ar quente e úmido ( inalações de vapor ) . tudo, porém, é possível estabelecerem-se algumas re­
gras, para que possa ter um significado sério. Em
O ar frio agrava o estado da criança, daí ser pre­
ciso manter o quarto sempre quente e úmido. O úni· primeiro lugar, é mister mostrar-lhe que o dinheiro
co tratamento é o sôro antidiftérico. Vide Pueri· dado é algo que custa aos pais obter, e que é dado
cultura - 1 1 .0 cap., § 4. para seus gastos, mas em sacrifício do esfôrço que
os pais empregam. É natural, que, considerando as­
DIFICULDADES NA LEITURA - Vide Leitura. sim, a criança respeite o que deve ser respeitado.
DILATADOS - Vide Temperamento. Mostrando-se-lhe que amanhã, quando adulto, ela te­
rá de obtê-lo pelo seu trabalho, comprenderão aos
DILUENTE (imaginação ) - < Psic . ) - Têrmo emprogn­ poucos o sentido que os pais lhe dão, e respeitarão o
do por Ribot em oposição à imaginação crhulom, que lhes dá, como algo que custou aos pais um es­
para indicar a imaginação plástica, que cmprrAn c:cm·
fôrço. Por isso, é aconselhável aos pais dar uma me­
tomos vagos, móveis, imprecisos, como PXJH'«•t�s li'"
E a razão é muito simples: se dão
emocionais e os ordena de mnnolm :-.uhjcll'l I v•� 1 nlw·
sada aos filhos.

tiva. Muito comum nn tu·tt·, HOIH"tlltHIII 1 11 1 mutclt-J,,


em pequenas parcelas, não compreende a criança o
valor que o mesmo tem. Mas dando-lhe uma deter­
DJNHEIRO E A CRIANÇA - lJ111 doK puulor uml� 1111· minada parcela, para ser usada num certo período
portantes na cducnc;ao ela c:rhtlu.:n t•on'411il«' ou1 chu· n (uma mesada, por exemplo ) , sabe que deve regular
esta uma noçfto clnm do quu Hlt:ull lc-n u clllllllllt·o, HU os seus gastos dentro daquele período, porque a
bretudo numa soclcdndu c.·mno n om quo vJvomos, criança só o irá exigir quando já atingiu um grau ca­
em que a economtu uvn:;suln •� vida HoC'Iul. A crhm· paz de conhecer a diferença de tempo e de regulá-lo,
ça, naturalmente, nao pode tor uo dlnhoiro umn no· dentro de uma certa quantidade. É certo que essa
ção clara, nem do sou nlcunco vordndoiro. Assjm co· mesada será proporcionada às possibilidades finan­
mo se deve ensinnr n CJ'lo.nçn st usar um o.parclho, o. ceiras dos pais, e nunca deve ser exagerada, mesmo
atravessar uma ruu, devo se, também, ensiná-la o. que tal seja possível àquêles, pois não é conveniente
usar o dinheiro. Nu época moderno., tomou essa fi· facilitar gastos imprevisíveis, excessivos, · que leva os
gura econômica um sentido oxugoruclo, tnmsforman· filhos a se tornarem perdulários. Se é possível li­
gar a mesada não só quanto às possibilidades dos
do-se em simbolo do poder socin.l, do prostfglo, o quo
é de graves e maléficas consoqUOnclns. tJrna �:�upcr­
pais, mas, também, ao cumprimento dos filhos por
-valorização da moeda tem levado o. mn.los incontrolá-­
parte de seus deveres, é uma norma aconselhada por
veis. Do mesmo modo que nüo se Jho pode dar wn
- 173 -
- 172 -
muitos pedagogos, que não deve ser desmerecida. das normas justas do bem proceder, não só é um es­
As mesadas devem começar em base baixa e ir au· cândalo, como também servem de exemplo para dis·
mentando à proporção que a criança cresce. Por ou­ solver as normas mais justas. É mister que tendo
tro lado ( e isso é de máxima importância ) é mister os pais uma noção clara da nossa realidade, regulem
mostrar a conveniência da poupança, para que a cri· suas normas dentro das experiências dolorosas que
ança possa adquirir por si, o que deseja de custo todos nós vivemos.
mais elevado, pois dará imenso valor ao que adquirirá
Devem os pais fazer ver aos filhos as dificulda­
depois. Tôdas essas práticas têm ainda a vantagem
des econômicas de que a nossa vida está cheia, com
de regularizar as despesas, e dar um sentido de res­
o cuidado, porém, de não lhes dar idéias obsessivas
ponsabilidade e de confiança em si mesma. Há pais
sôbre as mesmas, a ponto de perturbar-lhes a mente.
que organizam até dentro de uma mesada as despe­
Evitar o pânico é importantíssimo, mas falsear a ver­
zas extras da criança, pagamento de anuidades cole­
dade seria ainda pior, dadas as conseqüências malé­
giais, roupas, livros etc. Essa prática, sendo bem
orientada, tem dado bons resultados. Contudo, há
ficas que daí decorreriam.

casos excepcionais. Há crianças que revelam des­ DIREITOS DA CRIANÇA - Com o crescente desenvolvi·
de os primeiros tempos uma capacidade a poupar menta de técnicas e estudos sõbre a educação infan·
em seus gastos, outras em ser imprevidentes, e em til necessitou-se dar uma nova formulação aos fins
gastarem mais do que podem, desregulando as suas ccncretos e ideais que fOssem praticáveis neste ter­
nonnas financeiras. ·�sses casos devem ser estuda­ reno. Durante várias gerações se dispôs de concei­
dos particularmente, e essa a razão por que é difícil tos adequados, mas com a recompilação rápida de
darem-se normas gerais, aplicáveis a todos. Há cer­ valiosas observações e de uma ampla experiência
tos defeitos de educação que não podem ser fàcil­ necessitou-se de uma exposição autorizada de tais
mente desenraigados. A presença dos pais, os cons­ fins e ideais, com preferência procedentes dos cír·
tantes conselhos, uma critica construtiva são du culos governamentais.
grande valia aqui, pois podem os pais cooperar para
A Declaração de Genebra - Depois da primeira
que os filhos se tornam ordenados em seus gastos o
Grande Guerra, surgiu a idéia de elaborar-se uma Car­
construam uma visão clara da. moeda.
ta da Criança com a finalidade de despertar nos ho­
mens a consciência dos direitos da infância, e em
transformar as leis e costumes a seu favor.

l
Em_ 1922, Englantine Jebb, num breve documen­
to, enunciou as bases da "Declaração dos Direitos da
Criança", cuja redação definitiva, conhecida com o
nome de "Declaração de Genebra", foi aprovada por
unanimidade, em 1924, pela Quinta Assembléia da
Sociedade das Nações. Diz seu texto:

"Pela presente Declaração dos Direitos da Crian­


ça, os homens e as mulheres de todos os países r�
Outra prática muito u�udH •cln • • 't'I IIIIJit uRm•
tl
conhecem que a Humanidade deve dar à criança o
em função da rcalizuçao do tl1 v c n • I 1 H J l l lll h"n

que ela tem de melhor; afirmam seus deveres à mar­
é benéfica sob vários aspt•<•tot4. 1 v• nhuh c a 1 11 t uctu
gem de tôda consideração de raça, nacionalidade e

devemos cumprir nossoH dt vu n•tt, 1 1 111 1 v• 1 c ltu lu, crença:

também, que o exemplo do ta�tcm diHtmlvt•ull , l'llluu I - A criança deve ser posta em condições de
o de afortunados quo nüo eultlJH'otu o Htlll <h v��r, t desenvolver-se de maneira normal, material e espiri­
ao contrário são premiados h propor�hu quo ruHom tualmente.

- 174 .- - 175 -
muitos pedagogos, que não deve ser desmerecida. das normas justas do bem proceder, não só é um es­
As mesadas devem começar em base baixa e ir au· cândalo, como também servem de exemplo para dis·
mentando à proporção que a criança cresce. Por ou­ solver as normas mais justas. É mister que tendo
tro lado ( e isso é de máxima importância ) é mister os pais uma noção clara da nossa realidade, regulem
mostrar a conveniência da poupança, para que a cri· suas normas dentro das experiências dolorosas que
ança possa adquirir por si, o que deseja de custo todos nós vivemos.
mais elevado, pois dará imenso valor ao que adquirirá
Devem os pais fazer ver aos filhos as dificulda­
depois. Tôdas essas práticas têm ainda a vantagem
des econômicas de que a nossa vida está cheia, com
de regularizar as despesas, e dar um sentido de res­
o cuidado, porém, de não lhes dar idéias obsessivas
ponsabilidade e de confiança em si mesma. Há pais
sôbre as mesmas, a ponto de perturbar-lhes a mente.
que organizam até dentro de uma mesada as despe­
Evitar o pânico é importantíssimo, mas falsear a ver­
zas extras da criança, pagamento de anuidades cole­
dade seria ainda pior, dadas as conseqüências malé­
giais, roupas, livros etc. Essa prática, sendo bem
orientada, tem dado bons resultados. Contudo, há
ficas que daí decorreriam.

casos excepcionais. Há crianças que revelam des­ DIREITOS DA CRIANÇA - Com o crescente desenvolvi·
de os primeiros tempos uma capacidade a poupar menta de técnicas e estudos sõbre a educação infan·
em seus gastos, outras em ser imprevidentes, e em til necessitou-se dar uma nova formulação aos fins
gastarem mais do que podem, desregulando as suas ccncretos e ideais que fOssem praticáveis neste ter­
nonnas financeiras. ·�sses casos devem ser estuda­ reno. Durante várias gerações se dispôs de concei­
dos particularmente, e essa a razão por que é difícil tos adequados, mas com a recompilação rápida de
darem-se normas gerais, aplicáveis a todos. Há cer­ valiosas observações e de uma ampla experiência
tos defeitos de educação que não podem ser fàcil­ necessitou-se de uma exposição autorizada de tais
mente desenraigados. A presença dos pais, os cons­ fins e ideais, com preferência procedentes dos cír·
tantes conselhos, uma critica construtiva são du culos governamentais.
grande valia aqui, pois podem os pais cooperar para
A Declaração de Genebra - Depois da primeira
que os filhos se tornam ordenados em seus gastos o
Grande Guerra, surgiu a idéia de elaborar-se uma Car­
construam uma visão clara da. moeda.
ta da Criança com a finalidade de despertar nos ho­
mens a consciência dos direitos da infância, e em
transformar as leis e costumes a seu favor.

l
Em_ 1922, Englantine Jebb, num breve documen­
to, enunciou as bases da "Declaração dos Direitos da
Criança", cuja redação definitiva, conhecida com o
nome de "Declaração de Genebra", foi aprovada por
unanimidade, em 1924, pela Quinta Assembléia da
Sociedade das Nações. Diz seu texto:

"Pela presente Declaração dos Direitos da Crian­


ça, os homens e as mulheres de todos os países r�
Outra prática muito u�udH •cln • • 't'I IIIIJit uRm•
tl
conhecem que a Humanidade deve dar à criança o
em função da rcalizuçao do tl1 v c n • I 1 H J l l lll h"n

que ela tem de melhor; afirmam seus deveres à mar­
é benéfica sob vários aspt•<•tot4. 1 v• nhuh c a 1 11 t uctu
gem de tôda consideração de raça, nacionalidade e

devemos cumprir nossoH dt vu n•tt, 1 1 111 1 v• 1 c ltu lu, crença:

também, que o exemplo do ta�tcm diHtmlvt•ull , l'llluu I - A criança deve ser posta em condições de
o de afortunados quo nüo eultlJH'otu o Htlll <h v��r, t desenvolver-se de maneira normal, material e espiri­
ao contrário são premiados h propor�hu quo ruHom tualmente.

- 174 .- - 175 -
II - A criança esfomeada deve ser alimentada; Biologia. A educação - que ainda não chegou ao
a criança enferma deve ser cuidada; o retardado d� melhor - não pode ser imutável nem rígida, porque
ve ser estimulado; o extraviado deve ser conduzido; a sociedade tampouco o é.
o órfão e o abandonado devem ser recolhidos e so­
corridos. 3 ) Tôda a criança tem direit o a fazer para sa­
ber, a ser descobridor e criador. Sendo a criança
III - A criança deve ser a primeida em receber um organismo fundamentalmente ativo, a escola de­
socorros em épocas de calamidade. ve dar-lhe oportunidades para que alcance o máximo
desenvolvimento ativo de sua personalidade e de
IV - A criança deve ser dotada de meios com
suas disposições, e logre a capacidade para superar-se.
que ganhar sua vida e deve ser protegida contra tôda
·

exploração. 4 ) Tôda criança tem direito ao trabalho esco­


lar coletivo, que permite a auto-educação social, em
V -A criança deve ser educada no sentimento
grupos pequenos, formados conforme condições in­
de que suas melhores qualidades devem ser postas ao
dividuais semelhantes, e nos quais a liberdade seja
serviço de seus irmãos.
conseqüência da responsabilidade.
Código da Convenção de mestres americanos -
Os representantes dos mestres de quase todos os paí­ 5 ) Tôda criança tem direito ao ar livre para fa­
ses da América, reunidos na Convenção, celebrada zer seus trabalhos e para praticar jogos, exercícios
em Buenos Aires, em 1928, formularam maís concr� naturais ( marchar, correr, saltar, trepar, lançar pe­
tamente e em forma de verdadeiro código, os princí­ sos, cultivar a terra, nadar, etc . ) , e movimentos res­
pios da nova pedagogia. Seu texto é o seguinte: piratórios, que constituem a melhor educação física,
a qual jamais poderá a ginástica metodizada substi­
a ) Os direitos da criança são conseqüência das tuir.
condições biológicas e sociais necessárias para o de­
senvolvimento integral da personalidade hwnana. 6 ) Tôda criança tem direito a saber que nasceu
no corpo da mãe, a olhar a questão sexual como coi­
2 ) :f!:stes direitos consistem na assistência física sa digna de respeito, e deve ser ela iniciada, pruden­
e psíquica à mãe desde antes do nascimento da cri­ te e progressivamente, no conhecimento das leis da
ança, e a êsta durante o nascimento e o período do origem da vida, sem mistério nem vergonha.
lactãncia durante as idades pré-escolar, escolar e post­

I
-escolar. 7) Tôda criança tem direito a ser membro de
uma comunidade escolar, onde, com a autonomia que
3 ) A criança tem dlrollo a Ht•r NhttiLda •m um merece, goze de seus direitos e cumpra com seus de­
dida de suas capacidades, intloJ)t1Jldt•nlt'IIWilt.t dt tótltL veres como elemento ativo, útil e eficaz, que põe sua
a circunstância do fndolo oconôn1ku ou HOdlll, pol'l vontade e sua consciência ao serviço do bem-estar
a sociedade presente concedo n nl �unR umiH quo u comwn.
outros a possibilidade do cducllÇILO.
8 ) Tôda criança tem direito a contar com mes­
Código dos Direitos da (�rlança - tres de vocação, de carácter, cheios de bondade: ho­
mens eleitos, ilustrados e bem retribuídos: que não
1 ) Tôda criança tem dirolto a sor " criança c n,

tomem seu cargo como simples meio de vida, que


a ser respeitada em seus lnterOssos, suns nccessida
criem os ideais mais difíceis de alcançar, que sintam
des e sua atividade espontânea o pessoal.
a responsabilidade que os incwnbe na realização da
2) Tõda criança tem dirotto a uma nova edu­ justiça social, que não esqueçam que o verdadeiro
cação que siga ao progresso social, olhando sempre mestre é a criança, e que a Hwnanidade é soberana
o futuro, e apoiada na Sociologia, na Psicologia e na em tôdas as nações.

- 176 - - 177 -
II - A criança esfomeada deve ser alimentada; Biologia. A educação - que ainda não chegou ao
a criança enferma deve ser cuidada; o retardado d� melhor - não pode ser imutável nem rígida, porque
ve ser estimulado; o extraviado deve ser conduzido; a sociedade tampouco o é.
o órfão e o abandonado devem ser recolhidos e so­
corridos. 3 ) Tôda a criança tem direit o a fazer para sa­
ber, a ser descobridor e criador. Sendo a criança
III - A criança deve ser a primeida em receber um organismo fundamentalmente ativo, a escola de­
socorros em épocas de calamidade. ve dar-lhe oportunidades para que alcance o máximo
desenvolvimento ativo de sua personalidade e de
IV - A criança deve ser dotada de meios com
suas disposições, e logre a capacidade para superar-se.
que ganhar sua vida e deve ser protegida contra tôda
·

exploração. 4 ) Tôda criança tem direito ao trabalho esco­


lar coletivo, que permite a auto-educação social, em
V -A criança deve ser educada no sentimento
grupos pequenos, formados conforme condições in­
de que suas melhores qualidades devem ser postas ao
dividuais semelhantes, e nos quais a liberdade seja
serviço de seus irmãos.
conseqüência da responsabilidade.
Código da Convenção de mestres americanos -
Os representantes dos mestres de quase todos os paí­ 5 ) Tôda criança tem direito ao ar livre para fa­
ses da América, reunidos na Convenção, celebrada zer seus trabalhos e para praticar jogos, exercícios
em Buenos Aires, em 1928, formularam maís concr� naturais ( marchar, correr, saltar, trepar, lançar pe­
tamente e em forma de verdadeiro código, os princí­ sos, cultivar a terra, nadar, etc . ) , e movimentos res­
pios da nova pedagogia. Seu texto é o seguinte: piratórios, que constituem a melhor educação física,
a qual jamais poderá a ginástica metodizada substi­
a ) Os direitos da criança são conseqüência das tuir.
condições biológicas e sociais necessárias para o de­
senvolvimento integral da personalidade hwnana. 6 ) Tôda criança tem direito a saber que nasceu
no corpo da mãe, a olhar a questão sexual como coi­
2 ) :f!:stes direitos consistem na assistência física sa digna de respeito, e deve ser ela iniciada, pruden­
e psíquica à mãe desde antes do nascimento da cri­ te e progressivamente, no conhecimento das leis da
ança, e a êsta durante o nascimento e o período do origem da vida, sem mistério nem vergonha.
lactãncia durante as idades pré-escolar, escolar e post­

I
-escolar. 7) Tôda criança tem direito a ser membro de
uma comunidade escolar, onde, com a autonomia que
3 ) A criança tem dlrollo a Ht•r NhttiLda •m um merece, goze de seus direitos e cumpra com seus de­
dida de suas capacidades, intloJ)t1Jldt•nlt'IIWilt.t dt tótltL veres como elemento ativo, útil e eficaz, que põe sua
a circunstância do fndolo oconôn1ku ou HOdlll, pol'l vontade e sua consciência ao serviço do bem-estar
a sociedade presente concedo n nl �unR umiH quo u comwn.
outros a possibilidade do cducllÇILO.
8 ) Tôda criança tem direito a contar com mes­
Código dos Direitos da (�rlança - tres de vocação, de carácter, cheios de bondade: ho­
mens eleitos, ilustrados e bem retribuídos: que não
1 ) Tôda criança tem dirolto a sor " criança c n,

tomem seu cargo como simples meio de vida, que


a ser respeitada em seus lnterOssos, suns nccessida
criem os ideais mais difíceis de alcançar, que sintam
des e sua atividade espontânea o pessoal.
a responsabilidade que os incwnbe na realização da
2) Tõda criança tem dirotto a uma nova edu­ justiça social, que não esqueçam que o verdadeiro
cação que siga ao progresso social, olhando sempre mestre é a criança, e que a Hwnanidade é soberana
o futuro, e apoiada na Sociologia, na Psicologia e na em tôdas as nações.

- 176 - - 177 -
9 ) Tõda criança tem direito a locais escolares
simples, atraentes, alegres e higiênicos que ela mos­
4) J
Proteção médica, odontológica e di ética.
5) Crescimento são, físico e mental.
ma ajudará a embelezar e alegrar.
6) Habitação segura, sã e estética.
1 O) Tôda criança tem direito a que cooperem 7) Escola bem equipada.
na sua educação, mestres e pais, a que colaborem jun:
tos à cidade e à escola, que são duas alavancas quo 8) Educação que a prepare para ser bom pai,
movem o mundo, empunhadas pelos grandes sonha· um cidadão eficiente· e também para a seguran­

-
dores. ça e proteção contra acidentes.

Enunciação de d�reitos proclamados em Monte·


9) Estímulo escolar das organizações juvenis vo­
luntárias.
vidéu Don Enrique Rodriguez Fabregat, ex-minis­
tro da Instrução Publica, da República Oriental do 10) Igualdade de privilégios para a criança do cam­
Uruguai, formulou, em 1929, uma declaração dos di· po e da cidade.
reitos da criança, que foram proclamados em Monte­ 11) Proteção contra o trabalho, se é menor de idade.
vidéu, ao inaugurar-se o Instituto Americano de Pro­ 12) Alívio à sua der, se é cega, surda, muda, ou es­
teção à Infância, e ao qual a "Associação pelos Direi­ tá afetada por outras deficiências.
tos da Criança" da Argentina aderiu provisõriamente.
»ISCIPLINA - a) Vem êsse têrmo de discipulina, em la­
1) Direito à vida. tim, forma primitiva de discípulo. Em sua etimolo­
2) Direito à educação. gia, é a ação de aprender, de instruir-se. É em su-
. - '
ma, a direçao dada por um mestre ao discípulo.
3) Direito à educação especializada.
b ) Emprega-se o têrmo para indicar a submis­
Direito a manter e desenvolver a própria perso-
são da vontade e da intelígência a normas de pensa­
4)
nalidade.
mento, de ação, de conduta, sob os vários aspectos
5) Direito à nutrição completa. que apresenta a vida humana. Assim se pode falar
6) Direito à assistência econômica completa. em disciplina ética, moral, jurídica, militar, gramati­
cal, etc.
7) Direito à terra.
c ) Usa-se, também, o têrmo para indicar no
8) Direito à consideração social. '

)
domí!rio da cultura, o rame de saber, onde não pre­
9) Direito à alegria. domina a invenção. Daí falar-se nas disciplinas filo­
sóficas (a Lógica é uma disciplina filosófica), etc.
1 0 ) A soma dêstes direitos da criança constitui o '
direito integral. d) Em sentido sociológico, é a obediência às
ordens ou regulamentos, que emanam da autoridade
Recomendações da conferência de Hoover -
hierárquica, a quem cabe o mando. Daí falar-se em
Nos Estados Unidos, a gestão final culminou na Con­
"espírito de disciplina", o que predomina em quem
ferência de Hoover sõbre a Saúde e Proteção da Cri­

-
obedece fielmente as ordens emanadas da autoridade
ança, na Casa Branca, no ano de 1930. Dita confe­
à qual está subordinado.
rência, preparou um plano dos Direitos da Criança,
incluindo em seus 19 pontos as recomendações se­ DISCIPLINA E COOPERAÇAO Não podemos prescin­
guintes, como direitos essenciais de tôda criança: dir da disciplina na educação da criança. As restri­
1) Educação moral e espiritual. ções, que necessitamos impor, devem obedecer a uma
finalidade ética. É uma necessidade vital para a cri­
2) Compreensão e orientação de sua personalidade. ança o movimentar-se, e impedi-la ou obrigá-la a fi­
_
car Imóvel trará más conseqüências.
3) Cuidado no lar e nível de vida adequado.
- 178 - - 179 -
9 ) Tõda criança tem direito a locais escolares
simples, atraentes, alegres e higiênicos que ela mos­
4) J
Proteção médica, odontológica e di ética.
5) Crescimento são, físico e mental.
ma ajudará a embelezar e alegrar.
6) Habitação segura, sã e estética.
1 O) Tôda criança tem direito a que cooperem 7) Escola bem equipada.
na sua educação, mestres e pais, a que colaborem jun:
tos à cidade e à escola, que são duas alavancas quo 8) Educação que a prepare para ser bom pai,
movem o mundo, empunhadas pelos grandes sonha· um cidadão eficiente· e também para a seguran­

-
dores. ça e proteção contra acidentes.

Enunciação de d�reitos proclamados em Monte·


9) Estímulo escolar das organizações juvenis vo­
luntárias.
vidéu Don Enrique Rodriguez Fabregat, ex-minis­
tro da Instrução Publica, da República Oriental do 10) Igualdade de privilégios para a criança do cam­
Uruguai, formulou, em 1929, uma declaração dos di· po e da cidade.
reitos da criança, que foram proclamados em Monte­ 11) Proteção contra o trabalho, se é menor de idade.
vidéu, ao inaugurar-se o Instituto Americano de Pro­ 12) Alívio à sua der, se é cega, surda, muda, ou es­
teção à Infância, e ao qual a "Associação pelos Direi­ tá afetada por outras deficiências.
tos da Criança" da Argentina aderiu provisõriamente.
»ISCIPLINA - a) Vem êsse têrmo de discipulina, em la­
1) Direito à vida. tim, forma primitiva de discípulo. Em sua etimolo­
2) Direito à educação. gia, é a ação de aprender, de instruir-se. É em su-
. - '
ma, a direçao dada por um mestre ao discípulo.
3) Direito à educação especializada.
b ) Emprega-se o têrmo para indicar a submis­
Direito a manter e desenvolver a própria perso-
são da vontade e da intelígência a normas de pensa­
4)
nalidade.
mento, de ação, de conduta, sob os vários aspectos
5) Direito à nutrição completa. que apresenta a vida humana. Assim se pode falar
6) Direito à assistência econômica completa. em disciplina ética, moral, jurídica, militar, gramati­
cal, etc.
7) Direito à terra.
c ) Usa-se, também, o têrmo para indicar no
8) Direito à consideração social. '

)
domí!rio da cultura, o rame de saber, onde não pre­
9) Direito à alegria. domina a invenção. Daí falar-se nas disciplinas filo­
sóficas (a Lógica é uma disciplina filosófica), etc.
1 0 ) A soma dêstes direitos da criança constitui o '
direito integral. d) Em sentido sociológico, é a obediência às
ordens ou regulamentos, que emanam da autoridade
Recomendações da conferência de Hoover -
hierárquica, a quem cabe o mando. Daí falar-se em
Nos Estados Unidos, a gestão final culminou na Con­
"espírito de disciplina", o que predomina em quem
ferência de Hoover sõbre a Saúde e Proteção da Cri­

-
obedece fielmente as ordens emanadas da autoridade
ança, na Casa Branca, no ano de 1930. Dita confe­
à qual está subordinado.
rência, preparou um plano dos Direitos da Criança,
incluindo em seus 19 pontos as recomendações se­ DISCIPLINA E COOPERAÇAO Não podemos prescin­
guintes, como direitos essenciais de tôda criança: dir da disciplina na educação da criança. As restri­
1) Educação moral e espiritual. ções, que necessitamos impor, devem obedecer a uma
finalidade ética. É uma necessidade vital para a cri­
2) Compreensão e orientação de sua personalidade. ança o movimentar-se, e impedi-la ou obrigá-la a fi­
_
car Imóvel trará más conseqüências.
3) Cuidado no lar e nível de vida adequado.
- 178 - - 179 -
Deve-se evitar que a criança confunda disciplina educação é formar sêres responsáveis pelos seus
com imobilidade. atos.

Felizmente, hoje, não se concebe mais julgar uma Num lado, onde todos cooperam, a criança apren­
criança quieta, tímida, muitas vêzes apática, como de, também, o sentido da cooperação, aprende a dar
uma criança bem educada. o justo valor ao seu bem estar, que está relacionado
ao bem estar de todos.
Preparamos a criança para que tome suas pró­
prias decisões, mas quando ainda não exerce domínio No despertar de suas primeiras manifestações
sôbre si mesma, protegemo-la contra as tentações, sociais, seu eu se afirma com mais intensidade, e é
até que ela seja capaz de resistir-lhes. quando começa a tomar consciência de seus direitos,
como, também, de seus deveres para com os outros.
A disciplina vai ensinar-lhe a auto-restrição, e ela Precisa sentir aí o valor da cooperação, onde todos
comprenderá que não constitui o centro permanente se beneficiam com o benefício de todos.
de atenção de todos que a cercam.
A cooperação é de grande valor na formação edu­
Os estudiosos do assunto afirmam que um dos cacional do ser humano.
pontos importantes na aplicação de correções, de mé­
todos de disciplina, é "nunca se aplicar para obrigar Em tôda natureza há cooperação. Se uma árvo­
a criança a obedecer, nem como válvula de escape pa­ re necessita da cooperação d a terra, da umidade, do
ra as emoções ou a dignidade ofendida dos pais". ar, das chuvas, do sol, para nascer, nós, para sobre­
"As ameaças e os subornos também carecem de va­ viver, necessitamos da cooperação de nossos pais, de
lor, e geralmente provocam sofrimentos e angústias nossos semelhantes, etc., e todos cooperamos dentro
desnecessárias. " de uma sociedade, embora nem sempre disso tenhamos
consciência. É o que podemos chamar de coopera­
Montessori, quem mais defendeu o método da ção indireta, mas a cooperação direta já exige uma
disciplina ativa, dizia que para evitar os complexos educação especial.
de timidez, precisamos respeitar na criança, as ma­
nifestações espontâneas e encaminhar suas atividades .E:sse tema está sendo objeto de muitos estudos,
a atos coordenados e disciplinados. e há inúmeros trabalhos valiosos sôbre êle.

E afirma: " a grande dificuldade é disciplinar ver­ Podemos concluir que somente com as formas
dadeiramente o ser humano. Não se consegue com cooperacionais conseguiremos manter um equilíbrio
a palavra, porque o homem não se disciplina escutan­ social; há inúmeros problemas que todos sofremos,
do falar um outro, mas o fenômeno pede como pre­ problemas não só pessoais, como coletivos, ante os
paração uma série de atos complexos, por exemplo, a quais uma pessoa sozinha não pode resolver. No
completa aplicação de um método educativo". entanto, se houvesse espírito cooperacionista, a so­
lução tornar-se-ia simples, eficiente, fácil.
E para obedecer não é somente necessário que­
rer obedecer, é preciso saber obedecer. O saber obe­ Há várias formas de se aplicar a cooperação,
decer implica um conhecimento; no ato de obedecer, teõricamente todos a aceitam; contudo, não é comum
há deliberação, há uma escolha. saber aplicá-la na vida prática, nas relações sociais, e
muitas vêzes nem nas relações dos membros de uma
A criança deve saber porque obedece, não deve família, etc.
ser coagida nem obrigada por uma vontade mais for­
te do que a sua. Atualmente, muitos professores procuram, atra­
vés de trabalhos coletivos, estimular a prática, por­
Há uma íntima correlação entre disciplina e von­ que somente através da prática é que se pode for­
tade, uma implica a outra, e uma das finalidades da mar o espírito cooperacionista.

- 180 - - 181 -
Deve-se evitar que a criança confunda disciplina educação é formar sêres responsáveis pelos seus
com imobilidade. atos.

Felizmente, hoje, não se concebe mais julgar uma Num lado, onde todos cooperam, a criança apren­
criança quieta, tímida, muitas vêzes apática, como de, também, o sentido da cooperação, aprende a dar
uma criança bem educada. o justo valor ao seu bem estar, que está relacionado
ao bem estar de todos.
Preparamos a criança para que tome suas pró­
prias decisões, mas quando ainda não exerce domínio No despertar de suas primeiras manifestações
sôbre si mesma, protegemo-la contra as tentações, sociais, seu eu se afirma com mais intensidade, e é
até que ela seja capaz de resistir-lhes. quando começa a tomar consciência de seus direitos,
como, também, de seus deveres para com os outros.
A disciplina vai ensinar-lhe a auto-restrição, e ela Precisa sentir aí o valor da cooperação, onde todos
comprenderá que não constitui o centro permanente se beneficiam com o benefício de todos.
de atenção de todos que a cercam.
A cooperação é de grande valor na formação edu­
Os estudiosos do assunto afirmam que um dos cacional do ser humano.
pontos importantes na aplicação de correções, de mé­
todos de disciplina, é "nunca se aplicar para obrigar Em tôda natureza há cooperação. Se uma árvo­
a criança a obedecer, nem como válvula de escape pa­ re necessita da cooperação d a terra, da umidade, do
ra as emoções ou a dignidade ofendida dos pais". ar, das chuvas, do sol, para nascer, nós, para sobre­
"As ameaças e os subornos também carecem de va­ viver, necessitamos da cooperação de nossos pais, de
lor, e geralmente provocam sofrimentos e angústias nossos semelhantes, etc., e todos cooperamos dentro
desnecessárias. " de uma sociedade, embora nem sempre disso tenhamos
consciência. É o que podemos chamar de coopera­
Montessori, quem mais defendeu o método da ção indireta, mas a cooperação direta já exige uma
disciplina ativa, dizia que para evitar os complexos educação especial.
de timidez, precisamos respeitar na criança, as ma­
nifestações espontâneas e encaminhar suas atividades .E:sse tema está sendo objeto de muitos estudos,
a atos coordenados e disciplinados. e há inúmeros trabalhos valiosos sôbre êle.

E afirma: " a grande dificuldade é disciplinar ver­ Podemos concluir que somente com as formas
dadeiramente o ser humano. Não se consegue com cooperacionais conseguiremos manter um equilíbrio
a palavra, porque o homem não se disciplina escutan­ social; há inúmeros problemas que todos sofremos,
do falar um outro, mas o fenômeno pede como pre­ problemas não só pessoais, como coletivos, ante os
paração uma série de atos complexos, por exemplo, a quais uma pessoa sozinha não pode resolver. No
completa aplicação de um método educativo". entanto, se houvesse espírito cooperacionista, a so­
lução tornar-se-ia simples, eficiente, fácil.
E para obedecer não é somente necessário que­
rer obedecer, é preciso saber obedecer. O saber obe­ Há várias formas de se aplicar a cooperação,
decer implica um conhecimento; no ato de obedecer, teõricamente todos a aceitam; contudo, não é comum
há deliberação, há uma escolha. saber aplicá-la na vida prática, nas relações sociais, e
muitas vêzes nem nas relações dos membros de uma
A criança deve saber porque obedece, não deve família, etc.
ser coagida nem obrigada por uma vontade mais for­
te do que a sua. Atualmente, muitos professores procuram, atra­
vés de trabalhos coletivos, estimular a prática, por­
Há uma íntima correlação entre disciplina e von­ que somente através da prática é que se pode for­
tade, uma implica a outra, e uma das finalidades da mar o espírito cooperacionista.

- 180 - - 181 -
E a educação é um processo lento; as bases pre­
cisam ser sólidas para que o edifício não se desmoro­
\ a favor da tese, e dos a favor da antítese, a fim de evi­
tar-se as obstinações, o que quase sempre só se
ne; a disciplina bem aplicada, sem exageros, a coope­ pode obter pela intervenção de um terceiro.
nwão do lar, onde existe uma finalidade escolhida, o
apoio mútuo entre todos os membros da familia, a
DISPOSIÇÃO - Distribuição segundo uma certa ordem
no espaço e também no tempo, como, por ex., pode­
autoridade dos pais, firme, segura, equilibrada, torna
-se empregar êste têrmo em sentido psicológico, co­
a criança um ser com domínio próprio, capaz de diri­
mo o estado de ânimo favorável à adoção de uma
gir-se, independente e responsável, quando chegar a
adulto. atitude afirmativa, afetiva ou volitiva, predisposição
de ânimo, que os escolásticos chamavam disposição
DISCOS - A música ocupa um papel de grande importân­ a um estado de ânimo quase habitual, mas de fácil
cia na educação infantil. Atualmente existe, no co­ remoção.
mércio, grande número de discos próprios para a cri­
DISTROFIA MUSCULAR - Enfermidade não contagiosa.
ança, com músicas, contos, pequenas historietas, can­
ções, etc. .E conveniente proporcionar à criança di�­
Atua nos músculos do corpo, paulatinamente, até dei­
xá-los completamente inúteis. Desconhece-se a sua
cos variados, de forma que ela obtenha uma expen­
causa, mas parece, em muitos casos, ser um definido
ência mais rica no setor musical.
fator hereditário.
Na adolescência, é muito comum a formação de
Até os nossos dias não foi descoberto o remédio
discotecas, que adquirem grande importância para
para a cura desta enfermidade, apesar de haver inú­
os jovens. meros tratamento, que podem ajudar a impedir algu­
DISCREPÂNCIA - Discrepar significa diversificar, dife­ mas deformidades.
rir, também discordar, dissentir. Discrepância indi­
DIVERSÃO - Algumas vêzes é preciso distrair a aten­
ca disparidade, diferença e também divergência, dis­
ção da criança de um objeto ou de um objetivo. Mas
sentimento. Há discrepância, quando o que era es­
é preciso dar-se muita atenção ao sistema de distraí­
perado, ou era requerido num determinado momento, -la, pois, às vêzes, pode conduzir a resultados extre­
não corresponde ao esperado.
mos. A criança, que constantemente se sente desvia­
DISCURSO - Discursar vem de dis e curro, da raiz sâns­ da das coisas que intenta fazer, não chegará jamais
crita kar, correr. Discursar é discorrer, correr dis, a ter oportunidade de realizar até o fim as suas em­
daqui para ali. Daí falar-se em saber discursivo, um prêsas, e de apreender, assim, as conseqüências de
saber que corre daqui para ali, um saber que corre seus atos, por própria experiência, sejam elas más ou
para emparelhar, um e outro, um saber a conhecer boa.S.
com um saber já conhecido, que classifica um saber DIVERTIMENTO - Também chamado recreação é o no­
com outro saber. O saber discursivo é um saber cul­ me que se dá à distração fora das atividades disci­
to, um saber teórico, porque todo saber que liga, que plinares (escola, trabalho, etc.), em qualquer idade
conexiona com nexos reâis e ideais, é um saber que e condição humanas. A recreação própria da crian­
sabe. ça é o brinquedo, o jôgo, o ludus (vide). O que ca­
Discurso é, assim, a operação do espírito, que aci­ racteriza o ludus é o aspecto autotélico; ou seja, o ter
ma descrevemos, e quando é el_a expressada por têr­ uma finalidade em si mesmo. A recreação, nos adul­
mos verbais ou sinais, é também o discurso na ex­ tos, é também um ludus, porque tem um fim em si
pressão mais freqüentemente usada. mesma, e não é uma atividade utilitária; quer dizer,
usada como meio para adquirir bens de carácter eco­
DISCUSSÃO - Discutir é examinar, investigar segundo nômico. A longa controvérsia entre pedagogos e
provas e razões pró e contra. E questionar. Dis­ psicólogos se a recreação, no homem, é um brinque­
cussão é o ato de discutir. Para que a discussão se­ do ou não, é fàcilrnente resolúvel se se compreender
ja proveitosa, impõe-se uma síntese dos argumentos o aspecto lúdico fundamental tanto dela corno do

- 182 - - 183 -
E a educação é um processo lento; as bases pre­
cisam ser sólidas para que o edifício não se desmoro­
\ a favor da tese, e dos a favor da antítese, a fim de evi­
tar-se as obstinações, o que quase sempre só se
ne; a disciplina bem aplicada, sem exageros, a coope­ pode obter pela intervenção de um terceiro.
nwão do lar, onde existe uma finalidade escolhida, o
apoio mútuo entre todos os membros da familia, a
DISPOSIÇÃO - Distribuição segundo uma certa ordem
no espaço e também no tempo, como, por ex., pode­
autoridade dos pais, firme, segura, equilibrada, torna
-se empregar êste têrmo em sentido psicológico, co­
a criança um ser com domínio próprio, capaz de diri­
mo o estado de ânimo favorável à adoção de uma
gir-se, independente e responsável, quando chegar a
adulto. atitude afirmativa, afetiva ou volitiva, predisposição
de ânimo, que os escolásticos chamavam disposição
DISCOS - A música ocupa um papel de grande importân­ a um estado de ânimo quase habitual, mas de fácil
cia na educação infantil. Atualmente existe, no co­ remoção.
mércio, grande número de discos próprios para a cri­
DISTROFIA MUSCULAR - Enfermidade não contagiosa.
ança, com músicas, contos, pequenas historietas, can­
ções, etc. .E conveniente proporcionar à criança di�­
Atua nos músculos do corpo, paulatinamente, até dei­
xá-los completamente inúteis. Desconhece-se a sua
cos variados, de forma que ela obtenha uma expen­
causa, mas parece, em muitos casos, ser um definido
ência mais rica no setor musical.
fator hereditário.
Na adolescência, é muito comum a formação de
Até os nossos dias não foi descoberto o remédio
discotecas, que adquirem grande importância para
para a cura desta enfermidade, apesar de haver inú­
os jovens. meros tratamento, que podem ajudar a impedir algu­
DISCREPÂNCIA - Discrepar significa diversificar, dife­ mas deformidades.
rir, também discordar, dissentir. Discrepância indi­
DIVERSÃO - Algumas vêzes é preciso distrair a aten­
ca disparidade, diferença e também divergência, dis­
ção da criança de um objeto ou de um objetivo. Mas
sentimento. Há discrepância, quando o que era es­
é preciso dar-se muita atenção ao sistema de distraí­
perado, ou era requerido num determinado momento, -la, pois, às vêzes, pode conduzir a resultados extre­
não corresponde ao esperado.
mos. A criança, que constantemente se sente desvia­
DISCURSO - Discursar vem de dis e curro, da raiz sâns­ da das coisas que intenta fazer, não chegará jamais
crita kar, correr. Discursar é discorrer, correr dis, a ter oportunidade de realizar até o fim as suas em­
daqui para ali. Daí falar-se em saber discursivo, um prêsas, e de apreender, assim, as conseqüências de
saber que corre daqui para ali, um saber que corre seus atos, por própria experiência, sejam elas más ou
para emparelhar, um e outro, um saber a conhecer boa.S.
com um saber já conhecido, que classifica um saber DIVERTIMENTO - Também chamado recreação é o no­
com outro saber. O saber discursivo é um saber cul­ me que se dá à distração fora das atividades disci­
to, um saber teórico, porque todo saber que liga, que plinares (escola, trabalho, etc.), em qualquer idade
conexiona com nexos reâis e ideais, é um saber que e condição humanas. A recreação própria da crian­
sabe. ça é o brinquedo, o jôgo, o ludus (vide). O que ca­
Discurso é, assim, a operação do espírito, que aci­ racteriza o ludus é o aspecto autotélico; ou seja, o ter
ma descrevemos, e quando é el_a expressada por têr­ uma finalidade em si mesmo. A recreação, nos adul­
mos verbais ou sinais, é também o discurso na ex­ tos, é também um ludus, porque tem um fim em si
pressão mais freqüentemente usada. mesma, e não é uma atividade utilitária; quer dizer,
usada como meio para adquirir bens de carácter eco­
DISCUSSÃO - Discutir é examinar, investigar segundo nômico. A longa controvérsia entre pedagogos e
provas e razões pró e contra. E questionar. Dis­ psicólogos se a recreação, no homem, é um brinque­
cussão é o ato de discutir. Para que a discussão se­ do ou não, é fàcilrnente resolúvel se se compreender
ja proveitosa, impõe-se uma síntese dos argumentos o aspecto lúdico fundamental tanto dela corno do

- 182 - - 183 -
brinquedo infantil. Assim, o esporte dos adultos é 4) dívertimentos em que os adultos os façam juntos
uma forma evoluída do Iudus de regras da criança, com as crianças, para que estas sintam aquêles não
já com a incorporação da esquemática intelectual da­ como sêres estranhos, aos quais estão submetidos,
quele. O Iudus, do mesmo modo que é indispensá­ mas como companheiros, também, embora acentua­
vel à criança, como vimos nos artigos acima citados, damente mais aptos.
também o é no adulto ( a recreação do adulto é um
A recreação é, hoje, uma verdadeira arte e passa
Iudus ) por favorecer o equilíbrio emocional e por in·
,

a preocupar a pedagogos, a psicólogos e a todos os


tegrar mais poderosamente a personalidade.
homens responsáveis. O esporte, que é um dos gran­
O ludus é espontâneo ao ser humano, e alguns des divertimentos, na época moderna, dada a implan­
psicólogos da antiguidade colocavam-no, e com bas­ tação nefasta do profissionalismo, tornou-se mais
tante justificação, entre as manifestações instintivas uma atividade utilitária que autotélica, pois o espor­
do ser humano. E podemos dizer mais: nas manifes­ tista torna-se um profissional, um indivíduo que se
tações instintivas de todos os animais, pois êstes re­ utiliza do esporte para obter um ganho, e não mais
velam ter o ludus de exercício desde os primeiros um homem que apenas se diverte. O estímulo ao
dias, não, porém, de modo definitivamente claro. O amadorismo deve ser o mais intenso possível, e tam­
ludus simbólico e o ludus de regra, por exigirem o bém não se deveria estimular tanto as crianças a ad­
termo médio ( base da atividade intelectual ), são pró­ mirarem os profissionais dos esportes que, na ver­
prios dos sêres humanos, como sêres racionais. A dade, já representam o resultado de um viciamento de
inteligência animal é fundada apenas na intuição in­ uma atividade, que mereceria melhor consideração.
A exaltação excessiva dêsses heróis passageiros, e de
telectual, imediata portanto, e não usa têrmos mé­
valor muito relativo, que são hipervalorizados inde·
dios. Nada nos permite admitir que os animais os
vidamente, não pode construir na juventude uma men­
usem, pois se fôssem capazes de fazê-lo teriam conhe­
talidade tão sã como devêra.
cido progressos, o que não se verificou. O têrmo mé­
dio pode ser, aqui, em seus aspectos mais gerais, con­ Estudos modernos sôbre a recreação concluíram
siderado apenas como o esquema da generalidade que muitos dos hobbies dos adultos são a continua­
( conceito, idéia, forma ) , que serve de mediador para ção de práticas já lhes manifestadas quando em cri·
o conhecimento, pois nenhum de nós vê uma casa, anças, e que foram apreendídas na fase infantil. Por
mas, sim, uma entidade, que classifica por meio ( me­ essa razão, já que o hobbY é de grande importância
dium) do esquema casa, como casa. para a vida humana, devem os mestres e pais propor­
cionar, nas escolas e no lar, os divertimentos, que po­
A recreação é de máxima importância, e se deve derão tornar-se recreações necessárias para o equilí­
proporcionar à criança nas ocasiões adequadas brin­ brio emocional e a integração pessoal dos adultos (vi­
quedos, divertimentos em suma, que atendam às suas de Afeição ).
necessidades fundamentais. Assim:
Revelam, ademais, os estudos modernos, que
1) para o exercício de seus músculos, diverti­ mestres e pais devem tomar parte em divertimentos
mentos enérgicos, vivos, sumamente ativos; 2 ) díver­ infantis e juvenis. Por outro lado, demonstram,
timentos sociais, jogos de conjunto, para desenvolvi­ também, as investigações, que a delinqüência infan­
mento da capacidade social, já que a sociabilidade é til é maior entre as crianças que conheceram poucos
sobretudo habitual, e pode ser estimulada e acentua­ divertimentos do que ao contrário. Contudo, êste
da. Como a tendência da família moderna é para a ponto é controverso, devido à falta de uma clara co­
,I
I
menos numerosa possível, a estimulação de diverti· nexão causal. A estimulação das crianças para o
mentos sociais é importantíssima para a preparação
dos jovens; 3 ) dívertimentos que estimulem o de­
escotismo ( escoteiros, bandeirantes etc.) e a facilita­
ção de organizações dessa espécie é importantíssima
II
I
senvolvimento intelectual, como os Iudus de regras; para as finalidades que a recreação tende a atingir.
I
- 1 84 - - 1 85 -
brinquedo infantil. Assim, o esporte dos adultos é 4) dívertimentos em que os adultos os façam juntos
uma forma evoluída do Iudus de regras da criança, com as crianças, para que estas sintam aquêles não
já com a incorporação da esquemática intelectual da­ como sêres estranhos, aos quais estão submetidos,
quele. O Iudus, do mesmo modo que é indispensá­ mas como companheiros, também, embora acentua­
vel à criança, como vimos nos artigos acima citados, damente mais aptos.
também o é no adulto ( a recreação do adulto é um
A recreação é, hoje, uma verdadeira arte e passa
Iudus ) por favorecer o equilíbrio emocional e por in·
,

a preocupar a pedagogos, a psicólogos e a todos os


tegrar mais poderosamente a personalidade.
homens responsáveis. O esporte, que é um dos gran­
O ludus é espontâneo ao ser humano, e alguns des divertimentos, na época moderna, dada a implan­
psicólogos da antiguidade colocavam-no, e com bas­ tação nefasta do profissionalismo, tornou-se mais
tante justificação, entre as manifestações instintivas uma atividade utilitária que autotélica, pois o espor­
do ser humano. E podemos dizer mais: nas manifes­ tista torna-se um profissional, um indivíduo que se
tações instintivas de todos os animais, pois êstes re­ utiliza do esporte para obter um ganho, e não mais
velam ter o ludus de exercício desde os primeiros um homem que apenas se diverte. O estímulo ao
dias, não, porém, de modo definitivamente claro. O amadorismo deve ser o mais intenso possível, e tam­
ludus simbólico e o ludus de regra, por exigirem o bém não se deveria estimular tanto as crianças a ad­
termo médio ( base da atividade intelectual ), são pró­ mirarem os profissionais dos esportes que, na ver­
prios dos sêres humanos, como sêres racionais. A dade, já representam o resultado de um viciamento de
inteligência animal é fundada apenas na intuição in­ uma atividade, que mereceria melhor consideração.
A exaltação excessiva dêsses heróis passageiros, e de
telectual, imediata portanto, e não usa têrmos mé­
valor muito relativo, que são hipervalorizados inde·
dios. Nada nos permite admitir que os animais os
vidamente, não pode construir na juventude uma men­
usem, pois se fôssem capazes de fazê-lo teriam conhe­
talidade tão sã como devêra.
cido progressos, o que não se verificou. O têrmo mé­
dio pode ser, aqui, em seus aspectos mais gerais, con­ Estudos modernos sôbre a recreação concluíram
siderado apenas como o esquema da generalidade que muitos dos hobbies dos adultos são a continua­
( conceito, idéia, forma ) , que serve de mediador para ção de práticas já lhes manifestadas quando em cri·
o conhecimento, pois nenhum de nós vê uma casa, anças, e que foram apreendídas na fase infantil. Por
mas, sim, uma entidade, que classifica por meio ( me­ essa razão, já que o hobbY é de grande importância
dium) do esquema casa, como casa. para a vida humana, devem os mestres e pais propor­
cionar, nas escolas e no lar, os divertimentos, que po­
A recreação é de máxima importância, e se deve derão tornar-se recreações necessárias para o equilí­
proporcionar à criança nas ocasiões adequadas brin­ brio emocional e a integração pessoal dos adultos (vi­
quedos, divertimentos em suma, que atendam às suas de Afeição ).
necessidades fundamentais. Assim:
Revelam, ademais, os estudos modernos, que
1) para o exercício de seus músculos, diverti­ mestres e pais devem tomar parte em divertimentos
mentos enérgicos, vivos, sumamente ativos; 2 ) díver­ infantis e juvenis. Por outro lado, demonstram,
timentos sociais, jogos de conjunto, para desenvolvi­ também, as investigações, que a delinqüência infan­
mento da capacidade social, já que a sociabilidade é til é maior entre as crianças que conheceram poucos
sobretudo habitual, e pode ser estimulada e acentua­ divertimentos do que ao contrário. Contudo, êste
da. Como a tendência da família moderna é para a ponto é controverso, devido à falta de uma clara co­
,I
I
menos numerosa possível, a estimulação de diverti· nexão causal. A estimulação das crianças para o
mentos sociais é importantíssima para a preparação
dos jovens; 3 ) dívertimentos que estimulem o de­
escotismo ( escoteiros, bandeirantes etc.) e a facilita­
ção de organizações dessa espécie é importantíssima
II
I
senvolvimento intelectual, como os Iudus de regras; para as finalidades que a recreação tende a atingir.
I
- 1 84 - - 1 85 -
DIVóRCIO ( efeitos sôbre as crianças ) - Vide DivMdn em lugar de doces, frutas, passas, frutas sêcas, etc.
e separação. - Têm sido realmente desastrosas n.ct Nos dias de festas, deve-se deixar a criança à vonta­
conseqüências que exercem os divórcios no caráctor de, de forma que dê vazão ao seu desejo, sem, entre­
dos filhos menores. Sem dúvida, o grande problema tanto, ultrapassar certos limites aconselháveis à saúde.
é a hábil preparação para o matrimônio, e não o di·
vórcio, já que êste é relativo ao matrimônio, pois, náo DOCILIDADE -Diz-se da disposição de ânimo de al·
há divórcio sem que haja matrimônio. Se se exami­ guém que chega a ponto de renunciar ao próprio cri­
nam as causas dos divórcios, que é matéria mais tério, e permitir ser ensinado e dirigido por outros,
sociológica e psicológica, verifica-se que a quase to­ por reconhecimento da autoridade e da superiorida­
talidade dêles surge de matrimônios que não obedece· de de quem o orienta. A docilidade é uma disposi­
ram as regras exigidas para a sua formação. A fal· ção natural.
ta de uma nítida compreensão do que é o matrimônio, DOENÇAS INFECCIOSAS - Vide Puericultura - 1 1.0
e da sua grande importância, e dos deveres que ca­ cap., § 1 .
bem a cada cônjuge, que antes de se unirem devem
estudar devidamente se o matrimônio se fundamenta DOMINAÇÃO - Na Pedagogia, observa-se que o exercí­
em laços realmente sólidos, e a falta de uma educa­ cio do domínio, sôbre indivíduos de certo modo su­
ção pré-matrimonial têm sido a causa de tantos deiS· bordinados, é uma espécie de válvula de escape da
calabros, de conseqüências tremendas para a socieda­ agressividade reprimida. Pais e mestres, que sofrem
de e para os indivíduos. de sentimentos de inferioridade ou de culpa, buscam,
comumente, uma compensação no domínio excessivo,
As estatísticas americanas revelam que, aproxi­ exercido sôbre alunos ou filhos. A desmedida seve­
madamente, 25% dos delinqüentes infantis são crian· ridade pode revelar um carácter neurótico. A reação ·
ças de lares desfeitos, sendo a maior parte em conse­ da criança, em tais casos, pode ser ativa ou passiva.
qüência do divórcio. Há variações de Estado para A ativa, responde com a rebelia; a passiva, responde
Estado; contudo, a percentagem é elevadíssima. com a submissão. Em ambos casos, há perturbação
do desenvolvimento normal psíquico. Vide Agressi­
DIVóRCIO E SEPARAÇÃO - Um casal, que se separa,
vidade, Frustração .
coloca um grave problema para tôda a família. Os
filhos são, sem dúvida alguma, os que mais sofrem, DOMíNIO -Dominar é ter autoridade ou poder sôbre
pois, para êles, o pai, a mã.e e o lar formam o seu alguma coisa, é subjugar, é vencer, é refrear, é con­
mundo. Na idade escolar, apesar de ter alargado o ter, é preponderar.
seu mundo com perspectivas mais amplas, o lar e os
pais são o fundamento de sua vida. Há casos em a ) Domínio é o poder exercido pela ação de do­
que uma separação é mais aconselhável que a vida minar, ou o resultado dessa ação.
em comum e, neste caso, deve fazer-se sob uma con­ b ) Emprega-se êsse têrmo para indicar o que
duta sensata, um pacto acertado, de forma que os é da competência, da atribuição de . . . , daí poder-se
filhos sofram o menos possível. falar de uma idéia, que é do domínio de outra.
A prática demonstrou que é melhor para êles vi· c ) Juridicamente, é a propriedade de bens imo­
verem com um dos pais, e ser visitado ou visitar o biliários e também de quaisquer outros bens.
outro. Os pormenores serão descriminados, segundo
os diversos casos pelo juiz, no ato da separação. d ) Psicologicamente, fala-se no domínio da von·
tade para referir-se ao conjunto de ações, que desta
DOCES - Os doces não devem ser ingeridos antes da ho· dependem. Vide Autoridade e Dominação.
ra das refeições, pois tirarão o apetite da criança.
Da mesma forma, após as refeições, não é muito ro DOMíNIO DE SI Capacidade de um indivíduo repri­
-

comendado, pois o açúcar ficará entre os dentos, <, mir suas emoções, e, sobretudo, suas manifestações,
que irá favorecer as cáries dentárias. É preciso dur, podendo dirigir sua conduta no âmbito social. Tam-
- 18 6 - - 187 -
DIVóRCIO ( efeitos sôbre as crianças ) - Vide DivMdn em lugar de doces, frutas, passas, frutas sêcas, etc.
e separação. - Têm sido realmente desastrosas n.ct Nos dias de festas, deve-se deixar a criança à vonta­
conseqüências que exercem os divórcios no caráctor de, de forma que dê vazão ao seu desejo, sem, entre­
dos filhos menores. Sem dúvida, o grande problema tanto, ultrapassar certos limites aconselháveis à saúde.
é a hábil preparação para o matrimônio, e não o di·
vórcio, já que êste é relativo ao matrimônio, pois, náo DOCILIDADE -Diz-se da disposição de ânimo de al·
há divórcio sem que haja matrimônio. Se se exami­ guém que chega a ponto de renunciar ao próprio cri­
nam as causas dos divórcios, que é matéria mais tério, e permitir ser ensinado e dirigido por outros,
sociológica e psicológica, verifica-se que a quase to­ por reconhecimento da autoridade e da superiorida­
talidade dêles surge de matrimônios que não obedece· de de quem o orienta. A docilidade é uma disposi­
ram as regras exigidas para a sua formação. A fal· ção natural.
ta de uma nítida compreensão do que é o matrimônio, DOENÇAS INFECCIOSAS - Vide Puericultura - 1 1.0
e da sua grande importância, e dos deveres que ca­ cap., § 1 .
bem a cada cônjuge, que antes de se unirem devem
estudar devidamente se o matrimônio se fundamenta DOMINAÇÃO - Na Pedagogia, observa-se que o exercí­
em laços realmente sólidos, e a falta de uma educa­ cio do domínio, sôbre indivíduos de certo modo su­
ção pré-matrimonial têm sido a causa de tantos deiS· bordinados, é uma espécie de válvula de escape da
calabros, de conseqüências tremendas para a socieda­ agressividade reprimida. Pais e mestres, que sofrem
de e para os indivíduos. de sentimentos de inferioridade ou de culpa, buscam,
comumente, uma compensação no domínio excessivo,
As estatísticas americanas revelam que, aproxi­ exercido sôbre alunos ou filhos. A desmedida seve­
madamente, 25% dos delinqüentes infantis são crian· ridade pode revelar um carácter neurótico. A reação ·
ças de lares desfeitos, sendo a maior parte em conse­ da criança, em tais casos, pode ser ativa ou passiva.
qüência do divórcio. Há variações de Estado para A ativa, responde com a rebelia; a passiva, responde
Estado; contudo, a percentagem é elevadíssima. com a submissão. Em ambos casos, há perturbação
do desenvolvimento normal psíquico. Vide Agressi­
DIVóRCIO E SEPARAÇÃO - Um casal, que se separa,
vidade, Frustração .
coloca um grave problema para tôda a família. Os
filhos são, sem dúvida alguma, os que mais sofrem, DOMíNIO -Dominar é ter autoridade ou poder sôbre
pois, para êles, o pai, a mã.e e o lar formam o seu alguma coisa, é subjugar, é vencer, é refrear, é con­
mundo. Na idade escolar, apesar de ter alargado o ter, é preponderar.
seu mundo com perspectivas mais amplas, o lar e os
pais são o fundamento de sua vida. Há casos em a ) Domínio é o poder exercido pela ação de do­
que uma separação é mais aconselhável que a vida minar, ou o resultado dessa ação.
em comum e, neste caso, deve fazer-se sob uma con­ b ) Emprega-se êsse têrmo para indicar o que
duta sensata, um pacto acertado, de forma que os é da competência, da atribuição de . . . , daí poder-se
filhos sofram o menos possível. falar de uma idéia, que é do domínio de outra.
A prática demonstrou que é melhor para êles vi· c ) Juridicamente, é a propriedade de bens imo­
verem com um dos pais, e ser visitado ou visitar o biliários e também de quaisquer outros bens.
outro. Os pormenores serão descriminados, segundo
os diversos casos pelo juiz, no ato da separação. d ) Psicologicamente, fala-se no domínio da von·
tade para referir-se ao conjunto de ações, que desta
DOCES - Os doces não devem ser ingeridos antes da ho· dependem. Vide Autoridade e Dominação.
ra das refeições, pois tirarão o apetite da criança.
Da mesma forma, após as refeições, não é muito ro DOMíNIO DE SI Capacidade de um indivíduo repri­
-

comendado, pois o açúcar ficará entre os dentos, <, mir suas emoções, e, sobretudo, suas manifestações,
que irá favorecer as cáries dentárias. É preciso dur, podendo dirigir sua conduta no âmbito social. Tam-
- 18 6 - - 187 -
bém se chama ao exercício para adquirir essa capa­ das pelo organismo ( hipnotoxinas ) ; etc. Podemos,
cidade. entretanto, repetir com A. Gesell, que o sono cons­
titui "um reajuste do mecanismo total do organis­
DOR DE CABEÇA - A dor de cabeça, associada à febre,
mo . . . para proteger seu bem-estar íntegro e remoto".
é geralmente sintoma de enfermidade, e uma visita
ao médico é muito oportuna. Se não há febre e a Todo indivíduo necessita dormir. O recém-nas­
dor é passageira, não há motivo de se dar maior im­ cido dorme a maior parte do tempo, acorda apenas
portância. O mais aconselhável é fazer com que a para alimentar-se. Aos três anos, a criança deve
criança descanse, e tome um comprimido de Melho­ dormir, ininterruptamente, de 1 1 a 13 horas. Já as
rai, Fontol, etc. crianças de 8 a 1 3 anos dormirão de 1 1 a 9 horas,
conforme a idade, e êste período de descanço deve ir
DOR DE ESTOMAGO ( comwnente dor-de-barriga) - As ajustando-se, gradualmente, ao da vida adulta.
dôres de estômago se são persistentes ( duram mais
de wna hora) devem ser tratadas por um médico. Os períodos de sono da criança devem ser os
Tira-se a temperatura da criança, para ver se há fe­ mais regulares possíveis. Não se deve fazer exceção
bre, e não se dá nenhum alimento ou bebida e, prin­ quanto à hora de ir para a cama; entretanto, não deve
cipalmente, nenhum laxante ou purgante. ser utilizado para obrigar a criança qualquer meio
de ameaça, castigo etc. As crianças, com mais de
Essas dôres, em geral, são fàcilmente curadas, um ano, devem dormir em quartos separados dos
e a causa mais freqüente é a indigestão. Tam­ pais. Isto é necessário, pois os hábitos do adulto não
bém podem originar-se, devido à ingerência de uma se conciliam com os da criança: esta nunca deve ter
fruta verde ou alimentos em más condições, em cujo oportunidade de observar as intimidades dos pais,
caso as moléstias vêm acompanhadas de perda de pois as interpretará mal. Tôdas as perturbações do
apetite, náuseas, vômitos, febre ou diárreia. Algumas sono são sintomas de doença, de disturbios físicos
vêzes pode ser sintoma de uma doença de maior im­ ou mentais ou de tendências neuróticas. As últimas,
portância. motivadas com freqüência pelo excesso de amor pa­
DoRES DE CRESCIMENTO - Quando uma criança quoi ternal, ou por falha da educação. A criança sã e
xa-se de dor nos braços ou nas pernas, ou em qual­ bem cuidada dorme profundamente. Por isso, quan­
quer outra parte do corpo, é geralmente sinal do do, sem razão aparente, dorme de forma irregular, so­
algum transtôrno puramente físico ou, em parto, psl· fre pesadelo ou enuresis, deve-se consultar um pedia·
cológico. tra. O chôro noturno, na primeira infância, é nor­
mal, o bebê chora de fome ou por estar molhado, etc.
A fadiga muscular, os pós chntcm, �m.pnt.nH npurtn Chupar o dedo até 4 ou 5 anos, enquanto dorme, não
dos, uma torsão, otc., HILO nli(HnmH c·t�UHHM ch��t I I I U I I.IL.-. é para inquietar; assim como falar enquanto dorme.
possíveis dOres arUculO.l'tJH ou nuuuhmH l lolol'ldwt.
DúVIDA - Estado da mente em que não há um assenti­
DOR NAS CO TAS As C'I\IIHHM ele tl(u·c•l' 111114 c•mctll pu mento firme sôbre um juízo, por que se teme ser
dem ser várias, como: uu\ po�tl u ru, l1 1Ht111t4 111114 . .,.,.. .,. êle falso.
ou nos ligamentos ( duvido " 1mm c l iHi c•wmu 1 , u " ' rn
rem persistentes ou porf<�dktll:l, cluvo 1 1 1 H« t' h vn c l ll
conhecimento do mó<.Uco.

DORMIR - Do ponto do vlsiH de 111 trlc·u, 1 1 �unu cl 1 1 1 1 1


fenômeno misterioso. ExlHtc••n l l l U i t w. t c•nt lll 1111 1 11
explicá-lo. Algumas dizem que o c�IIIIIUtdo pc1hm t t t l l
danças na distribuição do sm1g11c ; o u t 1'111, J H•Ict Hl l l t lt •l l•
to periódico de substânclns <.h l'IUIIf'l� 1111 t o r·mntu C't r··
culatória; outras, por doto rmhl rtdm� tuxhiHH pr·ud11zl·

- 188 - - 189 -
bém se chama ao exercício para adquirir essa capa­ das pelo organismo ( hipnotoxinas ) ; etc. Podemos,
cidade. entretanto, repetir com A. Gesell, que o sono cons­
titui "um reajuste do mecanismo total do organis­
DOR DE CABEÇA - A dor de cabeça, associada à febre,
mo . . . para proteger seu bem-estar íntegro e remoto".
é geralmente sintoma de enfermidade, e uma visita
ao médico é muito oportuna. Se não há febre e a Todo indivíduo necessita dormir. O recém-nas­
dor é passageira, não há motivo de se dar maior im­ cido dorme a maior parte do tempo, acorda apenas
portância. O mais aconselhável é fazer com que a para alimentar-se. Aos três anos, a criança deve
criança descanse, e tome um comprimido de Melho­ dormir, ininterruptamente, de 1 1 a 13 horas. Já as
rai, Fontol, etc. crianças de 8 a 1 3 anos dormirão de 1 1 a 9 horas,
conforme a idade, e êste período de descanço deve ir
DOR DE ESTOMAGO ( comwnente dor-de-barriga) - As ajustando-se, gradualmente, ao da vida adulta.
dôres de estômago se são persistentes ( duram mais
de wna hora) devem ser tratadas por um médico. Os períodos de sono da criança devem ser os
Tira-se a temperatura da criança, para ver se há fe­ mais regulares possíveis. Não se deve fazer exceção
bre, e não se dá nenhum alimento ou bebida e, prin­ quanto à hora de ir para a cama; entretanto, não deve
cipalmente, nenhum laxante ou purgante. ser utilizado para obrigar a criança qualquer meio
de ameaça, castigo etc. As crianças, com mais de
Essas dôres, em geral, são fàcilmente curadas, um ano, devem dormir em quartos separados dos
e a causa mais freqüente é a indigestão. Tam­ pais. Isto é necessário, pois os hábitos do adulto não
bém podem originar-se, devido à ingerência de uma se conciliam com os da criança: esta nunca deve ter
fruta verde ou alimentos em más condições, em cujo oportunidade de observar as intimidades dos pais,
caso as moléstias vêm acompanhadas de perda de pois as interpretará mal. Tôdas as perturbações do
apetite, náuseas, vômitos, febre ou diárreia. Algumas sono são sintomas de doença, de disturbios físicos
vêzes pode ser sintoma de uma doença de maior im­ ou mentais ou de tendências neuróticas. As últimas,
portância. motivadas com freqüência pelo excesso de amor pa­
DoRES DE CRESCIMENTO - Quando uma criança quoi ternal, ou por falha da educação. A criança sã e
xa-se de dor nos braços ou nas pernas, ou em qual­ bem cuidada dorme profundamente. Por isso, quan­
quer outra parte do corpo, é geralmente sinal do do, sem razão aparente, dorme de forma irregular, so­
algum transtôrno puramente físico ou, em parto, psl· fre pesadelo ou enuresis, deve-se consultar um pedia·
cológico. tra. O chôro noturno, na primeira infância, é nor­
mal, o bebê chora de fome ou por estar molhado, etc.
A fadiga muscular, os pós chntcm, �m.pnt.nH npurtn Chupar o dedo até 4 ou 5 anos, enquanto dorme, não
dos, uma torsão, otc., HILO nli(HnmH c·t�UHHM ch��t I I I U I I.IL.-. é para inquietar; assim como falar enquanto dorme.
possíveis dOres arUculO.l'tJH ou nuuuhmH l lolol'ldwt.
DúVIDA - Estado da mente em que não há um assenti­
DOR NAS CO TAS As C'I\IIHHM ele tl(u·c•l' 111114 c•mctll pu mento firme sôbre um juízo, por que se teme ser
dem ser várias, como: uu\ po�tl u ru, l1 1Ht111t4 111114 . .,.,.. .,. êle falso.
ou nos ligamentos ( duvido " 1mm c l iHi c•wmu 1 , u " ' rn
rem persistentes ou porf<�dktll:l, cluvo 1 1 1 H« t' h vn c l ll
conhecimento do mó<.Uco.

DORMIR - Do ponto do vlsiH de 111 trlc·u, 1 1 �unu cl 1 1 1 1 1


fenômeno misterioso. ExlHtc••n l l l U i t w. t c•nt lll 1111 1 11
explicá-lo. Algumas dizem que o c�IIIIIUtdo pc1hm t t t l l
danças na distribuição do sm1g11c ; o u t 1'111, J H•Ict Hl l l t lt •l l•
to periódico de substânclns <.h l'IUIIf'l� 1111 t o r·mntu C't r··
culatória; outras, por doto rmhl rtdm� tuxhiHH pr·ud11zl·

- 188 - - 189 -
E

· ECONOMIA FAMILIAR - Os gastos familiares começam


desde o nascimento do bebê, sua alimentação, cuida­
dos médicos, vestuário, jogos, passatempos, férias e
escola, quando se encQntra na idade escolar. É pre­
ciso que a economia familiar seja muito bem adminis­
trada, para que haja uma ordem interna. Natural­
mente, é preciso di -;;por-se de um salário-base com
possibilidades dt '11ento progressivo, para fazer
frente às d:espe&OS• E.m muitos casais, é comum que
ambos os Côl'\j'll ���balhem, e disponham, regular­
IJ mente, de Utfla 'Y"�hÓ-'1-
A eco,. '
úa Qhliliar devia ser ensinada aos jo­
vens de at1\�!,
oc; <5exos antes de contraírem matri­
mônio, de krtai que aprendessem como se deve gas­
tar o dinheiro f'Skabelecendo um equilíbrio do siste­
ma financeiro.

ECZEMA - Vide Púericultura - 6.0 cap., § 14 e 12.0 cap.,


§ 7.

EDUCAÇÃO - a ) .! a educação um aspecto parcial da


atividade pedagógica; pois consiste mais no formal
do que no conteúdo material; mais da potencialidade
do que da finalidade. A educação constitui própria­
mente, o cultivo da afetividade e da vontade, mais do
que das faculdades cognoscitivas.

b ) Chama-se, também, educação, o resultado


dêste cultivo.

c ) N a linguagem comum, usa-se o têrmo educa­


ção no sentido de cortesia, e, também, como contra­
posto a instrução.

- 19 1 -
E

· ECONOMIA FAMILIAR - Os gastos familiares começam


desde o nascimento do bebê, sua alimentação, cuida­
dos médicos, vestuário, jogos, passatempos, férias e
escola, quando se encQntra na idade escolar. É pre­
ciso que a economia familiar seja muito bem adminis­
trada, para que haja uma ordem interna. Natural­
mente, é preciso di -;;por-se de um salário-base com
possibilidades dt '11ento progressivo, para fazer
frente às d:espe&OS• E.m muitos casais, é comum que
ambos os Côl'\j'll ���balhem, e disponham, regular­
IJ mente, de Utfla 'Y"�hÓ-'1-
A eco,. '
úa Qhliliar devia ser ensinada aos jo­
vens de at1\�!,
oc; <5exos antes de contraírem matri­
mônio, de krtai que aprendessem como se deve gas­
tar o dinheiro f'Skabelecendo um equilíbrio do siste­
ma financeiro.

ECZEMA - Vide Púericultura - 6.0 cap., § 14 e 12.0 cap.,


§ 7.

EDUCAÇÃO - a ) .! a educação um aspecto parcial da


atividade pedagógica; pois consiste mais no formal
do que no conteúdo material; mais da potencialidade
do que da finalidade. A educação constitui própria­
mente, o cultivo da afetividade e da vontade, mais do
que das faculdades cognoscitivas.

b ) Chama-se, também, educação, o resultado


dêste cultivo.

c ) N a linguagem comum, usa-se o têrmo educa­


ção no sentido de cortesia, e, também, como contra­
posto a instrução.

- 19 1 -
A educação pode ser realizada em si mesmo pelo é o da convivência ou não da criança deficiente com
mesmo sujeito ( auto-educação ), ou por outros ( hetc­ a normal, na escola. Devemos considerar que o te·
ro-edncação ). Segundo os objetos a que se dedica, ma é de envergadura, e imensamente controverso, so­
a educação pode ser física ( muscular ) , afetiva ou mo­ bretudo devldo aos estudos modernos que sôbre êle
ral, cognoscitiva, intelectual, etc. A educação inte­ se realizam, e seria longo enumerar o que já se rea­
gral inclui tôdas as outras. Vide Introdução. lizou neste setor.

EDUCAÇÃO ESCOLAR - Para que a educação escolar se­ Mas, se partirmos de uma realidade, que é a con·
ja salutar, não deve cingir-se apenas à instrução, co­ vivência no lar de crianças normais e crianças defi­
mo infelizmente julgam alguns professores. É mis­ cientes, e que essa ccnvivêncta, obedecendo a certas
ter que haja cooperação de mestres e alunos entre si. regras, com o auxílio, sobretudo, dos pais, pode esta­
Ademais, o mestre deve ser um estimulador da auto­ belecer-se em níveis razoáveis e até convenientes, o
-instrução, pois deve dar ao aluno pontos de interêsse, mesmo não é impossível realizar-se na escola, desde
para que, desejoso de saber, procure por si o conheci­ que os mestres tenham plena consciência da sua fun­
mento. É mister incutir na mente do aluno que ca­ ção em tais casos, e saibam considerar cada criança
da um é o mais apto a realizar o melhor para si mes­ ccmo um caso singular, bem como sejam. capazes de
mo, no setor do conhecimento. Despertado o proble­ dar aos outros alunos uma compreensão justa, capaz
ma, incute-se-lhe o interêsse em resolvê-lo, dando-lhe de evitar os conflitos emocionais que surgem e sur­
os meios para pesquisas. Assim, se se trata de um giriam, quando houvesse descuido cu inabilidade no
problema histórico, se tal fato se deu, dêste ou da· trato que se deve manter. As observações realizadas
quele modo, facilita-se ao aluno a pesquisa, auxilian­ revelam que essa convivência é capaz de manter-se
do-o apenas com a indicação das obras convenien­ normal, dentro de um âmbito, e inconvfi:)niente dentro
tes para compulsar. O mestre, que tem um papel so­ de outro. A posição mais comum é a da formação
cial importantíssimo, deve sempre ter em mente que de escolas especializadas para tais casos, as quais po­
o aluno reterá, fàcilmente, a matéria que lhe interessa, dem rEger-se por um rigor pedagógico bem apreciá­
enquanto a que lhe desgosta será fàcilmente esqueci vel. Nestes casos, estabelecem-se regras gerais, que
da. O fortalecimento da memória exige um grau de indicam providências que devem ser tomadas, como
interêsse, que cabe ao mestre despertar, caso não sur­ as seguintes: rigoroso diagnóstico de cada caso, que
ja espontâneamente. E tal se consegue por vias di·
deve ser o mais correto possível, pois é mister evitar
retas e indiretas, sobretudo por estas últimas; como
os enganos que certos sintomas podem oferecer, o que
seja, abordar o tema sob um ângulo, quo aguco n
exige um pessoal superiormente especializado, alta·
curiosidade, despertando o interêsse. Um professor,
mente clínico, capaz de subministrar aos mestres to­
que desejasse interessar os alunos na bot.nntca, podo·
ria começar pela apresentaçfio do urnt� l>oh� flor c, elo
dos os dados e conselhos, que devem ser observados

pois, descrever as suas pnrlos o funçooH , nt�O om tOr e cumpridos; em segundo lugar, deve-se estabelecer
mos rigorosamente tócnicos, mns moH�rnndo o. b(llo:r:n uma classificação geral, :para que o ensino seja mi­
da complexidade que n vlcln rr·ln pHI'IL nlcnnçnr �� sun nistrado segundo êsse grau, o que também exige espe­
perpetuação. Ou, entú.o, p1Lm lnt.uri'HHILI' o nluno rm cialistas altamente capazes. O programa de ensino
história, abrir com um d1scur.so Hflhro ro1tm1 noh\vulM, ( incluindo, também, o técnico) deve ser estabelecido
realizados por gregos ou eglpcloH, <hlHOI'ovonclo n <·nnH com o máximo rigor, já que, segundo os defeitos, há
trução das pirâmides, pum clopoiH, tii'Hpo r·t 11 r· o l n t 11 possibilidades de estabelecer especializações nas cri·
rêsse pelo estudo da matérin. anças, que, em determinados setores, podem tornar­
·Se habilissima.S; em terceiro lugar, deve-se estabele­
EDUCAÇAO ESCOLAR DOS DEF'ICJio:N'I'fl:H Vtd• <:ri· cer uma programação segura do aproveitamento pos­
anças deficientes - Em complomonttlçí\o tlo quo ro1 terior dessas crianças, para que elas encontrem, quan­
examinado naquele artigo, tom-so do iiullonttu' o grn­ do capazes de se dedicarem a um mister, um emprê­
ve problema pedagógico e social que surgo aqui, quo go conveniente para as mesmas.
- 192 - - 193 -
A educação pode ser realizada em si mesmo pelo é o da convivência ou não da criança deficiente com
mesmo sujeito ( auto-educação ), ou por outros ( hetc­ a normal, na escola. Devemos considerar que o te·
ro-edncação ). Segundo os objetos a que se dedica, ma é de envergadura, e imensamente controverso, so­
a educação pode ser física ( muscular ) , afetiva ou mo­ bretudo devldo aos estudos modernos que sôbre êle
ral, cognoscitiva, intelectual, etc. A educação inte­ se realizam, e seria longo enumerar o que já se rea­
gral inclui tôdas as outras. Vide Introdução. lizou neste setor.

EDUCAÇÃO ESCOLAR - Para que a educação escolar se­ Mas, se partirmos de uma realidade, que é a con·
ja salutar, não deve cingir-se apenas à instrução, co­ vivência no lar de crianças normais e crianças defi­
mo infelizmente julgam alguns professores. É mis­ cientes, e que essa ccnvivêncta, obedecendo a certas
ter que haja cooperação de mestres e alunos entre si. regras, com o auxílio, sobretudo, dos pais, pode esta­
Ademais, o mestre deve ser um estimulador da auto­ belecer-se em níveis razoáveis e até convenientes, o
-instrução, pois deve dar ao aluno pontos de interêsse, mesmo não é impossível realizar-se na escola, desde
para que, desejoso de saber, procure por si o conheci­ que os mestres tenham plena consciência da sua fun­
mento. É mister incutir na mente do aluno que ca­ ção em tais casos, e saibam considerar cada criança
da um é o mais apto a realizar o melhor para si mes­ ccmo um caso singular, bem como sejam. capazes de
mo, no setor do conhecimento. Despertado o proble­ dar aos outros alunos uma compreensão justa, capaz
ma, incute-se-lhe o interêsse em resolvê-lo, dando-lhe de evitar os conflitos emocionais que surgem e sur­
os meios para pesquisas. Assim, se se trata de um giriam, quando houvesse descuido cu inabilidade no
problema histórico, se tal fato se deu, dêste ou da· trato que se deve manter. As observações realizadas
quele modo, facilita-se ao aluno a pesquisa, auxilian­ revelam que essa convivência é capaz de manter-se
do-o apenas com a indicação das obras convenien­ normal, dentro de um âmbito, e inconvfi:)niente dentro
tes para compulsar. O mestre, que tem um papel so­ de outro. A posição mais comum é a da formação
cial importantíssimo, deve sempre ter em mente que de escolas especializadas para tais casos, as quais po­
o aluno reterá, fàcilmente, a matéria que lhe interessa, dem rEger-se por um rigor pedagógico bem apreciá­
enquanto a que lhe desgosta será fàcilmente esqueci vel. Nestes casos, estabelecem-se regras gerais, que
da. O fortalecimento da memória exige um grau de indicam providências que devem ser tomadas, como
interêsse, que cabe ao mestre despertar, caso não sur­ as seguintes: rigoroso diagnóstico de cada caso, que
ja espontâneamente. E tal se consegue por vias di·
deve ser o mais correto possível, pois é mister evitar
retas e indiretas, sobretudo por estas últimas; como
os enganos que certos sintomas podem oferecer, o que
seja, abordar o tema sob um ângulo, quo aguco n
exige um pessoal superiormente especializado, alta·
curiosidade, despertando o interêsse. Um professor,
mente clínico, capaz de subministrar aos mestres to­
que desejasse interessar os alunos na bot.nntca, podo·
ria começar pela apresentaçfio do urnt� l>oh� flor c, elo
dos os dados e conselhos, que devem ser observados

pois, descrever as suas pnrlos o funçooH , nt�O om tOr e cumpridos; em segundo lugar, deve-se estabelecer
mos rigorosamente tócnicos, mns moH�rnndo o. b(llo:r:n uma classificação geral, :para que o ensino seja mi­
da complexidade que n vlcln rr·ln pHI'IL nlcnnçnr �� sun nistrado segundo êsse grau, o que também exige espe­
perpetuação. Ou, entú.o, p1Lm lnt.uri'HHILI' o nluno rm cialistas altamente capazes. O programa de ensino
história, abrir com um d1scur.so Hflhro ro1tm1 noh\vulM, ( incluindo, também, o técnico) deve ser estabelecido
realizados por gregos ou eglpcloH, <hlHOI'ovonclo n <·nnH com o máximo rigor, já que, segundo os defeitos, há
trução das pirâmides, pum clopoiH, tii'Hpo r·t 11 r· o l n t 11 possibilidades de estabelecer especializações nas cri·
rêsse pelo estudo da matérin. anças, que, em determinados setores, podem tornar­
·Se habilissima.S; em terceiro lugar, deve-se estabele­
EDUCAÇAO ESCOLAR DOS DEF'ICJio:N'I'fl:H Vtd• <:ri· cer uma programação segura do aproveitamento pos­
anças deficientes - Em complomonttlçí\o tlo quo ro1 terior dessas crianças, para que elas encontrem, quan­
examinado naquele artigo, tom-so do iiullonttu' o grn­ do capazes de se dedicarem a um mister, um emprê­
ve problema pedagógico e social que surgo aqui, quo go conveniente para as mesmas.
- 192 - - 193 -
Contudo, é mister que mantenham convivência dos homens que a rodeiam, e também do seu próprio
com crianças normais, devidamente preparadas para sentir.
comprender aquelas.
A criança receberá dos pais os primeiros ensina­
Atualmente, dado o alto grau de civilização, não mentos religiosos.
há mais aquêle preconceito de que os defeituosos são
inaproveitáveis, o que os atirava, em muitos casos, à Nos países em que impera um único credo, uma
inatividade, e até à mendicância. Sabe-se, hoje, que única religião, a criança encontrará em casa, no co­
defeituosos são capazes de alcançar alto nível técni­ légio e no ambiente em que vive, os ensinamentos
co e também intelectual em determinados setores, o mais importantes. Já nos países em que a religião
que os torna úteis à sociedade que os ampara e pro­ é livre, e onde prolifera um sem número de seitas ou
tege. Nunca se esqueça o exemplo do Aleijadinho, pa­ igrejas, a questão já toma outro vulto.
ralitico, de Theodore Roosevelt, míope, de Franltlin
EDUCAÇÃO SOCIAL NA AULA - Sem dúvida, que, nu­
Roosevelt, paralítico, Heler Keller, cega, surda e mu­
ma aula, é fácil observar que os alunos se integram
da, e de alguns deficientes mentais, que se tomaram
em determinados círculos, que podem ser maiores ou
notáveis especialistas, etc.
menores, formando grupos, mais ou menos coesos e
EDUCAÇÃO PROGRESSIVA - A base da filosofia do es­ resistentes, que permitem maior ou menor soma de
critor americano Jolm Dewey, criador da "Educação influência dos outros. São verdadeiros grupos, por­
Progressiva", resume-se nesta frase: "aprender pela que há um têrmo comum que os coerencia. Assim,
ação". Funda a sua filosofia da educação no fato de um aluno pode tomar parte mais intimamente num
crianças compreenderem melhor, e recordarem por grupo como noutro, e há até os que são capazes de
um período mais longo, o que está relacionado com tomar parte em todos os grupos. Mas é fácil obser­
a sua própria vida, por ser o que elas experimentam var que seu comportamento varia de um grupo pa­
e compreendem de maneira viva. ra outro. Uma das observações mais importantes pa­
ra o mestre são as sedimentações grupais, que se for­
A educação progressiva foi censurada pelos que mam em função do temperamento. Assim há intro­
afirmam que não é possível deixar-se a criança em vertidos, acanhados, tímidos e extrovertidos, sociais,
completa liberdade. Grande número de educadores dados. Se o mestre fundar-se numa concepção ca­
opta pela necessidade de direção e orientação cons­ racterológica, como a de Corman, poderá classificar
tante, de forma que os alunos não se dirijam por si os alunos em dilatados e retraídos. Os primeiros em
sós. dilatados astênicos e estênicos. Os segundos, em re­
Muitas idéias aceitas por grande parte de educa­ traídos laterais e retraídos de base, e observar o com­
dores são contribuições da educação progressiva, co­ portamento que manifestam em relação aos outros.
mo, por exemplo: o reconhecimento de que todo indi· Em regra geral, os professores se desinteressam por
víduo tem necessidades individuais e apresenta mani· tais estudos, o que é lamentável, dedicando-se ape­
!estações diferentes, que nevem ser estimuladas, dan­ nas à matéria que ministram. Contudo, como há
do-se-lhes meios de expressão como os artísticos, li­ mestres que sentem melhor o seu grande papel peda·
terários, oratórios, etc., o que leva as crianças à in­ gógico, portanto social, e assumem conscientemente
vestigação, à criação por meio de descobertas, subs­ uma responsabilidade, que realmente têm, é aconse·
tituindo o conhecimento de memória, por um mais. lhável um método oferecido por Moreno, que consis·
vivo e experimental. te nas seguintes providências: ped1r a cada aluno que
faça, em particular, uma lista de três ou quatro ami·
EDUCAÇAO RELIGIOSA - Educação religiosa, no sou gos, dos que mais estimam, daqueles que consideram
mais alto sentido, significa todo o ambiento, clJma realmente seus amigos; o nome do amigo com o qual
moral, social _e espiritual, que só é atingido nn unida­ gostaria de ·conversar mais ou de estudar junto, qual
de perfeita de prática e crença, quo a crlnnçn. viverá que gostaria que o acompanhasse ao cinema, a pas­
entre os seus, no seio de sua famflia, dos seus amigos. seios, ao esporte. Depois de uma classificação, que
- 194 - - 195 -
Contudo, é mister que mantenham convivência dos homens que a rodeiam, e também do seu próprio
com crianças normais, devidamente preparadas para sentir.
comprender aquelas.
A criança receberá dos pais os primeiros ensina­
Atualmente, dado o alto grau de civilização, não mentos religiosos.
há mais aquêle preconceito de que os defeituosos são
inaproveitáveis, o que os atirava, em muitos casos, à Nos países em que impera um único credo, uma
inatividade, e até à mendicância. Sabe-se, hoje, que única religião, a criança encontrará em casa, no co­
defeituosos são capazes de alcançar alto nível técni­ légio e no ambiente em que vive, os ensinamentos
co e também intelectual em determinados setores, o mais importantes. Já nos países em que a religião
que os torna úteis à sociedade que os ampara e pro­ é livre, e onde prolifera um sem número de seitas ou
tege. Nunca se esqueça o exemplo do Aleijadinho, pa­ igrejas, a questão já toma outro vulto.
ralitico, de Theodore Roosevelt, míope, de Franltlin
EDUCAÇÃO SOCIAL NA AULA - Sem dúvida, que, nu­
Roosevelt, paralítico, Heler Keller, cega, surda e mu­
ma aula, é fácil observar que os alunos se integram
da, e de alguns deficientes mentais, que se tomaram
em determinados círculos, que podem ser maiores ou
notáveis especialistas, etc.
menores, formando grupos, mais ou menos coesos e
EDUCAÇÃO PROGRESSIVA - A base da filosofia do es­ resistentes, que permitem maior ou menor soma de
critor americano Jolm Dewey, criador da "Educação influência dos outros. São verdadeiros grupos, por­
Progressiva", resume-se nesta frase: "aprender pela que há um têrmo comum que os coerencia. Assim,
ação". Funda a sua filosofia da educação no fato de um aluno pode tomar parte mais intimamente num
crianças compreenderem melhor, e recordarem por grupo como noutro, e há até os que são capazes de
um período mais longo, o que está relacionado com tomar parte em todos os grupos. Mas é fácil obser­
a sua própria vida, por ser o que elas experimentam var que seu comportamento varia de um grupo pa­
e compreendem de maneira viva. ra outro. Uma das observações mais importantes pa­
ra o mestre são as sedimentações grupais, que se for­
A educação progressiva foi censurada pelos que mam em função do temperamento. Assim há intro­
afirmam que não é possível deixar-se a criança em vertidos, acanhados, tímidos e extrovertidos, sociais,
completa liberdade. Grande número de educadores dados. Se o mestre fundar-se numa concepção ca­
opta pela necessidade de direção e orientação cons­ racterológica, como a de Corman, poderá classificar
tante, de forma que os alunos não se dirijam por si os alunos em dilatados e retraídos. Os primeiros em
sós. dilatados astênicos e estênicos. Os segundos, em re­
Muitas idéias aceitas por grande parte de educa­ traídos laterais e retraídos de base, e observar o com­
dores são contribuições da educação progressiva, co­ portamento que manifestam em relação aos outros.
mo, por exemplo: o reconhecimento de que todo indi· Em regra geral, os professores se desinteressam por
víduo tem necessidades individuais e apresenta mani· tais estudos, o que é lamentável, dedicando-se ape­
!estações diferentes, que nevem ser estimuladas, dan­ nas à matéria que ministram. Contudo, como há
do-se-lhes meios de expressão como os artísticos, li­ mestres que sentem melhor o seu grande papel peda·
terários, oratórios, etc., o que leva as crianças à in­ gógico, portanto social, e assumem conscientemente
vestigação, à criação por meio de descobertas, subs­ uma responsabilidade, que realmente têm, é aconse·
tituindo o conhecimento de memória, por um mais. lhável um método oferecido por Moreno, que consis·
vivo e experimental. te nas seguintes providências: ped1r a cada aluno que
faça, em particular, uma lista de três ou quatro ami·
EDUCAÇAO RELIGIOSA - Educação religiosa, no sou gos, dos que mais estimam, daqueles que consideram
mais alto sentido, significa todo o ambiento, clJma realmente seus amigos; o nome do amigo com o qual
moral, social _e espiritual, que só é atingido nn unida­ gostaria de ·conversar mais ou de estudar junto, qual
de perfeita de prática e crença, quo a crlnnçn. viverá que gostaria que o acompanhasse ao cinema, a pas­
entre os seus, no seio de sua famflia, dos seus amigos. seios, ao esporte. Depois de uma classificação, que
- 194 - - 195 -
b ) Culto do eu, preocupação exclusiva de sua
obedeceria às normas preferidas pelo mestre, pode­
cultura pessoal, erigida em fim único de conduta
ria tirar conclusões importantíssimas, verificando, ( Lalande ).
possivelmente, que wn memno é o preferido peles ou­
tros, que um é o menos estimado. Dêsse modo, o Tendência em· pensar constantemente em si mes­
mestre verificará que há algum aluno que é menos mo, subordinando a si mesmo como ponto de refe­
estimado, que se acha isolado, embora considere ou­ rência de tôda atividade mental.
tros e estime outros. Tais alunos merecerão, então,
c ) Pejorativamente, significa, seg. C. Hémon
um exame especial, pois é mister auxiliá-los a conquis­
(cit. por Lalande ), a curiosidade doentia, o diletan­
tar a estima, que não obtiveram. O caso em especial,
tismo enervante, a amorosa e perversa cultura de
devidamente examinado, permitirá que se estabele­
nossa individualidade total.
çam as causas do isolamento, e permitirá que se pro­
ponham normas convenientes para melhorar a atmos­ EGO-SINTôNICO - (l,sicanálise ) - O que está em har­
fera que se forma, e estimular a formação de vínculos monia com o ego, ou que é congruente com suas nor­
de amizade. Assim, a um menino tímido, deve-se fa­ mas.
litar alguma atividade que êle possa exercer, e que
não exerçam os outros, ou em que êle possa executar EIDÉTICO - a) Têrmo gr. eidetikós, usado pelos anti­
gos para significar tudo quanto é concernente ao co­
com maior habiiiaacte, a fim cte awnentar-lhe o pres­
nhecimento ( eidesis = ciência, conhecimento ) .
tígio de que carece, além da auto-confiança que mui­
tas vêzes lhe faz falta. Deve o mestre guiar-se pela b ) Modernamente, tem sido empregado, na fi­
procura de compensações, e em tudo isso deve agir losofia, no sentido de tudo o que se refere aos eide,
com discrição e habilidade, nunca demonstrando, cla­ às essências-formais das coisas.
ramente, que pretende impor valia a alguém, mas fa­
zendo que essa valia seJa normalmente reconhecida ELABORAÇÃO - a) Elaborar é preparar gradualmente
pelos outros. O exame dos casos particulares facili­ e com trabalho alguma coisa, elaborare. Elabora­
ção é a ação e o efeito de elaborar, de preparar, de
tará ao mestre inteligente o encontro das normas que
concluir.
deverá seguir para ter bem êxito em seu intento.
b ) Todo processo vital orgânico de assimilação
EDUCACIONISMO - Diz-se daquelas doutrinas que atri­ e desassimilação é uma elaboração vital, por isso se
buem à educação o poder suficiente para preparar pode falar numa elaboração mental, pela acomoda­
gerações, segundo padrões estabelecidos. Esta con­ ção dos esquemas e pela assimilação, o que consti­
cepção do século XVIII está implícita em quase tõ­ tui, propriamente, a adaptação psíquica. Daí poder·
das as doutrinas sociais, socialistas e socializantes, -se falar nwna elaboração do conhecimento, que é o
que têm surgido até os nossos dias. conjunto das operações mentais, pelos quais os da­
EGO - ALTRUíSMO - Vide Ética. Para as concepções
dos imediatos, que constituem a matéria do conheci·
menta, servem de motivos para permitir, pela ativi­
ego-altruístas, o fim da vida é o prazer, mas é preci­
dade intelectual, a formação dos esquemas, a coor­
so verificar que o interêsse confunde-se com o bem
denação dos mesmos, sua seriação e ccrdenação es­
geral. A máxima moral dos ego-altruístas consiste
quemática, que vão constituir os conceitos, as cate­
em apontar ao homem a obtençao da maior scma de
gorias, os juízos intelectua1s.
prazer ao maior número possível.
c) Na vida social, a elaboração pode ser feita
EGOíSMO - Vide nenerosidade; Compartilhar . com outras pessoas, e é a colabor�ção (vide).
EGOTISMO - a) Segundo Addison, o têrmo é atribuído ELAÇÃO - Estado de excitação emotiva, que se caraG­
a Port-Royal, e quer significar o defeito que revela o teriza por um intenso prazer e um estado de anima­
homem em constantemente usar a primeira pessoa, ção, com grande aumento da atividade motora.
•, o que revela vaidade.
- 197 -
- 196 -
b ) Culto do eu, preocupação exclusiva de sua
obedeceria às normas preferidas pelo mestre, pode­
cultura pessoal, erigida em fim único de conduta
ria tirar conclusões importantíssimas, verificando, ( Lalande ).
possivelmente, que wn memno é o preferido peles ou­
tros, que um é o menos estimado. Dêsse modo, o Tendência em· pensar constantemente em si mes­
mestre verificará que há algum aluno que é menos mo, subordinando a si mesmo como ponto de refe­
estimado, que se acha isolado, embora considere ou­ rência de tôda atividade mental.
tros e estime outros. Tais alunos merecerão, então,
c ) Pejorativamente, significa, seg. C. Hémon
um exame especial, pois é mister auxiliá-los a conquis­
(cit. por Lalande ), a curiosidade doentia, o diletan­
tar a estima, que não obtiveram. O caso em especial,
tismo enervante, a amorosa e perversa cultura de
devidamente examinado, permitirá que se estabele­
nossa individualidade total.
çam as causas do isolamento, e permitirá que se pro­
ponham normas convenientes para melhorar a atmos­ EGO-SINTôNICO - (l,sicanálise ) - O que está em har­
fera que se forma, e estimular a formação de vínculos monia com o ego, ou que é congruente com suas nor­
de amizade. Assim, a um menino tímido, deve-se fa­ mas.
litar alguma atividade que êle possa exercer, e que
não exerçam os outros, ou em que êle possa executar EIDÉTICO - a) Têrmo gr. eidetikós, usado pelos anti­
gos para significar tudo quanto é concernente ao co­
com maior habiiiaacte, a fim cte awnentar-lhe o pres­
nhecimento ( eidesis = ciência, conhecimento ) .
tígio de que carece, além da auto-confiança que mui­
tas vêzes lhe faz falta. Deve o mestre guiar-se pela b ) Modernamente, tem sido empregado, na fi­
procura de compensações, e em tudo isso deve agir losofia, no sentido de tudo o que se refere aos eide,
com discrição e habilidade, nunca demonstrando, cla­ às essências-formais das coisas.
ramente, que pretende impor valia a alguém, mas fa­
zendo que essa valia seJa normalmente reconhecida ELABORAÇÃO - a) Elaborar é preparar gradualmente
pelos outros. O exame dos casos particulares facili­ e com trabalho alguma coisa, elaborare. Elabora­
ção é a ação e o efeito de elaborar, de preparar, de
tará ao mestre inteligente o encontro das normas que
concluir.
deverá seguir para ter bem êxito em seu intento.
b ) Todo processo vital orgânico de assimilação
EDUCACIONISMO - Diz-se daquelas doutrinas que atri­ e desassimilação é uma elaboração vital, por isso se
buem à educação o poder suficiente para preparar pode falar numa elaboração mental, pela acomoda­
gerações, segundo padrões estabelecidos. Esta con­ ção dos esquemas e pela assimilação, o que consti­
cepção do século XVIII está implícita em quase tõ­ tui, propriamente, a adaptação psíquica. Daí poder·
das as doutrinas sociais, socialistas e socializantes, -se falar nwna elaboração do conhecimento, que é o
que têm surgido até os nossos dias. conjunto das operações mentais, pelos quais os da­
EGO - ALTRUíSMO - Vide Ética. Para as concepções
dos imediatos, que constituem a matéria do conheci·
menta, servem de motivos para permitir, pela ativi­
ego-altruístas, o fim da vida é o prazer, mas é preci­
dade intelectual, a formação dos esquemas, a coor­
so verificar que o interêsse confunde-se com o bem
denação dos mesmos, sua seriação e ccrdenação es­
geral. A máxima moral dos ego-altruístas consiste
quemática, que vão constituir os conceitos, as cate­
em apontar ao homem a obtençao da maior scma de
gorias, os juízos intelectua1s.
prazer ao maior número possível.
c) Na vida social, a elaboração pode ser feita
EGOíSMO - Vide nenerosidade; Compartilhar . com outras pessoas, e é a colabor�ção (vide).
EGOTISMO - a) Segundo Addison, o têrmo é atribuído ELAÇÃO - Estado de excitação emotiva, que se caraG­
a Port-Royal, e quer significar o defeito que revela o teriza por um intenso prazer e um estado de anima­
homem em constantemente usar a primeira pessoa, ção, com grande aumento da atividade motora.
•, o que revela vaidade.
- 197 -
- 196 -
\
\
ELEIÇÃO - a ) Eleger, de elegere, escolher de, significa curar ajudá-los na medida do possível, de forma que
realizar a escolha entre vários. isto lhes sirva de um útil aprendizado. Convém que
b ) Na Psicologia, fala-se em livre eleição para o jovem aprenda a adaptar-se aos outros, trabalhar
com outros, e para outros.
referir-se à ação eletiva da vontade livre.
Em grande número de casos, devido às exigên­
c ) Emprega-se o têrmo, ainda, para referir-se
cias cada vez maiores, convém que todos, numa fa­
a todo ato de vontade .
mília, trabalhem, contribuindo com o seu ganho pa­
�LIMINAÇÃO NO BEBÊ - ( Evacuação ) - Vide Pueri· ra as despesas gerais. Nestes casos, é preciso que
cultura - 4." cap., § 14 e 6.0 cap., § 1 7 . o jovem ou a jovem ocupem um trabalho, que não
os canse demasiado e recebam a proteção das leis
ELOCUÇÃO - Enunciação do pensamento por meio de
trabalhistas. Quanto às contribuições é preciso es­
palavras. É a parte da Retórica que examina as re­
tabelecer a porcentagem que cada um deve fornecer
gras do estilo, as figuras, os trcpos, as imagens, os
à família.
conceitos. São os elementos que contribuem para a
eloqüência, sem deixar de considerar a entonação e ENCANTO - (Do lat. canto, cantar) . Conduta ou fór­
o ritmo na pronúncia, a hábil seleção e ordenação mula verbal, que tem o dom de despertar estados
das palavras, das orações, das frases e também das de agradabilidade intensa, e até de exercer o domí­
figuras, bem como os gestos, a mímica e as atitudes. nio pleno sôbre alguém. Para tal se usam, também,
São todos êsses elementos que constroem a eloqüên­ objetos aos quais se atribuem o poder de realizar o
cia, e tornam o discurso persuasivo, convincente. encantamento.
EMAGRECIMENTO - Vide Criança magra. Essa prática é universal, e é a constância da
sua universalidade que exige que sôbre tal objeto se
BMISSúES SEMINAIS - Entre o período compreendido processem estudos mais acurados.
dos doze aos quatorze anos, os meninos experimen­
tam ejaculações involuntárias de sêmen. É impor­ ENCEFALITE - Significa "inflamação do encéfalo", e
tante que recebam informações sôbre o que se pas­ o têrmo "encefalite" abarca uma grande variedade
sa, assim como a menina, da aproximação do perío­ de enfermidades.
do menstrual. Os casos benignos de encefalite se caracterizam
No menino, tal pode ocorrer devido a uma sim­ por dôres de cabeça, febre, rigidez do pescoço e das
ples tensão geral. Alguns têm sonhos sexualmente espáduas, músculos tensós e possível modorra. Nos
excitantes, chamados, comumente, "sonhos eróticos", casos graves, apresenta-se um princípio agudo: febre
juntamente com as emissões noturnas. Os pais de­ alta, tremuras, tonturas, e muitas vêzes, estado de
vem explicar o porquê de tais fatos, para que o filho coma.
não se encontre ante algo inesperado, sem ter tido um As medidas preventivas são o uso de mosquitei­
prévio conhecimento. ros ( quando há mosquitos); pulverizar o local com
EMPATIA - Do gr. en-pathein, sofrer. Diz-se da proje­ inseticidas, e tomar atenção que êles não proliferem,
ção da mente sObre o objeto, procurando vivê-lo em pois acredita-se sejam os transmissores desta enfer­
sua intrinsicidade, numa quase fusão afetiva com êle. midade.
A empatia assemelha-se à simpatia. Vide Simpatia. ENDOCRINúWGO - ( Vide Especialistas ).
EMPREGOS - É muito comum, durante o período que ENFERMEIRAS - Em determinadas enfermidades im·
antecede a adolescência, que os meninos e as meni­ põem-se os cuidados profissionais de uma enfermeira.
nas tenham vontade de trabalhar para ganhar algum Quando uma criança se encontra doente e não pode
dinheiro, ou ocupar suas horas vagas com algo pro­ ser levada a um hospital, é preciso o auxílio do uma
veitoso. Os pais não devem contrariar e, sim, pro- enfermeira. Nestes casos, é conveniente o conselho
- 198 - - 199 -
\
\
ELEIÇÃO - a ) Eleger, de elegere, escolher de, significa curar ajudá-los na medida do possível, de forma que
realizar a escolha entre vários. isto lhes sirva de um útil aprendizado. Convém que
b ) Na Psicologia, fala-se em livre eleição para o jovem aprenda a adaptar-se aos outros, trabalhar
com outros, e para outros.
referir-se à ação eletiva da vontade livre.
Em grande número de casos, devido às exigên­
c ) Emprega-se o têrmo, ainda, para referir-se
cias cada vez maiores, convém que todos, numa fa­
a todo ato de vontade .
mília, trabalhem, contribuindo com o seu ganho pa­
�LIMINAÇÃO NO BEBÊ - ( Evacuação ) - Vide Pueri· ra as despesas gerais. Nestes casos, é preciso que
cultura - 4." cap., § 14 e 6.0 cap., § 1 7 . o jovem ou a jovem ocupem um trabalho, que não
os canse demasiado e recebam a proteção das leis
ELOCUÇÃO - Enunciação do pensamento por meio de
trabalhistas. Quanto às contribuições é preciso es­
palavras. É a parte da Retórica que examina as re­
tabelecer a porcentagem que cada um deve fornecer
gras do estilo, as figuras, os trcpos, as imagens, os
à família.
conceitos. São os elementos que contribuem para a
eloqüência, sem deixar de considerar a entonação e ENCANTO - (Do lat. canto, cantar) . Conduta ou fór­
o ritmo na pronúncia, a hábil seleção e ordenação mula verbal, que tem o dom de despertar estados
das palavras, das orações, das frases e também das de agradabilidade intensa, e até de exercer o domí­
figuras, bem como os gestos, a mímica e as atitudes. nio pleno sôbre alguém. Para tal se usam, também,
São todos êsses elementos que constroem a eloqüên­ objetos aos quais se atribuem o poder de realizar o
cia, e tornam o discurso persuasivo, convincente. encantamento.
EMAGRECIMENTO - Vide Criança magra. Essa prática é universal, e é a constância da
sua universalidade que exige que sôbre tal objeto se
BMISSúES SEMINAIS - Entre o período compreendido processem estudos mais acurados.
dos doze aos quatorze anos, os meninos experimen­
tam ejaculações involuntárias de sêmen. É impor­ ENCEFALITE - Significa "inflamação do encéfalo", e
tante que recebam informações sôbre o que se pas­ o têrmo "encefalite" abarca uma grande variedade
sa, assim como a menina, da aproximação do perío­ de enfermidades.
do menstrual. Os casos benignos de encefalite se caracterizam
No menino, tal pode ocorrer devido a uma sim­ por dôres de cabeça, febre, rigidez do pescoço e das
ples tensão geral. Alguns têm sonhos sexualmente espáduas, músculos tensós e possível modorra. Nos
excitantes, chamados, comumente, "sonhos eróticos", casos graves, apresenta-se um princípio agudo: febre
juntamente com as emissões noturnas. Os pais de­ alta, tremuras, tonturas, e muitas vêzes, estado de
vem explicar o porquê de tais fatos, para que o filho coma.
não se encontre ante algo inesperado, sem ter tido um As medidas preventivas são o uso de mosquitei­
prévio conhecimento. ros ( quando há mosquitos); pulverizar o local com
EMPATIA - Do gr. en-pathein, sofrer. Diz-se da proje­ inseticidas, e tomar atenção que êles não proliferem,
ção da mente sObre o objeto, procurando vivê-lo em pois acredita-se sejam os transmissores desta enfer­
sua intrinsicidade, numa quase fusão afetiva com êle. midade.
A empatia assemelha-se à simpatia. Vide Simpatia. ENDOCRINúWGO - ( Vide Especialistas ).
EMPREGOS - É muito comum, durante o período que ENFERMEIRAS - Em determinadas enfermidades im·
antecede a adolescência, que os meninos e as meni­ põem-se os cuidados profissionais de uma enfermeira.
nas tenham vontade de trabalhar para ganhar algum Quando uma criança se encontra doente e não pode
dinheiro, ou ocupar suas horas vagas com algo pro­ ser levada a um hospital, é preciso o auxílio do uma
veitoso. Os pais não devem contrariar e, sim, pro- enfermeira. Nestes casos, é conveniente o conselho
- 198 - - 199 -
médico, que indicará uma que tenha capacidade e A criança sente necessidade de subir nos móveis,
responsabilidade, além de simpatia, paciência e fir­ nas cadeiras, nas camas, e é preciso deixar, algumas
meza. vêzes, que o faça, tendo sempre alguém ao lado.
ENFERMIDADE MENTAL A especialidade médica, ENJOO - Não se conhece ainda a causa exata do enjôo.
que trata das enfermidades mentais denomina-se psi­ Existem várias teorias: devido a transtornos do apa­
quiatria. A que trata da vida mental, denomina-se relho digestivo e hepático; devido a desajustes dos
psicologia. Alguns psicólogos se especializam no ossinhos móveis do ouvido, e ao mau funcionamento
preparo de testes e trabalham em hospitais, institu­ dos órgãos do equílíbrio; a alergias ou então mo­
tos e clinicas psiquiátricas infantis. tivado por transtornos emocionais ou fatôres psico­
lógicos.
As causas de enfermidades mentais poclom Hl'r
classificadas como físicas, mentais c socinls. Mui As crianças, que sofrem constantemente de en­
tas pessoas crêem que as enfermidades mont 11111 tU l U jôo, devem ser levadas ao médico. Pode-se preca­
herdadas. Isto não é verdade; mas nlgumnH rmnm ver o enjôo numa viagem, não dando uma alimenta­
de retardamento mental podLm W I I' l •onhultl , c t�c ção muito forte antes da mesma. Em outros casos,
deve à herança uma maior c�npnd<hutc <I•' c ll • uvul é preferível darem-se pequenas porções durante o
vimento de determinulli\R t•nro nnt<IHII•• u • c u t n t , lu trajeto. Não é aconselhável falar constantemente
tros acreditam que tO<II\'1 H't t•nrc•ll l l ldtuhl • • u u t h t li que êle enjoa e, sim, procurar criar um clima de ale­
são devidas ao tratnnwnto quo " plll 1 1 11pu 1 1 1 n• • gria e de otimismo.
filhos. Atualmente, os t!SitHio. 1 1 111IK c u h ll u l u '" t i ' ' '
ENTUSIASMO - a) Têrmo de origem grega, que vem
como várias as causus dus dlv1 nm c•urc 1 1 1 1 ldtu h
de enthousia ( inspiração divina ) , de en, theos e ou­
mentais.
sia, correspondendo a ter, substancialmente, a divin­
Durante muíto tempo confundiuso o� Hlntunm dade. Assim, etimologicamente, entusiasmo é ter a
de enfermidades físicas com as morais, poJs uutlln divindade dentro de si ou o transporte divino.
apresentam: dor de cabeça, erupções, convulsut•s, In· b ) Per analogia, é empregado para expressar a
digestão, e dor de barriga, etc. Nestes casos, 6 miH· exaltação do espírito, do tonos psíquico, da tensão
ter o diagnóstico do médico psiquiatra para dnr o afetiva, que leva o ser humano à prática de atos ex­
resultado.
traordinários.
ENGANO - Enganar é induzir alguém ao êrro. É ilu· c) Emprega-se, também, para expressar a ad­
dir, é embair. Engano é a ação ou o efeito de enga­ miração viva que desperta, no ser humano, uma pes­
nar ou de enganar-se. É o artifício usado para en­ soa ou um feito humano. Daí empregar-se, também,
ganar alguém. É a falácia, o sofisma para fazer cair para indicar a demonstração ruidosa de alegria e de
outro em êrro. contentamento.
ENGASGO - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 2 1 . d) Na Filosofia, porém, o têrmo entusiasmo de­
ve ser empregado no sentido de revelação de qualida­
ENGATINHAR - Dos nove meses em diante, o bebê sen­ des superiores de um ser, de exaltação do espírito
te necessidade de gatinhar, e de exercícios que cons­ ante as grandezas e as belezas, que a inteligência hu­
tituam parte do aprendizado para o seu desenvolvi· mana é capaz de captar.
mento muscular.
ENUNCIADO - Enunciar é exprimir os pensamentos
Devem-se afastar objetos perigosos ( pontudos, por palavras. É manifestar, é proferir. Enunciado
etc.) de perto do local onde êle gatinha, e se o faz é o que é expresso por palavras. O enunciado de
numa escada, convém impedir-lhe a subida, por meio alguma coisa distingue-se da definição, pois, enquan·
de uma porteira, ou que tenha sempre alguém ao to nesta, aponta-se apenas o que é essencial, naquele
lado. se pode descrever até os antecedentes. A definição
- 200 - - 201 -
médico, que indicará uma que tenha capacidade e A criança sente necessidade de subir nos móveis,
responsabilidade, além de simpatia, paciência e fir­ nas cadeiras, nas camas, e é preciso deixar, algumas
meza. vêzes, que o faça, tendo sempre alguém ao lado.
ENFERMIDADE MENTAL A especialidade médica, ENJOO - Não se conhece ainda a causa exata do enjôo.
que trata das enfermidades mentais denomina-se psi­ Existem várias teorias: devido a transtornos do apa­
quiatria. A que trata da vida mental, denomina-se relho digestivo e hepático; devido a desajustes dos
psicologia. Alguns psicólogos se especializam no ossinhos móveis do ouvido, e ao mau funcionamento
preparo de testes e trabalham em hospitais, institu­ dos órgãos do equílíbrio; a alergias ou então mo­
tos e clinicas psiquiátricas infantis. tivado por transtornos emocionais ou fatôres psico­
lógicos.
As causas de enfermidades mentais poclom Hl'r
classificadas como físicas, mentais c socinls. Mui As crianças, que sofrem constantemente de en­
tas pessoas crêem que as enfermidades mont 11111 tU l U jôo, devem ser levadas ao médico. Pode-se preca­
herdadas. Isto não é verdade; mas nlgumnH rmnm ver o enjôo numa viagem, não dando uma alimenta­
de retardamento mental podLm W I I' l •onhultl , c t�c ção muito forte antes da mesma. Em outros casos,
deve à herança uma maior c�npnd<hutc <I•' c ll • uvul é preferível darem-se pequenas porções durante o
vimento de determinulli\R t•nro nnt<IHII•• u • c u t n t , lu trajeto. Não é aconselhável falar constantemente
tros acreditam que tO<II\'1 H't t•nrc•ll l l ldtuhl • • u u t h t li que êle enjoa e, sim, procurar criar um clima de ale­
são devidas ao tratnnwnto quo " plll 1 1 11pu 1 1 1 n• • gria e de otimismo.
filhos. Atualmente, os t!SitHio. 1 1 111IK c u h ll u l u '" t i ' ' '
ENTUSIASMO - a) Têrmo de origem grega, que vem
como várias as causus dus dlv1 nm c•urc 1 1 1 1 ldtu h
de enthousia ( inspiração divina ) , de en, theos e ou­
mentais.
sia, correspondendo a ter, substancialmente, a divin­
Durante muíto tempo confundiuso o� Hlntunm dade. Assim, etimologicamente, entusiasmo é ter a
de enfermidades físicas com as morais, poJs uutlln divindade dentro de si ou o transporte divino.
apresentam: dor de cabeça, erupções, convulsut•s, In· b ) Per analogia, é empregado para expressar a
digestão, e dor de barriga, etc. Nestes casos, 6 miH· exaltação do espírito, do tonos psíquico, da tensão
ter o diagnóstico do médico psiquiatra para dnr o afetiva, que leva o ser humano à prática de atos ex­
resultado.
traordinários.
ENGANO - Enganar é induzir alguém ao êrro. É ilu· c) Emprega-se, também, para expressar a ad­
dir, é embair. Engano é a ação ou o efeito de enga­ miração viva que desperta, no ser humano, uma pes­
nar ou de enganar-se. É o artifício usado para en­ soa ou um feito humano. Daí empregar-se, também,
ganar alguém. É a falácia, o sofisma para fazer cair para indicar a demonstração ruidosa de alegria e de
outro em êrro. contentamento.
ENGASGO - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 2 1 . d) Na Filosofia, porém, o têrmo entusiasmo de­
ve ser empregado no sentido de revelação de qualida­
ENGATINHAR - Dos nove meses em diante, o bebê sen­ des superiores de um ser, de exaltação do espírito
te necessidade de gatinhar, e de exercícios que cons­ ante as grandezas e as belezas, que a inteligência hu­
tituam parte do aprendizado para o seu desenvolvi· mana é capaz de captar.
mento muscular.
ENUNCIADO - Enunciar é exprimir os pensamentos
Devem-se afastar objetos perigosos ( pontudos, por palavras. É manifestar, é proferir. Enunciado
etc.) de perto do local onde êle gatinha, e se o faz é o que é expresso por palavras. O enunciado de
numa escada, convém impedir-lhe a subida, por meio alguma coisa distingue-se da definição, pois, enquan·
de uma porteira, ou que tenha sempre alguém ao to nesta, aponta-se apenas o que é essencial, naquele
lado. se pode descrever até os antecedentes. A definição
- 200 - - 201 -
é um enunciado, mas de máxima determinação; é bebê e a criança, são descritos na Puericultura, os
uma espécie de enunciado. que convém.

ENURESE ( incontinência urinária ) - A enurese é um Cabe aos pais a compra e seleção dos brinquedos
problema que pode surgir. Torna-se um dos hábi­ e material de jogos mais interessantes para o filho.
tos mais indesejáveis em crianças, e algumas vêzes Ao mesmo tempo que proporcionam prazer, devem
até em adolescentes. ter uma grande utilidade.

A incontinência urinária ( enurese), apresentan­ ERISIPELA - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap., § 10.


do-se após a. idade geralmente considerada normal,
ERUPÇõES - As erupções podem ser ligeiras e transi­
que vai a.té ao terceiro ou quarto ano, quando a cri­
tórias, enquanto outras aparecem com mais freqüên­
ança já deve possuir o completo domínio de suas ne­

d
cia e se devem à intolerância com respeito a determi­
cessidades fisiológicas, e que não seja também por
na as substâncias. Algumas parecem ser devidas a
motivo de alguma deficiência física, deve ser tratada
transtornos emocionais. Outras vão associadas a al­
com tôd.a a atenção.
guma enfermidade infecciosa, como o sarampo, a va­
Uma das primeiras providências é atentar-se pa­ ríola, ou devido a enfermidades da pele, contagiosas,
ra a alimentação, impedir a ingestão de líquidos à como: sarna, impertigo etc.
noite, principalmente antes de deitar.
O médico é que se encontra capacitado em dis·
Êsse mau hábito pode ter como origem várias tinguir se é ou não de tipo infeccioso.
causas conscientes e inconscientes; há ocasiões em
que nos revela ciumes por um innão. Nesses casos,
ESCAPAR - Certas proibições· e regras devem ser im·
postas pelos pais, porém não ao excesso. Com três
costuma aparecer quando do nascimento do irmão:
anos ou quatro, começa a criança a mostrar-se rebel­
é, então, tipicamente, o sintoma de um estado de de­
de, mas esta rebeldia, desde que não ultra�asse os
limites de uma liberdade sã, não deve ser proibida e
sequilíbrio emocional. A criança parece-nos regre­
dir a uma. idade já ultrapassada. Pode-se considerar
sim controlada.
como um recurso que ela usa, inconsciente, para cha
mar novamente a atenção sôbre ela; julga poder atrair A criança, que ameaça aos pais gue irá embora
os pais, comportando-se como se fôsse um bebê. :r:: de casa, em geral, o faz verbalmente. Se caso o fa­
um estado de regressão, provocado pelos ciúmes, ça, alguma vez, é preciso buscá:la e le':á-la para ca­
que a criança sentiu ao ver-se preterida pelo irmão sa sem impor-lhe qualquer castigo e, s1m, procurar
menor. a'
a r-lhe o máximo de carinho e compreensão. .É na·

Quando a enurc�u..· prolougn :;u H li' ·� .luVI'nhutn,


tural que tratamos aqui de crianças normais e que

então já é um sintoma do p(lrt.mhn(,;oc•tl psfqulm!i, ctnc


não se encontram sob uma tensão emocional muito

(•lfnl<!o
forte; em cujo caso, somente a ajuda profissional es­
necessitam um trnlurnNtto
tá capacitada para descobrir as causas, e deve ser
ENVENENAMEN'rO - Vidtl t•tU'rh-ulluru I 0," <'lll » ,
imediata.
§ 10. ESCARLATINA - Vide Puericultura - 1 l.o cap., § 7.

EPISIOTOl\UA - ( Vidt "(!ulchulute llu rc·c·c IIHih!Ctlldu•• ), ESCOLA MODERNA - A muitos filósofos, pedagogos e
pais surge uma importante pergunta: será a esc�la
moderna superior à escola antiga? A pergunta nao
é descabida, e as razões são as seguintes: quando
um adulto, que foi educado segundo a rígida disci­
plina antiga, em casarões obscuros, em que poucas
EQUIPAMENTOS DE .J()(;() 1; thl 1: 1 1 1 1 1 1 ln vuhtl' Jlllll� coisas havia para distrair a atenção dos alunos, on­
a criança e o jovem, o nmlorlnl c h IH louc11, l'um u de o currículo era rigoroso, os temas e exercícios nu-

- 202 - 203 -
é um enunciado, mas de máxima determinação; é bebê e a criança, são descritos na Puericultura, os
uma espécie de enunciado. que convém.

ENURESE ( incontinência urinária ) - A enurese é um Cabe aos pais a compra e seleção dos brinquedos
problema que pode surgir. Torna-se um dos hábi­ e material de jogos mais interessantes para o filho.
tos mais indesejáveis em crianças, e algumas vêzes Ao mesmo tempo que proporcionam prazer, devem
até em adolescentes. ter uma grande utilidade.

A incontinência urinária ( enurese), apresentan­ ERISIPELA - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap., § 10.


do-se após a. idade geralmente considerada normal,
ERUPÇõES - As erupções podem ser ligeiras e transi­
que vai a.té ao terceiro ou quarto ano, quando a cri­
tórias, enquanto outras aparecem com mais freqüên­
ança já deve possuir o completo domínio de suas ne­

d
cia e se devem à intolerância com respeito a determi­
cessidades fisiológicas, e que não seja também por
na as substâncias. Algumas parecem ser devidas a
motivo de alguma deficiência física, deve ser tratada
transtornos emocionais. Outras vão associadas a al­
com tôd.a a atenção.
guma enfermidade infecciosa, como o sarampo, a va­
Uma das primeiras providências é atentar-se pa­ ríola, ou devido a enfermidades da pele, contagiosas,
ra a alimentação, impedir a ingestão de líquidos à como: sarna, impertigo etc.
noite, principalmente antes de deitar.
O médico é que se encontra capacitado em dis·
Êsse mau hábito pode ter como origem várias tinguir se é ou não de tipo infeccioso.
causas conscientes e inconscientes; há ocasiões em
que nos revela ciumes por um innão. Nesses casos,
ESCAPAR - Certas proibições· e regras devem ser im·
postas pelos pais, porém não ao excesso. Com três
costuma aparecer quando do nascimento do irmão:
anos ou quatro, começa a criança a mostrar-se rebel­
é, então, tipicamente, o sintoma de um estado de de­
de, mas esta rebeldia, desde que não ultra�asse os
limites de uma liberdade sã, não deve ser proibida e
sequilíbrio emocional. A criança parece-nos regre­
dir a uma. idade já ultrapassada. Pode-se considerar
sim controlada.
como um recurso que ela usa, inconsciente, para cha
mar novamente a atenção sôbre ela; julga poder atrair A criança, que ameaça aos pais gue irá embora
os pais, comportando-se como se fôsse um bebê. :r:: de casa, em geral, o faz verbalmente. Se caso o fa­
um estado de regressão, provocado pelos ciúmes, ça, alguma vez, é preciso buscá:la e le':á-la para ca­
que a criança sentiu ao ver-se preterida pelo irmão sa sem impor-lhe qualquer castigo e, s1m, procurar
menor. a'
a r-lhe o máximo de carinho e compreensão. .É na·

Quando a enurc�u..· prolougn :;u H li' ·� .luVI'nhutn,


tural que tratamos aqui de crianças normais e que

então já é um sintoma do p(lrt.mhn(,;oc•tl psfqulm!i, ctnc


não se encontram sob uma tensão emocional muito

(•lfnl<!o
forte; em cujo caso, somente a ajuda profissional es­
necessitam um trnlurnNtto
tá capacitada para descobrir as causas, e deve ser
ENVENENAMEN'rO - Vidtl t•tU'rh-ulluru I 0," <'lll » ,
imediata.
§ 10. ESCARLATINA - Vide Puericultura - 1 l.o cap., § 7.

EPISIOTOl\UA - ( Vidt "(!ulchulute llu rc·c·c IIHih!Ctlldu•• ), ESCOLA MODERNA - A muitos filósofos, pedagogos e
pais surge uma importante pergunta: será a esc�la
moderna superior à escola antiga? A pergunta nao
é descabida, e as razões são as seguintes: quando
um adulto, que foi educado segundo a rígida disci­
plina antiga, em casarões obscuros, em que poucas
EQUIPAMENTOS DE .J()(;() 1; thl 1: 1 1 1 1 1 1 ln vuhtl' Jlllll� coisas havia para distrair a atenção dos alunos, on­
a criança e o jovem, o nmlorlnl c h IH louc11, l'um u de o currículo era rigoroso, os temas e exercícios nu-

- 202 - 203 -
merosos, as horas de estudo, pelo menos, o dõbro
rentemente culta, para ocultar a sua vacuidade, as
das atuais, compara essas escolas às modernas, cheias
teorias e pontos de vista, mas são apena� pontos de
de luz, salões amplos, espaços para jogos, salas de
áula decoradas de tõdas as maneiras, poucas horas
}
vista, que não resistem a um3; especu a9ao que o�
deça às rigorosas e eternas leis da Lógica e da Dia­
de estudo, ausência quase total de exercícios e de
léctica bem fundada. Então, os adversários nega­
temas para serem feitos, pergunta, então, a si mesmo,
riam validez à Lógica, como se fõsse possível negar
se tudo isso não dispersará o aluno, e se lhe dará
validez à Matemática. E todos se excedem em ali­
o número de conhecimentos que realmente necessita
para o seu desenvolvimento intelectual. Sem dúvi­ nhar argumentos, e mais argumentos, na intenção de
da, a questão está aberta. As razões a favor de tun justificar a sua posição. Como o tema é a escola
moderna comparada à antiga, vejamos, agora, os ar­
lado e de outro, se polarizam, de tal modo, que pode­
gumentos dos defensores desta: a escola moderna
mos afirmar que a controvérsia ainda não encontrou
busca reunir o que havia de positivo e seguro na es­
uma solução satisfatória. Se considerarmos que o
cola antiga, criando um ambiente mais vital, mais
conhecimento, hoje, no campo pelo menos cultural,
higiênico e mais humano. A escola torna-se um am­
de um jovem de curso superior está aquém de o de
biente agradável. Os professores se esmeram no
um ginasiano de quarenta anos atrás, com muito
estudo pedagógico e na didatica, buscam todos os
mais cultura, alegam outros que, em compensação,
métodos mais eficientes de ensinar, e guiam-se por
o estudante de hoje recebe uma instrução científica
resultados obtidos de observações e experimentações
superior à que recebiam nossos avós. Por sua vez,
feitas com todo rigor. O colégio passa para a crian­
alegam os adversários que as elites intelectuais no
ça a ser como uma oficina de trabalh�, como o é a
mundo inteiro revelam, hoje, um grau muito inferior . _
oficina' onde seu pai emprega a sua atividade econo­
de cultura que as elites do passado, e que o número
mica. Também as fábricas modernas não são mais
de criadores, em todos os setores das atividades hu­
os casarões obscuros e primitivos, mas ambientes
manas, com excepção da técnica, é menor, em pro·
cheios de agradabilidade e a produtividade dos tra­
porção ao do passado, apesar da multiplicação das
balhadores não diminuiu por isso, mas ao contrário.
escolas e do aumento dos diplomados de curso su·
Todos êsses argumentos são válidos sem dúvida, e
perior. Todos os setores de criação estão em docn­
c01·respondem a aspetos objetives, que não podem
dência. Não há mais compositores, poolns, osoult.o
ser ocultados. Mas, ninguém pode deixar de reconhe­
res, pintores como o passado ofereceu, o. niLO 1'\111' 11111
se queira considerar como suportoros n lltWtlc•fl ele 1 1 1 1 1

cer que, ao lado disso tudo, poderia acr scentar-se, e
deve-se fazê-lo, maior soma cte conhecimentos, so­
Bach, de um Haydn, do um Mov.n r l. , do 1 1 1 1 1 V l v1 1 l c l t ,
bretudo os que se referem à parte cultural do homem,
essas cerebrais renlizo.çomi elo t•fc l l mt MI I I I C I II I tu "'
inspiração, quo st• u.proflcm t nt n c•outn 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 pnhL
porque êsse enriquecimento é para tõda a vida, e �­
ou
rá ao homem em formação, elementos, que poderao
vra da realizaçfw hmrttUIII, 1 1 1 1 1 I H II I I IIL c·c �rw n t '"
servir de base para que possa êle usufruir, depois, te­
ta, puramente .mc<'(tnko, c�wltll o 1\plc'tl 1 11 1 t u luulu, c ·c u 1 1
souros, que estão de certo modo ameaçados de se
parado a um sonoLo 'h UmuhuR, ou 1 1 1 1 1 c•ciii'IC'Io c·c1
perderem.
tangular, como ulgo H\lpm iOI' H (�ntc•!lml du OolfHIIn,
ou uma pedra l'clorddn n nlijo Hllput·lw· no Mnhit\K Se a escola moderna supera em muitos aspetos
de Miguel Angelo. Ht•nl t t H'I\Io lu\ qw•ut .hll����o Wilch u,
.fw;t ll'lc•tiJlt
a antiga; a antiga, noutros, supera a moderna. Uma
e como apenas so pulo w''IK i t t, I II J I I I H I I I
inteligente combinação das positividades de ambas
têm êles razão, porquo )mw "lo t'I'IIJ lllllll, 111 c " '"
é de desejar, e é o que anima os estudos -de pedago­
paude", pois, para o Sf\JlO Illuln u u d" lu1ltt que 11
sapinha. E prosseguem om tlUWI HI'H"" 1 1 1 1 1 1 nM: pu
gos, filósofos e pais que sentem a sua responsabili­
dade ante a herança da cultura humana e ante o fu­
dem justificar com palavrns, com lli'UIIJIHilttoH ml h1
turo da humanidade. Por essa razão, a questão, sob
ticos, embora revestidos de nmtL lorm1nolo"'h� nprl
certo aspeto, continua aberta, e não é de esperar quo
- 204 -
- 205 -
merosos, as horas de estudo, pelo menos, o dõbro
rentemente culta, para ocultar a sua vacuidade, as
das atuais, compara essas escolas às modernas, cheias
teorias e pontos de vista, mas são apena� pontos de
de luz, salões amplos, espaços para jogos, salas de
áula decoradas de tõdas as maneiras, poucas horas
}
vista, que não resistem a um3; especu a9ao que o�
deça às rigorosas e eternas leis da Lógica e da Dia­
de estudo, ausência quase total de exercícios e de
léctica bem fundada. Então, os adversários nega­
temas para serem feitos, pergunta, então, a si mesmo,
riam validez à Lógica, como se fõsse possível negar
se tudo isso não dispersará o aluno, e se lhe dará
validez à Matemática. E todos se excedem em ali­
o número de conhecimentos que realmente necessita
para o seu desenvolvimento intelectual. Sem dúvi­ nhar argumentos, e mais argumentos, na intenção de
da, a questão está aberta. As razões a favor de tun justificar a sua posição. Como o tema é a escola
moderna comparada à antiga, vejamos, agora, os ar­
lado e de outro, se polarizam, de tal modo, que pode­
gumentos dos defensores desta: a escola moderna
mos afirmar que a controvérsia ainda não encontrou
busca reunir o que havia de positivo e seguro na es­
uma solução satisfatória. Se considerarmos que o
cola antiga, criando um ambiente mais vital, mais
conhecimento, hoje, no campo pelo menos cultural,
higiênico e mais humano. A escola torna-se um am­
de um jovem de curso superior está aquém de o de
biente agradável. Os professores se esmeram no
um ginasiano de quarenta anos atrás, com muito
estudo pedagógico e na didatica, buscam todos os
mais cultura, alegam outros que, em compensação,
métodos mais eficientes de ensinar, e guiam-se por
o estudante de hoje recebe uma instrução científica
resultados obtidos de observações e experimentações
superior à que recebiam nossos avós. Por sua vez,
feitas com todo rigor. O colégio passa para a crian­
alegam os adversários que as elites intelectuais no
ça a ser como uma oficina de trabalh�, como o é a
mundo inteiro revelam, hoje, um grau muito inferior . _
oficina' onde seu pai emprega a sua atividade econo­
de cultura que as elites do passado, e que o número
mica. Também as fábricas modernas não são mais
de criadores, em todos os setores das atividades hu­
os casarões obscuros e primitivos, mas ambientes
manas, com excepção da técnica, é menor, em pro·
cheios de agradabilidade e a produtividade dos tra­
porção ao do passado, apesar da multiplicação das
balhadores não diminuiu por isso, mas ao contrário.
escolas e do aumento dos diplomados de curso su·
Todos êsses argumentos são válidos sem dúvida, e
perior. Todos os setores de criação estão em docn­
c01·respondem a aspetos objetives, que não podem
dência. Não há mais compositores, poolns, osoult.o
ser ocultados. Mas, ninguém pode deixar de reconhe­
res, pintores como o passado ofereceu, o. niLO 1'\111' 11111
se queira considerar como suportoros n lltWtlc•fl ele 1 1 1 1 1

cer que, ao lado disso tudo, poderia acr scentar-se, e
deve-se fazê-lo, maior soma cte conhecimentos, so­
Bach, de um Haydn, do um Mov.n r l. , do 1 1 1 1 1 V l v1 1 l c l t ,
bretudo os que se referem à parte cultural do homem,
essas cerebrais renlizo.çomi elo t•fc l l mt MI I I I C I II I tu "'
inspiração, quo st• u.proflcm t nt n c•outn 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 pnhL
porque êsse enriquecimento é para tõda a vida, e �­
ou
rá ao homem em formação, elementos, que poderao
vra da realizaçfw hmrttUIII, 1 1 1 1 1 I H II I I IIL c·c �rw n t '"
servir de base para que possa êle usufruir, depois, te­
ta, puramente .mc<'(tnko, c�wltll o 1\plc'tl 1 11 1 t u luulu, c ·c u 1 1
souros, que estão de certo modo ameaçados de se
parado a um sonoLo 'h UmuhuR, ou 1 1 1 1 1 c•ciii'IC'Io c·c1
perderem.
tangular, como ulgo H\lpm iOI' H (�ntc•!lml du OolfHIIn,
ou uma pedra l'clorddn n nlijo Hllput·lw· no Mnhit\K Se a escola moderna supera em muitos aspetos
de Miguel Angelo. Ht•nl t t H'I\Io lu\ qw•ut .hll����o Wilch u,
.fw;t ll'lc•tiJlt
a antiga; a antiga, noutros, supera a moderna. Uma
e como apenas so pulo w''IK i t t, I II J I I I H I I I
inteligente combinação das positividades de ambas
têm êles razão, porquo )mw "lo t'I'IIJ lllllll, 111 c " '"
é de desejar, e é o que anima os estudos -de pedago­
paude", pois, para o Sf\JlO Illuln u u d" lu1ltt que 11
sapinha. E prosseguem om tlUWI HI'H"" 1 1 1 1 1 1 nM: pu
gos, filósofos e pais que sentem a sua responsabili­
dade ante a herança da cultura humana e ante o fu­
dem justificar com palavrns, com lli'UIIJIHilttoH ml h1
turo da humanidade. Por essa razão, a questão, sob
ticos, embora revestidos de nmtL lorm1nolo"'h� nprl
certo aspeto, continua aberta, e não é de esperar quo
- 204 -
- 205 -
os melhores resultados sejam obtidos imediatamente. sôbre o que faz, ou que pretende fazer. Conseqüen­
Muito ainda nos resta a percorrer. temente, é cheio de justas suscetibilidades, receoso,
sobretudo, de errar.
ESCOLA ( Como se prepara a criança para ir à escola ) -
A criança antes de se encontrar em idade de ingres­ ESFORÇOS FíSICOS - Um esfôrço físico muito grande
sar na escola, deve receber, por parte dos pais, cer­ pode produzir uma distensão com lesão dos liga­
tos conhecimentos, que podem ser ministrados, dan­ mentos. Os sintomas são: uma intensa dor no mo­
do-lhe: lápis e tinta para usar sôbre fôlhas de papel; mento dado, um aumento na rigidez dos músculos, e
lendo-lhe em voz alta, etc., para despertar-lhe a aten­ incômodos para efetuar os movimentos normais.
ção. Ao chegar na idade indicada, deve ser levada à Nestes casos, convém descansar o membro ou local
escola, e nunca à fôrça, o que será prejudicial mais afetado, e aplicar um pouco de calor para aliviar a
tarde. As ameaças comuns, como: "Se você fizer dor, e também urna massagem suave. Nos casos em
urna coisa mal feita, verá o que irá acontecer na esco­ que a dor fôr muito intensa, deve-se consultar o mé­
la" etc., devem ser evitadas. dico.

Convém apresentar a escola corno urna coisa na­ ESFRIAR - Quando as mãos e os pés tornam-se frios, é
tural e explicar-lhe o que irá fazer alí, de forma que preciso dar-se atenção. No caso da criança, é con­
vá com confiança, esperando encontrar outras crian­ veniente levá-la a um pronto-socorro ou ao médico.
ças da mesma idade, fazer amizades, e aprender coi­ Caso seja impossível, é necessário prestar-lhe os cui­
sas novas. dados de urgência, como:
Algumas mães não querem que os filhos despren­ 1 ) Administrar-lhe urna bebida quente, e levá­
dam-se de si, e daí, apesar de dissimularem, dizem -la para uma habitação quente.
com alegria que a criança não se adaptou, e de for­
ma alguma quer ir à escola. Realmente, a maioria 2 ) Degelar a região que esfriou com compres­
reage nos primeiros dias, mas, com o passar das vê­ sas de água morna, envolvendo-a com mantas quen­
zes, acostumar-se-á fàcilmente. tes.

ESCOLAS ESPECIAIS - Para crianças que sofrem de 3 ) Quando os pés e mãos recobraram o calor,
defeitos físicos ou mentais ou de alterações de tipo é preciso estimulá-los com exercícios.
emotivo, há escolas especiais, com a administração
Nunca se devem expor as regiões que gelaram
de um ensino adequado. Em nosso país, ainda são
a um calor excessivo, nem fazer fricções, pois os te­
em pequeno número, existindo alguns professores
cidos poderiam ser prejudicados.
especializados, que proporcionam os conhocfmcntos
necessários. Naturalmente quo estas crtnnçus nu­ ESPECIALISTAS - O especialista limita o seu estudo a
cessitam um contrõle diário, o seu aproncUzndo ó um determinado tipo de terapêutica, a certas doen­
muito mais lento e dificultoso. ças, ou somente aos transtornos de determinados ór­
gãos. _Citaremos os mais comuns.
Algumas crianças, cuja capacidade nfl-0 so onC'On
tra dentro do nível médio, não se sentem bom n" c•IC Alergistas - Especialista no diagnóstico e trata­
cola, e talvez seriam mais felizes sem o cont.nto ''""' mento de pessoas excepcionalmente sensíveis a cer­
crianças ditas normais. Estas crianças Stl Hc•nfl rlnm tas substâncias ou situações.
mais felizes separadas das condições nomuthJ, n r u r m
escola, onde receberiam uma atençüo tc"'dn tii!Jll t lnl, Dermatólogo - Especialista na constituição e
enfermidades da pele e seu tratamento.
ESCRúPUW - É um estado de düvlcln Hl"'l 1 1 11 " "" ' " 1111
o mal, que está, ou advém, em nlgo, 1111 c•1 1 1 Hl l lll t h t i Endocrinólogo - Especialista nas secreções das
beração que se tome. É, em sunlH, o nwc tu ch • 1 1 111 , glândulas do corpo e sua relação com as restantes fun­
Daí o escrupuloso ser cuidacltmo, nthtw·lw.o, fll t�l l l o ções do mesmo.

- 20 6 - - 207 -
os melhores resultados sejam obtidos imediatamente. sôbre o que faz, ou que pretende fazer. Conseqüen­
Muito ainda nos resta a percorrer. temente, é cheio de justas suscetibilidades, receoso,
sobretudo, de errar.
ESCOLA ( Como se prepara a criança para ir à escola ) -
A criança antes de se encontrar em idade de ingres­ ESFORÇOS FíSICOS - Um esfôrço físico muito grande
sar na escola, deve receber, por parte dos pais, cer­ pode produzir uma distensão com lesão dos liga­
tos conhecimentos, que podem ser ministrados, dan­ mentos. Os sintomas são: uma intensa dor no mo­
do-lhe: lápis e tinta para usar sôbre fôlhas de papel; mento dado, um aumento na rigidez dos músculos, e
lendo-lhe em voz alta, etc., para despertar-lhe a aten­ incômodos para efetuar os movimentos normais.
ção. Ao chegar na idade indicada, deve ser levada à Nestes casos, convém descansar o membro ou local
escola, e nunca à fôrça, o que será prejudicial mais afetado, e aplicar um pouco de calor para aliviar a
tarde. As ameaças comuns, como: "Se você fizer dor, e também urna massagem suave. Nos casos em
urna coisa mal feita, verá o que irá acontecer na esco­ que a dor fôr muito intensa, deve-se consultar o mé­
la" etc., devem ser evitadas. dico.

Convém apresentar a escola corno urna coisa na­ ESFRIAR - Quando as mãos e os pés tornam-se frios, é
tural e explicar-lhe o que irá fazer alí, de forma que preciso dar-se atenção. No caso da criança, é con­
vá com confiança, esperando encontrar outras crian­ veniente levá-la a um pronto-socorro ou ao médico.
ças da mesma idade, fazer amizades, e aprender coi­ Caso seja impossível, é necessário prestar-lhe os cui­
sas novas. dados de urgência, como:
Algumas mães não querem que os filhos despren­ 1 ) Administrar-lhe urna bebida quente, e levá­
dam-se de si, e daí, apesar de dissimularem, dizem -la para uma habitação quente.
com alegria que a criança não se adaptou, e de for­
ma alguma quer ir à escola. Realmente, a maioria 2 ) Degelar a região que esfriou com compres­
reage nos primeiros dias, mas, com o passar das vê­ sas de água morna, envolvendo-a com mantas quen­
zes, acostumar-se-á fàcilmente. tes.

ESCOLAS ESPECIAIS - Para crianças que sofrem de 3 ) Quando os pés e mãos recobraram o calor,
defeitos físicos ou mentais ou de alterações de tipo é preciso estimulá-los com exercícios.
emotivo, há escolas especiais, com a administração
Nunca se devem expor as regiões que gelaram
de um ensino adequado. Em nosso país, ainda são
a um calor excessivo, nem fazer fricções, pois os te­
em pequeno número, existindo alguns professores
cidos poderiam ser prejudicados.
especializados, que proporcionam os conhocfmcntos
necessários. Naturalmente quo estas crtnnçus nu­ ESPECIALISTAS - O especialista limita o seu estudo a
cessitam um contrõle diário, o seu aproncUzndo ó um determinado tipo de terapêutica, a certas doen­
muito mais lento e dificultoso. ças, ou somente aos transtornos de determinados ór­
gãos. _Citaremos os mais comuns.
Algumas crianças, cuja capacidade nfl-0 so onC'On
tra dentro do nível médio, não se sentem bom n" c•IC Alergistas - Especialista no diagnóstico e trata­
cola, e talvez seriam mais felizes sem o cont.nto ''""' mento de pessoas excepcionalmente sensíveis a cer­
crianças ditas normais. Estas crianças Stl Hc•nfl rlnm tas substâncias ou situações.
mais felizes separadas das condições nomuthJ, n r u r m
escola, onde receberiam uma atençüo tc"'dn tii!Jll t lnl, Dermatólogo - Especialista na constituição e
enfermidades da pele e seu tratamento.
ESCRúPUW - É um estado de düvlcln Hl"'l 1 1 11 " "" ' " 1111
o mal, que está, ou advém, em nlgo, 1111 c•1 1 1 Hl l lll t h t i Endocrinólogo - Especialista nas secreções das
beração que se tome. É, em sunlH, o nwc tu ch • 1 1 111 , glândulas do corpo e sua relação com as restantes fun­
Daí o escrupuloso ser cuidacltmo, nthtw·lw.o, fll t�l l l o ções do mesmo.

- 20 6 - - 207 -
Ginecólogo - Especialista em enfermidades e na Filosofia desde seus primórdios ( vide Livre arbítrio
desordens da mulher, sobretudo a tudo quanto · se e Liberdade).
trata dos órgãos de reprodução. A presunção de que a vontade atue livre de estí­
Neurólogo - Especialista no diagnóstico e tra­ mulos exteriores e de determinações antecedentes, da­
tamento das desordens do sistema nervoso. ria a ela uma independência; ou melhor, que seus
atos são espontâneos, não dependentes senão da von­
Oftalmólogo - Especialista na fisiologia, anato­ tade ( vide Dependência ). Essa afirmativa é negada
mia e enfem1idades dos olhos. por outros, que julgam que a vontade atua relativa­
por outros, que julgam que a vontade atua reativa­
Odontólogo Especialista no
- tratamento dos
mente.
dentes e correção das dentaduras.
b) Na vida social, diz-se que há espontaneidade
nas iniciativas dos indivíduos uns para com os outros
Ortopédico - Especialista médico na correção
e tratamento das enfermidades dos ossos, músculos
· e, também, quando não há qualquer coação na rea­
e articulações, mediante mampulação, aparelhos es·
lização dos atos, pois, do contrário, não seria livre e,
peciais e cirurgia.
sim, pressionada por outros.
Pediatl·a - Especialista nas enfermidades das
ESQUEMA - (Do gr. skltema = figura) .
crianças.
a ) Em seu sentido etimológico significa figura,
Psiquiatra Especialista em diagnóstico e tra­
-
a forma extrínseca, externa das coisas, ou a sua for­
tamento de desordens mentais.
ma estrutural.
Psicanalista - Especialista, que trata de resol­ b ) Aristóteles emprega, na Lógica, no sentido
ver, individualmente, os problemas de ordem men­ da figura silogística.
tal, buscando as origens de seus problemas em rela­
ção com as suas situações na vida. c ) Para Platão, contudo, esquema era muitas
vêzes sinônimo de fonna.
Psicólogo Especialista em funções psíquicas,
-

tais como pensamento, sensação, percepção. Um psi· d ) Para Pitágoras, esquema era a estrutura das
cólogo não precisa ser, como o psiquiatra, doutor formas, como lei de proporcionalidade intrínseca das
em medicina. coisas, sinônimo, portanto, de logos do ser, logos do
on, ontos (ente), a estrutura ontológica das coisas.
Cirurgião - Especialista em enfermidades ou de­
sordens, que necessitam intervenção cirúrgica. Há e ) Modernamente, em Kant, tomou a ser usa­
diversas especialidades. do êsse têrmo na Filosofia, como a estrutura mental,
que a inteligência constrói das coisas.
ESPECTATIVA - Tradução da palavra francesa "atton·
te", que tem o sentido comum de: 1 ) situação da·
Assim, para Kant, o número é o esquema da
quantidade; a sensação, o esquema da realidade; o
quele que espera e 2 ) estado da consciência ccrrP�
pondente a essa situação. Foi introduzido êSS(' tf!r··
permanente e o invariável, esquemas da substância.

mo, por Pierre Janet na terminologia psicolo�ü·u. f) Na linguagem comum é a figura simplificada,
que representa a coisa em seus traços essenciais.
ESPONTANEIDADE - ( Do lat. sponte, por Uvt'l von l u
cre, por livre ímpeto ) . g ) Também o diagrama que se faz para repre­
sentar as relações entre as idéias abstractas ou os
a ) Diz-se d a capacidade da vontud1 <In 11111111'
factos não perceptíveis.
por sua própria iniciativa { spontc HUll ) , 1'111 1 1 1 1 1 11
pendência das condições antecedonto�;, 1\ liiH1' WI H " ' Crítica: É inegável que o entendimento humano,
da espontaneidade, nesse sentido, t.om hido nmntldl' quer sensível, quer intelectualmente, procede por es-

- 208 -
- 209 -
Ginecólogo - Especialista em enfermidades e na Filosofia desde seus primórdios ( vide Livre arbítrio
desordens da mulher, sobretudo a tudo quanto · se e Liberdade).
trata dos órgãos de reprodução. A presunção de que a vontade atue livre de estí­
Neurólogo - Especialista no diagnóstico e tra­ mulos exteriores e de determinações antecedentes, da­
tamento das desordens do sistema nervoso. ria a ela uma independência; ou melhor, que seus
atos são espontâneos, não dependentes senão da von­
Oftalmólogo - Especialista na fisiologia, anato­ tade ( vide Dependência ). Essa afirmativa é negada
mia e enfem1idades dos olhos. por outros, que julgam que a vontade atua relativa­
por outros, que julgam que a vontade atua reativa­
Odontólogo Especialista no
- tratamento dos
mente.
dentes e correção das dentaduras.
b) Na vida social, diz-se que há espontaneidade
nas iniciativas dos indivíduos uns para com os outros
Ortopédico - Especialista médico na correção
e tratamento das enfermidades dos ossos, músculos
· e, também, quando não há qualquer coação na rea­
e articulações, mediante mampulação, aparelhos es·
lização dos atos, pois, do contrário, não seria livre e,
peciais e cirurgia.
sim, pressionada por outros.
Pediatl·a - Especialista nas enfermidades das
ESQUEMA - (Do gr. skltema = figura) .
crianças.
a ) Em seu sentido etimológico significa figura,
Psiquiatra Especialista em diagnóstico e tra­
-
a forma extrínseca, externa das coisas, ou a sua for­
tamento de desordens mentais.
ma estrutural.
Psicanalista - Especialista, que trata de resol­ b ) Aristóteles emprega, na Lógica, no sentido
ver, individualmente, os problemas de ordem men­ da figura silogística.
tal, buscando as origens de seus problemas em rela­
ção com as suas situações na vida. c ) Para Platão, contudo, esquema era muitas
vêzes sinônimo de fonna.
Psicólogo Especialista em funções psíquicas,
-

tais como pensamento, sensação, percepção. Um psi· d ) Para Pitágoras, esquema era a estrutura das
cólogo não precisa ser, como o psiquiatra, doutor formas, como lei de proporcionalidade intrínseca das
em medicina. coisas, sinônimo, portanto, de logos do ser, logos do
on, ontos (ente), a estrutura ontológica das coisas.
Cirurgião - Especialista em enfermidades ou de­
sordens, que necessitam intervenção cirúrgica. Há e ) Modernamente, em Kant, tomou a ser usa­
diversas especialidades. do êsse têrmo na Filosofia, como a estrutura mental,
que a inteligência constrói das coisas.
ESPECTATIVA - Tradução da palavra francesa "atton·
te", que tem o sentido comum de: 1 ) situação da·
Assim, para Kant, o número é o esquema da
quantidade; a sensação, o esquema da realidade; o
quele que espera e 2 ) estado da consciência ccrrP�
pondente a essa situação. Foi introduzido êSS(' tf!r··
permanente e o invariável, esquemas da substância.

mo, por Pierre Janet na terminologia psicolo�ü·u. f) Na linguagem comum é a figura simplificada,
que representa a coisa em seus traços essenciais.
ESPONTANEIDADE - ( Do lat. sponte, por Uvt'l von l u
cre, por livre ímpeto ) . g ) Também o diagrama que se faz para repre­
sentar as relações entre as idéias abstractas ou os
a ) Diz-se d a capacidade da vontud1 <In 11111111'
factos não perceptíveis.
por sua própria iniciativa { spontc HUll ) , 1'111 1 1 1 1 1 11
pendência das condições antecedonto�;, 1\ liiH1' WI H " ' Crítica: É inegável que o entendimento humano,
da espontaneidade, nesse sentido, t.om hido nmntldl' quer sensível, quer intelectualmente, procede por es-

- 208 -
- 209 -
quematizações e trabalha com esquemas. O esque­
ma, neste sentido, é o eidos noético que o home�
to pequeno é que existe uma esterilidade permanen­
te no homem; na mulher, é preciso um exame com­
constrói, intencionalmente, das coisas, a forma m pleto, pois as causas podem ser várias. Existem, não
mente, cuja variação vai depender das estruturações obstante, certas condições, no homem ou na mulher,
esquemáticas, que presidem ao conhecimento e que cuja responsabilidade não lhes cabe, como ainda de­
se acomodam aos fatos para assimilá-los, e construir� terminadas combinações e fatôres em alguns casais,
assim, esquemas dos mesmos. O esquema, em su­ que não podem ser submetidos a tratamento, pois não
ma, é a estrutura noético-eidética do homem, inten­ dispomos de conhecimentos para resolver tais pro­
cionalmente representativa dos objetos do conheci­ blemas. Êstes casais devem enfrentar o problema
mento e do entendimento. Estamos, aqui, apenas realisticamente. Muitos optam pela vida em comum
no campo intelectual e psíquico. Mas, consideran­ sem filhos, e outros preferem, nesta situação, ado­
do-se que as coisas têm uma forma; isto é, um pelo tar uma criança.
qual são elas o que elas são, essa forma indica a lei
de proporcionalidade intrínseca das mesmas, a es­ ESTESióGENO - O que produz sensação ( de aisthesis,
trutura eidético-fáctica das mesmas, da sua onticida­ sensação, e génesis, geração, em gr. ) . Aplicam-se
de, e essas formas são, conseqüentemente, esquemá­ êstes têrmos aos estímulos ou sugestões, que provo­
ticas; isto é, há nelas uma expressão esquemática ei­ cam efeitos sensoriais específicos em indivíduos hip­
dético-ôntica, que é a forma in re, a forma das coi­ notizados.

a ) E uma função que se distingue do co­


sas, na sua onticidade. Vide Introdução.
ESTIMAÇAO -
ESQUISOFRENIA Sinônimo de demência precoce�
-
nhecimento e caracteriza-se pela capacidade de ava­
que às vêzes o substitui. Consiste na perturbação liar certos valôres, funções que se observa desde os
patológica, que se revela por. alucinações, ilusões fan­ animais e, sobretudo, no homem.
tásticas, e vida emotiva desorganizada; com uma in­ b ) Diz-se, também, do que se valoriza, do que
telectualidade deficitária.
se empresta um valor. Estimação por alguma coisa
ESTATICO - a ) É o referente ao repouso, ao equilíbrio ou pessoa ( Vide Valor).
( vide Equihõrio) das coisas em um determinado es­
ESQUIZóiDE - Para Bleuler, é o tipo de personalidade
tado, sem sofrerem mutações sob o aspecto em que
cuja libido ou interêsse está volvido para a vida in­
são consideradas.
terior, mais que para a vida exterior.
b) Como substitutivo, é a parte da mecânica que
Para Kretschmer, é a personalidade introvertida
estuda o equilíbrio das fôrças, que atuam sôbre um
ou encerrada em si, insociável, dada à fantasia, cuja
corpo em repouso.
vida emotiva, é mais ou menos incongruente com as
c) Por extensão, aplica-se ao campo social ( es� idéias, devido a um desenvolvimento psíquico anor­
quando estuda os fatos sociais sob um
tática social ), mal. Também se diz do que pertence à esquizofre·
aspecto determinado, sem considerar suas transfor­ ni� ( Vide).
mações. ESTíMULO - a ) E tôda ação física o u mental, que pro­
ESTERILIDADE Nos últimos anos, a medicina mo­
-
voca reações num ser vivo. Segundo o tipo de rea­
derna descobriu vários meios para determinar as ção, o estímulo se qualifica. Se a reação fôr visual,
causas da esterilidade, e para fazê-la desaparecer em será um estímulo visual. Dá-se, em geral, êsse no­
grande número de casos considerados insolúveis. me a todos os fenômenos físicos que provocam rea­
Através dos estudos feitos chegou-se à conclusão de ções sensíveis.
que a esterilidade pode ser dividida em três catego­ b ) Por extensão, aplica-se a tudo quanto move
rias distintas: homens, mulher e fatôres combinados alguém a fazer, deliberadamente, alguma coisa. "Foi
de certos casais. A análise nos órgãos reprodutores um estimulo para que lutasse . . . ". Neste sentido, o
masculinos é fácil de ser feita, e só em número mui- têrmo é sinônimo de Excitante ( vide ) .

- 2'10 -. - 21 1 -
quematizações e trabalha com esquemas. O esque­
ma, neste sentido, é o eidos noético que o home�
to pequeno é que existe uma esterilidade permanen­
te no homem; na mulher, é preciso um exame com­
constrói, intencionalmente, das coisas, a forma m pleto, pois as causas podem ser várias. Existem, não
mente, cuja variação vai depender das estruturações obstante, certas condições, no homem ou na mulher,
esquemáticas, que presidem ao conhecimento e que cuja responsabilidade não lhes cabe, como ainda de­
se acomodam aos fatos para assimilá-los, e construir� terminadas combinações e fatôres em alguns casais,
assim, esquemas dos mesmos. O esquema, em su­ que não podem ser submetidos a tratamento, pois não
ma, é a estrutura noético-eidética do homem, inten­ dispomos de conhecimentos para resolver tais pro­
cionalmente representativa dos objetos do conheci­ blemas. Êstes casais devem enfrentar o problema
mento e do entendimento. Estamos, aqui, apenas realisticamente. Muitos optam pela vida em comum
no campo intelectual e psíquico. Mas, consideran­ sem filhos, e outros preferem, nesta situação, ado­
do-se que as coisas têm uma forma; isto é, um pelo tar uma criança.
qual são elas o que elas são, essa forma indica a lei
de proporcionalidade intrínseca das mesmas, a es­ ESTESióGENO - O que produz sensação ( de aisthesis,
trutura eidético-fáctica das mesmas, da sua onticida­ sensação, e génesis, geração, em gr. ) . Aplicam-se
de, e essas formas são, conseqüentemente, esquemá­ êstes têrmos aos estímulos ou sugestões, que provo­
ticas; isto é, há nelas uma expressão esquemática ei­ cam efeitos sensoriais específicos em indivíduos hip­
dético-ôntica, que é a forma in re, a forma das coi­ notizados.

a ) E uma função que se distingue do co­


sas, na sua onticidade. Vide Introdução.
ESTIMAÇAO -
ESQUISOFRENIA Sinônimo de demência precoce�
-
nhecimento e caracteriza-se pela capacidade de ava­
que às vêzes o substitui. Consiste na perturbação liar certos valôres, funções que se observa desde os
patológica, que se revela por. alucinações, ilusões fan­ animais e, sobretudo, no homem.
tásticas, e vida emotiva desorganizada; com uma in­ b ) Diz-se, também, do que se valoriza, do que
telectualidade deficitária.
se empresta um valor. Estimação por alguma coisa
ESTATICO - a ) É o referente ao repouso, ao equilíbrio ou pessoa ( Vide Valor).
( vide Equihõrio) das coisas em um determinado es­
ESQUIZóiDE - Para Bleuler, é o tipo de personalidade
tado, sem sofrerem mutações sob o aspecto em que
cuja libido ou interêsse está volvido para a vida in­
são consideradas.
terior, mais que para a vida exterior.
b) Como substitutivo, é a parte da mecânica que
Para Kretschmer, é a personalidade introvertida
estuda o equilíbrio das fôrças, que atuam sôbre um
ou encerrada em si, insociável, dada à fantasia, cuja
corpo em repouso.
vida emotiva, é mais ou menos incongruente com as
c) Por extensão, aplica-se ao campo social ( es� idéias, devido a um desenvolvimento psíquico anor­
quando estuda os fatos sociais sob um
tática social ), mal. Também se diz do que pertence à esquizofre·
aspecto determinado, sem considerar suas transfor­ ni� ( Vide).
mações. ESTíMULO - a ) E tôda ação física o u mental, que pro­
ESTERILIDADE Nos últimos anos, a medicina mo­
-
voca reações num ser vivo. Segundo o tipo de rea­
derna descobriu vários meios para determinar as ção, o estímulo se qualifica. Se a reação fôr visual,
causas da esterilidade, e para fazê-la desaparecer em será um estímulo visual. Dá-se, em geral, êsse no­
grande número de casos considerados insolúveis. me a todos os fenômenos físicos que provocam rea­
Através dos estudos feitos chegou-se à conclusão de ções sensíveis.
que a esterilidade pode ser dividida em três catego­ b ) Por extensão, aplica-se a tudo quanto move
rias distintas: homens, mulher e fatôres combinados alguém a fazer, deliberadamente, alguma coisa. "Foi
de certos casais. A análise nos órgãos reprodutores um estimulo para que lutasse . . . ". Neste sentido, o
masculinos é fácil de ser feita, e só em número mui- têrmo é sinônimo de Excitante ( vide ) .

- 2'10 -. - 21 1 -
ESTRABISMO - O estrabismo é hoje em dia pràtica­ cientes, e podem ser pleiteadas por qualquer jovem,
mente curável se fôr iniciado o tratamento logo que desde que preencha os requisitos obrigatórios.
é verificado. Durante os primeiros meses de vida,
ÉTICA - A palavra ética é derivada da grega ethos, que
os olhos de um bebê podem desviar-se fàcilmente, e
significa costume. Mas é com Ar�stóteles que passa
convergir ou divergir excessivamente, criando, mui­ '
a ser a ciência do moral.
tas vêzes, sérias preocupações aos pais. Com um
pouco mais de idade, também dá-se o mesmo. Quan­ O moral, na ética, é tanto o moralmente bom,
do perdura além dos três meses, deve ser levado ao como o moralmente mau.
conhecimento do médico. O uso de óculos apropria­
A distinção entre Ética e Moral impõe-se por di­
dos proporcionarão descanso aos olhos, que, assim,
versos motivos e razões. Se os têrmos mos, em la­
retificam o desvio. No caso do estrabismo, é preciso,
tim, e ethos, em grego, serviram para nomear duas
além do uso de óculos, exercícios óticos e, às vêzes,
disciplinas, estas se distinguem, embora a segunda
uma operação.
se subordine ontologicamente à primeira.
ESTRANHOS ( Os ) - É comum, dos sete aos nove anos,
Se a filosofia clássica não distinguia, própria­
que a criança se mostre surpreendida com estranhos.
mente, a Ética, da Moral, pois ambos têrmos eram
Esta é uma fase transitória, na qual a criança esta­
usados sinonilnicamente, é preciso considerar que�
belece a diferença entre sua mãe, e as outras pessoas,
após o advento das idéias modernas, e das diversas
que conhece, bem como as pertencentes ao mundo
posições tomadas ante essas disciplinas, há necessi­
exterior.
dade de distingui-las. Pois, enquanto a segunda se
A medida que cresce, recebe os estranhos com refere aos costumes usados entre os homens, a pri­
mais naturalidade, acabando por acolhê-los com na­ meira dedica-se ao estudo das normas éticas invarian­
turalidade. tes. Para quem se coloca na posição que afirma não
ter a Ética outra origem senão nos costumes huma­
ESTREPTOMICINA -- - CVide Remédios Modernos).
nos, para quem assume uma posição sociologista, em­
ESTUDOS - Após a finalização d o primário e ginásio, pirista, positivista, pragmatista, etc., considerará
os jovens encontram-se ante vários ca.minhos a se­ apenas aquela: ciência dos costumes humanos. Pa­
guir. Uma grande maioria opta pelo científico ou ra quem busca as raízes mais profundas dos nossos
clássico, outros pela escola Normal, comércio, etc. costumes, as leis invariantes que os regem, conside­
Os preparatórios à qualquer Faculdade servem de ra aquêles como símbolos das normas éticas, que
base aos estudos, que mais tarde serão seguidos. são os simbolizados.
Quando o jovem decidiu o curso que vai fazer, é - Vide
ETIQUETA Modos.
preciso que os pais o ajudem, tanto quanto possível.
Os estudos são sempre caros e uns mais que os ou­ EUFORIA - Bem estar do corpo. Quando de origem pa­
tros. Apesar da grande maioria caber ao Estado, tológica, é o estado mental que se caracteriza por
cuja mensalidade é minima ou inexistente, em alguns sensações de bem estar, de otimismo e de fôrça, sem
casos, os livros, o material de práticas e de estudos que existam motivos suficientes para tal.
devem ser adquiridos. Ainda em nosso país o nú­
mero de jovens que conseguem pagar os seus estu­
EUTRAPELIA - Prazer pela recreação e pelo divertimen­
dos é pequeno . . Em geral, não há nos próprios co­
to, com o intuito de espairecer. Para Aristóteles é
uma virtude. Vide Prazer.
légios, como se dá na grande maioria dos países eu­
ropeus e nos EE . UU . , pequenas tarefas que propor­ EVO€AÇÃ0 - A evocação, psicolàgicamente falando,
cionem um meio de ganho aos estudantes, de forma exige a ação da vontade na busca das imagens, que
a não perturbar-lhes o estudo. são representadas. A memorização é, também, dos
As bolsas de estudos são uma forma de auxílio animais, mas não a evocação, pois, nesta, há um tra·
mantido ou pelo Estado ou por associações benefi balho de busca, uma atividade do espírito. Nada le-

- 212 - - 213 -
ESTRABISMO - O estrabismo é hoje em dia pràtica­ cientes, e podem ser pleiteadas por qualquer jovem,
mente curável se fôr iniciado o tratamento logo que desde que preencha os requisitos obrigatórios.
é verificado. Durante os primeiros meses de vida,
ÉTICA - A palavra ética é derivada da grega ethos, que
os olhos de um bebê podem desviar-se fàcilmente, e
significa costume. Mas é com Ar�stóteles que passa
convergir ou divergir excessivamente, criando, mui­ '
a ser a ciência do moral.
tas vêzes, sérias preocupações aos pais. Com um
pouco mais de idade, também dá-se o mesmo. Quan­ O moral, na ética, é tanto o moralmente bom,
do perdura além dos três meses, deve ser levado ao como o moralmente mau.
conhecimento do médico. O uso de óculos apropria­
A distinção entre Ética e Moral impõe-se por di­
dos proporcionarão descanso aos olhos, que, assim,
versos motivos e razões. Se os têrmos mos, em la­
retificam o desvio. No caso do estrabismo, é preciso,
tim, e ethos, em grego, serviram para nomear duas
além do uso de óculos, exercícios óticos e, às vêzes,
disciplinas, estas se distinguem, embora a segunda
uma operação.
se subordine ontologicamente à primeira.
ESTRANHOS ( Os ) - É comum, dos sete aos nove anos,
Se a filosofia clássica não distinguia, própria­
que a criança se mostre surpreendida com estranhos.
mente, a Ética, da Moral, pois ambos têrmos eram
Esta é uma fase transitória, na qual a criança esta­
usados sinonilnicamente, é preciso considerar que�
belece a diferença entre sua mãe, e as outras pessoas,
após o advento das idéias modernas, e das diversas
que conhece, bem como as pertencentes ao mundo
posições tomadas ante essas disciplinas, há necessi­
exterior.
dade de distingui-las. Pois, enquanto a segunda se
A medida que cresce, recebe os estranhos com refere aos costumes usados entre os homens, a pri­
mais naturalidade, acabando por acolhê-los com na­ meira dedica-se ao estudo das normas éticas invarian­
turalidade. tes. Para quem se coloca na posição que afirma não
ter a Ética outra origem senão nos costumes huma­
ESTREPTOMICINA -- - CVide Remédios Modernos).
nos, para quem assume uma posição sociologista, em­
ESTUDOS - Após a finalização d o primário e ginásio, pirista, positivista, pragmatista, etc., considerará
os jovens encontram-se ante vários ca.minhos a se­ apenas aquela: ciência dos costumes humanos. Pa­
guir. Uma grande maioria opta pelo científico ou ra quem busca as raízes mais profundas dos nossos
clássico, outros pela escola Normal, comércio, etc. costumes, as leis invariantes que os regem, conside­
Os preparatórios à qualquer Faculdade servem de ra aquêles como símbolos das normas éticas, que
base aos estudos, que mais tarde serão seguidos. são os simbolizados.
Quando o jovem decidiu o curso que vai fazer, é - Vide
ETIQUETA Modos.
preciso que os pais o ajudem, tanto quanto possível.
Os estudos são sempre caros e uns mais que os ou­ EUFORIA - Bem estar do corpo. Quando de origem pa­
tros. Apesar da grande maioria caber ao Estado, tológica, é o estado mental que se caracteriza por
cuja mensalidade é minima ou inexistente, em alguns sensações de bem estar, de otimismo e de fôrça, sem
casos, os livros, o material de práticas e de estudos que existam motivos suficientes para tal.
devem ser adquiridos. Ainda em nosso país o nú­
mero de jovens que conseguem pagar os seus estu­
EUTRAPELIA - Prazer pela recreação e pelo divertimen­
dos é pequeno . . Em geral, não há nos próprios co­
to, com o intuito de espairecer. Para Aristóteles é
uma virtude. Vide Prazer.
légios, como se dá na grande maioria dos países eu­
ropeus e nos EE . UU . , pequenas tarefas que propor­ EVO€AÇÃ0 - A evocação, psicolàgicamente falando,
cionem um meio de ganho aos estudantes, de forma exige a ação da vontade na busca das imagens, que
a não perturbar-lhes o estudo. são representadas. A memorização é, também, dos
As bolsas de estudos são uma forma de auxílio animais, mas não a evocação, pois, nesta, há um tra·
mantido ou pelo Estado ou por associações benefi balho de busca, uma atividade do espírito. Nada le-

- 212 - - 213 -
va a crer que os animais sejam capazes de evocar os No primeiro caso, quando se manifestam em crian­
fatos, mas apenas podem rememorizá-los, eventual­ ças em idade em que o pudor já deve estar formado,
mente. revela certa gravidade psicológica, pois aponta certo
EXAME - a ) Consideração, investigação, análise, pesqui­ desequilíbrio de carácter sexual, em que há o intuito
de compensar um sentimento de inferioridade. Nos
sa atenta para averiguar alguma coisa. Mas o exa­
me exige certo sistematismo, pois tem sempre uma casos em que a jovem busca roupas chamativas, ati­
finalidade, que é a de averiguar o valor de alguma tudes exageradas, com o intuito de atrair para si a
coisa ou pessoa, ou fatos e suas relações. atenção dos outros, temos sempre um sintoma de
desequilíbrio emocional, sobretudo de inferioridade.
b ) Na FiL, emprega-se a expressão livre exame p
Em tais casos, deve-se procurar a coo eração de um
para significar a independência de opinião, a liberta­ psiquiatra.
ção do jugo da autoridade em matéria de fé ou de
doutrina, preferindo examinar, por si mesmo, e só
EXPLANAÇAO - Explanar é tornar plano, tornar fácil,
explicar, ilustrar, tornar inteligível alguma coisa. Ex­
aceitar o que a sua razão ou experiência aceitar ou
comprovar.
plana�ão é a explicação de alguma coisa, tornando-a
inteligfvel. É o desenvolvimento causal, a descrição,
EXAMES - Vide No tas escolares. a clarificação sistemática. É a interpretação cientí­

EXCEPÇAO - a) É a ação pela qual se realiza uma


fica, a conexão intelegível, é a mostração discursiva
de que alguma coisa obedece a normas, a invariantes,
limitação, uma restrição, como a exclusão de uma
a leis.
regra, de uma ordem, de um conjunto, etc.
EXPLICAR - É tornar inteligível e claro o que se apre­
b ) Usa-se, ademais, para referir-se ao que é ex­
senta obscuro. Em sua origem etimológica, a pala­
cluído de uma regra: a excepção da regra.
vra vem do latim ex-plicare, de plica, prega, ex-pli­
EXCURSOES - Tôdas as crianças e jovens gostam de care é pois des-pregar, des-embrulhar, revelar o que
ir em excursão para conhecer e ver coisas novas. estava oculto. Emprega-se, assim, o têrmo no sen­
Qualquer excursão, por mais simples que seja, en­ tido não só do que clareia, como do que expõe, do que
canta as crianças, mostrando-lhes, ao mesmo tempo, desenvolve, do que explana. Nesse sentido, é sem­
um sem número de coisas novas e interessantes. As pre o têrmo empregado com variantes que incluem o
crianças observam muito mais do que certos pais sentido do que clareia, do que torna inteligível ou
supõem; algumas fazem perguntas; outras assimilam mais inteligível alguma coisa. Permite, assim, seu
e observam, sem comentários, todos os sons, tudo o emprêgo uma escalaridade intensista, desde o mais
que vêem, e tudo o que o seu olfato percebe. simples ao mais complexo, desde o desvendar da ver­
dade até o simples esclarecimento, o simples apon­
Tão importante como o ponto de chegada da ex­ tar. Ao nos depararmos com tal têrmo na Filosofia,
cursão é a satisfação do preparo e planejamento do devemos sempre ter o cuidado de precisar em que
que se irá fazer durante a estadia. Os pais devem grau intensista o usa o autor.
projetar, elaborar conjuntamente com os filhos, tô·
das as minúcias, de forma que a excursão, por mais EXPWRADORAS E EXPLORADORES - Em nosso país
simples que seja, tome, ante os olhos da criança, um há a associação das Bandeirantes e ados Escoteiros.
ato significativo e cheio de interêsse. Ambas proporcionam às crianças e jovens ambiente
a uma vida em comum, e prática de esportes, primei­
EXIBICIONISMO - Na Psicologia, denomina-se o hábi· ros socorros, etc.
to de exibir certas partes do .corpo, especialmente a� A organização internacional dos escoteiros ( boy
genitais. Também se emprega para tôda e qualquer scouts )
é de origem inglesa, e seu fundador, o coro­
atitude de exteriorização que um indivíduo realiza nel Robert Baden Powell, elaborou, com um amplo e
com o intuito de converter-se em centro de atenção, compreensivo espírito, a organização, cujo lema to­
e que se pqde explicar pela ânsia de prestígio social . dos acatam : o respeito mútuo e a ajuda ao mais fraeo.
- 2 14 - - 2 15 -
va a crer que os animais sejam capazes de evocar os No primeiro caso, quando se manifestam em crian­
fatos, mas apenas podem rememorizá-los, eventual­ ças em idade em que o pudor já deve estar formado,
mente. revela certa gravidade psicológica, pois aponta certo
EXAME - a ) Consideração, investigação, análise, pesqui­ desequilíbrio de carácter sexual, em que há o intuito
de compensar um sentimento de inferioridade. Nos
sa atenta para averiguar alguma coisa. Mas o exa­
me exige certo sistematismo, pois tem sempre uma casos em que a jovem busca roupas chamativas, ati­
finalidade, que é a de averiguar o valor de alguma tudes exageradas, com o intuito de atrair para si a
coisa ou pessoa, ou fatos e suas relações. atenção dos outros, temos sempre um sintoma de
desequilíbrio emocional, sobretudo de inferioridade.
b ) Na FiL, emprega-se a expressão livre exame p
Em tais casos, deve-se procurar a coo eração de um
para significar a independência de opinião, a liberta­ psiquiatra.
ção do jugo da autoridade em matéria de fé ou de
doutrina, preferindo examinar, por si mesmo, e só
EXPLANAÇAO - Explanar é tornar plano, tornar fácil,
explicar, ilustrar, tornar inteligível alguma coisa. Ex­
aceitar o que a sua razão ou experiência aceitar ou
comprovar.
plana�ão é a explicação de alguma coisa, tornando-a
inteligfvel. É o desenvolvimento causal, a descrição,
EXAMES - Vide No tas escolares. a clarificação sistemática. É a interpretação cientí­

EXCEPÇAO - a) É a ação pela qual se realiza uma


fica, a conexão intelegível, é a mostração discursiva
de que alguma coisa obedece a normas, a invariantes,
limitação, uma restrição, como a exclusão de uma
a leis.
regra, de uma ordem, de um conjunto, etc.
EXPLICAR - É tornar inteligível e claro o que se apre­
b ) Usa-se, ademais, para referir-se ao que é ex­
senta obscuro. Em sua origem etimológica, a pala­
cluído de uma regra: a excepção da regra.
vra vem do latim ex-plicare, de plica, prega, ex-pli­
EXCURSOES - Tôdas as crianças e jovens gostam de care é pois des-pregar, des-embrulhar, revelar o que
ir em excursão para conhecer e ver coisas novas. estava oculto. Emprega-se, assim, o têrmo no sen­
Qualquer excursão, por mais simples que seja, en­ tido não só do que clareia, como do que expõe, do que
canta as crianças, mostrando-lhes, ao mesmo tempo, desenvolve, do que explana. Nesse sentido, é sem­
um sem número de coisas novas e interessantes. As pre o têrmo empregado com variantes que incluem o
crianças observam muito mais do que certos pais sentido do que clareia, do que torna inteligível ou
supõem; algumas fazem perguntas; outras assimilam mais inteligível alguma coisa. Permite, assim, seu
e observam, sem comentários, todos os sons, tudo o emprêgo uma escalaridade intensista, desde o mais
que vêem, e tudo o que o seu olfato percebe. simples ao mais complexo, desde o desvendar da ver­
dade até o simples esclarecimento, o simples apon­
Tão importante como o ponto de chegada da ex­ tar. Ao nos depararmos com tal têrmo na Filosofia,
cursão é a satisfação do preparo e planejamento do devemos sempre ter o cuidado de precisar em que
que se irá fazer durante a estadia. Os pais devem grau intensista o usa o autor.
projetar, elaborar conjuntamente com os filhos, tô·
das as minúcias, de forma que a excursão, por mais EXPWRADORAS E EXPLORADORES - Em nosso país
simples que seja, tome, ante os olhos da criança, um há a associação das Bandeirantes e ados Escoteiros.
ato significativo e cheio de interêsse. Ambas proporcionam às crianças e jovens ambiente
a uma vida em comum, e prática de esportes, primei­
EXIBICIONISMO - Na Psicologia, denomina-se o hábi· ros socorros, etc.
to de exibir certas partes do .corpo, especialmente a� A organização internacional dos escoteiros ( boy
genitais. Também se emprega para tôda e qualquer scouts )
é de origem inglesa, e seu fundador, o coro­
atitude de exteriorização que um indivíduo realiza nel Robert Baden Powell, elaborou, com um amplo e
com o intuito de converter-se em centro de atenção, compreensivo espírito, a organização, cujo lema to­
e que se pqde explicar pela ânsia de prestígio social . dos acatam : o respeito mútuo e a ajuda ao mais fraeo.
- 2 14 - - 2 15 -
Os escoteiros e bandeirantes ( girl-scouts) estão
divididos em pequenos grupos, com um chefe de mais
experiência e idade, que cuida do seu grupo, depen­
dendo, por sua vez, de outros chefes. Os grupos di­
videm-se por idade.

Reunem-se periodicamente nos acampamentos


internacionais, onde participam grupos escolhidos em
cada país durante um detenninado período.

EXTRAVAGÂNCIAS - Na adolescência, aparece uma sé­ F


rie de extravagâncias, tanto no jovem como na jo­
vem. A grande maioria acaba desaparecendo com
o tempo, enquanto algumas, quando perduram além
do normal, devem ser combatidas. FALAR ( 0 ) - Antes de um ano e meio, o bebê emite
sons, e muito raramente articula uma palavra. Quan­
EXTROVERSÃO - Vide Temperamento. do começa realmente a falar, os pais tomam duas
atitudes: uns crêem que é um êrro corrigir os defei­
Nos dilatados médios, a extroversão é natural,
como a introversão o é para os retraídos em geraL tos de linguagem dos seus filhos, e outros, pelo con­
trário, opinam que não se deve deixar que pronun­
O que é anormal é um dilatado introvertido, e um
retraído de base extrovertido. Tais casos passam a ciem mal as palavras desde o primeiro momento. O
ser clínicos, e exigem a cooperação de um psiquiatra. melhor é, naturalmente, uma atitude intermediária,
sabendo quando e como se deve fazer a correção.

A criança, que demora para falar, não pode ser


classificada de "lenta", de "retardada". Muitas, que
falaram bem tarde, foram sempre inteligentes. Se
uma criança de dois ou três anos fala com dificulda­
de, e pronuncia um número muito limitado de pala­
vras, o primeiro cuidado a tomar-se é levá-la a um
especialista do ouvido. Caso não tenha nada, é
aconselhável deixá-la o máximo possível na compa­
nhia de outras crianças, pois a necessidade de falar
será mais imperiosa e atrativa.

Nunca se deve mostrar impaciência ou uma im­


periosa necessidade de correção, quando a criança,
que demonstra lentidão, está contando qualquer
acontecimento. A melhor atitude é deixá-la que se
expresse livremente, só corrigindo determinadas pa­
lavras.

FALSIDADE - a ) A falsidade opõe-se à verdade. E as­


sim como há uma classificação da verdade, há uma
classificação da falsidade. Vide Verdade e trro.

b) É definida na Lógica do mesmo modo que a.


verdade, ao excluir-se a adequação ou conformidade.
,
Há falsidade lógica quando há disconformidade en-

- 216 - - 217 -
Os escoteiros e bandeirantes ( girl-scouts) estão
divididos em pequenos grupos, com um chefe de mais
experiência e idade, que cuida do seu grupo, depen­
dendo, por sua vez, de outros chefes. Os grupos di­
videm-se por idade.

Reunem-se periodicamente nos acampamentos


internacionais, onde participam grupos escolhidos em
cada país durante um detenninado período.

EXTRAVAGÂNCIAS - Na adolescência, aparece uma sé­ F


rie de extravagâncias, tanto no jovem como na jo­
vem. A grande maioria acaba desaparecendo com
o tempo, enquanto algumas, quando perduram além
do normal, devem ser combatidas. FALAR ( 0 ) - Antes de um ano e meio, o bebê emite
sons, e muito raramente articula uma palavra. Quan­
EXTROVERSÃO - Vide Temperamento. do começa realmente a falar, os pais tomam duas
atitudes: uns crêem que é um êrro corrigir os defei­
Nos dilatados médios, a extroversão é natural,
como a introversão o é para os retraídos em geraL tos de linguagem dos seus filhos, e outros, pelo con­
trário, opinam que não se deve deixar que pronun­
O que é anormal é um dilatado introvertido, e um
retraído de base extrovertido. Tais casos passam a ciem mal as palavras desde o primeiro momento. O
ser clínicos, e exigem a cooperação de um psiquiatra. melhor é, naturalmente, uma atitude intermediária,
sabendo quando e como se deve fazer a correção.

A criança, que demora para falar, não pode ser


classificada de "lenta", de "retardada". Muitas, que
falaram bem tarde, foram sempre inteligentes. Se
uma criança de dois ou três anos fala com dificulda­
de, e pronuncia um número muito limitado de pala­
vras, o primeiro cuidado a tomar-se é levá-la a um
especialista do ouvido. Caso não tenha nada, é
aconselhável deixá-la o máximo possível na compa­
nhia de outras crianças, pois a necessidade de falar
será mais imperiosa e atrativa.

Nunca se deve mostrar impaciência ou uma im­


periosa necessidade de correção, quando a criança,
que demonstra lentidão, está contando qualquer
acontecimento. A melhor atitude é deixá-la que se
expresse livremente, só corrigindo determinadas pa­
lavras.

FALSIDADE - a ) A falsidade opõe-se à verdade. E as­


sim como há uma classificação da verdade, há uma
classificação da falsidade. Vide Verdade e trro.

b) É definida na Lógica do mesmo modo que a.


verdade, ao excluir-se a adequação ou conformidade.
,
Há falsidade lógica quando há disconformidade en-

- 216 - - 217 -
tre a coisa e o intelecto; ou seja, entre a cognição e que as aulas são más, professores péssimos, aprovei­
a coisa. tamento quase nulo. Pode-se estabelecer a seguinte
norma: uma criança falta à escola dêste modo, por­
A disconformidade ou inadequação pode ser po­ que se alia um esquema de desagradabilidade 01,1, en­
sitiva ou negativa. Positiva, quando o intelecto re­ tão, porque sente muito mais prazer em passeios,
tira do objeto algo que êle tem ou empresta-lhe al­ avent-q.ras fora do âmbito escolar. Mas esta segun­
go, que êle não tem; negativa, quando o intelecto co­ da razão nunca atuará de modo determinante se não
gita de alguma coisa que não há na coisa, ou não se der a primeira: o esquema da desagradabilidade e
cogita do que realmente há na coisa. Também se até da intolerabilidade. Quando se dá pela segunda
chama ignorância em tais casos. causa, sem que haja motivo na primeira, há, sem dú­
vida, algum desequilibrio emocional, que deve ser
FALTA - a ) Carência, penúria do que é necessário.
considerado, a fim de buscar a sua solução.
b ) Emprega-se, também, no sentido de ausên­
Nas escolas modernas, êsses casos não são mais
cia, no de negação (falta de ciência), de engano e êr­
tratados com o rigor que mereciam anteriormente.
ro (as faltas cometidas ), no de pecado (falta grave ) .
Cada caso é um caso particular, e o mestre, que tem
Indica, assim, o conceito de falta a ausência do consciência de suas responsabilidades, procurará os
que é devido, ou a prática de um ato, que ofende ao pais para poder examinar o caso e contribuir com
que devera moral e êticamente ser. conselhos, a fim de evitar a repetição de tais faltas.
O pouco interêsse de certos pais, que não se preo­
FALTA A ESCOLA - Na linguagem estudantil, denoffii­
cupam que tais casos se dêem, têm sido a razão do
na-se gazeta, cábula, etc., a falta do aluno à escola,
aumento dessas faltas. As práticas usadas em alguns
com o desonhecimento dos pais ou tutores. Assu­
países de escolas disciplinares para tais alunos, e as
mem tais fatos uma importância exagerada aos olhos
há de várias espécies, não são aconselháveis, pois ge­
de muitos pais e mestres. Realmente, não são elas
aconselháveis e representam uma quebra da disci­ ram novas injustiças. Cada caso deve ser estudado
plina escolar e pessoal. Contudo, o excessivo rigor com cuidado. Quando o filho se queixa da escola
com que se tratam tais faltas leva a muitos meninos aos pais, faz determinadas referências ao que não gos­
a esconderem-se, ou a procurarem companheiros, em ta, devem, então, êstes prestarem atenção e interessa­
cujos bandos, aprendem a prática de muitos atos an­ rem-se · em ter uma nítida idéia da realidade, em vez
ti-sociais. O que é mister é descobrir as causas, que de responderem rispidamente aos filhos, impedindo­
levam o aluno a faltar à aula dêste modo. Êsse exa -os de manifestar o seu desgôsto. Se os casos se
me poderá permitir que se faça um estudo etiológico manifestam de modo grave, devem procurar os mes­
do caso, e se possa atender, em singular, de modo a tres responsáveis, de modo que, juntos, possam resol­
dar soluções plausíveis. Na zona rural, onde a esco­ vê-los, desde · o início, a causa de tais ates indiscipli­
la está às vêzes muito distante do lar, há certa desa­ nares, a fim de evitar que se agravem.
gradabilidade da criança para percorrer essa distân­
cia, e temos aí uma razão das faltas. Noutros ca­ lt'ALTA DE ASSEIO NO VESTIR -A criança com três
sos, há aversão pela escola, devido à rigidez de cer­ ou quatro anos não poderá seguir estritamente as
tos mestres, ou a agressividade de certos alunos maio­ normas de higiene, julgadas necessárias pelo adulto.
res ou mais fortes, que aterrorizam o faltante. Nou­ Naturalmente que os preceitos higiênicos básicos de­
tros, é a criança que não compreende bem as aulas vem ser dados desde esta idade, para que a criança
e é ameaçada de castigos, ou se julga injustiçada ( o se acostume a êles. É preciso sempre chamar-lhe a
que muitas vêzes acontece) por professores que, por atenção pelo asseio, sem querer torná-la uma "verda·
ogeriza ao aluno, lhe dão notas excessivamente bni· deira boneca", que não se possa pegar, o que seria
xas, outras por que companheiros ridicularizam sua.H contra indicado, pois a primeira, não lhe possibiliLnn
do a liberdade necessária aos seus atos.
roupas pobres, seu desajeitamento e, também, por

- 21 8 - -- 219 -
tre a coisa e o intelecto; ou seja, entre a cognição e que as aulas são más, professores péssimos, aprovei­
a coisa. tamento quase nulo. Pode-se estabelecer a seguinte
norma: uma criança falta à escola dêste modo, por­
A disconformidade ou inadequação pode ser po­ que se alia um esquema de desagradabilidade 01,1, en­
sitiva ou negativa. Positiva, quando o intelecto re­ tão, porque sente muito mais prazer em passeios,
tira do objeto algo que êle tem ou empresta-lhe al­ avent-q.ras fora do âmbito escolar. Mas esta segun­
go, que êle não tem; negativa, quando o intelecto co­ da razão nunca atuará de modo determinante se não
gita de alguma coisa que não há na coisa, ou não se der a primeira: o esquema da desagradabilidade e
cogita do que realmente há na coisa. Também se até da intolerabilidade. Quando se dá pela segunda
chama ignorância em tais casos. causa, sem que haja motivo na primeira, há, sem dú­
vida, algum desequilibrio emocional, que deve ser
FALTA - a ) Carência, penúria do que é necessário.
considerado, a fim de buscar a sua solução.
b ) Emprega-se, também, no sentido de ausên­
Nas escolas modernas, êsses casos não são mais
cia, no de negação (falta de ciência), de engano e êr­
tratados com o rigor que mereciam anteriormente.
ro (as faltas cometidas ), no de pecado (falta grave ) .
Cada caso é um caso particular, e o mestre, que tem
Indica, assim, o conceito de falta a ausência do consciência de suas responsabilidades, procurará os
que é devido, ou a prática de um ato, que ofende ao pais para poder examinar o caso e contribuir com
que devera moral e êticamente ser. conselhos, a fim de evitar a repetição de tais faltas.
O pouco interêsse de certos pais, que não se preo­
FALTA A ESCOLA - Na linguagem estudantil, denoffii­
cupam que tais casos se dêem, têm sido a razão do
na-se gazeta, cábula, etc., a falta do aluno à escola,
aumento dessas faltas. As práticas usadas em alguns
com o desonhecimento dos pais ou tutores. Assu­
países de escolas disciplinares para tais alunos, e as
mem tais fatos uma importância exagerada aos olhos
há de várias espécies, não são aconselháveis, pois ge­
de muitos pais e mestres. Realmente, não são elas
aconselháveis e representam uma quebra da disci­ ram novas injustiças. Cada caso deve ser estudado
plina escolar e pessoal. Contudo, o excessivo rigor com cuidado. Quando o filho se queixa da escola
com que se tratam tais faltas leva a muitos meninos aos pais, faz determinadas referências ao que não gos­
a esconderem-se, ou a procurarem companheiros, em ta, devem, então, êstes prestarem atenção e interessa­
cujos bandos, aprendem a prática de muitos atos an­ rem-se · em ter uma nítida idéia da realidade, em vez
ti-sociais. O que é mister é descobrir as causas, que de responderem rispidamente aos filhos, impedindo­
levam o aluno a faltar à aula dêste modo. Êsse exa -os de manifestar o seu desgôsto. Se os casos se
me poderá permitir que se faça um estudo etiológico manifestam de modo grave, devem procurar os mes­
do caso, e se possa atender, em singular, de modo a tres responsáveis, de modo que, juntos, possam resol­
dar soluções plausíveis. Na zona rural, onde a esco­ vê-los, desde · o início, a causa de tais ates indiscipli­
la está às vêzes muito distante do lar, há certa desa­ nares, a fim de evitar que se agravem.
gradabilidade da criança para percorrer essa distân­
cia, e temos aí uma razão das faltas. Noutros ca­ lt'ALTA DE ASSEIO NO VESTIR -A criança com três
sos, há aversão pela escola, devido à rigidez de cer­ ou quatro anos não poderá seguir estritamente as
tos mestres, ou a agressividade de certos alunos maio­ normas de higiene, julgadas necessárias pelo adulto.
res ou mais fortes, que aterrorizam o faltante. Nou­ Naturalmente que os preceitos higiênicos básicos de­
tros, é a criança que não compreende bem as aulas vem ser dados desde esta idade, para que a criança
e é ameaçada de castigos, ou se julga injustiçada ( o se acostume a êles. É preciso sempre chamar-lhe a
que muitas vêzes acontece) por professores que, por atenção pelo asseio, sem querer torná-la uma "verda·
ogeriza ao aluno, lhe dão notas excessivamente bni· deira boneca", que não se possa pegar, o que seria
xas, outras por que companheiros ridicularizam sua.H contra indicado, pois a primeira, não lhe possibiliLnn
do a liberdade necessária aos seus atos.
roupas pobres, seu desajeitamento e, também, por

- 21 8 - -- 219 -
Deve-se fazer a criança guardar os brinquedos, orientação que muitas vêzes lhes falta. O mestre,
e também as roupas, ao mesmo tempo que se acos­ que deve ser um pedagogo completo, no genuíno e
tume a mudá-las diàriamente. completo sentido da palavra, não é apenas um ser
mais experimentado e mais sábio, que ministra co­
FAMíLIA - Não é apenas um grupo social, fundado na
nhecimentos aos jovens. É alguém a quem cabe uma
emergência bionômica, como a explicação meramente
fisiologista pretende estabelecer, pois o homem não
função muito nobre e muito elevada: a de ser um
complemento justo e cuidadoso da família, pois a es­
é apenas corpo. Tem a familia um fundamento psi­
cola deve ser um complemento do lar, do contrário
cológico e um fundamento social, pois tende a pro­
ela falseará suas justas finalidades.
longar-se e constituir-se nos filhos, que advêm, j á que
ela, concretamente, não é apenas o par, mas também
A personalidade da criança forma-se no lar. E
os filhos e, ademais, tem o seu papel histórico-social, essa personalidade a acompanhará, depois, pela vida,
e ainda o sobrenatural, pois, ao constituí-la, o par para o seu bem ou para o seu mal. Devem os pais
não tende apenas a satisfazar as necessidades de or­ ter sempre em mente a grande responsabilidade que
dem fisiológica. Há uma identificação, uma comu­
assumem, quando trazem ao mundo entes que serã?
nhão em algo superior, pois, do contrário, não há pessoas, que terão um sentimEnto e uma personah­
propriamente família, mas apenas um ajuntamento, dade, que sofrerão, amarão e ansiarão de todos os
que pode ser chancelado pela lei. modos.
FAMíLIA MODERNA E A EDUCAÇAO - Apesar de mui­
Sem dúvida, as atuais condições da vida ofere­
tas doutrinas malsãs pregarem, dissolventemente, o
cem condições muito desfavoráveis ao papel dos pais.
As influências, provindas de tantos setores malsãos,
desaparecimento da família, esta é, sem dúvida, o es­
teio de tôda vida cultural superior d'a humanidade, de
penetram no lar, e há, por tôda a parte, uma desen­
tôda vida civilizada. Essas doutrinas que pregaram
freada propaganda do pior ( vide Corrupção, propa­
que o Estado pode substituir os pais na educação doM
ganda desenfreada ), que uma falsa e sofismática vi­
filhos, malograram na prática e tiveram que, outra vez,
são democrática quer dar fores de validez. O rádio
ir de encontro à família, por compreenderem que 6 no
e a televisão podem exercer um papel deletério e
lar que se fundamentam os mais importantes cst.otoH
contribuírem para derrocar a melhor construção que
da construção d'e uma mente humana. Nüo 6 n fn
os pais desejam para os filhos. Ademais, pais não
mília, como nunca foi, nem o é na 6porn n.tunl, flllllll
devidamente educados, infestados de idéias dissol­
do a luta econômica penetra om toctc>H OI' Hl'l orwc, c h•
ventes, procuram inocular em seus filhos as manei­
modo a exigir da miie umn fnn�·no c•c•ollc"'rulc•ll r o r 11
ras deformadas de ver e de considerar as coisas da
da sociedade familiL�r, um nJunlm u c o 1 1 l n upc•rllc ch
mund'o.
pessoas, que unem Hllllq vldmt, !}lll"ll I'I I I IV I v r i l c 1 1 1 , c ll
Não; a famflin 6 nluo que I r'llll!-ll'l ' l l c l t 11 ' " "" 1 1 11 111 Há uma seqüência de males modernos, que obs­
conjunção do dois �;On·K <lc Huxotl t l l rc 11 1 1 l c : c l l l l llt taculizam a boa ação familiar, e perturbam as provi­
sociedade quo so forma com hu;wt que 1 1 l l 11cp ' r u c c dências bem intencionadas de pais responsáveis.
ao que pertencem ao llrnhHo .1tl l h lll'o, con l l l u l n c lo
-se numa tensão, numa coorOndn novn, c1111 q111 111\ 1 1 1 Muitos pais não dão o amparo devido aos filhos,
go que é imponderável aos espíritos nwsqulrahwc 1 e depois se assombram de que êstes revelem insegu­
míopes, que a combatem. ranças, anseios aparentemente inexplicáveis. Se en­
É aos pais que cabe o principal papol do t•chlt'HI tre os esposos não há mútuo entendimento e confian­
os filhos. Ao mestre, ao genuino pedagogo, cnbo wu ça, se entre êles se observam desconfianças e críticas
papel suplementar, contudo um papel importtutUR acerbas, que pode tudo isso semear na alma infantil
simo, porque além de supletivo ao dos pais, dovo Hur senão o que a corromperá, a tornará inapta para uma
guiado de modo a robustecer o que há de sólido, 1 vida melhor? É mister que os pais considerem, dos­
contribuir, tanto quanto possível, para dar nquOlt•H u de o momento que, por sua livre responsabiltc.fncto,

- 220 - - 221 -
Deve-se fazer a criança guardar os brinquedos, orientação que muitas vêzes lhes falta. O mestre,
e também as roupas, ao mesmo tempo que se acos­ que deve ser um pedagogo completo, no genuíno e
tume a mudá-las diàriamente. completo sentido da palavra, não é apenas um ser
mais experimentado e mais sábio, que ministra co­
FAMíLIA - Não é apenas um grupo social, fundado na
nhecimentos aos jovens. É alguém a quem cabe uma
emergência bionômica, como a explicação meramente
fisiologista pretende estabelecer, pois o homem não
função muito nobre e muito elevada: a de ser um
complemento justo e cuidadoso da família, pois a es­
é apenas corpo. Tem a familia um fundamento psi­
cola deve ser um complemento do lar, do contrário
cológico e um fundamento social, pois tende a pro­
ela falseará suas justas finalidades.
longar-se e constituir-se nos filhos, que advêm, j á que
ela, concretamente, não é apenas o par, mas também
A personalidade da criança forma-se no lar. E
os filhos e, ademais, tem o seu papel histórico-social, essa personalidade a acompanhará, depois, pela vida,
e ainda o sobrenatural, pois, ao constituí-la, o par para o seu bem ou para o seu mal. Devem os pais
não tende apenas a satisfazar as necessidades de or­ ter sempre em mente a grande responsabilidade que
dem fisiológica. Há uma identificação, uma comu­
assumem, quando trazem ao mundo entes que serã?
nhão em algo superior, pois, do contrário, não há pessoas, que terão um sentimEnto e uma personah­
propriamente família, mas apenas um ajuntamento, dade, que sofrerão, amarão e ansiarão de todos os
que pode ser chancelado pela lei. modos.
FAMíLIA MODERNA E A EDUCAÇAO - Apesar de mui­
Sem dúvida, as atuais condições da vida ofere­
tas doutrinas malsãs pregarem, dissolventemente, o
cem condições muito desfavoráveis ao papel dos pais.
As influências, provindas de tantos setores malsãos,
desaparecimento da família, esta é, sem dúvida, o es­
teio de tôda vida cultural superior d'a humanidade, de
penetram no lar, e há, por tôda a parte, uma desen­
tôda vida civilizada. Essas doutrinas que pregaram
freada propaganda do pior ( vide Corrupção, propa­
que o Estado pode substituir os pais na educação doM
ganda desenfreada ), que uma falsa e sofismática vi­
filhos, malograram na prática e tiveram que, outra vez,
são democrática quer dar fores de validez. O rádio
ir de encontro à família, por compreenderem que 6 no
e a televisão podem exercer um papel deletério e
lar que se fundamentam os mais importantes cst.otoH
contribuírem para derrocar a melhor construção que
da construção d'e uma mente humana. Nüo 6 n fn
os pais desejam para os filhos. Ademais, pais não
mília, como nunca foi, nem o é na 6porn n.tunl, flllllll
devidamente educados, infestados de idéias dissol­
do a luta econômica penetra om toctc>H OI' Hl'l orwc, c h•
ventes, procuram inocular em seus filhos as manei­
modo a exigir da miie umn fnn�·no c•c•ollc"'rulc•ll r o r 11
ras deformadas de ver e de considerar as coisas da
da sociedade familiL�r, um nJunlm u c o 1 1 l n upc•rllc ch
mund'o.
pessoas, que unem Hllllq vldmt, !}lll"ll I'I I I IV I v r i l c 1 1 1 , c ll
Não; a famflin 6 nluo que I r'llll!-ll'l ' l l c l t 11 ' " "" 1 1 11 111 Há uma seqüência de males modernos, que obs­
conjunção do dois �;On·K <lc Huxotl t l l rc 11 1 1 l c : c l l l l llt taculizam a boa ação familiar, e perturbam as provi­
sociedade quo so forma com hu;wt que 1 1 l l 11cp ' r u c c dências bem intencionadas de pais responsáveis.
ao que pertencem ao llrnhHo .1tl l h lll'o, con l l l u l n c lo
-se numa tensão, numa coorOndn novn, c1111 q111 111\ 1 1 1 Muitos pais não dão o amparo devido aos filhos,
go que é imponderável aos espíritos nwsqulrahwc 1 e depois se assombram de que êstes revelem insegu­
míopes, que a combatem. ranças, anseios aparentemente inexplicáveis. Se en­
É aos pais que cabe o principal papol do t•chlt'HI tre os esposos não há mútuo entendimento e confian­
os filhos. Ao mestre, ao genuino pedagogo, cnbo wu ça, se entre êles se observam desconfianças e críticas
papel suplementar, contudo um papel importtutUR acerbas, que pode tudo isso semear na alma infantil
simo, porque além de supletivo ao dos pais, dovo Hur senão o que a corromperá, a tornará inapta para uma
guiado de modo a robustecer o que há de sólido, 1 vida melhor? É mister que os pais considerem, dos­
contribuir, tanto quanto possível, para dar nquOlt•H u de o momento que, por sua livre responsabiltc.fncto,

- 220 - - 221 -
puseram no mundo um nôvo ser, que é carne de sua c ) Emprega-se, na música, para intitular uma
carne, que a união que havia entre êles assumiu um composição musical que expressa a fantasia. ( Vide
nôvo papel, um nôvo sentido, bem como uma nova Sonho ) .
responsabilidade.
FARMACIA CASEIRA - Damos abaixo uma lista do ma­
As experiências pedagógicas, que foram tão ar­ terial e elementos básicos para a formação de uma
dentemente defendidas, de que era possível substituir pequena farmácia caseira:
com vantagem a vida familiar, malograram e deram
2 rolos de gaze; esparadrapo, algodão hidrófilo
como resultado desajustados de tôda espécie. Nesta
(em pacote) , tesouras, pinças, um conta-gotas, um
última guerra, a de 1939, devido às ameaças dos bom­
vidro de vaselina, aspirina, cibalena ou novalgina, etc.,
bardeios, mtútas crianças foram retiradas de seus
dois termômetros (um para uso retal e outro oral ) ,
Iarts e levadas para outras regiões. Não há dúvida
um antisséptico, um pacote de bicabornato de sódio,
que assistia a essa providência razões respeitáveis,
uma seringa com agulha hipodérmica, álcool, um de­
porque se tratava de salvar vidas ameaçadas de des­
sinfetante ( mercúrio-cromo, iôdo, etc. ) .
truição. · Mas, do lado pedagógico, verificou-se que as
crianças que permaneceram com os pais e que assis­ É preciso colocarem-se rótulos em todos o s vi­
tiram os horrores dos bombardeios são, em sua gran· dros de forma a não haver confusão. Em casa, on­
de maioria, mais equilibradas que aquelas que foram de há crianças pequenas, é aconselhável colocarem-se
afastadas, as quais revelaram deseqtúlíbrios emocio· os vidros de remédios ou de substâncias venenosas,
nais e neuróticos, supinamente graves. fora do seu alcance. Não se deve dar a uma criança
um remédio velho, pois muitos perdem a eficácia,
O pedagogo moderno não deve abrigar em suu.
sendo, em alguns casos, perigosos.
mente as idéias precipitadas e mal construídas de
pedagogos mal orientados, que pregam, indevida FATOR RH - O fator Rh é uma característica, que se en­
mente, de que os organismos estatais sejam capazeh contra freqüentemente nos glóbulos vermelhos do
de substituir o lar. sangue. Chamou-se Rh devido à relação que tem com
uma substância, encontrada nos glóbulos vermelhos
Enquanto houver sociedade humana superior,
dos macacos Rhesus. Quando os glóbulos vermelhos
culta e civilizada, jamais outro organismo substllulrn
a família, salvo se se quer construir umu. lnm1mtldn
de uma pessoa contêm êste fator, diz-se que é "Rh
positivo", do contrário, é um "Rh negativo". Ter o
de robots, desajustados emocionnlmont<•.
Rh positivo" ou o "Rh negativo" tem o mesmo valor.
FAMILIAR ( ASSJST1J:NCIA ) • VI< lo l'nl�e t u tlt'tlu"ulllll Quando os membros de um casal são Rh negativos,
moderna. nada há para preocupar-se. Quando, porém, o pai é
Rh positivo e a mãe Rh negativo, encontram-se às vê­
FANTASIA - a ) zes, no filho, Rh positivo, um tipo de anemia muito
grave, conhecida tecnicamente pelo nome de Eritro­
blastosis fatali", ou enfermidade emolítica de recém­
-nascido. O resultado pode ser uma icterícia e um
desenvolvimento do baço no nascimento ou logo de·
pois.

A possibilidade de que de uma mulher Rh negativa


e de um homem Rb positivo o filho seja Rh negativo a
b ) Hoje, o conceito ele ruula111 l u IHulflc 11 u 1 1 v tt possibilidade é de 50%. Neste caso, não surge ne­
jôgo da imaginação crindom, nho c l l c lpl luuclu J H•ht nhum problema. Se por acaso fôr a criança Rh posi­
regras lógicas, ou como cr1nclom npt•mv clu II«'CJ "' . tivo, uma pequena quantidade da substância Rh, ao
que se afastam mais ou momm <111 r·c�nlltlmlc entrar na corrente geral sanguínea da mãe, provoca-

- 222 - - 223 -
puseram no mundo um nôvo ser, que é carne de sua c ) Emprega-se, na música, para intitular uma
carne, que a união que havia entre êles assumiu um composição musical que expressa a fantasia. ( Vide
nôvo papel, um nôvo sentido, bem como uma nova Sonho ) .
responsabilidade.
FARMACIA CASEIRA - Damos abaixo uma lista do ma­
As experiências pedagógicas, que foram tão ar­ terial e elementos básicos para a formação de uma
dentemente defendidas, de que era possível substituir pequena farmácia caseira:
com vantagem a vida familiar, malograram e deram
2 rolos de gaze; esparadrapo, algodão hidrófilo
como resultado desajustados de tôda espécie. Nesta
(em pacote) , tesouras, pinças, um conta-gotas, um
última guerra, a de 1939, devido às ameaças dos bom­
vidro de vaselina, aspirina, cibalena ou novalgina, etc.,
bardeios, mtútas crianças foram retiradas de seus
dois termômetros (um para uso retal e outro oral ) ,
Iarts e levadas para outras regiões. Não há dúvida
um antisséptico, um pacote de bicabornato de sódio,
que assistia a essa providência razões respeitáveis,
uma seringa com agulha hipodérmica, álcool, um de­
porque se tratava de salvar vidas ameaçadas de des­
sinfetante ( mercúrio-cromo, iôdo, etc. ) .
truição. · Mas, do lado pedagógico, verificou-se que as
crianças que permaneceram com os pais e que assis­ É preciso colocarem-se rótulos em todos o s vi­
tiram os horrores dos bombardeios são, em sua gran· dros de forma a não haver confusão. Em casa, on­
de maioria, mais equilibradas que aquelas que foram de há crianças pequenas, é aconselhável colocarem-se
afastadas, as quais revelaram deseqtúlíbrios emocio· os vidros de remédios ou de substâncias venenosas,
nais e neuróticos, supinamente graves. fora do seu alcance. Não se deve dar a uma criança
um remédio velho, pois muitos perdem a eficácia,
O pedagogo moderno não deve abrigar em suu.
sendo, em alguns casos, perigosos.
mente as idéias precipitadas e mal construídas de
pedagogos mal orientados, que pregam, indevida FATOR RH - O fator Rh é uma característica, que se en­
mente, de que os organismos estatais sejam capazeh contra freqüentemente nos glóbulos vermelhos do
de substituir o lar. sangue. Chamou-se Rh devido à relação que tem com
uma substância, encontrada nos glóbulos vermelhos
Enquanto houver sociedade humana superior,
dos macacos Rhesus. Quando os glóbulos vermelhos
culta e civilizada, jamais outro organismo substllulrn
a família, salvo se se quer construir umu. lnm1mtldn
de uma pessoa contêm êste fator, diz-se que é "Rh
positivo", do contrário, é um "Rh negativo". Ter o
de robots, desajustados emocionnlmont<•.
Rh positivo" ou o "Rh negativo" tem o mesmo valor.
FAMILIAR ( ASSJST1J:NCIA ) • VI< lo l'nl�e t u tlt'tlu"ulllll Quando os membros de um casal são Rh negativos,
moderna. nada há para preocupar-se. Quando, porém, o pai é
Rh positivo e a mãe Rh negativo, encontram-se às vê­
FANTASIA - a ) zes, no filho, Rh positivo, um tipo de anemia muito
grave, conhecida tecnicamente pelo nome de Eritro­
blastosis fatali", ou enfermidade emolítica de recém­
-nascido. O resultado pode ser uma icterícia e um
desenvolvimento do baço no nascimento ou logo de·
pois.

A possibilidade de que de uma mulher Rh negativa


e de um homem Rb positivo o filho seja Rh negativo a
b ) Hoje, o conceito ele ruula111 l u IHulflc 11 u 1 1 v tt possibilidade é de 50%. Neste caso, não surge ne­
jôgo da imaginação crindom, nho c l l c lpl luuclu J H•ht nhum problema. Se por acaso fôr a criança Rh posi­
regras lógicas, ou como cr1nclom npt•mv clu II«'CJ "' . tivo, uma pequena quantidade da substância Rh, ao
que se afastam mais ou momm <111 r·c�nlltlmlc entrar na corrente geral sanguínea da mãe, provoca-

- 222 - - 223 -
ma febre; pode parecer-se à gripe, e em certas con­
rá uma reação. Seu sangue negativo começará a pro­
dições adota as aparências de apendicite. Nos casos
duzir anticorpos, como reação contra êste fator Rb
graves, dá-se a infecção das vias respiratórias, espe­
positivo, estranho a ela. f:stes anticorpos, ao passar
cialmente dor de garganta, debilidade e provàvelmen­
para a circulação da criança, destroem as células ver­
melhas do Rb positivo do mesmo, e isto produz trans­
te calafrios; inchaço dos gânglios linfáticos, sobre­
tudo no pescoço, e por trás das orelhas.
tornos na criança.
Não existe tratamento específico para esta enfer­
Uma análise do sangue demonstrará se a mulher,
midade. Não é fatal, mas pode, em alguns casos, ori­
que se encontra grávida, é Rh positivo, ou Rh nega­
ginar sérias complicações.
tivo. Se fôr Rh negativo, o marido deve submeter-se,
também, a uma análise do sangue. Se fôr Rh positi­ FEBRE REUMATICA - É uma enfermidade não conta­
vo, deve repetir-se o da mãe umas três vêzes no de­ giosa, que aparece, freqüentemente, nas crianças en­
correr da gravidez, para basear-se a presença dos an­ tre os cinco e os quinze anos. Pode afetar qualquer
ticorpos. Caso êstes apareçam no fim da gravidez, parte do corpo, mas ataca, principalmente as arti­
c feto nada sofrerá, mas é preciso que o médico este­ culaçõ�s, o ?ora�ão, os vasos sangüíneos ;
a pele.
ja de sobreaviso para qualquer eventualidade. Complica-se as vezes com a enfermidade conhecida
sob o nome de "coréia" ( Dança de San Vito ) afeta
Caso, no momento do nascimento, a criança este­
ja afetada, é preciso praticarem transfusões de san­
o sistema nervoso. A febre reumática ataca �
cora­
ção, produzindo uma inflamação ou cicatriz no mús­
gue Rh negativo, pois é a única forma de corrigir-lhe
culo e válvulas do mesmo.
a anemia para a qual estará predisposta.
. Os sintomas gerais são: perda do apetite e a pa­
FÉ - Vide Educação religiosa.
hdez, a falta do aumento do pêso, a irritabilidade e a
FEBRE - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 11. dor nas articulações e nos músculos. A temper tura a'
pode ser baixa, alta ou irregular. Quando a criança
FEBRE DE FENO - A febre ou catarro do feno não tem
acusar os sintomas acima mencionados, deve-se levá­
relação alguma com o próprio feno. Trata-se de uma
-la ao médico, imediatamente. O tratamento consiste
alergia nasal, produzida pela inalação do pólen do
certas e:vas. Como acontece em outras alergias, in·
principalmente, num longo perfodo de descanse �
. � cama, sob supervisão médica, uma alimentação con­
fim, mmtas vezes, nela, um fator emocional.
trolada. O uso de antibióticos indicados pelo médi­
Caracteriz�-se a febre do feno por espirros, pru co serão de grande efeito.
.
ndo e obstruçao do nariz. Em alguns casos produ·

A maioria das crianças que sofreram febre reu­
zem-se lágrimas, coceira e avermelhamento d s olhos.
mática se restabelecem completamente.
Em alguns, aparece uma tosse sêca, e muitos pacien­
tes chegam a perder o sentido do olfato e do sabor, FÉCULAS - Vide Nutrição.
durante mn ataque agudo.
FELICIDADE - Do latim Felicitas, que vem de Felix, di­
Caso êstes ataques se manifestem a miúdo na crl· toso, afortunado, feliz, que, por sua vez, decorre de
ança, convém levá-la ao médico, que prescreverá um Fénus, oris, que significa o que produz a terra, o pro­
tratamento adequado. duto, o ganho, o lucro, a vantagem, o proveito.

FEBRE GLAND� - E mais comum nas criançn�


Por ser racional o ser humano, e caber-lhe a ca­
m _ ores e nos JOvens, e pacidade de tímese parabólica ( vide), é êle capaz de
�u raras vêzes se apresenta <Jm
cnanças com menos de seis �eses. comparar o que é com o mais perfeito que poderia
ser e, daí, aspirar à perfeição absoluta.
As causas desta enfermidade não foram nindn
determinadas, e seus sintomas variam muito. Pod1 , A perfeita felicidade implica a exclusão total de
por ex., apresentar-se com febre alta ou sem nonhn todos os males, a posse de todos os bens e a perpe-

- 224 -
- 225 -
ma febre; pode parecer-se à gripe, e em certas con­
rá uma reação. Seu sangue negativo começará a pro­
dições adota as aparências de apendicite. Nos casos
duzir anticorpos, como reação contra êste fator Rb
graves, dá-se a infecção das vias respiratórias, espe­
positivo, estranho a ela. f:stes anticorpos, ao passar
cialmente dor de garganta, debilidade e provàvelmen­
para a circulação da criança, destroem as células ver­
melhas do Rb positivo do mesmo, e isto produz trans­
te calafrios; inchaço dos gânglios linfáticos, sobre­
tudo no pescoço, e por trás das orelhas.
tornos na criança.
Não existe tratamento específico para esta enfer­
Uma análise do sangue demonstrará se a mulher,
midade. Não é fatal, mas pode, em alguns casos, ori­
que se encontra grávida, é Rh positivo, ou Rh nega­
ginar sérias complicações.
tivo. Se fôr Rh negativo, o marido deve submeter-se,
também, a uma análise do sangue. Se fôr Rh positi­ FEBRE REUMATICA - É uma enfermidade não conta­
vo, deve repetir-se o da mãe umas três vêzes no de­ giosa, que aparece, freqüentemente, nas crianças en­
correr da gravidez, para basear-se a presença dos an­ tre os cinco e os quinze anos. Pode afetar qualquer
ticorpos. Caso êstes apareçam no fim da gravidez, parte do corpo, mas ataca, principalmente as arti­
c feto nada sofrerá, mas é preciso que o médico este­ culaçõ�s, o ?ora�ão, os vasos sangüíneos ;
a pele.
ja de sobreaviso para qualquer eventualidade. Complica-se as vezes com a enfermidade conhecida
sob o nome de "coréia" ( Dança de San Vito ) afeta
Caso, no momento do nascimento, a criança este­
ja afetada, é preciso praticarem transfusões de san­
o sistema nervoso. A febre reumática ataca �
cora­
ção, produzindo uma inflamação ou cicatriz no mús­
gue Rh negativo, pois é a única forma de corrigir-lhe
culo e válvulas do mesmo.
a anemia para a qual estará predisposta.
. Os sintomas gerais são: perda do apetite e a pa­
FÉ - Vide Educação religiosa.
hdez, a falta do aumento do pêso, a irritabilidade e a
FEBRE - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 11. dor nas articulações e nos músculos. A temper tura a'
pode ser baixa, alta ou irregular. Quando a criança
FEBRE DE FENO - A febre ou catarro do feno não tem
acusar os sintomas acima mencionados, deve-se levá­
relação alguma com o próprio feno. Trata-se de uma
-la ao médico, imediatamente. O tratamento consiste
alergia nasal, produzida pela inalação do pólen do
certas e:vas. Como acontece em outras alergias, in·
principalmente, num longo perfodo de descanse �
. � cama, sob supervisão médica, uma alimentação con­
fim, mmtas vezes, nela, um fator emocional.
trolada. O uso de antibióticos indicados pelo médi­
Caracteriz�-se a febre do feno por espirros, pru co serão de grande efeito.
.
ndo e obstruçao do nariz. Em alguns casos produ·

A maioria das crianças que sofreram febre reu­
zem-se lágrimas, coceira e avermelhamento d s olhos.
mática se restabelecem completamente.
Em alguns, aparece uma tosse sêca, e muitos pacien­
tes chegam a perder o sentido do olfato e do sabor, FÉCULAS - Vide Nutrição.
durante mn ataque agudo.
FELICIDADE - Do latim Felicitas, que vem de Felix, di­
Caso êstes ataques se manifestem a miúdo na crl· toso, afortunado, feliz, que, por sua vez, decorre de
ança, convém levá-la ao médico, que prescreverá um Fénus, oris, que significa o que produz a terra, o pro­
tratamento adequado. duto, o ganho, o lucro, a vantagem, o proveito.

FEBRE GLAND� - E mais comum nas criançn�


Por ser racional o ser humano, e caber-lhe a ca­
m _ ores e nos JOvens, e pacidade de tímese parabólica ( vide), é êle capaz de
�u raras vêzes se apresenta <Jm
cnanças com menos de seis �eses. comparar o que é com o mais perfeito que poderia
ser e, daí, aspirar à perfeição absoluta.
As causas desta enfermidade não foram nindn
determinadas, e seus sintomas variam muito. Pod1 , A perfeita felicidade implica a exclusão total de
por ex., apresentar-se com febre alta ou sem nonhn todos os males, a posse de todos os bens e a perpe-

- 224 -
- 225 -
ttúdade da posse, q_uer subjetivamente ( certeza dessa a nossa vida. E, no entanto, poucos são os ricos fe­
posse), quer. objetivamente, a posse perfeita de fato. lizes. Há pais que julgam poder tornar seus filhos
felizes ao dar-lhes o máximo de bens materiais e ape­
Essa aspiração é manifestada em inúmeros atos
nas constroem o caminho de sua infelicidade, por não
humanos e nc anelo constante da felicidade. O ser
atenderem os outros aspetos mais importantes. O
humano tem consciência, portanto, da perfectibilida­
bem-estar pertence à sensibilidade humana, mas a fe­
de absoluta, e a deseja.
licidade pertence à intelectualidade. Só há felicida­
Não encontra êle a qtúetação do espírito na posse de onde o espírito humano se aqtúeta na contempla­
e no uso dos bens materiais ( bem-estar) , mas na pos­ ção do que é belo e verdadeiro. Não se compreender
se da perfeição absoluta (felicidade ) . bem essa diferença, como dissemos, foi a fonte de
grandes malogros para o ser humano.
O bem-estar é , portanto, uma relativa satisfação
das nossas aspirações e a sua conqtústa favorece o A felicidade exige uma atividade criadora, em
progresso técnico e material do homem, enquanto o que a fantasia e a vontade atuem em função do intelec­
prosseguir no caminho indicado pelas normas éticas, to. Só quando a mente humana se dedica ao conhe­
para a conquista da felicidade, favorece c progresso cimento, às atividades culturais, ao trabalho criador
moral e a alcançar a quietude do espírito, a paz da de carácter artesanal, aos "hobbies", à fotografia, ao
consciência, sôbre a qual se fundamenta a verdadeira colecicnamento, aos trabalhos científicos ( todos es­
felicidade. pontâneamente aceitos e praticados ) , à arte, à músi­
ca, aos concertos familiares, à formação de coros, or­
Felicidade e bem-esta1· são distintos e a confusão questras, grupos de estudo, aos debates sôbre temas
entre ambos tem sido causa de trágicas conseqüên­ superiores, ao estudo sôbre as matérias mais eleva­
cias, sobretudo para o homem moderno, que tanto se
das, ao estudo da história, da cultura, do progresso
tem descurado dos estudos éticos, tão importantes e
humano, das suas grandes conqtústas, ao estudo da
fundamentais para a melhor compreensão de sua vi­
vida dos grandes homens, ao teatro, à declamação, ao
da social, o que lhe tem alimentado o ressentimento,
contato diário e permanente com os livros, aos centros
fonte de tantas incompreensões humanas.
de estudos, às conversações sôbre temas escolhidos,
FELICIDADE E O LAR - Um dos mais sérios e graves aos exercícios de inteligência, à solução de proble­
equívocos modernos, cometido por muitos, é a lamen­ mas lógicos, aos jogos que exigem o emprêgo da in­
tável confusão entre bem-estar e felicidade. O bem­ teligência, à meditação bem orientada, à oratória, à
-estar, que pertence mais ao corpo, nos é dado pelas poesia, às excursões com orientação científica, ao es­
coisas, mas a felicidade é algo que nos dá o espírito. tude da natureza, das teorias científicas e suas lúpó­
O bem-estar é a tranqüilidade material, mas a felici­ teses, à zoologia nos jardins zoológicos etc., encontra,.
dade é a tranqüilidade da mente. Confundir uma então, momentos de felicidade. Mas tudo isso exige
com outra foi o grande equívoco da época moderna,
ainda mais para a felicidade da criança: o lar harmô­
e que atirou o ser humano à mais desenfreada busca
nico, pais que se compreendam e se respeitem, que se
de domínio sôbre as coisas e sôbre as riquezas mate­
amam, que mantêm o carinho e o respeito mútuo, que
riais, julgando encontrar nelas a solução desejada: a
se apoiam, que mantêm conversações elevadas, que
felicidade. O resultado foi uma decepção embaraço­
invadam temas superiores.
sa e extranha, que colocou o homem moderno num
estado de perplexidade e incerteza. No entanto, tu­ Sem isso, é inútil pensar que os filhos serão feli­
do isso decorre àe erros fundamentais, de erros do zes, por que disporão de dinheiro, de coisas, de bem­
partida, que poderiam perfeitamente ser evitados. A -estar material.
felicidade é o resultado de uma atitude mental, do
uma nova postura espiritual ante a vida, e é um êrro FÉRIAS COM CRIANÇAS -O período de férias tem um
julgar-se que só se pode ser feliz onde a abastança grande significado para a criança. É o momento em
domine, onde o excesso de coisas supérfluas encham que desfrutará de ar livre, de passeios, de jogos em

- 226 - - 2Z7 -
ttúdade da posse, q_uer subjetivamente ( certeza dessa a nossa vida. E, no entanto, poucos são os ricos fe­
posse), quer. objetivamente, a posse perfeita de fato. lizes. Há pais que julgam poder tornar seus filhos
felizes ao dar-lhes o máximo de bens materiais e ape­
Essa aspiração é manifestada em inúmeros atos
nas constroem o caminho de sua infelicidade, por não
humanos e nc anelo constante da felicidade. O ser
atenderem os outros aspetos mais importantes. O
humano tem consciência, portanto, da perfectibilida­
bem-estar pertence à sensibilidade humana, mas a fe­
de absoluta, e a deseja.
licidade pertence à intelectualidade. Só há felicida­
Não encontra êle a qtúetação do espírito na posse de onde o espírito humano se aqtúeta na contempla­
e no uso dos bens materiais ( bem-estar) , mas na pos­ ção do que é belo e verdadeiro. Não se compreender
se da perfeição absoluta (felicidade ) . bem essa diferença, como dissemos, foi a fonte de
grandes malogros para o ser humano.
O bem-estar é , portanto, uma relativa satisfação
das nossas aspirações e a sua conqtústa favorece o A felicidade exige uma atividade criadora, em
progresso técnico e material do homem, enquanto o que a fantasia e a vontade atuem em função do intelec­
prosseguir no caminho indicado pelas normas éticas, to. Só quando a mente humana se dedica ao conhe­
para a conquista da felicidade, favorece c progresso cimento, às atividades culturais, ao trabalho criador
moral e a alcançar a quietude do espírito, a paz da de carácter artesanal, aos "hobbies", à fotografia, ao
consciência, sôbre a qual se fundamenta a verdadeira colecicnamento, aos trabalhos científicos ( todos es­
felicidade. pontâneamente aceitos e praticados ) , à arte, à músi­
ca, aos concertos familiares, à formação de coros, or­
Felicidade e bem-esta1· são distintos e a confusão questras, grupos de estudo, aos debates sôbre temas
entre ambos tem sido causa de trágicas conseqüên­ superiores, ao estudo sôbre as matérias mais eleva­
cias, sobretudo para o homem moderno, que tanto se
das, ao estudo da história, da cultura, do progresso
tem descurado dos estudos éticos, tão importantes e
humano, das suas grandes conqtústas, ao estudo da
fundamentais para a melhor compreensão de sua vi­
vida dos grandes homens, ao teatro, à declamação, ao
da social, o que lhe tem alimentado o ressentimento,
contato diário e permanente com os livros, aos centros
fonte de tantas incompreensões humanas.
de estudos, às conversações sôbre temas escolhidos,
FELICIDADE E O LAR - Um dos mais sérios e graves aos exercícios de inteligência, à solução de proble­
equívocos modernos, cometido por muitos, é a lamen­ mas lógicos, aos jogos que exigem o emprêgo da in­
tável confusão entre bem-estar e felicidade. O bem­ teligência, à meditação bem orientada, à oratória, à
-estar, que pertence mais ao corpo, nos é dado pelas poesia, às excursões com orientação científica, ao es­
coisas, mas a felicidade é algo que nos dá o espírito. tude da natureza, das teorias científicas e suas lúpó­
O bem-estar é a tranqüilidade material, mas a felici­ teses, à zoologia nos jardins zoológicos etc., encontra,.
dade é a tranqüilidade da mente. Confundir uma então, momentos de felicidade. Mas tudo isso exige
com outra foi o grande equívoco da época moderna,
ainda mais para a felicidade da criança: o lar harmô­
e que atirou o ser humano à mais desenfreada busca
nico, pais que se compreendam e se respeitem, que se
de domínio sôbre as coisas e sôbre as riquezas mate­
amam, que mantêm o carinho e o respeito mútuo, que
riais, julgando encontrar nelas a solução desejada: a
se apoiam, que mantêm conversações elevadas, que
felicidade. O resultado foi uma decepção embaraço­
invadam temas superiores.
sa e extranha, que colocou o homem moderno num
estado de perplexidade e incerteza. No entanto, tu­ Sem isso, é inútil pensar que os filhos serão feli­
do isso decorre àe erros fundamentais, de erros do zes, por que disporão de dinheiro, de coisas, de bem­
partida, que poderiam perfeitamente ser evitados. A -estar material.
felicidade é o resultado de uma atitude mental, do
uma nova postura espiritual ante a vida, e é um êrro FÉRIAS COM CRIANÇAS -O período de férias tem um
julgar-se que só se pode ser feliz onde a abastança grande significado para a criança. É o momento em
domine, onde o excesso de coisas supérfluas encham que desfrutará de ar livre, de passeios, de jogos em

- 226 - - 2Z7 -
conjunto, e terá também momentos alegres junto com recebendo, naturalmente, os convidados, conversando
os membros da família. um pouco, mas, também, retirando-se para outra sa­
la, e deixando os jovens à vontade.
As férias devem ser aproveitadas ao máximo por
todos e, para isto, é preciso estudar-se bem o local FESTAS CONVENCIONAIS - As festas de Natal, Ano
onde ir, os divertimentos e passatempos que lá encon­ Novo, Páscoa, devem ser celebradas dentro do âm­
trarão, e o ambiente que cercará a criança, o que é bito familiar. São as que têm mais importância
muito importante. Muitos pais se preocupam mais para a vida familiar, e deve-se prepará-las de forma
em gozar as férias do que realmente proporcionar que gravem na memória das crianças uma lembran­
bens aos filhos. Há locais que são desaconselháveis ça agradável de união familiar.
às crianças e, entretanto, grande número de pais op­
FIOÇAO - Vide Imaginação.
wm por êles, desprezando, muitas vêzes, outros que
seriam muito mais convenientes. FIDELIDADE - Vem do latim fides (fé), mas significa o
Em nosso país há falta de locais para férias. ato de vontade com promessa de manter-se perseve­
Existem em número reduzido, apresentam, muitas rante quanto às convicções, quanto às idéias e ideais,
vêzes, falta de confôrto. O uso do camping ainda não no cumprimento das resoluções tomadas, no apóio e
foi instalado em nosso país, como o é feito em larga solidariedade a alguém, por qualquer ou por todos os
escala nos EE . UU . e na maioria dos países europeus. aspectos. É sinônimo de lealdade.

FÉRIAS ESCOLARES - O período de férias deve ser fei­ FILANTROPIA - (Do gr. philos e anthropos, amor e ho­
to, se possível, regularmente, todos os anos, mas não mem, amor ao homem ) . a ) A doutrina filant!'ópica
deve estender-se por muito tempo. A criança goza surge com os estóicos gregos, e desenvolve-se, atra­
de liberdade, horários flexíveis, e tudo isto a acostu­ vés de Sócrates, alcançando os romanos. Correspon­
mará a não suportar o horário rígido que terá de se­ dia ao cosmopolitismo, sendo êste têrmo mais de sig­
nificado jurídico. Consistia essa doutrina na valori­
guir no período escolar.
zação do que há de universal no homem, próprio a
Convém cercar-se a criança de um ambiente acon­ cada região, ciclo cultural, etc. Pretende a filantro­
selhável e puro, com amigos e parentes, que lhe pos­ pia pôr, acima das nacionalidades, a idéia da huma­
sibilitem companhia para os passeios e passatempos. nidade. O homem deve ser, antes de racional, um
ser humano, e sentir-se solidário com todos os homens
FERIDAS - Vide Acidentes ( Previsão de ) , Hemorragias; do mundo.

l
Cortesi Primeiros auxílios; Fraturas.
b) Na época moderna, o têrmo voltou a ser em­
FERIMENTOS - Vide Puel'icultura - 10.0 cap., § 12.
pregado, e no mesmo sentido encontramos a doutri­

I
FESTAS - As crianças, assim como os jovens, apreciam na da filantropia, defendida pelos jesuítas.
muito as festas. Para as crianças, deve-se ter sempre c ) Atualmente, o têrmo humanitarismo substi­
em mente, que elas são necessárias, não, porém, em tui filantropia, que, cada vez mais, é empregado no
demasia. Naturalmente, que as festas de celebração sentido de amor ao próximo, que se manifesta na rea­
de aniversário devem ser realizadas, e nunca passar lização de obras caritativas, de socôrro, de auxílio,
desapercebidas. As festas infanti� devem ser de pe­ e na construção de instituições de caridade.
quena duração; os doces e salgados não deye� ser
_
em demasia. Deve-se planeJar com antecedenc1a os FILAUCIA - (Do gr. Philautia, que significa egoísmo, de
brinquedos e jogos para entreter as crianças. philos, amante, e autos, de si mesmo ) .
Ao chegar aos 12 anos, as meninas e os meninos Êste têrmo é, contudo, usado na Filosofia em sen­
gostam de assumir a responsabilidade total de suas tido positivo, embora não o seja sempre na literatu­
festas. São êles que organizam e convidam os ami­ ra, onde aparece como sinônimo de egoísta, de jac­
gos. Os pais devem manter-se um pouco afastados, tancioso, impostor. Seu sentido filosófico é de amor
-- 228 - - 229 -
conjunto, e terá também momentos alegres junto com recebendo, naturalmente, os convidados, conversando
os membros da família. um pouco, mas, também, retirando-se para outra sa­
la, e deixando os jovens à vontade.
As férias devem ser aproveitadas ao máximo por
todos e, para isto, é preciso estudar-se bem o local FESTAS CONVENCIONAIS - As festas de Natal, Ano
onde ir, os divertimentos e passatempos que lá encon­ Novo, Páscoa, devem ser celebradas dentro do âm­
trarão, e o ambiente que cercará a criança, o que é bito familiar. São as que têm mais importância
muito importante. Muitos pais se preocupam mais para a vida familiar, e deve-se prepará-las de forma
em gozar as férias do que realmente proporcionar que gravem na memória das crianças uma lembran­
bens aos filhos. Há locais que são desaconselháveis ça agradável de união familiar.
às crianças e, entretanto, grande número de pais op­
FIOÇAO - Vide Imaginação.
wm por êles, desprezando, muitas vêzes, outros que
seriam muito mais convenientes. FIDELIDADE - Vem do latim fides (fé), mas significa o
Em nosso país há falta de locais para férias. ato de vontade com promessa de manter-se perseve­
Existem em número reduzido, apresentam, muitas rante quanto às convicções, quanto às idéias e ideais,
vêzes, falta de confôrto. O uso do camping ainda não no cumprimento das resoluções tomadas, no apóio e
foi instalado em nosso país, como o é feito em larga solidariedade a alguém, por qualquer ou por todos os
escala nos EE . UU . e na maioria dos países europeus. aspectos. É sinônimo de lealdade.

FÉRIAS ESCOLARES - O período de férias deve ser fei­ FILANTROPIA - (Do gr. philos e anthropos, amor e ho­
to, se possível, regularmente, todos os anos, mas não mem, amor ao homem ) . a ) A doutrina filant!'ópica
deve estender-se por muito tempo. A criança goza surge com os estóicos gregos, e desenvolve-se, atra­
de liberdade, horários flexíveis, e tudo isto a acostu­ vés de Sócrates, alcançando os romanos. Correspon­
mará a não suportar o horário rígido que terá de se­ dia ao cosmopolitismo, sendo êste têrmo mais de sig­
nificado jurídico. Consistia essa doutrina na valori­
guir no período escolar.
zação do que há de universal no homem, próprio a
Convém cercar-se a criança de um ambiente acon­ cada região, ciclo cultural, etc. Pretende a filantro­
selhável e puro, com amigos e parentes, que lhe pos­ pia pôr, acima das nacionalidades, a idéia da huma­
sibilitem companhia para os passeios e passatempos. nidade. O homem deve ser, antes de racional, um
ser humano, e sentir-se solidário com todos os homens
FERIDAS - Vide Acidentes ( Previsão de ) , Hemorragias; do mundo.

l
Cortesi Primeiros auxílios; Fraturas.
b) Na época moderna, o têrmo voltou a ser em­
FERIMENTOS - Vide Puel'icultura - 10.0 cap., § 12.
pregado, e no mesmo sentido encontramos a doutri­

I
FESTAS - As crianças, assim como os jovens, apreciam na da filantropia, defendida pelos jesuítas.
muito as festas. Para as crianças, deve-se ter sempre c ) Atualmente, o têrmo humanitarismo substi­
em mente, que elas são necessárias, não, porém, em tui filantropia, que, cada vez mais, é empregado no
demasia. Naturalmente, que as festas de celebração sentido de amor ao próximo, que se manifesta na rea­
de aniversário devem ser realizadas, e nunca passar lização de obras caritativas, de socôrro, de auxílio,
desapercebidas. As festas infanti� devem ser de pe­ e na construção de instituições de caridade.
quena duração; os doces e salgados não deye� ser
_
em demasia. Deve-se planeJar com antecedenc1a os FILAUCIA - (Do gr. Philautia, que significa egoísmo, de
brinquedos e jogos para entreter as crianças. philos, amante, e autos, de si mesmo ) .
Ao chegar aos 12 anos, as meninas e os meninos Êste têrmo é, contudo, usado na Filosofia em sen­
gostam de assumir a responsabilidade total de suas tido positivo, embora não o seja sempre na literatu­
festas. São êles que organizam e convidam os ami­ ra, onde aparece como sinônimo de egoísta, de jac­
gos. Os pais devem manter-se um pouco afastados, tancioso, impostor. Seu sentido filosófico é de amor
-- 228 - - 229 -
próprio, mas amor justo. Renouvier o usava, nesse FILOSOFIA -:- ?o gr. philos, amante, e sophia, saber . Diz­
sentido, opondo-lhe misaucia, como ódio a si mesmo. -�e que Pitagoras, perguntado sôbre o que era, numa
.
epoca em que mmtos se chamavam de sophoi ( pl de
Irmãos e Irmãs.
.

FILHO MAIS VELHO - Vide sophos, sábio ) , respondeu: "Sou um amante do saber
( philosophos)" , um "amateur" ( amador) do conhe­
FILHO MÉDIO - Vide Irmãos e Irmãs. cimento, o que revelava uma humildade sublime ·

Muitos casais, que têm um só fi­ Dêste modo, cunhou-se a palavra philosophia.
FILHO úNICO ( O ) -
lho, não devem considerar tal fato uma tragédia. Às
vêzes, um filho único traz certas vantagens, como po­
Há um saber comum e um saber especulativo'
procurado, buscado.
de trazer algumas desvantagens.
O primeiro, o vulgar, chamavam os gregos de do­
Os pais crêem que o filho único se torna exclusi­ xa, palavra que significa opinião, e o segundo chama­
vista ao extremo em certos casos, pois lhe falta o vam de epistéme, que é o saber especulativo confor­
contato constante com outras crianças. Esta falta de­
ve ser suprida, convidando outras crianças, ou uma,

me a divisão proposta por Platão (filósofo gr go, 428-
·348 a. C . ) . Desta forma, a Filosofia não era apenas
que vá brincar em casa com o filho. Podem aprovei­ o saber, nem um amor à sabedoria, mas um saber pro­
tar umas férias, e levar junto outra criança, para que curado, buscado, guiado, que tinha um método para
o filho tenha uma companhia. Desta forma, criar­ ser alcançado, que era reflexivo.
-se-á um ambiente cordial de companheirismo, que
falta à criança que é filho único. A Filosofia, assim perdia em extensão, pois, já

OS primos e outros parentes da mesma idade têm


não abrangia todo o saber, mas ganhava em conteú­
do, pois delimitava-se, contornava-se, precisava-se
uma grande importância, pois as relações familiares
mais, tornava-se um saber teórico, reflexivo, especula­
devem ser mantidas para que se f.ormem laços de
tivo, um saber culto. ·Êste saber culto, quer conhe­
amizade duradoura.
cer o que a realidade é.
Cabe aos pais não dedicar uma atenção constan­
te e excessiva ao filho único, de forma a não criar A Filosofia, como saber racional, saber reflexivo,
uma criança "problema", como se dizia antigamente. saber adquirido, é o conceito de Platão e de Aristó­
Atualmente se sabe, através de estudos e pesquizas, teles (filósofo grego, 384-322, a. C . ) , mas êste acres­
que os pais, com um filho só, não devem sentir-se centou maior volume de conhecimentos, graças às
preocupados, pois os problemas gerais e de reajuste investigações que fêz.
são parecidos aos das outras crianças.
No século XVII, afastam-se dela as chamadas ci­
ências particulares, com objetos e métodos próprios,
FILMES PARA CRIANÇAS - Tôda criança deseja fre­
q�e a pouco e pouco vão adquirindo uma especializa­
qüentar o cinema, e o problema consiste em que os
çao cada vez maior, para constituirem-se em novas
filmes, produzidos com intenções comerciais, nem
disciplinas independentes.
sempre se adaptam ao que é conveniente à criança.
Contudo, já há uma linha de filmes culturais, educa·
tivos, para crianças, embora a maioria seja inadequa·
�as
.
a Filosofia permanece, no entanto, no corpo
da Cienc1a, e forma uma síntese específica desta.
da. A escolha dos programas deve ser feita imica.·
mente pelos pais, e os que podem realizar cinema em Por exemplo, na Matemática, há uma Filosofia da
casa devem escolher filmes de pequena metragem, Matemática, aquela que estuda as idéias de número
adequados às crianças. As escolas devem organizar �
de ex ensão, de tempo e de espaço matemáticos, co:
programas especiais para as crianças, convidando-n.c; mo ha uma Filosofia da Físico-química, que tem por
para assistirem a êsses filmes, e também aos pais, n objeto as idéias de fôrça, substância, energia, exten­
fim de que êles se familiarizem com a escolha melhor. são, extensidade e intensidade.

- 230 - - 231 -
próprio, mas amor justo. Renouvier o usava, nesse FILOSOFIA -:- ?o gr. philos, amante, e sophia, saber . Diz­
sentido, opondo-lhe misaucia, como ódio a si mesmo. -�e que Pitagoras, perguntado sôbre o que era, numa
.
epoca em que mmtos se chamavam de sophoi ( pl de
Irmãos e Irmãs.
.

FILHO MAIS VELHO - Vide sophos, sábio ) , respondeu: "Sou um amante do saber
( philosophos)" , um "amateur" ( amador) do conhe­
FILHO MÉDIO - Vide Irmãos e Irmãs. cimento, o que revelava uma humildade sublime ·

Muitos casais, que têm um só fi­ Dêste modo, cunhou-se a palavra philosophia.
FILHO úNICO ( O ) -
lho, não devem considerar tal fato uma tragédia. Às
vêzes, um filho único traz certas vantagens, como po­
Há um saber comum e um saber especulativo'
procurado, buscado.
de trazer algumas desvantagens.
O primeiro, o vulgar, chamavam os gregos de do­
Os pais crêem que o filho único se torna exclusi­ xa, palavra que significa opinião, e o segundo chama­
vista ao extremo em certos casos, pois lhe falta o vam de epistéme, que é o saber especulativo confor­
contato constante com outras crianças. Esta falta de­
ve ser suprida, convidando outras crianças, ou uma,

me a divisão proposta por Platão (filósofo gr go, 428-
·348 a. C . ) . Desta forma, a Filosofia não era apenas
que vá brincar em casa com o filho. Podem aprovei­ o saber, nem um amor à sabedoria, mas um saber pro­
tar umas férias, e levar junto outra criança, para que curado, buscado, guiado, que tinha um método para
o filho tenha uma companhia. Desta forma, criar­ ser alcançado, que era reflexivo.
-se-á um ambiente cordial de companheirismo, que
falta à criança que é filho único. A Filosofia, assim perdia em extensão, pois, já

OS primos e outros parentes da mesma idade têm


não abrangia todo o saber, mas ganhava em conteú­
do, pois delimitava-se, contornava-se, precisava-se
uma grande importância, pois as relações familiares
mais, tornava-se um saber teórico, reflexivo, especula­
devem ser mantidas para que se f.ormem laços de
tivo, um saber culto. ·Êste saber culto, quer conhe­
amizade duradoura.
cer o que a realidade é.
Cabe aos pais não dedicar uma atenção constan­
te e excessiva ao filho único, de forma a não criar A Filosofia, como saber racional, saber reflexivo,
uma criança "problema", como se dizia antigamente. saber adquirido, é o conceito de Platão e de Aristó­
Atualmente se sabe, através de estudos e pesquizas, teles (filósofo grego, 384-322, a. C . ) , mas êste acres­
que os pais, com um filho só, não devem sentir-se centou maior volume de conhecimentos, graças às
preocupados, pois os problemas gerais e de reajuste investigações que fêz.
são parecidos aos das outras crianças.
No século XVII, afastam-se dela as chamadas ci­
ências particulares, com objetos e métodos próprios,
FILMES PARA CRIANÇAS - Tôda criança deseja fre­
q�e a pouco e pouco vão adquirindo uma especializa­
qüentar o cinema, e o problema consiste em que os
çao cada vez maior, para constituirem-se em novas
filmes, produzidos com intenções comerciais, nem
disciplinas independentes.
sempre se adaptam ao que é conveniente à criança.
Contudo, já há uma linha de filmes culturais, educa·
tivos, para crianças, embora a maioria seja inadequa·
�as
.
a Filosofia permanece, no entanto, no corpo
da Cienc1a, e forma uma síntese específica desta.
da. A escolha dos programas deve ser feita imica.·
mente pelos pais, e os que podem realizar cinema em Por exemplo, na Matemática, há uma Filosofia da
casa devem escolher filmes de pequena metragem, Matemática, aquela que estuda as idéias de número
adequados às crianças. As escolas devem organizar �
de ex ensão, de tempo e de espaço matemáticos, co:
programas especiais para as crianças, convidando-n.c; mo ha uma Filosofia da Físico-química, que tem por
para assistirem a êsses filmes, e também aos pais, n objeto as idéias de fôrça, substância, energia, exten­
fim de que êles se familiarizem com a escolha melhor. são, extensidade e intensidade.

- 230 - - 231 -
FIM - a) Fim é a meta ou o destino para o qual tende o FRACASSO ESCOLAR - Muitas vêzes a criança não é ca­
agente quando move ou atua. paz de fazer bem os seus trabalhos escolares, não al­
cançando o nível da classe de que faz parte.
b ) É o também o têrmo final, o limite final, o
acabamento, término. Os pais, em geral, têm conhecimento de tais fa­
tos por intermédio do boletim de notas, que lhes é
FIMOSE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 14. entregue mensalmente. O primeiro passo é ir falar
com os professores de forma a descobrir as razões,
FINANÇAS FAMILIARES - Vide Economia familiar.
porque certas matérias oferecem dificuldade, e ver a
FISIOGNOMONIA - Ciência que ensina a conhecer o ca- forma de superar os obstáculos. Caso seja preciso,
rácter dos homens e suas intenções pelas feições do é conveniente tomar um professor particular, de for­
rosto, pela fisionomia. Essa disciplina está hoje su­ ma que seja levado a cabo êste trabalho de recupera­
bordinada à Caracterologia ( vide ) . ção.
Muitas vêzes convém um exame médico, para ver
FLEUGMÃTICO - Temperamento que s e caracteriza pe­ se não é portador de uma saúde precária, da visão ou
la passividade e pela indolência afetivas. É uma es­
ouvido defeituosos, etc.
pécie de linfático, · mas com certa atividade medida.
Vide Caracteres. Os motivos, que levam a uma criança não estar
no nível desejado da classe, são vários. Citaremos
FOBIA - Temor exagerado, geralmente de fundo patoló­ alguns dêles: a criança, que sente que se exige dema­
gico, a algum estímulo determinado. É contrário de siado dela, com freqüência, se abstém até antes de
mania ou filia, e entra como sufixo na composição intentar o que lhe pedem; também o exemplo de um
de muitas palavras, como agorafobia, mêdo aos luga­ irmão ou irmã, que obtenham maiores êxitos, é ou­
res amplos etc. Vide Mêdo. tro motivo.

FLUOR - Segundo os recentes estudos, neste setor, os Em nenhum dos casos é aconselhável que os pais
dentes conservam-se muito melhor quanto maior ajudem os filhos diretamente a fazer os deveres esco­
quantidade de flúor contiverem no esmalte. lares; não obstante, é muito conveniente que discutam
e comentem com êles sôbre a matéria estudada. Man­
Alguns especialistas recomendam a aplicação tó­ ter sempre uma atitude de respeito e simpatia produz
pica, colocando o flúor diretamente sôbre os dentes melhores frutos.
das crianças.
FRATERNIDADE - a) Diz-se da cooperação amiga en­
FOLGAR - Quase todas as crianças passam por períodos tre pessoas pertencentes à mesma coletividade, asso­
em que não querem fazer suas tarefas escolares e se ciações ou não. As comunidades, que se devotavam
o fazem, é com lentidão extrema. Há crianças que à prática de atos de apoio-mútuo, chamavam-se fra­
são muito lentas por temperamento. Os pais, neste ternidades ou também fraterias. Muitas delas eram
caso, devem aceitar a possibilidade de que um ritmo, organizadas secretamente.
que êles consideram lento, possa ser normal para o
b ) Dá-se, ademais, o nome de· fraternidade ao
filho. É normal que uma criança, com cinco ou seis
sentimento que une amigàvelmente pessoas entre si
anos, se vista com lentidão. De qualquer maneira,
para a prática de atos de apoio-mútuo.
não se deve impor uma rapidez extrema, pois a cri­
ança, nesta idade, tem uma tarefa realmente difícil FRATERNO - Derivado da palavra latina frater, usa-se
ante si, que é o de vestir-se e tomar banho. É prefe­ comumente para significar irmão ou irmã.
rível que ela o faça descansadamente, mas a leve a
FRATURAS - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 13.
têrmo. Muitas vêzes é falando que uma criança rea­
liza qualquer trabalho. Neste caso, é preferível dei­ FRENOLOGIA - Doutrina pela qual se afirma que as fun­
xar que o faça desta forma. ções psíquicas estão localizadas no cérebro, e o grau

- 232 - - 233 -
FIM - a) Fim é a meta ou o destino para o qual tende o FRACASSO ESCOLAR - Muitas vêzes a criança não é ca­
agente quando move ou atua. paz de fazer bem os seus trabalhos escolares, não al­
cançando o nível da classe de que faz parte.
b ) É o também o têrmo final, o limite final, o
acabamento, término. Os pais, em geral, têm conhecimento de tais fa­
tos por intermédio do boletim de notas, que lhes é
FIMOSE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 14. entregue mensalmente. O primeiro passo é ir falar
com os professores de forma a descobrir as razões,
FINANÇAS FAMILIARES - Vide Economia familiar.
porque certas matérias oferecem dificuldade, e ver a
FISIOGNOMONIA - Ciência que ensina a conhecer o ca- forma de superar os obstáculos. Caso seja preciso,
rácter dos homens e suas intenções pelas feições do é conveniente tomar um professor particular, de for­
rosto, pela fisionomia. Essa disciplina está hoje su­ ma que seja levado a cabo êste trabalho de recupera­
bordinada à Caracterologia ( vide ) . ção.
Muitas vêzes convém um exame médico, para ver
FLEUGMÃTICO - Temperamento que s e caracteriza pe­ se não é portador de uma saúde precária, da visão ou
la passividade e pela indolência afetivas. É uma es­
ouvido defeituosos, etc.
pécie de linfático, · mas com certa atividade medida.
Vide Caracteres. Os motivos, que levam a uma criança não estar
no nível desejado da classe, são vários. Citaremos
FOBIA - Temor exagerado, geralmente de fundo patoló­ alguns dêles: a criança, que sente que se exige dema­
gico, a algum estímulo determinado. É contrário de siado dela, com freqüência, se abstém até antes de
mania ou filia, e entra como sufixo na composição intentar o que lhe pedem; também o exemplo de um
de muitas palavras, como agorafobia, mêdo aos luga­ irmão ou irmã, que obtenham maiores êxitos, é ou­
res amplos etc. Vide Mêdo. tro motivo.

FLUOR - Segundo os recentes estudos, neste setor, os Em nenhum dos casos é aconselhável que os pais
dentes conservam-se muito melhor quanto maior ajudem os filhos diretamente a fazer os deveres esco­
quantidade de flúor contiverem no esmalte. lares; não obstante, é muito conveniente que discutam
e comentem com êles sôbre a matéria estudada. Man­
Alguns especialistas recomendam a aplicação tó­ ter sempre uma atitude de respeito e simpatia produz
pica, colocando o flúor diretamente sôbre os dentes melhores frutos.
das crianças.
FRATERNIDADE - a) Diz-se da cooperação amiga en­
FOLGAR - Quase todas as crianças passam por períodos tre pessoas pertencentes à mesma coletividade, asso­
em que não querem fazer suas tarefas escolares e se ciações ou não. As comunidades, que se devotavam
o fazem, é com lentidão extrema. Há crianças que à prática de atos de apoio-mútuo, chamavam-se fra­
são muito lentas por temperamento. Os pais, neste ternidades ou também fraterias. Muitas delas eram
caso, devem aceitar a possibilidade de que um ritmo, organizadas secretamente.
que êles consideram lento, possa ser normal para o
b ) Dá-se, ademais, o nome de· fraternidade ao
filho. É normal que uma criança, com cinco ou seis
sentimento que une amigàvelmente pessoas entre si
anos, se vista com lentidão. De qualquer maneira,
para a prática de atos de apoio-mútuo.
não se deve impor uma rapidez extrema, pois a cri­
ança, nesta idade, tem uma tarefa realmente difícil FRATERNO - Derivado da palavra latina frater, usa-se
ante si, que é o de vestir-se e tomar banho. É prefe­ comumente para significar irmão ou irmã.
rível que ela o faça descansadamente, mas a leve a
FRATURAS - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 13.
têrmo. Muitas vêzes é falando que uma criança rea­
liza qualquer trabalho. Neste caso, é preferível dei­ FRENOLOGIA - Doutrina pela qual se afirma que as fun­
xar que o faça desta forma. ções psíquicas estão localizadas no cérebro, e o grau

- 232 - - 233 -
de desenvolvimento das mesmas se manifesta por FURTO - O conceito de propriedade é algo que surge na

proeminências da região indicada. humanidade adulta e não na infantil das primeiras


idades, e a sua conceituação é social e adquirida pos­
É o nome que se dá à teoria de Gall 0758-1812) teriormente. O sentimento da apropriação, porém,
é inato, porque todo o ser necessita apropriar-se de
e de Spurzheim.
bens para satisfazer suas necessidades naturais. Mas
FRUSTRAÇAO -..,.. Vide Êxito. A. frustração que interessa
à Ética estudar, é a que depende da ontade hwna­� a criança julga natural apropriar-se do que pertence
a outros. A formação do conceito de propriedade é
na, com autonomia, portanto. As provas em favor

da libe�da e humana fundam-se nessa frustração. o
uma grande constelação de esquemas, que começam
a formar-se pelos esquemas de proibição. A princí­
_
ato ehclto e o que procede imediatamente da vontade
pio, ensina-se a criança a não tocar nisto ou naquilo,
e nela se realiza. A liberdade do ato humano caracte:
a não aproximar-se daqui ou dali, dizendo-lhe os pe·
riza-se pelo poder agir ou não-agir. O ato só é livre
rigos que oferecem, atemorizando-a até. A constela­
s� pode não ser feito por disposição, por determina­
ção esquemática da proibição é fundamental da es­
çao da vontade.
quemática da propriedade. Quando a criança "per­
Pedagogicamente, a frustração é normal na vida de" um brinquedo ( e os pais podem escondê-lo para
da criança e por mais que se esforcem os pais e mes­ ajudá-la a compreender certas relações ), ela terá um
tres, são inevitáveis os casos, e até normais. A frus­ início da formação do que é "meu". "Onde está o
tração é fonte de uma resposta ativa, pois o homem, seu brinquedo tal? Onde está o ursinho do nenê?"
Quando a criança se apropria de um brinquedo de ou­
tro, é um êrro julgar que comete uma ação má, por­
por ser frustrado, busca vencer os obstáculos que se
lhe opõem. A criança procura saber para vencer a
que nada sabe ela ainda do que é propriedade. Em
frustração, procura dominar também para vencê-la.
vez de castigá-la, ou admoestá-la severamente, o que
Ela tem um papel imperativo, e muitas vêzes a crian
é muito prejudicial, porque não entende ela a exten­
ça deve ser desafiada para que se esforce em vencl'r
são e significado do seu ato, o que se deve fazer é en­
a dificuldade, pois só assim estimulará a sua capnc�l
sinar-lhe que isso é dela e aquilo é de outra. Dos
dade de agir, o que cria óbices ao seu descnvolvlnwn
quatro e meio anos em diante é que a esquemática
to psíquico. O que se deve evitar ó n coiO<"Il«.'llO 1111
infantil está apta a compreender, em seus aspectos
óbices s:uperiores às fôrças da crinnçn, p olt-� , c111f 1111 , 11
mais gerais, a propriedade. Contudo, não é de admi­
frustração se tornará um fator elo ciP:->oqul l l h rl n ''"'"
rar que a criança até de mais idade se apodere de
cional, por levá-la ao mnlOgrn. O p u t w l c l w put , um lápis, de um brinquedo de outra no colégio, e o
mestres neste ponto eonML f c c1111 c·olcwu• u c , h11w11 1•1 1 1
situação quo el a pos:-.n, tlt•nt l'o du ,.1111' tót i'IIM,
traga para casa. Esses pequenos furtos necessitam
�''"''(I
-la, pois nfio só cst huulun\ n lmtu·t•unfluuçu, c·ou1u t.c•
ser examinados com cuidado, e é quando os pais de­
vem intervir hàbilmente para evitá-los. Castigos exa­
remos preparado wnn dlspo:-�lçflo w�f.huo luntu, onpa:r. gerados não têm mostrado serem os mais eficientes
de vencer os obstáculos inovHávotR , quo todos nó:; to porque a criança não tem ainda wna noção muit �
remos de enfrentar em nossa vldn. Vide AgrcNslvl· clara do que é bom e do que é mau. Nunca, ante um
dade e Auto-confiança. caso dêsses, chamar o filho de ladrão, de gatuno,
nem tampouco castigá-lo violentamente, porque, en­
FUMAR - Para muitos pais, o costume de fumar está om
tão, o colocará no índice dos "m�us", o que se deve
primeiro lugar ligado à idade e à saúde do filho. Mui
� s médicos consideram que fumar é daninho, prfn
evitar. É mister mostrar à criança que o ato que

c1palmente para os jovens. Em qualquer caso, ó pro


realizou é mau, e que pode perfeitamente saná-lo, de·
volvendo o que é de outro. O próprio pai poderá le­
ferível uma conversa amigável, e explicar ao jovom
var a criança a devolvê-lo a quem pertence, e o fará
as vantagens e desvantagens de tal hábito.
hàbilmente, sem humilhar a criança. O problema sur­
FUNCIONAR PSíQUICO - Vide Introdução. ge quando tais atos são repetidos. · E em tal caso,

- 2 34 - - 235 -
de desenvolvimento das mesmas se manifesta por FURTO - O conceito de propriedade é algo que surge na

proeminências da região indicada. humanidade adulta e não na infantil das primeiras


idades, e a sua conceituação é social e adquirida pos­
É o nome que se dá à teoria de Gall 0758-1812) teriormente. O sentimento da apropriação, porém,
é inato, porque todo o ser necessita apropriar-se de
e de Spurzheim.
bens para satisfazer suas necessidades naturais. Mas
FRUSTRAÇAO -..,.. Vide Êxito. A. frustração que interessa
à Ética estudar, é a que depende da ontade hwna­� a criança julga natural apropriar-se do que pertence
a outros. A formação do conceito de propriedade é
na, com autonomia, portanto. As provas em favor

da libe�da e humana fundam-se nessa frustração. o
uma grande constelação de esquemas, que começam
a formar-se pelos esquemas de proibição. A princí­
_
ato ehclto e o que procede imediatamente da vontade
pio, ensina-se a criança a não tocar nisto ou naquilo,
e nela se realiza. A liberdade do ato humano caracte:
a não aproximar-se daqui ou dali, dizendo-lhe os pe·
riza-se pelo poder agir ou não-agir. O ato só é livre
rigos que oferecem, atemorizando-a até. A constela­
s� pode não ser feito por disposição, por determina­
ção esquemática da proibição é fundamental da es­
çao da vontade.
quemática da propriedade. Quando a criança "per­
Pedagogicamente, a frustração é normal na vida de" um brinquedo ( e os pais podem escondê-lo para
da criança e por mais que se esforcem os pais e mes­ ajudá-la a compreender certas relações ), ela terá um
tres, são inevitáveis os casos, e até normais. A frus­ início da formação do que é "meu". "Onde está o
tração é fonte de uma resposta ativa, pois o homem, seu brinquedo tal? Onde está o ursinho do nenê?"
Quando a criança se apropria de um brinquedo de ou­
tro, é um êrro julgar que comete uma ação má, por­
por ser frustrado, busca vencer os obstáculos que se
lhe opõem. A criança procura saber para vencer a
que nada sabe ela ainda do que é propriedade. Em
frustração, procura dominar também para vencê-la.
vez de castigá-la, ou admoestá-la severamente, o que
Ela tem um papel imperativo, e muitas vêzes a crian
é muito prejudicial, porque não entende ela a exten­
ça deve ser desafiada para que se esforce em vencl'r
são e significado do seu ato, o que se deve fazer é en­
a dificuldade, pois só assim estimulará a sua capnc�l
sinar-lhe que isso é dela e aquilo é de outra. Dos
dade de agir, o que cria óbices ao seu descnvolvlnwn
quatro e meio anos em diante é que a esquemática
to psíquico. O que se deve evitar ó n coiO<"Il«.'llO 1111
infantil está apta a compreender, em seus aspectos
óbices s:uperiores às fôrças da crinnçn, p olt-� , c111f 1111 , 11
mais gerais, a propriedade. Contudo, não é de admi­
frustração se tornará um fator elo ciP:->oqul l l h rl n ''"'"
rar que a criança até de mais idade se apodere de
cional, por levá-la ao mnlOgrn. O p u t w l c l w put , um lápis, de um brinquedo de outra no colégio, e o
mestres neste ponto eonML f c c1111 c·olcwu• u c , h11w11 1•1 1 1
situação quo el a pos:-.n, tlt•nt l'o du ,.1111' tót i'IIM,
traga para casa. Esses pequenos furtos necessitam
�''"''(I
-la, pois nfio só cst huulun\ n lmtu·t•unfluuçu, c·ou1u t.c•
ser examinados com cuidado, e é quando os pais de­
vem intervir hàbilmente para evitá-los. Castigos exa­
remos preparado wnn dlspo:-�lçflo w�f.huo luntu, onpa:r. gerados não têm mostrado serem os mais eficientes
de vencer os obstáculos inovHávotR , quo todos nó:; to porque a criança não tem ainda wna noção muit �
remos de enfrentar em nossa vldn. Vide AgrcNslvl· clara do que é bom e do que é mau. Nunca, ante um
dade e Auto-confiança. caso dêsses, chamar o filho de ladrão, de gatuno,
nem tampouco castigá-lo violentamente, porque, en­
FUMAR - Para muitos pais, o costume de fumar está om
tão, o colocará no índice dos "m�us", o que se deve
primeiro lugar ligado à idade e à saúde do filho. Mui
� s médicos consideram que fumar é daninho, prfn
evitar. É mister mostrar à criança que o ato que

c1palmente para os jovens. Em qualquer caso, ó pro


realizou é mau, e que pode perfeitamente saná-lo, de·
volvendo o que é de outro. O próprio pai poderá le­
ferível uma conversa amigável, e explicar ao jovom
var a criança a devolvê-lo a quem pertence, e o fará
as vantagens e desvantagens de tal hábito.
hàbilmente, sem humilhar a criança. O problema sur­
FUNCIONAR PSíQUICO - Vide Introdução. ge quando tais atos são repetidos. · E em tal caso,

- 2 34 - - 235 -
revelam algum defeito de adaptação. A criança de­
seja possuir as coisas, porque sente que aumenta o
seu poder, sobretudo coisas que são para ela valio­
sas, por suas côres, por sua utilidade, como também
pode surgir por sentir-se desmerecida ante os irmãos
ou irmãs, que são favoritos dos pais. Quando tais
furtos são habituais� estamos em face de um proble­
ma que deve ser examinado com cuidado, pois a sua
gravidade pode estar a exigir a presença de um con­
selheiro, um mestre capacitado ou até de um psicó­
logo experiente. Note-se que muitas crianças gos­
G
tam de praticar pequenos furtos, como em feiras, em
fruteiras, mais pelo desejo da aventura, pelo risco que
oferece, os quais podem, depois, atuar perigosamente, GAGUEIRA - É um defeito de linguagem que geralmen­
{t ser o caminho da delinqüência juvenil. Tais crian­ te surge num determinado período da formação da­
ças devem ser encaminhadas para clubes juvenis, para quela, na criança, e que aponta a algum trans­
sociedades excursionistas, aconselhadas a fazerem torne da personalidade. Há casos de deficiência
coleções de objetos; enfim, despertar-lhes um interês­ constitutiva do aparelho vocal e todos êles devem ser
se por atividades mais sãs. Mas, o fundamental e im­ tratados por especialistas na matéria. São, portanto,
portante, é o exemplo dos pais, as palavras justas sô· clínicos.
bre o mal que é o furto e, sobretudo, da parte da so­
GANGLIOS - As pequenas massas de tecido linfático
ciedade, em seus periódicos e meios de divulgação,
(nódulos linfáticos) podem inflamar-se, no decorrer
uma constante propaganda contra tais atos, muitas
de algumas infecções. Uma infecção localizada no
vêzes, ao contrário, exaltados, como vimos em nos­
bra:.ço, ou no peito, pode motivar o inchaço dos nó­
so país, nessa fase de corrupção vitoriosa, de deso·
dulos linfáticos das axilas. Se a criança apresenta
nestidade desenfreada, que homens, que ocuparam al­
inflamação ao longo do pescoço, ou debaixo das ore­
tos postos de mando, foram os primeiros a oxempll
lhas, ainda que as causas possam ser devidas a um
ficar, abalando a educação e a boa vontadr elo nloH simples catarro, das amígdalas ou papeiras, os pais
tres e pais. devem levá-la a um médico para que tenham o diag­
FURúNCULOS - Vide Puericu ltura - 12." <'np,, fi 11, nóstico seguro e o tratamento mais aconselhável.

GARGANTA IRRITADA ( Faringite) -Nas crianças é


muito comum a irritação na garganta e em geral pas­
sa com algum descanso e um comprimido. Nos jp­
vens, pode ser indício de uma infecção ou sintoma de
alguma doença. Se tiver febre alta e uma irritação
muito forte, deve ser consultado o médico.
A prevenção de possíveis resfriados é de grande
ajuda para evitar as irritações da garganta. As afec­
ções freqüentes e crônicas da garganta fazem suspei­
tar que as amígdalas são focos de infecção e, em geral,
o médico recomenda a sua extirpação.

GASTOS DOMÉSTICOS - Vide Finanças familiares.


GATINHAR - Entre os oito e dez mêses, o bebê costu­
ma "gatinhar". Alguns o fazem por muito pouco

-- 23() - - 237 -
revelam algum defeito de adaptação. A criança de­
seja possuir as coisas, porque sente que aumenta o
seu poder, sobretudo coisas que são para ela valio­
sas, por suas côres, por sua utilidade, como também
pode surgir por sentir-se desmerecida ante os irmãos
ou irmãs, que são favoritos dos pais. Quando tais
furtos são habituais� estamos em face de um proble­
ma que deve ser examinado com cuidado, pois a sua
gravidade pode estar a exigir a presença de um con­
selheiro, um mestre capacitado ou até de um psicó­
logo experiente. Note-se que muitas crianças gos­
G
tam de praticar pequenos furtos, como em feiras, em
fruteiras, mais pelo desejo da aventura, pelo risco que
oferece, os quais podem, depois, atuar perigosamente, GAGUEIRA - É um defeito de linguagem que geralmen­
{t ser o caminho da delinqüência juvenil. Tais crian­ te surge num determinado período da formação da­
ças devem ser encaminhadas para clubes juvenis, para quela, na criança, e que aponta a algum trans­
sociedades excursionistas, aconselhadas a fazerem torne da personalidade. Há casos de deficiência
coleções de objetos; enfim, despertar-lhes um interês­ constitutiva do aparelho vocal e todos êles devem ser
se por atividades mais sãs. Mas, o fundamental e im­ tratados por especialistas na matéria. São, portanto,
portante, é o exemplo dos pais, as palavras justas sô· clínicos.
bre o mal que é o furto e, sobretudo, da parte da so­
GANGLIOS - As pequenas massas de tecido linfático
ciedade, em seus periódicos e meios de divulgação,
(nódulos linfáticos) podem inflamar-se, no decorrer
uma constante propaganda contra tais atos, muitas
de algumas infecções. Uma infecção localizada no
vêzes, ao contrário, exaltados, como vimos em nos­
bra:.ço, ou no peito, pode motivar o inchaço dos nó­
so país, nessa fase de corrupção vitoriosa, de deso·
dulos linfáticos das axilas. Se a criança apresenta
nestidade desenfreada, que homens, que ocuparam al­
inflamação ao longo do pescoço, ou debaixo das ore­
tos postos de mando, foram os primeiros a oxempll
lhas, ainda que as causas possam ser devidas a um
ficar, abalando a educação e a boa vontadr elo nloH simples catarro, das amígdalas ou papeiras, os pais
tres e pais. devem levá-la a um médico para que tenham o diag­
FURúNCULOS - Vide Puericu ltura - 12." <'np,, fi 11, nóstico seguro e o tratamento mais aconselhável.

GARGANTA IRRITADA ( Faringite) -Nas crianças é


muito comum a irritação na garganta e em geral pas­
sa com algum descanso e um comprimido. Nos jp­
vens, pode ser indício de uma infecção ou sintoma de
alguma doença. Se tiver febre alta e uma irritação
muito forte, deve ser consultado o médico.
A prevenção de possíveis resfriados é de grande
ajuda para evitar as irritações da garganta. As afec­
ções freqüentes e crônicas da garganta fazem suspei­
tar que as amígdalas são focos de infecção e, em geral,
o médico recomenda a sua extirpação.

GASTOS DOMÉSTICOS - Vide Finanças familiares.


GATINHAR - Entre os oito e dez mêses, o bebê costu­
ma "gatinhar". Alguns o fazem por muito pouco

-- 23() - - 237 -
tempo, pois logo começam a andar, enquanto outros para que desenvolvam a sua personalidade. É impor­
levam muito tempo neste exercício. Para tal é pre­ tante lembrar que não devem vesti-los igualmente e,
ciso que tenha espaço e os movimentos livres. sim, com roupas diferentes.

Esta é uma fase de "descobertas", e nela a cri­ Numa família, onde além de gêmeos, há outros fi­
ança descobre as coisas mais corriqueiras do lar, de­ lhos, convém dar a atenção a todos, de modo a não
senvolvendo, ao mesmo tempo, os seus músculos, que se formarem ressentimentos e ciúmes.
começam a ser empregados.
GENEROSIDADE -
A generosidade não consiste apenas
Deve-se, entretanto, prevenir os possíveis aciden­ em dar presentes aos outros e em repartir o que se
tes, como, por ex.: não deixar pequenos objetos se­ tem. É também uma qualidade do espírito. A mag­
rem tragados pelo bebê; tomadas elétricas, que devem nanimidade, a benevolência, a tolerância, a compai­
ser cobertas com um esparadrapo; lâmpadas (abat­ xão, a boa vontade para esquecer, tôdas estas virtu­
·jours) , que podem ser derrubados; móveis muito le­ des estão analogadas com a generosidade.
ves; cadeiras ou banquinhos, etc.
É freqüente considerar a generosidade como pro­
A roupa mais aconselhável é umas calcinhas bem digalidade de presentes. Vide Cardeais ( virtudes ) .
largas e amplas, a fim de protegerem os joelhos
do bebê, e deixar que se suje à vontade. Na hora do GENES -
(Do gr. genes, engendrado por . . . ) . Sufixo
banho, será trocado e, não se deve deixar que retor­ que entra na composição de muitas palavras para in­
ne ao chão. d'icar:

G:f:MEOS - Existem três tipos de gêmeos: os idênticos, a) engendrado por, o ter por origem, daí: endó·
os não-idênticos e os de sexos contrário. Os idênti­ geno (de origem interna) ; alógeno ( de origem estra­
cos provêm de um óvulo, o qual, no começo, fica di· nha);autógeno ( produzido por si mesmo ) .
vid:ido em duas parte iguais; os gêmeos não-idênticos
b ) Segundo a natureza igual o u diversa: homo·
são o resultado da fecundação quase simultânea de
gêneo, de natureza igual; heterogêneo, de natureza di­
dois óvulos.
ferente.
A possibilidade de um casal ter gêmeos é muito
c ) Como o que engendra, exs.: patogênico (que
pequena. Parece que a possibilidade de os ter, é,
produz a doença), cancerógeno, ( que produz o cân­
em parte, devido à hereditariedade, e é mais freqüen­
cer ).
te em algumas famílias ou raças, que em outras. Se­
gundo as estatísticas, aproximadamente uma mãe, em GENÉTICA -
a ) Como substantivo, o que estuda, e co­
cada noventa e sete, tem gêmeos. A idade em que é mo adjetivo, o que se refere à origem e ao desenvolvi­
maior a probabilidade é dos trinta aos trinta e oito mento de alguma coisa. Assim, a antropogenética
anos, na mulher. estuda a origem e o desenvolvimento biológico e cul­
Os cuidados, requeridos por gêmeos são maiores tural do homem.
que os dos bebês nascidos em partos normais. Em b ) Nome que se dá à teoria da produção e da
geral um dos gêmeos tem de permanecer numa in transformação dos sêre:s vivos, tomados enquanto es­
cubadora nos primeiros dias. Somente em raros C\·l pécies.
sos pode a mãe amamentá-los.
c ) Também é o estudo da hereditariedade pelo
É de grande importância que os gêmeos rccohnrn cruzamento de variedades bem definidas.
atenções individuais. Os pais têm tendêncln a osqw
cer que se trata de duas pessoas, com sun JndlvldtttL GÊNIO -
a) Entre os gregos, o têrmo era usado para
!idade, e cada um tem suas próprias noc:«·�l�lctmlnl4. indicar o daimon, como a voz interior de que falava
Assim é importante dar-lhes oporttmiclado o nwtot4 Sócrates.

- 23 8 -
- 239 -
tempo, pois logo começam a andar, enquanto outros para que desenvolvam a sua personalidade. É impor­
levam muito tempo neste exercício. Para tal é pre­ tante lembrar que não devem vesti-los igualmente e,
ciso que tenha espaço e os movimentos livres. sim, com roupas diferentes.

Esta é uma fase de "descobertas", e nela a cri­ Numa família, onde além de gêmeos, há outros fi­
ança descobre as coisas mais corriqueiras do lar, de­ lhos, convém dar a atenção a todos, de modo a não
senvolvendo, ao mesmo tempo, os seus músculos, que se formarem ressentimentos e ciúmes.
começam a ser empregados.
GENEROSIDADE -
A generosidade não consiste apenas
Deve-se, entretanto, prevenir os possíveis aciden­ em dar presentes aos outros e em repartir o que se
tes, como, por ex.: não deixar pequenos objetos se­ tem. É também uma qualidade do espírito. A mag­
rem tragados pelo bebê; tomadas elétricas, que devem nanimidade, a benevolência, a tolerância, a compai­
ser cobertas com um esparadrapo; lâmpadas (abat­ xão, a boa vontade para esquecer, tôdas estas virtu­
·jours) , que podem ser derrubados; móveis muito le­ des estão analogadas com a generosidade.
ves; cadeiras ou banquinhos, etc.
É freqüente considerar a generosidade como pro­
A roupa mais aconselhável é umas calcinhas bem digalidade de presentes. Vide Cardeais ( virtudes ) .
largas e amplas, a fim de protegerem os joelhos
do bebê, e deixar que se suje à vontade. Na hora do GENES -
(Do gr. genes, engendrado por . . . ) . Sufixo
banho, será trocado e, não se deve deixar que retor­ que entra na composição de muitas palavras para in­
ne ao chão. d'icar:

G:f:MEOS - Existem três tipos de gêmeos: os idênticos, a) engendrado por, o ter por origem, daí: endó·
os não-idênticos e os de sexos contrário. Os idênti­ geno (de origem interna) ; alógeno ( de origem estra­
cos provêm de um óvulo, o qual, no começo, fica di· nha);autógeno ( produzido por si mesmo ) .
vid:ido em duas parte iguais; os gêmeos não-idênticos
b ) Segundo a natureza igual o u diversa: homo·
são o resultado da fecundação quase simultânea de
gêneo, de natureza igual; heterogêneo, de natureza di­
dois óvulos.
ferente.
A possibilidade de um casal ter gêmeos é muito
c ) Como o que engendra, exs.: patogênico (que
pequena. Parece que a possibilidade de os ter, é,
produz a doença), cancerógeno, ( que produz o cân­
em parte, devido à hereditariedade, e é mais freqüen­
cer ).
te em algumas famílias ou raças, que em outras. Se­
gundo as estatísticas, aproximadamente uma mãe, em GENÉTICA -
a ) Como substantivo, o que estuda, e co­
cada noventa e sete, tem gêmeos. A idade em que é mo adjetivo, o que se refere à origem e ao desenvolvi­
maior a probabilidade é dos trinta aos trinta e oito mento de alguma coisa. Assim, a antropogenética
anos, na mulher. estuda a origem e o desenvolvimento biológico e cul­
Os cuidados, requeridos por gêmeos são maiores tural do homem.
que os dos bebês nascidos em partos normais. Em b ) Nome que se dá à teoria da produção e da
geral um dos gêmeos tem de permanecer numa in transformação dos sêre:s vivos, tomados enquanto es­
cubadora nos primeiros dias. Somente em raros C\·l pécies.
sos pode a mãe amamentá-los.
c ) Também é o estudo da hereditariedade pelo
É de grande importância que os gêmeos rccohnrn cruzamento de variedades bem definidas.
atenções individuais. Os pais têm tendêncln a osqw
cer que se trata de duas pessoas, com sun JndlvldtttL GÊNIO -
a) Entre os gregos, o têrmo era usado para
!idade, e cada um tem suas próprias noc:«·�l�lctmlnl4. indicar o daimon, como a voz interior de que falava
Assim é importante dar-lhes oporttmiclado o nwtot4 Sócrates.

- 23 8 -
- 239 -
b) Extraído do platonismo, foi, na época moder­ em qualquer lugar, e que é aconselhável manterem­
na, o nome dado àquele que revela dotes extraordiná­ -se certas normas de higiene. Assim, quando se
en­
rios de criação estética, ou a capacidade de realiza­ contrarem em contacto com uma pessoa resfriada
'
ções superiores no pensamento, bem como em tôdas convém não permanecerem muito perto dela.
as manifestações superiores da inteligência humana.
GESTAÇÃO - ( sintomas de perigo e outros sintomas ) ­
Os sintomas abaixo mencionados devem ser levados
Para Kant, o gênio cria as suas próprias regras.

Há, assim, gênios na Música, na Pintura, na Poe­ prontamente ao conhecimento do obstetra. São êles:
sia, na Filosofia, na Religião, na Ciência, nas Artes mi­ calafrios e febre; perda de sangue vaginal; entumesci­
litares, etc. mento do rosto, dos olhos; fortes dôres de cabeça ou
abdominais; dor ou sensação de queimadura ao uri­
GERAÇÃO - A geração é a mutação do não-ser ao ser; nar; ruptura das membranas; ausência de movimen­
é uma transmutação para a substância. É, portanto, tos do feto por mais de 24 horas.
a meta a ser atingida, e que termina na forma. Dá-se,
Há, ainda, pequenos sintomas, que não têm gran­
não no tempo, mais in instante, como a corrupção.
de importância, mas incomodam muito a grande
O sujeito da geração não é o que é gerado, m�s a
maioria das gestantes. São êles:
matéria do que é gerado. Em tôda geração há, por­
tanto, uma matéria que sofre a geração. Com a ge­ 1 ) náusea� e vômitos: seguem-se, em geral, logo
ração, algo é feito. Na geração, há, necessàriamente, após a f�lta da primeira menstruação. Com o
pas­
o que é gerado, e, conseqüentemente, um generante. sar dos dias, podem aumentar de intensidade, ou,
em
A geração, quando substancial, não se dá no tempo; outros casos, desaparecer completamente. Nos ca­
é instantânea. A geração implica a corrupção, pois o sos em que o enjôo se torna muito forte, deve ser
le­
gerar de uma coisa é o corromper-se de outra. Na vado ao conhecimento do médico.
geração, há a passagem do não-ser para o ser; na cor­ 2 ) Azia : sensação de queimadura ardente no
rupção, do ser para o não-ser. Quando alguma coisa abdômen superior e abaixo do tórax. É acomp
anha­
é gerada, adquire um ser, mas o sujeito, que é gerado, da de vômitos ácidos e amargos. O tratamento mais
tinha antes uma forma que deixou de ter; portanto, indi�ado é uma colher de leite de magnésia ou
uma
sofreu a passagem de um ser para um não-ser o que pastilha, depois de cada refeição.
era, para ser outro, que antes não era. Geração e 3 ) Salivação excessiva: comum nos primeiros
corrupção são opostos. ( Vide Mutação). mêses, aumentando de intensidade nos último
s mê­
ses.
GÉRMENS - As crianças gozam de certa resistência na­
tural contra os micróbios, resistência esta que aumen­ 4 ) Prisão de ventre: muito comum durante a
ta à medida que elas crescem. Os pais, que se preo­ gestação. A falta de evacuação, durante um ou dois
cupam com exagero sôbre os gérmens, estão crian­ dias, não é prejudicial à gestante. Os médicos
acon­
do um ambiente de certa forma artificial, pois privar selham o uso diário de frutas, principalmente
sêcas'
o bebê de levar qualquer objeto à bôca é privar-lhe como ameixas, figos e passas; exercícios moder
ados'
de uma forma de conhecimento. Naturalmente que mas diários .
são imprescindíveis os cuidados básicos de higiene, 5) Distenção do estômago e dos intestinos: dá­
como, por ex.: lavar bem e constantemente os· brin­ se devido aos gazes provocando uma sensaç
� ão de
quedos ou objetos que a criança leva à bôca; não dei­ mchaço. Aconselha-se o uso de leite de magné
sia, ao
xar que à sua volta pululem insetos; impedir que in­ m�smo tempo que deve ser eliminado da alimen
tação
gira alimentos soltos no chão ou sõbre qualquer su­ a limentos que produzem gazes (feijão repolh
' o ' fritu-
perfície; etc. ras e dôces) .

Quando as crianças começam a ir à escola de· 6 ) Varizes: podem desaparecer ou aumentar.


monstram uma preocupação quanto a êsses invisíveis As causas são várias, ou devido a efeitos fisioló
gicos
gérmens. Cabe aos pais mostrar-lhes que êles existem normais ou a hereditários.

- 240 -
·- 241 -
b) Extraído do platonismo, foi, na época moder­ em qualquer lugar, e que é aconselhável manterem­
na, o nome dado àquele que revela dotes extraordiná­ -se certas normas de higiene. Assim, quando se
en­
rios de criação estética, ou a capacidade de realiza­ contrarem em contacto com uma pessoa resfriada
'
ções superiores no pensamento, bem como em tôdas convém não permanecerem muito perto dela.
as manifestações superiores da inteligência humana.
GESTAÇÃO - ( sintomas de perigo e outros sintomas ) ­
Os sintomas abaixo mencionados devem ser levados
Para Kant, o gênio cria as suas próprias regras.

Há, assim, gênios na Música, na Pintura, na Poe­ prontamente ao conhecimento do obstetra. São êles:
sia, na Filosofia, na Religião, na Ciência, nas Artes mi­ calafrios e febre; perda de sangue vaginal; entumesci­
litares, etc. mento do rosto, dos olhos; fortes dôres de cabeça ou
abdominais; dor ou sensação de queimadura ao uri­
GERAÇÃO - A geração é a mutação do não-ser ao ser; nar; ruptura das membranas; ausência de movimen­
é uma transmutação para a substância. É, portanto, tos do feto por mais de 24 horas.
a meta a ser atingida, e que termina na forma. Dá-se,
Há, ainda, pequenos sintomas, que não têm gran­
não no tempo, mais in instante, como a corrupção.
de importância, mas incomodam muito a grande
O sujeito da geração não é o que é gerado, m�s a
maioria das gestantes. São êles:
matéria do que é gerado. Em tôda geração há, por­
tanto, uma matéria que sofre a geração. Com a ge­ 1 ) náusea� e vômitos: seguem-se, em geral, logo
ração, algo é feito. Na geração, há, necessàriamente, após a f�lta da primeira menstruação. Com o
pas­
o que é gerado, e, conseqüentemente, um generante. sar dos dias, podem aumentar de intensidade, ou,
em
A geração, quando substancial, não se dá no tempo; outros casos, desaparecer completamente. Nos ca­
é instantânea. A geração implica a corrupção, pois o sos em que o enjôo se torna muito forte, deve ser
le­
gerar de uma coisa é o corromper-se de outra. Na vado ao conhecimento do médico.
geração, há a passagem do não-ser para o ser; na cor­ 2 ) Azia : sensação de queimadura ardente no
rupção, do ser para o não-ser. Quando alguma coisa abdômen superior e abaixo do tórax. É acomp
anha­
é gerada, adquire um ser, mas o sujeito, que é gerado, da de vômitos ácidos e amargos. O tratamento mais
tinha antes uma forma que deixou de ter; portanto, indi�ado é uma colher de leite de magnésia ou
uma
sofreu a passagem de um ser para um não-ser o que pastilha, depois de cada refeição.
era, para ser outro, que antes não era. Geração e 3 ) Salivação excessiva: comum nos primeiros
corrupção são opostos. ( Vide Mutação). mêses, aumentando de intensidade nos último
s mê­
ses.
GÉRMENS - As crianças gozam de certa resistência na­
tural contra os micróbios, resistência esta que aumen­ 4 ) Prisão de ventre: muito comum durante a
ta à medida que elas crescem. Os pais, que se preo­ gestação. A falta de evacuação, durante um ou dois
cupam com exagero sôbre os gérmens, estão crian­ dias, não é prejudicial à gestante. Os médicos
acon­
do um ambiente de certa forma artificial, pois privar selham o uso diário de frutas, principalmente
sêcas'
o bebê de levar qualquer objeto à bôca é privar-lhe como ameixas, figos e passas; exercícios moder
ados'
de uma forma de conhecimento. Naturalmente que mas diários .
são imprescindíveis os cuidados básicos de higiene, 5) Distenção do estômago e dos intestinos: dá­
como, por ex.: lavar bem e constantemente os· brin­ se devido aos gazes provocando uma sensaç
� ão de
quedos ou objetos que a criança leva à bôca; não dei­ mchaço. Aconselha-se o uso de leite de magné
sia, ao
xar que à sua volta pululem insetos; impedir que in­ m�smo tempo que deve ser eliminado da alimen
tação
gira alimentos soltos no chão ou sõbre qualquer su­ a limentos que produzem gazes (feijão repolh
' o ' fritu-
perfície; etc. ras e dôces) .

Quando as crianças começam a ir à escola de· 6 ) Varizes: podem desaparecer ou aumentar.


monstram uma preocupação quanto a êsses invisíveis As causas são várias, ou devido a efeitos fisioló
gicos
gérmens. Cabe aos pais mostrar-lhes que êles existem normais ou a hereditários.

- 240 -
·- 241 -
7 ) Hemorragia nasal: dá-se devido à secura da
Guiar automóvel: não é prejudicial. No último
membrana da cavidade nasal, acometida de sangue
trimestre não deve a gestante andar só, pois podem
temporàriamente.
aparecem sintomas inesperados e terá necessidade de
8 ) Inchaço dos tornozelos e pernas: procure-se auxílio.
usar sapatos um pouco maiores que os usuais, e imer­ O repouso: . é importante, e deve ser mantido du­
gir os pés em água fria, 2 vêzes ao dia. rante os primeiros três mêses, principalmente quan­

9.) Tonturas e desmaios: caso se dêem freqüen­


do, então, é comum uma sonolência acompanhar a
mulher durante grande parte do dia. Nos últimos
temente convém procurar o médico. Se forem espo­
meses, dar-se-á justamente o contrário, a insônia se­
rádicos, descanse-se um pouco e aspire-se um vidro
rá companheira da gestante. É aconselhável um re­
de sais ou amoníaco.
pouso diário de 30 minutos, principalmente após as
1 0 ) Dor nas costas: aumenta de intensidade no refeições.
último trimestre. A cinta alivia, em muitos casos. Os cuidados higiênicos a serem mantidos:
As vêzes é aconselhável uma ligeira fricção com al­
gum ungüento e uma massagem. - atenção com os seios: devem sempre ser lava­
dos e, principalmente, os mamilos. No último mês,
1 1 ) Insônia: comum nos últimos mêses, devido procure segurar os mamilos entre os dedos, por um
ao feto não estar numa posição confortável. ou dois minutos para torná-los mais adaptados à suc­
ção. Use "soutiens" em número maior, de forma a
1 2 ) Corrimento vaginal: apresenta-se com cõr
não machucar os seios ou apertá-los;
amarelada. Dá-se devido à intensa atividade das glân­
dulas cervicais. Caso se tome muito grosso e abun­ - a cinta: se fôr indicada pelo médico, dev.e ser
dante, convém consultar o médico. usada;

13) Falta de ar: devido ao diafragma que sobe - o banho: de chuveiro pode ser tomado até o
pela pressão elevada no interior do ventre e também último dia. Muitos médicos não aconselham o de
ao aumento do pêso. imersão, outros, não têm nada a objetar. Só é proi­
bido, quando se der o rompimento das membranas.
1 4 ) Em caso de queda, só há perigo se realmen­ As duchas fortes são proibidas;
te a gestante se machucou. Se aparece uma hemor­
ragia vaginal, e não há movimentos fetais, o médico - a união sexual: pode ser mantida durante os
p;rimeiros meses, só devendo ser abolida nas últimas
deve ser procurado imediatamente.
quatro semanas. Alguns médicos aconselham que
sejam interrompidas no 7 .0 mês;
·

GESTANTE ( cuidados a serem mantidos) - O exercício


mais aconselhável a uma gestante, aceito por unani·
- não é preciso o uso de preventivos nas re­
midade, é de uma caminhada diária e, se fôr possí­
lações;
vel, ao ar livre. Sabe-se que o oxigênio é muito im·
portante para a limpeza do sangue. - os dentes: sofrem muito com a gravidez.

Convém uma visita ao dentista e um tratamento


Os exercícios muito fortes, e que obrigam usar
fôrça, não são aconselháveis. Muitos médicos acon­
cuidadoso, que irá ajudar a salvar muitos dentes que
s�lham a prática da natação, equitação e tênis, porém, freqüentemente se perdem;
nao ao extremo. - as gengivas: em algumas gestantes elas tendem
a inchar; os tecidos tomam-se esponjosos, e sangram
As viagens: não são desaconselhadas, desde que
quando os dentes são escovados. É aconselhável que
o meio de transporte seja confortável. Caso já se
tenha dado um .abôrto, devem ser eliminadas as via·
se friccione o polegar na gengiva, realizando, assim,
wna ligeira massagem, que tornará a gengiva mais
gens durante os três primeiros mêses.
resistente, e fará o sangue afluir novamente;
- 242 -
- 243 -
7 ) Hemorragia nasal: dá-se devido à secura da
Guiar automóvel: não é prejudicial. No último
membrana da cavidade nasal, acometida de sangue
trimestre não deve a gestante andar só, pois podem
temporàriamente.
aparecem sintomas inesperados e terá necessidade de
8 ) Inchaço dos tornozelos e pernas: procure-se auxílio.
usar sapatos um pouco maiores que os usuais, e imer­ O repouso: . é importante, e deve ser mantido du­
gir os pés em água fria, 2 vêzes ao dia. rante os primeiros três mêses, principalmente quan­

9.) Tonturas e desmaios: caso se dêem freqüen­


do, então, é comum uma sonolência acompanhar a
mulher durante grande parte do dia. Nos últimos
temente convém procurar o médico. Se forem espo­
meses, dar-se-á justamente o contrário, a insônia se­
rádicos, descanse-se um pouco e aspire-se um vidro
rá companheira da gestante. É aconselhável um re­
de sais ou amoníaco.
pouso diário de 30 minutos, principalmente após as
1 0 ) Dor nas costas: aumenta de intensidade no refeições.
último trimestre. A cinta alivia, em muitos casos. Os cuidados higiênicos a serem mantidos:
As vêzes é aconselhável uma ligeira fricção com al­
gum ungüento e uma massagem. - atenção com os seios: devem sempre ser lava­
dos e, principalmente, os mamilos. No último mês,
1 1 ) Insônia: comum nos últimos mêses, devido procure segurar os mamilos entre os dedos, por um
ao feto não estar numa posição confortável. ou dois minutos para torná-los mais adaptados à suc­
ção. Use "soutiens" em número maior, de forma a
1 2 ) Corrimento vaginal: apresenta-se com cõr
não machucar os seios ou apertá-los;
amarelada. Dá-se devido à intensa atividade das glân­
dulas cervicais. Caso se tome muito grosso e abun­ - a cinta: se fôr indicada pelo médico, dev.e ser
dante, convém consultar o médico. usada;

13) Falta de ar: devido ao diafragma que sobe - o banho: de chuveiro pode ser tomado até o
pela pressão elevada no interior do ventre e também último dia. Muitos médicos não aconselham o de
ao aumento do pêso. imersão, outros, não têm nada a objetar. Só é proi­
bido, quando se der o rompimento das membranas.
1 4 ) Em caso de queda, só há perigo se realmen­ As duchas fortes são proibidas;
te a gestante se machucou. Se aparece uma hemor­
ragia vaginal, e não há movimentos fetais, o médico - a união sexual: pode ser mantida durante os
p;rimeiros meses, só devendo ser abolida nas últimas
deve ser procurado imediatamente.
quatro semanas. Alguns médicos aconselham que
sejam interrompidas no 7 .0 mês;
·

GESTANTE ( cuidados a serem mantidos) - O exercício


mais aconselhável a uma gestante, aceito por unani·
- não é preciso o uso de preventivos nas re­
midade, é de uma caminhada diária e, se fôr possí­
lações;
vel, ao ar livre. Sabe-se que o oxigênio é muito im·
portante para a limpeza do sangue. - os dentes: sofrem muito com a gravidez.

Convém uma visita ao dentista e um tratamento


Os exercícios muito fortes, e que obrigam usar
fôrça, não são aconselháveis. Muitos médicos acon­
cuidadoso, que irá ajudar a salvar muitos dentes que
s�lham a prática da natação, equitação e tênis, porém, freqüentemente se perdem;
nao ao extremo. - as gengivas: em algumas gestantes elas tendem
a inchar; os tecidos tomam-se esponjosos, e sangram
As viagens: não são desaconselhadas, desde que
quando os dentes são escovados. É aconselhável que
o meio de transporte seja confortável. Caso já se
tenha dado um .abôrto, devem ser eliminadas as via·
se friccione o polegar na gengiva, realizando, assim,
wna ligeira massagem, que tornará a gengiva mais
gens durante os três primeiros mêses.
resistente, e fará o sangue afluir novamente;
- 242 -
- 243 -
- os cigarros e bebidas alcoólicas: devem ser
criança. Convém lembrar que ela tem as suas carao­
usados com moderação. Caso a gestante sofra de
teristicas próprias, que precisam ser respeitadas.
pressão alta deve eliminar o uso do álcool;
Estas regras de Higiene mental devem ser obser-
- não erguer ou arrastar pesos, pois êsté esfôrço
vadas:
pode provocar um abôrto;
- Viver com simplicidade;
- não subir escadas com rapidez;
- Ser moderada em tôdas as coisas;
- a mOdificação glandular, que se verifica neste
período irá agir no aspecto físico da gestante. A pe­ - Adquirir o domínio de si mesma; isto é, disci-
le torna-se mais oleosa; a transpiração excessiva; o plinar-se, procurando evitar a dispersão, ao mesmo
cabelo mais sêco ou mais oleoso. São precisos cui­ tempo que equilibra o emprêgo do tempo que dispõe
dados especiais, mantendo-se uma limpeza diária da nas suas atividades diárias;
pele com o uso de cremes apropriados para a sua - Afastar os sentimentos negativos, tais como a
perfeita lubrificação. inquietação, _ o pessimismo, a inveja, o ódio, etc.
E aconselhável a aplicação de cremes ou óleos nas GINECúLOGOS - Vide Especialistas.
regiões mais propensas a se formarem estrias, como
as coxas, o abdômem e os seios. GíRIA - Muitos pais se preocupam que os filhos usem
a gíria na sua linguagem, ou, então, palavras que per­
- A maquilagem deve ser discreta e o guarda
tencem ao seu grupo, e que aquêles desconhecem.
roupa deve ser o mais funcional possível. Compre
Mas tudo isso é de certo modo inevitável. Contudo,
roupas apropriadas, e nunca as use apertadas ou in­
o pai não pode permanecer indiferente totalmente.
cômodas.
Se desaprovar totalmente certas palavras, que perten­
- A dieta, quando fôr necessária, deve ser indi­ cem ao grupo, e proibir de usá-las, estará tentando
cada pelo médico. desviar o filho dos seus companheiros, o que não
obtém bom êxito. O que se deve fazer é corrigi-los,
- O uso de sal deve ser feito com parcimônia. O
e não admoestá-los por usar tais têrmos, mostrando­
sal provoca a retenção da água, causando, assim, o
-lhes a conveniência de usar as palavras normais. O
aumento do pêso. Também é comum o inchaço nos
principal é não mostrar que estão escandalizados, mas
pés, nos últimos mêses. Nestes casos, o sal deve ser
apenas cooperar para corrigi-los. Aos poucos deixa­
abolido totalmente.
rão de usar tais têrmos. Numa época, como a nossa,
- A gestante deve comer menos e mais seguido. em que se instaurou em nosso país uma especulação
Deve fazer refeições com quantidade pequena de ali­ na baixa dos valôres, em que se dê relêvo ao que não
mento, mas com pouco período entre uma e outra. vale nada, em que heróis equívocos e indignos são
É necessário que realize as suas refeições com cal­ apresentados como espécimes superiores, não é de
ma, procurando repousar após a sua finalização. admirar que jovens se impressionem com mediocri­
dades, que exaltem tipos deficitários, que se elevam
- Além dos cuidados corporais e fisiológicos, é
em pedestais, delinqüentes ou loucos. Mas tudo isso
importante que a gestante mantenha uma atitude psi­
é passível de ser combatido e modificado, dependen­
cológica sã. Não deve formar idéias "a priori"; is­
do do apoio de pais e mestres.
to é, desejar que o seu futuro bebê seja, por exemplo,
do "sexo masculino". Esta atitude pode formar uma Se o jovem persiste em falar com pouca educa­
"fixação", que irá mais tarde prejudicar o bom de ção, certamente que tem algum conflito com os pais.
senvolvimento da criança. Neste caso, nada adianta irritar-se com êle, mas aju­
dar que saia da situação em que está, desfazendo os
Convém evitar, também, a tendência, aliás mui­
motivos que geram tal situação. Nunca o pai deve
to comum, nos pais, de quererem formar um modO­
conceber, caindo também no uso da gíria. Os fi­
lo predeterminado e, depois, que�er adequar nêle a
lhos querem ver em seus pais modelos, e não meros
- 244 -

- 245 -
- os cigarros e bebidas alcoólicas: devem ser
criança. Convém lembrar que ela tem as suas carao­
usados com moderação. Caso a gestante sofra de
teristicas próprias, que precisam ser respeitadas.
pressão alta deve eliminar o uso do álcool;
Estas regras de Higiene mental devem ser obser-
- não erguer ou arrastar pesos, pois êsté esfôrço
vadas:
pode provocar um abôrto;
- Viver com simplicidade;
- não subir escadas com rapidez;
- Ser moderada em tôdas as coisas;
- a mOdificação glandular, que se verifica neste
período irá agir no aspecto físico da gestante. A pe­ - Adquirir o domínio de si mesma; isto é, disci-
le torna-se mais oleosa; a transpiração excessiva; o plinar-se, procurando evitar a dispersão, ao mesmo
cabelo mais sêco ou mais oleoso. São precisos cui­ tempo que equilibra o emprêgo do tempo que dispõe
dados especiais, mantendo-se uma limpeza diária da nas suas atividades diárias;
pele com o uso de cremes apropriados para a sua - Afastar os sentimentos negativos, tais como a
perfeita lubrificação. inquietação, _ o pessimismo, a inveja, o ódio, etc.
E aconselhável a aplicação de cremes ou óleos nas GINECúLOGOS - Vide Especialistas.
regiões mais propensas a se formarem estrias, como
as coxas, o abdômem e os seios. GíRIA - Muitos pais se preocupam que os filhos usem
a gíria na sua linguagem, ou, então, palavras que per­
- A maquilagem deve ser discreta e o guarda
tencem ao seu grupo, e que aquêles desconhecem.
roupa deve ser o mais funcional possível. Compre
Mas tudo isso é de certo modo inevitável. Contudo,
roupas apropriadas, e nunca as use apertadas ou in­
o pai não pode permanecer indiferente totalmente.
cômodas.
Se desaprovar totalmente certas palavras, que perten­
- A dieta, quando fôr necessária, deve ser indi­ cem ao grupo, e proibir de usá-las, estará tentando
cada pelo médico. desviar o filho dos seus companheiros, o que não
obtém bom êxito. O que se deve fazer é corrigi-los,
- O uso de sal deve ser feito com parcimônia. O
e não admoestá-los por usar tais têrmos, mostrando­
sal provoca a retenção da água, causando, assim, o
-lhes a conveniência de usar as palavras normais. O
aumento do pêso. Também é comum o inchaço nos
principal é não mostrar que estão escandalizados, mas
pés, nos últimos mêses. Nestes casos, o sal deve ser
apenas cooperar para corrigi-los. Aos poucos deixa­
abolido totalmente.
rão de usar tais têrmos. Numa época, como a nossa,
- A gestante deve comer menos e mais seguido. em que se instaurou em nosso país uma especulação
Deve fazer refeições com quantidade pequena de ali­ na baixa dos valôres, em que se dê relêvo ao que não
mento, mas com pouco período entre uma e outra. vale nada, em que heróis equívocos e indignos são
É necessário que realize as suas refeições com cal­ apresentados como espécimes superiores, não é de
ma, procurando repousar após a sua finalização. admirar que jovens se impressionem com mediocri­
dades, que exaltem tipos deficitários, que se elevam
- Além dos cuidados corporais e fisiológicos, é
em pedestais, delinqüentes ou loucos. Mas tudo isso
importante que a gestante mantenha uma atitude psi­
é passível de ser combatido e modificado, dependen­
cológica sã. Não deve formar idéias "a priori"; is­
do do apoio de pais e mestres.
to é, desejar que o seu futuro bebê seja, por exemplo,
do "sexo masculino". Esta atitude pode formar uma Se o jovem persiste em falar com pouca educa­
"fixação", que irá mais tarde prejudicar o bom de ção, certamente que tem algum conflito com os pais.
senvolvimento da criança. Neste caso, nada adianta irritar-se com êle, mas aju­
dar que saia da situação em que está, desfazendo os
Convém evitar, também, a tendência, aliás mui­
motivos que geram tal situação. Nunca o pai deve
to comum, nos pais, de quererem formar um modO­
conceber, caindo também no uso da gíria. Os fi­
lo predeterminado e, depois, que�er adequar nêle a
lhos querem ver em seus pais modelos, e não meros
- 244 -

- 245 -
companheiros. Querem apenas que os pais os com­ sensações muito fortes, experimentadas pela gestan­
preendam, mas não se tornem jovens como êles. Ao te, possam ser consideradas como motivos reais de
receber os amigos do filho, os pais devem tratá-los anomalias do feto. Pode-se aceitar, entretanto, que
com segurança e respeito, e não maltratá-los, coope­ um choque emocional muito forte repercuta na ci.r­
rando para ajudá-los também. Há, contudo, palavras culação sangüínea materna, ou no seu funcionamen­
de gíria que se tornam usuais, por serem bem cons­ to glandular, chegando a exercer um efeito indireto
truídas e por apresentarem inovações inteligentes. no ser que está sendo gestado. Mas, uma relação di­
O que nunca os pais devem fazer é usar a gíria em reta entre mãe e filho não pode Ser estabelecida com
casa, pois, com o seu exemplo, muito auxiliarão os precisão. Casos, como o da mãe que durante o pe­
filhos a modificarem-se. ríodo gestativo tenha sentido vontade de comer uma
fruta, e que não teve seu desejo satisfeito, aparecendo
Vide Acne.
no filho a marca da fruta desejada, não são absoluta­
GLANDULAS SEBACEAS -

GWBULIN A GAMA - As globulinas são compostos qui­ mente aceitos pela ciência.
micos que se encontram no sangue. Um grande nú­
Pode-se afirmar com certeza que uma criança,
mero delas foi separado do sôro sangüíneo humano,
gestada dentro de um corpo são, portador de uma
graças a processos científicos e foram classificados
mente sã, naturalmente terá um ambiente favorável
na ordem do alfabeto grego: alfa, beta, gama, etc.
ao seu desenvolvimento. Por isso tôda mãe cons­
Parece ser um importante fator na neutralização de
ciente de sua responsabilidade deve conhecer e obede­
substâncias extranhas no sangue a globulina gama, cer aos preceitos de higiene, necessários para que se
e que a sua administraçãO pode efetivamente modifi­ processe uma gestação normal.
car, e até prevenir, o progresso do vírus do sarampo
na corrente sangüínea. A mãe deve, portanto, levar uma vida sã e cui­
dar tanto da sua alimentação como da sfua higiene,
Atualmente se estuda a sua aplicação para prote­
além de manter o repouso prescrito e necessário.
ger contra infecções, e até como meio de imunização.
GRAVIDEZ ( aumento de pêso ) O aumento de pêso é
-

GLúBUWS VERMElHOS - Vide Anemia e Grupos san­


devido a diversos fatôres. Primeiro: os tecidos fe­
güíneos.
tais, o bebê, a placenta e o líquido amniótico. Se­
GRAMÁTICA - a) Primitivamente, era a disciplina que gundo: o crescimento fisiológico dos órgãos específi­
estudava as regras gerais para a boa linguagem. cos, particularmente o útero, os seios e a circulação
sangüínea, e, finalmente, a retenção de água nos te­
b ) Modernamente, estuda as regras gerais, que cidos e acumulação de uma quantidade excessiva de
as necessidades lógicas têm imposto aos indivíduos gordura.
no emprêgo da linguagem.
O aumento, no período gestativo, varia de nove
A gramática geral estuda as regras gerais da lin· a doze quilos. Há mulheres que aumentam mais,
guagem, relativas a tôdas as línguas. A gramática mas é desaconselhável.
comparada realiza o confronto das relações de seme­
O aumento irá se distribuir desta forma:
lhança e de diferença entre as diversas línguas. A
gramática histórica estuda a história da formação Tecidos fetais e o bebê .· . . . 3 . 400 grs.
das regras gramaticais. Placenta . . . . . . . . . . . . . . . . . . 450 grs.
Líquido amniótico . . . . . . . . 900 grs.
GRAVIDEZ ( Crenças ) - Certas crenças, aliás muito di
Crescimento do útero . . . . . . 900 grs.
fundidas, explicam que algumas manifestações anor Os seios . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700 grs.
mais, tanto mentais como físicas, que irão se dar
mais tarde na criança, são devidas a um choque, ou 6 . 390 grs.
ao mêdo experimentado pela mãe durante o perfodo
de gestação. Entretanto, ainda não foi provado quo O restante de pêso é água e gordura acumulados.

- 246 - - 247 -
companheiros. Querem apenas que os pais os com­ sensações muito fortes, experimentadas pela gestan­
preendam, mas não se tornem jovens como êles. Ao te, possam ser consideradas como motivos reais de
receber os amigos do filho, os pais devem tratá-los anomalias do feto. Pode-se aceitar, entretanto, que
com segurança e respeito, e não maltratá-los, coope­ um choque emocional muito forte repercuta na ci.r­
rando para ajudá-los também. Há, contudo, palavras culação sangüínea materna, ou no seu funcionamen­
de gíria que se tornam usuais, por serem bem cons­ to glandular, chegando a exercer um efeito indireto
truídas e por apresentarem inovações inteligentes. no ser que está sendo gestado. Mas, uma relação di­
O que nunca os pais devem fazer é usar a gíria em reta entre mãe e filho não pode Ser estabelecida com
casa, pois, com o seu exemplo, muito auxiliarão os precisão. Casos, como o da mãe que durante o pe­
filhos a modificarem-se. ríodo gestativo tenha sentido vontade de comer uma
fruta, e que não teve seu desejo satisfeito, aparecendo
Vide Acne.
no filho a marca da fruta desejada, não são absoluta­
GLANDULAS SEBACEAS -

GWBULIN A GAMA - As globulinas são compostos qui­ mente aceitos pela ciência.
micos que se encontram no sangue. Um grande nú­
Pode-se afirmar com certeza que uma criança,
mero delas foi separado do sôro sangüíneo humano,
gestada dentro de um corpo são, portador de uma
graças a processos científicos e foram classificados
mente sã, naturalmente terá um ambiente favorável
na ordem do alfabeto grego: alfa, beta, gama, etc.
ao seu desenvolvimento. Por isso tôda mãe cons­
Parece ser um importante fator na neutralização de
ciente de sua responsabilidade deve conhecer e obede­
substâncias extranhas no sangue a globulina gama, cer aos preceitos de higiene, necessários para que se
e que a sua administraçãO pode efetivamente modifi­ processe uma gestação normal.
car, e até prevenir, o progresso do vírus do sarampo
na corrente sangüínea. A mãe deve, portanto, levar uma vida sã e cui­
dar tanto da sua alimentação como da sfua higiene,
Atualmente se estuda a sua aplicação para prote­
além de manter o repouso prescrito e necessário.
ger contra infecções, e até como meio de imunização.
GRAVIDEZ ( aumento de pêso ) O aumento de pêso é
-

GLúBUWS VERMElHOS - Vide Anemia e Grupos san­


devido a diversos fatôres. Primeiro: os tecidos fe­
güíneos.
tais, o bebê, a placenta e o líquido amniótico. Se­
GRAMÁTICA - a) Primitivamente, era a disciplina que gundo: o crescimento fisiológico dos órgãos específi­
estudava as regras gerais para a boa linguagem. cos, particularmente o útero, os seios e a circulação
sangüínea, e, finalmente, a retenção de água nos te­
b ) Modernamente, estuda as regras gerais, que cidos e acumulação de uma quantidade excessiva de
as necessidades lógicas têm imposto aos indivíduos gordura.
no emprêgo da linguagem.
O aumento, no período gestativo, varia de nove
A gramática geral estuda as regras gerais da lin· a doze quilos. Há mulheres que aumentam mais,
guagem, relativas a tôdas as línguas. A gramática mas é desaconselhável.
comparada realiza o confronto das relações de seme­
O aumento irá se distribuir desta forma:
lhança e de diferença entre as diversas línguas. A
gramática histórica estuda a história da formação Tecidos fetais e o bebê .· . . . 3 . 400 grs.
das regras gramaticais. Placenta . . . . . . . . . . . . . . . . . . 450 grs.
Líquido amniótico . . . . . . . . 900 grs.
GRAVIDEZ ( Crenças ) - Certas crenças, aliás muito di
Crescimento do útero . . . . . . 900 grs.
fundidas, explicam que algumas manifestações anor Os seios . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700 grs.
mais, tanto mentais como físicas, que irão se dar
mais tarde na criança, são devidas a um choque, ou 6 . 390 grs.
ao mêdo experimentado pela mãe durante o perfodo
de gestação. Entretanto, ainda não foi provado quo O restante de pêso é água e gordura acumulados.

- 246 - - 247 -
A média de aumento de pêso, durante a gravidez, 6 ) Alteração do tamanho dos seios: aumentarão,
é de 1/2 quilo por mês, durante os três primeiros me­ durante os primeiros mêses, dando uma sensação de
ses, 1 . 700 grs. durante o 4 .0, 5 .0 e 6.0 mêses e 1 . 5 00 grs. inchaço. É comum latejarem, e os mamilos se tor­
nos últimos três mêses. narem mais sensiveis. Esta sensação irá diminuir
após o terceiro mês.
GRAVIDEZ HIPERMATURAS E PREMATURAS - Os ca­
sos de gravidez que se prolongam além do tempo pre­ 7) Ligeiras dores pelo corpo.
visto são comuns. Não se sabe quais as razões para
8 ) A pele sofrerá modificações, pois aparecerão
isto. Há bebês normais, que chegaram a nascer de
pequenas manchas à volta do nariz, pela testa e faces.
336 dias, o que é um verdadeiro recorde. Em geral,
qualquer gravidez, que se prolongue por mais de 14 9 ) Depois da 20.a semana aparecem, muito im­
dias da data prevista para o nascimento, é chamada perceptivelmente, no início, os primeiros movimentos
de hipermaturidade, e o bebê é post-maturo ou hiper· do feto.
maturo.
Qualquer dêstes sintomas pode ser considerado
Da mesma forma, um bebê, que venha muito an­
como prova de gravidez. O diagnóstico positivo é
tes da data prevista, também merece cuidados espe­
feito sàmente pelo exame médico ou uma prova de la­
ciais. Chama-se de prematuro qualquer recém-nas­
boratório, (com a urina da paciente ).
cido que pese menos de dois quilos e meio ao nascer,
independente do período de gravidez da mãe. GRIPE OU "INFLUENZA" - Tanto a gripe como um
GRAVIDEZ ( sintomas) - Vários sintomas anunciam a simples resfriado são enfermidades altamente conta­
gravidez. Entre os mais importantes e mais fáceis giosas e causadas por virus, sendo, geralmente, acom­
de serem observados pela própria gestante encontram­ panhadas pelos mesmos sintomas, como: calafrios
-se: suores, distilação pelo nariz e dores de cabeça, nas
costas, braços e pernas.
1 ) ausência de menstruação: a falta de uma re­
gra mensal, após ter-se dado sua união sexual, traz Antigamente, uma gripe era muitas vêzes acom­
consigo a suspeita de gravidez. Essa falta pode ser panhada de uma pneumonia. Hoje ela é prevenida
devida a diversas causas, como: choque emocional com o uso de antibióticos, e sua gravidade é bem re­
muito forte; fatôres psicológicos; devido a um forte duzida. Caso o paciente apresente febre por mais de
regime alimentício, etc. dois dias, é aconselhável consultar-se o médico, pois
pode ocorrer uma complicação.
Entretanto, além da falta da menstruação, se
processará, devido ao aumento do volume do útero, Até nossos dias não se descobriu uma vacina que
um trabalho incessante da bexiga, que irá descarre­ imunize por longo período contra a gripe. Durante
gar-se com mais freqüência que a habitual. um período epidêmico é aconselhável manter-se cer­
tas normas, como: dieta equilibrada, sono e repouso
2 ) Alterações exteriores no corpo como: olhei­
suficientes, vestir-se adequadamente, etc. Quanto às
ras, rosto inchado, abdômem caído, etc.
crianças, é conveniente mantê-las em casa, separan­
3 ) Alterações psicológicas, como: repentina mu­ do-as das aglomerações e de pessoas, que estão com
dança de temperamento; nervosismos inexplicáveis, a enfermidade.
etc.
A fase infecciosa e contagiosa da gripe segue um
4) Maior secreção das glâdulas salivares e maior curso rápido; mas a criança deve permanecer de ca­
sensibilidade do olfato e do ouvido. ma por vários dias, mesmo depois de ter passado a
5 ) Atividade alterada do funcionamento do es· febre. É importante evitar que a criança se fatigue,
tômago: aparecimento de náuseas e vômitos, especial· a fim de que não se produza o estado de cansaço, tan­
mente pela manhã. to físico como anímico, que é provocado por esta en-
- 2'48 - - 249 -
A média de aumento de pêso, durante a gravidez, 6 ) Alteração do tamanho dos seios: aumentarão,
é de 1/2 quilo por mês, durante os três primeiros me­ durante os primeiros mêses, dando uma sensação de
ses, 1 . 700 grs. durante o 4 .0, 5 .0 e 6.0 mêses e 1 . 5 00 grs. inchaço. É comum latejarem, e os mamilos se tor­
nos últimos três mêses. narem mais sensiveis. Esta sensação irá diminuir
após o terceiro mês.
GRAVIDEZ HIPERMATURAS E PREMATURAS - Os ca­
sos de gravidez que se prolongam além do tempo pre­ 7) Ligeiras dores pelo corpo.
visto são comuns. Não se sabe quais as razões para
8 ) A pele sofrerá modificações, pois aparecerão
isto. Há bebês normais, que chegaram a nascer de
pequenas manchas à volta do nariz, pela testa e faces.
336 dias, o que é um verdadeiro recorde. Em geral,
qualquer gravidez, que se prolongue por mais de 14 9 ) Depois da 20.a semana aparecem, muito im­
dias da data prevista para o nascimento, é chamada perceptivelmente, no início, os primeiros movimentos
de hipermaturidade, e o bebê é post-maturo ou hiper· do feto.
maturo.
Qualquer dêstes sintomas pode ser considerado
Da mesma forma, um bebê, que venha muito an­
como prova de gravidez. O diagnóstico positivo é
tes da data prevista, também merece cuidados espe­
feito sàmente pelo exame médico ou uma prova de la­
ciais. Chama-se de prematuro qualquer recém-nas­
boratório, (com a urina da paciente ).
cido que pese menos de dois quilos e meio ao nascer,
independente do período de gravidez da mãe. GRIPE OU "INFLUENZA" - Tanto a gripe como um
GRAVIDEZ ( sintomas) - Vários sintomas anunciam a simples resfriado são enfermidades altamente conta­
gravidez. Entre os mais importantes e mais fáceis giosas e causadas por virus, sendo, geralmente, acom­
de serem observados pela própria gestante encontram­ panhadas pelos mesmos sintomas, como: calafrios
-se: suores, distilação pelo nariz e dores de cabeça, nas
costas, braços e pernas.
1 ) ausência de menstruação: a falta de uma re­
gra mensal, após ter-se dado sua união sexual, traz Antigamente, uma gripe era muitas vêzes acom­
consigo a suspeita de gravidez. Essa falta pode ser panhada de uma pneumonia. Hoje ela é prevenida
devida a diversas causas, como: choque emocional com o uso de antibióticos, e sua gravidade é bem re­
muito forte; fatôres psicológicos; devido a um forte duzida. Caso o paciente apresente febre por mais de
regime alimentício, etc. dois dias, é aconselhável consultar-se o médico, pois
pode ocorrer uma complicação.
Entretanto, além da falta da menstruação, se
processará, devido ao aumento do volume do útero, Até nossos dias não se descobriu uma vacina que
um trabalho incessante da bexiga, que irá descarre­ imunize por longo período contra a gripe. Durante
gar-se com mais freqüência que a habitual. um período epidêmico é aconselhável manter-se cer­
tas normas, como: dieta equilibrada, sono e repouso
2 ) Alterações exteriores no corpo como: olhei­
suficientes, vestir-se adequadamente, etc. Quanto às
ras, rosto inchado, abdômem caído, etc.
crianças, é conveniente mantê-las em casa, separan­
3 ) Alterações psicológicas, como: repentina mu­ do-as das aglomerações e de pessoas, que estão com
dança de temperamento; nervosismos inexplicáveis, a enfermidade.
etc.
A fase infecciosa e contagiosa da gripe segue um
4) Maior secreção das glâdulas salivares e maior curso rápido; mas a criança deve permanecer de ca­
sensibilidade do olfato e do ouvido. ma por vários dias, mesmo depois de ter passado a
5 ) Atividade alterada do funcionamento do es· febre. É importante evitar que a criança se fatigue,
tômago: aparecimento de náuseas e vômitos, especial· a fim de que não se produza o estado de cansaço, tan­
mente pela manhã. to físico como anímico, que é provocado por esta en-
- 2'48 - - 249 -
fermidade. Vide Gripe em Puericultura - 1 1 ." cap., dirigida. Os seus contornos são pouco definidos.
§ 11. ·�les surgem na vida social e se caracterizam por gi­
rar em tôrno de algumas pessoas ( à base de simpa­
GRUPOS MINORITÁRIOS - É comum existirem, em tia, por exemplo ) .
quase todos os países, pequenos grupos minoritários,
de diferentes crenças raciais, ·nacionais ou religiosas, Nos grupos formados em tôrno da propaganda
cujos membros estão, de certa forma, sujeitos a des­ dirigida, temos os constituídos pela opinião públiC'ct,
vantagens econômicas e sociais. grupos apaixonados às vêzes, mas que fàcilmente se
desfazem.
Há países em que a segregação racial toma um
carácter político, e acarreta um série de problemas, Nos grupos consistentes, pode-se observar uma sé­
tanto sociais como emocionais. rie de condições, que revelam sua maior ou menor
coerência, nas polêmicas e discussões ardentes que
A criança deve estar a par de que existe tal fato, e se travam, sem romper sua �strutura, como se vê
que certas pessoas, devido à côr da pele ou credo reli� numa família, ou entre amigos.
gioso, não são tratadas da mesma forma, que as ou­
tras. Mas, ao mesmo tempo em que a criança toma São, inegàvelmente, as relações complementares
conhecimento de tal, é preciso ensinar-lhe que não positivas que fundamentam tais grupos, o que é im­
deve tratar uma pessoa de forma diferente, devido a portante.
preconceitos de côr ou de religião. GRUPOS PARA JOGOS - As crianças, especialmente as
GRUPOS SOCIAIS - Grupo social diz-se da conjunção do grupo escolar, não costumam ter companheiros
de indivíduos humanos ligados, de qualquer modo, para brincar nas horas do dia, que ficam livres da
por um têrmo comum, como a relação de mãe-filho, vida escolar.
cujo têrmo comum é a maternidade, a da família, É preciso dar-se às crianças, nas horas livres, um
cujo têrmo comum é o bem da totalidade; a dos pro­ local para que brinquem. Se vão para fora de casa,
letários, cujo têrmo comum é o salário; uma fila de é conveniente preparar um quarto na mesma, ou um
ônibus, cujo têrmo comum é o uso do mesmo, etc. pátio, no qual dispunham dos brinquedos mais neces­
etc,
sários. Muitas vêzes se formam grupos de crianças
O têrmo comum é um têrmo médio, e indica a da mesma idade, e passam, assim, as horas que fi­
participação de vários indivíduos a um interêsse (vi� cam livres dos deveres escolares.
de) ou a um fim comum.
GRUPOS SANGuíNEOS - Todos os indivíduos huma­
Os grupos sociais são mais ou menos coerentes, nos, independentemente de raça, pertencem a um dos
segundo a intensidade de valor do têrmo comum: fi· quatro grupos sangüíneos, com os quais cada um dê­
nalidade, coacção . les pode. ser misturado para a transfusão e que são:

Quanto à coerência, podem os grupos sociais ser


Grupo Pode receber Dar
classificados em:

a) grupos consistentes; A A ou O A ou AB
B B ou O B ou AB
b) grupos não consistentes ou efêmeros.
AB A, B, AB ou O AB sômente
o
·�stes grupos efêmeros são verdadeiras nebulo· somente O todos
sas sociais, desprezados muitas vêzes pelos sociólo­
gos.
A transfusão de plasmas sangüíneos é tão efetiva
Há os que se formam à base de simpatizantes; como a transfusão de sangue completa. O plasma é
outros têm o seu núcleo em tômo da propaganda a porção líquida, que fica no sangue, quando os cor�

- 250 - - 251 -
fermidade. Vide Gripe em Puericultura - 1 1 ." cap., dirigida. Os seus contornos são pouco definidos.
§ 11. ·�les surgem na vida social e se caracterizam por gi­
rar em tôrno de algumas pessoas ( à base de simpa­
GRUPOS MINORITÁRIOS - É comum existirem, em tia, por exemplo ) .
quase todos os países, pequenos grupos minoritários,
de diferentes crenças raciais, ·nacionais ou religiosas, Nos grupos formados em tôrno da propaganda
cujos membros estão, de certa forma, sujeitos a des­ dirigida, temos os constituídos pela opinião públiC'ct,
vantagens econômicas e sociais. grupos apaixonados às vêzes, mas que fàcilmente se
desfazem.
Há países em que a segregação racial toma um
carácter político, e acarreta um série de problemas, Nos grupos consistentes, pode-se observar uma sé­
tanto sociais como emocionais. rie de condições, que revelam sua maior ou menor
coerência, nas polêmicas e discussões ardentes que
A criança deve estar a par de que existe tal fato, e se travam, sem romper sua �strutura, como se vê
que certas pessoas, devido à côr da pele ou credo reli� numa família, ou entre amigos.
gioso, não são tratadas da mesma forma, que as ou­
tras. Mas, ao mesmo tempo em que a criança toma São, inegàvelmente, as relações complementares
conhecimento de tal, é preciso ensinar-lhe que não positivas que fundamentam tais grupos, o que é im­
deve tratar uma pessoa de forma diferente, devido a portante.
preconceitos de côr ou de religião. GRUPOS PARA JOGOS - As crianças, especialmente as
GRUPOS SOCIAIS - Grupo social diz-se da conjunção do grupo escolar, não costumam ter companheiros
de indivíduos humanos ligados, de qualquer modo, para brincar nas horas do dia, que ficam livres da
por um têrmo comum, como a relação de mãe-filho, vida escolar.
cujo têrmo comum é a maternidade, a da família, É preciso dar-se às crianças, nas horas livres, um
cujo têrmo comum é o bem da totalidade; a dos pro­ local para que brinquem. Se vão para fora de casa,
letários, cujo têrmo comum é o salário; uma fila de é conveniente preparar um quarto na mesma, ou um
ônibus, cujo têrmo comum é o uso do mesmo, etc. pátio, no qual dispunham dos brinquedos mais neces­
etc,
sários. Muitas vêzes se formam grupos de crianças
O têrmo comum é um têrmo médio, e indica a da mesma idade, e passam, assim, as horas que fi­
participação de vários indivíduos a um interêsse (vi� cam livres dos deveres escolares.
de) ou a um fim comum.
GRUPOS SANGuíNEOS - Todos os indivíduos huma­
Os grupos sociais são mais ou menos coerentes, nos, independentemente de raça, pertencem a um dos
segundo a intensidade de valor do têrmo comum: fi· quatro grupos sangüíneos, com os quais cada um dê­
nalidade, coacção . les pode. ser misturado para a transfusão e que são:

Quanto à coerência, podem os grupos sociais ser


Grupo Pode receber Dar
classificados em:

a) grupos consistentes; A A ou O A ou AB
B B ou O B ou AB
b) grupos não consistentes ou efêmeros.
AB A, B, AB ou O AB sômente
o
·�stes grupos efêmeros são verdadeiras nebulo· somente O todos
sas sociais, desprezados muitas vêzes pelos sociólo­
gos.
A transfusão de plasmas sangüíneos é tão efetiva
Há os que se formam à base de simpatizantes; como a transfusão de sangue completa. O plasma é
outros têm o seu núcleo em tômo da propaganda a porção líquida, que fica no sangue, quando os cor�

- 250 - - 251 -
púsculos são removidos. Pode usar-se independente­
mente do tipo de sangue.

GUIAR OS PAIS - Em nosso país ainda não se formou


um serviço de consulta para guiar e aconselhar os
os pais em distintas vicissitudes do crescimento dos
filhos. Em determinados países, há serviços de in­
formação municipal, escolas, centros religiosos, e
pessoas treinadas, chamadas de "conselheiros", que
estão aptas a informar e aconselhar em situações crí­
ticas.

._ 252 -
púsculos são removidos. Pode usar-se independente­
mente do tipo de sangue.

GUIAR OS PAIS - Em nosso país ainda não se formou


um serviço de consulta para guiar e aconselhar os
os pais em distintas vicissitudes do crescimento dos
filhos. Em determinados países, há serviços de in­
formação municipal, escolas, centros religiosos, e
pessoas treinadas, chamadas de "conselheiros", que
estão aptas a informar e aconselhar em situações crí­
ticas.

._ 252 -

Você também pode gostar