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Dicionário
de
P�dagogia e Puericultura
·.
Dicionário
de
P�dagogia e Puericultura
I
I
\. SANTO::;
j
kÃRIO FERREiRA OOS
= 11',:-:
Dicionário
de
Peda gogia e Puericultura
PUERICULTURA
de autoria de
TOS
YOLANDA BURGUETE SAN
I Volume
\ A -
G I
�\11-
EDITõRA MATESE
ista) SAO PAULO - BRASIL
Av. Irerê, 832 (Planalto Paul
-
I
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kÃRIO FERREiRA OOS
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Dicionário
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Peda gogia e Puericultura
PUERICULTURA
de autoria de
TOS
YOLANDA BURGUETE SAN
I Volume
\ A -
G I
�\11-
EDITõRA MATESE
ista) SAO PAULO - BRASIL
Av. Irerê, 832 (Planalto Paul
-
l.a edição -- Janeiro de 1965
mais qualitativo da '1da, par ido siderar apenas a prática. Que haja aquêles que se preocupam ape
· . a set_ substJtUldo por um mats qua ·
tJtatJvo, um sentimento nob . - n- nas com um ou outro setor, nada se tem a alegar em oposição, por
re ccder a uma. Vlsao merame
tária, uma segurança de _ nte utili- que é mister os gue observam apenas, que apenas anotam, que
crença : un:.: msep,ur nça
alargamento das angústias � universal, o apenas acumulam dados. Mas permanecer somente numa ciência
am aça o fesespero, e
protocolária, que apenas ficha acontecimentos, seria fazer obra de
ç�o da cultura mais profu�l
a ;
�e ced �ugar a uma diss�mma
llf!la r�du
acumulação, de agregação de fatos. :esse mister é nobre, sem dú
çao mais rápida do conheci
Pode-se sentir que se mul
1
m'en o' con ud o se� pro
fundtdade. vida, mas se apenas permanecermos nêle, longe estaremos de rea
ti 1'I
sidades, mas o nível méd fu k as _escolas, pr_ o !tferam as
el Ites decai assustadoram
univer lizar o entrosamento de tais fatos, e dêles descobrir os nexos que
Desviados os estudiosos . ente. os ligam, fonte das leis, sem as quais não é possível a construção
de ho)e do que de grande
campo da cultura' a hum realizou, no de um saber superior. Também seria um êrro se permanecêsse
an·d 1 ade em seu pas
sado e�poJ gados por
um f also espírito de nov . .
• mos apenas especulando sôbre as idéias, desprezando a riqueza
idade de modI�In . os mconsistentcs, o nó-
vo, o inesperado o inau que nos oferecem os fatos.
dito �� ' d� surg�r, co;o surge,
de muitos desavi�ados com aos olhos
o a tma p a av�a o saber, um degrau O verdadeiro cientista, pelo menos o maior, aquêle que es
mais alto do conheci�ento
, e que o conhecimento tá num degrau mais alto do conhecimento, não pode permanecer
senvolve num' humano se de
a espua. I ascendente, precon no campo apenas do protocolário, da anotação dos fatos apenas
mente falso de que o pro ceit o ing ênu o e supina-
gresso huma;o soF.e fCito • · ·
fichados. .e mister que também saiba reunir, conjugar, conexio
�ue ao lado dessas não de vitórias, e
conheça de ro as. nar, realizar ilações superiores, que construam as normas gerais
mgenuidade e da pou � ssc engano, fruto da
. ca adv
. ert•
encJa, e sobretudo da iono de u m saber culto, de um saber epistêmico.
.
do que de ma1or f01 real ,., rànc ia
izado pelos homens, leva
garem que o que e, apr muitos a jul- No entanto, se se souber navegar por essas águas, em que há
esentado como novidad
mais elevado do que o e cultural seja o multifário de um lado e o homogêneo do outro, o conhecimen
proposto pelos anti,., oos' sem, o entanto, to humano, só então pode alcançar níveis mais altos e realizar,
saberem que muitas vê:t:
es se i�cide em ve�os erro -� verdadeiramente, um progresso.
com séculos e até milênio s, Ja refutados
s de a ?J�edenC . ia, mas
em "colombos retardados c que encontram Aquêles gue julgam que nada temos a buscar no passado
" m . os prof tas", um
surgir, velhos fantasma s clo �� : _ . novo res revelam a sua ignorância do passado. Também erram aquêles que
p assa ' gue sao esgnmid
a
brilh ntes realizações da os como julgam que no passado está tudo, e que o presente é apenas êrro,
me t 1 u ana, quando,
c
passam de meros d sfa ,leci m to . � e f:Utos:� � na ::_er �adc, não
da nesciencia, mur_ to
que é a semente de um futuro que devemos temer. Na verdade,
embora revestidos de um a cultura é algo que se fundamenta no passado, para, por meio do
a aut opromoçao pre tensr
·osa c1 c mentes
· ·
tmj)rovisadas e aul-v-S
" Uf!Cientes.
. presente, construir o futuro. Uma visão bifrontal, capaz de saber
· ·
- 11 -
<1? homem sobre as fórç.ls brutas - per
d:l natureza, nao
nao o que é ascendente ' , e nao - veem cebem se- cidade dos conceitos, colllu êrro é desprezar a cidcticidade para con
q�e �e deteriora um sent
•
mais qualitativo da '1da, par ido siderar apenas a prática. Que haja aquêles que se preocupam ape
· . a set_ substJtUldo por um mats qua ·
tJtatJvo, um sentimento nob . - n- nas com um ou outro setor, nada se tem a alegar em oposição, por
re ccder a uma. Vlsao merame
tária, uma segurança de _ nte utili- que é mister os gue observam apenas, que apenas anotam, que
crença : un:.: msep,ur nça
alargamento das angústias � universal, o apenas acumulam dados. Mas permanecer somente numa ciência
am aça o fesespero, e
protocolária, que apenas ficha acontecimentos, seria fazer obra de
ç�o da cultura mais profu�l
a ;
�e ced �ugar a uma diss�mma
llf!la r�du
acumulação, de agregação de fatos. :esse mister é nobre, sem dú
çao mais rápida do conheci
Pode-se sentir que se mul
1
m'en o' con ud o se� pro
fundtdade. vida, mas se apenas permanecermos nêle, longe estaremos de rea
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sidades, mas o nível méd fu k as _escolas, pr_ o !tferam as
el Ites decai assustadoram
univer lizar o entrosamento de tais fatos, e dêles descobrir os nexos que
Desviados os estudiosos . ente. os ligam, fonte das leis, sem as quais não é possível a construção
de ho)e do que de grande
campo da cultura' a hum realizou, no de um saber superior. Também seria um êrro se permanecêsse
an·d 1 ade em seu pas
sado e�poJ gados por
um f also espírito de nov . .
• mos apenas especulando sôbre as idéias, desprezando a riqueza
idade de modI�In . os mconsistentcs, o nó-
vo, o inesperado o inau que nos oferecem os fatos.
dito �� ' d� surg�r, co;o surge,
de muitos desavi�ados com aos olhos
o a tma p a av�a o saber, um degrau O verdadeiro cientista, pelo menos o maior, aquêle que es
mais alto do conheci�ento
, e que o conhecimento tá num degrau mais alto do conhecimento, não pode permanecer
senvolve num' humano se de
a espua. I ascendente, precon no campo apenas do protocolário, da anotação dos fatos apenas
mente falso de que o pro ceit o ing ênu o e supina-
gresso huma;o soF.e fCito • · ·
fichados. .e mister que também saiba reunir, conjugar, conexio
�ue ao lado dessas não de vitórias, e
conheça de ro as. nar, realizar ilações superiores, que construam as normas gerais
mgenuidade e da pou � ssc engano, fruto da
. ca adv
. ert•
encJa, e sobretudo da iono de u m saber culto, de um saber epistêmico.
.
do que de ma1or f01 real ,., rànc ia
izado pelos homens, leva
garem que o que e, apr muitos a jul- No entanto, se se souber navegar por essas águas, em que há
esentado como novidad
mais elevado do que o e cultural seja o multifário de um lado e o homogêneo do outro, o conhecimen
proposto pelos anti,., oos' sem, o entanto, to humano, só então pode alcançar níveis mais altos e realizar,
saberem que muitas vê:t:
es se i�cide em ve�os erro -� verdadeiramente, um progresso.
com séculos e até milênio s, Ja refutados
s de a ?J�edenC . ia, mas
em "colombos retardados c que encontram Aquêles gue julgam que nada temos a buscar no passado
" m . os prof tas", um
surgir, velhos fantasma s clo �� : _ . novo res revelam a sua ignorância do passado. Também erram aquêles que
p assa ' gue sao esgnmid
a
brilh ntes realizações da os como julgam que no passado está tudo, e que o presente é apenas êrro,
me t 1 u ana, quando,
c
passam de meros d sfa ,leci m to . � e f:Utos:� � na ::_er �adc, não
da nesciencia, mur_ to
que é a semente de um futuro que devemos temer. Na verdade,
embora revestidos de um a cultura é algo que se fundamenta no passado, para, por meio do
a aut opromoçao pre tensr
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· ·
tmj)rovisadas e aul-v-S
" Uf!Cientes.
. presente, construir o futuro. Uma visão bifrontal, capaz de saber
· ·
- 11 -
ldnas inco
nsistentes,
tio mult ifá que se apr
tio e i mp esentam
reciso, em atmvés de
O que hOJe
dos de me
n�
nte mais que psicólo u m VOcab
tO havia
, os fazer de
. oferecemos ao
lna<ivas, fotte, <on J!Os meno utá. obras estrangeiras
� ue
t<ibuem co tes, desa
q
mais Para ssis podenam
a(quns in «iar confus m suas Ptecip ti i
blico brns l:::?; os c ett=, e o ·,
� J:u:
ão que e itadas af it
� �;
adve.tidos evitando o de tecnidsmo, empre-
sido mais a práticas p scl arecimento, melhor e d
p rejudiciais sic ológic as
e pedaJ!ógic influindo gando um v ulá rio mais ac . ve ;"'���
Poodo que esta ob
sa . ser compulsada com bencfd r mestres e, sobre d
pert urbar as do que as, que tê ��<
m entes jo benéficas, ios
lhor que t
odos deseja
vens e de
spreparada
cont<ibuin
do para
m
lC
pa<s, pois a pedagog <·a não po e separar abissa lmente; l�t da ";:
quanta del
inqüência
mos .
no m undo
Qua nta inf
s
âmia, quan
Para um futu
ro me '
l nem estas do mund o em que ive a �r<ança tambem.
·
Ade-
Precipitadas
n ormas m odem o ta desesp
e ração, � a. teria de di g. e a wna metav super�" a inco,poo , çiW da
Quanta de de wna
peda/!OJ!ia
não têm
suas r aizes <naJS, t< <N
sl!taça se te
ta ano s de m setnea fal ha e mal nas ,,;onra aomundoda humom'dade po q , ue naopo demor mair vol·
Temos d� segui. t o rumo d o qu é humano,
tanto PlOJ! do neste
mu ndo
o rientada<
ve. à ommaüdade
• e
P<" wna tes so na Psi , n estes últ
e , neste, do qu� ih
leitura Prec cologia. imos trin- -
ipitad a, e Quantos . e é supencr. P?t tôdas essas ra�ocs, s. omos
hu·
por um a pais, levad
publici dade CO nfi ando em os forçados a um rap<do, . pt e ciso d<SCUrs s ô bre S<colog<a
mana, que e. uma ju st <f.<eat<.v a d a orientaçao que ptesidiu a for·
va lidez em «iminosa psicóloJ!os, mas ': a P
suas Pteci po, exage protegidos
. I
conselh pitadas CO rad a, e po,
- desta obra, e para a qual c hamamos a e spe«a atenção dos
os, norm ndusões, não h ave
buiram as, e até ministraram , rnaçao
Para destr tomaram a seus filb
u;, mentes p toy idê os pais e mestres.
a n/!Ostiado ncias, que
s, do que e person mais cont,;
alidades, .
•tonidade, auxiliar os c<iando inf
lo crime
que os tom
asse exem
filhos para
u ma inclusãono
eliz es e -o E
EDUCAÇA INSTRUÇÃO E comum conf�d'<r·se
semeado plares diJ! hu.
��7
_
pe daJlOg<cas (do
·
s uút uras on, elhos v
, ma s ina álidos para
s , cnança. I(0!!. ia, conduçao,
p roveitáve is .
Orientad os ao nosso.
ou
a
"' rego pai do - arte d e conduzir crianças).
colha, de po, essas
seleção, tin dua s finalid . ..
fôsse féttil ha de ser ades, nosso
c uid ados trabal ho de A pdmma e a que chamaremos de .. rousseaumana (do no·
• I
. llavia es
o, pau me do filósofo e escnto suíço Jean Jac�u R o usseau ) Parte
ciphadas c
onclusões
de tct o m
costu mei
áxi mo cuidado que
pau evitar
nossa obn
êle do postulad� d :
odo set hum.ano e m de que todos os
;::, ·
be':,�: t:
ras. as pre . � é •
Terfamos, má, e o �o·
tias, bem
em P<im seus impulsos sao olentes, a soc �ed q e
.
mem torna- se m au porque a t anto e
eiro luJ!ar, ';.â l
esc olJ<idas
e também
de nos ce
n:armos r o pe as cond<çoes
em est u de obras
dos de b de contribu sê sociais.
nimos os rnsiJeiros, iç ões nossas, fun
verdadeiram
a esta, porque
dados mai e nte dad as
_
s importa be m orienta A Jel(unda e, uma posição oposta parte do
e que os tmpulsos mate
nte s, coliJ! dos. Re u
imos o que
de mais se postulado _de o ser .humano é mau,
12 - �ud
-
- volcntes sao o o minantes.
13 -
ldnas inco
nsistentes,
tio mult ifá que se apr
tio e i mp esentam
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O que hOJe
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mais Para ssis podenam
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Poodo que esta ob
sa . ser compulsada com bencfd r mestres e, sobre d
pert urbar as do que as, que tê ��<
m entes jo benéficas, ios
lhor que t
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vens e de
spreparada
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pa<s, pois a pedagog <·a não po e separar abissa lmente; l�t da ";:
quanta del
inqüência
mos .
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Qua nta inf
s
âmia, quan
Para um futu
ro me '
l nem estas do mund o em que ive a �r<ança tambem.
·
Ade-
Precipitadas
n ormas m odem o ta desesp
e ração, � a. teria de di g. e a wna metav super�" a inco,poo , çiW da
Quanta de de wna
peda/!OJ!ia
não têm
suas r aizes <naJS, t< <N
sl!taça se te
ta ano s de m setnea fal ha e mal nas ,,;onra aomundoda humom'dade po q , ue naopo demor mair vol·
Temos d� segui. t o rumo d o qu é humano,
tanto PlOJ! do neste
mu ndo
o rientada<
ve. à ommaüdade
• e
P<" wna tes so na Psi , n estes últ
e , neste, do qu� ih
leitura Prec cologia. imos trin- -
ipitad a, e Quantos . e é supencr. P?t tôdas essas ra�ocs, s. omos
hu·
por um a pais, levad
publici dade CO nfi ando em os forçados a um rap<do, . pt e ciso d<SCUrs s ô bre S<colog<a
mana, que e. uma ju st <f.<eat<.v a d a orientaçao que ptesidiu a for·
va lidez em «iminosa psicóloJ!os, mas ': a P
suas Pteci po, exage protegidos
. I
conselh pitadas CO rad a, e po,
- desta obra, e para a qual c hamamos a e spe«a atenção dos
os, norm ndusões, não h ave
buiram as, e até ministraram , rnaçao
Para destr tomaram a seus filb
u;, mentes p toy idê os pais e mestres.
a n/!Ostiado ncias, que
s, do que e person mais cont,;
alidades, .
•tonidade, auxiliar os c<iando inf
lo crime
que os tom
asse exem
filhos para
u ma inclusãono
eliz es e -o E
EDUCAÇA INSTRUÇÃO E comum conf�d'<r·se
semeado plares diJ! hu.
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_
pe daJlOg<cas (do
·
s uút uras on, elhos v
, ma s ina álidos para
s , cnança. I(0!!. ia, conduçao,
p roveitáve is .
Orientad os ao nosso.
ou
a
"' rego pai do - arte d e conduzir crianças).
colha, de po, essas
seleção, tin dua s finalid . ..
fôsse féttil ha de ser ades, nosso
c uid ados trabal ho de A pdmma e a que chamaremos de .. rousseaumana (do no·
• I
. llavia es
o, pau me do filósofo e escnto suíço Jean Jac�u R o usseau ) Parte
ciphadas c
onclusões
de tct o m
costu mei
áxi mo cuidado que
pau evitar
nossa obn
êle do postulad� d :
odo set hum.ano e m de que todos os
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be':,�: t:
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Terfamos, má, e o �o·
tias, bem
em P<im seus impulsos sao olentes, a soc �ed q e
.
mem torna- se m au porque a t anto e
eiro luJ!ar, ';.â l
esc olJ<idas
e também
de nos ce
n:armos r o pe as cond<çoes
em est u de obras
dos de b de contribu sê sociais.
nimos os rnsiJeiros, iç ões nossas, fun
verdadeiram
a esta, porque
dados mai e nte dad as
_
s importa be m orienta A Jel(unda e, uma posição oposta parte do
e que os tmpulsos mate
nte s, coliJ! dos. Re u
imos o que
de mais se postulado _de o ser .humano é mau,
12 - �ud
-
- volcntes sao o o minantes.
13 -
Pmsulmo:> csqucm.ts f is io lógicos , que se dão independentes
E a terceira é uma pos1çao sincrética, o ser humano é bom
dt: noss.t consciência, como o ertptema da respiração.
e é mau. Ao nascer, traz em si tôdas as possibilidades dispostas,
todos os impulsos, tanto benévolos como malévolos, e dependerá A orJ?,mliza(áo é o wnjunto c.lo corpo humano com seus es
da educação que receber o dar expansão a uns ou a outros. quemas, que se coordenam.
I
Aceitamos a última, e afirmamos, portanto, que a posição que
um indivíduo toma na sociedade humana, está condicionada pela esquema� bcrcd itários
educação de seu carácter.
Or�anização esquemas psíquicos
E quem é responsável pela formação de wn carácter? esquemas neuro-musculares
{ {
ser sustentada por uma enfermeira num exame médico. Passam
·se os anos, e a criança esquece aquêle acidente desagradável, mas
assimilação não suporta pessoas vestidas de branco e ao ver alguém, todo de
AdaPtaf ão _ equilíbrio maior ou menor
acomodaçao branco, repele-o, sem saber porque.
- 14 - 15 -
Pmsulmo:> csqucm.ts f is io lógicos , que se dão independentes
E a terceira é uma pos1çao sincrética, o ser humano é bom
dt: noss.t consciência, como o ertptema da respiração.
e é mau. Ao nascer, traz em si tôdas as possibilidades dispostas,
todos os impulsos, tanto benévolos como malévolos, e dependerá A orJ?,mliza(áo é o wnjunto c.lo corpo humano com seus es
da educação que receber o dar expansão a uns ou a outros. quemas, que se coordenam.
I
Aceitamos a última, e afirmamos, portanto, que a posição que
um indivíduo toma na sociedade humana, está condicionada pela esquema� bcrcd itários
educação de seu carácter.
Or�anização esquemas psíquicos
E quem é responsável pela formação de wn carácter? esquemas neuro-musculares
{ {
ser sustentada por uma enfermeira num exame médico. Passam
·se os anos, e a criança esquece aquêle acidente desagradável, mas
assimilação não suporta pessoas vestidas de branco e ao ver alguém, todo de
AdaPtaf ão _ equilíbrio maior ou menor
acomodaçao branco, repele-o, sem saber porque.
- 14 - 15 -
A educação, podemos dizer, consiste em criar bons esque Para formar êsse esquema, que é o mais rudimentar de to
mas e também evitar os maus, mas como os esquemas podem dos, a criança exige um certo tempo.
combinar-se p.tra formar novos, podemos transformar os maus
No início, dá-se a sucção em sêco, os gestos são ainda de
em benéficos, e é o que se chama propriamente de srtb limação .
sordenados. Ao tocar-se com a mão em seus lábios, pode-se pro
Quando uma criança manifesta certo prazer. em t;ne�er nas vocar o reflexo de sucção, e a criança sugar os dedos, mas não
fezes, levamo-la à modelação, dando-lhe o mate�tal propno para sabe mantê-los nos lábios.
que ela possa desviar seu interêsse para algo subltmado.
A coordenação dos movimentos só é adquirida a pouco e pou
Essa providência consiste em sublim�r uma atividade consi co. Há unta procura, um tateamento, succiona, muitas vêzes, o
derada prejudiCial, e assim como est� muttas. outras, que poss� dorso da mão, até que, através do exercício de acomodação, ela
�
surgir, podem ser sublimadas, nao so na crtança, como também consegue equilibrar a função e, então, dá-se a consolidação do es
no adulto. quema por seu funcionamento.
11 através dessa função que nosso organismo, êsse todo com A risão também exige algum tempo para seu desenvolvi
posto de órgãos, adapta-se ao mundo exterior. nwuto. A t ri.tnç:t revela satisfação ante a luz não muito intensa.
� �
A criança adqmre, aos poucos, o equil b!io fisiol?g co, as
� A Jut. t· un1 udt.tntc, pod<.. se dizer um alimento funcional.
funções vegetativas, como a respiração, a nutnçao e a ehmmaçao. I} • ,1 ·•�sunil,t\ÍII, t h.'• tllll t.tlc.uncnto para encontrá-Ia.
�,; Ela
�
A inteligência desenvolve-se at�a.vés de um On.f!o processo,
jHII(IIIII I lu:r
.
e êsse desenvolvimento esta no exerClCIO, na compltcaçao (Usamos <h lllo\llltlllllos v:io wotdtll.llldo·se. Ao d1egar aos quatro
a palavra complicação no sentido filosófico de estar implicado, es liH�� '• t l.t J·' pode.. f ix.u o ulh.tr, vai distinguindo aos poucos
tar dentro, dos esquemas semório-motrizes). quUtl se ,tproxuna.
.
O reflexo de sucção é hereditário, mas a criança, muitas vê Os reflexos fundamentais são hereditários, mas as coorde
·
zes, não se adapta logo. l! necessá!i � o exe��ício.. Depoi�, a ll.l�·õcs pertencem à experiência.
acomodação aumenta e ao tocar nos labtos, ela Ja succtona, seJa o
que fôr que nêles se colocar.
Os eJqttemas a11ditivos também necessitam exercícios. No
início, a criança reage a wn cuido forte. Aos poucos vai dife
Mas, para que o "esquema" se complete, são necessários a renciando um som, uma campainha, uma voz, etc., as coordena
de�Jutição e o ap lacamento da fome. �ocs auditivas também se processam a pouco e pouco.
Então temos: sucção. . . def!.lutição. . . aplacamento da f�
. A coordenação da vtsão com o ouvido se forma quando já
me e fixa-se o esquema; daí em diante, quando a cnança sentu
rtconhece uma voz, um som. Quando coordena a visão com o
fome e se der qualquer objeto, ela repele. Pode aceitá-lo no
movimento das mãos forma novos esquemas.
inicio, porque ainda não sabe diferenciar. Entretanto, ao sen
tir que não se realiia a deglutição, nem o aplacamento da orne, � Consideremos a diferença entre reflexo e ,-eação. O refle
ela repele o objeto e continua reclamando, até receber o se�o ou xo pode-se dizer que é automático, mas a reação não o é. f a
a mamadeira, que lhe irão aplacar a fome, e só a completaçao do ll'.t�·jo um movimento de resposta a um estímulo, a uma ação
esquema é o que a satisfaz. t•xlcrior, composta de reflexos combinados.
16 - - 17 -
A educação, podemos dizer, consiste em criar bons esque Para formar êsse esquema, que é o mais rudimentar de to
mas e também evitar os maus, mas como os esquemas podem dos, a criança exige um certo tempo.
combinar-se p.tra formar novos, podemos transformar os maus
No início, dá-se a sucção em sêco, os gestos são ainda de
em benéficos, e é o que se chama propriamente de srtb limação .
sordenados. Ao tocar-se com a mão em seus lábios, pode-se pro
Quando uma criança manifesta certo prazer. em t;ne�er nas vocar o reflexo de sucção, e a criança sugar os dedos, mas não
fezes, levamo-la à modelação, dando-lhe o mate�tal propno para sabe mantê-los nos lábios.
que ela possa desviar seu interêsse para algo subltmado.
A coordenação dos movimentos só é adquirida a pouco e pou
Essa providência consiste em sublim�r uma atividade consi co. Há unta procura, um tateamento, succiona, muitas vêzes, o
derada prejudiCial, e assim como est� muttas. outras, que poss� dorso da mão, até que, através do exercício de acomodação, ela
�
surgir, podem ser sublimadas, nao so na crtança, como também consegue equilibrar a função e, então, dá-se a consolidação do es
no adulto. quema por seu funcionamento.
11 através dessa função que nosso organismo, êsse todo com A risão também exige algum tempo para seu desenvolvi
posto de órgãos, adapta-se ao mundo exterior. nwuto. A t ri.tnç:t revela satisfação ante a luz não muito intensa.
� �
A criança adqmre, aos poucos, o equil b!io fisiol?g co, as
� A Jut. t· un1 udt.tntc, pod<.. se dizer um alimento funcional.
funções vegetativas, como a respiração, a nutnçao e a ehmmaçao. I} • ,1 ·•�sunil,t\ÍII, t h.'• tllll t.tlc.uncnto para encontrá-Ia.
�,; Ela
�
A inteligência desenvolve-se at�a.vés de um On.f!o processo,
jHII(IIIII I lu:r
.
e êsse desenvolvimento esta no exerClCIO, na compltcaçao (Usamos <h lllo\llltlllllos v:io wotdtll.llldo·se. Ao d1egar aos quatro
a palavra complicação no sentido filosófico de estar implicado, es liH�� '• t l.t J·' pode.. f ix.u o ulh.tr, vai distinguindo aos poucos
tar dentro, dos esquemas semório-motrizes). quUtl se ,tproxuna.
.
O reflexo de sucção é hereditário, mas a criança, muitas vê Os reflexos fundamentais são hereditários, mas as coorde
·
zes, não se adapta logo. l! necessá!i � o exe��ício.. Depoi�, a ll.l�·õcs pertencem à experiência.
acomodação aumenta e ao tocar nos labtos, ela Ja succtona, seJa o
que fôr que nêles se colocar.
Os eJqttemas a11ditivos também necessitam exercícios. No
início, a criança reage a wn cuido forte. Aos poucos vai dife
Mas, para que o "esquema" se complete, são necessários a renciando um som, uma campainha, uma voz, etc., as coordena
de�Jutição e o ap lacamento da fome. �ocs auditivas também se processam a pouco e pouco.
Então temos: sucção. . . def!.lutição. . . aplacamento da f�
. A coordenação da vtsão com o ouvido se forma quando já
me e fixa-se o esquema; daí em diante, quando a cnança sentu
rtconhece uma voz, um som. Quando coordena a visão com o
fome e se der qualquer objeto, ela repele. Pode aceitá-lo no
movimento das mãos forma novos esquemas.
inicio, porque ainda não sabe diferenciar. Entretanto, ao sen
tir que não se realiia a deglutição, nem o aplacamento da orne, � Consideremos a diferença entre reflexo e ,-eação. O refle
ela repele o objeto e continua reclamando, até receber o se�o ou xo pode-se dizer que é automático, mas a reação não o é. f a
a mamadeira, que lhe irão aplacar a fome, e só a completaçao do ll'.t�·jo um movimento de resposta a um estímulo, a uma ação
esquema é o que a satisfaz. t•xlcrior, composta de reflexos combinados.
16 - - 17 -
A bôca, os olhos, os ouvidos, as mãos, são instrumentos es �envolvimento da preensão, surge, então, a ação intencional, e
senciais para a construção da inteligência. forma-se a inteligência secundária, que é caracterizada pela fun
ção de saber afastar obstáculos para alcançar um fim.
O esqttema tátil desenvolve-se:
Quando a criança afasta um impecilho para agarrar um ob
a) primeiros movimentos impulsivos de puro reflexo. fecha
jeto que deseja, sem o auxílio de ninguém, ela está em plena fase
mento da mão;· segura, solta, manifesta interêsse.
da reação secundária. E aqui se forma o esquema da confiança
b) primeiras reaçêJcs circulares relativas aos movimentos <:m si mesma. Ao estimulá-la a afastar, por si mesma, o obstá
das mãos, coordena os movimentos dos olhos com os das mãos, culo, facilita-se a fixação de um esquema benéfico, que vai lhe
o que irá prepar�ndo para o futuro a possibilidade da criança to dar, mais tarde, a fôrça que necessita para vencer os obstáculos
mar os objetos no espaçc. i\. mão leva os objetos à bôca. Mas que acaso possam antepor-se às suas realizações, o que lhe vai
antes havia movimentos no espaço, vazios, como'' os de sucção em dar a capacidade de possuir plena confiança nas suas possibili
sêco. Neste estágio, o polegar se opõe, a pouco e pouco, aos dades.
outros dedos.
Na reação secundária, já há o esfôrço que vai preparando o
c) Coordenação entre a preensão e a sucção; leva os ob desenvolvimento da terciária, que é caracterizada pela busca de
jetos à bôca. algo novo, que a criança atinge quando começa a investigar por
d) Preensão, logo que perceba, simultâneamente, a mão e si mesma.
o objeto desejado. Já segura os objetos que vê e não somente
U comum, no decorrer dessa fase, procurar alguma coisa
os que toca.
atrás de móveis, de cortinas, debaixo de mesas, et c. � a idade
Já é uma coordenação da preensão, mais desenvolvida, com dns ''exrloraçõcs", e manifesta-se, geralmente, quando começa
os olhos. Olha e pega. u t'ami nhar.
e) A criança apanha o que vê sem limitações relativas à l'odt: \l' t• deve se auxiliá-la indiretamente, permitindo que
posição da mão. Apanha os objetos sem necessidade de ver as '''\11 �IIH "dc,wlwrtas", wlocnndo, sem que ela o perceba, um
mãos. Leva-as já coordenadamente em direção ao objeto. IHulqtwdo, 1111 qu.tlttuer outro objeto, que possa interessá-la, atrás
dt· 11111 tn6vd, t ll., p;tr,l que o encontre por si mesma, o que lhe
As coordenações já se completaram, o que quer dizer que os dou(! J.:t.lltdt• \,tti�f.tç:io c.:, conseqüentemente, ligará o agradável
esquemas já estão formados. .) .llrvrd.ldc <.: ao <.:�{orço de investigar por si mesma, formando
Com as coordenações dos esquemas, vão surgir as reações um esquema de grande valor, pois a inteligência terciária, como
primárias, secundárias e terciárias. já dissemos, caracteriza-se pela procura de algo novo, e todos os
grandes cientistas, todos aquêles que investigam, tanto na ciência,
Chamam-se reações primárias as imitativas, quando, por como na arte, na filosofia, etc., possuem-na em alto grau.
exemplo, há o succionar por succionar; as secundárias, quando a
criança começa a diferenciar meios de fins, já há a intenção c, Os pais, não raras vêzes, não entendem o porque dêsses
finalmente, as terciárias, quando há a busca de algo nôvo. Es comportamentos, e em vez de auxiliarem a criança na consolida
tas três espécies de reações são constitutivas dos três estágios da ção dessas fases, que devem ser normalmente desenvolvidas, e em
inteligência. algumas ocasiões até estimuladas, procedem diferentemente, pro
curando evitá-las, e impedindo, assim, que a criança firme uma
Com a preemão, que é a atividade principal da mão, sur base segura para o posterior desenvolvimento de uma inteligência
gem as reações secundárias, as quais vão caracterizar as primeiras equilibrada.
formas da ação intencional.
- 18 -
- 19 -
A bôca, os olhos, os ouvidos, as mãos, são instrumentos es �envolvimento da preensão, surge, então, a ação intencional, e
senciais para a construção da inteligência. forma-se a inteligência secundária, que é caracterizada pela fun
ção de saber afastar obstáculos para alcançar um fim.
O esqttema tátil desenvolve-se:
Quando a criança afasta um impecilho para agarrar um ob
a) primeiros movimentos impulsivos de puro reflexo. fecha
jeto que deseja, sem o auxílio de ninguém, ela está em plena fase
mento da mão;· segura, solta, manifesta interêsse.
da reação secundária. E aqui se forma o esquema da confiança
b) primeiras reaçêJcs circulares relativas aos movimentos <:m si mesma. Ao estimulá-la a afastar, por si mesma, o obstá
das mãos, coordena os movimentos dos olhos com os das mãos, culo, facilita-se a fixação de um esquema benéfico, que vai lhe
o que irá prepar�ndo para o futuro a possibilidade da criança to dar, mais tarde, a fôrça que necessita para vencer os obstáculos
mar os objetos no espaçc. i\. mão leva os objetos à bôca. Mas que acaso possam antepor-se às suas realizações, o que lhe vai
antes havia movimentos no espaço, vazios, como'' os de sucção em dar a capacidade de possuir plena confiança nas suas possibili
sêco. Neste estágio, o polegar se opõe, a pouco e pouco, aos dades.
outros dedos.
Na reação secundária, já há o esfôrço que vai preparando o
c) Coordenação entre a preensão e a sucção; leva os ob desenvolvimento da terciária, que é caracterizada pela busca de
jetos à bôca. algo novo, que a criança atinge quando começa a investigar por
d) Preensão, logo que perceba, simultâneamente, a mão e si mesma.
o objeto desejado. Já segura os objetos que vê e não somente
U comum, no decorrer dessa fase, procurar alguma coisa
os que toca.
atrás de móveis, de cortinas, debaixo de mesas, et c. � a idade
Já é uma coordenação da preensão, mais desenvolvida, com dns ''exrloraçõcs", e manifesta-se, geralmente, quando começa
os olhos. Olha e pega. u t'ami nhar.
e) A criança apanha o que vê sem limitações relativas à l'odt: \l' t• deve se auxiliá-la indiretamente, permitindo que
posição da mão. Apanha os objetos sem necessidade de ver as '''\11 �IIH "dc,wlwrtas", wlocnndo, sem que ela o perceba, um
mãos. Leva-as já coordenadamente em direção ao objeto. IHulqtwdo, 1111 qu.tlttuer outro objeto, que possa interessá-la, atrás
dt· 11111 tn6vd, t ll., p;tr,l que o encontre por si mesma, o que lhe
As coordenações já se completaram, o que quer dizer que os dou(! J.:t.lltdt• \,tti�f.tç:io c.:, conseqüentemente, ligará o agradável
esquemas já estão formados. .) .llrvrd.ldc <.: ao <.:�{orço de investigar por si mesma, formando
Com as coordenações dos esquemas, vão surgir as reações um esquema de grande valor, pois a inteligência terciária, como
primárias, secundárias e terciárias. já dissemos, caracteriza-se pela procura de algo novo, e todos os
grandes cientistas, todos aquêles que investigam, tanto na ciência,
Chamam-se reações primárias as imitativas, quando, por como na arte, na filosofia, etc., possuem-na em alto grau.
exemplo, há o succionar por succionar; as secundárias, quando a
criança começa a diferenciar meios de fins, já há a intenção c, Os pais, não raras vêzes, não entendem o porque dêsses
finalmente, as terciárias, quando há a busca de algo nôvo. Es comportamentos, e em vez de auxiliarem a criança na consolida
tas três espécies de reações são constitutivas dos três estágios da ção dessas fases, que devem ser normalmente desenvolvidas, e em
inteligência. algumas ocasiões até estimuladas, procedem diferentemente, pro
curando evitá-las, e impedindo, assim, que a criança firme uma
Com a preemão, que é a atividade principal da mão, sur base segura para o posterior desenvolvimento de uma inteligência
gem as reações secundárias, as quais vão caracterizar as primeiras equilibrada.
formas da ação intencional.
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�impatia e antipatia, e intelectualidade, quando funciona a ra
cionalidade, quando aprende a diferença, a separar o eu do não
'"1 em suma, a comparar, a entender o bem e o mal.
Adaptação
{ acomodação
. .1 _
{ Equilíbrio - Inteligência
11 ' "' 111 cnchucclc·
i' 1111,1 .J11 tflll JIÍ l'ihÍ
c q11( "·"
htltll(t
t.u tl1l.ll' o u tmpossibilitar a emer
ll,l tl t.lll�,l.
Adaptação
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Quando um animal opõe uma barreira. à água que corre, e 1) o elemento volrmtário. Voluntário é o que procede
a represa, para seu benefício, realiza um ato instintivo e animal, de algum modo de princípio intrínseco, sob o conhecimento in
mas a construção de uma barreira num rio, a construção de uma telectual do fim. Esta é uma definição clássica, cuja justificação
catedral, o erguimento de um arranha-céu, são atos de vontade e
é a seguinte: ela procede de algum modo, e pode ser indireta,
testemunham a vontade. Imediata, e formalmente, ou mediata, e denominativa, positiva
ou negativamente; se não é de origem intrínseca, seria extrínseca,
Deve-se distinguir o ato humano, como foi definido acima, ��� outro que não o agente; sem a cognição intelectual do fim,
do não deliberante, realizado pelo homem, como os fisiológicos o ,\lo seria cego e não humano, como o expusemos.
-22- - 23 -
Como os fatôres são complexos, são êles sempre formados de <:m �eral e o ato i11ca{Jaz de deliberação por parte do homem,
vários elementos com atuação recíproca. E a nossa maneira de wmo o de um ébrio.
ver, ou de analisar qualquer problema, se não se ativer ao estu
Chama-se, na �tica, de atoelícitoaquêle que se realiza ime
do da interatuação de todos os elementos que o compõem, será
diatamente pela vontade como sua causa. Diz-se que um ato
sempre deficiente.
Quando um animal opõe uma barreira. à água que corre, e 1) o elemento volrmtário. Voluntário é o que procede
a represa, para seu benefício, realiza um ato instintivo e animal, de algum modo de princípio intrínseco, sob o conhecimento in
mas a construção de uma barreira num rio, a construção de uma telectual do fim. Esta é uma definição clássica, cuja justificação
catedral, o erguimento de um arranha-céu, são atos de vontade e
é a seguinte: ela procede de algum modo, e pode ser indireta,
testemunham a vontade. Imediata, e formalmente, ou mediata, e denominativa, positiva
ou negativamente; se não é de origem intrínseca, seria extrínseca,
Deve-se distinguir o ato humano, como foi definido acima, ��� outro que não o agente; sem a cognição intelectual do fim,
do não deliberante, realizado pelo homem, como os fisiológicos o ,\lo seria cego e não humano, como o expusemos.
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Para que algo seja voluntário, é mister que seja conhecido que lhe sucede de mal ou possa suceder, que, por sua vez. exerce
e realizado pelo intento próprio do agente. um poder de desviar o ato humano.
Diz-se que o ato de vontade é livre, quando esta é deter Temos, ainda, as paixões, que são os movimentos apetitivos
minada sob a razão indiferente, com poder de não agir o que da virtude em busca do bem, ou adversativos, do mal, que ten
age, ou de agir de outro modo de o que age. Liberdade não siK dem para o maléfico. As paixões podem exercer um papel mui
nifica absoluta espontaneidade de ação, de indeterminação, como to grande na vontade humana, diminuindo o seu poder de de
querendo dizer que para ser livre um ato é mister que não tenha liberação. Também os hábitos exercem uma influência impor
uma causa, um motivo, uma razão, um porquê. Essa maneira tante na realização dos atos humanos, porque são êles uma cons
de considerar a liberdade é própria de autores modernos, que tante inclinação para determinados atos, podendo aumentar ou
nunca compreenderam devidamente os estudos realizados pelos diminuir a vontade.
grandes filósofos do passado, sôbre matéria de tanta importância.
Por causas extrínsecas, o ato humano pode sofrer restrições
Liberdade não SÍJ?nifica desvinculamento total, mas apenas a ca
pacidade, a potência de indiferentemente agir ou não agir, ou de pela violência, que é a moção procedente d e . princípio extrínseco,
que sustém a vontade. O exercício da violência pode ser vário
agir d e modo outro que o que se realiza. Mas, no agir como se
e também a sua ação pode sofrer graus, influindo, por sua vez,
age, encontra-se tôda a conexão de causa e efeito, que dá a ne
�radativamente, na vontade.
cessidade hipotética ao ato realizado. Assim, em quem atua, de
cidindo-se a fazer isto em vez daquilo, encontraremos, em sua Há, também, o obstáculo à execução do ato humano, tais co
causação, os motivos causais de tal ação, como encontraríamos, mo os que oferecem o caráctet e o temperamento de uma pessoa,
também, motivos causais, se o seu ato fôsse outro, pois êste ho como nos mostram os atuais estudos da Caractcrologia, que po
mem, que delibera agora aproveitar seu tempo para estudar, ou dem aminorar ou exaltar o impulso da volição. l-fá, ademais,
para distrair-se, estudando mais tarde, permite que encontremos, outros obstáculos de ordem patológica, que decorrem de uma
em seus motivos, suficientes razões p àra ambas resoluções. A li anômala disposição da natureza humana, quer de ordem psíquica,
berdade está em poder êle deliberar de um ou de outro modo, de como o histerismo, a epilepsia, a psicasten ia, a neurastenia, etc.
aceitar, por um ato deliberativo e de vontade, as razões que jul
.c;ou deveriam predominar, pelo sopesamento de razões que o le Não pode haver um ato moral sem que seja êle um ato im
varam a seguir êste e não aquêle caminho. mano. Só o homem, ou só um ser inteligente e livre, pode ter
uma vida moral.
� a coação que impede a realização da vontade, e também a
Ora, o ato ético é um ato humano, que deve ser cumpr:ido
necessidade do conseqüente determinado previamente.
por razões de conveniência em bases justas, ato frustrável pela
Mas, o ato só é humano quando livre. vontade humana como realizável por ela.
Contudo, o ato humano pode estar sujeito a defeitos. E ês Uma verdadeira pedagogia tem de dedicar-se a pôr o ser
tes decorrem de determinadas causas, que influem na cognição. humano na H11rnanidade, e não querer transformá-lo ou num ani
Temos, por exemplo, a ÍJ?noráncia, que é o defeito habitual da mal ou numa mera coisa, como a visão deformada de muitos pe
ciência no sujeito capaz, uma privação de ciência, uma simples dagogos, influídos pelos graves erros do parco filosofar moderno,
nesciência, ou uma ciência não devida. Mas, a ignorância pode e que tanto mal tem disseminado. Realizar o homem plenamen
ser vencivet ou invencível. A primeira ainda pode ser absolttta te é realizar a plenitude do ato humano em cada um. Só uma
ou relativamente invencível, pois a criança, enquanto tal, ignora, Pedagogia que se oriente assim, merece ser considerada hmnana.
invendvelmente, em relação à sua idade e capacidade, mas essa
ignorância é vencível pelo adulto, também relativamente. Diz CONCLUSÃO
·se vendvel, aquela que o pode ser no determinado estado em
que é considerado o sujeito, que dela padece. Em face de tudo quanto examinamos sôbre o frmcionar psf
quico, o ato humano e a educação e a instmção, temos de con-
Influi, ainda, na volição humana, a conwpiscência, que é a
1 hnr:
desordenada habitualidade do apetite humano dirigido ao ato
contra a razão, que pode aumentar o poder executivo do ato ou A Pedagogia é a ciência prática e teórica que, dedicando-se
não. Temos ainda o mêdo, que é a trepidação do ânimo ante o 111 t 'tudo do funcionar psíquico do homem, tende a preparar o
- 24 - -25 -
Para que algo seja voluntário, é mister que seja conhecido que lhe sucede de mal ou possa suceder, que, por sua vez. exerce
e realizado pelo intento próprio do agente. um poder de desviar o ato humano.
Diz-se que o ato de vontade é livre, quando esta é deter Temos, ainda, as paixões, que são os movimentos apetitivos
minada sob a razão indiferente, com poder de não agir o que da virtude em busca do bem, ou adversativos, do mal, que ten
age, ou de agir de outro modo de o que age. Liberdade não siK dem para o maléfico. As paixões podem exercer um papel mui
nifica absoluta espontaneidade de ação, de indeterminação, como to grande na vontade humana, diminuindo o seu poder de de
querendo dizer que para ser livre um ato é mister que não tenha liberação. Também os hábitos exercem uma influência impor
uma causa, um motivo, uma razão, um porquê. Essa maneira tante na realização dos atos humanos, porque são êles uma cons
de considerar a liberdade é própria de autores modernos, que tante inclinação para determinados atos, podendo aumentar ou
nunca compreenderam devidamente os estudos realizados pelos diminuir a vontade.
grandes filósofos do passado, sôbre matéria de tanta importância.
Por causas extrínsecas, o ato humano pode sofrer restrições
Liberdade não SÍJ?nifica desvinculamento total, mas apenas a ca
pacidade, a potência de indiferentemente agir ou não agir, ou de pela violência, que é a moção procedente d e . princípio extrínseco,
que sustém a vontade. O exercício da violência pode ser vário
agir d e modo outro que o que se realiza. Mas, no agir como se
e também a sua ação pode sofrer graus, influindo, por sua vez,
age, encontra-se tôda a conexão de causa e efeito, que dá a ne
�radativamente, na vontade.
cessidade hipotética ao ato realizado. Assim, em quem atua, de
cidindo-se a fazer isto em vez daquilo, encontraremos, em sua Há, também, o obstáculo à execução do ato humano, tais co
causação, os motivos causais de tal ação, como encontraríamos, mo os que oferecem o caráctet e o temperamento de uma pessoa,
também, motivos causais, se o seu ato fôsse outro, pois êste ho como nos mostram os atuais estudos da Caractcrologia, que po
mem, que delibera agora aproveitar seu tempo para estudar, ou dem aminorar ou exaltar o impulso da volição. l-fá, ademais,
para distrair-se, estudando mais tarde, permite que encontremos, outros obstáculos de ordem patológica, que decorrem de uma
em seus motivos, suficientes razões p àra ambas resoluções. A li anômala disposição da natureza humana, quer de ordem psíquica,
berdade está em poder êle deliberar de um ou de outro modo, de como o histerismo, a epilepsia, a psicasten ia, a neurastenia, etc.
aceitar, por um ato deliberativo e de vontade, as razões que jul
.c;ou deveriam predominar, pelo sopesamento de razões que o le Não pode haver um ato moral sem que seja êle um ato im
varam a seguir êste e não aquêle caminho. mano. Só o homem, ou só um ser inteligente e livre, pode ter
uma vida moral.
� a coação que impede a realização da vontade, e também a
Ora, o ato ético é um ato humano, que deve ser cumpr:ido
necessidade do conseqüente determinado previamente.
por razões de conveniência em bases justas, ato frustrável pela
Mas, o ato só é humano quando livre. vontade humana como realizável por ela.
Contudo, o ato humano pode estar sujeito a defeitos. E ês Uma verdadeira pedagogia tem de dedicar-se a pôr o ser
tes decorrem de determinadas causas, que influem na cognição. humano na H11rnanidade, e não querer transformá-lo ou num ani
Temos, por exemplo, a ÍJ?noráncia, que é o defeito habitual da mal ou numa mera coisa, como a visão deformada de muitos pe
ciência no sujeito capaz, uma privação de ciência, uma simples dagogos, influídos pelos graves erros do parco filosofar moderno,
nesciência, ou uma ciência não devida. Mas, a ignorância pode e que tanto mal tem disseminado. Realizar o homem plenamen
ser vencivet ou invencível. A primeira ainda pode ser absolttta te é realizar a plenitude do ato humano em cada um. Só uma
ou relativamente invencível, pois a criança, enquanto tal, ignora, Pedagogia que se oriente assim, merece ser considerada hmnana.
invendvelmente, em relação à sua idade e capacidade, mas essa
ignorância é vencível pelo adulto, também relativamente. Diz CONCLUSÃO
·se vendvel, aquela que o pode ser no determinado estado em
que é considerado o sujeito, que dela padece. Em face de tudo quanto examinamos sôbre o frmcionar psf
quico, o ato humano e a educação e a instmção, temos de con-
Influi, ainda, na volição humana, a conwpiscência, que é a
1 hnr:
desordenada habitualidade do apetite humano dirigido ao ato
contra a razão, que pode aumentar o poder executivo do ato ou A Pedagogia é a ciência prática e teórica que, dedicando-se
não. Temos ainda o mêdo, que é a trepidação do ânimo ante o 111 t 'tudo do funcionar psíquico do homem, tende a preparar o
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ser humano para a sua incorporação à humanidade, pelo forta tes, sem esquecer os emergentes, para saber qual a atuação bené
lecimento do ato humano, tornando-o capaz de realizar-se tanto fica ou maléfica que a predisponência pode exercer na constru
mais plenamente quanto possível. ção da emergência, j á que o ser humano sofrerá modificações vá
rias por ação daquela.
Partindo-se dessa finalidade, temos de, .considerar que a
criança é um ser que é animalidade atual, e humanidade virtual. Ora, a criança é um ser frágil, um ser que exige ser condu
Está ela desafiada pela circunstância ambiental, e deve estruturar zido. A Pedagogia, em seu aspecto genérico, é a condução da
-se de modo a viver em sociedade, sem qualquer desvalimento de criança na vida social para a qual ela é destinada.
sua personalidade. A êsse desafio do ambiente circunstancial, a
criança, inevitàvelmente, terá de atualizar uma resposta. Ora, sendo a criança um ser frágil, que por si só não é ca
paz de conduzir-se, exigirá o amparo, a direção, que é dada pelos
Se considerarmos o ser humano, teremos de salientar que é
adultos mais experimentados e mais sábios.
êle o resultado da cooperação de uma série de fatôres, que podem
ser classificados da seguinte forma: fatôres intrínsecos e fatôres A criança pode, então, ser devidamente protegida ou indevi
€xtrínsecos. damente desprotegida, abandonada.
Os fatôrcs intrínsecos são os que emerf?.em da natureza do
Temos, assim, uma polaridade: abandono e proteção.
homem. E êstes são o seu corpo e o seu /JJiquismo.
Em torno dêstes dois temas, girará tôda a Pedagogia.
Seu corpo é genericamente animal, mas seu psiquismo é vir
tual e atualmente humano. ·
- 0 abandono poderá ser exaf?.erado ou aten11ado. Também
Entre os fatôres extrínsecos, que são os que não emergem a proteção poderá ser ater111ada ou exaf?.erada ( superproteção ) .
da sua natureza, mas que o antecedem, o acompanham, temos o
l!sse abandono e essa proteção serão desafios, aos quais a
ambiente circunstancial-histórico, incluindo o biológico, pois é um
criança responderá.
ser, cujo surgimento, normalmente, parte de um par humano, os
pais, e vive num ambiente circunstancial ecológico, no qual se Ao abandono, ela responderá:
incluem o grupo social em que vive ( ambiente histórico-social) ,
e o ambiente ecológico espedficamente considerado, que é o am ou por um s<.:ntimcnlo de htsef?.urança;
biente geográfico, meteorológico, econômico, cultural em geral, ou de robelrlia ( revoltando-se contra a injustiça do aban
etc. dono ) ;
Os primeiros fatôres são emergentes, e os segundos predis pela insef{Urança ( sentindo-se desprotegida) ;
ponentes.
ou pela af{ressividade, que surge da rebeldia em face do
A emergência encontra-se em face da predisponência. Esta,
abandono;
não só é a causa da primeira, já que a natureza de um ser humano
depende, real e diretamente, do segundo, como o se_gundo acom ou pelo ressentimento ( sofrendo outra vez o estado de aban
panha sempre a primeira, atuando sôbre aquela como desafio, dono ) ;
provocando uma resposta. ou gerando-se um estado de ensimesmamento, tornando-se
Na emergência, temos de considerar o temperamento (vide ) , a cúança esquisita ( esqttizóide e até esquizofrênica) ;
que se fundamenta no somático, e o carácter, que se fundamenta, em suma, insatisfeita, injustiçada.
sobretudo, nos esquemas e nos hábitos adquiridos. As respos
À proteção, reagirá:
tas dessa emergência aos desafios da predisponência são propor
cionais ao temperamento e ao carácter virtual (em formação ) da ou pela passitJidade ( aceitando-a sem reações maiores ) ;
criança. Por outro lado, o temperamento (que é variável, se
ou pela af{ressividade, pelo anseio de prestigiar-se, de auto
gundo os graus da idade ) e o carácter ( também variável até se
-afirmar-se;
d imentar-se, posteriormente) são modificados pela atuação do
meio ambiente ( fatôres predisponentes ) . Conclui-se, portanto,' ou pela ,·ebeldia, irritada pelo excesso de proteção, desejosa
que a Pedagogia tem àc interessar-se pelos fatôres predisponen- de autonomia;
-26 - - 27 -
ser humano para a sua incorporação à humanidade, pelo forta tes, sem esquecer os emergentes, para saber qual a atuação bené
lecimento do ato humano, tornando-o capaz de realizar-se tanto fica ou maléfica que a predisponência pode exercer na constru
mais plenamente quanto possível. ção da emergência, j á que o ser humano sofrerá modificações vá
rias por ação daquela.
Partindo-se dessa finalidade, temos de, .considerar que a
criança é um ser que é animalidade atual, e humanidade virtual. Ora, a criança é um ser frágil, um ser que exige ser condu
Está ela desafiada pela circunstância ambiental, e deve estruturar zido. A Pedagogia, em seu aspecto genérico, é a condução da
-se de modo a viver em sociedade, sem qualquer desvalimento de criança na vida social para a qual ela é destinada.
sua personalidade. A êsse desafio do ambiente circunstancial, a
criança, inevitàvelmente, terá de atualizar uma resposta. Ora, sendo a criança um ser frágil, que por si só não é ca
paz de conduzir-se, exigirá o amparo, a direção, que é dada pelos
Se considerarmos o ser humano, teremos de salientar que é
adultos mais experimentados e mais sábios.
êle o resultado da cooperação de uma série de fatôres, que podem
ser classificados da seguinte forma: fatôres intrínsecos e fatôres A criança pode, então, ser devidamente protegida ou indevi
€xtrínsecos. damente desprotegida, abandonada.
Os fatôrcs intrínsecos são os que emerf?.em da natureza do
Temos, assim, uma polaridade: abandono e proteção.
homem. E êstes são o seu corpo e o seu /JJiquismo.
Em torno dêstes dois temas, girará tôda a Pedagogia.
Seu corpo é genericamente animal, mas seu psiquismo é vir
tual e atualmente humano. ·
- 0 abandono poderá ser exaf?.erado ou aten11ado. Também
Entre os fatôres extrínsecos, que são os que não emergem a proteção poderá ser ater111ada ou exaf?.erada ( superproteção ) .
da sua natureza, mas que o antecedem, o acompanham, temos o
l!sse abandono e essa proteção serão desafios, aos quais a
ambiente circunstancial-histórico, incluindo o biológico, pois é um
criança responderá.
ser, cujo surgimento, normalmente, parte de um par humano, os
pais, e vive num ambiente circunstancial ecológico, no qual se Ao abandono, ela responderá:
incluem o grupo social em que vive ( ambiente histórico-social) ,
e o ambiente ecológico espedficamente considerado, que é o am ou por um s<.:ntimcnlo de htsef?.urança;
biente geográfico, meteorológico, econômico, cultural em geral, ou de robelrlia ( revoltando-se contra a injustiça do aban
etc. dono ) ;
Os primeiros fatôres são emergentes, e os segundos predis pela insef{Urança ( sentindo-se desprotegida) ;
ponentes.
ou pela af{ressividade, que surge da rebeldia em face do
A emergência encontra-se em face da predisponência. Esta,
abandono;
não só é a causa da primeira, já que a natureza de um ser humano
depende, real e diretamente, do segundo, como o se_gundo acom ou pelo ressentimento ( sofrendo outra vez o estado de aban
panha sempre a primeira, atuando sôbre aquela como desafio, dono ) ;
provocando uma resposta. ou gerando-se um estado de ensimesmamento, tornando-se
Na emergência, temos de considerar o temperamento (vide ) , a cúança esquisita ( esqttizóide e até esquizofrênica) ;
que se fundamenta no somático, e o carácter, que se fundamenta, em suma, insatisfeita, injustiçada.
sobretudo, nos esquemas e nos hábitos adquiridos. As respos
À proteção, reagirá:
tas dessa emergência aos desafios da predisponência são propor
cionais ao temperamento e ao carácter virtual (em formação ) da ou pela passitJidade ( aceitando-a sem reações maiores ) ;
criança. Por outro lado, o temperamento (que é variável, se
ou pela af{ressividade, pelo anseio de prestigiar-se, de auto
gundo os graus da idade ) e o carácter ( também variável até se
-afirmar-se;
d imentar-se, posteriormente) são modificados pela atuação do
meio ambiente ( fatôres predisponentes ) . Conclui-se, portanto,' ou pela ,·ebeldia, irritada pelo excesso de proteção, desejosa
que a Pedagogia tem àc interessar-se pelos fatôres predisponen- de autonomia;
-26 - - 27 -
ou pela in.ref!,ttrança, quando essa proteção fôr exagerada, e
para a agressividade. Ante a frustração, cada um rea�;irá dife
caso sinta uma falha, sentir-se-á abandonada indevidamente;
t'entemente, pela polaridade passividade-a�;ressividade.
ou insatisfeita, porque a proteção não lhe deixa manifestar
Na classificação dos retraídos, temos os retraíáos laterais, os
-se por si mesma;
de base e os bo.rsuados, sendo comum os dois prim'!.'Ítos às crian
e ressentida, também, porque sofrerá muitas vêzes pelo ex ças. Os t'etraídoJ latet'ais são sempre ativos, não, porém, os de
cesso de proteção, que lhe atenua a autonomia desejada. base e os bossuados, por isso as reações dêstes são marcadas, so
bretudo, pela passividade, quando astênicos, mas pela agressivi
Vê-se, assim, que as respostas da criança, embora várias, po
dade, quando estênicos.
dem apresentar, nos resultados, uma semelhança no que se refe
re ao abandono, como no que se refere à proteção. Não é difícil a classificação da criança nesses tipos, embora
as modificações que ela sofre sejam muitas, até atingir o tipo mais
E essas respostas dependem do temperamento e do carác
fixo, o que consegue na vida adulta.
ter, embora sofram a influência do grau de abandono ou de pro
teção. O ímpeto de afirmação ( o prntíxio social ) , o anseio de Dêste modo, a orientação pedagógica deve considerar os ca
autonomia, é normal no ser humano, e corresponde ao grau de sos particulares e até individuais, para que as normas sejam tra
desenvolvimento de sua encefaüzação. Não adianta querer im çadas, segundo o que é conveniente à criança ( 1 ) .
pedir o desenvolvimento normal, sobretudo numa sociedade como
a nossa, que é democrática, e que, portanto, se funda na maior MARIO FERREIRA DOS SANTOS
J
mente, de insegurança.
gundos oferecem tipos asténicos ( fracos, passivos ) e estênicos leia, em primeiro lugar, os verbetes que abaixo apontamos:
(fortes e ativos ) . A reação de um tipo astênico é tendcntemen Caracterologia, Temperamento, Personalidade, Frust.r�.ão, Aban
te ·dirigida para a passividade, para o retraimento, ensimesma dono, P.rote!;!ã.o, Superproteção, Crian9a abandonada, Autonomia, Li
menta, para a esquizofrenia. A reação de um tipo estênico, é h�>rdalle, Passividade, e os que são indicados nesses verbetes.
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ou pela in.ref!,ttrança, quando essa proteção fôr exagerada, e
para a agressividade. Ante a frustração, cada um rea�;irá dife
caso sinta uma falha, sentir-se-á abandonada indevidamente;
t'entemente, pela polaridade passividade-a�;ressividade.
ou insatisfeita, porque a proteção não lhe deixa manifestar
Na classificação dos retraídos, temos os retraíáos laterais, os
-se por si mesma;
de base e os bo.rsuados, sendo comum os dois prim'!.'Ítos às crian
e ressentida, também, porque sofrerá muitas vêzes pelo ex ças. Os t'etraídoJ latet'ais são sempre ativos, não, porém, os de
cesso de proteção, que lhe atenua a autonomia desejada. base e os bossuados, por isso as reações dêstes são marcadas, so
bretudo, pela passividade, quando astênicos, mas pela agressivi
Vê-se, assim, que as respostas da criança, embora várias, po
dade, quando estênicos.
dem apresentar, nos resultados, uma semelhança no que se refe
re ao abandono, como no que se refere à proteção. Não é difícil a classificação da criança nesses tipos, embora
as modificações que ela sofre sejam muitas, até atingir o tipo mais
E essas respostas dependem do temperamento e do carác
fixo, o que consegue na vida adulta.
ter, embora sofram a influência do grau de abandono ou de pro
teção. O ímpeto de afirmação ( o prntíxio social ) , o anseio de Dêste modo, a orientação pedagógica deve considerar os ca
autonomia, é normal no ser humano, e corresponde ao grau de sos particulares e até individuais, para que as normas sejam tra
desenvolvimento de sua encefaüzação. Não adianta querer im çadas, segundo o que é conveniente à criança ( 1 ) .
pedir o desenvolvimento normal, sobretudo numa sociedade como
a nossa, que é democrática, e que, portanto, se funda na maior MARIO FERREIRA DOS SANTOS
J
mente, de insegurança.
gundos oferecem tipos asténicos ( fracos, passivos ) e estênicos leia, em primeiro lugar, os verbetes que abaixo apontamos:
(fortes e ativos ) . A reação de um tipo astênico é tendcntemen Caracterologia, Temperamento, Personalidade, Frust.r�.ão, Aban
te ·dirigida para a passividade, para o retraimento, ensimesma dono, P.rote!;!ã.o, Superproteção, Crian9a abandonada, Autonomia, Li
menta, para a esquizofrenia. A reação de um tipo estênico, é h�>rdalle, Passividade, e os que são indicados nesses verbetes.
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A
ABANDONO - Tem diversas acepções e vêmo-lo signi
ficando desamparo, negligência, descuido, etc.
Em geral, são chamadas de abandonadas as crian
ças que não têm pais. Convém estender-se tal con
ceito a tôdas aquelas que os têm, e não recebem dês
tes a devida atenção. Assim, tanto no aspecto mate
rial como no moral, pois além de ser obrigação dos
pais proporcionar a alimentação, a moradia e as ves
timentas, também é obrigação dêles ouvir, dirigir e
educar o filho. Vide Criança abandonada.
ABCESSOS - Vide Puericultura, 10.0 cap., § 2.
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ABORRECIMENTO - Estado páthico ( afetivo) de desa A abstração insula, pelo pensamento, o que não
gradabilidade, provocado pela prolongação de uma pode ser insulado na representação. c ) A absorção
situação desinteressante do sujeito. Sinônimo de no pensamento, com inatenção aos acontecimentos
tédio. exteriores. ( Note-se a sinonímia com ausência ) .
d ) Processo mental, pelo qual certos caracteres, atri
ABôRTO - a) Para a lei, é a interrupção criminosa da butos ou relações são observados, independentemente
gravidez, nos primeiros meses em que esta se mani
de outros, que são negligenciados. (As acepções b,
e d são da Psicologia ) . e ) Definição ontológica:
festa.
b ) Para a Med., é a separação ou expulsão, ou Abstração é separar mentalmente o que, na realida
ambas, do ôvo fertilizado ou do feto, antes de ser êle de, não está separado. f) Abstração não deve ser
capaz de uma vida independente ( 26 ou 28 semanas ) . confundida com a análise. A análise considera igual
Após êste período, até o final da gravidez, a expulsão mente todos os elementos da representação analisa
é chamada nascimento prematuro. da, e divide em partes uma coisa composta; conside
o abôrto é medicamente classificado como: es· ra, isoladamente, uma qualidade comum a uma mul
pontâneo, expulsão do provável feto por condições tidão de compostos. Assim, reconhecer a brancura de
ou estados fora do contrôle das funções normais fi uma rosa determinada é fazer análise; conceber a
siológicas, causas patológicas ou por um accidente; brancura em si-mesma, como qualidade peculiar a um
motivada, artificial interrupção da gravidez, geral grande número de objetos, é proceder à abstração.
mente por meio de uma operação. A abstração é, portanto, a base da formação das
Em algumas culturas admite-se o abôrto delibe idéias gerais. g ) No sentido vulgar, considera-se
- 32 - - 33 -
ABULIA - (do gr.: a, privativo, e boulé, vontade ) - Con A escola moderna, não se atém apenas a um
junto de fenômenos psicológicos anormais, que se " curriculum", mas tenciona dar um desenvolvimento
manifestam na ausência ou impotência da vontade. total à criança; física, mental, social e emocional. Por
Há abulia de decisão e abulia de execução. Na pri isso, a conveniência do sistema para um indivíduo
meira, há indecisão ou incapacidade de decidir a es depende da medida em que êste contribui para a sua
colha ou a ação; na segunda, há a concepção do- ato, adaptação geral e para o cultivo de aptidões desejá
mas falta a vontade para praticá-lo, embora nada o veis.
impeça.
Nas escolas, em que há cursos especiais para cri
ACAMPAMENTO AO AR LIVRE - Durante o período de anças, intelectualmente dotadas (de Q. I. superior a
férias, é muito aconselhável que a criança ou o jovem 125 ou 130, por exemplo) êstes têm a oportunidade de
participem de um acampamento. Em nosso país, tal encarregar-se de trabalhos do tipo e do- ritmo adequa
hábito não está desenvolvido e são raras as associa dos às suas aptidões, junto a crianças de sua mesma
ções, ou até colégios, que os realizam. Tal hábito é idade cronológica e mental. Não se encontrou nada
muito comum e amplamente divulgado em outros paí que assinale ser a aceleração prejudicial ao desenvol
ser, principalmente nos europeus, e nos EE . UU . vimento físico, à saúde ou à visão da criança. A maior
objecção a uma criança menor entrar num grupo de
Além de encontrar um ambiente saudável, com maior idade, baseia-se no temor de provocar um de
ar puro e passeios ao ar livre, o jovem leva uma vida sequilíbrio social.
em comum, com participação nos jogos e cooperação
no trabalho. ( Vide Escoteiros e Camping ). E um risco que realmente se corre. Entretanto,
ns estatísticas provam que os casos de indivíduos, cuja
ACATAFASIA - Deficiência da linguagem, que consiste na . nduptn�··�o foi melhorada, são mais numerosos que
incapacidade de relacionar as palavras para a cons tHlllt'lt•:-. l'tn que n adnptação foi prejudicada.
trução de frases.
A ,.,,,lt•çt1n clns ct·innçns para promoção especial
ACEITAÇÃO - a) ·Êste têrmo empregado na educação in c1tm hw11r t•llt c•otthl n saütic o o desenvolvimento fí
fantil, refere-se à aceitação da criança por seus pais, t�h·u, us�ltu t•omo t.ambóm os testes de rendimento e
expressand'o uma atitude positiva e construtiva, que n l mlmlho cscolur.
contribue para desenvolver o sentimento de seguran
Bnquanto se aguardam melhores provas estatfs·
ça na criança . A aceitação paterna manifesta-se atra
Ucas, o consenso atual se afirma em oposição à ace
vés das atitudes e da conduta, no prazer que os pais
leração de mais de 5 seme�tres escolares.
demonstram ao participarem dos diversos estágios
de crescimento do filho. ACESSO EPILEPTIFORME - Convulsão ou ataque se
b ) Emprega-se, também, para designar o contrá
melhante ao epiléptico, mas proveniente de uma cau
sa específica outra, como irritações, produzidas por
rio de abandono. Os pais, que aceitam o filho, quase
feridas, enfermidades cerebrais, etc.
sempre propendem a ser bem equilibrados, e as crian
ças, desde a infância, apresentam personalidades nor
ACIDO ESCúRBICO - ( Vide Vitaminas ) .
mais.
ACIDOSE - Vide Puericultura, 10.0 cap. § 3.
ACELERAÇÃO - Considera-se acelerado o aluno que com
pletou um determinado curso antes da idade corres ACNE -E comum aparecer durante o período da puber
pondente, sem se considerar como o efetuou. A ace dade (cravos inflamados) . Origina-se da inflamação
leração foi aplicada nos Estados Unidos durante a das glândulas sebáceas, e é chamada pelos médicos
guerra, devido às necessidades. Contudo não se pod,e de "acne vulgaris". Não se conhece ainda com se
assegurar com precisão as reais vantagens dêste pro gurança o que a produz, assim como também não
cesso. há cura medicinal para ela.
- 34 - - 35 --
ABULIA - (do gr.: a, privativo, e boulé, vontade ) - Con A escola moderna, não se atém apenas a um
junto de fenômenos psicológicos anormais, que se " curriculum", mas tenciona dar um desenvolvimento
manifestam na ausência ou impotência da vontade. total à criança; física, mental, social e emocional. Por
Há abulia de decisão e abulia de execução. Na pri isso, a conveniência do sistema para um indivíduo
meira, há indecisão ou incapacidade de decidir a es depende da medida em que êste contribui para a sua
colha ou a ação; na segunda, há a concepção do- ato, adaptação geral e para o cultivo de aptidões desejá
mas falta a vontade para praticá-lo, embora nada o veis.
impeça.
Nas escolas, em que há cursos especiais para cri
ACAMPAMENTO AO AR LIVRE - Durante o período de anças, intelectualmente dotadas (de Q. I. superior a
férias, é muito aconselhável que a criança ou o jovem 125 ou 130, por exemplo) êstes têm a oportunidade de
participem de um acampamento. Em nosso país, tal encarregar-se de trabalhos do tipo e do- ritmo adequa
hábito não está desenvolvido e são raras as associa dos às suas aptidões, junto a crianças de sua mesma
ções, ou até colégios, que os realizam. Tal hábito é idade cronológica e mental. Não se encontrou nada
muito comum e amplamente divulgado em outros paí que assinale ser a aceleração prejudicial ao desenvol
ser, principalmente nos europeus, e nos EE . UU . vimento físico, à saúde ou à visão da criança. A maior
objecção a uma criança menor entrar num grupo de
Além de encontrar um ambiente saudável, com maior idade, baseia-se no temor de provocar um de
ar puro e passeios ao ar livre, o jovem leva uma vida sequilíbrio social.
em comum, com participação nos jogos e cooperação
no trabalho. ( Vide Escoteiros e Camping ). E um risco que realmente se corre. Entretanto,
ns estatísticas provam que os casos de indivíduos, cuja
ACATAFASIA - Deficiência da linguagem, que consiste na . nduptn�··�o foi melhorada, são mais numerosos que
incapacidade de relacionar as palavras para a cons tHlllt'lt•:-. l'tn que n adnptação foi prejudicada.
trução de frases.
A ,.,,,lt•çt1n clns ct·innçns para promoção especial
ACEITAÇÃO - a) ·Êste têrmo empregado na educação in c1tm hw11r t•llt c•otthl n saütic o o desenvolvimento fí
fantil, refere-se à aceitação da criança por seus pais, t�h·u, us�ltu t•omo t.ambóm os testes de rendimento e
expressand'o uma atitude positiva e construtiva, que n l mlmlho cscolur.
contribue para desenvolver o sentimento de seguran
Bnquanto se aguardam melhores provas estatfs·
ça na criança . A aceitação paterna manifesta-se atra
Ucas, o consenso atual se afirma em oposição à ace
vés das atitudes e da conduta, no prazer que os pais
leração de mais de 5 seme�tres escolares.
demonstram ao participarem dos diversos estágios
de crescimento do filho. ACESSO EPILEPTIFORME - Convulsão ou ataque se
b ) Emprega-se, também, para designar o contrá
melhante ao epiléptico, mas proveniente de uma cau
sa específica outra, como irritações, produzidas por
rio de abandono. Os pais, que aceitam o filho, quase
feridas, enfermidades cerebrais, etc.
sempre propendem a ser bem equilibrados, e as crian
ças, desde a infância, apresentam personalidades nor
ACIDO ESCúRBICO - ( Vide Vitaminas ) .
mais.
ACIDOSE - Vide Puericultura, 10.0 cap. § 3.
ACELERAÇÃO - Considera-se acelerado o aluno que com
pletou um determinado curso antes da idade corres ACNE -E comum aparecer durante o período da puber
pondente, sem se considerar como o efetuou. A ace dade (cravos inflamados) . Origina-se da inflamação
leração foi aplicada nos Estados Unidos durante a das glândulas sebáceas, e é chamada pelos médicos
guerra, devido às necessidades. Contudo não se pod,e de "acne vulgaris". Não se conhece ainda com se
assegurar com precisão as reais vantagens dêste pro gurança o que a produz, assim como também não
cesso. há cura medicinal para ela.
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Quando ela é benigna, não há necessidade de
preocupar-se demasiado, mas há casos em que con A assimilação psíquica processa-se após a acomoda
vém consultar o médico. Abaixo reproduzimos uma ção da esquemática sensório-motriz. Para melhor
série de conselhos que são oferecidos pelos médicos, inteligência dêste ponto ( vide Adaptação psicológica
que servem para diminuir a sua intensidade: e Introdução),
a) limpeza - lave o rosto com água quente e sabo ACONSCIENTE Usado na Psicologia para indicar a
-
nete, mas suavemente, e sem esfregá-lo. ausência de consciência, quando se trata de sêres ina
nimados. O têrmo inconsciência seria empregado só
b) Dieta - não coma chocolate, côco, bebidas, ma mente para designar ausência de consciência nos; sê
riscos, nozes, castanhas, queijos e, sim, bastan res vivos.
te frutas, verduras e alimentos não-gordurosos.
ACROMATOPSIA ( ACROMAS IA ) - Incapacidade total
c) Exercício, ar puro e sol. ou parcial na distinção das côres. Quando total, cha
ma-se cegueira cromática, embora permaneça a sen
d) Repouso.
sação luminosa, isto é, a percepção do branco e negro,
e) Evacuações normais -os transtôrnos intesti uma visão puramente fotográfica do mundo. A par
nais e a prisão de ventre são, algumas vêzes, a cial ou discromatopsia, em sentido mais geral dalto
causa da acne. nismo, incapacidade de distinguir uma côr de outra,
ou perceber uma determinada côr. Usado mais ra
ACOMODAÇÃO - a) Processo pelo qual um organismo ramente o têrmo acromasia.
procura sua adaptação funcional.
AÇúCARES - ( Vide Nutdção ) .
b ) O estado alcançado pelo processo a. {As .
acepções a e b foram propostas por J. M. Baldwin ). ACULTU ltAÇAO Vide Cultura ( incorporação à cultu
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Quando ela é benigna, não há necessidade de
preocupar-se demasiado, mas há casos em que con A assimilação psíquica processa-se após a acomoda
vém consultar o médico. Abaixo reproduzimos uma ção da esquemática sensório-motriz. Para melhor
série de conselhos que são oferecidos pelos médicos, inteligência dêste ponto ( vide Adaptação psicológica
que servem para diminuir a sua intensidade: e Introdução),
a) limpeza - lave o rosto com água quente e sabo ACONSCIENTE Usado na Psicologia para indicar a
-
nete, mas suavemente, e sem esfregá-lo. ausência de consciência, quando se trata de sêres ina
nimados. O têrmo inconsciência seria empregado só
b) Dieta - não coma chocolate, côco, bebidas, ma mente para designar ausência de consciência nos; sê
riscos, nozes, castanhas, queijos e, sim, bastan res vivos.
te frutas, verduras e alimentos não-gordurosos.
ACROMATOPSIA ( ACROMAS IA ) - Incapacidade total
c) Exercício, ar puro e sol. ou parcial na distinção das côres. Quando total, cha
ma-se cegueira cromática, embora permaneça a sen
d) Repouso.
sação luminosa, isto é, a percepção do branco e negro,
e) Evacuações normais -os transtôrnos intesti uma visão puramente fotográfica do mundo. A par
nais e a prisão de ventre são, algumas vêzes, a cial ou discromatopsia, em sentido mais geral dalto
causa da acne. nismo, incapacidade de distinguir uma côr de outra,
ou perceber uma determinada côr. Usado mais ra
ACOMODAÇÃO - a) Processo pelo qual um organismo ramente o têrmo acromasia.
procura sua adaptação funcional.
AÇúCARES - ( Vide Nutdção ) .
b ) O estado alcançado pelo processo a. {As .
acepções a e b foram propostas por J. M. Baldwin ). ACULTU ltAÇAO Vide Cultura ( incorporação à cultu
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ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA ( auxílios que se podem mi· Suas necessidades vitais são aplacadas por essa
nistrar ) - A adaptação da criança ao "nosso" mundo incorporação de bens, que lhe permitem, assim, que
é difícil, porque a "nossa" ordem não é a dela. Nós se torne apto à vida, que perdure. O aplacamento de
arrumamos as coisas em casa, segundo a ordem de sua.s necessidades se processa, para tormi.r-se apto ao
nossa intencionalidade, não segundo à da criança. É meio ambiente, pelas trocas que terá de efetuar, is
natural que ela "desarrume" o que nós queremos " ar to é, por sua adaptação, que é um estado de adequa
rumado". Não pode ela compreender a nossa ordem. ção, de equilíbrio dinâmico com o meio ambiente,
Mas nós devemos compreender a "dela", e, sobretudo, bem como o que atua sôbre êle. Como organismo,
compreender que é diferente da nossa. Mas a crian múltiplo em suas funções, estas, porém, não são de
ça se desenvolverá para o "nosso" mundo, porque o uma rigidez invariável, pois admitem, dentro do seu
dela terá de deixar para traz. Essa adaptação pode campo funcional, uma escalaridade, que lhe permite
rá processar-se por uma disciplinação rigorosa, como pôr-se de acôrdo, acordar-se, no todo ou em parte,
se fêz em certa época da humanidade, mas é preferí com o meio, quer por modificações interna.s, quer por
vel a do carinho e a da persuasão. A criança pode modificações externas, a fim de sobreviver. Essas
ser persuadida com certa firmeza, desde que a esta adaptações, cujo tema pertence sobretudo à biologia e
se ligue o carinho e o amor. Só assim ela aceitará a ciências afins, se dão dentro de uma escala limitada,
ordem dos pais sem temor nem ressentimento. A além da qual o organismo não pode ultrapassar, por
criança tende a confiar nos pais e nos mestres, e se sobrevir-lhe, inevitàvelmente, a morte. A adaptação
êstes se mostrarem disciplinados, mas com uma dose é assim restrita às disponibilidades do organismo .
sempre grande de carinho e compreensão, aceitará a
·
Constrói a Biologia, desta forma, um esquema
ordem que não é a dela.
.funcional da adaptação, que se processa pela acomo
Nunca se esqueça que a agressividade e a hosti dação ( ad comrnodo ), conformação, dar a forma ad,
lidade nas crianças é natural, como o é na própria ín para, o meio ambiente. E acomoda-se o ser vivo ao
dole da humanidade. Se os adultos não sabem domi meio ambiente com o que tem, com o conjunto de
nar seus impulsos, como poderão influir nas crianças seus esquemas biológicos, tornando-se como as coisas.
para que dominem os seus? Nunca devem os pais e E em face delas, e segundo êsses esquemas que se aco
mestres se impressionarem com as manifestações de modam, e dentro do seu âmbito, retira do meio am
agressividade e de hostilidade infantil. Devem consi biente o que lhe é assimilável, de ad simul, de seme
derá-las normais, mas superáveis. O que se deve fa lhante a . . . , que é a assimilação. Dêste modo funcio
zer é canalizá-las para ações sublimadas. Se a crian na a adaptação: a ) acomodação - exteriorização dos
ça quer bater, ponha-lhe às mãos um martelo e ensi esquemas ad . . . ; b ) assimilação - tornar semelhante,
nem-na a usá-lo de modo regular. Quer amassar, dê- segundo os esquemas, ao que se assemelha aos esque
, -lhe massa plástica para fazê-lo. Quer romper, ensi mas, ao que se assemelha aos esquemas, ad simul.
J
ne-se a cortar. Estudem-se as regras e normas prá
ticas que são oferecidas nos diversos artigos. Na adaptação biológica, há:
ADAPTAÇÃO PSICOLóGICA - Todo organismo vivo é 1 ) incorporação dos elementos assimilados pe
um ser de máxima heterogeneidade, onde a intensida las funções metabólicas do organismo;
de prepondera sôbre a extensidade, e que se hetero
geneiza ante o mundo ambiente, onde está imerso, 2) criação de novos esquemas globais, que se es
outro e oposto a êle, mas do qual, naturalmente, de truturam, segundo as experiências por que passam,
pende. Mostra-nos a biologia que êsse ser vivo, or que lhes dão nova ordem, os quais, enriquecidos das
ganizado, mantém trocas com os elementos ambien novas experiências, vão, por sua vez, acomodar-se, já
tais; que ora os incorpora ao organismo por assimi incluindo, memorizadas, as experiências anteriores, o
lação, ora dejecta-os quando não lhe é permitida essa que explicaria as adaptações adquiridas, distintas das
assimílaçã.o, ou também por oferecer perigo. fixas, que seriam as normais dos esquemas biológicos.
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ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA ( auxílios que se podem mi· Suas necessidades vitais são aplacadas por essa
nistrar ) - A adaptação da criança ao "nosso" mundo incorporação de bens, que lhe permitem, assim, que
é difícil, porque a "nossa" ordem não é a dela. Nós se torne apto à vida, que perdure. O aplacamento de
arrumamos as coisas em casa, segundo a ordem de sua.s necessidades se processa, para tormi.r-se apto ao
nossa intencionalidade, não segundo à da criança. É meio ambiente, pelas trocas que terá de efetuar, is
natural que ela "desarrume" o que nós queremos " ar to é, por sua adaptação, que é um estado de adequa
rumado". Não pode ela compreender a nossa ordem. ção, de equilíbrio dinâmico com o meio ambiente,
Mas nós devemos compreender a "dela", e, sobretudo, bem como o que atua sôbre êle. Como organismo,
compreender que é diferente da nossa. Mas a crian múltiplo em suas funções, estas, porém, não são de
ça se desenvolverá para o "nosso" mundo, porque o uma rigidez invariável, pois admitem, dentro do seu
dela terá de deixar para traz. Essa adaptação pode campo funcional, uma escalaridade, que lhe permite
rá processar-se por uma disciplinação rigorosa, como pôr-se de acôrdo, acordar-se, no todo ou em parte,
se fêz em certa época da humanidade, mas é preferí com o meio, quer por modificações interna.s, quer por
vel a do carinho e a da persuasão. A criança pode modificações externas, a fim de sobreviver. Essas
ser persuadida com certa firmeza, desde que a esta adaptações, cujo tema pertence sobretudo à biologia e
se ligue o carinho e o amor. Só assim ela aceitará a ciências afins, se dão dentro de uma escala limitada,
ordem dos pais sem temor nem ressentimento. A além da qual o organismo não pode ultrapassar, por
criança tende a confiar nos pais e nos mestres, e se sobrevir-lhe, inevitàvelmente, a morte. A adaptação
êstes se mostrarem disciplinados, mas com uma dose é assim restrita às disponibilidades do organismo .
sempre grande de carinho e compreensão, aceitará a
·
Constrói a Biologia, desta forma, um esquema
ordem que não é a dela.
.funcional da adaptação, que se processa pela acomo
Nunca se esqueça que a agressividade e a hosti dação ( ad comrnodo ), conformação, dar a forma ad,
lidade nas crianças é natural, como o é na própria ín para, o meio ambiente. E acomoda-se o ser vivo ao
dole da humanidade. Se os adultos não sabem domi meio ambiente com o que tem, com o conjunto de
nar seus impulsos, como poderão influir nas crianças seus esquemas biológicos, tornando-se como as coisas.
para que dominem os seus? Nunca devem os pais e E em face delas, e segundo êsses esquemas que se aco
mestres se impressionarem com as manifestações de modam, e dentro do seu âmbito, retira do meio am
agressividade e de hostilidade infantil. Devem consi biente o que lhe é assimilável, de ad simul, de seme
derá-las normais, mas superáveis. O que se deve fa lhante a . . . , que é a assimilação. Dêste modo funcio
zer é canalizá-las para ações sublimadas. Se a crian na a adaptação: a ) acomodação - exteriorização dos
ça quer bater, ponha-lhe às mãos um martelo e ensi esquemas ad . . . ; b ) assimilação - tornar semelhante,
nem-na a usá-lo de modo regular. Quer amassar, dê- segundo os esquemas, ao que se assemelha aos esque
, -lhe massa plástica para fazê-lo. Quer romper, ensi mas, ao que se assemelha aos esquemas, ad simul.
J
ne-se a cortar. Estudem-se as regras e normas prá
ticas que são oferecidas nos diversos artigos. Na adaptação biológica, há:
ADAPTAÇÃO PSICOLóGICA - Todo organismo vivo é 1 ) incorporação dos elementos assimilados pe
um ser de máxima heterogeneidade, onde a intensida las funções metabólicas do organismo;
de prepondera sôbre a extensidade, e que se hetero
geneiza ante o mundo ambiente, onde está imerso, 2) criação de novos esquemas globais, que se es
outro e oposto a êle, mas do qual, naturalmente, de truturam, segundo as experiências por que passam,
pende. Mostra-nos a biologia que êsse ser vivo, or que lhes dão nova ordem, os quais, enriquecidos das
ganizado, mantém trocas com os elementos ambien novas experiências, vão, por sua vez, acomodar-se, já
tais; que ora os incorpora ao organismo por assimi incluindo, memorizadas, as experiências anteriores, o
lação, ora dejecta-os quando não lhe é permitida essa que explicaria as adaptações adquiridas, distintas das
assimílaçã.o, ou também por oferecer perigo. fixas, que seriam as normais dos esquemas biológicos.
- 38 - - 39 -
Discute-se, aqui, se há adaptações adquiridas ou A lei protege a criança e estabelece normas que
não, e se elas são apenas possibilidades atualizadas regulam a adoção, exigindo, como imprescindível, a
das adaptações fixas, isto é, do conjunto dos esquemas vida ilibada dos que aspirem a tornarem-se pais
biológicos, previamente dados.
•
adotivos, de modo que a criança posr:11 dêles receber
I
Como os sêres vivos são mais ou menos com o nome, e tenha um lar onde não sofra dissabores.
plexos, entre êles conhecemos os que em seu funcio É importante dizer-se à criança adotada que ela
namento revelam uma diferenciação tal de funções, o foi, antts que venna a saber por outros, pois isto
que são portadores de um sistema psíquico complexo, só acarretaria situações complexas e, muitas vêzes,
como os animais superiores e, entre êles, o homem, 1nsustentáveis.
que dêles se diferenciou ainda mais por ser portador ADOLESCíl:NCIA - Comprende-se por adolescência, o pe
de um espírito ( nous ), que é criador. ríodo de vida que se estende da puberdade à matu
E êsse sistema psíquico, como se observa, fun riaade viril, em geral, nos homens, dos 14 aos 25
ciona dentro do campo da biologia, por adaptações, anos e, na mulher, dos 12 aos 2L Há muitas restri'
que levam à incorporação de elementos do mundo ções para esta delimitação. Em primeiro lugar, va
exterior assimilados, mas se distingue por construir ria muito a iaade em que aparecem os sintomas da
seus próprios esquemas, esquemas psíquicos, que puberdade, tais como a menstruação na mulher, e
não funcionam por incorporação biológica, mas por o véu púbico e axilar, e outras características secun
assimilações de outra ordem, o que leva a distinguir dárias, no homE>m.
a psicologia das ciênéias naturais, quanto a êste O conceito de maturidade varia conforme o tipo
ponto, e torná-la, por sua vez, irredutível à biolog-ia, de cultura. · Por esta razão, alguns estudiosos acham
em oposição a todos os que se deixam empolgar pe melhor definir a adolescência pelo tipo de condu
las interpretações biológicas ( como no biologismo ), ta que observa o individuo ao passar da condição
que pretendem explicar os fatos psíquicos, reduzin de menino no de adulto. Daí, definir a adolescência
do-os a meras manifestações biológicas. como o período, durante o qual amadurecem as fun
Os esquemas naturais, bio-fisiológicos, de que dis ções da reprodução, e passam para primeira plana
pomos, nos permitem uma adaptação ( acomodação o problema de escolher a profissão e o matrimônio,
+ assimilação), condicionada ao seu alcance e que, assim ccmo o aparecimento de uma filosofia de vida.
para conhecermos além ou aquém, precisamos de ou
ADOLESCÊNCIA (problemas ) - A adolescência se pro
tros esquemas, que a êles agregamos, como apare
cessa algum tempo antes da puberdade; ou seja, da
lhes técnico-científicos, etc.
maturidade sexuaL Há certas mudanças glandulares
Vemos, assim, que nossos meios de contato com que se desenvolvem lentamente. É um processo de
o mundo exterior são de âmbito limitado. Além dis morado, ao qual acompanham inúmeras modificações
so, sabemos que os nossos órgãos dos sentidos não de carácter psicológico de máx1ma importância.
alcançam todos os campos dos fatos, mas apenas um
muito limitado, e que, graças à construção de outros As meninas desenvolvem-se fisicamente mais
esquemas, nos é permitido trad'uzir aos que nos são cedo que os homens, começando a puberciade, na
naturais. quelas, aos doze anos, e nos jovens, aos quatorze.
Há casos de retardamento, alcançando, respectiva
ADoÇAO - A adoção de uma criança por parta de casais mente, os quinze e até os dezessete anos. Há uma
sem filhos é uma medida usada em vários países, e série de mudanças emocionais, que precisam ser en
deve ser feita através de uma forma autorizada, de tendidas pelos pais. Devem êstes compreender que,
modo que se possa ter certeza de terem os pais re nêste período, as modificações são mais acentuadas.
nunciado legalmente aos seus direitos e que não rea Quanto às meninas, devem ser preparadas para o apa
parecerão mais tarde para reclamá-los. A adoçãP rrcimento da primeira menstruação. Quanto aos me
d'eve ser encarada como um assunto muito sério e ninos, devem ser advertidos que as ejaculações no
para tõd'a a vida. f umas fazem parte de um processo natural da ativi-
- 40 - - 41 -
Discute-se, aqui, se há adaptações adquiridas ou A lei protege a criança e estabelece normas que
não, e se elas são apenas possibilidades atualizadas regulam a adoção, exigindo, como imprescindível, a
das adaptações fixas, isto é, do conjunto dos esquemas vida ilibada dos que aspirem a tornarem-se pais
biológicos, previamente dados.
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adotivos, de modo que a criança posr:11 dêles receber
I
Como os sêres vivos são mais ou menos com o nome, e tenha um lar onde não sofra dissabores.
plexos, entre êles conhecemos os que em seu funcio É importante dizer-se à criança adotada que ela
namento revelam uma diferenciação tal de funções, o foi, antts que venna a saber por outros, pois isto
que são portadores de um sistema psíquico complexo, só acarretaria situações complexas e, muitas vêzes,
como os animais superiores e, entre êles, o homem, 1nsustentáveis.
que dêles se diferenciou ainda mais por ser portador ADOLESCíl:NCIA - Comprende-se por adolescência, o pe
de um espírito ( nous ), que é criador. ríodo de vida que se estende da puberdade à matu
E êsse sistema psíquico, como se observa, fun riaade viril, em geral, nos homens, dos 14 aos 25
ciona dentro do campo da biologia, por adaptações, anos e, na mulher, dos 12 aos 2L Há muitas restri'
que levam à incorporação de elementos do mundo ções para esta delimitação. Em primeiro lugar, va
exterior assimilados, mas se distingue por construir ria muito a iaade em que aparecem os sintomas da
seus próprios esquemas, esquemas psíquicos, que puberdade, tais como a menstruação na mulher, e
não funcionam por incorporação biológica, mas por o véu púbico e axilar, e outras características secun
assimilações de outra ordem, o que leva a distinguir dárias, no homE>m.
a psicologia das ciênéias naturais, quanto a êste O conceito de maturidade varia conforme o tipo
ponto, e torná-la, por sua vez, irredutível à biolog-ia, de cultura. · Por esta razão, alguns estudiosos acham
em oposição a todos os que se deixam empolgar pe melhor definir a adolescência pelo tipo de condu
las interpretações biológicas ( como no biologismo ), ta que observa o individuo ao passar da condição
que pretendem explicar os fatos psíquicos, reduzin de menino no de adulto. Daí, definir a adolescência
do-os a meras manifestações biológicas. como o período, durante o qual amadurecem as fun
Os esquemas naturais, bio-fisiológicos, de que dis ções da reprodução, e passam para primeira plana
pomos, nos permitem uma adaptação ( acomodação o problema de escolher a profissão e o matrimônio,
+ assimilação), condicionada ao seu alcance e que, assim ccmo o aparecimento de uma filosofia de vida.
para conhecermos além ou aquém, precisamos de ou
ADOLESCÊNCIA (problemas ) - A adolescência se pro
tros esquemas, que a êles agregamos, como apare
cessa algum tempo antes da puberdade; ou seja, da
lhes técnico-científicos, etc.
maturidade sexuaL Há certas mudanças glandulares
Vemos, assim, que nossos meios de contato com que se desenvolvem lentamente. É um processo de
o mundo exterior são de âmbito limitado. Além dis morado, ao qual acompanham inúmeras modificações
so, sabemos que os nossos órgãos dos sentidos não de carácter psicológico de máx1ma importância.
alcançam todos os campos dos fatos, mas apenas um
muito limitado, e que, graças à construção de outros As meninas desenvolvem-se fisicamente mais
esquemas, nos é permitido trad'uzir aos que nos são cedo que os homens, começando a puberciade, na
naturais. quelas, aos doze anos, e nos jovens, aos quatorze.
Há casos de retardamento, alcançando, respectiva
ADoÇAO - A adoção de uma criança por parta de casais mente, os quinze e até os dezessete anos. Há uma
sem filhos é uma medida usada em vários países, e série de mudanças emocionais, que precisam ser en
deve ser feita através de uma forma autorizada, de tendidas pelos pais. Devem êstes compreender que,
modo que se possa ter certeza de terem os pais re nêste período, as modificações são mais acentuadas.
nunciado legalmente aos seus direitos e que não rea Quanto às meninas, devem ser preparadas para o apa
parecerão mais tarde para reclamá-los. A adoçãP rrcimento da primeira menstruação. Quanto aos me
d'eve ser encarada como um assunto muito sério e ninos, devem ser advertidos que as ejaculações no
para tõd'a a vida. f umas fazem parte de um processo natural da ativi-
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dade sexual. As informações sôbre o outro sexo são riência, êle aceita uma vigilância que lhe impeça co
importantes, e devem ser dadas de modo suficiente. meter erros, quando esta se processa de modo hábil.
Neste período, os jovens revelam certa incoerência, Devem os pais dar oportnnidade aos filhos de expo
certa inconseqüência no seu atuar, o que não deve es rem suas razões, e nunca esquecer que a juventude
tranhar aos pais. Êstes sentem que os filhos se afas tem de ser responsável pelos seus próprios atos e
tam, que não procedem mais como crianças, e temem pensamentos. É digno de todo respeite o desejo de
os desvios perigosos. Mas a liberdade da próxima liberdade que inspira os jovens. Embora muitos
maturidade não implica um afastamento da dependên julguem o contrário, o adolescente é muito mais se
cia dos tempos passados. Apenas, os país tendem a vero para consigo mesmo e muito mais mcral. Con
ver exageradamente as manifestações de independên serva princípios de honra, amizade, lealdade e os te
cia, a ânsia de liberdade. Esta ânsia é que vai fir mas morais são objeto de suas conversações. Po
mar a personalidade. Coisas sem importância adqui dem, levados por um impulso incontrolável, prati
rem o aspecto de suma gravidade, porque os-pais atri car atos indevidos, mas, em regra geral, têm um
buem intenções que nem sempre os filhos emprestam domínio muito maior do que comumente se pensa.
acs seus atos. Às vêzes, os pais, recordando a ju Em sua quase totalidade, os adolescentes são idealis
tas e capazes de um trabalho intelectual bem inten
ventude, vêem perigos, onde realmente não os há. O
so, e de uma boa fé impressionante. Aquêles que
desenvolvimento psíquico do adolescente é muito
abusam desta boa fé e dêste idealismo, para trans
lento, enquanto o corporal é mais rápido. Manifes
formar os jovens em instrumento de suas manobras
ta-se uma falta de concentração, um humor variá
de perturbação da ordem social e das suas ambições
vel, às vêzes um sonhar desperto, mas tudo isto não
políticas, cometem um crime inominável, porque
deve preocupar os pais, salvo se se prolongar inde exploram o que há de mais são e mais nobre na ju
finidamente. Nesta época, o jovem ama o perigo e · ventude. Uma adolescência desenvolvida normal
a controvérsia, e não é de admirar que tome atitu mente permitirá que o jovem alcance a maturidade
des no campo dus idéias em oposição às dos pais. com uma segurança que auxiliará, depois, quando
Tudo isto é um estágio que passará, porque, com o construir família e fôr pai, a dar aos filhos aquela
tempo, o jovem maduro compreenderá a justeza das educação que melhor os oriente para a vida.
posições de seus pais, quando estas forem, realmente,
ADULTOS ( a educação dos) - Atualmente, a educação
bem fnnd'adas. Os pais devem deixar os filhos assu
organizada para adultos é largamente utilizada em
mirem uma certa responsabilidade dos seus próprios
vários países. Organizam-se cursos e conferências,
atos, em vez de estarem constantemente chamando
destinados à formação pós-secnndária, com os mais
-lhes a atenção para o que devem fazer. Devem re
variados temas, como, também, para a dona-de-casa
cordar as suas obrigações de modo indireto. Em e para os pais que necessitem de conselhos.
vez de dizer-lhes: "Você vai fazer os seus exercícios, e
depois irá passear", é preferível dizer: "Depois de fa AFETIVIDADE - a) Carácter dos fenômenos afetivos.
zer os seus exercícios, irá passear, se quiser". Neste b ) Função do psiquismo que, para Aristóteles,
período, o desejo de independência do jovem é mani é considerada como a consciência que se ajunta ao
festo e normal, e devem os pais comprendê-lo, e não ato psíquico. Para os evolucionistas, fisiologistas
tentarem impedir que o processo siga o seu curso em geral, etc. ( Spencer, Mill, Darwin, etc.) é um si
normal. nal, um estado de consciência utilitária.
Revela-se a atividade contrariada ou não. As
Não devem impedir as ligações com grupos, que teorias fisiologistas incluem-na na sensibilidade co
os filhos fatalmente manterão, sem que isto dispen mo um epüenômeno desta.
se uma vigilância de acôrdo com as normas familia
Nosso psiquismo, com suas raízes na sensibili
res, mas tendo sempre o cuidado de não provocarem
dade, funciona, polarizando-se na intelectualidade e
um ressentimento. Embora o jovem deseje a expe-
na afetividade.
- 42 - - 43 -
dade sexual. As informações sôbre o outro sexo são riência, êle aceita uma vigilância que lhe impeça co
importantes, e devem ser dadas de modo suficiente. meter erros, quando esta se processa de modo hábil.
Neste período, os jovens revelam certa incoerência, Devem os pais dar oportnnidade aos filhos de expo
certa inconseqüência no seu atuar, o que não deve es rem suas razões, e nunca esquecer que a juventude
tranhar aos pais. Êstes sentem que os filhos se afas tem de ser responsável pelos seus próprios atos e
tam, que não procedem mais como crianças, e temem pensamentos. É digno de todo respeite o desejo de
os desvios perigosos. Mas a liberdade da próxima liberdade que inspira os jovens. Embora muitos
maturidade não implica um afastamento da dependên julguem o contrário, o adolescente é muito mais se
cia dos tempos passados. Apenas, os país tendem a vero para consigo mesmo e muito mais mcral. Con
ver exageradamente as manifestações de independên serva princípios de honra, amizade, lealdade e os te
cia, a ânsia de liberdade. Esta ânsia é que vai fir mas morais são objeto de suas conversações. Po
mar a personalidade. Coisas sem importância adqui dem, levados por um impulso incontrolável, prati
rem o aspecto de suma gravidade, porque os-pais atri car atos indevidos, mas, em regra geral, têm um
buem intenções que nem sempre os filhos emprestam domínio muito maior do que comumente se pensa.
acs seus atos. Às vêzes, os pais, recordando a ju Em sua quase totalidade, os adolescentes são idealis
tas e capazes de um trabalho intelectual bem inten
ventude, vêem perigos, onde realmente não os há. O
so, e de uma boa fé impressionante. Aquêles que
desenvolvimento psíquico do adolescente é muito
abusam desta boa fé e dêste idealismo, para trans
lento, enquanto o corporal é mais rápido. Manifes
formar os jovens em instrumento de suas manobras
ta-se uma falta de concentração, um humor variá
de perturbação da ordem social e das suas ambições
vel, às vêzes um sonhar desperto, mas tudo isto não
políticas, cometem um crime inominável, porque
deve preocupar os pais, salvo se se prolongar inde exploram o que há de mais são e mais nobre na ju
finidamente. Nesta época, o jovem ama o perigo e · ventude. Uma adolescência desenvolvida normal
a controvérsia, e não é de admirar que tome atitu mente permitirá que o jovem alcance a maturidade
des no campo dus idéias em oposição às dos pais. com uma segurança que auxiliará, depois, quando
Tudo isto é um estágio que passará, porque, com o construir família e fôr pai, a dar aos filhos aquela
tempo, o jovem maduro compreenderá a justeza das educação que melhor os oriente para a vida.
posições de seus pais, quando estas forem, realmente,
ADULTOS ( a educação dos) - Atualmente, a educação
bem fnnd'adas. Os pais devem deixar os filhos assu
organizada para adultos é largamente utilizada em
mirem uma certa responsabilidade dos seus próprios
vários países. Organizam-se cursos e conferências,
atos, em vez de estarem constantemente chamando
destinados à formação pós-secnndária, com os mais
-lhes a atenção para o que devem fazer. Devem re
variados temas, como, também, para a dona-de-casa
cordar as suas obrigações de modo indireto. Em e para os pais que necessitem de conselhos.
vez de dizer-lhes: "Você vai fazer os seus exercícios, e
depois irá passear", é preferível dizer: "Depois de fa AFETIVIDADE - a) Carácter dos fenômenos afetivos.
zer os seus exercícios, irá passear, se quiser". Neste b ) Função do psiquismo que, para Aristóteles,
período, o desejo de independência do jovem é mani é considerada como a consciência que se ajunta ao
festo e normal, e devem os pais comprendê-lo, e não ato psíquico. Para os evolucionistas, fisiologistas
tentarem impedir que o processo siga o seu curso em geral, etc. ( Spencer, Mill, Darwin, etc.) é um si
normal. nal, um estado de consciência utilitária.
Revela-se a atividade contrariada ou não. As
Não devem impedir as ligações com grupos, que teorias fisiologistas incluem-na na sensibilidade co
os filhos fatalmente manterão, sem que isto dispen mo um epüenômeno desta.
se uma vigilância de acôrdo com as normas familia
Nosso psiquismo, com suas raízes na sensibili
res, mas tendo sempre o cuidado de não provocarem
dade, funciona, polarizando-se na intelectualidade e
um ressentimento. Embora o jovem deseje a expe-
na afetividade.
- 42 - - 43 -
perança, etc., e parece evidente que só o maior grau
Geralmente a afetividade e a sensibilidade são
de complexidade as distingue àos afetos hedônicos.
confundidas. Na sensibilidade, há a topicidade do
que é objetivo em face do cognoscente. Há uma Em suma, afeto é o estado emocional positivo,
dor aqui, ali. em geral para pessoas, mas também para animais do
mésticos. Na família, a criança é natural centro de
Mas, assim como a intuição intelectual serve de afeto e amor, e também retribue normalmente, êste
ponte de ligação entre a sensibilidad� e a intelectua· afeto.
lidade, os estados de agradabilidade e de desagrada
bilid&de são afetivos. O prazer e o desprazer, quan AFEIÇÃO - Quando a criança manifesta um intenso in
do tópicos, são da sensibilidade. Mas quando per terêsse por qualquer ocupação, ela é afeiçoada a tal.
dem a topicid'ade, para se darem difusos pelo ser Muitas delas fazem coisas vanadas, até encontrar
humano, tornam-se afetivos, e são raízes da afeti uma que lhes prenda a atenção. Até os 7 ou 8 anos
vidade no seu aprofundar na sensibilidade. é muito difícil que ela tenha uma afeição, só no mo
·
mento em que se ocupa, sistemàticamente, é que po
AFETIVIDADE ( característica da ) - Na afetividade tam demos dizer que é afeiçoada. E muito cnmum as
bem há connec1mento. Mas, aqui, a separação en coleções àe pedras, insetos, flôres prensadas entre
tre sujeito e objeto não é tão marcante como na in livros, moedas, selos, etc., durante a infância e até
telectualidade, pois o sujeito e objeto, no que se na juventude. Vários sinônimos podem ser apre
chama estado afetivo, se fundem. Não estamos em sentados: inclinação, queda para, índole, penuor,
face de um conhecimento ( de cognoscere ), mas de gôsto, predileção, propendência.
um fundir-se; pois sujeito e objeto são o mesmo.
V ide Introdução. AFOGAMENTO - Vide Puericultura- 10.0 cap. § 4, e
Respiração artificial.
AFETO - a) Com afeto, designamos cada mudança de
disposição na sensibilidade, que é provocada por um AFONIA - Vide Rouquidão.
motivo exterior. É ligada sempre a uma tendência, AFRASIA - Incapacidade de falar por meio de frases,
sem entretanto confundir-se com ela. ( Mudança de embora se faça por palavras soltas. Incapacidade
disposição não significa, evidentemente, uma modi de construir frases por inferioridade mental.
ficação na estrutura natural da sensibilidade, mas
uma determinação intrínseca, análoga ao que, na re AFTAS - É comum aparecerem na bôca dos bebês, loca
gião cognoscitiva, se nomeia com o têrmo escolástico lizadas na língua e nas gengivas, umas regiões de
" intencional" . ) côr branca, e que, esfregadas, podem sangrar um
pouco. É crença difundida que tal se deve pela fal
Pela defin4;ão dada, os aretos pertencem aps ta de higiene do bico do seio da mãe, mas isto pode
sentimentos, formando entre êles uma categoria pró ocorrer em qualquer bebê, apesar de ser êle cuida
pria ao lado das " tendências afetivas". do com tôda higiene.
b ) A confusão reinante na terminologia dêsse O médico deve ser chamado e antes que a crian
têrmo e daqueles que lhe são relacionados, torna-se, ça tome algum medicamento. Pode dar-se ao bebe
particularmente, visível no facto de que "afeto" apli um pouco de água fervida, depms de ter êle mamado.
ca-se ac mesmo tempo num sentido mais restrito e ex Vide Puericultura, 12.0 cap., § 1.
clusivo aos fatos hedônicos, de prazer e dor, que fi
guram como sub-grupo dos "afetos" no sentido mais AGITAÇÃO - (Vicie Inquietud� ).
amplo, e sendo de uma natureza menos comolexa, AGNóSIA - (Do gr. alfa privativo a, e gnosis, conheci-
r.poiam-se, com o tais, às "emoções" propriamente di mento ) . .
tas, que formam o segundo s�b-grupo dos afetos, ao
Têrmo empregado para designar . a amnésia per
lado de "prazer e dor", mas que, por sua parte, em
ceptiva, consistente na incapacidade ct:e reconhecer os
outra terminologia, incluem êsses últimos. As emo
símbolos usuais, sem perturbação das sensações. Es-
ções propriamente ditas são a cólera, o mêdo, a es-
- 45 -
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perança, etc., e parece evidente que só o maior grau
Geralmente a afetividade e a sensibilidade são
de complexidade as distingue àos afetos hedônicos.
confundidas. Na sensibilidade, há a topicidade do
que é objetivo em face do cognoscente. Há uma Em suma, afeto é o estado emocional positivo,
dor aqui, ali. em geral para pessoas, mas também para animais do
mésticos. Na família, a criança é natural centro de
Mas, assim como a intuição intelectual serve de afeto e amor, e também retribue normalmente, êste
ponte de ligação entre a sensibilidad� e a intelectua· afeto.
lidade, os estados de agradabilidade e de desagrada
bilid&de são afetivos. O prazer e o desprazer, quan AFEIÇÃO - Quando a criança manifesta um intenso in
do tópicos, são da sensibilidade. Mas quando per terêsse por qualquer ocupação, ela é afeiçoada a tal.
dem a topicid'ade, para se darem difusos pelo ser Muitas delas fazem coisas vanadas, até encontrar
humano, tornam-se afetivos, e são raízes da afeti uma que lhes prenda a atenção. Até os 7 ou 8 anos
vidade no seu aprofundar na sensibilidade. é muito difícil que ela tenha uma afeição, só no mo
·
mento em que se ocupa, sistemàticamente, é que po
AFETIVIDADE ( característica da ) - Na afetividade tam demos dizer que é afeiçoada. E muito cnmum as
bem há connec1mento. Mas, aqui, a separação en coleções àe pedras, insetos, flôres prensadas entre
tre sujeito e objeto não é tão marcante como na in livros, moedas, selos, etc., durante a infância e até
telectualidade, pois o sujeito e objeto, no que se na juventude. Vários sinônimos podem ser apre
chama estado afetivo, se fundem. Não estamos em sentados: inclinação, queda para, índole, penuor,
face de um conhecimento ( de cognoscere ), mas de gôsto, predileção, propendência.
um fundir-se; pois sujeito e objeto são o mesmo.
V ide Introdução. AFOGAMENTO - Vide Puericultura- 10.0 cap. § 4, e
Respiração artificial.
AFETO - a) Com afeto, designamos cada mudança de
disposição na sensibilidade, que é provocada por um AFONIA - Vide Rouquidão.
motivo exterior. É ligada sempre a uma tendência, AFRASIA - Incapacidade de falar por meio de frases,
sem entretanto confundir-se com ela. ( Mudança de embora se faça por palavras soltas. Incapacidade
disposição não significa, evidentemente, uma modi de construir frases por inferioridade mental.
ficação na estrutura natural da sensibilidade, mas
uma determinação intrínseca, análoga ao que, na re AFTAS - É comum aparecerem na bôca dos bebês, loca
gião cognoscitiva, se nomeia com o têrmo escolástico lizadas na língua e nas gengivas, umas regiões de
" intencional" . ) côr branca, e que, esfregadas, podem sangrar um
pouco. É crença difundida que tal se deve pela fal
Pela defin4;ão dada, os aretos pertencem aps ta de higiene do bico do seio da mãe, mas isto pode
sentimentos, formando entre êles uma categoria pró ocorrer em qualquer bebê, apesar de ser êle cuida
pria ao lado das " tendências afetivas". do com tôda higiene.
b ) A confusão reinante na terminologia dêsse O médico deve ser chamado e antes que a crian
têrmo e daqueles que lhe são relacionados, torna-se, ça tome algum medicamento. Pode dar-se ao bebe
particularmente, visível no facto de que "afeto" apli um pouco de água fervida, depms de ter êle mamado.
ca-se ac mesmo tempo num sentido mais restrito e ex Vide Puericultura, 12.0 cap., § 1.
clusivo aos fatos hedônicos, de prazer e dor, que fi
guram como sub-grupo dos "afetos" no sentido mais AGITAÇÃO - (Vicie Inquietud� ).
amplo, e sendo de uma natureza menos comolexa, AGNóSIA - (Do gr. alfa privativo a, e gnosis, conheci-
r.poiam-se, com o tais, às "emoções" propriamente di mento ) . .
tas, que formam o segundo s�b-grupo dos afetos, ao
Têrmo empregado para designar . a amnésia per
lado de "prazer e dor", mas que, por sua parte, em
ceptiva, consistente na incapacidade ct:e reconhecer os
outra terminologia, incluem êsses últimos. As emo
símbolos usuais, sem perturbação das sensações. Es-
ções propriamente ditas são a cólera, o mêdo, a es-
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sa amnésia pode ser visual ( agnósia visual), cegueira cado nas mãos. As reações são diversas, pois, en
psíquica total, ou parcial, em que a cegueira verbal quanto um chora e bate pé, quando é reprimido, ou
é um caso particular, agnósia auditiva (surdez psíqui tro sômente chorará, ou se submeterá fàcilmente,
ca), táctil, das formas tácteis, etc. sem nenhum chôro ou grito. Sabe-se que as primei
ras reações da criança ante as diversas situações de
AGRAFIA - Impotência de escrever por efeito de parali terminam as difer�nças pessoais.
sia ce,rebral.
As crianças devem expressar o que sentem, e no
AGRESSÃO - Existem 4 acepções diferentes para êste momento que o sentem. Naturalmente que às vêzes
têrmo: 1.0) refere-se à auto-afirmação e atuação di a agressividade, manifestada numa determinada si
nâmica, num sentido geral; 2.0) expressa um ato de tuação, é excessiva. Assim a criança que briga mais
hostilidade com intenção de atacar e destruir; 3.0) vêzes que brinca com outras, que machuca um ani
desejo de conquistar a posse de uma pessoa ou ob mal caseiro, provàvelmente se sente tomada por
jeto; 4.0) deseje de conquistar o govêrno, domínio sentimentos de ansiedade ou de infelicidade. Neste
ou manejo de outra pessoa. Neste sentido, é que se caso, é preferível procurar-lhe dar carinho e com
fala da necessidade de agressividade. preensão em vez de castigá-la, pois isto só pioraria o
A agressão é a réplica mais primitiva e univer seu carácter. Outras vêzes o nascimento de outro
sal à frustração, e, portanto, é um postulado de va bebê pode provocar na criança crises dolorosas, que
lor geral a de que tôd'a agressão está precedida ou só poderão ser amenizadas com a compreensão e
acompanhada àe privações ou contratempos, enten paciência dos pais.
didos no mais amplo sentido. Existem 3 classes de
A falta de impulsos de agressividade é também
frustrações, que conduzem à agressão: 1.0) repres
um defeito. A criança sempre dócil e obediente não
são ou insatisfação de desejos; 2.0) interferência ou
é normal.
restrição na atividade; 3.0) fatôres exteriores, que
ameaçam sofrimentos físicos ou psicológicos. A Uma sã agressividade não deve ser tomada co
agressividade está também relacionada com a inse mo uma predisposição à luta, e sim, deve ser elogia
gurança; daí a criança abandonada tender a ser da no que tem de bom.
agressiva.
AJUDA DOMÉSTICA - A criança pode ser ensinada a aju
A agressão é imprescindível para conquistar um
dar a mãe e o pai em pequenas tarefas domésticas,
lugar no grupo social, e fazer frente à competência
desde que estas não sejam cansativas, além das suas
e à luta econômica. A agressão é a base de tôda ati
possibilidades e responsabilidades. Na adolescên
vidade construtiva; tôdas as realizações do homem cia, é importante que a jovem ou o j ovem ajudem
na ar.te e na indústria foram possíveis graças ao apro
em casa, e se acostumem a fazer o serviço com boa
veitamento dos impulsos agressivos como fôrça mo vontade.
triz.
Quando as crianças ainda têm pouca idade, os
A agressão violenta é prejudicial, mas, se inibi
pais devem estabelecer a norma de realizar o traba
da, conduz a uma violenta tensão residual. A agres
lho familiar num justa cooperação. Isto constrói e
sividade precisa ser controlada para ser construtiva.
solidifica os sentimentos de ajuda e de elevação mo
A solução ao problema da agressão destrutiva depen
ral, que mais tarde serão de grande valia. Assim,
de, especialmente, da educação, pois só ela pode orien
quando uma criança se aproxima do pai, pedindo pa
tar para um caminho positivo.
ra ajudá-lo, êste deve, pacientemente, ensiná-la a fa
AGRESSIVIDADE - A criança normalmente manifesta zer o mesmo e não esperar que a criança o faça per
agressividade em maior ou menor intensidade. Nos feitamente logo de início. Deve-se procurar no tra
bebês já se vê manifestada a agressividade, quando êle balho o lado agradável da cooperação, de forma que
tenta segurar um brinquedo, ,!20is se alguns agarram a criança e o jovem sintam que trabalham para wn
-no com fôrça, outros esperam que lhes seja colo- fim comum e de apôio mútuo.
- 46 - - 47 -
sa amnésia pode ser visual ( agnósia visual), cegueira cado nas mãos. As reações são diversas, pois, en
psíquica total, ou parcial, em que a cegueira verbal quanto um chora e bate pé, quando é reprimido, ou
é um caso particular, agnósia auditiva (surdez psíqui tro sômente chorará, ou se submeterá fàcilmente,
ca), táctil, das formas tácteis, etc. sem nenhum chôro ou grito. Sabe-se que as primei
ras reações da criança ante as diversas situações de
AGRAFIA - Impotência de escrever por efeito de parali terminam as difer�nças pessoais.
sia ce,rebral.
As crianças devem expressar o que sentem, e no
AGRESSÃO - Existem 4 acepções diferentes para êste momento que o sentem. Naturalmente que às vêzes
têrmo: 1.0) refere-se à auto-afirmação e atuação di a agressividade, manifestada numa determinada si
nâmica, num sentido geral; 2.0) expressa um ato de tuação, é excessiva. Assim a criança que briga mais
hostilidade com intenção de atacar e destruir; 3.0) vêzes que brinca com outras, que machuca um ani
desejo de conquistar a posse de uma pessoa ou ob mal caseiro, provàvelmente se sente tomada por
jeto; 4.0) deseje de conquistar o govêrno, domínio sentimentos de ansiedade ou de infelicidade. Neste
ou manejo de outra pessoa. Neste sentido, é que se caso, é preferível procurar-lhe dar carinho e com
fala da necessidade de agressividade. preensão em vez de castigá-la, pois isto só pioraria o
A agressão é a réplica mais primitiva e univer seu carácter. Outras vêzes o nascimento de outro
sal à frustração, e, portanto, é um postulado de va bebê pode provocar na criança crises dolorosas, que
lor geral a de que tôd'a agressão está precedida ou só poderão ser amenizadas com a compreensão e
acompanhada àe privações ou contratempos, enten paciência dos pais.
didos no mais amplo sentido. Existem 3 classes de
A falta de impulsos de agressividade é também
frustrações, que conduzem à agressão: 1.0) repres
um defeito. A criança sempre dócil e obediente não
são ou insatisfação de desejos; 2.0) interferência ou
é normal.
restrição na atividade; 3.0) fatôres exteriores, que
ameaçam sofrimentos físicos ou psicológicos. A Uma sã agressividade não deve ser tomada co
agressividade está também relacionada com a inse mo uma predisposição à luta, e sim, deve ser elogia
gurança; daí a criança abandonada tender a ser da no que tem de bom.
agressiva.
AJUDA DOMÉSTICA - A criança pode ser ensinada a aju
A agressão é imprescindível para conquistar um
dar a mãe e o pai em pequenas tarefas domésticas,
lugar no grupo social, e fazer frente à competência
desde que estas não sejam cansativas, além das suas
e à luta econômica. A agressão é a base de tôda ati
possibilidades e responsabilidades. Na adolescên
vidade construtiva; tôdas as realizações do homem cia, é importante que a jovem ou o j ovem ajudem
na ar.te e na indústria foram possíveis graças ao apro
em casa, e se acostumem a fazer o serviço com boa
veitamento dos impulsos agressivos como fôrça mo vontade.
triz.
Quando as crianças ainda têm pouca idade, os
A agressão violenta é prejudicial, mas, se inibi
pais devem estabelecer a norma de realizar o traba
da, conduz a uma violenta tensão residual. A agres
lho familiar num justa cooperação. Isto constrói e
sividade precisa ser controlada para ser construtiva.
solidifica os sentimentos de ajuda e de elevação mo
A solução ao problema da agressão destrutiva depen
ral, que mais tarde serão de grande valia. Assim,
de, especialmente, da educação, pois só ela pode orien
quando uma criança se aproxima do pai, pedindo pa
tar para um caminho positivo.
ra ajudá-lo, êste deve, pacientemente, ensiná-la a fa
AGRESSIVIDADE - A criança normalmente manifesta zer o mesmo e não esperar que a criança o faça per
agressividade em maior ou menor intensidade. Nos feitamente logo de início. Deve-se procurar no tra
bebês já se vê manifestada a agressividade, quando êle balho o lado agradável da cooperação, de forma que
tenta segurar um brinquedo, ,!20is se alguns agarram a criança e o jovem sintam que trabalham para wn
-no com fôrça, outros esperam que lhes seja colo- fim comum e de apôio mútuo.
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ALALIA - ( Psic.) Defeito dos órgãos vocais, que provoca ALIMENTOS MUITO COZIDOS - Vide Nutrição, Vita·
o mutismo. minas.
ALEGRIA - Do latim alacer, de onde alacridade. Signi· ALIMENTOS NOVOS - Vide Puericultura - 14.0 cap.,
fica atividade, disposição, e daí alegria. É um sen § 3.
timento de prazer, que não está ligado a uma região
determinada do organismo ( não é tôpicamente de· AUMENTOS VENENOSOS - Os sintomas mais comuns
terminada) . elo intoxicação ou envenenamento por algum alimen
to sao: náuseas, vômitos, dor abdominal, câimbras e
Alegria opõe-se à sensação de prazer, que é um cHnrrt�in. So se tem �:.egurança de que a criança in
gôzo físico. O contrário da alegria é a tristeza. f�l'rlu nl�um alimento venenoso, ao mesmo tempo que
Também não é tôpicamente determinada. As sensa mnnlft·stn um dôstcs sintomas, o tratamento imediato
ções são tóp�cas, mas os sentlmrntos são estados o provocnr o vfimHo. Caso não se saiba ao certo, é
anímicos, não tópicos. As teonas do século dezeno preferlvel a. consuHu. médica, pois às vêzes um ata·
ve sôbre a alegria simplificavam-na em explicações que do apendicite causa confusão, pensando tratar-se
meramente fisiológicas, mecâmcas, físico-químicas e do um envenenamento.
psíquicas, esquecendo que, nesse sentimento ou vi
vência emocional, havia algo de mais profundo, que t\LOúiA - Incapacidade de falar, devido a perturbações
ultrapassava a visão estreita predominante naquele do sistema nervoso.
tempo. Ao lado dos sentimentos meramente senso ALOPSICOSE - Na Psic., alucinações ou ilusões, que con
riais, há smtimentos espirituais, dirigidos a valôres f',istem em atribuir a outros, intenções, que são pro
mais altos. São sentimentos valorativos, que se ca jolaçõcs da malicia da pessoa que as sofre.
racterizam pela sua direção. A união entre ésses
sentimentos e as bases fisiológicas são mínimas, sem AJ:I'IC.UtHMO - Inclinação para proceder em benefício
que haja, mais profundo e fundamental no abismo, ou IH'ln hem c<JI.nr dos outros, mais de que no pró
uma diácrise entre êles. Entretanto, há outros sen ptlo. J•:mpreAn·st·, �crnlmcntc, em oposição a egoís·
timentos espirituais, que se misturam com os senso mu ou t·�ntJo.uno. A inclinaçfto altruística é substan·
riais, em que o apetite valorativo do espírito se mes dnlt1wntu um produto elo ambiente, e não se dá nas
cla com imagens e impulsos sensíveis. Assim, en crlnnçns pequenas. Vide Generosidade.
contramos muitas vivências, tais como a cólera, a
melancolia, a tristeza, que se ligam, também, com o i\ l..'l'URA ( Vide Estatura ) .
fisiológico, nêle atuando como a recepção de uma ALUCINAÇÃO - ( Psic.). É a interpretação anormal dos
notícia desagradável, que influi sôbre o fisiológico. dados das experiências sensoriais por meio de idea
ALERGIA - (Vide Puericultura - U" cap., § 16. ções não correspondentes à realidade exterior. Em
alguns casos, é sintoma de distúrbios mentais ou de
ALGESIA - ( Psic . ) - Capacidade para sentir a dor. En desequilíbrio, sobretudo quando continuados e per
quanto Analgesia expressa a ausência da sensação de sistentes.
dor; algesia expressa a sua presença normal.
Como sinônimos, temos a pseudo-percepção, a ilu·
ALIMENTAÇÃO - Vide Puericultura - 14." cap., § 1 e 2. são, idéia delirante. Na ilusão, há uma percepção
errônea dos dados sensoriais presentes; na alucina
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL - Vide Puericultura - 4.o
cap. § s.o.
ção, há o êrro de julgar, como presentes aos sentidos,
os estímulos não presentes, ou seja, há ausência de
ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ - Vide Puericultura - 4.� estimulação real.
cap., § 1.0 e 2.0•
Na idéia delirante, que se estabelece através de
ALIMENTAÇÃO MISTA - Vide Pue·ricultura - 4." cap., juízos, há uma interpretação falsa do valor da rea
§ 10. lidade, embora os estímulos sejam reais.
- 48 - - 49 -
ALALIA - ( Psic.) Defeito dos órgãos vocais, que provoca ALIMENTOS MUITO COZIDOS - Vide Nutrição, Vita·
o mutismo. minas.
ALEGRIA - Do latim alacer, de onde alacridade. Signi· ALIMENTOS NOVOS - Vide Puericultura - 14.0 cap.,
fica atividade, disposição, e daí alegria. É um sen § 3.
timento de prazer, que não está ligado a uma região
determinada do organismo ( não é tôpicamente de· AUMENTOS VENENOSOS - Os sintomas mais comuns
terminada) . elo intoxicação ou envenenamento por algum alimen
to sao: náuseas, vômitos, dor abdominal, câimbras e
Alegria opõe-se à sensação de prazer, que é um cHnrrt�in. So se tem �:.egurança de que a criança in
gôzo físico. O contrário da alegria é a tristeza. f�l'rlu nl�um alimento venenoso, ao mesmo tempo que
Também não é tôpicamente determinada. As sensa mnnlft·stn um dôstcs sintomas, o tratamento imediato
ções são tóp�cas, mas os sentlmrntos são estados o provocnr o vfimHo. Caso não se saiba ao certo, é
anímicos, não tópicos. As teonas do século dezeno preferlvel a. consuHu. médica, pois às vêzes um ata·
ve sôbre a alegria simplificavam-na em explicações que do apendicite causa confusão, pensando tratar-se
meramente fisiológicas, mecâmcas, físico-químicas e do um envenenamento.
psíquicas, esquecendo que, nesse sentimento ou vi
vência emocional, havia algo de mais profundo, que t\LOúiA - Incapacidade de falar, devido a perturbações
ultrapassava a visão estreita predominante naquele do sistema nervoso.
tempo. Ao lado dos sentimentos meramente senso ALOPSICOSE - Na Psic., alucinações ou ilusões, que con
riais, há smtimentos espirituais, dirigidos a valôres f',istem em atribuir a outros, intenções, que são pro
mais altos. São sentimentos valorativos, que se ca jolaçõcs da malicia da pessoa que as sofre.
racterizam pela sua direção. A união entre ésses
sentimentos e as bases fisiológicas são mínimas, sem AJ:I'IC.UtHMO - Inclinação para proceder em benefício
que haja, mais profundo e fundamental no abismo, ou IH'ln hem c<JI.nr dos outros, mais de que no pró
uma diácrise entre êles. Entretanto, há outros sen ptlo. J•:mpreAn·st·, �crnlmcntc, em oposição a egoís·
timentos espirituais, que se misturam com os senso mu ou t·�ntJo.uno. A inclinaçfto altruística é substan·
riais, em que o apetite valorativo do espírito se mes dnlt1wntu um produto elo ambiente, e não se dá nas
cla com imagens e impulsos sensíveis. Assim, en crlnnçns pequenas. Vide Generosidade.
contramos muitas vivências, tais como a cólera, a
melancolia, a tristeza, que se ligam, também, com o i\ l..'l'URA ( Vide Estatura ) .
fisiológico, nêle atuando como a recepção de uma ALUCINAÇÃO - ( Psic.). É a interpretação anormal dos
notícia desagradável, que influi sôbre o fisiológico. dados das experiências sensoriais por meio de idea
ALERGIA - (Vide Puericultura - U" cap., § 16. ções não correspondentes à realidade exterior. Em
alguns casos, é sintoma de distúrbios mentais ou de
ALGESIA - ( Psic . ) - Capacidade para sentir a dor. En desequilíbrio, sobretudo quando continuados e per
quanto Analgesia expressa a ausência da sensação de sistentes.
dor; algesia expressa a sua presença normal.
Como sinônimos, temos a pseudo-percepção, a ilu·
ALIMENTAÇÃO - Vide Puericultura - 14." cap., § 1 e 2. são, idéia delirante. Na ilusão, há uma percepção
errônea dos dados sensoriais presentes; na alucina
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL - Vide Puericultura - 4.o
cap. § s.o.
ção, há o êrro de julgar, como presentes aos sentidos,
os estímulos não presentes, ou seja, há ausência de
ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ - Vide Puericultura - 4.� estimulação real.
cap., § 1.0 e 2.0•
Na idéia delirante, que se estabelece através de
ALIMENTAÇÃO MISTA - Vide Pue·ricultura - 4." cap., juízos, há uma interpretação falsa do valor da rea
§ 10. lidade, embora os estímulos sejam reais.
- 48 - - 49 -
ALUCINOSE - ( Psic. ) . É a tendência para sofrer trans crianças, compartilhando com elas dos seus brinque
tornos alucinatórios, sem qualquer perturbação da dos e jogos, de forma que será muito mais fácil, pos
consciência, ou a presença de outros sintomas. Ge teriormente, sua adaptação à vida escolar.
ralmente se emprega para os casos já doentios.
Na fase escolar, é comum ter um amigo ou vá
AMBIÇÃO - O desejo de adquirir uma posição, ser co rios, com os quais compartilha suas idéias e suas de
nhecido e ter prestígio é uma aspiração natural, que cepções.
forma parte do processo do crescimento. As crian
ças manifestam ambição desde a mais tenra idade, e Os pais devem facilitar a formação de amizades,
em geral estas são determinadas pelo que vêem os não procurando só ver defeitos nos amigos e, sim,
outros fazer, pela posição da família, etc. r' que se desenvolva o sentimento de amizade, que é
mais importante que as verdadeiras virtudes do ami
A ambição em demasia, assim como a falta de
go.
ambição, são dois extremos prejudiciais e devem ser
combatidos com inteligência e persistência. AMIGDALITE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 4.
AMBIDEXTRALIDADE - Capacidade de usar igualmen AMIMIA - Perturbação da linguagem, que se caracteriza
te as mãos para a execução de atos motores, com ca pela incapacidade de fazer gestos expressivos ou sig
pacidade mais ou menos iguais. nificativos.
AMBIENTE - Nas considerações a respeito do desenvol AMIZADE - a) Inclinação eletiva recíproca entre duas
vimento humano, geralmente opõe-se o conceito de pessoas. Amizade difere, portanto, do amor, pela au
ambiente ao de herança. Também se contradizem sência do carácter sexual, e pela condição de recipro
aquisição e natureza. Deve considerar-se herança CO· cidade. Amizade pode ser estendida a um grupo de
mo um padrão das potencialidades humanas, no mo I mnls do <'luns pessoas, ficando, porém, como base, a
mento da concepção, e a aquisição como um com· n·<:lt>l'()cJdndo, que se dá entre os indivíduos.
plexo de fôrças e oportunidades fisicas e sociais que
contribuem ou atrazam o desenvolvimento de tais po h 1 A IUniim<lo formou um traço particularmente
tencialidades. l:inliNllt• (la vida grega, distinguindo Aristóteles três
mnt17.cs: a amizade, que tem por objeto o prazer, a
A mutabilidade é um componente essencial da
que tem por objeto o interêsse, e a que tem por objeto
natureza humana. O ambiente é significativo na vi
'·' o bem moral.
da da criança, principalmente nos primeiros anos de
vida.
��
Só à última êle concedeu o atributo de ser perfei-
ta.
AMBIVAL.t;NCIA - Presença simultânea ci'e emoções
opostas na mesma pessoa. Segundo a Psic., em todos c ) A palavra amizade também se usa em senti
os sêres humanos há sempre dois valôres afetivos do mais lato, que não exclui, necessàriamente, o ca
opostos ( ambivalentes ). Vide Plurivalência. rácter sexual, nem exige a reciprocidade.
AM:E.:NCIA - Ausência de mente, deficiência mental que d) Também a palavra amigo tem um uso menos
atinge a loucura. Vide Deficiência Mental. estritamente definido como em "um amigo da huma
nidade", onde uma reciprocidade dificilmente pode
AMENORRÉIA - ( Vide Menstruação ).
ser obtida.
AMIGOS - A criança deve começar a ter amigos desde a I AMNÉSIA - Incapacidade total ou parcial para recordar
idade pré-escolar. Assim é preciso, já com esta ida..
de, proporcionar-lhe um ambiente em que tenha con oü identificar experiências passadas.
tato com outras crianças da mesma idade, de forma I .r
AMOR - É muito importante para a criança que tenha à
que se ambiente, a pouco e pouco, com a vida infan sua volta compreensão, ternura, e amor. Cabe aos
til. Isto a acostumará à convivência com outras pais a maior quota de todos êstes sentimentos, e é
- 50 - - 51 -
ALUCINOSE - ( Psic. ) . É a tendência para sofrer trans crianças, compartilhando com elas dos seus brinque
tornos alucinatórios, sem qualquer perturbação da dos e jogos, de forma que será muito mais fácil, pos
consciência, ou a presença de outros sintomas. Ge teriormente, sua adaptação à vida escolar.
ralmente se emprega para os casos já doentios.
Na fase escolar, é comum ter um amigo ou vá
AMBIÇÃO - O desejo de adquirir uma posição, ser co rios, com os quais compartilha suas idéias e suas de
nhecido e ter prestígio é uma aspiração natural, que cepções.
forma parte do processo do crescimento. As crian
ças manifestam ambição desde a mais tenra idade, e Os pais devem facilitar a formação de amizades,
em geral estas são determinadas pelo que vêem os não procurando só ver defeitos nos amigos e, sim,
outros fazer, pela posição da família, etc. r' que se desenvolva o sentimento de amizade, que é
mais importante que as verdadeiras virtudes do ami
A ambição em demasia, assim como a falta de
go.
ambição, são dois extremos prejudiciais e devem ser
combatidos com inteligência e persistência. AMIGDALITE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 4.
AMBIDEXTRALIDADE - Capacidade de usar igualmen AMIMIA - Perturbação da linguagem, que se caracteriza
te as mãos para a execução de atos motores, com ca pela incapacidade de fazer gestos expressivos ou sig
pacidade mais ou menos iguais. nificativos.
AMBIENTE - Nas considerações a respeito do desenvol AMIZADE - a) Inclinação eletiva recíproca entre duas
vimento humano, geralmente opõe-se o conceito de pessoas. Amizade difere, portanto, do amor, pela au
ambiente ao de herança. Também se contradizem sência do carácter sexual, e pela condição de recipro
aquisição e natureza. Deve considerar-se herança CO· cidade. Amizade pode ser estendida a um grupo de
mo um padrão das potencialidades humanas, no mo I mnls do <'luns pessoas, ficando, porém, como base, a
mento da concepção, e a aquisição como um com· n·<:lt>l'()cJdndo, que se dá entre os indivíduos.
plexo de fôrças e oportunidades fisicas e sociais que
contribuem ou atrazam o desenvolvimento de tais po h 1 A IUniim<lo formou um traço particularmente
tencialidades. l:inliNllt• (la vida grega, distinguindo Aristóteles três
mnt17.cs: a amizade, que tem por objeto o prazer, a
A mutabilidade é um componente essencial da
que tem por objeto o interêsse, e a que tem por objeto
natureza humana. O ambiente é significativo na vi
'·' o bem moral.
da da criança, principalmente nos primeiros anos de
vida.
��
Só à última êle concedeu o atributo de ser perfei-
ta.
AMBIVAL.t;NCIA - Presença simultânea ci'e emoções
opostas na mesma pessoa. Segundo a Psic., em todos c ) A palavra amizade também se usa em senti
os sêres humanos há sempre dois valôres afetivos do mais lato, que não exclui, necessàriamente, o ca
opostos ( ambivalentes ). Vide Plurivalência. rácter sexual, nem exige a reciprocidade.
AM:E.:NCIA - Ausência de mente, deficiência mental que d) Também a palavra amigo tem um uso menos
atinge a loucura. Vide Deficiência Mental. estritamente definido como em "um amigo da huma
nidade", onde uma reciprocidade dificilmente pode
AMENORRÉIA - ( Vide Menstruação ).
ser obtida.
AMIGOS - A criança deve começar a ter amigos desde a I AMNÉSIA - Incapacidade total ou parcial para recordar
idade pré-escolar. Assim é preciso, já com esta ida..
de, proporcionar-lhe um ambiente em que tenha con oü identificar experiências passadas.
tato com outras crianças da mesma idade, de forma I .r
AMOR - É muito importante para a criança que tenha à
que se ambiente, a pouco e pouco, com a vida infan sua volta compreensão, ternura, e amor. Cabe aos
til. Isto a acostumará à convivência com outras pais a maior quota de todos êstes sentimentos, e é
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f: [:·
dêles que a criança deve receber maiores demonstra gato ) , caso não exista nada em contrário, é preferi
ções, a fim de que desenvolva o seu bem éstar físico v�! dar-lhe esta oportunidade, ao mesmo tempo que
e espiritual. smta ser o responsável em cuidá-lo diàriamente.
li
ANAMNÉSIA - (Psic.) Ato de recordar o que estiver
de origem psicológica. Pode ter causas variadas. As
esquecido, de trazer de novo algo à memória.
vêzes pode ser sintoma de histerismo.
ANDAR COM OS PÉS PARA FORA E PARA DENTRO ANOSMIA - Ausência ou deficiência da sensibilidade aos
( Vide Pés chatos, pés voltados para dentro ) . estímulos olfativos.
ANEDOTA - O têrmo anedota na linguagem pedagógica ANSIEDADE - Os mêdos infantis são de dois tipos: o
converteu-se num meio de observação da conduta in chamado normal - mêdo aos perigos reais e imedia
fanül. Este método é geralmente utilizado pelos pro tos, e ansiedade, mêdo aos perigos imaginários.
fessores, que observam o comportamento da criança. A criança sofre de mêdos imaginários em diver
Primeiramente� deve ser feita uma descrição objetiva sos períodos e em muitos casos podem tornar-se crô
do comportamento infantil, incluindo conversas, ações, nicos.
etc. Em seguida, deve ser feita uma interpretação
É �reciso que os pais não se esqueçam de agir, em
valorativa do comportamento, utilizando os conheci
determmadas ocasiões, de forma a diminuir o mêdo,
mentos que o observador tenha da criança. Serve
come, por ex.: se a criança chama durante a noite,
para á:ar uma imagem vivida e intima da criança;
porque tem um mau sonho, ou se encontra assustada
mas, em virtude de sua objetividade, pode ser utili
por alguma coisa. É preciso, então, tranqüilizá-la,
zada para outras crianças, e de uma observação mais
conversando com ela, ou mantendo-se ao seu lado·' se
direta extrai-se uma opinião pessoaL o A
- 52 - - 53 -
f: [:·
dêles que a criança deve receber maiores demonstra gato ) , caso não exista nada em contrário, é preferi
ções, a fim de que desenvolva o seu bem éstar físico v�! dar-lhe esta oportunidade, ao mesmo tempo que
e espiritual. smta ser o responsável em cuidá-lo diàriamente.
li
ANAMNÉSIA - (Psic.) Ato de recordar o que estiver
de origem psicológica. Pode ter causas variadas. As
esquecido, de trazer de novo algo à memória.
vêzes pode ser sintoma de histerismo.
ANDAR COM OS PÉS PARA FORA E PARA DENTRO ANOSMIA - Ausência ou deficiência da sensibilidade aos
( Vide Pés chatos, pés voltados para dentro ) . estímulos olfativos.
ANEDOTA - O têrmo anedota na linguagem pedagógica ANSIEDADE - Os mêdos infantis são de dois tipos: o
converteu-se num meio de observação da conduta in chamado normal - mêdo aos perigos reais e imedia
fanül. Este método é geralmente utilizado pelos pro tos, e ansiedade, mêdo aos perigos imaginários.
fessores, que observam o comportamento da criança. A criança sofre de mêdos imaginários em diver
Primeiramente� deve ser feita uma descrição objetiva sos períodos e em muitos casos podem tornar-se crô
do comportamento infantil, incluindo conversas, ações, nicos.
etc. Em seguida, deve ser feita uma interpretação
É �reciso que os pais não se esqueçam de agir, em
valorativa do comportamento, utilizando os conheci
determmadas ocasiões, de forma a diminuir o mêdo,
mentos que o observador tenha da criança. Serve
come, por ex.: se a criança chama durante a noite,
para á:ar uma imagem vivida e intima da criança;
porque tem um mau sonho, ou se encontra assustada
mas, em virtude de sua objetividade, pode ser utili
por alguma coisa. É preciso, então, tranqüilizá-la,
zada para outras crianças, e de uma observação mais
conversando com ela, ou mantendo-se ao seu lado·' se
direta extrai-se uma opinião pessoaL o A
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ANTIBióTICOS - Os antibióticos são substâncias pre Essa significação moderna da palavra já se en
paradas com diversos humus, que impedem o deseu. contra em Aristóteles, que d'istingue entre uma apa
volvimento de algumas espécies de bactérias patoló tia do espírito, a quem nada afeta, e uma apatia da
gicas. A mais conhecida é a penicilina. Outras, co sensibilidade, que, após uma comoção excessiva, por
mo a estreptomicina, a aureomicina, a terramicina · e um fator sensível, não é mais suscetível de outras
a cloromicentina são amplamente usadas. afecções.
Os antibióticos não são, segundo estudos reali
APENDICITE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 3 .
zados neste setor, efetivos contra todo tipo de gér
mens. Alguns parecem que adquiriram certa resis APETITE ( falta de) -- Vide Puericultura - 12.0 cap. § 2.
tência que opõem a êles. Também se dá o caso de
APETITE ( variações no ) - O apetite nas crianças, como
algumas pessoas reagirem contràriamente ao seu uso.
também se dá nos adultos, está num momento dado
Daí ser preciso o contrôle médico na administração
sob a influência das condições físicas do organismo,
de qualquer antibiótico, principalmente no caso de
assim como também das mudanças de humor, sensibi
crianças e lactentes, nas quais é comum manifestar:
lidade ou fadiga. Se uma criança se sente muito can
-se uma reação alérgica.
sada para comer, não é conveniente forçá-la a fazê-lo.
ANTICORPOS - Ao penetrar uma bactéria ou algum ele Quando se encontra ocupada por uma idéia fixa, co
mento nocivo no organismo, o corpo põe em ação merá menos e de nada adiantará dizer-lhe que deixe
um mecanismo, que produz um anticorpo, capaz de de pensar. Há casos, entretanto, de crianças, que se
neutralizar a toxina especüica. Êste se chama uma tornam verdadeiramente "esfomeadas", quando se
"antitoxina". As antítoxinas de grande valor de encontram sob um estado de tensão ou se julgam
imunização são as que se injetam nas crianças con desgraçadas.
tra a difteria, o tétano, a febre escarlatina, etc.
Em qualquer caso, quando uma criança come
ANTIPATIA - Sentimento instintivo de repulsa, experi em excessc, ou demasiado pouco, e tal se prolongue
mentado contra alguma pessoa ou coisa. Opõe-se a por muito tempo, o mais conveniente é consultar o
Simpatia (vide) . médico.
ANTISSÉPTICOS - Vide Primeiros auxílios. APRAXIA - (Do gr. a, alfa privativo e praxis, acção ) .
a ) Perda da memória motriz com incapacidade
ANTI-SUGESTÃO - N a Psic., sugestão feita a um indiví
para executar atos habituais.
duo com a fínalidade de inibir o efeito de uma suges
tão anterior, ou impedir a influência de uma idéia b ) Também usado para designar a incapacida
fixa. de de reconhecer as formas dos objetos, ou o seu
uso. Há imaginação dos movimentos, mas sua exe
APATIA - a ) Literalmente: ausência de tôda paixão. Ês cução toma-se impossível, sem que, no entanto, ha
te estado de indiferença ( apathcia ) figura no estoicis·
ja paralisia. Há certa apraxia no que imagina a rea
mo como o ideal do sábio. A apatia � intuída para lização de um ato hábil, mas em que seus membros
excluir todos os fatôres que possam turvar a hegemo
não lhe cbedecem.
nia da razão na alma. Os estóicos pregavam o ani
quilamento das paixões pela razão, como um meio APRENDIZAGEM - Considera-se a aprendizagem como
de conservar o domínio de si mesmo. A apatia es uma mudança na conduta e na atividade somática.
t'óica nada tem que ver com a resignação ou a paciên Costuma-se distinguir entre "prática" e "entretimen
cia em face do mal. to", e outras formas de atividade. Mas, deve-se le
b ) Apatia também se chama uma insensibilida var em conta que qualquer atividade planejada ou
de não anelada. Assim chamamos apático o carác não, produz mudanças. Estas variam em grau, se
ter de um indivíduo que reage pouco e fracamente gundo a motivação, e outros fatôres, que determinam
em virtude de uma falta de irritabilidade emocional. a afetividade da aprendizagem. Durante os primei-
- 54 - - 55 -
ANTIBióTICOS - Os antibióticos são substâncias pre Essa significação moderna da palavra já se en
paradas com diversos humus, que impedem o deseu. contra em Aristóteles, que d'istingue entre uma apa
volvimento de algumas espécies de bactérias patoló tia do espírito, a quem nada afeta, e uma apatia da
gicas. A mais conhecida é a penicilina. Outras, co sensibilidade, que, após uma comoção excessiva, por
mo a estreptomicina, a aureomicina, a terramicina · e um fator sensível, não é mais suscetível de outras
a cloromicentina são amplamente usadas. afecções.
Os antibióticos não são, segundo estudos reali
APENDICITE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 3 .
zados neste setor, efetivos contra todo tipo de gér
mens. Alguns parecem que adquiriram certa resis APETITE ( falta de) -- Vide Puericultura - 12.0 cap. § 2.
tência que opõem a êles. Também se dá o caso de
APETITE ( variações no ) - O apetite nas crianças, como
algumas pessoas reagirem contràriamente ao seu uso.
também se dá nos adultos, está num momento dado
Daí ser preciso o contrôle médico na administração
sob a influência das condições físicas do organismo,
de qualquer antibiótico, principalmente no caso de
assim como também das mudanças de humor, sensibi
crianças e lactentes, nas quais é comum manifestar:
lidade ou fadiga. Se uma criança se sente muito can
-se uma reação alérgica.
sada para comer, não é conveniente forçá-la a fazê-lo.
ANTICORPOS - Ao penetrar uma bactéria ou algum ele Quando se encontra ocupada por uma idéia fixa, co
mento nocivo no organismo, o corpo põe em ação merá menos e de nada adiantará dizer-lhe que deixe
um mecanismo, que produz um anticorpo, capaz de de pensar. Há casos, entretanto, de crianças, que se
neutralizar a toxina especüica. Êste se chama uma tornam verdadeiramente "esfomeadas", quando se
"antitoxina". As antítoxinas de grande valor de encontram sob um estado de tensão ou se julgam
imunização são as que se injetam nas crianças con desgraçadas.
tra a difteria, o tétano, a febre escarlatina, etc.
Em qualquer caso, quando uma criança come
ANTIPATIA - Sentimento instintivo de repulsa, experi em excessc, ou demasiado pouco, e tal se prolongue
mentado contra alguma pessoa ou coisa. Opõe-se a por muito tempo, o mais conveniente é consultar o
Simpatia (vide) . médico.
ANTISSÉPTICOS - Vide Primeiros auxílios. APRAXIA - (Do gr. a, alfa privativo e praxis, acção ) .
a ) Perda da memória motriz com incapacidade
ANTI-SUGESTÃO - N a Psic., sugestão feita a um indiví
para executar atos habituais.
duo com a fínalidade de inibir o efeito de uma suges
tão anterior, ou impedir a influência de uma idéia b ) Também usado para designar a incapacida
fixa. de de reconhecer as formas dos objetos, ou o seu
uso. Há imaginação dos movimentos, mas sua exe
APATIA - a ) Literalmente: ausência de tôda paixão. Ês cução toma-se impossível, sem que, no entanto, ha
te estado de indiferença ( apathcia ) figura no estoicis·
ja paralisia. Há certa apraxia no que imagina a rea
mo como o ideal do sábio. A apatia � intuída para lização de um ato hábil, mas em que seus membros
excluir todos os fatôres que possam turvar a hegemo
não lhe cbedecem.
nia da razão na alma. Os estóicos pregavam o ani
quilamento das paixões pela razão, como um meio APRENDIZAGEM - Considera-se a aprendizagem como
de conservar o domínio de si mesmo. A apatia es uma mudança na conduta e na atividade somática.
t'óica nada tem que ver com a resignação ou a paciên Costuma-se distinguir entre "prática" e "entretimen
cia em face do mal. to", e outras formas de atividade. Mas, deve-se le
b ) Apatia também se chama uma insensibilida var em conta que qualquer atividade planejada ou
de não anelada. Assim chamamos apático o carác não, produz mudanças. Estas variam em grau, se
ter de um indivíduo que reage pouco e fracamente gundo a motivação, e outros fatôres, que determinam
em virtude de uma falta de irritabilidade emocional. a afetividade da aprendizagem. Durante os primei-
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ros anos, produz-se um desenvolvimento tão rápido, aprendizagem é um fator importantíssimo na deter
que as notáveis mudanças na conduta devem-se par minação da efetividade de qualquer programa de es
ticularmente ao crescimento orgânico. Daí, ser im tudo. A capacidade infantil de trabalho é também
2 ) As aptidões e capacidade do estudante ao Desde que entra na escola, a criança atravessa es
aplicar-se ao programa. Um programa eficaz para tágios sucessivos, que oferecem a oportunidade de re
certo nível de aptidão pode resultar inoperante para velar seus interêsses, capacidade, aptidões, assim como
outro nível superior ou inferior. � [,1 também suas aversões e inaptidões. Por meio de tes
i tes bem aplicados, pode-se prognosticar as aptidões.
3 ) A mot�vação do organismo.. Existem pro Os testes de prognosticação são aquêles que de
vas evidentes de que a motivação na atividade de nunciam as aptidões para campos especiais, antes que
- 56 -
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ros anos, produz-se um desenvolvimento tão rápido, aprendizagem é um fator importantíssimo na deter
que as notáveis mudanças na conduta devem-se par minação da efetividade de qualquer programa de es
ticularmente ao crescimento orgânico. Daí, ser im tudo. A capacidade infantil de trabalho é também
2 ) As aptidões e capacidade do estudante ao Desde que entra na escola, a criança atravessa es
aplicar-se ao programa. Um programa eficaz para tágios sucessivos, que oferecem a oportunidade de re
certo nível de aptidão pode resultar inoperante para velar seus interêsses, capacidade, aptidões, assim como
outro nível superior ou inferior. � [,1 também suas aversões e inaptidões. Por meio de tes
i tes bem aplicados, pode-se prognosticar as aptidões.
3 ) A mot�vação do organismo.. Existem pro Os testes de prognosticação são aquêles que de
vas evidentes de que a motivação na atividade de nunciam as aptidões para campos especiais, antes que
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a indivíduo haja tido oportunidade de estudar, de ARTE DE FALAR - Vide Oratória.
sempenhar ou realizar-se em algum dêstes. Os testes
ARTE" DE MEDITAR - Vide Meditação.
de aptidão especial são particularmente valiosos no
campo profissional. Mediante os mesmos, pode-se ARTE DE PENSAR - Vide Meditação e, sobretudo, Ló·
determinar quais os campos profissionais, onde terá gica e suas regras.
maior possibilidade de êxito, facilitando, assim, a es
Além das regras, oferecidas no verbete Medita·
colha de profissão.
ção, podem-se tecerainda alguns comentários sôbre
ARCOS DENTAIS - Existe uma grande variedade de ar descuidada nos dias de hoje, que
a arte de pensar, tão
cos dentais, e alguns dêles são quase que invisíveis. são os seguintes:
Alguns servem para impedir que os dentes se unam,
Em vista de se terem descurado dos estudos ló
enquanto outros servem para juntá-los. Alguns são
gicos, é comum verificar-se que poucas são as pes
usados para corrigir e indireitar os dentes que cres
soas que sabem realmente pensar com exação, tirar
cem tortos, para corrigir algum hábito prejudicial, co
ilações seguras, concluir com coerência. A maioria
mo roçar os dentes com a língua, etc.
raciocina com os sentimentos, aceita ou rejeita pensa
AREIA ( jogos na) - A criança gosta de brincar com a mentos sem ser capaz de um exame cuidadoso. Se
areia e, portanto, deve-se proporcionar o que lhe é gue a linha opinativa, tem pontos de vista, faz afirma
preciso, isto é: um pouco de areia e alguns instrumen ções que não resistem à análise, e cai, finalmente, em
tos, como pás, baldes, figuras para encher de areia, sofismas dos mais comuns e até de uma boçalidade
etc. Quando maior, os jogos na areia, à beira do mar, primaríssima. Não é de admirar que até sábios, fi
são muito variados como competição entre dois gru lósofos que gozam de certo renome, caiam nesses des
pos no puxar a corda. pautérios, e que muitas idéias inconsistentes se tor
nem dominantes, não só em certos grupos humanos.
ARMAS ( jogos com ) - .f: muito comum na infância os mas até durante determinadas fases dos ciclos cultu
brinquedos em que se usam armas de brinquedo, ou rais, perturbando o desenvolvimento . da própria hu
se brinca de guerra. Muitos pms vêem nisto uma ma manidade, causando, afinal, o advento de brutalidades
nifestação agressiva da criança, mas se ela não o faz inomináveis e guerras das mais destrutivas. O domí
em excesso, não há nenhum perigo. A criança imita nio do irracional sôbre o racional, que se acentua em
o que vê nas histórias, na televisão, nas páginas dos algumas épocas, não é de admirar, quando sabemos
livros, nos quais os heróis sempre usam armas de que a fase genuinamente racional do homem é recen
fogo. te, enquanto predomina uma longa fase de primitivis
mo e de irracionalidade. Por tôdas essas razões, e
ARRANHõES - ( Vide Cortes, feridas).
sobretudo considerando-se que o ser humano já pas
ARRUMAÇÃO ( da casa ) - A criança não tem o sentido de sou a fase da animalidade, e embrenha-se, decidida
arrumar as coisas, como nós, adultos, temos. Para mente, na fase humana, que é genuinamente racional,
chegar-se a um acôrdo e manter uma certa ordem na não se podem mais admitir tais retrocessos, essas re
casa, é preciso seguir-se umas regras de sentido co gressões infantis tão comuns. Cabe à pedagogia mo
mum, que facilitarão a ordem caseira. A criança pre derna uma finalidade: a de colocar o homem no cami
cisa ter um lugar especial para guardar os seus brin nho da humanidade. Mas quando se fala em racio
quedos e objetos de suas ocupações diárias. É absur nalidade, não queremos nos referir a um mecanicismo
do querer que uma criança pequena guarde sozinha racional, à transformação dos homens em robots ló
os seus brinquedos; ela precisará de auxilio para tal. gicos num sentido vicioso. Não há necessidade de se
O mais conveniente é fazer com que a hora de guar car a imaginação, desterrar a fantasia, para que o ho
dar os brinquedos seja tão agradável como um brin mem se torne fortemente racional. Pode o ser huma
quedo. Os pais devem, entretanto, lembrar-se sem no ser criador em suas ficções, mas é mister que, ao
pre que o melhor exemplo é o dado por êles próprios. lado de sua capacidade criadora, também penetre com
-· 58 - - 59 -
a indivíduo haja tido oportunidade de estudar, de ARTE DE FALAR - Vide Oratória.
sempenhar ou realizar-se em algum dêstes. Os testes
ARTE" DE MEDITAR - Vide Meditação.
de aptidão especial são particularmente valiosos no
campo profissional. Mediante os mesmos, pode-se ARTE DE PENSAR - Vide Meditação e, sobretudo, Ló·
determinar quais os campos profissionais, onde terá gica e suas regras.
maior possibilidade de êxito, facilitando, assim, a es
Além das regras, oferecidas no verbete Medita·
colha de profissão.
ção, podem-se tecerainda alguns comentários sôbre
ARCOS DENTAIS - Existe uma grande variedade de ar descuidada nos dias de hoje, que
a arte de pensar, tão
cos dentais, e alguns dêles são quase que invisíveis. são os seguintes:
Alguns servem para impedir que os dentes se unam,
Em vista de se terem descurado dos estudos ló
enquanto outros servem para juntá-los. Alguns são
gicos, é comum verificar-se que poucas são as pes
usados para corrigir e indireitar os dentes que cres
soas que sabem realmente pensar com exação, tirar
cem tortos, para corrigir algum hábito prejudicial, co
ilações seguras, concluir com coerência. A maioria
mo roçar os dentes com a língua, etc.
raciocina com os sentimentos, aceita ou rejeita pensa
AREIA ( jogos na) - A criança gosta de brincar com a mentos sem ser capaz de um exame cuidadoso. Se
areia e, portanto, deve-se proporcionar o que lhe é gue a linha opinativa, tem pontos de vista, faz afirma
preciso, isto é: um pouco de areia e alguns instrumen ções que não resistem à análise, e cai, finalmente, em
tos, como pás, baldes, figuras para encher de areia, sofismas dos mais comuns e até de uma boçalidade
etc. Quando maior, os jogos na areia, à beira do mar, primaríssima. Não é de admirar que até sábios, fi
são muito variados como competição entre dois gru lósofos que gozam de certo renome, caiam nesses des
pos no puxar a corda. pautérios, e que muitas idéias inconsistentes se tor
nem dominantes, não só em certos grupos humanos.
ARMAS ( jogos com ) - .f: muito comum na infância os mas até durante determinadas fases dos ciclos cultu
brinquedos em que se usam armas de brinquedo, ou rais, perturbando o desenvolvimento . da própria hu
se brinca de guerra. Muitos pms vêem nisto uma ma manidade, causando, afinal, o advento de brutalidades
nifestação agressiva da criança, mas se ela não o faz inomináveis e guerras das mais destrutivas. O domí
em excesso, não há nenhum perigo. A criança imita nio do irracional sôbre o racional, que se acentua em
o que vê nas histórias, na televisão, nas páginas dos algumas épocas, não é de admirar, quando sabemos
livros, nos quais os heróis sempre usam armas de que a fase genuinamente racional do homem é recen
fogo. te, enquanto predomina uma longa fase de primitivis
mo e de irracionalidade. Por tôdas essas razões, e
ARRANHõES - ( Vide Cortes, feridas).
sobretudo considerando-se que o ser humano já pas
ARRUMAÇÃO ( da casa ) - A criança não tem o sentido de sou a fase da animalidade, e embrenha-se, decidida
arrumar as coisas, como nós, adultos, temos. Para mente, na fase humana, que é genuinamente racional,
chegar-se a um acôrdo e manter uma certa ordem na não se podem mais admitir tais retrocessos, essas re
casa, é preciso seguir-se umas regras de sentido co gressões infantis tão comuns. Cabe à pedagogia mo
mum, que facilitarão a ordem caseira. A criança pre derna uma finalidade: a de colocar o homem no cami
cisa ter um lugar especial para guardar os seus brin nho da humanidade. Mas quando se fala em racio
quedos e objetos de suas ocupações diárias. É absur nalidade, não queremos nos referir a um mecanicismo
do querer que uma criança pequena guarde sozinha racional, à transformação dos homens em robots ló
os seus brinquedos; ela precisará de auxilio para tal. gicos num sentido vicioso. Não há necessidade de se
O mais conveniente é fazer com que a hora de guar car a imaginação, desterrar a fantasia, para que o ho
dar os brinquedos seja tão agradável como um brin mem se torne fortemente racional. Pode o ser huma
quedo. Os pais devem, entretanto, lembrar-se sem no ser criador em suas ficções, mas é mister que, ao
pre que o melhor exemplo é o dado por êles próprios. lado de sua capacidade criadora, também penetre com
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segurança no campo racional, e neste conheça um de poderá ser efetivamente determinado em estágios pos
senvolvimento imprescindível para o seu progresso. teriores, como na adolescência, mas de forma nenhu
Nada mais importante para bem pensar que o es. ma na primeira infância.
tudo da Lógica. E isso se explica porque, na verdade, As crianças chamadas "talentos" diferem das de
quando racionalmente opera a nossa mente, pensamos mais somente no fato de necessitarem maior atividade
com conceitos, com esquemas eidético-noéticos. Ora, artística ou projetos mais complexos para satisfazer o
a Lógica é a ciência dos conceitos, que examina seus seu interêsse, e em que se expressam com maior faci
significados e aplicações, bem como a coerência que lidade.
se impõe entre os diversos logoi (plural de logos ) ; ou
A criança encontra nos pais os primeiros mestres
seja, entre a acepção dos têrmos em sua intenciona a €nsinar-lhes a desenvolver o seu potencial artísti·
lidade. O rigor do raciocínio é imprescindível. Em co. Quanto à idade para começar as primeiras tenta·
grande parte, tal não se obteve no ensino, porque, tivas artísticas é muito variáveL Alguns pedagogos
· por um defeito didáctico, tornaram-se matérias, co afirmam que desde o momento em que a criança sai
mo a matemática e a lógica, tão estéreis, que elas só
ba manejar um lápis ou pincel, começa a sua ativida
interessam àqueles que já revelam uma predisposi de artística. Em geral, com três anos, a criança já
ção natural para as mesmas. Contudo, um são di usa com faciiidade o lápis e o pincel, sendo êste úl
dactismo permitiria que se tornasse a Lógica agra timo o mais aconselhável, pois proporciona maior li
dável, bem como a matemática. Uma das principais berdade de movimento, não oferecendo nenhuma re
missões do pedagogo consiste em saber aliar a agra sistência, como acontece com o lápis.
dabilidade à matéria que ensina, já que é da natureza
humana preferir o agradável, e preterir o desagradá O papel e o pincel ci:evem ser de tamanho grande,
vel. Partindo-se, por exemplo, do exame de certos porque assim a criança de pouca idade trabalha com
. pensamentos, raciocínios, silogismos, mostrando-se movimentos amplos, e pode mover os seus músculos
seus erros, é possível impulsionar os alunos ao estu com liberdade.
do da Lógica, e daí à Matemática. A criança de três ou quatro anos concebe as suas
idéias como manchas de côres ou como massas que se
O pedagogo deve despertar na criança forte inte
ext€ndem. Atingirá, depois, a fase em que pint�á
rêsse por tais estudos imprescindíveis para a huma
objetos que podem ser reconhecidos.
nidade que surge, que terá de ser extremamente téc
nica e de sábios, porque será o sábio o aristocrata de A modelagem também é uma forma de expressar
amanhã e, ademais, tendo sido o homem desafiado -se o espírito criador infantiL Os primeiros experi·
pela ciência, que criou, não poderá mais voltar ao ir mentos será�, naturalmente, informes, passando, pro
racionalismo, mas, sim, penetrar, com passo seguro, gressivamente, à representação de objetos e animais
na nova senda que se abre para êle, que é o caminho mais conhecidos.
do saber culto, da ciência, no sentido puro e genuíno.
As "construções" são um meio de expressão ar
ARTE E AS CRIANÇAS - A expressão criadora é, antes tística ou criadora. Duas formas principais se adap
de tudo, um dos meios de desenvolvimento da persa- tam à mentalidade infantiL São: colar pedaços de
. nalidade. Não deve ser considerada como uma ati material numa superfície plana; massa de barro, na
vidade especializada, destinada somente a certas cri qual se colocam palitos ou palitos de fósforos, ou
anças que demonstram algum talento, como é consi qualquer outra coisa, que sobressaia, dando uma de-
·
derado pela maioria dos pais e adultos, e, sim, uma terminada forma.
ocupação para tôdas, seja qual fôr a idade. Os peda A ·criança passa por uma série de fases éi<:! �'Jrmi
gogos e educadores não estão de acôrdo sôbre a ques nadas. As primeiras realizações são abstratas; quer
tão se é possível a determinação segura se uma crian dizer, linhas e côres, cujo significado não é aparente.
ça tem talento ou não. Alguns afirmam que êste só Atingidos os quatro anos, começa por organizar as
- 60 -
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segurança no campo racional, e neste conheça um de poderá ser efetivamente determinado em estágios pos
senvolvimento imprescindível para o seu progresso. teriores, como na adolescência, mas de forma nenhu
Nada mais importante para bem pensar que o es. ma na primeira infância.
tudo da Lógica. E isso se explica porque, na verdade, As crianças chamadas "talentos" diferem das de
quando racionalmente opera a nossa mente, pensamos mais somente no fato de necessitarem maior atividade
com conceitos, com esquemas eidético-noéticos. Ora, artística ou projetos mais complexos para satisfazer o
a Lógica é a ciência dos conceitos, que examina seus seu interêsse, e em que se expressam com maior faci
significados e aplicações, bem como a coerência que lidade.
se impõe entre os diversos logoi (plural de logos ) ; ou
A criança encontra nos pais os primeiros mestres
seja, entre a acepção dos têrmos em sua intenciona a €nsinar-lhes a desenvolver o seu potencial artísti·
lidade. O rigor do raciocínio é imprescindível. Em co. Quanto à idade para começar as primeiras tenta·
grande parte, tal não se obteve no ensino, porque, tivas artísticas é muito variáveL Alguns pedagogos
· por um defeito didáctico, tornaram-se matérias, co afirmam que desde o momento em que a criança sai
mo a matemática e a lógica, tão estéreis, que elas só
ba manejar um lápis ou pincel, começa a sua ativida
interessam àqueles que já revelam uma predisposi de artística. Em geral, com três anos, a criança já
ção natural para as mesmas. Contudo, um são di usa com faciiidade o lápis e o pincel, sendo êste úl
dactismo permitiria que se tornasse a Lógica agra timo o mais aconselhável, pois proporciona maior li
dável, bem como a matemática. Uma das principais berdade de movimento, não oferecendo nenhuma re
missões do pedagogo consiste em saber aliar a agra sistência, como acontece com o lápis.
dabilidade à matéria que ensina, já que é da natureza
humana preferir o agradável, e preterir o desagradá O papel e o pincel ci:evem ser de tamanho grande,
vel. Partindo-se, por exemplo, do exame de certos porque assim a criança de pouca idade trabalha com
. pensamentos, raciocínios, silogismos, mostrando-se movimentos amplos, e pode mover os seus músculos
seus erros, é possível impulsionar os alunos ao estu com liberdade.
do da Lógica, e daí à Matemática. A criança de três ou quatro anos concebe as suas
idéias como manchas de côres ou como massas que se
O pedagogo deve despertar na criança forte inte
ext€ndem. Atingirá, depois, a fase em que pint�á
rêsse por tais estudos imprescindíveis para a huma
objetos que podem ser reconhecidos.
nidade que surge, que terá de ser extremamente téc
nica e de sábios, porque será o sábio o aristocrata de A modelagem também é uma forma de expressar
amanhã e, ademais, tendo sido o homem desafiado -se o espírito criador infantiL Os primeiros experi·
pela ciência, que criou, não poderá mais voltar ao ir mentos será�, naturalmente, informes, passando, pro
racionalismo, mas, sim, penetrar, com passo seguro, gressivamente, à representação de objetos e animais
na nova senda que se abre para êle, que é o caminho mais conhecidos.
do saber culto, da ciência, no sentido puro e genuíno.
As "construções" são um meio de expressão ar
ARTE E AS CRIANÇAS - A expressão criadora é, antes tística ou criadora. Duas formas principais se adap
de tudo, um dos meios de desenvolvimento da persa- tam à mentalidade infantiL São: colar pedaços de
. nalidade. Não deve ser considerada como uma ati material numa superfície plana; massa de barro, na
vidade especializada, destinada somente a certas cri qual se colocam palitos ou palitos de fósforos, ou
anças que demonstram algum talento, como é consi qualquer outra coisa, que sobressaia, dando uma de-
·
derado pela maioria dos pais e adultos, e, sim, uma terminada forma.
ocupação para tôdas, seja qual fôr a idade. Os peda A ·criança passa por uma série de fases éi<:! �'Jrmi
gogos e educadores não estão de acôrdo sôbre a ques nadas. As primeiras realizações são abstratas; quer
tão se é possível a determinação segura se uma crian dizer, linhas e côres, cujo significado não é aparente.
ça tem talento ou não. Alguns afirmam que êste só Atingidos os quatro anos, começa por organizar as
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massas de cõr, segundo as mais diversas combinações,
li os seus livros e cadernos é o mais indicado. Os ma
e os desenhos já começam a ter uma forma definida; teriais preferidos são o guache ou aquarela. Seis cô
isto é, compreensível ao adulto, que vê o esbôço de res são suficientes, e três ou quatro pincéis de tama
um objeto da realidade. Começa nesta idade a orga nhos variados e umas fôlhas de papel servem para o
nização de diversos elementos no espaço. Desta fa seu uso. Os lápis de cõr são aconselháveis somente
se, passa à fase simbólica, na qual os símbolos são as quando a criança se encontra em idade escolar e pre
'
formas por ela inventadas, que servem para represen cisa dêles para fazer seus trabalhos escolares.
tar coisas ou pessoas. Assim, é comum ouvir-se uma São os pais os mais indicados em ajudar o desen
criança dizer, ante qualquer esboço ou rascunho, ser volvimento artístico dos filhos, e devem ter sempre
um cavalo ou uma pessoa ali desenhada. Depois da em mente algumas normas, que damos abaixo:
idade de seis anos, começará a interpretar idéias sô
bre a sua vida quotidiana, sua família, seus brinque 1 ) Ajude a criança a desenvolver o seu gôsto ar
dos, etc. tístico desà'e a infância, proporcionando-lhe, para tan
to, material e ambiente favorável.
Com oito ou dez anos, começará a dar às coisas
as suas verdadeiras proporções; quer dizer, toma-se 2 ) Não imponha suas idéias de adulto à criança.
realista, e procura saber como se desenha um cava Ajude-a somente quando ela pede.
lo ou um homem sentado, etc. Aqui é o momento
realmente indicado para ensinar-se como é preciso fa 3 ) Não lhe dê trabalhos já feitos ( muito em vo
zer para conseguir o que deseja representar. ga no comércio ), para que preencha com côr ou copie
de livros.
Entretanto, não é de forma alguma indicado en
sinar-lhes em demasia leis de perspectiva, anatomia, 4 ) Não exiba suas obras como "obras de arte",
colorido, etc., pois muitas crianças, encontrando difi li produzidas por um "talento", e, sim, como algo na
culdade na técnica, cansam-se e abandonam os seus tural, que a criança realiza por necessidade de ex
experimentos artísticos. A técnica deve ser dada só na pressão.
5 ) Não é conveniente a comparação com os tra
medida das necessidades demonstradas pela criança,
e que nunca se torne mais importante que o individua
balhos à'e outras crianças ou irmãos e, só em raras
lismo do _pequeno artista.
ocasiões, usando tal comparação apenas como incen
A influência do meio ambiente sôbre o desenvol tivo. ( Vide Artística, apreciação ).
vimento artístico da criança é de grande importância.
Tudo quanto cerca a criança, na sua primeira infân ARTES MANUAIS - (Vide Arte e as Crianças e Artística,
li
cia, influirá na sua formação, e, principalmente, no apreciação ) .
seu gôsto artístico. Assim, tanto a disposição dos ob
jetos, como mobília, quadros, cortinas, do lar, e a I.r ARTICULAÇõES ( dôr nas) - (Vide Crescimento e febre
reumática ).
qualidade e formato dos brinquedos e jogos, é de gran
à'e importância. O brinquedo, além de ter como fi
' ARTíSTICA, APRECIAÇAO - A apreciação artística pode
nalidade, entretê-la, pode, também, ser um meio eficaz ser definida como o gôzo dos objetos de arte, incluin
de começar a educar o seu sentido artístico. É de do, de certa forma, a sensibilidade para os valôres es
grande importância escolherem-se brinquedos de colo téticos, como, também, a discriminação de suas diver
rido agradável e harmônico, como também livros com sas qualidades.
gravuras de arte e boas ilustrações.
O conceito infantil de belo modifica-se conforme
A criança necessita ter um local onde possa tra a idade.
balhar cômodamente. O mais aconselhado é, quan
do se dispõe de espaço, ter um quarto reservado só a ) A criança pequena aprecia unidades reduzi
para brinquedos e estudos. Uma mesa de baixa al das e simples. A medida que crescem estas unidades'
tura, onde ela se sente cômodamente e tenha à mão tornam-se mais complexas e extensas.
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massas de cõr, segundo as mais diversas combinações,
li os seus livros e cadernos é o mais indicado. Os ma
e os desenhos já começam a ter uma forma definida; teriais preferidos são o guache ou aquarela. Seis cô
isto é, compreensível ao adulto, que vê o esbôço de res são suficientes, e três ou quatro pincéis de tama
um objeto da realidade. Começa nesta idade a orga nhos variados e umas fôlhas de papel servem para o
nização de diversos elementos no espaço. Desta fa seu uso. Os lápis de cõr são aconselháveis somente
se, passa à fase simbólica, na qual os símbolos são as quando a criança se encontra em idade escolar e pre
'
formas por ela inventadas, que servem para represen cisa dêles para fazer seus trabalhos escolares.
tar coisas ou pessoas. Assim, é comum ouvir-se uma São os pais os mais indicados em ajudar o desen
criança dizer, ante qualquer esboço ou rascunho, ser volvimento artístico dos filhos, e devem ter sempre
um cavalo ou uma pessoa ali desenhada. Depois da em mente algumas normas, que damos abaixo:
idade de seis anos, começará a interpretar idéias sô
bre a sua vida quotidiana, sua família, seus brinque 1 ) Ajude a criança a desenvolver o seu gôsto ar
dos, etc. tístico desà'e a infância, proporcionando-lhe, para tan
to, material e ambiente favorável.
Com oito ou dez anos, começará a dar às coisas
as suas verdadeiras proporções; quer dizer, toma-se 2 ) Não imponha suas idéias de adulto à criança.
realista, e procura saber como se desenha um cava Ajude-a somente quando ela pede.
lo ou um homem sentado, etc. Aqui é o momento
realmente indicado para ensinar-se como é preciso fa 3 ) Não lhe dê trabalhos já feitos ( muito em vo
zer para conseguir o que deseja representar. ga no comércio ), para que preencha com côr ou copie
de livros.
Entretanto, não é de forma alguma indicado en
sinar-lhes em demasia leis de perspectiva, anatomia, 4 ) Não exiba suas obras como "obras de arte",
colorido, etc., pois muitas crianças, encontrando difi li produzidas por um "talento", e, sim, como algo na
culdade na técnica, cansam-se e abandonam os seus tural, que a criança realiza por necessidade de ex
experimentos artísticos. A técnica deve ser dada só na pressão.
5 ) Não é conveniente a comparação com os tra
medida das necessidades demonstradas pela criança,
e que nunca se torne mais importante que o individua
balhos à'e outras crianças ou irmãos e, só em raras
lismo do _pequeno artista.
ocasiões, usando tal comparação apenas como incen
A influência do meio ambiente sôbre o desenvol tivo. ( Vide Artística, apreciação ).
vimento artístico da criança é de grande importância.
Tudo quanto cerca a criança, na sua primeira infân ARTES MANUAIS - (Vide Arte e as Crianças e Artística,
li
cia, influirá na sua formação, e, principalmente, no apreciação ) .
seu gôsto artístico. Assim, tanto a disposição dos ob
jetos, como mobília, quadros, cortinas, do lar, e a I.r ARTICULAÇõES ( dôr nas) - (Vide Crescimento e febre
reumática ).
qualidade e formato dos brinquedos e jogos, é de gran
à'e importância. O brinquedo, além de ter como fi
' ARTíSTICA, APRECIAÇAO - A apreciação artística pode
nalidade, entretê-la, pode, também, ser um meio eficaz ser definida como o gôzo dos objetos de arte, incluin
de começar a educar o seu sentido artístico. É de do, de certa forma, a sensibilidade para os valôres es
grande importância escolherem-se brinquedos de colo téticos, como, também, a discriminação de suas diver
rido agradável e harmônico, como também livros com sas qualidades.
gravuras de arte e boas ilustrações.
O conceito infantil de belo modifica-se conforme
A criança necessita ter um local onde possa tra a idade.
balhar cômodamente. O mais aconselhado é, quan
do se dispõe de espaço, ter um quarto reservado só a ) A criança pequena aprecia unidades reduzi
para brinquedos e estudos. Uma mesa de baixa al das e simples. A medida que crescem estas unidades'
tura, onde ela se sente cômodamente e tenha à mão tornam-se mais complexas e extensas.
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b ) A criança pequena não separa as suas pró
prias atividades da apreciação estética dos objetos ou
de seu contôrno.
- 65 -
6 ) As crianças, particularmente dotadas para as
artes visuais, diferem de certo modo das crianças co
muns. Ainda que suas preferências sejam influen
ciadas pelo conteúdo, e êste seja determinado pelo in
terêsse geral, de acôrdo com a idade, demonstram um
interêsse pelo desenho e pela técnica, que não existe
na generalidade. Seu grau de interêsse pelos objetos
artísticos supera, de forma notável, ao da criança co
mum.
- 65 -
hábito ), o aumento da ascendência e a diminuição da ASSIMBOLIA - Incapacidade para compreender ou usar
submissão podem ser obtidas através de um treina a linguagem, ou seja a comunicação simbólica, por
mento; são, pois, adquirível uma e desleixável outra. perturbação cerebral.
Certas observações cuidadosas trouxeram o apar ASSIMILAÇÃO - a ) Ação pela qual se passa uma coisa
tamento de resultados valiosos, tais como: observou do diferente ao semelhante, tornando uma ou mais
-se que nos indivíduos infantis, em que se manifesta coisas semelhantes; o têrmo oposto é a diferenciação.
um aumento da ascendência, há a tendência em que ·Êste sentido geral encontra, nos diferentes sectores
rer fazer desistir, por parte dos outros, das mesmas da realidade, uma aplicação mais especifica.
ascendências determinadas pelo primeiro. Por outro
b ) Na Pedagogia, significa o processo ( análogo
lado, o impulso à ascendência leva o indivíduo a fazer
ao observado na Fisiologia quanto à assimilação ali
atuá-la no grupo de que faz parte, e quando não pode
mentar) , de digerir e incorporar, íntima e orgânica
impô-la, com êste se conflitua ou recua, na expectati
mente, o material apreendido. Neste sentido, opõe
va de outras oportunidades, ou, na impossibilidade
-se à invenção, que parte de um material já prévia
de impô-la, o afastamento e a busca de outro grupo, mente assimilado, como também à memória pura,
onde possa exercê-la. E fácil compreender-se que há que simplesmente aceita material de fora, sem ( teori
uma ascendência normal, que pode perfeitamente equi camente) assimilá-lo ( Vide Introdução ) .
librar-se com o grupo, sem gerar conflitos emocio
nais. Essa ascendência deve e pode ser estimulada. ASSINERGIA - Na Psic., incapacidade de executar atos
O uso de marionetes, que se encontram em situação motores complexos, que exigem a cooperação harmô
de exercer ascendência, buscando fazê-la, permite dar nica de músculos isolados.
representações nítidas aos olhos da criança, para mos
ASSIST:íl:NCIA SO� IAL - Diz-se de tôda atividade e or·
trar-lhe como poderia proceder em tais situações.
ganização, quer de origem privada ou estatal, que mi
Também o uso de histórias infantis, em que se mos
ntstrn atenções, cuidados, previdência e auxílios de
trem situações que podem exigir da criança uma atua curáctor social aos indivíduos necessitados ou dêles
ção de ascendência, com explicações singelas por par cnront<:, prestando-lhes êsses serviços e bens, com fun
te de pais e mestres, é também um método, que_!_em damento na solidariedade humana e no íntuito de pro·
sido usado com relativo bom êxito. Tais meios ser ver ao ser humano sempre tudo quanto é conside·
vem também para diminuir a submissão, e mostrar o rado do dever da sociedade humana em conceder ao
prejuízo da excessiva ascendência. membro da sociedade. É grande a variabilidade de
sistemas e meios empregados com essa finalidade,
ASFIXIA - Vide Puericultura, 6.0 cap., § 1 .0• mas tôd'as tomam o nome genérico de assistência so
cial.
ASMA - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 5.
ASSISTENTE SOCIAL - Chama-se ao profissional em-.
ASSENTIMENTO - Ato pelo qual o espírito reconhece pregado em muitos dos centros dedicados ao serviço
por verdadeiro ou uma proposição, ou o estado que de assistência social.
resulta dêsse ato. um assentimento pode efetuar-se
por meras opiniões, ou por proposições com carácter ASSOCIAÇÃO - Na Psicologia, chama-se associação a
de certeza. Assentir não é raciocinar sôbre certos relação, que subsiste entre as disposições mentais cor
fatos, mas a aceitação global posterior de raciocínios, respondentes a dois ou mais conteúdos da consciên·
que se apresentam ao espírito como um todo, quer cia, e que se manifestam no aparecimento simultâ
de origem alheia, quer de elaboração própria. Há neo ou sucessivo daqueles conteúdos no campo da
quem queira atribuir ao "assentimento" um carácter consciência, sem a intervenção da vontade ou mesmo
de espontaneidade, que o contrasta com o "consenti contra ela. Êste fenômeno chama-se em geral "as
mento", que seria voluntário e reflexivo. sociação de idéias", não obstante o têrmo idéia sig-
- 66 - - 67 -
hábito ), o aumento da ascendência e a diminuição da ASSIMBOLIA - Incapacidade para compreender ou usar
submissão podem ser obtidas através de um treina a linguagem, ou seja a comunicação simbólica, por
mento; são, pois, adquirível uma e desleixável outra. perturbação cerebral.
Certas observações cuidadosas trouxeram o apar ASSIMILAÇÃO - a ) Ação pela qual se passa uma coisa
tamento de resultados valiosos, tais como: observou do diferente ao semelhante, tornando uma ou mais
-se que nos indivíduos infantis, em que se manifesta coisas semelhantes; o têrmo oposto é a diferenciação.
um aumento da ascendência, há a tendência em que ·Êste sentido geral encontra, nos diferentes sectores
rer fazer desistir, por parte dos outros, das mesmas da realidade, uma aplicação mais especifica.
ascendências determinadas pelo primeiro. Por outro
b ) Na Pedagogia, significa o processo ( análogo
lado, o impulso à ascendência leva o indivíduo a fazer
ao observado na Fisiologia quanto à assimilação ali
atuá-la no grupo de que faz parte, e quando não pode
mentar) , de digerir e incorporar, íntima e orgânica
impô-la, com êste se conflitua ou recua, na expectati
mente, o material apreendido. Neste sentido, opõe
va de outras oportunidades, ou, na impossibilidade
-se à invenção, que parte de um material já prévia
de impô-la, o afastamento e a busca de outro grupo, mente assimilado, como também à memória pura,
onde possa exercê-la. E fácil compreender-se que há que simplesmente aceita material de fora, sem ( teori
uma ascendência normal, que pode perfeitamente equi camente) assimilá-lo ( Vide Introdução ) .
librar-se com o grupo, sem gerar conflitos emocio
nais. Essa ascendência deve e pode ser estimulada. ASSINERGIA - Na Psic., incapacidade de executar atos
O uso de marionetes, que se encontram em situação motores complexos, que exigem a cooperação harmô
de exercer ascendência, buscando fazê-la, permite dar nica de músculos isolados.
representações nítidas aos olhos da criança, para mos
ASSIST:íl:NCIA SO� IAL - Diz-se de tôda atividade e or·
trar-lhe como poderia proceder em tais situações.
ganização, quer de origem privada ou estatal, que mi
Também o uso de histórias infantis, em que se mos
ntstrn atenções, cuidados, previdência e auxílios de
trem situações que podem exigir da criança uma atua curáctor social aos indivíduos necessitados ou dêles
ção de ascendência, com explicações singelas por par cnront<:, prestando-lhes êsses serviços e bens, com fun
te de pais e mestres, é também um método, que_!_em damento na solidariedade humana e no íntuito de pro·
sido usado com relativo bom êxito. Tais meios ser ver ao ser humano sempre tudo quanto é conside·
vem também para diminuir a submissão, e mostrar o rado do dever da sociedade humana em conceder ao
prejuízo da excessiva ascendência. membro da sociedade. É grande a variabilidade de
sistemas e meios empregados com essa finalidade,
ASFIXIA - Vide Puericultura, 6.0 cap., § 1 .0• mas tôd'as tomam o nome genérico de assistência so
cial.
ASMA - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 5.
ASSISTENTE SOCIAL - Chama-se ao profissional em-.
ASSENTIMENTO - Ato pelo qual o espírito reconhece pregado em muitos dos centros dedicados ao serviço
por verdadeiro ou uma proposição, ou o estado que de assistência social.
resulta dêsse ato. um assentimento pode efetuar-se
por meras opiniões, ou por proposições com carácter ASSOCIAÇÃO - Na Psicologia, chama-se associação a
de certeza. Assentir não é raciocinar sôbre certos relação, que subsiste entre as disposições mentais cor
fatos, mas a aceitação global posterior de raciocínios, respondentes a dois ou mais conteúdos da consciên·
que se apresentam ao espírito como um todo, quer cia, e que se manifestam no aparecimento simultâ
de origem alheia, quer de elaboração própria. Há neo ou sucessivo daqueles conteúdos no campo da
quem queira atribuir ao "assentimento" um carácter consciência, sem a intervenção da vontade ou mesmo
de espontaneidade, que o contrasta com o "consenti contra ela. Êste fenômeno chama-se em geral "as
mento", que seria voluntário e reflexivo. sociação de idéias", não obstante o têrmo idéia sig-
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nificar uma limitação injustificada do campo de vali
dade dessa lei, limitação, que, de fato, não é inten
cional em quem quer que use êste têrmo.
';t
sim: quando dois estados coexistem na consciência, dicamos, ao contrário, seu domínio próprio, e evita
qualquer que seja a causa de tal coexistência, se um mos confundi-la com formas inferiores da vida psí
dêles se apresenta de nôvo ao espírito, tende a repro quica" (Foulquié) .
duzir o outro.
Ao pensarmos num fato, não se associam todos
Essa coexistência · pode dar-se no espaço ou no os fatos contíguos a êsse. Uns vêm à memória, ou
tempo, quando os objetos são contíguos no espaço ou
tros não. Há uma escolha. O mesmo se dá com a lei
no tempo.
de semelhança. Não nos vêm à mente tôdas as seme
A "lei de semelhança" enuncia-se assim : "um es lhanças, mas algumas.
tado de consciência qualquer tende a evocar os esta
dos que se lhe assemelham". Já v�mos a variedade Se a lei explica as que surgem, como explicará
do semelhante, do parecido. A semelhança pode dar as que não surgem? Além disso, muitas idéias evo
-se na forma, nas relações, no mundo sentimental, co cadas surgem por contigüidade, mas distantes uma de
mo se vê nos artistas. outras, havendo entre elas muitas outras que não são
evocadas. É natural que, numa análise, podemos pro
Um músico notará certa musicalidade nas pági Yar que uma idéia evocada estava em contigüidade
nas de um livro, segundo a emoção que desperte a com outra, por intermédio de uma terceira ou de uma
leitura que se assemelha à emoção provocada por quarta.
tal ou qual tom, como Beethoven, ao referir-se a certo
livro, dizia que "era sempre maestoso, escrito em ré
I' Ma�. na verdade, tôda a nossa vida está assim li
bemol maior".
- 68 -
- 69 -
L .,.
!!�-------
nificar uma limitação injustificada do campo de vali
dade dessa lei, limitação, que, de fato, não é inten
cional em quem quer que use êste têrmo.
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sim: quando dois estados coexistem na consciência, dicamos, ao contrário, seu domínio próprio, e evita
qualquer que seja a causa de tal coexistência, se um mos confundi-la com formas inferiores da vida psí
dêles se apresenta de nôvo ao espírito, tende a repro quica" (Foulquié) .
duzir o outro.
Ao pensarmos num fato, não se associam todos
Essa coexistência · pode dar-se no espaço ou no os fatos contíguos a êsse. Uns vêm à memória, ou
tempo, quando os objetos são contíguos no espaço ou
tros não. Há uma escolha. O mesmo se dá com a lei
no tempo.
de semelhança. Não nos vêm à mente tôdas as seme
A "lei de semelhança" enuncia-se assim : "um es lhanças, mas algumas.
tado de consciência qualquer tende a evocar os esta
dos que se lhe assemelham". Já v�mos a variedade Se a lei explica as que surgem, como explicará
do semelhante, do parecido. A semelhança pode dar as que não surgem? Além disso, muitas idéias evo
-se na forma, nas relações, no mundo sentimental, co cadas surgem por contigüidade, mas distantes uma de
mo se vê nos artistas. outras, havendo entre elas muitas outras que não são
evocadas. É natural que, numa análise, podemos pro
Um músico notará certa musicalidade nas pági Yar que uma idéia evocada estava em contigüidade
nas de um livro, segundo a emoção que desperte a com outra, por intermédio de uma terceira ou de uma
leitura que se assemelha à emoção provocada por quarta.
tal ou qual tom, como Beethoven, ao referir-se a certo
livro, dizia que "era sempre maestoso, escrito em ré
I' Ma�. na verdade, tôda a nossa vida está assim li
bemol maior".
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O grande problema para a psicologia é o da se o que se afasta da vida coletiva. Não se deve con
leçãc. Houve psicólogos que procuraram explicá-la fundir com anti-social, que é o qualificativo para o
apresentando outras leis. Enfim, centenas de leis po que se opõe ao social, enquanto associai quer refe
deriam ser propostas, sem que o tema ficasse escla rir-se ao que apenas se exclui do social. Uma criança
recido convenientemente. associai afasta-se do convívio de outras, mas a anti
-social opõe-se até agressivamente ao grupo social.
No entanto, a associação de idéias é uma necessi
dade para a vida. A dificuldade em explicá-la consis ASSUGESTIONABILIDADE - Estado que consiste em
te no fato de haverem os psicólogos tomado a asso reagir, nem positiva nem negativamente às sugestões
ciação de idéias como algo simples, como uma facul dadas pelo hipnotizador.
dade simples da memória, quando, na realidade, faz
parte de tôda a estrutura psicológica do homem. ASTIGMATISMO - ( gr. a, alfa privativo + stigma, pon
to) . Um defeito no mecanismo de refração da vista,
Está ela subordinada à personalidade, aos con· devido ao qual raios de luz, que partem de um pon
trastes da personalidade, às aspirações, tendências, to do objeto contemplado, não coincidem em um úni
sentimentos, afeições, enfim a todo o arcabouço psi co ponto da retina. Há um astigmatismo regular, que
cológico. consiste em serem as superfícies refratárias da cór
Se realmente se dão associações, segundo as três nea elipsoidais, em vez de esféricas: e astigmatismo
regras de Aristóteles, elas não sucedem de uma for irregular, quando em virtude de uma falta geral de ho
ma absolutamente automática. Dentro dos diversos mogeneidade das superfícies refratárias, cuja forma
"planos da consciência", dos seus diversos aspetos es se afasta, arbitrària.mente, das figuras matemáticas
truturais, as idéias são associadas segundo a condicio do círculo ou elipse. Os correspondentes defeitos na
nalidade dessas estruturas. percepção visual podem ser corrigidos (por meio de
óculos) no primeiro caso: no segundo, de maneira al
Como poderíamos compreender a diversidade, a guma.
preferência, hoje, de uma associação por contigüida
de, por exemplo, a outra que, amanhã, será preferida, ATAQUES COl.ÉRICOS - É a cólera uma violenta expio·
se não fôsse o ser humano, um conjunto de planos de são de ira, uma comoção, portanto. Nesse estado, a
consciência, de estruturas diversas, que ora dão maior criança manifesta perda de controle, grita, dá ponta
relêvo a umas e permitem que surjam estas ou aque pés, atira objetos etc., e nalguns casos mais fortes,
las idéias associadas, e, noutras ocasiões, permitem atira-se ao chão, vocifera, etc. Seu rosto se convul
outras. siona, sobe-lhe o sangue, enrubesce acentuadamente
ou, então, empalidece, havendo até casos em que há
É possível que, nos animais, se verifique êsse suspensão da respiração. São, sobretudo, observá
automatismo na associação de que falam os associa veis do 1 .<> ao 3.0 anos. Tais explosões são de certo
cionistas. No homem, porém, dado o carácter de seu modo normais, merecendo preocupações quando elas
espírito, as associações não se processam numa linha' não se verificam. O que, contudo, se torna um pro
geral, invariante, segundo as regras clássicas, mas blema é a repetição acentuada de tais estados, a sua
numa linha variante, condicionada aos planos de cons freqüência exagerada.
ciência.
O estudo das causas ( a etiologia da cólera) é te
ASSOCIAÇõE S DE PAIS E MESTRES - É comum, em ma que preocupa vivamente psicólogos e pedagogos.
grande número de países, as associações de tipo pe Dá-se como princípio da cólera a frustração. Assim,
dagógico ou educativo, nas quais, pais e mestres tro na 1 .a infância, sw·gem das exigências dos pais que
cam idéias sôbre a educação, que recebe a criança desejam que os filhos façam o que fica além de suas
na escola e a sua atuação no lar. fôrças; a realização de ações que estão acima do ní
ASSOCIAL - O que não possui características sociais, ou vel da criança; a falta de brinquedos, quando há vá
o que se exclui da esfera da Sociologia, como também rias crianças, de modo que algumas fiquem privadas
- 70 - - 71 -
O grande problema para a psicologia é o da se o que se afasta da vida coletiva. Não se deve con
leçãc. Houve psicólogos que procuraram explicá-la fundir com anti-social, que é o qualificativo para o
apresentando outras leis. Enfim, centenas de leis po que se opõe ao social, enquanto associai quer refe
deriam ser propostas, sem que o tema ficasse escla rir-se ao que apenas se exclui do social. Uma criança
recido convenientemente. associai afasta-se do convívio de outras, mas a anti
-social opõe-se até agressivamente ao grupo social.
No entanto, a associação de idéias é uma necessi
dade para a vida. A dificuldade em explicá-la consis ASSUGESTIONABILIDADE - Estado que consiste em
te no fato de haverem os psicólogos tomado a asso reagir, nem positiva nem negativamente às sugestões
ciação de idéias como algo simples, como uma facul dadas pelo hipnotizador.
dade simples da memória, quando, na realidade, faz
parte de tôda a estrutura psicológica do homem. ASTIGMATISMO - ( gr. a, alfa privativo + stigma, pon
to) . Um defeito no mecanismo de refração da vista,
Está ela subordinada à personalidade, aos con· devido ao qual raios de luz, que partem de um pon
trastes da personalidade, às aspirações, tendências, to do objeto contemplado, não coincidem em um úni
sentimentos, afeições, enfim a todo o arcabouço psi co ponto da retina. Há um astigmatismo regular, que
cológico. consiste em serem as superfícies refratárias da cór
Se realmente se dão associações, segundo as três nea elipsoidais, em vez de esféricas: e astigmatismo
regras de Aristóteles, elas não sucedem de uma for irregular, quando em virtude de uma falta geral de ho
ma absolutamente automática. Dentro dos diversos mogeneidade das superfícies refratárias, cuja forma
"planos da consciência", dos seus diversos aspetos es se afasta, arbitrària.mente, das figuras matemáticas
truturais, as idéias são associadas segundo a condicio do círculo ou elipse. Os correspondentes defeitos na
nalidade dessas estruturas. percepção visual podem ser corrigidos (por meio de
óculos) no primeiro caso: no segundo, de maneira al
Como poderíamos compreender a diversidade, a guma.
preferência, hoje, de uma associação por contigüida
de, por exemplo, a outra que, amanhã, será preferida, ATAQUES COl.ÉRICOS - É a cólera uma violenta expio·
se não fôsse o ser humano, um conjunto de planos de são de ira, uma comoção, portanto. Nesse estado, a
consciência, de estruturas diversas, que ora dão maior criança manifesta perda de controle, grita, dá ponta
relêvo a umas e permitem que surjam estas ou aque pés, atira objetos etc., e nalguns casos mais fortes,
las idéias associadas, e, noutras ocasiões, permitem atira-se ao chão, vocifera, etc. Seu rosto se convul
outras. siona, sobe-lhe o sangue, enrubesce acentuadamente
ou, então, empalidece, havendo até casos em que há
É possível que, nos animais, se verifique êsse suspensão da respiração. São, sobretudo, observá
automatismo na associação de que falam os associa veis do 1 .<> ao 3.0 anos. Tais explosões são de certo
cionistas. No homem, porém, dado o carácter de seu modo normais, merecendo preocupações quando elas
espírito, as associações não se processam numa linha' não se verificam. O que, contudo, se torna um pro
geral, invariante, segundo as regras clássicas, mas blema é a repetição acentuada de tais estados, a sua
numa linha variante, condicionada aos planos de cons freqüência exagerada.
ciência.
O estudo das causas ( a etiologia da cólera) é te
ASSOCIAÇõE S DE PAIS E MESTRES - É comum, em ma que preocupa vivamente psicólogos e pedagogos.
grande número de países, as associações de tipo pe Dá-se como princípio da cólera a frustração. Assim,
dagógico ou educativo, nas quais, pais e mestres tro na 1 .a infância, sw·gem das exigências dos pais que
cam idéias sôbre a educação, que recebe a criança desejam que os filhos façam o que fica além de suas
na escola e a sua atuação no lar. fôrças; a realização de ações que estão acima do ní
ASSOCIAL - O que não possui características sociais, ou vel da criança; a falta de brinquedos, quando há vá
o que se exclui da esfera da Sociologia, como também rias crianças, de modo que algumas fiquem privadas
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dêles, sem que a sua abundância impeça a explosão 1 ) criar uma atmosfera geral de serenidade, de
de conflitos entre elas; as indigestões, constipações, benevolência e domínio de si.
resfriados, a própria fadiga, excitações exageradas,
etc., podem provocar explosões de cólera. Êsses mo
tivantes têm o papel de estimular a eclosão da como
/ 2 ) Em casos graves, solicitar a colaboração de
pedagogos ou de psicologistas.
ção. Muitas vêzes essas explosões dirigem-se contra ATAQUES DE RISO INCONTIDO - É comum as crian
companheiros, mestres, etc., motivados por ressenti ças e jovens passarem por fases de alvorôço e risadas
mentos provocados por outros, para os quais se diri incontidas. Na fase da puberdade, é muito comum,
ge a explosão colérica. São cargas acumuladas que principalmente, entre as meninas. Muitas vêzes é
se descarregam, quando há motivantes que facilitem uma forma de dissimular uma perturbação emocional;
outras é o meio de aliviar um estado de tensão. Em
a sua eclosão. Há um estado de tensão, que se exte
geral, passam com o tempo, e não devem ser motivo
rioriza, quando os motivos surgem. Verificam-se fà
de irritação para os pais ou outros adultos.
cilmente, por parte do primogênito, quando surge um
segundo filho, para o qual se dão as atenções antes ATAVISMO - ( Lat.: atavus, avô ) . a ) Ocorrência em um
dirigidas para aquêle. O maior, julgando-se relegado indivíduo de um fenômeno ou carácter, que embora
a segundo plano, explode em tais comoções. Muitas não possuídos por seus avós imediatos, pertenceram,
vêzes, em face das atenções que recebe o menor, é no entanto, aos antecedentes mais remotos.
natural que manifeste regressões infantis, para provo
b ) Numa raça mesclada, o atavismo se manifes
car atenções semelhantes. Deve-se, nessa oportuni
li
ta pela aparição, em certos indivíduos, de caracteres
dade, mostrar que a situação do bebê é de inferiori
típicos de um dos componentes primitivos da mescla,
embora a grande maioria dos indivíduos ofereça um
dade e de impotência, o que não se verifica no maior.
Se se reprimir excessivamente tais manifestações da
aspecto bem nivelado.
criança, poderão elas criar um complexo de inferio
ridade. O principal é pais e mestres manterem o au c ) O evolucionismo chama de atavismo a exis
tocontrole, mantendo-se o mais tranqüilamente pos tência de um carácter ou de uma função carente de
sível nesses instantes de explosão de cólera. É con sentido no estado atual da espécie, mas que se explica
como resíduo de um estado anterior. (0 cão, que
veniente, também, isolar os meninos coléricos, que já
dá uma volta antes de deitar) (Lalande ) .
passaram da La infância, pois são muito contagiosos
para as outras crianças. Isolados, mesmo à fôrça, O atavismo, na vida racial, descrito acima, nem
não se deve, depois, tocá-los, para não aumentar a sempre pode ser distinguido de caracteres oriundos da
irritação. Nos casos extremos, um banho morno é acomodação. Até é muito provável que influências
aconselhável. Se se der à criança o que deseja aos exteriores e a correspondente tendência de acomoda
gritos, ela tenderá a repetir êsse processo para con ção atuem no sentido de estimular a formação de ca
seguir o que deseja, em vista da eficiência que lhe em racteres atávicos.
prestará. Também não se deve tornar a criança um ATENÇAO - Em sua acepção mais geral é a "direção es
centro de preocupações nesse momento, porque des pecial do espírito a um objeto".
pertará a valorização do prestígio social, que, em mui
tos casos, é prejudicial.
Também não se deve tentar A. atenção pode ser voluntária e não voluntária.
dominá-la por meio de presentes ou de promessas de Com referência ao concurso, e respectivamente, au
sência do livre arbítrio, é universalmente admitida es
presente, porque, então, se fomentarão as repetições.
sa classificação. Há, porém, autores, que insistem
Se as cóleras são freqüentes podem indicar que há
em que nunca se pode caracterizar a atenção como
carência de afetos, dos quais não se deve privar a
um efeito da vontade; mas, sim, e sempre, como um
criança. Para resolverem-se tais casos, os conselhos
"fenômeno volitivo", porque, segundo êles, a atenção
mais hábeis são os seguintes: é uma faculdade simplesmente primordial da alma,
- 72 - - 73 -
dêles, sem que a sua abundância impeça a explosão 1 ) criar uma atmosfera geral de serenidade, de
de conflitos entre elas; as indigestões, constipações, benevolência e domínio de si.
resfriados, a própria fadiga, excitações exageradas,
etc., podem provocar explosões de cólera. Êsses mo
tivantes têm o papel de estimular a eclosão da como
/ 2 ) Em casos graves, solicitar a colaboração de
pedagogos ou de psicologistas.
ção. Muitas vêzes essas explosões dirigem-se contra ATAQUES DE RISO INCONTIDO - É comum as crian
companheiros, mestres, etc., motivados por ressenti ças e jovens passarem por fases de alvorôço e risadas
mentos provocados por outros, para os quais se diri incontidas. Na fase da puberdade, é muito comum,
ge a explosão colérica. São cargas acumuladas que principalmente, entre as meninas. Muitas vêzes é
se descarregam, quando há motivantes que facilitem uma forma de dissimular uma perturbação emocional;
outras é o meio de aliviar um estado de tensão. Em
a sua eclosão. Há um estado de tensão, que se exte
geral, passam com o tempo, e não devem ser motivo
rioriza, quando os motivos surgem. Verificam-se fà
de irritação para os pais ou outros adultos.
cilmente, por parte do primogênito, quando surge um
segundo filho, para o qual se dão as atenções antes ATAVISMO - ( Lat.: atavus, avô ) . a ) Ocorrência em um
dirigidas para aquêle. O maior, julgando-se relegado indivíduo de um fenômeno ou carácter, que embora
a segundo plano, explode em tais comoções. Muitas não possuídos por seus avós imediatos, pertenceram,
vêzes, em face das atenções que recebe o menor, é no entanto, aos antecedentes mais remotos.
natural que manifeste regressões infantis, para provo
b ) Numa raça mesclada, o atavismo se manifes
car atenções semelhantes. Deve-se, nessa oportuni
li
ta pela aparição, em certos indivíduos, de caracteres
dade, mostrar que a situação do bebê é de inferiori
típicos de um dos componentes primitivos da mescla,
embora a grande maioria dos indivíduos ofereça um
dade e de impotência, o que não se verifica no maior.
Se se reprimir excessivamente tais manifestações da
aspecto bem nivelado.
criança, poderão elas criar um complexo de inferio
ridade. O principal é pais e mestres manterem o au c ) O evolucionismo chama de atavismo a exis
tocontrole, mantendo-se o mais tranqüilamente pos tência de um carácter ou de uma função carente de
sível nesses instantes de explosão de cólera. É con sentido no estado atual da espécie, mas que se explica
como resíduo de um estado anterior. (0 cão, que
veniente, também, isolar os meninos coléricos, que já
dá uma volta antes de deitar) (Lalande ) .
passaram da La infância, pois são muito contagiosos
para as outras crianças. Isolados, mesmo à fôrça, O atavismo, na vida racial, descrito acima, nem
não se deve, depois, tocá-los, para não aumentar a sempre pode ser distinguido de caracteres oriundos da
irritação. Nos casos extremos, um banho morno é acomodação. Até é muito provável que influências
aconselhável. Se se der à criança o que deseja aos exteriores e a correspondente tendência de acomoda
gritos, ela tenderá a repetir êsse processo para con ção atuem no sentido de estimular a formação de ca
seguir o que deseja, em vista da eficiência que lhe em racteres atávicos.
prestará. Também não se deve tornar a criança um ATENÇAO - Em sua acepção mais geral é a "direção es
centro de preocupações nesse momento, porque des pecial do espírito a um objeto".
pertará a valorização do prestígio social, que, em mui
tos casos, é prejudicial.
Também não se deve tentar A. atenção pode ser voluntária e não voluntária.
dominá-la por meio de presentes ou de promessas de Com referência ao concurso, e respectivamente, au
sência do livre arbítrio, é universalmente admitida es
presente, porque, então, se fomentarão as repetições.
sa classificação. Há, porém, autores, que insistem
Se as cóleras são freqüentes podem indicar que há
em que nunca se pode caracterizar a atenção como
carência de afetos, dos quais não se deve privar a
um efeito da vontade; mas, sim, e sempre, como um
criança. Para resolverem-se tais casos, os conselhos
"fenômeno volitivo", porque, segundo êles, a atenção
mais hábeis são os seguintes: é uma faculdade simplesmente primordial da alma,
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que não pode ser antecedida e condicionada pela von mo também deve ser capaz de dirigir-se em atos su
tade. �
ces ivos a u �número bastante grande de objetos di
ferentes, que se apresentam como de impor�â�cia vi
Êste estado pode ser produzido, voluntária ou ati
tal ou de importância indireta ( p . ex., profissiOnal ) .
vamente ( também chamado espontâneamente ) ; ou de
maneira reflexa e passiva, quando causado por um
Cada defeito em uma dessas capacidades, se é bastan
te pronunciado, é patológico, a não ser que se tr�te
estímulo inesperado, que não era previamente do co _
da fraqueza geral da atenção, que é um caractenst1co
nhecimento do sujeito. A atenção é voluntária ou ati
da infância, e como tal perfeitamente normal.
va, quando se dirige ou a um objeto, intrinsecamente
atrativo, ou interessante, ou quando é aplicada com Como a atenção é um fenômeno que se acha em
um certo esfôrço para um objeto, que só oferece um intima ligação com a totalidade da vida psíquica, é
interêsse indireto. óbvio que quase não há nenhuma perturbação mental
que não implique também um defeito dessa fac�dad�.
Atenção : 1 ) reflexa ou passiva, e 2 ) voluntária ou
Deficiência da atenção aparece regularmente hgada a
ativa;
diotia e à imbecilidade, como, também, à senilidade
a ) espontânea ou não volitiva e b ) volitiva ou e à demência.
indireta. Uma capacidade subnormal de fixar a atenção é
igualmente característica de uma série de perturb�
Os têrmos citados são os de maior uso na lite
ções funcionais do sistema nervoso. Cansaço, ah
ratura, porém, nunca se deve esquecer que alguns dê
mentação defectiva ou fraqueza devida a d�enças P?
les ( ativo-passivo ) implicam numa posição já tomada
dem produzir sintomas semelhantes de . cara?ter mais
em problemas psicológicos mais gerais, como, p. ex., _
ou menos temporário, como também a mtox1eaçao ce
na questão de se é possível um processo mental "pas
rebral, devido a entorpecente s.
sivo". Além disso, parece problemática a distinção
entre uma atenção " reflexiva", e atenção "voluntária O defeito contrário da atenção fixa revela-se, prin
espontânea". cipalmente, na "idéia. fixa", que ocupa o campo intei
ro da consciência, vedando o acesso a todos os outros
Com relação aos objetos, distingue-se, também,
objetos. Êsse fenômeno é característico da melanco
"atenção sensorial" ( dirigida a uma sensação ) , e "aten
lia mas, também, de estados extáticos e hipnóticos,
ção ideal " ou "intelectual" (dirigida a uma idéia) . A
�
qu estreitam o campo da receptividade normal pela
atenção sensorial, pois, ganha um sentido mais espe �
predileção pessoal ou pela sugestão �l eia de �a ou
cial quando é oposta à atenção motriz. A primeira
poucas idéias chegadas a um dommw exclusivo da
significa, assim, a atenção a um sinal esperado, e a
atenção.
segunda a atenção a um ato determinado, a executar
quando o sinal é dado. Neste caso, há duas atenções Coordenadas da Atenção: Pode-se enumerar, na
ou dois objetos de atenção, simultâneamente, no es atenção, uma série de "ccordenadas" :
pírito, uma dirigida contra o sinal esperado e a outra
como preparação do ato de executar. 1) excitante;
2) memória;
Nio mundo orgânico subconsciente, encontramos fenô
menos análogos à atenção, que, para distingui-los da 3) interêsse;
atenção propriamente dita, são chamados de "atenção
direção da tensão da consciência;
primária" ( primary attention ).
4)
5) imobilidade.
As necessidades da vida prática exigem que a
atenção, tanto possa concentrar-se com bastante in Niuma fase mais culta da vida humana, chamam
tensidade e persistência a um objeto determinado, co- -nos a atenção fatos que dizem respeito diretamente
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que não pode ser antecedida e condicionada pela von mo também deve ser capaz de dirigir-se em atos su
tade. �
ces ivos a u �número bastante grande de objetos di
ferentes, que se apresentam como de impor�â�cia vi
Êste estado pode ser produzido, voluntária ou ati
tal ou de importância indireta ( p . ex., profissiOnal ) .
vamente ( também chamado espontâneamente ) ; ou de
maneira reflexa e passiva, quando causado por um
Cada defeito em uma dessas capacidades, se é bastan
te pronunciado, é patológico, a não ser que se tr�te
estímulo inesperado, que não era previamente do co _
da fraqueza geral da atenção, que é um caractenst1co
nhecimento do sujeito. A atenção é voluntária ou ati
da infância, e como tal perfeitamente normal.
va, quando se dirige ou a um objeto, intrinsecamente
atrativo, ou interessante, ou quando é aplicada com Como a atenção é um fenômeno que se acha em
um certo esfôrço para um objeto, que só oferece um intima ligação com a totalidade da vida psíquica, é
interêsse indireto. óbvio que quase não há nenhuma perturbação mental
que não implique também um defeito dessa fac�dad�.
Atenção : 1 ) reflexa ou passiva, e 2 ) voluntária ou
Deficiência da atenção aparece regularmente hgada a
ativa;
diotia e à imbecilidade, como, também, à senilidade
a ) espontânea ou não volitiva e b ) volitiva ou e à demência.
indireta. Uma capacidade subnormal de fixar a atenção é
igualmente característica de uma série de perturb�
Os têrmos citados são os de maior uso na lite
ções funcionais do sistema nervoso. Cansaço, ah
ratura, porém, nunca se deve esquecer que alguns dê
mentação defectiva ou fraqueza devida a d�enças P?
les ( ativo-passivo ) implicam numa posição já tomada
dem produzir sintomas semelhantes de . cara?ter mais
em problemas psicológicos mais gerais, como, p. ex., _
ou menos temporário, como também a mtox1eaçao ce
na questão de se é possível um processo mental "pas
rebral, devido a entorpecente s.
sivo". Além disso, parece problemática a distinção
entre uma atenção " reflexiva", e atenção "voluntária O defeito contrário da atenção fixa revela-se, prin
espontânea". cipalmente, na "idéia. fixa", que ocupa o campo intei
ro da consciência, vedando o acesso a todos os outros
Com relação aos objetos, distingue-se, também,
objetos. Êsse fenômeno é característico da melanco
"atenção sensorial" ( dirigida a uma sensação ) , e "aten
lia mas, também, de estados extáticos e hipnóticos,
ção ideal " ou "intelectual" (dirigida a uma idéia) . A
�
qu estreitam o campo da receptividade normal pela
atenção sensorial, pois, ganha um sentido mais espe �
predileção pessoal ou pela sugestão �l eia de �a ou
cial quando é oposta à atenção motriz. A primeira
poucas idéias chegadas a um dommw exclusivo da
significa, assim, a atenção a um sinal esperado, e a
atenção.
segunda a atenção a um ato determinado, a executar
quando o sinal é dado. Neste caso, há duas atenções Coordenadas da Atenção: Pode-se enumerar, na
ou dois objetos de atenção, simultâneamente, no es atenção, uma série de "ccordenadas" :
pírito, uma dirigida contra o sinal esperado e a outra
como preparação do ato de executar. 1) excitante;
2) memória;
Nio mundo orgânico subconsciente, encontramos fenô
menos análogos à atenção, que, para distingui-los da 3) interêsse;
atenção propriamente dita, são chamados de "atenção
direção da tensão da consciência;
primária" ( primary attention ).
4)
5) imobilidade.
As necessidades da vida prática exigem que a
atenção, tanto possa concentrar-se com bastante in Niuma fase mais culta da vida humana, chamam
tensidade e persistência a um objeto determinado, co- -nos a atenção fatos que dizem respeito diretamente
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chamar a atenção para o nOvo, os outros põem-se, en
à nossa personalidade, como, para o físico, os fenô tão, a perceber. É o que sucede com os artistas, que
menos físicos; para o músico, uma frase musical; pa descobrem valôres, que outros não percebiam antes.
ra o pintor, um aspeto da natureza, etc.
Divisões da atenção: - Pode-se dividir, esquemà
O interêsse maior ou menor que nos causa o fa ticamente, a atenção em:
to exterior ao espírito, poderá provocar a maior ou
menor intensidade da tensão de consciência, que é, em 1) atenção interior - a que se dirige a um fato
certo grau, volitiva, pois nessa direção, a atividade do mundo interior;
dirigida, sendo consciente, assume as características 2) atenção exterior - a que se dirige a um fato
da vontade. do mundo exterior.
Há, no ato de atenção, um representar antecipa Subdivide-se a atenção exterior em:
do da experiência que se espera. E realmente, de
antemão, criamos imagens com as quais acolheremos a) atenção electiva - a que realiza uma escolha en
a percepção nova, como salienta Roustan. "E, - diz tre os dados, segundo o interêsse. Ex.: um ar
êle - representar-se com antecipação a experiência, qn:�eto ou um homem comum escolherão dado�
que vai produzir-se, ou pedir à nossa imaginação ape diferentes de uma construção;
nas uma representação precisa, antecipada, pelo me
nos uma hipótese, que nos ajudará a compreender o b) atenção expectante - a que consiste num diri
significado do espetáculo, a relação desta sensação no gir-se a um fato, que se espera, a um fato futuro.
va com alguma porção de nossa experiência passada.
Na primeira, temos a direção dada pelos nossos
Não há atenção voluntária, sem o que diversos psicó
esquemas, que se acomodam a um fato para assimi
logos chamaram de pré-percepções".
lá-lo. Na segunda, há uma acomodação geral e não
Essas pré-percepções são necessárias, pois não específica como no primeiro caso. Nc primeiro,
percebemos claramente senão aquilo que pré-percebe atendemos a isto ou àquilo; no segundo, atendemos
mos. em geral. No primeiro caso, a atenção é mais inten
sa e concentrada em . . . ; no segundo, é intensa tam
"Fazei que vos mostrem, à distância, uma figura bém, mas descentrada.
desconhecida, e que a mantenham, a princípio, muito
longe, a ponto de vos impedir o que representa. Pedi A atenção interior se subdivide em:
que a aproximem até o ponto de perceber alguns tra
a ) atenção reflexiva - qwmdo se dirige para es-
ços, algumas manchas de sombra e de luz, sem que
tados subjetivos, que podem ser:
ainda possais interpretá-la. Pedi, então, que se dete
nham, e comprovai que, apesar de vossos esforços, I - para conhecê-los melhor: atenção cognitiva;
-
estais impossibilitados de entender o esbôço. Notai
o ponto onde estais e o ponto em que está a figura. II sôbre nossos afetos: atenção afetiva;
Fazei, então, que vos entreguem a figura; olhai-a de III - sôbre nosso querer: atenção volitiva;
b ) atenção reflexiva-operatória - quando se di·
perto e depois colocai-a no mesmo lugar, e voltai ao
posto, que ocupáveis antes; não podereis compreen
der, então, como fostes incapazes, um momento antes, dige às nossas idéias, quando meditamos: atenção
de interpretar essa figura, que percebeis agora com mental.
bastante nitidez. É que dispondes, agora, de uma
1) se se dirige a relações: atenção racional.
percepção, que não tínheis antes."
Na psicologia clássica, dividia-se a atenção em
Tal é, sob certo aspeto, o que sucede com todos.
espontânea, quando a atenção era provocada pelo
Surge alguém que vê o que outros não viram, e ao
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chamar a atenção para o nOvo, os outros põem-se, en
à nossa personalidade, como, para o físico, os fenô tão, a perceber. É o que sucede com os artistas, que
menos físicos; para o músico, uma frase musical; pa descobrem valôres, que outros não percebiam antes.
ra o pintor, um aspeto da natureza, etc.
Divisões da atenção: - Pode-se dividir, esquemà
O interêsse maior ou menor que nos causa o fa ticamente, a atenção em:
to exterior ao espírito, poderá provocar a maior ou
menor intensidade da tensão de consciência, que é, em 1) atenção interior - a que se dirige a um fato
certo grau, volitiva, pois nessa direção, a atividade do mundo interior;
dirigida, sendo consciente, assume as características 2) atenção exterior - a que se dirige a um fato
da vontade. do mundo exterior.
Há, no ato de atenção, um representar antecipa Subdivide-se a atenção exterior em:
do da experiência que se espera. E realmente, de
antemão, criamos imagens com as quais acolheremos a) atenção electiva - a que realiza uma escolha en
a percepção nova, como salienta Roustan. "E, - diz tre os dados, segundo o interêsse. Ex.: um ar
êle - representar-se com antecipação a experiência, qn:�eto ou um homem comum escolherão dado�
que vai produzir-se, ou pedir à nossa imaginação ape diferentes de uma construção;
nas uma representação precisa, antecipada, pelo me
nos uma hipótese, que nos ajudará a compreender o b) atenção expectante - a que consiste num diri
significado do espetáculo, a relação desta sensação no gir-se a um fato, que se espera, a um fato futuro.
va com alguma porção de nossa experiência passada.
Na primeira, temos a direção dada pelos nossos
Não há atenção voluntária, sem o que diversos psicó
esquemas, que se acomodam a um fato para assimi
logos chamaram de pré-percepções".
lá-lo. Na segunda, há uma acomodação geral e não
Essas pré-percepções são necessárias, pois não específica como no primeiro caso. Nc primeiro,
percebemos claramente senão aquilo que pré-percebe atendemos a isto ou àquilo; no segundo, atendemos
mos. em geral. No primeiro caso, a atenção é mais inten
sa e concentrada em . . . ; no segundo, é intensa tam
"Fazei que vos mostrem, à distância, uma figura bém, mas descentrada.
desconhecida, e que a mantenham, a princípio, muito
longe, a ponto de vos impedir o que representa. Pedi A atenção interior se subdivide em:
que a aproximem até o ponto de perceber alguns tra
a ) atenção reflexiva - qwmdo se dirige para es-
ços, algumas manchas de sombra e de luz, sem que
tados subjetivos, que podem ser:
ainda possais interpretá-la. Pedi, então, que se dete
nham, e comprovai que, apesar de vossos esforços, I - para conhecê-los melhor: atenção cognitiva;
-
estais impossibilitados de entender o esbôço. Notai
o ponto onde estais e o ponto em que está a figura. II sôbre nossos afetos: atenção afetiva;
Fazei, então, que vos entreguem a figura; olhai-a de III - sôbre nosso querer: atenção volitiva;
b ) atenção reflexiva-operatória - quando se di·
perto e depois colocai-a no mesmo lugar, e voltai ao
posto, que ocupáveis antes; não podereis compreen
der, então, como fostes incapazes, um momento antes, dige às nossas idéias, quando meditamos: atenção
de interpretar essa figura, que percebeis agora com mental.
bastante nitidez. É que dispondes, agora, de uma
1) se se dirige a relações: atenção racional.
percepção, que não tínheis antes."
Na psicologia clássica, dividia-se a atenção em
Tal é, sob certo aspeto, o que sucede com todos.
espontânea, quando a atenção era provocada pelo
Surge alguém que vê o que outros não viram, e ao
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objeto; voluntária, quando provocada pelo sujeito, di a) atenção tátil
rigindo-se para o objeto.
b) atenção auditiva
ATEN�ÃO PARA A PEDAGOGIA - O desenvolvimento
c) atenção visual
da atenção é outro ponto importante na educação
infantil. Em psicologia, a atenção, a faculdade de d) atenção gustativa.
nosso espírito de se concentrar sôbre um objeto ou
Para exercitar a atenção tátil, deve-se pedir à
uma idéia, é estudada e analisada pormenorizada
criança que distinga vários objectos, com os olhos fe
mente, e existem várias teorias para explicá-la, mas
chados, que compare, pelo tato, as diferenças de ta
apesar de não podermos expô-las aqui, no entanto po
manho entre os objetos.
demos dizer que tôdas aceitam que a atenção é uma.
direção da tensão para . . . , e que exige imobilidade e Estimulá-la a acertar, e quando conseguir, então
interêsse. dispensar-lhe os aplausos merecidos.
É um facto, que nos causa admiração, ver um Para desenvolver a atenção visual, mostrar-lhe ob
pequenino ser, com tôda a sua capacidade de atenção,
jetos de côres diferentes, ou pedaços de fazenda de
absorvido, muitas vêzes, num jôgo de armar ou num
côres bem vivas. Pergunta-se qual a que está mais
livro de figuras coloridas, indiferente a tudo o mais
próxima, qual a mais distante, se está perto dis�o ou
que se passa à sua volta.
daquilo, etc. Deve-se procurar chamar a ate�çao da
Os psicólogos dizem que a "atenção é uma de criança para as diferenças de côres, qual a ma1s clara
satenção, porque é um atender uma parte e um desa ou mais escura.
tender, o que não interessa mais à conciência".
Mas sempre fazer esses exercícios como um pas
Há uma fase na vida da criança, na qual ela não sa-tempo, sem forçá-la a prestar a atenção.
consegue prestar atenção a uma só atividade. Essa
Nos exercícios para desenvolver a atenção auditi
va há um, em forma de passa-tempo, que a criança
fase dá-se no período que vai mais ou menos dos três
aos quatro anos. O mundo exterior lhe exerce um
m{rtto aprecia. Várias pessoas da família pronun
grande poder de atração, e tudo lhe desperta o inte
ciam palavras em tons de vozes diferentes, e a crian
rêsse. É quando ela pula, como se costuma dizer, de ça, com os olhos fechados, deve reconhecer a quem
um brinquedo para outro, sem poder concentrar a pertencem as vozes.
atenção em nenhum.
Há muitas modalidades dêsses exercícios. Pode
Às vêzes, pode dar-se o fato que, inesperadamen -se também reproduzir trechos musicais bem simples,
te, comece a interessar-se por um boneco, ou um jô e ensiná-la a distinguir os sons.
go, ou riscar com lápis de côres, ou modelar com
massa, enfim por qualquer atividade, mais do que pe Para desenvolver a capacidade de distinguir o sa
las outras, e nessas ocasiões, nada a distrai do que bor chama-se a atenção para a diferença do sabor de
está fazendo, o que pode ser o sinal que nos indica um� fruta com o de outra, ou um alimento, compa
que, precisamente, aquela atividade é que ela está ne rando-o a outro.
cessitando para desenvolver suas coordenações sen
Todos êsses exercícios possuem vlfrias modalida
sório-motrizes ou intelectuais.
des e até de distraírem a criança, são, ao mesmo tem
Para desenvolver-se normalmente a faculdade da po, 'excelentes para o fortalecimento da :nemó:ia pois
�
atenção na criança e criar-lhe o hábito de obse�ação, o desenvolvimento do poder de atençao esta ligado
e também de concentrar a atenção vamos expor al com o da memória.
- 78 - - 79 -
objeto; voluntária, quando provocada pelo sujeito, di a) atenção tátil
rigindo-se para o objeto.
b) atenção auditiva
ATEN�ÃO PARA A PEDAGOGIA - O desenvolvimento
c) atenção visual
da atenção é outro ponto importante na educação
infantil. Em psicologia, a atenção, a faculdade de d) atenção gustativa.
nosso espírito de se concentrar sôbre um objeto ou
Para exercitar a atenção tátil, deve-se pedir à
uma idéia, é estudada e analisada pormenorizada
criança que distinga vários objectos, com os olhos fe
mente, e existem várias teorias para explicá-la, mas
chados, que compare, pelo tato, as diferenças de ta
apesar de não podermos expô-las aqui, no entanto po
manho entre os objetos.
demos dizer que tôdas aceitam que a atenção é uma.
direção da tensão para . . . , e que exige imobilidade e Estimulá-la a acertar, e quando conseguir, então
interêsse. dispensar-lhe os aplausos merecidos.
É um facto, que nos causa admiração, ver um Para desenvolver a atenção visual, mostrar-lhe ob
pequenino ser, com tôda a sua capacidade de atenção,
jetos de côres diferentes, ou pedaços de fazenda de
absorvido, muitas vêzes, num jôgo de armar ou num
côres bem vivas. Pergunta-se qual a que está mais
livro de figuras coloridas, indiferente a tudo o mais
próxima, qual a mais distante, se está perto dis�o ou
que se passa à sua volta.
daquilo, etc. Deve-se procurar chamar a ate�çao da
Os psicólogos dizem que a "atenção é uma de criança para as diferenças de côres, qual a ma1s clara
satenção, porque é um atender uma parte e um desa ou mais escura.
tender, o que não interessa mais à conciência".
Mas sempre fazer esses exercícios como um pas
Há uma fase na vida da criança, na qual ela não sa-tempo, sem forçá-la a prestar a atenção.
consegue prestar atenção a uma só atividade. Essa
Nos exercícios para desenvolver a atenção auditi
va há um, em forma de passa-tempo, que a criança
fase dá-se no período que vai mais ou menos dos três
aos quatro anos. O mundo exterior lhe exerce um
m{rtto aprecia. Várias pessoas da família pronun
grande poder de atração, e tudo lhe desperta o inte
ciam palavras em tons de vozes diferentes, e a crian
rêsse. É quando ela pula, como se costuma dizer, de ça, com os olhos fechados, deve reconhecer a quem
um brinquedo para outro, sem poder concentrar a pertencem as vozes.
atenção em nenhum.
Há muitas modalidades dêsses exercícios. Pode
Às vêzes, pode dar-se o fato que, inesperadamen -se também reproduzir trechos musicais bem simples,
te, comece a interessar-se por um boneco, ou um jô e ensiná-la a distinguir os sons.
go, ou riscar com lápis de côres, ou modelar com
massa, enfim por qualquer atividade, mais do que pe Para desenvolver a capacidade de distinguir o sa
las outras, e nessas ocasiões, nada a distrai do que bor chama-se a atenção para a diferença do sabor de
está fazendo, o que pode ser o sinal que nos indica um� fruta com o de outra, ou um alimento, compa
que, precisamente, aquela atividade é que ela está ne rando-o a outro.
cessitando para desenvolver suas coordenações sen
Todos êsses exercícios possuem vlfrias modalida
sório-motrizes ou intelectuais.
des e até de distraírem a criança, são, ao mesmo tem
Para desenvolver-se normalmente a faculdade da po, 'excelentes para o fortalecimento da :nemó:ia pois
�
atenção na criança e criar-lhe o hábito de obse�ação, o desenvolvimento do poder de atençao esta ligado
e também de concentrar a atenção vamos expor al com o da memória.
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rêsse ativa o desenvolvimento da atenção e, também,
da percepção, e a capacidade de observação torna-se
maior, e pode-se, portanto, desenvolver essa capaci
dade com exercícios adequados.
- 80 -
rêsse ativa o desenvolvimento da atenção e, também,
da percepção, e a capacidade de observação torna-se
maior, e pode-se, portanto, desenvolver essa capaci
dade com exercícios adequados.
- 80 -
ATITUDE SOCIAL - Tendência ou disposição de reagir
de determinada maneira a estímulos sociais em geral.
É importantíssima a auto-confiança
na criança, que deve ser despertada, ali�ent�da e for
AUTO-CONFIANÇA - AUTO-DOMíNIO NA CRIANÇA - Depois de certa idade,
dos seis aos doze anos, a criança esforça-se por afas·
talecida. Nos primeiros estudos pslCOlóglCos dos tar-se da infância, e começa a manifestar, mais mar
que "d'esconheciam o que os escolásticos já ha_viam cantemente, as suas aspirações de autonomia, o que
realizado neste setor, julgavam que a auto-confiança não é bem compreendido pelos pais. �stes, ou dei·
era um traço do carácter, ingênito a êste. Contudo, xam livremente a criança. só intervindo quando ultra
sabiam os escolásticos, o que muitos psicólogos mo passam os limites, ou, por excesso de zêlo, querem in
demos desconhecem, que a auto-confiança é também !luir em sua vida particular. Por sua vez, o segrêdo,
um hábito uma virtude, portanto, adquirível, estimu
�
que o jovenzinho faz de suas atividades, aqui, não
lável, alim ntável, fortalecível. Sem dúvida, há " tra quer dizer que pretende ocultar o que não pode s.er
ços" de auto-confiança, que são ingênitos, mas êstes revelado aos pais; ao contrário, é um desejo de afir·
podem ser robustecidos, como, também, naqueles que mação e de autonomia, por sentir que pode manter
ela não se manifesta pode ser despertável, ou melhor uma vida à parte da que vive com seus parentes.
tomá-la adquirível. Há crianças que revelam capa
cidade de "andar pelos próprios pés", que revelam
� nesse período que o filho põe-se a salientar os
defeitos que os pais revelam. 1i: quando critica por
capacidade de resolver os problemas que lhe surgem,
- 82 - - 83 -
�
jovens, o gôsto pelos esportes e pelo atletis�o. Al m
que não se deixam enlear pelas dificuldades quando
surgem, tais como "ir sozinha ao colégio", vestir-se por
de fortalecer os músculos e estimular a c1rculaçao,
si mesma,etc . Deixar-se a criança só em alguns mo
oferecem oportunidade de aprender como se há de
mentos, embora vigiada de modo que não perceba,
tratar os amigos, como ganhar ou perder com brio,
para que solucione por si os problemas que surgem,
e como cooperar com os outros para alcançar uma
é facilitar-lhe os meios de adquirir a confiança em si
vitória comum.
mesma. A pouco e pouco, a criança atinge a essa au
Quando os meninos e meninas chegam ao pe;íodo to-confiança, ao aprender locomover-se por si mesma,
da adolescência sentem inclinação a um determmado ir ao colégio sozinha, vestir-se por si mesma, cumprir
esporte. Convém seja incentivado pelos pais e pro o que promete, sentir-se segura em épocas de exames,
fessores, porém que não desleixe, por out�o lado,. os enfrentar os companheiros, cumprir sua responsabi
estudos. Nos que manifestam uma excessiva dedica lidade. A regra para facilitar à criança a auto-confian
ção ' é preciso fazê-lo reconhecer que tal é prejudicial ça, é dar-lhe oportunidades de resolver dificuldades
aos seus estudos e suas ocupações. Da mesma forma por si mesma, mas dificuldades apropriadas à sua ida
que aquêle que não tem o minimo interêsse deve ser de, pois, do contrário, pode-se gerar frustrações de
ajudado. graves conseqüências . Assim, devem dar-se-lhe peque
nas tarefas cumpríveis, animá-la a expressar as suas
ATO HUMANO - Vide Introdução.
idéias e opiniões, e ouvi-la com atenção . e respeito,
nunca ridicularizando-a quando erra, não elogiando a
ATONIA - Estado de relaxamento muscular.
criança quando acerta, mas sim a solução que deu.
AUDÃCIA - Audácia é uma virtude subordinada à forta É preciso manter-se um clima democrático no lar,
leza ou à valentia, uma das quatro virtudes cardeais. para que a criança não aguarde sempre a ordem que
A audácia é o desafio ao risco e à morte, enfrentando
deve emanar dos pais. As observações demonstram
-os. A fortaleza é a virtude que supera o mêdo, o qual
que onde há um clima de mútua compreensão, de com
consiste em estacar ante um mal iminente. A forta
panheirismo, onde muitas tarefas de grupo são plane·
leza, assistida pela prudência, refreia a audácia. A jactas e cumpridas, cabendo a cada um, um papel fa
_
audácia é, assim, uma virtude menor, porque, se nao vorece-se o despertar e a solidificação da auto-confi·
fôr refreada pela prudência e pela temperança, pode
ança, que é a fonte da autonomia e, posteriormente,
oferecer riscos graves por sua natural tendência a
da liberdade, que é o ápice a que pode alcançar o
afrontar os perigos e até a morte.
ser humano.
É importantíssima a auto-confiança
na criança, que deve ser despertada, ali�ent�da e for
AUTO-CONFIANÇA - AUTO-DOMíNIO NA CRIANÇA - Depois de certa idade,
dos seis aos doze anos, a criança esforça-se por afas·
talecida. Nos primeiros estudos pslCOlóglCos dos tar-se da infância, e começa a manifestar, mais mar
que "d'esconheciam o que os escolásticos já ha_viam cantemente, as suas aspirações de autonomia, o que
realizado neste setor, julgavam que a auto-confiança não é bem compreendido pelos pais. �stes, ou dei·
era um traço do carácter, ingênito a êste. Contudo, xam livremente a criança. só intervindo quando ultra
sabiam os escolásticos, o que muitos psicólogos mo passam os limites, ou, por excesso de zêlo, querem in
demos desconhecem, que a auto-confiança é também !luir em sua vida particular. Por sua vez, o segrêdo,
um hábito uma virtude, portanto, adquirível, estimu
�
que o jovenzinho faz de suas atividades, aqui, não
lável, alim ntável, fortalecível. Sem dúvida, há " tra quer dizer que pretende ocultar o que não pode s.er
ços" de auto-confiança, que são ingênitos, mas êstes revelado aos pais; ao contrário, é um desejo de afir·
podem ser robustecidos, como, também, naqueles que mação e de autonomia, por sentir que pode manter
ela não se manifesta pode ser despertável, ou melhor uma vida à parte da que vive com seus parentes.
tomá-la adquirível. Há crianças que revelam capa
cidade de "andar pelos próprios pés", que revelam
� nesse período que o filho põe-se a salientar os
defeitos que os pais revelam. 1i: quando critica por
capacidade de resolver os problemas que lhe surgem,
- 82 - - 83 -
Sem dúvida, as manifestações de autonomia dos
fazerem o que proíbem aos filhos. Ante essru;
filhos causam inquietação aos pais. Mas êste pro·
admoestações, os pais logo manüestam seu desagra
cesso é passageiro se souberem aquêles auxiliar o
do, zangam-se com os filhos, o que nada aporta de
positivo. E preferível enfrentá-los, e considerar que
filho, pois o seu sentido crítico, à proporção que se
desenvolve, atua reversivamente numa autocrítica
tais críticas são manüestações de um desejo de auto
€m que o jovem é, às vêzes, mais exigente para si
nomia, que não a:eve ser impedido de se manüestar.
mesmo que para com os próprios pais. Apesar das
Na primeira idade, os filhos constroem uma imagem
manifestações opostas, os conselhos sãos e justos dos
,, perfeita dos pais; na adolescência, notam seus erros
: pais atuam sôbre os filhos, apesar de aparentemen
e defeitos. Os pais devem considerar como normais
te mostrarem que não sofrem esta influência. O princi·
essas manifestações. Tudo isso, acrescentando-se
ainda, o descaso aparente que fazem às admoesta�
pai é criar o ambiente favorável ao desenvolvimento
�
normal da autonomia, dando ao filho certas tarefas
ções paternas, são sinais de um desejo de indepen
que êle possa cumprir sem risco do malôgro par
dentização, que procuram alcançar. Êsse desenvolvi
aumentar a confiança em si mesmo, que nêste pe
mento natural, se obstaculizado ou indevidamente
ríodo é um tanto exagerada. Por esta razão, nem
rompido, só pode trazer más conseqüências futuras,
os pais devem negá-la, porque não seriam ouvidos
nem exagerá-la, porque ela, por natureza, é exagera:
sobretudo porque o jovem, julgando-se capaz de di
rigir a si mesmo, pode ir além de suas fôrças e possi
da. Neste período, a imaginação do jovem está po
bilidades, o que pode acarretar alguns malogros, que
� I\
voada dos heróis que êle aá'mira nas leituras que fêz
nos filmes que assistiu, nos esportistas que o entu:
o levam, depois, a regressões infantis, já genuinamen
te mórbidas. Devem os pais, nessas circunstâncias,
J siasmam, e é natural que queira imitá-los, ser como
êles. É notável neste periodo o aspeto compensa
mostrarem-se compremsivos, auxiliando em vez de
f
da psicologia do ser humano é a ânsia de prestigio
podem elidir, e que só se poderia admitir em mons
e nunca devemos esquecer esta verdade fundamental:
tros morais. É dos pais, sobretudo dos pais, que
o que o jovem busca é prestigiar-se e, como na fa
dependem o modo de ser e de agir dos filhos. Um
milia, êle sente certos obstáculos, porque os pais
lar não é sempre uma garantia de filhos sãos. As
vêem sempre nêle a criança, busca fora a afirmação
estatísticas modernas comprovam o fundamento des
desejada que lhe falta. É natural que êle se desbor-
�I
ta assertiva.
��I
- 84 -
- 85 -
U (
__
______�----------�--�------------ j �----
Sem dúvida, as manifestações de autonomia dos
fazerem o que proíbem aos filhos. Ante essru;
filhos causam inquietação aos pais. Mas êste pro·
admoestações, os pais logo manüestam seu desagra
cesso é passageiro se souberem aquêles auxiliar o
do, zangam-se com os filhos, o que nada aporta de
positivo. E preferível enfrentá-los, e considerar que
filho, pois o seu sentido crítico, à proporção que se
desenvolve, atua reversivamente numa autocrítica
tais críticas são manüestações de um desejo de auto
€m que o jovem é, às vêzes, mais exigente para si
nomia, que não a:eve ser impedido de se manüestar.
mesmo que para com os próprios pais. Apesar das
Na primeira idade, os filhos constroem uma imagem
manifestações opostas, os conselhos sãos e justos dos
,, perfeita dos pais; na adolescência, notam seus erros
: pais atuam sôbre os filhos, apesar de aparentemen
e defeitos. Os pais devem considerar como normais
te mostrarem que não sofrem esta influência. O princi·
essas manifestações. Tudo isso, acrescentando-se
ainda, o descaso aparente que fazem às admoesta�
pai é criar o ambiente favorável ao desenvolvimento
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normal da autonomia, dando ao filho certas tarefas
ções paternas, são sinais de um desejo de indepen
que êle possa cumprir sem risco do malôgro par
dentização, que procuram alcançar. Êsse desenvolvi
aumentar a confiança em si mesmo, que nêste pe
mento natural, se obstaculizado ou indevidamente
ríodo é um tanto exagerada. Por esta razão, nem
rompido, só pode trazer más conseqüências futuras,
os pais devem negá-la, porque não seriam ouvidos
nem exagerá-la, porque ela, por natureza, é exagera:
sobretudo porque o jovem, julgando-se capaz de di
rigir a si mesmo, pode ir além de suas fôrças e possi
da. Neste período, a imaginação do jovem está po
bilidades, o que pode acarretar alguns malogros, que
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voada dos heróis que êle aá'mira nas leituras que fêz
nos filmes que assistiu, nos esportistas que o entu:
o levam, depois, a regressões infantis, já genuinamen
te mórbidas. Devem os pais, nessas circunstâncias,
J siasmam, e é natural que queira imitá-los, ser como
êles. É notável neste periodo o aspeto compensa
mostrarem-se compremsivos, auxiliando em vez de
f
da psicologia do ser humano é a ânsia de prestigio
podem elidir, e que só se poderia admitir em mons
e nunca devemos esquecer esta verdade fundamental:
tros morais. É dos pais, sobretudo dos pais, que
o que o jovem busca é prestigiar-se e, como na fa
dependem o modo de ser e de agir dos filhos. Um
milia, êle sente certos obstáculos, porque os pais
lar não é sempre uma garantia de filhos sãos. As
vêem sempre nêle a criança, busca fora a afirmação
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desejada que lhe falta. É natural que êle se desbor-
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ta assertiva.
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\
:
nifestar uma valorização objetiva da realidade. Quer adaptação ao colégio nem sempre é fácil. Nos pri
saber a verdade sôbre as coisas. Sabe separar o meiros mêses, sente o jovem que a mudança é ra.
'
mundo da imaginação do mundo da realidade, den dical, por isso algumas vêzes se manifesta um de
tro, naturalmente, dos limites da sua inteligência. sejo de voltar à dependência paterna e noutras uma
Seus brinquedos são brinquedos de regras e, nesta súbita fruição de uma liberdade não esperada. As
época, devem os pais facilitar aos filhos que se tor normas do ambiente são outras, a disciplina é dis
nem, por exemplo, colecionadores, que se dediquem tinta, e o maior problema que surge aí é a hábil
aos esportes, que empreendam certas atividades ma coordenação entre a disciplina escolar e a liber
nuais e intelectuais fora do currículo para que êles dade individual. O colégio tem de ser um campo
possam exercer o seu domínio, e fortalecer a confian que prepare homens livres, e a autoridade aí não
ça em si mesmo. O amor próprio atinge um grau deve fundar-se no mêdo, nem no terror. O sábio
tão intenso que qualquer coisa os magoa. Entrega exercício da autoridade dos mestres é de importân
ein capital. Esta tem de fundar-se num senso de
lli [/
rem-se a certas atividades fora do lar, neste período,
como atividades técnicas, criadoras, é um meio de jllHt lçn, num senso rigoroso, para que estimule a
facilitar esta autonomização, e nunca devem esque auto cllsc•tpl1nn do nluno. As reações que a criança,
cer cs pais, outra regra fundamental de educação: v <•m cnso., !o.z b manifestação da autoridade paterna,
"Deve-se elogiar, preferentemente, a obra realizada e tmnbém encontram correspondentes no colégio. As
não, propriamente, a criança ou o jovem que a rea sim como luta em casa pela sua independência, tam
liza". O estímulo dos pais à atividade do filho, re bém luta naquele, e assim como precisa proteção
conhecendo o mérito de sua ação, nesse período, s6 em casa, dela necessita no colégio. Deve-se permitir
:1!: preciso que os pais ouçam seus
pode beneficiar. que pratique suas novas experiências. A proteção
filhos nesse período. É um período em que êles fa que se deve dar à criança não deve ser tão rígida que
lam muito das coisas do colégio, dos seus amigos, de se pretenda impedir-lhe totalmente os erros, porque,
suas experiências, etc., e os pais devem ouvi-los oom então, provocará uma falta de autonomização, que
interêsse. Quando êles se referem aos seus heróis só será prejudicial. A criança aceitará a autoridade
de ficção ou da realidade, devem acompanhá-los, e a respeitará, na medida em que esta fôr justa, e
buscar compreender, salientar os aspetos positivos que não lhe impeça o desenvolvimento da sua auto
e recriminar, se fõr o caso, com bastante tato, os -afirmação. Neste equilíbrio é que está umq. das
defeitos que acaso possuam. Os filhos, nesse perío mais importantes aplicações da sã pedagogia.
do, não fazem questão que os pais aceitem totalmen-
. te o que êles pensam, mas apenas que êles compreen- AUTO-EROTISMO (Psic.) - Satisfação sexual por s1
4am as suas preferências, e não os recriminem oom
mesmo, sem o auxílio de outra pessoa. Freqüente
mente, é sinônimo de masturbação.
acrimônia. Tõda manifestação de respeito por par
te dos pais ao que pensem os filhos, nessa fase, pro
.
AUTO-DISCIPLINA - Vide Disciplina.
. : · vocará nêles maior respeito, sobretudo, se os pais os
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:
nifestar uma valorização objetiva da realidade. Quer adaptação ao colégio nem sempre é fácil. Nos pri
saber a verdade sôbre as coisas. Sabe separar o meiros mêses, sente o jovem que a mudança é ra.
'
mundo da imaginação do mundo da realidade, den dical, por isso algumas vêzes se manifesta um de
tro, naturalmente, dos limites da sua inteligência. sejo de voltar à dependência paterna e noutras uma
Seus brinquedos são brinquedos de regras e, nesta súbita fruição de uma liberdade não esperada. As
época, devem os pais facilitar aos filhos que se tor normas do ambiente são outras, a disciplina é dis
nem, por exemplo, colecionadores, que se dediquem tinta, e o maior problema que surge aí é a hábil
aos esportes, que empreendam certas atividades ma coordenação entre a disciplina escolar e a liber
nuais e intelectuais fora do currículo para que êles dade individual. O colégio tem de ser um campo
possam exercer o seu domínio, e fortalecer a confian que prepare homens livres, e a autoridade aí não
ça em si mesmo. O amor próprio atinge um grau deve fundar-se no mêdo, nem no terror. O sábio
tão intenso que qualquer coisa os magoa. Entrega exercício da autoridade dos mestres é de importân
ein capital. Esta tem de fundar-se num senso de
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rem-se a certas atividades fora do lar, neste período,
como atividades técnicas, criadoras, é um meio de jllHt lçn, num senso rigoroso, para que estimule a
facilitar esta autonomização, e nunca devem esque auto cllsc•tpl1nn do nluno. As reações que a criança,
cer cs pais, outra regra fundamental de educação: v <•m cnso., !o.z b manifestação da autoridade paterna,
"Deve-se elogiar, preferentemente, a obra realizada e tmnbém encontram correspondentes no colégio. As
não, propriamente, a criança ou o jovem que a rea sim como luta em casa pela sua independência, tam
liza". O estímulo dos pais à atividade do filho, re bém luta naquele, e assim como precisa proteção
conhecendo o mérito de sua ação, nesse período, s6 em casa, dela necessita no colégio. Deve-se permitir
:1!: preciso que os pais ouçam seus
pode beneficiar. que pratique suas novas experiências. A proteção
filhos nesse período. É um período em que êles fa que se deve dar à criança não deve ser tão rígida que
lam muito das coisas do colégio, dos seus amigos, de se pretenda impedir-lhe totalmente os erros, porque,
suas experiências, etc., e os pais devem ouvi-los oom então, provocará uma falta de autonomização, que
interêsse. Quando êles se referem aos seus heróis só será prejudicial. A criança aceitará a autoridade
de ficção ou da realidade, devem acompanhá-los, e a respeitará, na medida em que esta fôr justa, e
buscar compreender, salientar os aspetos positivos que não lhe impeça o desenvolvimento da sua auto
e recriminar, se fõr o caso, com bastante tato, os -afirmação. Neste equilíbrio é que está umq. das
defeitos que acaso possuam. Os filhos, nesse perío mais importantes aplicações da sã pedagogia.
do, não fazem questão que os pais aceitem totalmen-
. te o que êles pensam, mas apenas que êles compreen- AUTO-EROTISMO (Psic.) - Satisfação sexual por s1
4am as suas preferências, e não os recriminem oom
mesmo, sem o auxílio de outra pessoa. Freqüente
mente, é sinônimo de masturbação.
acrimônia. Tõda manifestação de respeito por par
te dos pais ao que pensem os filhos, nessa fase, pro
.
AUTO-DISCIPLINA - Vide Disciplina.
. : · vocará nêles maior respeito, sobretudo, se os pais os
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AUTO-EXPRESSAO CRIADORA - Vide Arte e a criança. rospecção, que é a atividade pela qual a consciência
de cada um de nós, na vida social, tem dos outros
AUTOMóVEL DA FAMíLIA - Os pais devem permitir que, por sua vez, tomam também atitudes heteros
aos filhos, desde que se encontrem na idade estabe
pectivas ou autospectivas.
lecida, que conduzam o carro da família. Não deve
ser :t:ermitido que jovens, ainda não na idade esta
\l
AUTO.SUGESTAO - Sugestão exercida sôbre si mesmo.
belecida pela lei, conduzam um carro, o que pode Diferencia-se de hetero-sugestão, que é exercida por
acarretar muitos dissabores. Em qualquer circuns outrem, pela ação voluntária de outra pessoa. Con
tância, o melhor exemplo de bem conduzir e seguir ,, siste a auto-sugestão numa contração psicológica, vo
as regras de trânsito deve ser exemplificado pelo luntária ou não, numa influência automática, exer
próprio pai. cida sôbre o nosso procedimento, ou nossos julga
mentos, cu percepções, e, segundo muitos, até sôbre
I AUTORIDADE - Para muitos psicólogos modernos, as nosso componente fisiológico, per uma representação,
I
atitudes aestrutivas, não só infantis, mas, também,
prevenção ou desejo. Há auto-sugestão consciente e
nos adultos, contra o govêrno e contra a sociedade inconsciente. ( Vide Sugestão ) .
organizada, surgem da influência de um C omplexo
de Édipo ( vide ) , cu surgem em conseqüência da exis AUTOTÉLICO - D o grego autós, s i mesmo, e telos, fim.
tência de autoridades arbitrárias e inconstantes, e
dos constantes castigos do pai, não suficientemente a ) Têrmo empregado para qualificar tôda ativi
justificados, etc., os quais os impelem a manifestar dade que se absorve totalmente em si mesma. O
uma oposição à autoridadP. paterna, podendo esten brinquedo, na criança, é autotélico.
der-se aos mestres, diretores de escola, policiais, etc. b ) Na Estética, emprega-se para indicar a par
Para outros psicólogos, surgem em lares em que a te criativa. Opõe-se a heterotélico { finalidade dada
vida conjugal não é feliz, em que a mãe se sente in por outrem ).
capaz de prodigalizar o amor ao filho em bases su
ficientes, etc. Nestes casos, deve-se ensinar à mãe AVOUTIVO - O que está fora da atividade voluntária,
como deve proceder com o filho, e como deve dar o que nuo é nem voluntário nem involuntário.
·lhe indepenaência e responsabilidade. Os castigos
exagerados geram rebelião, o que se anula quando
AZEITE DE FtGADO DE BACALHAU - Vide Vitaminas.
- 88 - - 89 -
liLw.
!
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AUTO-EXPRESSAO CRIADORA - Vide Arte e a criança. rospecção, que é a atividade pela qual a consciência
de cada um de nós, na vida social, tem dos outros
AUTOMóVEL DA FAMíLIA - Os pais devem permitir que, por sua vez, tomam também atitudes heteros
aos filhos, desde que se encontrem na idade estabe
pectivas ou autospectivas.
lecida, que conduzam o carro da família. Não deve
ser :t:ermitido que jovens, ainda não na idade esta
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AUTO.SUGESTAO - Sugestão exercida sôbre si mesmo.
belecida pela lei, conduzam um carro, o que pode Diferencia-se de hetero-sugestão, que é exercida por
acarretar muitos dissabores. Em qualquer circuns outrem, pela ação voluntária de outra pessoa. Con
tância, o melhor exemplo de bem conduzir e seguir ,, siste a auto-sugestão numa contração psicológica, vo
as regras de trânsito deve ser exemplificado pelo luntária ou não, numa influência automática, exer
próprio pai. cida sôbre o nosso procedimento, ou nossos julga
mentos, cu percepções, e, segundo muitos, até sôbre
I AUTORIDADE - Para muitos psicólogos modernos, as nosso componente fisiológico, per uma representação,
I
atitudes aestrutivas, não só infantis, mas, também,
prevenção ou desejo. Há auto-sugestão consciente e
nos adultos, contra o govêrno e contra a sociedade inconsciente. ( Vide Sugestão ) .
organizada, surgem da influência de um C omplexo
de Édipo ( vide ) , cu surgem em conseqüência da exis AUTOTÉLICO - D o grego autós, s i mesmo, e telos, fim.
tência de autoridades arbitrárias e inconstantes, e
dos constantes castigos do pai, não suficientemente a ) Têrmo empregado para qualificar tôda ativi
justificados, etc., os quais os impelem a manifestar dade que se absorve totalmente em si mesma. O
uma oposição à autoridadP. paterna, podendo esten brinquedo, na criança, é autotélico.
der-se aos mestres, diretores de escola, policiais, etc. b ) Na Estética, emprega-se para indicar a par
Para outros psicólogos, surgem em lares em que a te criativa. Opõe-se a heterotélico { finalidade dada
vida conjugal não é feliz, em que a mãe se sente in por outrem ).
capaz de prodigalizar o amor ao filho em bases su
ficientes, etc. Nestes casos, deve-se ensinar à mãe AVOUTIVO - O que está fora da atividade voluntária,
como deve proceder com o filho, e como deve dar o que nuo é nem voluntário nem involuntário.
·lhe indepenaência e responsabilidade. Os castigos
exagerados geram rebelião, o que se anula quando
AZEITE DE FtGADO DE BACALHAU - Vide Vitaminas.
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B
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B
- 91 -
b ) Emprega-se o têrmo também no sentido de
§ 1 , 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 1 1.
tôda e qualquer idéia ou conclusão que decorre, in BEB:2 ( primeiros mêses de vida) - Vide Puericultura,
.'r
conseqüentemente, de premissas dad.'as: "um pensa
mento bastardo", "uma doutrina bastarda". BEBÊ ( quarto d o ) - Vide Puericultura, cap. 2.0, § 4 .0•
BEB:t ( ALIMENTOS NOVOS) - Com quatro ou cinco BEBER - Na adolescência, inicia-se o problema de be
mêses, o bebê está apto a receber uma alimentação ber que deve ser visualizado com bom senso pelos
sólida. Deve iniciar-se paulatinamente a entrada de pais. A proibição terminante do uso de qualquer
novos alimentos no regime do bebê. Assim, segun bebida para um jovem de 15 anos, em nada adian
do a maioria dos pediatras, esta se inicia com a in tará, e servirá para trazer maiores preocupações aos
clusão . da sopa de legumes e cereais, em lugar de pais, pois êle o fará às escondidas. O melhor é mos
uma mamadeira, e depois de duas ( a das 1 0 ou 1 1 trar-lhe as desvantagens que proporciona a bebida
horas da manhã e das 5 ou 6 horas da tarde ). Pro em demasia, com bons exemplos. É comum, nos
gressivamente, começa-se a incluir no regime alimen
[i
países europeus, onde o hábito de tomar alguma be
1',
tar frutas, cereais, etc. A carne, os ovos, os purês
variados são muito importantes e devem fazer parte I� •
bida alcoólica se inicia desde a infância, e não é tão
pernicioso como em outros. Assim na França, Itália
constante no cardápio diário. Mas 3 conselhos são e Espanha é comum dar-se vinho nas refeições às
importantes na inclusão de novos alimentos. São crianças; na Alemanha e outros países, cerveja.
êles:
BEHA VIORISMO - Do têrmo inglês Behaviour, que sig
1 ) acostumar o bebê aos novos alimentos pau nifica conduta, comportamento. Escola contemporâ
latinamente, começando por pequenas quantidades, e nea de psicologia, nos Estados Unidos, que abando·
lt
aumentando-as progressivamente. Não dar um ali na o estudo da mente, da consciência, para examinar
mento nôvo até que se tenha familiarizado com o a psicologia animal e a humana do ângulo apenas da
anterior. conduta, do comportamento. Pavlov, fisiologista rus
!l
2) Proporcionar ao bebê uma alimentação � so, com as suas investigações sôbre o reflexo condi
riada de forma que a isto se acostume, sem entre cionado, influiu decididamente no êxito do behavio
tanto ser forçado. rismo. J. B. Watson foi o fundador dessa escola.
Todos os fatos psicológicos superiores, os pensamen
3 ) Ter sempre em mente que um alimento tem tos, as emoções, etc., são interpretados como mero
um substituto com o mesmo valor alimentício. É comportamento. Filosoficamente, o behaviorismo é
preciso saber trocar um alimento, quando êste é re uma espécie de materialismo metafísico.
jeitado e substituí-lo por outro com o mesmo valor
alimentício . BENEVOLE.:NCIA - Hábito moral de promover o bem
§
para os outros. Só o cristianismo estabeleceu a be
BEBt; ( como vesti-lo ) - Vide Puericultura, cap. 2,0, 2.0• nevolência como virtude, porém não a contou entre
as virtudes cardeais, mas identificou-a com a virtude
BEB:t ( envoltórios d o ) - Vide Puericultura, 9.0 cap. § 2.
teológica da caridade.
BEBE.: ( enxoval do ) - Vide Puericultura, 2.0 cap., § 1. Em Platão e Aristóteles, a benevolência para com
os homens como tais não é encontrada. Em seu lu
BEBE.: - Lavagem da sua roupa - Vide Puericultura,
gar, achamos a liberalidade ( com carácter univer
2.0 cap. § 3.0•
sal ). e a amizade que, porém, de c�rto modo, se re
BEBÊ NORMAL - Vide Puericultura, cap. 3.0, § 3.o, duz a um egotismo, porque o bem dos amigos é con
siderado o bem próprio de cada um . Essa identifi
BEBE.: ( primeiro ano de vida) - Vide Puericultura, 8." cação, sem dúvida, implica ao mesmo tempo uma
cap. § 1 . atitude altruísta: contudo, não se deve universalizá
BEBt; ( primeiros dias) - Vide Puericultura, 6.0 cap., § 18. i ·la. Tanto mais que a amizade, na acepção antiga,
presupõe um certo grau de identidade nas condições
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----� ----�----�----� --�11 �
b ) Emprega-se o têrmo também no sentido de
§ 1 , 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 1 1.
tôda e qualquer idéia ou conclusão que decorre, in BEB:2 ( primeiros mêses de vida) - Vide Puericultura,
.'r
conseqüentemente, de premissas dad.'as: "um pensa
mento bastardo", "uma doutrina bastarda". BEBÊ ( quarto d o ) - Vide Puericultura, cap. 2.0, § 4 .0•
BEB:t ( ALIMENTOS NOVOS) - Com quatro ou cinco BEBER - Na adolescência, inicia-se o problema de be
mêses, o bebê está apto a receber uma alimentação ber que deve ser visualizado com bom senso pelos
sólida. Deve iniciar-se paulatinamente a entrada de pais. A proibição terminante do uso de qualquer
novos alimentos no regime do bebê. Assim, segun bebida para um jovem de 15 anos, em nada adian
do a maioria dos pediatras, esta se inicia com a in tará, e servirá para trazer maiores preocupações aos
clusão . da sopa de legumes e cereais, em lugar de pais, pois êle o fará às escondidas. O melhor é mos
uma mamadeira, e depois de duas ( a das 1 0 ou 1 1 trar-lhe as desvantagens que proporciona a bebida
horas da manhã e das 5 ou 6 horas da tarde ). Pro em demasia, com bons exemplos. É comum, nos
gressivamente, começa-se a incluir no regime alimen
[i
países europeus, onde o hábito de tomar alguma be
1',
tar frutas, cereais, etc. A carne, os ovos, os purês
variados são muito importantes e devem fazer parte I� •
bida alcoólica se inicia desde a infância, e não é tão
pernicioso como em outros. Assim na França, Itália
constante no cardápio diário. Mas 3 conselhos são e Espanha é comum dar-se vinho nas refeições às
importantes na inclusão de novos alimentos. São crianças; na Alemanha e outros países, cerveja.
êles:
BEHA VIORISMO - Do têrmo inglês Behaviour, que sig
1 ) acostumar o bebê aos novos alimentos pau nifica conduta, comportamento. Escola contemporâ
latinamente, começando por pequenas quantidades, e nea de psicologia, nos Estados Unidos, que abando·
lt
aumentando-as progressivamente. Não dar um ali na o estudo da mente, da consciência, para examinar
mento nôvo até que se tenha familiarizado com o a psicologia animal e a humana do ângulo apenas da
anterior. conduta, do comportamento. Pavlov, fisiologista rus
!l
2) Proporcionar ao bebê uma alimentação � so, com as suas investigações sôbre o reflexo condi
riada de forma que a isto se acostume, sem entre cionado, influiu decididamente no êxito do behavio
tanto ser forçado. rismo. J. B. Watson foi o fundador dessa escola.
Todos os fatos psicológicos superiores, os pensamen
3 ) Ter sempre em mente que um alimento tem tos, as emoções, etc., são interpretados como mero
um substituto com o mesmo valor alimentício. É comportamento. Filosoficamente, o behaviorismo é
preciso saber trocar um alimento, quando êste é re uma espécie de materialismo metafísico.
jeitado e substituí-lo por outro com o mesmo valor
alimentício . BENEVOLE.:NCIA - Hábito moral de promover o bem
§
para os outros. Só o cristianismo estabeleceu a be
BEBt; ( como vesti-lo ) - Vide Puericultura, cap. 2,0, 2.0• nevolência como virtude, porém não a contou entre
as virtudes cardeais, mas identificou-a com a virtude
BEB:t ( envoltórios d o ) - Vide Puericultura, 9.0 cap. § 2.
teológica da caridade.
BEBE.: ( enxoval do ) - Vide Puericultura, 2.0 cap., § 1. Em Platão e Aristóteles, a benevolência para com
os homens como tais não é encontrada. Em seu lu
BEBE.: - Lavagem da sua roupa - Vide Puericultura,
gar, achamos a liberalidade ( com carácter univer
2.0 cap. § 3.0•
sal ). e a amizade que, porém, de c�rto modo, se re
BEBÊ NORMAL - Vide Puericultura, cap. 3.0, § 3.o, duz a um egotismo, porque o bem dos amigos é con
siderado o bem próprio de cada um . Essa identifi
BEBE.: ( primeiro ano de vida) - Vide Puericultura, 8." cação, sem dúvida, implica ao mesmo tempo uma
cap. § 1 . atitude altruísta: contudo, não se deve universalizá
BEBt; ( primeiros dias) - Vide Puericultura, 6.0 cap., § 18. i ·la. Tanto mais que a amizade, na acepção antiga,
presupõe um certo grau de identidade nas condições
- 92 -
li - 93 -
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de vida e uma homogeneidade nos sentimentos. O BIBLIOTECAS ESCOLARES - Encontra-se na maioria
cosmopolitismo dos Estóicos e a filantropia dos Aca.. dos colégios, uma biblioteca destinada aos alunos. De
. dêmicos levaram a uma consideração das necessida· ve constituir-se de livros de consulta, de forma que
des alheias, anàlogamente à justiça, que zela pelos os alunos possam lê-los nas horas vagas, como, tam
direitos dos outros. bém, retirá-las para ler em casa. Um bibliotecário
A benevolência tende, por natureza, ao universa ou bibliotecária, que é o organizador, ajuda os alunos
lismo com respeito à sua aplicação; porém, aqui, na seleção de obras, e no manejo do catálogo.
surge o problema de se o homem deve um maior As bibliotecas escolares têm a finalidade de faci
grau de benevolência a pessoas que lhe estão mais litar a consulta dos livros indicados pelos professores,
perto (parentes, benfeitores), do que ao resto da hu como possibilitar a leitura de livros variados (ficção,
manidade e se tal preferência, quando praticada, pode romances, ensaios, etc.), tendo como principal fun
ser aprovada do ponto de vista moral. Mas, a ques ção a de proporcionar um ambiente e elementos para
tão, além de ética, implica ainda um problema psi que se desenvolva o gõstc pela leitura.
cológico: uma extensão e generalização d'a benevolên
cia significa, pràticamente, uma perda de intensidade BmLIOTECAS PúBLICAS - Há bibliotecas mantidas
e eficiência. pelo Estado, outras por associações variadas, e muitas
de fundação particular. Também se encontram ser
Já que a benevolência visa o bem dos outros, é
viços de consulta em redação de vários jornais e re
também problemático que espécie de bem, dentro
vistas.
dessa vasta hierarquia, tem que ser procurado em
primeiro lugar. Kant afirma que é simplesmente a BICICLETAS - A bicicleta de duas rodas exige uma coor
felicidade dos outros, já que não é possível promover denação perfeita, pernas compridas para alcançar cs
o bem verdadeiro dos outros, a sua virtude, porque pedais e habilidade de tomar decisões rápidas. Pa
essa é um valor puramente pessoal. ra uma criança de 3 ou 4 anos, é aconselhável o uso
O carácter desinteressado da benevolência foi do triciclo, passando, só mais tarde, para a bicicleta
outra questão controvertida. Hobbes quis reduzi-la de duas roaas, quando tenha a estatura desejada e o
ao amor para dominar; outros qualificam-na de amor equilíbrio necessário.
próprio, sob o véu da hipocrisia. Outros afirmaram Abaixo segue-se uma série de conselhos, que de
o seu carácter desinteressado. Uma certa reconcilia
vem ser dados à criança que ganha uma bicicleta;
ção dos pontos de vista extremes se acha em autores
modernos, que estabelecem a simpatia como fôrça a) Nunca deve subir numa bicicleta n o meio da rua.
motriz da benevolência, sendo que a simpatia reune
b) Nunca andar em velocidade numa rua com trân
o sentimento altruístico e o momento da satisfação
sito.
pessoal.
c) Não levar nunca algum outro amigo na frente ou
BIBLIOTECA DO LAR - A formação de uma biblioteca
atrás.
no lar, dependerá, em parte, das possioilidades econô
micas, e da educação recebida pelos pais. Natural . ' BIOPSfQUICO - Diz-se da relação entre os fenômenos
mente que um clima de cultura deve reinar em tôda psíquicos com o organismo vivo.
casa, constituindo-se, assim, um ambiente favorável
ao estudo, ao mesmo tempo que se possibilitam os 810-SOCIAL (Do gr. bios, vida) . Diz-se das relações so
meios para tal: cursar a escola, uma boa literatura, ciais, quando determinadas pelos fatôres biológicos.
etc. Também para os organismos, que oferecem uma utili
dade social ou um significado social, como os animais
Deve constar de uma biblioteca, por menor que
domésticos, os escravos na escravidão, . etc.
seja: livros sôbre primeiros socorros, puericultura,
conselhos caseiros, alguns livros de ficção, uma enci BIOTIPO - (Do gr. bios, vida e typos, espécie, tipo ) . Diz
clopédia, e literatura variada. -se biotipo, quando um grupo de organismos, de ori-
- 94 - - 95 -
de vida e uma homogeneidade nos sentimentos. O BIBLIOTECAS ESCOLARES - Encontra-se na maioria
cosmopolitismo dos Estóicos e a filantropia dos Aca.. dos colégios, uma biblioteca destinada aos alunos. De
. dêmicos levaram a uma consideração das necessida· ve constituir-se de livros de consulta, de forma que
des alheias, anàlogamente à justiça, que zela pelos os alunos possam lê-los nas horas vagas, como, tam
direitos dos outros. bém, retirá-las para ler em casa. Um bibliotecário
A benevolência tende, por natureza, ao universa ou bibliotecária, que é o organizador, ajuda os alunos
lismo com respeito à sua aplicação; porém, aqui, na seleção de obras, e no manejo do catálogo.
surge o problema de se o homem deve um maior As bibliotecas escolares têm a finalidade de faci
grau de benevolência a pessoas que lhe estão mais litar a consulta dos livros indicados pelos professores,
perto (parentes, benfeitores), do que ao resto da hu como possibilitar a leitura de livros variados (ficção,
manidade e se tal preferência, quando praticada, pode romances, ensaios, etc.), tendo como principal fun
ser aprovada do ponto de vista moral. Mas, a ques ção a de proporcionar um ambiente e elementos para
tão, além de ética, implica ainda um problema psi que se desenvolva o gõstc pela leitura.
cológico: uma extensão e generalização d'a benevolên
cia significa, pràticamente, uma perda de intensidade BmLIOTECAS PúBLICAS - Há bibliotecas mantidas
e eficiência. pelo Estado, outras por associações variadas, e muitas
de fundação particular. Também se encontram ser
Já que a benevolência visa o bem dos outros, é
viços de consulta em redação de vários jornais e re
também problemático que espécie de bem, dentro
vistas.
dessa vasta hierarquia, tem que ser procurado em
primeiro lugar. Kant afirma que é simplesmente a BICICLETAS - A bicicleta de duas rodas exige uma coor
felicidade dos outros, já que não é possível promover denação perfeita, pernas compridas para alcançar cs
o bem verdadeiro dos outros, a sua virtude, porque pedais e habilidade de tomar decisões rápidas. Pa
essa é um valor puramente pessoal. ra uma criança de 3 ou 4 anos, é aconselhável o uso
O carácter desinteressado da benevolência foi do triciclo, passando, só mais tarde, para a bicicleta
outra questão controvertida. Hobbes quis reduzi-la de duas roaas, quando tenha a estatura desejada e o
ao amor para dominar; outros qualificam-na de amor equilíbrio necessário.
próprio, sob o véu da hipocrisia. Outros afirmaram Abaixo segue-se uma série de conselhos, que de
o seu carácter desinteressado. Uma certa reconcilia
vem ser dados à criança que ganha uma bicicleta;
ção dos pontos de vista extremes se acha em autores
modernos, que estabelecem a simpatia como fôrça a) Nunca deve subir numa bicicleta n o meio da rua.
motriz da benevolência, sendo que a simpatia reune
b) Nunca andar em velocidade numa rua com trân
o sentimento altruístico e o momento da satisfação
sito.
pessoal.
c) Não levar nunca algum outro amigo na frente ou
BIBLIOTECA DO LAR - A formação de uma biblioteca
atrás.
no lar, dependerá, em parte, das possioilidades econô
micas, e da educação recebida pelos pais. Natural . ' BIOPSfQUICO - Diz-se da relação entre os fenômenos
mente que um clima de cultura deve reinar em tôda psíquicos com o organismo vivo.
casa, constituindo-se, assim, um ambiente favorável
ao estudo, ao mesmo tempo que se possibilitam os 810-SOCIAL (Do gr. bios, vida) . Diz-se das relações so
meios para tal: cursar a escola, uma boa literatura, ciais, quando determinadas pelos fatôres biológicos.
etc. Também para os organismos, que oferecem uma utili
dade social ou um significado social, como os animais
Deve constar de uma biblioteca, por menor que
domésticos, os escravos na escravidão, . etc.
seja: livros sôbre primeiros socorros, puericultura,
conselhos caseiros, alguns livros de ficção, uma enci BIOTIPO - (Do gr. bios, vida e typos, espécie, tipo ) . Diz
clopédia, e literatura variada. -se biotipo, quando um grupo de organismos, de ori-
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gem comum, apresentam o mesmo complexo de fatô rando-a, porque jamais deixamos de ser também o
res hereditários. animal que há em nós. O ludus de regra é o exercitar
da inteligência, da racionalidade que desponta. To
BOLHAS DE AGUA - Uma pequena irritação da pele dos êsses exercícios são importantes, imprescindíveis,
provoca, às vêzes, um inchaço cheio de fluído aquoso. e buscados naturalmente, por uma imposição da es
É bastante comum no calcanhar, principalmente quan pécie em nós. Tôda habilidade dos pais está em sa
do a criança usa um sapato apertado. Nos bebês, ber dar aos filhos brinquedos correspondentes ao
aparece com freqüência nos lábios. Na maioria das grau do seu desenvolvimento. Os primeiros brinque
vêzes, estas bôlhas secam-se por sí só, e o melhor é dos devem ser aquêles que facilitem o exercício de
não tocá-las. seus músculos, o manuseio, o tato, etc. A partici
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gem comum, apresentam o mesmo complexo de fatô rando-a, porque jamais deixamos de ser também o
res hereditários. animal que há em nós. O ludus de regra é o exercitar
da inteligência, da racionalidade que desponta. To
BOLHAS DE AGUA - Uma pequena irritação da pele dos êsses exercícios são importantes, imprescindíveis,
provoca, às vêzes, um inchaço cheio de fluído aquoso. e buscados naturalmente, por uma imposição da es
É bastante comum no calcanhar, principalmente quan pécie em nós. Tôda habilidade dos pais está em sa
do a criança usa um sapato apertado. Nos bebês, ber dar aos filhos brinquedos correspondentes ao
aparece com freqüência nos lábios. Na maioria das grau do seu desenvolvimento. Os primeiros brinque
vêzes, estas bôlhas secam-se por sí só, e o melhor é dos devem ser aquêles que facilitem o exercício de
não tocá-las. seus músculos, o manuseio, o tato, etc. A partici
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mente, o que nem sempre compreendem os pais. É a areia, o barro. Causam verdadeiras preocupações
até preferível que se permita à criança criar com seus aos pais, devido aos aspectos higiênicos. Contudo,
objetos o mundo de sua simbólica, do que lhe dar ob apesar das dificuldades que ·possa haver em casa, po
jetos já figurativamente cópias fiéis da realidade, pois dem os pais, com um pouco de areia, um balde e uma
uma boneca de trapo tem às vêzes muito mais valor pá dar à criança oportunidade de se distrair e exerci
para a criança que a tem, que uma boneca que a in tar-se demoradamente. Pequenos objetos, já em de
dústria oferece. E quando tal fato se dá, pode-se suso, podem oferecer à criança muitas possibilidades
concluir que essa criança tem runa capacidade sim para brinquedos dos mais variados. Com êles, gra
bólica elevada, uma tendência à criação estética, uma ças à sua capacidade simbólica, é capaz de construir
fantasia superior, que já assinalam possibilidades in castelos, cidades, animais, mundos imaginários. Jo
telectuais superiores. gos de mesa são importantíssimos. Não importa que
a criança não obedeça com rigor as regras, o impor
Aos cinco anos, a menina se interessa pelas casi
tante é que se exercite. O esporte começa a surgir
nhas, cuidar das bonecas, aparentá-las, dar-lhes remé
nesta fase. Os brinquedos esportivos são de grande
dios, lavá-las, penteá-las, castigá-las, dar-lhes conse
valor, porque desenvolvem a habilidade infantil. Na
lhos, etc. Tôdas essas práticas podem e devem ser
verdade, o esporte é o brinquedo de exercício e de
observadas pelos país, pois elas revelam muito do
regras do adulto, para o qual a criança se dirige.
que nelas se firmou da educação que recebeu, pois
Neste período, as meninas tornam-se febrilmente co
pretende dar às suas bonecas a mesma educação que
lecionadoras, reunem estampas, figuras, enquanto
julga justa e que segue. Os desenhos são aqui de
os meninos se interessam por ferramentas, aparelhos,
máxima importância. Nesta idade, a criança já bus
pela mecânica. Aqui devem ser dados brinquedos de
ca imitar a natureza, acentuando os aspetos que ela
construção mecânica e arquitetura! o mais parecidos
mais valorizam. É o período que se interessa pelas
possíveis com a realidade, para que desenvolvam com
ferramentas. Neste período, convém dar dominós,
precisão a construção e estimulem a habilidade. De
pois é um brinquedo fácil para a criança, e que desen
vem-se deixar as crianças só, buscar não intervir em
volve a sua inteligência, colecionar coisas, como selos,
seus brinquedos, evitar intervenções, salvo quando so
etc., no qual aceita a cooperação do adulto, classificar
licitadas. É inconveniente criticá-las, chamar a aten
plantas, organizar herbários, etc.
ção para a falta de habilidade, porque não as estimu
É na idade escolar que os brinquedos guerreiros laremos assim. Convém, sim, elogiar a obra quando
começam a interessar-lhe. Há lutas, perseguições, relativamente bem feita, conquistar a confiança da
tiros. Muitos desejam desterrar tais brinquedos, evi criança, para que ela possa aceitar a colaboração do
tando dar "armas" às crianças, para não despertar adulto, mas sempre subordinada à direção da criança.
lhes os instintos guerreiros adormecidos no homem. Nunca se deve esquecer que a criança nsse período,
Mas, como será possível evitarem-se tais coisas, se há deseja brincar só, em solidão, ou com outros de sua
filmes de cow-boys, filmes de guerra e a televisão está idade. É quando ela busca seus recantos, seus escon
constantemente exibindo filmes onde há lutas, atos derijos, onde possa realizar suas construções, seguin
de heroismo, sacrifícios de vida, combates etc. Se
do a sua fantasia e a sua vontade nascente. É nesse
não se derem revólveres, espingardas às crianças, elas
período que a criança gosta de ter "covas", lugares de
transformarão pedaços de madeira em revólveres e
reuniões, onde os adultos não penetrem, onde se reu
espingardas. A criança tem uma capacidade criado
nam com seus companheiros, lugares de reunião, co
ra, que é relacionada e se desenvolve em função do
nhecidos apenas por elas, que são organizados, segun
ambiente em que vive. Quando a humanidade es
do regras e ordens, que são cumpridas com o máximo
quecer as guerras, então as crianças talvez ainda brin rigor, e em que só podem pertencer ao grupo aquêles
quem de guerras.
que se comprometem a seguir com rígida obediência
Os brinquedos preferidos pelas crianças dos três a essas regras. Na fase pré-adolescente é que se de
aos seis anos, são, sem dúvida, os que ela usa a água, senvolve a vida dos grupos, a formação dos clubes
- 98 - - 99 -
mente, o que nem sempre compreendem os pais. É a areia, o barro. Causam verdadeiras preocupações
até preferível que se permita à criança criar com seus aos pais, devido aos aspectos higiênicos. Contudo,
objetos o mundo de sua simbólica, do que lhe dar ob apesar das dificuldades que ·possa haver em casa, po
jetos já figurativamente cópias fiéis da realidade, pois dem os pais, com um pouco de areia, um balde e uma
uma boneca de trapo tem às vêzes muito mais valor pá dar à criança oportunidade de se distrair e exerci
para a criança que a tem, que uma boneca que a in tar-se demoradamente. Pequenos objetos, já em de
dústria oferece. E quando tal fato se dá, pode-se suso, podem oferecer à criança muitas possibilidades
concluir que essa criança tem runa capacidade sim para brinquedos dos mais variados. Com êles, gra
bólica elevada, uma tendência à criação estética, uma ças à sua capacidade simbólica, é capaz de construir
fantasia superior, que já assinalam possibilidades in castelos, cidades, animais, mundos imaginários. Jo
telectuais superiores. gos de mesa são importantíssimos. Não importa que
a criança não obedeça com rigor as regras, o impor
Aos cinco anos, a menina se interessa pelas casi
tante é que se exercite. O esporte começa a surgir
nhas, cuidar das bonecas, aparentá-las, dar-lhes remé
nesta fase. Os brinquedos esportivos são de grande
dios, lavá-las, penteá-las, castigá-las, dar-lhes conse
valor, porque desenvolvem a habilidade infantil. Na
lhos, etc. Tôdas essas práticas podem e devem ser
verdade, o esporte é o brinquedo de exercício e de
observadas pelos país, pois elas revelam muito do
regras do adulto, para o qual a criança se dirige.
que nelas se firmou da educação que recebeu, pois
Neste período, as meninas tornam-se febrilmente co
pretende dar às suas bonecas a mesma educação que
lecionadoras, reunem estampas, figuras, enquanto
julga justa e que segue. Os desenhos são aqui de
os meninos se interessam por ferramentas, aparelhos,
máxima importância. Nesta idade, a criança já bus
pela mecânica. Aqui devem ser dados brinquedos de
ca imitar a natureza, acentuando os aspetos que ela
construção mecânica e arquitetura! o mais parecidos
mais valorizam. É o período que se interessa pelas
possíveis com a realidade, para que desenvolvam com
ferramentas. Neste período, convém dar dominós,
precisão a construção e estimulem a habilidade. De
pois é um brinquedo fácil para a criança, e que desen
vem-se deixar as crianças só, buscar não intervir em
volve a sua inteligência, colecionar coisas, como selos,
seus brinquedos, evitar intervenções, salvo quando so
etc., no qual aceita a cooperação do adulto, classificar
licitadas. É inconveniente criticá-las, chamar a aten
plantas, organizar herbários, etc.
ção para a falta de habilidade, porque não as estimu
É na idade escolar que os brinquedos guerreiros laremos assim. Convém, sim, elogiar a obra quando
começam a interessar-lhe. Há lutas, perseguições, relativamente bem feita, conquistar a confiança da
tiros. Muitos desejam desterrar tais brinquedos, evi criança, para que ela possa aceitar a colaboração do
tando dar "armas" às crianças, para não despertar adulto, mas sempre subordinada à direção da criança.
lhes os instintos guerreiros adormecidos no homem. Nunca se deve esquecer que a criança nsse período,
Mas, como será possível evitarem-se tais coisas, se há deseja brincar só, em solidão, ou com outros de sua
filmes de cow-boys, filmes de guerra e a televisão está idade. É quando ela busca seus recantos, seus escon
constantemente exibindo filmes onde há lutas, atos derijos, onde possa realizar suas construções, seguin
de heroismo, sacrifícios de vida, combates etc. Se
do a sua fantasia e a sua vontade nascente. É nesse
não se derem revólveres, espingardas às crianças, elas
período que a criança gosta de ter "covas", lugares de
transformarão pedaços de madeira em revólveres e
reuniões, onde os adultos não penetrem, onde se reu
espingardas. A criança tem uma capacidade criado
nam com seus companheiros, lugares de reunião, co
ra, que é relacionada e se desenvolve em função do
nhecidos apenas por elas, que são organizados, segun
ambiente em que vive. Quando a humanidade es
do regras e ordens, que são cumpridas com o máximo
quecer as guerras, então as crianças talvez ainda brin rigor, e em que só podem pertencer ao grupo aquêles
quem de guerras.
que se comprometem a seguir com rígida obediência
Os brinquedos preferidos pelas crianças dos três a essas regras. Na fase pré-adolescente é que se de
aos seis anos, são, sem dúvida, os que ela usa a água, senvolve a vida dos grupos, a formação dos clubes
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juvenis, que, aliás, deveriam ser muito desenvolvidos BRINQUEDOS - Vide Puericultura - 15.0 cap., § § 1 e 2.
nas cidades, é o período dos esportes, dos passatem
BRONQUITE A bronquite é a inflamação das membra
-
- 100 - - 101 -
juvenis, que, aliás, deveriam ser muito desenvolvidos BRINQUEDOS - Vide Puericultura - 15.0 cap., § § 1 e 2.
nas cidades, é o período dos esportes, dos passatem
BRONQUITE A bronquite é a inflamação das membra
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- 100 - - 101 -
\1
\
- 103 -
\1
\
- 103 -
O uso de chás ( camomila, carqueja, erva doce, dade, c nosso campo é ainda pobre, e raras as pe
etc.) podem servir de calmantes, e não têm contra quenas localidades que pedem oferecer meios im
-indicação. Em alguns casos, os banhos frios, tem portantes ao desenvolvimento intelectual de um jovem.
perados ou quentes, servem de calmantes.
CÂNCER - A incidência desta enfermidade na infância é
CAMPING ( Acampamentos) - Os acampamentos feitos muito pequena. Os locais que podem ser mais fre
para crianças e jovens abrem um nôvo campo de qüentemente afetados são: os rins, os ossos, os olhos,
ensinamentos, cuja aprendizagem, cheia de epwções as ç-lândulas linfáticas, o sistema nervoso e os teci
e novidades, serve, ao mesmo tempo, para alentar o dos musculares brandos. A leucemia é uma forma
espírito infantil e juvenil cheio de curiosidade e aven de câncer, que implica uma fatal e excessiva produ
tura. Não só cobre as necessidades físicas como ção de glóbulos brancos, e é uma das principais cau
também as morais e as educativas. sas da mortalidade infantil pelo câncer. Em geral,
aparece depois dos três anos, e hoje em dia, há vá
Em muitos países, o "camping" é largamente es rios tratamentos que podem reduzir a sua intensida
tendido e a quase totalidade de crianças e jovens go de, e conseguir que a vida da criança seja prolongada.
zam dêste período, num ambiente de alegria e vida
saudável. Em nosso país, infelizmente, é muito pou CAPACIDADE - a) Habilidade, potencialidade, poder ou
co conhecido, e raros os grupos que o fazem regular talento para realizar algo, ou para sofrer algo. Ca
mente. pacidade pode ser ativa, a de realizar, ou passiva, a
de sofrer.
Na maioria dos países, as organizações que se de
b) Na Psicologia, significa: aptidão ( sensibilida·
dicam à formação da infância e da juventude organi
zam excursões em massa, e dispõem, também, de de, memória, talento, etc . ) .
acampamentos fixos, instalados em lugares variados: c) N a ordem material, chama-se de capacidade
montanhas, lagos, praias, etc. Possuem êles o seu re o conteúdo de um recipiente, ou o conjunto de certas
gulamento, que deve ser respeitado por todos os seus formas de energia, como capacidade calórica.
componentes. Atualmente, o "camping" adquire dia
d) Na ordem jurídica, o conjunto de direitos,
a dia maior importância.
que alguém tem ou pode ter, por sua condição real.
Em nosso país, temos algumas associações como Daí falarem-se em capaddades físicas, mentais, etc.
os Escoteiros, que aceitam tanto meninos como me
Vide Testes, Inteligência, Virtudes eCardeais ( virtu
ninas, a das Bandeirantes, Associação Cristã de Mo
ços, etc., que mantêm acampamentos para jovens e des ) .
crianças. Alguns colégios formam grupos que, duran GAPRICHO - a ) É o ímpeto volitivo, que sobrevêm sem
te c período das férias, organizam excursões, porém uma razão consciente.
nem sempre em acampamento.
b ) Também se emprega para significar a obsti
CAMPO DA ATENÇAO - ( Psic . ) - Número de objetos nação na defesa de pontos de vista desarrazoados.
que podem ser apreendidos ou percebidos pela aten
ção, durante um determinado instante, como uma c ) Refere-se, também, à inconstância, à variabi
olhadela. lidade nos estudos, na exposição de temas.
CAMPO ( vida no ) - A vida do campo, em nosso país, ofe d ) Usa-se, freqüentemente, para apontar as ex
rece uma série de vantagens e de desvantagens. Ao travagâncias nas realizações estética�.
mesmo tempo que a criança ou jovem têm oportuni e ) :Eticamente, é empregado no sentido de brio,
dade de viver ao ar livre, respirar ar puro, tomarem de pundonor: "um homem de muito capricho". Nes
sol e terem uma alimentação saudável, não têm, na se sentido positivo, é que a palavra é usada em ex
maioria das vêzes, possibilidade de seguir um bom pressões como "fazer algo com capricho", "capricho
colégio, e dispor de um ambiente à altura. Na reali- samente".
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O uso de chás ( camomila, carqueja, erva doce, dade, c nosso campo é ainda pobre, e raras as pe
etc.) podem servir de calmantes, e não têm contra quenas localidades que pedem oferecer meios im
-indicação. Em alguns casos, os banhos frios, tem portantes ao desenvolvimento intelectual de um jovem.
perados ou quentes, servem de calmantes.
CÂNCER - A incidência desta enfermidade na infância é
CAMPING ( Acampamentos) - Os acampamentos feitos muito pequena. Os locais que podem ser mais fre
para crianças e jovens abrem um nôvo campo de qüentemente afetados são: os rins, os ossos, os olhos,
ensinamentos, cuja aprendizagem, cheia de epwções as ç-lândulas linfáticas, o sistema nervoso e os teci
e novidades, serve, ao mesmo tempo, para alentar o dos musculares brandos. A leucemia é uma forma
espírito infantil e juvenil cheio de curiosidade e aven de câncer, que implica uma fatal e excessiva produ
tura. Não só cobre as necessidades físicas como ção de glóbulos brancos, e é uma das principais cau
também as morais e as educativas. sas da mortalidade infantil pelo câncer. Em geral,
aparece depois dos três anos, e hoje em dia, há vá
Em muitos países, o "camping" é largamente es rios tratamentos que podem reduzir a sua intensida
tendido e a quase totalidade de crianças e jovens go de, e conseguir que a vida da criança seja prolongada.
zam dêste período, num ambiente de alegria e vida
saudável. Em nosso país, infelizmente, é muito pou CAPACIDADE - a) Habilidade, potencialidade, poder ou
co conhecido, e raros os grupos que o fazem regular talento para realizar algo, ou para sofrer algo. Ca
mente. pacidade pode ser ativa, a de realizar, ou passiva, a
de sofrer.
Na maioria dos países, as organizações que se de
b) Na Psicologia, significa: aptidão ( sensibilida·
dicam à formação da infância e da juventude organi
zam excursões em massa, e dispõem, também, de de, memória, talento, etc . ) .
acampamentos fixos, instalados em lugares variados: c) N a ordem material, chama-se de capacidade
montanhas, lagos, praias, etc. Possuem êles o seu re o conteúdo de um recipiente, ou o conjunto de certas
gulamento, que deve ser respeitado por todos os seus formas de energia, como capacidade calórica.
componentes. Atualmente, o "camping" adquire dia
d) Na ordem jurídica, o conjunto de direitos,
a dia maior importância.
que alguém tem ou pode ter, por sua condição real.
Em nosso país, temos algumas associações como Daí falarem-se em capaddades físicas, mentais, etc.
os Escoteiros, que aceitam tanto meninos como me
Vide Testes, Inteligência, Virtudes eCardeais ( virtu
ninas, a das Bandeirantes, Associação Cristã de Mo
ços, etc., que mantêm acampamentos para jovens e des ) .
crianças. Alguns colégios formam grupos que, duran GAPRICHO - a ) É o ímpeto volitivo, que sobrevêm sem
te c período das férias, organizam excursões, porém uma razão consciente.
nem sempre em acampamento.
b ) Também se emprega para significar a obsti
CAMPO DA ATENÇAO - ( Psic . ) - Número de objetos nação na defesa de pontos de vista desarrazoados.
que podem ser apreendidos ou percebidos pela aten
ção, durante um determinado instante, como uma c ) Refere-se, também, à inconstância, à variabi
olhadela. lidade nos estudos, na exposição de temas.
CAMPO ( vida no ) - A vida do campo, em nosso país, ofe d ) Usa-se, freqüentemente, para apontar as ex
rece uma série de vantagens e de desvantagens. Ao travagâncias nas realizações estética�.
mesmo tempo que a criança ou jovem têm oportuni e ) :Eticamente, é empregado no sentido de brio,
dade de viver ao ar livre, respirar ar puro, tomarem de pundonor: "um homem de muito capricho". Nes
sol e terem uma alimentação saudável, não têm, na se sentido positivo, é que a palavra é usada em ex
maioria das vêzes, possibilidade de seguir um bom pressões como "fazer algo com capricho", "capricho
colégio, e dispor de um ambiente à altura. Na reali- samente".
- 104 - - 105 -
A origem da palavra vem do latim capra, cabra. O contacto com as outras crianças mostra-lhe e
e como ela dá saltos, chamam-se de caprichosos aquê lhe faz compreender os limites naturais que precisa
les que dão saltos sem mais razão, segundo sentem manter nas relações com seus semelhantes; só o exer
ímpeto de fazê-lo. Por isso, o sentido mais comum cício pode formar o hábito; portanto, deve-se propor
dêste têrmo é para caracterizar o desarrazoado, o cionar à criança a convivência com outras da mesma
irregular, a falta de objetividade, etc. idade.
CARÃCTER - a) Em grego, kharakter, significa uma le Nossos músculos exigem ginástica para se de
tra. Também se chamou assim cada sinal distintivo, senvolverem, e nossa vida interior também o exige.
que servia para reconhecer e identificar wn objeto ou
Os impulsos necessitam exteriorização, e muitas
uma pessoa. Hoje chamamos caracteres tôdas as
vêzes podem estar em oposição ao meio-ambiente, e
propriedades e traços particulares que distinguem uma
estimular os exercícios de domínio da vontade é
coisa.
aconselhável ; pode-se começar por pequenos exercí
b ) Na Biologia, diz-se de cada marco estrutural cios de poucos minutos, como, por exemplo, pedir-se
ou funcional, que distingue um indivíduo, sejam ca à criança ficar silenciosa, parada e fechar os olhos
racteres congênitos ou adquiridos. É questão con por um minuto somente, ou traçar, com giz, uma li
trovertida se os caracteres congênitos são suficientes nha reta no chão e ensiná-la a caminhar, sem sair de
para distinguir uma espécie de outras. cima do traço.
c) Na Lógica, é cada atributo de uma noção, As pequenas vitórias, que possam surgir dêsses
que faz parte da sua compreensão, e é um elemento exercícios, e outros que podemos criar na ocasião,
constituinte, seja essencial ou acidental. dão à criança a agradabilidade da vitória, do domí
nio sôbre si mesma, e vão desenvolver-lhe a confian
d) Na Psicologia, a unidade e consistência que
ça em suas possibilidades.
se manifesta na maneira de sentir e reagir de um in
divíduo ou de um grupo, como distinto de outros íl:: sses exercícios combinados com os outros, que
grupos. Kant define o carácter de conformidade com põem em movimento as atividades interiores da com
a sua definição de causa. " É necessário que cada paração, de julgamento, através da educação da aten
causa, quando age, tenha um carácter, quer dizer uma ção, vão tornar a criança capaz de preparar suas de
lei da sua causalidade, sem a qual ela nem chegaria cisões, sua independência e desenvolver a capacidade
a ser causa". Ele distingue, ademais, um carácter em de julgamento próprio.
pírico ou fenomenal, em virtude do qual as suas
"ações, enquanto fenômenos, são relacionados integral CARACTEROLOGIA - Disciplina psicológica, que se de
mente a outros fenômenos, segundo as leis constan dica ao estudo dos caracteres humanos.
tes da natureza", e um carácter inteligível, em virtu
Como ciência psicológica, o objeto da Caractero
de do qual não deixa de ser a causa dessas ações, en
logia é a gênese das formas estrutur�is e anális� do
quanto fenômenos, mas sem ser êle mesmo submeti
que constitui propriamente o cara�ter.- Ca�acte�
.
CARÃCTER - a) Em grego, kharakter, significa uma le Nossos músculos exigem ginástica para se de
tra. Também se chamou assim cada sinal distintivo, senvolverem, e nossa vida interior também o exige.
que servia para reconhecer e identificar wn objeto ou
Os impulsos necessitam exteriorização, e muitas
uma pessoa. Hoje chamamos caracteres tôdas as
vêzes podem estar em oposição ao meio-ambiente, e
propriedades e traços particulares que distinguem uma
estimular os exercícios de domínio da vontade é
coisa.
aconselhável ; pode-se começar por pequenos exercí
b ) Na Biologia, diz-se de cada marco estrutural cios de poucos minutos, como, por exemplo, pedir-se
ou funcional, que distingue um indivíduo, sejam ca à criança ficar silenciosa, parada e fechar os olhos
racteres congênitos ou adquiridos. É questão con por um minuto somente, ou traçar, com giz, uma li
trovertida se os caracteres congênitos são suficientes nha reta no chão e ensiná-la a caminhar, sem sair de
para distinguir uma espécie de outras. cima do traço.
c) Na Lógica, é cada atributo de uma noção, As pequenas vitórias, que possam surgir dêsses
que faz parte da sua compreensão, e é um elemento exercícios, e outros que podemos criar na ocasião,
constituinte, seja essencial ou acidental. dão à criança a agradabilidade da vitória, do domí
nio sôbre si mesma, e vão desenvolver-lhe a confian
d) Na Psicologia, a unidade e consistência que
ça em suas possibilidades.
se manifesta na maneira de sentir e reagir de um in
divíduo ou de um grupo, como distinto de outros íl:: sses exercícios combinados com os outros, que
grupos. Kant define o carácter de conformidade com põem em movimento as atividades interiores da com
a sua definição de causa. " É necessário que cada paração, de julgamento, através da educação da aten
causa, quando age, tenha um carácter, quer dizer uma ção, vão tornar a criança capaz de preparar suas de
lei da sua causalidade, sem a qual ela nem chegaria cisões, sua independência e desenvolver a capacidade
a ser causa". Ele distingue, ademais, um carácter em de julgamento próprio.
pírico ou fenomenal, em virtude do qual as suas
"ações, enquanto fenômenos, são relacionados integral CARACTEROLOGIA - Disciplina psicológica, que se de
mente a outros fenômenos, segundo as leis constan dica ao estudo dos caracteres humanos.
tes da natureza", e um carácter inteligível, em virtu
Como ciência psicológica, o objeto da Caractero
de do qual não deixa de ser a causa dessas ações, en
logia é a gênese das formas estrutur�is e anális� do
quanto fenômenos, mas sem ser êle mesmo submeti
que constitui propriamente o cara�ter.- Ca�acte�
.
�I
aspetos. A paciência é uma virtude subordinada à fortale
za e consiste na capacidade constante de suportar as
CARDEAIS ( Virtudes ) - Vide: Virtude. A palavra car d
a versidades. Também o é a generosidade, que é
deal vem de cardo, cardinis, que, em latim, significa aquela virtude que se caracteriza pela energia e deci
�onzo em tôrno do qual gira a porta. As virtudes são no ataque do homem de brio e de valentia, sobre
cardeais são as virtudes fundamentais em tôrnc das tudo quando êle enfrenta a morte. São ainda virtu
ll!"-•
quais gira o ser humano. Tôda virtude é uma ca des afins à fortaleza, a confiança na sua capacidade de
pacidade ou aptidão para levar avante ações adequa enfrentar os riscos, a munificência, que constitui a
das ao homem. Entre as virtudes adquiridas pelo pronta decisão de sacrificar seus próprios bens para
homem, estabelecem-se quatro, que são fundamentais, atingir fins elevados, a tenacidade, que é a disposi
ou capitais, as quais estão subordinadas outras, que ção firme de enfrentar os obstáculos exteriores, e a
são acessórias, ou suljordinadas. Desde a antiguida constância, que é saber manter-se firme ante os obs
de, classificou-se como virtudes cardeais: a prudência, táculos interiores.
a justiça, a fortaleza e a temperança.
A terceira virtude cardeal é a temperança. Esta
A prudência é aquela virtude que permite ao en·
consiste em aperfeiçoar, constantemente, a potência
tendimento ( vide) reflexionar sôbre os meios condu petitiva, sensitiva, de modo a conter o prazer sensiti
centes a um fim racional. A prudência manifesta-se, _
vo dentro dos limites estabelecidos da sã razao. As
assim, de vários modos. É uma virtude intelectual. a sobrie
sim, a moderação é a temperança no comer,
Por si só ela não é realizadora de actos morais, mas,
dade, no beber, a castidade no prazer sexual.
por facilitar a escolha, ela pede guiar a vontade, a
fim de que esta se dirija, após a seleção feita pelo en Há virtudes outras auxiliares da temperança, co
tendimento, para aquêles fins mais benéficos ao ho mo seja o decôro no modo de vestir e proceder, e o
I.r
mem. Há uma prudência ( sapiência) para conduzir sentimento de honra, a humildade, que é a modera
ri
a si mesmo e para conduzir os outros. A prudência ção na tendência a salientar-se, a mansidão, que é a
exige: reflexão, capacidade atencional, para examinar temperança em refrear a ira, a clemência, que se ma
os juízos e as idéias, a acuidade para descobrir os nifesta na indulgência ao castigar, e a modéstia, que
meios mais hábeis. Exige, ademais, inteligência, ca é a temperança nas manifestações exteriores.
pacidade de resolver com clareza e segurança, de mo
do a alcançar as melhores soluções. A quarta é a justiça. Consiste ela na atribuição
da eqüidade, no considerar e respeitar o direito e a
A segunda virtude é a fortaleza ou valentia. Con
valor que são devidos a alguém, ou a alguma coisa.
siste esta na capacidade de enfrentar os perigos que
se oferecem à obtenção dos bens mais elevados, e en
O domínio da justiça permite o equilíbrio da mo
tre êstes perigos, os males e a morte. Chama-se he
deração, da temperança, da fortaleza e da própria
roísmo a fortaleza quando enfrenta até a morte. Mê·
prudência. Estas quatro virtudes cardeais, que lhes
do é o estado emocional que detém o ser humano an
te c perigo. A fortaleza é uma vitória sôbre o mê I li são acessórias, ou subordinadas, nos limites marca
dos pela interatuação de umas sôbre as outras, per
do. A audácia é um desafio ao risco e à morte, in
do-lhes ao encontro. É ela uma virtude, quando re mitem formar o homem dentro dos mais altos valô
'I •
freada. Os meios de fortalecimento da fortaleza são res. São assim as virtudes cardeais fundamentais,
-- 108 - - 109 -
liI
________��----------------- li _ _____
cas do mesmo, bem como classüica, em tipos, as per o exercício, que consiste em enfrentar os riscos e a
sonalidades que revelam ter entre si certas semelhan perseveração na obtenção dos fins. Como as virtu
.
ças e, ademais, propõe-se estudar as leis genéticas do des cardeais conjugam-se, a fortaleza recebe apô10 e
carácter e as possíveis reformas que o mesmo possa equilíbrio da prudência, pois, pelo saber, pode o ho
sofrer. Há muitas classificações caracterológicas, e mem empregar esta virtude em têrmcs que lhe se
por ser uma ciência ainda em seus primórdios, não jam mais benéficos possíveis.
tem oferecido soluções duradouras, senão em raros
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aspetos. A paciência é uma virtude subordinada à fortale
za e consiste na capacidade constante de suportar as
CARDEAIS ( Virtudes ) - Vide: Virtude. A palavra car d
a versidades. Também o é a generosidade, que é
deal vem de cardo, cardinis, que, em latim, significa aquela virtude que se caracteriza pela energia e deci
�onzo em tôrno do qual gira a porta. As virtudes são no ataque do homem de brio e de valentia, sobre
cardeais são as virtudes fundamentais em tôrnc das tudo quando êle enfrenta a morte. São ainda virtu
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quais gira o ser humano. Tôda virtude é uma ca des afins à fortaleza, a confiança na sua capacidade de
pacidade ou aptidão para levar avante ações adequa enfrentar os riscos, a munificência, que constitui a
das ao homem. Entre as virtudes adquiridas pelo pronta decisão de sacrificar seus próprios bens para
homem, estabelecem-se quatro, que são fundamentais, atingir fins elevados, a tenacidade, que é a disposi
ou capitais, as quais estão subordinadas outras, que ção firme de enfrentar os obstáculos exteriores, e a
são acessórias, ou suljordinadas. Desde a antiguida constância, que é saber manter-se firme ante os obs
de, classificou-se como virtudes cardeais: a prudência, táculos interiores.
a justiça, a fortaleza e a temperança.
A terceira virtude cardeal é a temperança. Esta
A prudência é aquela virtude que permite ao en·
consiste em aperfeiçoar, constantemente, a potência
tendimento ( vide) reflexionar sôbre os meios condu petitiva, sensitiva, de modo a conter o prazer sensiti
centes a um fim racional. A prudência manifesta-se, _
vo dentro dos limites estabelecidos da sã razao. As
assim, de vários modos. É uma virtude intelectual. a sobrie
sim, a moderação é a temperança no comer,
Por si só ela não é realizadora de actos morais, mas,
dade, no beber, a castidade no prazer sexual.
por facilitar a escolha, ela pede guiar a vontade, a
fim de que esta se dirija, após a seleção feita pelo en Há virtudes outras auxiliares da temperança, co
tendimento, para aquêles fins mais benéficos ao ho mo seja o decôro no modo de vestir e proceder, e o
I.r
mem. Há uma prudência ( sapiência) para conduzir sentimento de honra, a humildade, que é a modera
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a si mesmo e para conduzir os outros. A prudência ção na tendência a salientar-se, a mansidão, que é a
exige: reflexão, capacidade atencional, para examinar temperança em refrear a ira, a clemência, que se ma
os juízos e as idéias, a acuidade para descobrir os nifesta na indulgência ao castigar, e a modéstia, que
meios mais hábeis. Exige, ademais, inteligência, ca é a temperança nas manifestações exteriores.
pacidade de resolver com clareza e segurança, de mo
do a alcançar as melhores soluções. A quarta é a justiça. Consiste ela na atribuição
da eqüidade, no considerar e respeitar o direito e a
A segunda virtude é a fortaleza ou valentia. Con
valor que são devidos a alguém, ou a alguma coisa.
siste esta na capacidade de enfrentar os perigos que
se oferecem à obtenção dos bens mais elevados, e en
O domínio da justiça permite o equilíbrio da mo
tre êstes perigos, os males e a morte. Chama-se he
deração, da temperança, da fortaleza e da própria
roísmo a fortaleza quando enfrenta até a morte. Mê·
prudência. Estas quatro virtudes cardeais, que lhes
do é o estado emocional que detém o ser humano an
te c perigo. A fortaleza é uma vitória sôbre o mê I li são acessórias, ou subordinadas, nos limites marca
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freada. Os meios de fortalecimento da fortaleza são res. São assim as virtudes cardeais fundamentais,
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não só para a ordem social, como para a pessoal, é antes uma perfeição do indivíduo, e além disso não
pois não pode haver homens sãos nem sociedades exclui segundas intenções.
sãs, onde a prudência, a justiça, a fortaleza e a tem CARIES DENTÁRIAS - As cáries são originadas de al
perança não estejam presentes. Todo trabalho peda gumas bactérias, que permanecem na bôca e atuam
gógico tem de se fundamentar, primacialmente, na sôbre os carbohidratos refinados, formando ácidos
preparação dos sêres humanos para que adquiram, que destroem o esmalte, a dt:ntina dos dentes. Não
pelos meios mais aptos e eficientes, estas quatro vir
é aconselhável dar-se à criança balas que permane
tudes, infelizmente tão pouco estudadas por moder cem por muito tempo na boca, pois aumentam a for
nos, que as esquecem nem sabem o valor que elas
mação das cáries. É preciso que da lave a boca de
realmente têm.
pois de comer chocolate, balas, doces ou sorvetes.
Distinguem-se as virtudes cardeais das virtudes CARROS PARA BEB:tS - Existe uma grande variedade,
teologais, no seguinte: as primeiras são adquiridas e sendo que para os primeiros mêses deve usar-se um
fortalecidas pelo hábito; as segundas, ou nascemos
como cama, onde o bebê dormirá a maior parte do
com elas ou não, porque nem a fé, nem a esperança, dia; quando já se senta, pode sair num que seja
nem a caridade as obtemos pelo exercício dos hábitos,
só o assento. Em geral, os carrinhos maiores, que
mas elas moram em nós mesmos, ou não moram (vide
são para dormir, servem, também, para levar o bebê
virtudes teologais ).
sentado.
CARIDADE - Mencionada por S. Paulo, junto com a fé CASTIGO - Muitos estudiosos e psicólogos, investigado
e a esperança, e chamada por êle a maior das três. res dos temas da psicologia infantil, chegaram à con
No Capítulo XIII da epístola I aos Coríntios, Paulo clusão de que o castigo é indispensável como medi
expôs a nova concepção cristã da caridade (Agathé ). da educacional, porém com a condição de observar
A posterior especulação teológica precisou o sentido certas condições para que seja benéfico.
do têrmo, designando a fé, a esperança e a caridade
como virtudes teologais ( teológicas), das quais a fé Será o castigo eficaz para modificar a conduta
é a primeira como origem das outras, e a caridade indesejável da criança?
é a primeira quanto à perfeição. A caridade, neste É um tema por demais complexo para se oferecer
sentido teológico, é um princípio infuso por Deus, do
uma solução de imediato.
qual emanam os actos daquela virtude. Em vista
dêsse carácter infuso, a caridade cristã se distingue, Primeiramente, consideremos que o conceito
fundamentalmente, da filantropia. A caridade é, pri castigo tem uma acepção muito ampla. Inclui vá
rias medidas adaptadas para modificar, corrigir ou
màriamente, o amor de Deus, e, sem mudar a dire
melhorar a conduta de indivíduos ou grupos, cuja con
ção, secundàriamcnte, o amor ao próximo e a si mes
duta é julgada prejudicial à sociedade. Produz o cas
mo, considerando os homens nos laços sobrenaturais
tigo efeitos psicológicos, educacionais, clínicos e so
e naturais, que os unem a Deus, e na perspectiva,
ciais; é estudado por psicólogos, juristas, sociólogos,.
que vai além da vida terrestre.
médicos, etc. Vamos examiná-lo no sector educacio
Não obstante, a caridade tem em comum com a nal, que é onde nos interessa.
filantropia a preocupação pelo bem estar dos outros Serão benéficos ou maléficos seus efeitos na
e daí resulta a acepção mais corrente do têrmo, que educação?
desconhecendo as perspectivas teológicas, identifica-o
Estudiosos do assunto chegaram à conclusão de
simplesmente com beneficência. Ainda assim, a ca que tanto a punição severa, como a total ausência de
ridade, concebida como beneficência, fica distingui punição, trazem efeitos semelhantes.
da da virtude antiga, da liberalidade, enquanto a ca
ridade se deixa mover em virtude das relações exis E aconselham, então: "em primeiro lugar, selecio
tentes entre os .homens, ao passo que a liberalidade nar-se cuidadosamente uma espécie de castigo apro-
- 1 10 - - 111 -
não só para a ordem social, como para a pessoal, é antes uma perfeição do indivíduo, e além disso não
pois não pode haver homens sãos nem sociedades exclui segundas intenções.
sãs, onde a prudência, a justiça, a fortaleza e a tem CARIES DENTÁRIAS - As cáries são originadas de al
perança não estejam presentes. Todo trabalho peda gumas bactérias, que permanecem na bôca e atuam
gógico tem de se fundamentar, primacialmente, na sôbre os carbohidratos refinados, formando ácidos
preparação dos sêres humanos para que adquiram, que destroem o esmalte, a dt:ntina dos dentes. Não
pelos meios mais aptos e eficientes, estas quatro vir
é aconselhável dar-se à criança balas que permane
tudes, infelizmente tão pouco estudadas por moder cem por muito tempo na boca, pois aumentam a for
nos, que as esquecem nem sabem o valor que elas
mação das cáries. É preciso que da lave a boca de
realmente têm.
pois de comer chocolate, balas, doces ou sorvetes.
Distinguem-se as virtudes cardeais das virtudes CARROS PARA BEB:tS - Existe uma grande variedade,
teologais, no seguinte: as primeiras são adquiridas e sendo que para os primeiros mêses deve usar-se um
fortalecidas pelo hábito; as segundas, ou nascemos
como cama, onde o bebê dormirá a maior parte do
com elas ou não, porque nem a fé, nem a esperança, dia; quando já se senta, pode sair num que seja
nem a caridade as obtemos pelo exercício dos hábitos,
só o assento. Em geral, os carrinhos maiores, que
mas elas moram em nós mesmos, ou não moram (vide
são para dormir, servem, também, para levar o bebê
virtudes teologais ).
sentado.
CARIDADE - Mencionada por S. Paulo, junto com a fé CASTIGO - Muitos estudiosos e psicólogos, investigado
e a esperança, e chamada por êle a maior das três. res dos temas da psicologia infantil, chegaram à con
No Capítulo XIII da epístola I aos Coríntios, Paulo clusão de que o castigo é indispensável como medi
expôs a nova concepção cristã da caridade (Agathé ). da educacional, porém com a condição de observar
A posterior especulação teológica precisou o sentido certas condições para que seja benéfico.
do têrmo, designando a fé, a esperança e a caridade
como virtudes teologais ( teológicas), das quais a fé Será o castigo eficaz para modificar a conduta
é a primeira como origem das outras, e a caridade indesejável da criança?
é a primeira quanto à perfeição. A caridade, neste É um tema por demais complexo para se oferecer
sentido teológico, é um princípio infuso por Deus, do
uma solução de imediato.
qual emanam os actos daquela virtude. Em vista
dêsse carácter infuso, a caridade cristã se distingue, Primeiramente, consideremos que o conceito
fundamentalmente, da filantropia. A caridade é, pri castigo tem uma acepção muito ampla. Inclui vá
rias medidas adaptadas para modificar, corrigir ou
màriamente, o amor de Deus, e, sem mudar a dire
melhorar a conduta de indivíduos ou grupos, cuja con
ção, secundàriamcnte, o amor ao próximo e a si mes
duta é julgada prejudicial à sociedade. Produz o cas
mo, considerando os homens nos laços sobrenaturais
tigo efeitos psicológicos, educacionais, clínicos e so
e naturais, que os unem a Deus, e na perspectiva,
ciais; é estudado por psicólogos, juristas, sociólogos,.
que vai além da vida terrestre.
médicos, etc. Vamos examiná-lo no sector educacio
Não obstante, a caridade tem em comum com a nal, que é onde nos interessa.
filantropia a preocupação pelo bem estar dos outros Serão benéficos ou maléficos seus efeitos na
e daí resulta a acepção mais corrente do têrmo, que educação?
desconhecendo as perspectivas teológicas, identifica-o
Estudiosos do assunto chegaram à conclusão de
simplesmente com beneficência. Ainda assim, a ca que tanto a punição severa, como a total ausência de
ridade, concebida como beneficência, fica distingui punição, trazem efeitos semelhantes.
da da virtude antiga, da liberalidade, enquanto a ca
ridade se deixa mover em virtude das relações exis E aconselham, então: "em primeiro lugar, selecio
tentes entre os .homens, ao passo que a liberalidade nar-se cuidadosamente uma espécie de castigo apro-
- 1 10 - - 111 -
�I
l'ií
priado, porque se não usar êsse procedimento retar Esse tema é complexo, e um dos mais sérios e
da-se ou impede-se o desenvolvimento era criança; se· profundos de todos os que compõem a grande pro
gundo: o castigo que não fôr acompanhado por uma blemática da educação infantil. Necessitaríamos
real compreensão das ordens e proibições produz ten examinar profundamente a Etica, na qual está in
são anímica; terceiro: é o esfôrço excessivo para con cluída a moral e os costumes, o que nos obrigaria a
seguir essa compreensão, que ameaça o equilíbrio psí estudos especiais que ultrapassam os limites tlêste
quico da criança, e pode levá-la até à enfermidade _
dicionário. Mas podemos afirmar que, embora nao
mental". aceitemos o castigo como medida educacional, no en
tanto, certas formas de punição, por atos que preju
diquem gravemente, não só a si mesmo com� a ?�
Podemos dizer que, por tradição, aceitamos que
quem pratica uma ação má deve receber um castigo.
tros, são eficientes, se criarmos esquemas pstcologl
Mas consideremos que a criança nem sempre distin
cos de desagradabilidade. Automàticamente, determi
gue o bem do mal; está num período de desenvolvi
nados atos serão repelidos, porque provocam o esta
mento físico e mental, que depende quase exclusiva
do desagradável que sobreveio quando da primeira
mente do ambiente que a cerca, subordinada ao�
vez que foi realizado.
adultos. Todos êsses aspectos merecem nossa aten
ção. Nunca se deve usar como punição a humilhação,
o mêdo, ou a correção em presença de outros.
Jean Piaget, biólogo e psicólogo suíço, grande es
tudioso da alma infantil, demonstra, através de suas Consideramos, também, que a criança educada
investigações, que a representação mental do casti por pais esclarecidos, equilibrados, e que possuam
go varia com a idade da criança. .Após cuidadosas senso de justiça, não necessitará de castigos.
observações, chegou à conclusão de que a criança
Os pais devem ser coerentes em seu processo
de cinco a oito anos de idade considera justificado o
educacional. Se a. criança incorreu numa falta ou se se
castigo como represália; ela considera moralmente
comportou de maneira reprovável, não deve ser pu
cada um de seus atos, segundo os efeitos que susci
nida, porque os pais se envergonharam dela, mas
tou nos outros.
com a fin:llidade de melhorar a conduta para o seu
Dos oito aos doze anos, não aceita mais essa � bem, ela deve compreender que sua maneira de con·
pécie de castigo, mas aceita a "pena de talião", o duzir-se não é aceitável, e mediante uma compreen
"dente por dente, olho por olho". Prossegue consi são racional dos atos evitará cometer os que sejam
derando o efeito de uma ação como critério para reprováveis.
apreciar seu valor ético.
Aconselhamos usar as medidas de p�mição com
muito cuidado, observando sempre a ida<le da crian
"Depois dos doze, então aceita a responsabilida
de moral. Ê quando compreende o nexo entre in ça, pois a punição injusta traz sérias conseqüências.
tenção e sentido ético da ação". Os efeitos psíquicos do castigo gravam-se como mar
cas indeléveis. A criança injustiçada dificilmente se
Os estudos, decorrentes das observações de Pia rá reeducada, o esquema da injustiça fica-lhe marca·
get em crianças de dois a doze anos, são valiosos, e do para tôda a vida e poderá tornar-se uma criatura
contribuem para esclarecer os atuais estudos sôbre revoltada, rebelada contra tudo e contra todos, um
a psicologia infantil. desajustado na sociedade.
Não podemos chegar a conclusões que seriam CASTRAÇAO - Ê a extirpação dos órgãos sexuais.
classificadas como precipitadas e até certo ponto fal I CATALEPSIA - Estado patológico mental, natural ou
I!
sas, se quiséssemos justificar que o castigo deveria
provocado, que se caracteriza por urna redução con
ser aplicado conforme a representação mental que
siderável no campo da consciência e, conseqüente
mente, do aumento do grau de sugestionabilidade,
a criança tem dêle, segundo a idade.
- 1 12 - - 1 13 -
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priado, porque se não usar êsse procedimento retar Esse tema é complexo, e um dos mais sérios e
da-se ou impede-se o desenvolvimento era criança; se· profundos de todos os que compõem a grande pro
gundo: o castigo que não fôr acompanhado por uma blemática da educação infantil. Necessitaríamos
real compreensão das ordens e proibições produz ten examinar profundamente a Etica, na qual está in
são anímica; terceiro: é o esfôrço excessivo para con cluída a moral e os costumes, o que nos obrigaria a
seguir essa compreensão, que ameaça o equilíbrio psí estudos especiais que ultrapassam os limites tlêste
quico da criança, e pode levá-la até à enfermidade _
dicionário. Mas podemos afirmar que, embora nao
mental". aceitemos o castigo como medida educacional, no en
tanto, certas formas de punição, por atos que preju
diquem gravemente, não só a si mesmo com� a ?�
Podemos dizer que, por tradição, aceitamos que
quem pratica uma ação má deve receber um castigo.
tros, são eficientes, se criarmos esquemas pstcologl
Mas consideremos que a criança nem sempre distin
cos de desagradabilidade. Automàticamente, determi
gue o bem do mal; está num período de desenvolvi
nados atos serão repelidos, porque provocam o esta
mento físico e mental, que depende quase exclusiva
do desagradável que sobreveio quando da primeira
mente do ambiente que a cerca, subordinada ao�
vez que foi realizado.
adultos. Todos êsses aspectos merecem nossa aten
ção. Nunca se deve usar como punição a humilhação,
o mêdo, ou a correção em presença de outros.
Jean Piaget, biólogo e psicólogo suíço, grande es
tudioso da alma infantil, demonstra, através de suas Consideramos, também, que a criança educada
investigações, que a representação mental do casti por pais esclarecidos, equilibrados, e que possuam
go varia com a idade da criança. .Após cuidadosas senso de justiça, não necessitará de castigos.
observações, chegou à conclusão de que a criança
Os pais devem ser coerentes em seu processo
de cinco a oito anos de idade considera justificado o
educacional. Se a. criança incorreu numa falta ou se se
castigo como represália; ela considera moralmente
comportou de maneira reprovável, não deve ser pu
cada um de seus atos, segundo os efeitos que susci
nida, porque os pais se envergonharam dela, mas
tou nos outros.
com a fin:llidade de melhorar a conduta para o seu
Dos oito aos doze anos, não aceita mais essa � bem, ela deve compreender que sua maneira de con·
pécie de castigo, mas aceita a "pena de talião", o duzir-se não é aceitável, e mediante uma compreen
"dente por dente, olho por olho". Prossegue consi são racional dos atos evitará cometer os que sejam
derando o efeito de uma ação como critério para reprováveis.
apreciar seu valor ético.
Aconselhamos usar as medidas de p�mição com
muito cuidado, observando sempre a ida<le da crian
"Depois dos doze, então aceita a responsabilida
de moral. Ê quando compreende o nexo entre in ça, pois a punição injusta traz sérias conseqüências.
tenção e sentido ético da ação". Os efeitos psíquicos do castigo gravam-se como mar
cas indeléveis. A criança injustiçada dificilmente se
Os estudos, decorrentes das observações de Pia rá reeducada, o esquema da injustiça fica-lhe marca·
get em crianças de dois a doze anos, são valiosos, e do para tôda a vida e poderá tornar-se uma criatura
contribuem para esclarecer os atuais estudos sôbre revoltada, rebelada contra tudo e contra todos, um
a psicologia infantil. desajustado na sociedade.
Não podemos chegar a conclusões que seriam CASTRAÇAO - Ê a extirpação dos órgãos sexuais.
classificadas como precipitadas e até certo ponto fal I CATALEPSIA - Estado patológico mental, natural ou
I!
sas, se quiséssemos justificar que o castigo deveria
provocado, que se caracteriza por urna redução con
ser aplicado conforme a representação mental que
siderável no campo da consciência e, conseqüente
mente, do aumento do grau de sugestionabilidade,
a criança tem dêle, segundo a idade.
- 1 12 - - 1 13 -
--
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ainda pela adopção ou repetição indefinida de uma Se a cecidade é apenas em relação às côres cha
atitude ou de um movimento e, também, pelo esque ma-se acromatopsia.
cimento total do que se passa e do que se passou du
rante a crise cataléptica. CERCADO ( quadrado infantil ) - Existe uma grande va
riedade de tamanhos. Naturalmente que a escolha
CATAPLEXIA - (Psic.) Estaào de mêdo ou choque, que deve ser feita em base ao espaço que se disponha na
se caractenza pela imobilidade, e que se dá em al casa. O de mais fácil manejo é o de forma retan
guns animais, quando são mantidos imóveis e numa gular. Entretanto, d'eve-se levar em conta os seguin
mesma postura por longo temp<D. Para alguns au tes pontos: que seja de bom material e sólido; que
tores, é uma forma análoga ao hipnotismo dos ho possa ser despregado e carregado com facilidade, e
mens. que esteja bem reforçado.
CATAPORA ( Varicela ) - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap .•
Há crianças que se sentem perfeitamente a gôs
§ 6. to dentro do cercado, enquanto outras protestam.
É preciso sempre levar em conta:
CAUTELA - a) Indica cuidado, prevenção, prudência.
Apcnta as disposições da vontade humana, mobiliza a ) Nunca deixar a criança dentro do cercado
das para garantir um futuro favorável. por um tempo muito longo, e somente retirá-la quan
do protesta insistentemente. Faça-o antes que se
b) Na ordem jurídica, cautela é sinônimo de
inquiete.
.caução, cujo nome é dado à garantia no cumprimen
to de uma obrigação rígida, que pode ser pessoal, b ) Deixá-la alí quando já tenha 5 ou 6 meses, an-
como no caso dos réfens; real, como nas hipotecas; tes que se acostume a gatinhar pela casa tôda.
e mista, quando, além de valôres reais, a pessoa res
ponde, também, com os seus bens, como se verifica CHORO DO BEB1: - Vide Puericultura - 4.0 cap., § 12.
- 1 16 -
- 117 -
r • Quando o prepúcio é excessivamente comprido, CLíNICAS - As clínicas recebem pacientés, assim como
tendendo a reter a urina, e provocando irritações e os consultórios médicos. Elas são de diversas espe
infecções, é preciso fazer-se a circuncisão o mais rá cialidades. Entre elas, temos: clínicas d'e psiquiatria
pido possível. Em geral, efetua-se antes que a cri e terapêutica mental; clínicas especializadas em ci
ança tenha 10 anos de idade. Realizando-a mais rúrgia toráxica; de estética, para crianças, etc.
tarde, é preciso que a criança sofra uma anestesia
· Na maioria das vêzes sua organização interna
geral. é particular em cada caso, e a admissão de pacientes
CIRCUNSPECÇAO - a) Circunspecçã·o é a inspecção cir depende dos seus regulamentos.
cum, ver à volta, olhar em redor de si, coisas e pes
soas, a fim de determinar as reações adequadas ao CLISTERES - Vide Puericultura - 9.Q cap., § 4.
ambiente. Circunspecto é o que pondera, o que faz COAÇÃO - a) Ação de obrigar, de constranger alguém
e o que diz, depois de examinar o ambiente em que ou alguma coisa a praticar um ato, compeli-lo a tal.
faz e sôbre o que diz. Daí falar-se em poder coativo.
b ) Significa, também, cautela, prudência; daí b ) Filosàficamente, o têrmo coação, que é for;
dizer-se que é circunspecto nas palavras e nas acções. rnado de cum e actus, significa o acontecer de . dois
A circtmspecção é uma virtude subordinada à ou mais entes em ato, que formam uma riova tota
prudência. Vide Cardeais ( Virtudes ). lidade, forma,lmente distinta.
CiúME - I!: o exclusivismo no amor, sobretudo no amor Em "Teoria Geral das Tensões", tratamos das
:
·
sexual, que induz o amante a eXIgir, para si só, a pos formas coatas, que· são as riovas unidades que sur
se da pessoa amada, e a sofrer, intensamente, os pos gem da cooperaÇão de vários ates, e q\le são assumi
síveis desvios daquela para outras de sexo oposto. das por uma nova forma, com específica coerência,
Signüica, também, emulação, inveja, receio de coesão.
perder alguma coisa e também zêlo (Vide). CO·ADAPTAÇAO - Têrmo empregado em Sociologia pa
Cl'úMES - O desejo de prestígio social é inerente a to
ra indicar o processo das atividades dos membros df
do ser humano, o que leva a rivalizar cada um com um grupo com unidade de fins.
os outros. A primeira manifestação de rivalidade Quer-se referir, também, a um grupo de indiv�
aparece na criança, provocada, em geral, pelo irmão duos, que têm uma vida em comum, e que adaptam
ou irmã. A rivalidade também aparece entre os co a sua existência às normas aceitas pela coletividade.
legas na escola, entre camaradas de jogos, e entre Fala-se em co-adaptação, sempre que há coordenação
amigos. das atividades dos seus membros, que se processa
E muito comum os pais usarem a rivalidade co pelas modificações sofridas pelos elementos compo
mo uma arma, esgrimindo-a contra o atraso do filho. nentes, para assegurar a maior unidade e a melhor
E aconselhável dar-se à criança a segurança de que compatibilidade entre os elementos que nela funcio·
goza do amor paterno, competindo de uma forma sã nam.
e nobre, sem sentir ciúmes dos outros. COCEIRA - Quando um bebê se coça, ou mesmo uma
CLAUSTROFOBIA -(Do gr. Kláustros, pátio interior: criança, repetidas vêzes, num mesmo local, isto po
em geral, lugar fechado, e'l phobos, mêdo ) . Mêdo de ser causa de um simples formigamento ou indício
mórbido, que se manifesta por angústia e movimen de uma erupção. Às vêzes pode ser causada por
tos impulsivos, em pessoas que se encontram em lu- uma roupa demasiadamente apertada. Quando a co
. gares fechados e abrigados. ceira persiste, sem que exista razão aparente, deverá
ser feita a consulta médica.
CLEPTOMANIA - (Do grego Kleptos, furto ) . Diz-se do
' ·
·
impulso mórbido de furtar sem própriai!lente haver CO-EDUCAÇÃO - A educação, que permite juntar estu
um interêsse de apropriar-se do objecto furtado. dantes de diferentes sexos numa mesma aula e num
- 1 16 -
- 117 -
mesmo colégio, tornou, atualmente, um nõvo incre
\ CúLICAS - Vide Puericultura - 6.0 cap., § 3 ....
mento devido às atuais idéias sôbre a educação. A
COMER POR SI Sú - É muito variável a idade em que
grande maioria dos colégios reune numa mesma clas
a criança começa a comer por si só. Por volta dos
se, tanto meninas como meninos. A educação, hoje,
seis meses, o bebê pode segurar sozinho a mamadei
abarca um vasto sentido. Não é somente o "ensino
ra, e com um ano já procurará segurar um copo com
escolar", é preciso viver com o sexo oposto tão bem
água. Com dois anos, já é capaz de manejar relati
vamente bem a colher. O uso da faca já leva mais
como o próprio, preparando o jovem para ocupar
um lugar num mundo composto por homens e mu
tempo, e não se deve forçar, de forma alguma, que o
lheres, que trabalham e vivem um ao lado do outro.
faça só, quando ainda não se sinta seguro e capaz.
COGNIÇAO - Genêricarnente, é a operação do intelecto, Com um ano de idade, é comum que o bebê pro
que consiste no ato imanente, consciente e intencio
cure levar sozinho a comida à bôca, e mesmo que não
nal, pelo qual adquirimos notícias de alguma coisa, o consiga, deve-se deixar, pois êle está desfrutando
por semelhança ou representação do objeto. de uma sensação agradável, ao mesmo tempo que
aprende um pouco mais sôbre o tacto das coisas.
CúLERA - Cólera ou ira é uma reação violenta a um
mal que alguém sofre, e que se descarrega sôbre as É natural que o bebê se lambuze, e isto não de
coisas, sôbre animais e sêres humanos, não com in ve ser pretexto para não deixá-lo fazer tal coisa. O
tuito de remediar a si mesma, mas de vingar-se. melhor é colocar-lhe um avental, e após suas tenta
A cólera é urna manifestação natural e necessá tivas, lavar-lhe o rosto e as mãos. Vide Puericul
ria na criança. Quando bebê, manifesta-se no gru tura - 14.0 cap., § 4 .
nhir, choramingar, enquanto a mamadeira esperada COMOÇAO CEREBRAL - Vide Puericultura - 10.0 cap.,
não chega; com dois anos ela gritará, baterá os pés § 6.
e ficará enraivecida quando a mandam comer em
vez de brincar. Tôdas estas manifestações são na COIUPENSAÇAO - Nem sempre o homem alcança o que
turais, e apresentam-se em graus maiores ou rnen� deseja, devido a motivos vanados, como a falta de
res, dependendo da criança. Muitos pais pensam habilidade, de dinheiro, de inteligência, etc. Nestes
que "civilizar" o filho, é induzi-lo a ocultar ou repri casos, busca êle wn substitutivo que lhe proporcione
mir a sua cólera, c que é, do ponto de vista pedagó satisfação. �ste processo recebe o nome de compen
gico, completamente errado, pois a ira, que é repri sação.
mida, acaba brotando mais tarde de forma mais for
te e a retensão e regressão do impulso colérico pr� COMPETIR - Uma pessoa, que reune todos os seus es.
forços para sobrepujar a outro, está competindo com
vocarn um estado de "tensão". As crianças preci
êste.
sam sentir que manifestar cólera não é urna coisa má
em si mesma, mas tão natural como sorrir e brin Muitas escolas, seguiam e seguem a linha de que
car. Naturalmente que não se pode deixar a crian a rivalidade é o impulso mais efectivo para a educa
ça usá-la como wna fôrça e, sim, quando começa a ção. Atualmente se crê que, embora os esforços e
ser um pouco fora do normal, é preciso que, por a competição ocupem um lugar no estímulo da edu
meio da persuasão, ou, então, de palavras incisivas, cação nem sempre atuam como fôrça construtiva.
cortem-se estas manifestações coléricas. É preciso Em muitos casos, a competição é útil e necessária,
verificar até que ponto ela é justa, e também, não pois temos de frisar que vivemos numa sociedade
esquecer que é dos pais que vem o exemplo. O pai em que os seus membros estão em constante com
e a mãe não devem ser injustos em suas cóleras e só petição. �ste sentimento está unido ao desejo de
as expressar na medida exata ao mesmo tempo que conseguir um emprêgo, de empreender um negócio.
são capazes de demonstrar carinho e afeto, pois a de conseguir o apôio das jovens, etc. Entretanto.
criança os imitará. desde que a competição se mantenha dentro dos li-
- 1 18 - - 119 -
mesmo colégio, tornou, atualmente, um nõvo incre
\ CúLICAS - Vide Puericultura - 6.0 cap., § 3 ....
mento devido às atuais idéias sôbre a educação. A
COMER POR SI Sú - É muito variável a idade em que
grande maioria dos colégios reune numa mesma clas
a criança começa a comer por si só. Por volta dos
se, tanto meninas como meninos. A educação, hoje,
seis meses, o bebê pode segurar sozinho a mamadei
abarca um vasto sentido. Não é somente o "ensino
ra, e com um ano já procurará segurar um copo com
escolar", é preciso viver com o sexo oposto tão bem
água. Com dois anos, já é capaz de manejar relati
vamente bem a colher. O uso da faca já leva mais
como o próprio, preparando o jovem para ocupar
um lugar num mundo composto por homens e mu
tempo, e não se deve forçar, de forma alguma, que o
lheres, que trabalham e vivem um ao lado do outro.
faça só, quando ainda não se sinta seguro e capaz.
COGNIÇAO - Genêricarnente, é a operação do intelecto, Com um ano de idade, é comum que o bebê pro
que consiste no ato imanente, consciente e intencio
cure levar sozinho a comida à bôca, e mesmo que não
nal, pelo qual adquirimos notícias de alguma coisa, o consiga, deve-se deixar, pois êle está desfrutando
por semelhança ou representação do objeto. de uma sensação agradável, ao mesmo tempo que
aprende um pouco mais sôbre o tacto das coisas.
CúLERA - Cólera ou ira é uma reação violenta a um
mal que alguém sofre, e que se descarrega sôbre as É natural que o bebê se lambuze, e isto não de
coisas, sôbre animais e sêres humanos, não com in ve ser pretexto para não deixá-lo fazer tal coisa. O
tuito de remediar a si mesma, mas de vingar-se. melhor é colocar-lhe um avental, e após suas tenta
A cólera é urna manifestação natural e necessá tivas, lavar-lhe o rosto e as mãos. Vide Puericul
ria na criança. Quando bebê, manifesta-se no gru tura - 14.0 cap., § 4 .
nhir, choramingar, enquanto a mamadeira esperada COMOÇAO CEREBRAL - Vide Puericultura - 10.0 cap.,
não chega; com dois anos ela gritará, baterá os pés § 6.
e ficará enraivecida quando a mandam comer em
vez de brincar. Tôdas estas manifestações são na COIUPENSAÇAO - Nem sempre o homem alcança o que
turais, e apresentam-se em graus maiores ou rnen� deseja, devido a motivos vanados, como a falta de
res, dependendo da criança. Muitos pais pensam habilidade, de dinheiro, de inteligência, etc. Nestes
que "civilizar" o filho, é induzi-lo a ocultar ou repri casos, busca êle wn substitutivo que lhe proporcione
mir a sua cólera, c que é, do ponto de vista pedagó satisfação. �ste processo recebe o nome de compen
gico, completamente errado, pois a ira, que é repri sação.
mida, acaba brotando mais tarde de forma mais for
te e a retensão e regressão do impulso colérico pr� COMPETIR - Uma pessoa, que reune todos os seus es.
forços para sobrepujar a outro, está competindo com
vocarn um estado de "tensão". As crianças preci
êste.
sam sentir que manifestar cólera não é urna coisa má
em si mesma, mas tão natural como sorrir e brin Muitas escolas, seguiam e seguem a linha de que
car. Naturalmente que não se pode deixar a crian a rivalidade é o impulso mais efectivo para a educa
ça usá-la como wna fôrça e, sim, quando começa a ção. Atualmente se crê que, embora os esforços e
ser um pouco fora do normal, é preciso que, por a competição ocupem um lugar no estímulo da edu
meio da persuasão, ou, então, de palavras incisivas, cação nem sempre atuam como fôrça construtiva.
cortem-se estas manifestações coléricas. É preciso Em muitos casos, a competição é útil e necessária,
verificar até que ponto ela é justa, e também, não pois temos de frisar que vivemos numa sociedade
esquecer que é dos pais que vem o exemplo. O pai em que os seus membros estão em constante com
e a mãe não devem ser injustos em suas cóleras e só petição. �ste sentimento está unido ao desejo de
as expressar na medida exata ao mesmo tempo que conseguir um emprêgo, de empreender um negócio.
são capazes de demonstrar carinho e afeto, pois a de conseguir o apôio das jovens, etc. Entretanto.
criança os imitará. desde que a competição se mantenha dentro dos li-
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mites razoáveis pode servir de estímulo. Em caso ' gia justa, é cair no exagêro de querer mecanizar os
contrário, quando há uma exacerbação, ela se torna
'
sêres humanos, transformando-os apenas em condi
prejudiciaL Entre grupos de adolescentes é muito cionados autômatos, que respondem aos estímulos
comum levar-se a competição a um extremo tal que propostos, o que seria matar-lhes a personalidade a
aquêle que sai vitorioso de qualquer empreendimento capacidade de autonomização, tão fundamental para
se julga superior, enquanto o outro, um vencido, e a humanidade como para a elevação do homem co
estas manifestações se prolongarão em qualquer cir mo ser inteligente e livre.
cunstância da vida. A pessoa pode ganhar ou perder
e deve manter sua confiança em qualquer circunstâ·n COMPLEXO - a ) É a complexidade um aspecto da com
cia e ter fé que é capaz de conquistar determinadas posição, mas é uma composição levada a alto grau.
metas que tenham sido fixadas por ela. No complexo, há presença de diversos elementos.
que constituem um sistE-ma, uma tensão.
CONDICIONAMENTO - Têrmo empregado moderna
b ) Assim, na vida psicológica, o complexo, para
mente pelos psicólogos condutivistas, sobretudo ame
a psicanálise é um grupo de idéias. cheias de um
.
ricanos, para referirem-se aos chamados reflexos
conteúdo emotivo, que realiza atividades subcons
condicionados de Pavlov, sobretudo quanto empre
cientes, para onde estão repnmidas, total ou parcial
gados na aprendizagem. Referem-se às providências
mente. Êstes complexos são considerados por mui
empregadas para ccnduzir a aprendizagem da crian
tos como patológicos. Há, no complexo, um aspec
ça, condicionando-a a certas situações particulares,
to importante, qual seja o da subordinação dos ele
de modo que suas reações sejam proporcionais e cor
mentos componentes a uma totalidade, de modo que
respondentes aos estímulos recebidos. Fundamenta
-se essa concepção nas seguintes regras: 1 ) Um es o funcionamento das partes atuam coordenadas pa
ra uma única finalidade. .l!:stes complexos são estu
tímulo apresentado simultâneamente a outro estímu
dados em outros verbetes, são ora reativos, ora mas
lo que provoca uma resposta, tenderá, daí por dian·
te, a produzir a mesma resposta. caradores, ou sublimadores, disfarçando sempre, por
outros sintomas, o que, na realidade. são p')r interfe
2 ) A resposta condicionada é similar, não, po rência, do que na psicanálise se chama Super-Ego.
rém, idêntica à resposta incondicionada. Como adjetivo, significa todo composto de diferentes
elementos que se acham dispostos, segundo uma rela
3 ) Uma resposta ccndicionada poEie ser debili
ção de subordinação ou de interdep::ndência dqs par
tada ou eliminada sob certas circunstâncias.
tes de uma totalidade. Distingue-se do símples com
4) Uma reação condicionada pode revigorar-se posto, porque, neste, as partes estão coordenadas, o
mediante esforços. que. nem stmpre acontece no complexo.
Tais experimentos são sem dúvida verificáveis. c ) , Na Lógica, um têrmo é complexo, quando
Mas a pedagogia moderna, que respeita a personali êle é acompanhado de uma explicação, como, por
dade humana, e compreende que deve auxiliar a rea exemplo: a terra, que é o planeta subordinado ao sol,
lizar homens capazes de viverem livres, dá preferên etc.
cia, na aprendizagem, a uma disciplina mais racional
e reflexiva, intelectualizada, não fundando-a apenas Diz-se que uma proposição é complexa, quando o
nos reflexos condicionados, embora sejam êstes fun sujeito, ou os atributos são complexos.
damentais para o desenvolvimento da maestria em Um silogismo é complexo quando, pelo menos,
sentido meramente técnico. A própria organização um dos têrmos da conclusão, sendo complexo, as par
moderna da indústria fundamenta-se numa série de tes componentes dêste têrmo se encontram separa
reflexos, que respondem, da parte do trabalhador, das nas premissas.
aos estímulos que os aparelhos indicam, exigindo-lhe
uma pronta resposta às indicações exteriores. O COMPLEXO DE CASTRAÇÃO - .l!:ste se forma, no varão,
que não se deve pensar nem admitir, numa pedago- pelo receio de agressão ou perda dos órgãos genitais,
- 120 - - 12 1 -
mites razoáveis pode servir de estímulo. Em caso ' gia justa, é cair no exagêro de querer mecanizar os
contrário, quando há uma exacerbação, ela se torna
'
sêres humanos, transformando-os apenas em condi
prejudiciaL Entre grupos de adolescentes é muito cionados autômatos, que respondem aos estímulos
comum levar-se a competição a um extremo tal que propostos, o que seria matar-lhes a personalidade a
aquêle que sai vitorioso de qualquer empreendimento capacidade de autonomização, tão fundamental para
se julga superior, enquanto o outro, um vencido, e a humanidade como para a elevação do homem co
estas manifestações se prolongarão em qualquer cir mo ser inteligente e livre.
cunstância da vida. A pessoa pode ganhar ou perder
e deve manter sua confiança em qualquer circunstâ·n COMPLEXO - a ) É a complexidade um aspecto da com
cia e ter fé que é capaz de conquistar determinadas posição, mas é uma composição levada a alto grau.
metas que tenham sido fixadas por ela. No complexo, há presença de diversos elementos.
que constituem um sistE-ma, uma tensão.
CONDICIONAMENTO - Têrmo empregado moderna
b ) Assim, na vida psicológica, o complexo, para
mente pelos psicólogos condutivistas, sobretudo ame
a psicanálise é um grupo de idéias. cheias de um
.
ricanos, para referirem-se aos chamados reflexos
conteúdo emotivo, que realiza atividades subcons
condicionados de Pavlov, sobretudo quanto empre
cientes, para onde estão repnmidas, total ou parcial
gados na aprendizagem. Referem-se às providências
mente. Êstes complexos são considerados por mui
empregadas para ccnduzir a aprendizagem da crian
tos como patológicos. Há, no complexo, um aspec
ça, condicionando-a a certas situações particulares,
to importante, qual seja o da subordinação dos ele
de modo que suas reações sejam proporcionais e cor
mentos componentes a uma totalidade, de modo que
respondentes aos estímulos recebidos. Fundamenta
-se essa concepção nas seguintes regras: 1 ) Um es o funcionamento das partes atuam coordenadas pa
ra uma única finalidade. .l!:stes complexos são estu
tímulo apresentado simultâneamente a outro estímu
dados em outros verbetes, são ora reativos, ora mas
lo que provoca uma resposta, tenderá, daí por dian·
te, a produzir a mesma resposta. caradores, ou sublimadores, disfarçando sempre, por
outros sintomas, o que, na realidade. são p')r interfe
2 ) A resposta condicionada é similar, não, po rência, do que na psicanálise se chama Super-Ego.
rém, idêntica à resposta incondicionada. Como adjetivo, significa todo composto de diferentes
elementos que se acham dispostos, segundo uma rela
3 ) Uma resposta ccndicionada poEie ser debili
ção de subordinação ou de interdep::ndência dqs par
tada ou eliminada sob certas circunstâncias.
tes de uma totalidade. Distingue-se do símples com
4) Uma reação condicionada pode revigorar-se posto, porque, neste, as partes estão coordenadas, o
mediante esforços. que. nem stmpre acontece no complexo.
Tais experimentos são sem dúvida verificáveis. c ) , Na Lógica, um têrmo é complexo, quando
Mas a pedagogia moderna, que respeita a personali êle é acompanhado de uma explicação, como, por
dade humana, e compreende que deve auxiliar a rea exemplo: a terra, que é o planeta subordinado ao sol,
lizar homens capazes de viverem livres, dá preferên etc.
cia, na aprendizagem, a uma disciplina mais racional
e reflexiva, intelectualizada, não fundando-a apenas Diz-se que uma proposição é complexa, quando o
nos reflexos condicionados, embora sejam êstes fun sujeito, ou os atributos são complexos.
damentais para o desenvolvimento da maestria em Um silogismo é complexo quando, pelo menos,
sentido meramente técnico. A própria organização um dos têrmos da conclusão, sendo complexo, as par
moderna da indústria fundamenta-se numa série de tes componentes dêste têrmo se encontram separa
reflexos, que respondem, da parte do trabalhador, das nas premissas.
aos estímulos que os aparelhos indicam, exigindo-lhe
uma pronta resposta às indicações exteriores. O COMPLEXO DE CASTRAÇÃO - .l!:ste se forma, no varão,
que não se deve pensar nem admitir, numa pedago- pelo receio de agressão ou perda dos órgãos genitais,
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que só se caracteriza ao observar que as meninas não pressa, simplesmente, que a pessoa não tem confian
os possuem, e ao dizerem à criança que o perderam ça em si mesma, e não inclui o menor conhecimento
por terem cometido alguma desobediência. O mêdo das possíveis causas, que motivam tais sentimentos.
de perder seu pênis, leva-o, então, a tomar determi
nadas atitudes que se configuram como anormais e Os sentimentos de inferioridade têm, como pon
neuróticas até. Na menina, surge quando descobre to de partida, na maioria das vêzes, um sentimento
a carência do pênis. Pode alimentar a esperança de básico de sentir-se não amado. É muito comum nas
que o obterá. Convencida de que não o terá, pode crianças que passam per fases mais ou menos criti
surgir um sentimento de inferioridade. Julgando cas. Os que se sentem amados e admirados ao mes
que sua mãe é culpada de não ter pênis, manifesta mo tempo, que são reconhecidos os seus valôres par
desamor por aquela. Pode, então, substituir o de ticulares, superam, com maior facilidade, êsse pe
sejo de ter um pênis pelo de ter um filho, e começa ríodo.
a tornar o pai o objeto de seu amor, e a mãe de seus
COMPLEXO NA PEDAGOGIA - A psicanálise estuda ca
ciúmes. Essas interpretações são constitutivas da
sos de perturbações psíquicas ocasionadas na infân
concepção freudiana, aceita por muitos psicólogos.
cia por uma fixação exagerada da afeição de um dos
É matéria, contudo, discutível e com reserva em mui
progenitores por um filho, consciente ou inconscien
tos aspetos, o que não pode, contudo, ser precisado
temente.
no âmbito de uma enciclopédia, dado a amplidão das
divergências. Essa fixação pode impedir o normal desenvol
vimento psico-sexual.
O aconselhável, porém, é dizer à criança que há
sêres masculinos e femininos e mostrar o papel su O complexo de Édipo, que é a fixação doentia da
perior que a mulher representa. afeição do filho para com a mãe e o complexo de
Electra, da filha para com o pai, podem trazer gra
COMPLEXO CULTURAL - Diz-se do conjunto das ca ves estados neuróticos no decorrer da idade adulta.
racterísticas que assinalam a fisionomia de uma
cultura, como o arco, e a flecha, instrumentos, tec A mãe, muitas vêzes, esmera-se em cuidados e
tônica, etc., em nossos índios. mimos exagerados por um filho, procurando evitar
-lhe todos os aborrecimentos, tôdas as dificuldades,
COMPLEXO DE EDIPO - a) Para a Psicanálise, deseje, resolvendo-lhe os problemas, sem perceber que essa
em geral inconsciente, do filho pela mãe, e hostili atitude, que ela julga tão nobre, está fomentando, no
dade para com o pai. filho, o germe da incapacidade, êle se tornará um en
b) Também adesão erótica excessiva do filho te impessibilitado de tomar uma deliberação e quan
para com a mãe. do se encontrar ante uma situação embaraçosa, na
qual terá de resolver por si próprio, então, aí êle mos
c ) Para a Psic., êste complexo se manifesta na trará sua absoluta incompetência e revelar-se-á um
primeira vida infantil, desaparecendo, depois, da
frustrado na sociedade.
consciência, mas tendo um grande papel posterior,
porque atua, ínconscientemente, para uns, ou sub Há, por exemplo, o caso comum do filho único,
conscientemente, para outros. que geralmente carece de independência e de confian
ça em si próprio. Na idade adulta, revela falta
COMPLEXO DE ELECTRA - (Psicanálise ) . Desejo eró de resistência às adversidades, e até as menores di
tico da filha para com o pai, e de hostilidade para ficuldades deixam-no num estado de absoluta de
com a mãe. pressão.
COMPLEXO DE INFERIORIDADE - Modernamente, es Outro mau hábito comum pode desenvolver-se na
ta expressão é raramente empregada por psicólogos criança débil, que é mimada, e percebe que, com lá
e psiquiatras, porque quase carece de sentido. Ex- grimas, consegue satisfazer os seus desejos. Na vida
- 122 - - 12 3 -
que só se caracteriza ao observar que as meninas não pressa, simplesmente, que a pessoa não tem confian
os possuem, e ao dizerem à criança que o perderam ça em si mesma, e não inclui o menor conhecimento
por terem cometido alguma desobediência. O mêdo das possíveis causas, que motivam tais sentimentos.
de perder seu pênis, leva-o, então, a tomar determi
nadas atitudes que se configuram como anormais e Os sentimentos de inferioridade têm, como pon
neuróticas até. Na menina, surge quando descobre to de partida, na maioria das vêzes, um sentimento
a carência do pênis. Pode alimentar a esperança de básico de sentir-se não amado. É muito comum nas
que o obterá. Convencida de que não o terá, pode crianças que passam per fases mais ou menos criti
surgir um sentimento de inferioridade. Julgando cas. Os que se sentem amados e admirados ao mes
que sua mãe é culpada de não ter pênis, manifesta mo tempo, que são reconhecidos os seus valôres par
desamor por aquela. Pode, então, substituir o de ticulares, superam, com maior facilidade, êsse pe
sejo de ter um pênis pelo de ter um filho, e começa ríodo.
a tornar o pai o objeto de seu amor, e a mãe de seus
COMPLEXO NA PEDAGOGIA - A psicanálise estuda ca
ciúmes. Essas interpretações são constitutivas da
sos de perturbações psíquicas ocasionadas na infân
concepção freudiana, aceita por muitos psicólogos.
cia por uma fixação exagerada da afeição de um dos
É matéria, contudo, discutível e com reserva em mui
progenitores por um filho, consciente ou inconscien
tos aspetos, o que não pode, contudo, ser precisado
temente.
no âmbito de uma enciclopédia, dado a amplidão das
divergências. Essa fixação pode impedir o normal desenvol
vimento psico-sexual.
O aconselhável, porém, é dizer à criança que há
sêres masculinos e femininos e mostrar o papel su O complexo de Édipo, que é a fixação doentia da
perior que a mulher representa. afeição do filho para com a mãe e o complexo de
Electra, da filha para com o pai, podem trazer gra
COMPLEXO CULTURAL - Diz-se do conjunto das ca ves estados neuróticos no decorrer da idade adulta.
racterísticas que assinalam a fisionomia de uma
cultura, como o arco, e a flecha, instrumentos, tec A mãe, muitas vêzes, esmera-se em cuidados e
tônica, etc., em nossos índios. mimos exagerados por um filho, procurando evitar
-lhe todos os aborrecimentos, tôdas as dificuldades,
COMPLEXO DE EDIPO - a) Para a Psicanálise, deseje, resolvendo-lhe os problemas, sem perceber que essa
em geral inconsciente, do filho pela mãe, e hostili atitude, que ela julga tão nobre, está fomentando, no
dade para com o pai. filho, o germe da incapacidade, êle se tornará um en
b) Também adesão erótica excessiva do filho te impessibilitado de tomar uma deliberação e quan
para com a mãe. do se encontrar ante uma situação embaraçosa, na
qual terá de resolver por si próprio, então, aí êle mos
c ) Para a Psic., êste complexo se manifesta na trará sua absoluta incompetência e revelar-se-á um
primeira vida infantil, desaparecendo, depois, da
frustrado na sociedade.
consciência, mas tendo um grande papel posterior,
porque atua, ínconscientemente, para uns, ou sub Há, por exemplo, o caso comum do filho único,
conscientemente, para outros. que geralmente carece de independência e de confian
ça em si próprio. Na idade adulta, revela falta
COMPLEXO DE ELECTRA - (Psicanálise ) . Desejo eró de resistência às adversidades, e até as menores di
tico da filha para com o pai, e de hostilidade para ficuldades deixam-no num estado de absoluta de
com a mãe. pressão.
COMPLEXO DE INFERIORIDADE - Modernamente, es Outro mau hábito comum pode desenvolver-se na
ta expressão é raramente empregada por psicólogos criança débil, que é mimada, e percebe que, com lá
e psiquiatras, porque quase carece de sentido. Ex- grimas, consegue satisfazer os seus desejos. Na vida
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adulta, inconscientemente, usará dos mesmos recur Os bons hábitos devem ser ensinados desde cê
sos, para conseguir de outros o apôio que deseja. E do; tais como: usar corretamente a colher, o garfo
vemos pessoas chorosas, que vivem se lamentando, e a faca; não falar com a bôca cheia; pedir com bons
exagerando até suas pequenas contrariedades, para modos que lhe passem algum utensílio da mesa, etc.
despertar a simpatia dos que os cercam. Não se deve, porém, levar ao excesso, exigindo dema
:Êsses hábitos indesejáveis podem ter origem siado da criança, ou seja uma perfeição em tudo, pois
Ros primeiros anos de vida, pois nesses primeiros é preciso reconhecer que esta hora deve ser agradá
vel e de conversação.
anos é que lançamos os fundamentos do carácter.
Jung afirma: "Assim como durante a existência CONDUÇAO ( capacidade de· condução ) - Conduzir, que
·
tmbrionária o corpo da criança é parte do organis vem do lat. ducere, guiar, indica a ação de guiar o�
mo materno, do mesmo modo, durante muitos anos, tros. A capacidade de conduzir, nos sêres huma
seu espírito é um elemento da atmosfera espiritual, nos, é um dos sinais mais elevados do homem, por
que há realmente diferenças marcantes entre homens,
que conconfiguram seus pais. Isso explica que tan
capazes de conduzir, de guiar outros < como o peda
tas neuroses infantis sejam, não uma genuína enfer
godo, de gogia, condução e pedes, criança), indican
midade da própria criança, mas sintomas das condi
do-lhes as veredas que devem seguir. Na verdade, a
ções mentais dos pais".
criança revela cedo essa capacidade, e sabe-se que o
Se uma criança possui um defeito físico, então comportamento da criança vai depender, em muito,
necessita de uma educação especial, pois pode, per da natureza e da função da sua capacidade de condu
excesso de cuidados, ficar impossibilitada de fazer zir e de ser conduzida. Cabe aos pais e aos mestres
alguma coisa por iniciativa própria, ou, então, se os
reconhecerem e saberem utilizar a capacidade de con
pais procurarem compensar a inferioridade física
dução ( de liderismc) da criança. O conceito de con
com uma superioridade fictícia, pode desenvolver-se
dutor ( líder) é o daquêle que é capaz de induzir ou
uma inferioridade moral. Jung, estudando êsses ca
tro a reallzar um ato, vivendo-o, como se o desejas
sos, diz:
se. Popularidade não é liderismo. Há os que são
"Desta maneira, instala"se um círculo vicioso: populares, sem, contudo, conduzirem, como há os que
quanto mais se compensa uma inferioridade real me conduzem, sem que provoquem a ação como dese
diante uma superioridade fictícia, tanto menos se
jada nos que os seguem. Não se deve. assim, con
elimina a inferioridade; mas ainda acrescenta-se uma fundir o genuíno liderismo com o falso liderismc do
inferioridade moral, que vem aumentar o sentimento
chefe, que provoca a correspondente vivência da ação
de inferioridade. Isso, necessàriamente, conduz a
aceita, pois muitas vêzes é obedecido por disciplina,
um aumento da falsa superioridade e o processo con
e não por uma adesão simpatética. Manifesta a cri
tinua sempre crescente".
ança sua capacidade condutivista de um medo mais
Deve-se considerar êsse aspecto tão importante contínuo que descontínuo. Essa capacidade é esca
na educação de crianças com defeitos físicos. lar, pois há a capacidade de influir em todos, em
COMPORTAMENTO NA MESA - Quando a criança CO· muitos, em alguns, e até em poucos, o que revela uma
meça a comer na mesa, junto com os adultos, ela se variação fàcilmente verificável. A capacidade de con
corrigirá mais fàcil e ràpidamente, se tiver o exem duzir não deve ser julgada pela finalidade social, ou
plo daqueles. Uma criança, com três anos, não não, do ate, negando-se, por exemplo, capacidade de
saberá utilizar corretamente a colher, e usará, cons liderismo à criança, que leva outras à prática de atos
tantemente, as mãos para levar o alimento à bôca. anti-sociais. Esta também tem capacidade de condu
Mas, já cem seis anos ela deverá usar perfeitamente ção, embora, eticamente, seja inaceitável. Conside
a colher e o garfo, e muitas também o farão com a rar tal criança apenas como um delinqüente, e não
faca. Naturalmente que, com esta idade, não deve perceber sua capacidade de liderança, é um grave·
ser permitido o uso das mãos. êrro.
- 124 - - 125 -
adulta, inconscientemente, usará dos mesmos recur Os bons hábitos devem ser ensinados desde cê
sos, para conseguir de outros o apôio que deseja. E do; tais como: usar corretamente a colher, o garfo
vemos pessoas chorosas, que vivem se lamentando, e a faca; não falar com a bôca cheia; pedir com bons
exagerando até suas pequenas contrariedades, para modos que lhe passem algum utensílio da mesa, etc.
despertar a simpatia dos que os cercam. Não se deve, porém, levar ao excesso, exigindo dema
:Êsses hábitos indesejáveis podem ter origem siado da criança, ou seja uma perfeição em tudo, pois
Ros primeiros anos de vida, pois nesses primeiros é preciso reconhecer que esta hora deve ser agradá
vel e de conversação.
anos é que lançamos os fundamentos do carácter.
Jung afirma: "Assim como durante a existência CONDUÇAO ( capacidade de· condução ) - Conduzir, que
·
tmbrionária o corpo da criança é parte do organis vem do lat. ducere, guiar, indica a ação de guiar o�
mo materno, do mesmo modo, durante muitos anos, tros. A capacidade de conduzir, nos sêres huma
seu espírito é um elemento da atmosfera espiritual, nos, é um dos sinais mais elevados do homem, por
que há realmente diferenças marcantes entre homens,
que conconfiguram seus pais. Isso explica que tan
capazes de conduzir, de guiar outros < como o peda
tas neuroses infantis sejam, não uma genuína enfer
godo, de gogia, condução e pedes, criança), indican
midade da própria criança, mas sintomas das condi
do-lhes as veredas que devem seguir. Na verdade, a
ções mentais dos pais".
criança revela cedo essa capacidade, e sabe-se que o
Se uma criança possui um defeito físico, então comportamento da criança vai depender, em muito,
necessita de uma educação especial, pois pode, per da natureza e da função da sua capacidade de condu
excesso de cuidados, ficar impossibilitada de fazer zir e de ser conduzida. Cabe aos pais e aos mestres
alguma coisa por iniciativa própria, ou, então, se os
reconhecerem e saberem utilizar a capacidade de con
pais procurarem compensar a inferioridade física
dução ( de liderismc) da criança. O conceito de con
com uma superioridade fictícia, pode desenvolver-se
dutor ( líder) é o daquêle que é capaz de induzir ou
uma inferioridade moral. Jung, estudando êsses ca
tro a reallzar um ato, vivendo-o, como se o desejas
sos, diz:
se. Popularidade não é liderismo. Há os que são
"Desta maneira, instala"se um círculo vicioso: populares, sem, contudo, conduzirem, como há os que
quanto mais se compensa uma inferioridade real me conduzem, sem que provoquem a ação como dese
diante uma superioridade fictícia, tanto menos se
jada nos que os seguem. Não se deve. assim, con
elimina a inferioridade; mas ainda acrescenta-se uma fundir o genuíno liderismo com o falso liderismc do
inferioridade moral, que vem aumentar o sentimento
chefe, que provoca a correspondente vivência da ação
de inferioridade. Isso, necessàriamente, conduz a
aceita, pois muitas vêzes é obedecido por disciplina,
um aumento da falsa superioridade e o processo con
e não por uma adesão simpatética. Manifesta a cri
tinua sempre crescente".
ança sua capacidade condutivista de um medo mais
Deve-se considerar êsse aspecto tão importante contínuo que descontínuo. Essa capacidade é esca
na educação de crianças com defeitos físicos. lar, pois há a capacidade de influir em todos, em
COMPORTAMENTO NA MESA - Quando a criança CO· muitos, em alguns, e até em poucos, o que revela uma
meça a comer na mesa, junto com os adultos, ela se variação fàcilmente verificável. A capacidade de con
corrigirá mais fàcil e ràpidamente, se tiver o exem duzir não deve ser julgada pela finalidade social, ou
plo daqueles. Uma criança, com três anos, não não, do ate, negando-se, por exemplo, capacidade de
saberá utilizar corretamente a colher, e usará, cons liderismo à criança, que leva outras à prática de atos
tantemente, as mãos para levar o alimento à bôca. anti-sociais. Esta também tem capacidade de condu
Mas, já cem seis anos ela deverá usar perfeitamente ção, embora, eticamente, seja inaceitável. Conside
a colher e o garfo, e muitas também o farão com a rar tal criança apenas como um delinqüente, e não
faca. Naturalmente que, com esta idade, não deve perceber sua capacidade de liderança, é um grave·
ser permitido o uso das mãos. êrro.
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Contudo, nem sempre o líder se evidencia cla tais condições. Por isso são mais raros os líderes
ramente. Muitas vêzes é um tipo tranqüilo, respei do que as crianças que revelam traços excepcionais.
tado pelos outros, que o seguem. Por outro lado, a Exigem-se, ainda, além daquelas qualidades, outras,
portanto. Descobrir tais qualidades eis um proble
ma sério.
liderança é proporcionada às circunstâncias em fun
ção do condutor, pois o que é hábil condutor numa
escolA, pode não o ser num grupo de moleques, ou
numa equipe de futebol. A liderança é condicionada Há regras para que se possam aquilatá-las: a ) dar
pela inteligência, pela fortaleza, pela destreza. Se se oportunidade de ação para observar os que se des
tacam como condutores; b ) facilitar às crianças a es
deixam às crianças escolherem seus próprios líderes,
elas realmente escolhem os que são mais aptos para colha por si mesmas de seu líder; c ) as observações
dos mestres e pais devem ser comparadas com os fa·
a espécie de liderança. Outra regra, qu� a observa
tos.
ção e a experiência formularam, é de que a capaci
dade de liderança é habitual, ou seja adquirível, po
Na verdade, as crianças revelam uma capacidade
dendo ser estimulada, o que permite educar-se para
extraordinária para escolher com segurança os seus
que se desenvolva. É, assim, capaz de ser estimu
líderes, e deve-se deixar as crianças fazê-lo livremen
lada.
te, sem, indireta ou diretamente, influir nessa esco
A preparação de líderes é uma das tarefas mais lha. Podem-se propor diversas providências, como
· tais: pedir às crianças que façam uma lista dos que
importantes da pedagogia moderna. Infelizmente,
nas escolas, não há o cuidado necessário para a for· julgam mais hábeis para liderar em alguma atividade.
mação de tais tipos humanos, tão necessários numa Sabe-se, perfeitamente, quanto influi na escolha a
sociedade democrática, constituída de homens livres, propaganda que se possa fazer de algum mais astuto
autônomos, independentes. Há, nas escolas, cuida· que hábil. É mister deixar que a escolha se processe
dos especiais para classificar os estudantes, segundo sem tais influências exteriores, muitas vêzes defrau
o seu grau de aproveitamento e intelectual, não, po dadoras da realidade. Quando uma criança revela
rém, para classificá-los segundo a sua capacidade de capacidade de liderança, não se deve obstaculizar es
liderança. Contudo, há muitos estudiosos dedicados sa manifestação, sob pena de, sentindo-se frustrada,
a construir uma visão clara do lirismo. E dos estu enveredar pelo caminho das atividades não convenien
dos realizados, chegaram-se a um conjunto de regras tes nem aceitáveis pelos adultos, pois poderá seguir
uniformes, que são as seguintes, imprescindíveis pa· caminhos inesperados, arrastando consigo compa
ra estabelecer a capacidade de liderança: nheiros.
- 1 26 -
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Contudo, nem sempre o líder se evidencia cla tais condições. Por isso são mais raros os líderes
ramente. Muitas vêzes é um tipo tranqüilo, respei do que as crianças que revelam traços excepcionais.
tado pelos outros, que o seguem. Por outro lado, a Exigem-se, ainda, além daquelas qualidades, outras,
portanto. Descobrir tais qualidades eis um proble
ma sério.
liderança é proporcionada às circunstâncias em fun
ção do condutor, pois o que é hábil condutor numa
escolA, pode não o ser num grupo de moleques, ou
numa equipe de futebol. A liderança é condicionada Há regras para que se possam aquilatá-las: a ) dar
pela inteligência, pela fortaleza, pela destreza. Se se oportunidade de ação para observar os que se des
tacam como condutores; b ) facilitar às crianças a es
deixam às crianças escolherem seus próprios líderes,
elas realmente escolhem os que são mais aptos para colha por si mesmas de seu líder; c ) as observações
dos mestres e pais devem ser comparadas com os fa·
a espécie de liderança. Outra regra, qu� a observa
tos.
ção e a experiência formularam, é de que a capaci
dade de liderança é habitual, ou seja adquirível, po
Na verdade, as crianças revelam uma capacidade
dendo ser estimulada, o que permite educar-se para
extraordinária para escolher com segurança os seus
que se desenvolva. É, assim, capaz de ser estimu
líderes, e deve-se deixar as crianças fazê-lo livremen
lada.
te, sem, indireta ou diretamente, influir nessa esco
A preparação de líderes é uma das tarefas mais lha. Podem-se propor diversas providências, como
· tais: pedir às crianças que façam uma lista dos que
importantes da pedagogia moderna. Infelizmente,
nas escolas, não há o cuidado necessário para a for· julgam mais hábeis para liderar em alguma atividade.
mação de tais tipos humanos, tão necessários numa Sabe-se, perfeitamente, quanto influi na escolha a
sociedade democrática, constituída de homens livres, propaganda que se possa fazer de algum mais astuto
autônomos, independentes. Há, nas escolas, cuida· que hábil. É mister deixar que a escolha se processe
dos especiais para classificar os estudantes, segundo sem tais influências exteriores, muitas vêzes defrau
o seu grau de aproveitamento e intelectual, não, po dadoras da realidade. Quando uma criança revela
rém, para classificá-los segundo a sua capacidade de capacidade de liderança, não se deve obstaculizar es
liderança. Contudo, há muitos estudiosos dedicados sa manifestação, sob pena de, sentindo-se frustrada,
a construir uma visão clara do lirismo. E dos estu enveredar pelo caminho das atividades não convenien
dos realizados, chegaram-se a um conjunto de regras tes nem aceitáveis pelos adultos, pois poderá seguir
uniformes, que são as seguintes, imprescindíveis pa· caminhos inesperados, arrastando consigo compa
ra estabelecer a capacidade de liderança: nheiros.
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de fazer, na atividade em questão, o que é mister num
grau excepcional, com a correspondente revelação de
inteligência acima da média.
Se se procede a uma educação em grupo, é im
prescindível contar com o importante papel que de
sempenha o líder. E êst':! deve receber a necessária
educação para que seu liderismo sej a · eficiente e jus
to e, sobretudo, construtivo. Localizado o líder, de
ve-se-lhe confiar a dirtção, que lhe pode caber em
face da sua capacidade, instruindo-o de modo a que
-
pcssa obter do grupo o que é desejável. Cabe ao
mestre, aqui, um papel importante e de grande res
ponsabilidade, porque, se malograr no cuidado da
preparação, pode abrir as portas à formação de um
bando, que muitas vêzes pode cair na delinqüência.
A vigilância do mestre é importante, e deve observar
com frieza, pondo de lado suas simpatias, julgando,
com a máxima presença da racionalidade, para que Aristóteles
sua atuação seja realmente provt itosa , e contribua à Jean Jacques Rousseatt
criação de líderes, que, posteriormente, possam exer
cer um papel benéfico em face dos interêsses da so
ciedade à qual pertence, não só quanto ao grupc, mas,
também, quanto ao país ao qual pertence.
integradora dominadora
1J o mestre responde 1) o mestre ordena aos
as perguntas do alunos a execução de
aluno; algo;
Arda de uma escola no Renascimento
- 128 -
I
de fazer, na atividade em questão, o que é mister num
grau excepcional, com a correspondente revelação de
inteligência acima da média.
Se se procede a uma educação em grupo, é im
prescindível contar com o importante papel que de
sempenha o líder. E êst':! deve receber a necessária
educação para que seu liderismo sej a · eficiente e jus
to e, sobretudo, construtivo. Localizado o líder, de
ve-se-lhe confiar a dirtção, que lhe pode caber em
face da sua capacidade, instruindo-o de modo a que
-
pcssa obter do grupo o que é desejável. Cabe ao
mestre, aqui, um papel importante e de grande res
ponsabilidade, porque, se malograr no cuidado da
preparação, pode abrir as portas à formação de um
bando, que muitas vêzes pode cair na delinqüência.
A vigilância do mestre é importante, e deve observar
com frieza, pondo de lado suas simpatias, julgando,
com a máxima presença da racionalidade, para que Aristóteles
sua atuação seja realmente provt itosa , e contribua à Jean Jacques Rousseatt
criação de líderes, que, posteriormente, possam exer
cer um papel benéfico em face dos interêsses da so
ciedade à qual pertence, não só quanto ao grupc, mas,
também, quanto ao país ao qual pertence.
integradora dominadora
1J o mestre responde 1) o mestre ordena aos
as perguntas do alunos a execução de
aluno; algo;
Arda de uma escola no Renascimento
- 128 -
I
2J o mestre aceita su 2) o mestre repreende o
gestões do aluno, aluno;
examina-as e as
discute;
3) o mestre aceita a 3) o mestre repele as
negativa do aluno sugestões do aluno.
e atende a outro.
CONFORTAR - Em qualquer idade a criança sente ne Nos sêres humanos, onde as preferências do es
cessidade de ser confortada. Desde o bebê, que de pírito são reduzidas às manifestações de uma vida
seja algumas palavras carinhosas, antes de ir dormir mental, a consciência é o fruto ocasional de atos psí
quicos que acontecem com interrupções. Não é, por
ou ser tomado em braços, até o adolescente, que es
tanto, uma qualidade permanente do processo de vi
pera demonstrações de afeto.
da humano. Como · identificar, então, a consciência,
A criança, em estado normal, sente falta de cari quando ela ocorre em nós? Ladd diz: " o que estamos,
nho, e daí ser preciso que os país a confortem, e lhe quando despertados, ·em contraste com o que esta
dêem demonstrações de afeto continuamente, e não mos quando caímos num sono profundo e sem so
só quando ela se encontra doente. nhos, isso é consciência". Subjectivamente, a cons
ciência significa uma intuição t mais ou menos com
CONGENITAL - Diz-se de todo e qualquer carácter que pleta, mais ou menos; clara, que o espírito tem dos
o indivíduo traz desde nascença, e não, pràpriamente, seus estados e de seus atos. Essa definição pode ser
um hábito, isto é, adquirido. Tais caracteres podem considerada idêntica à anterior ou mais restrita do
surgir no ·decurso do desenvolvimento do indivíduo, que essa. Na psicologia clássica, distinguiam-se dois
sem serem desde logo observaveis. Propõem alguns modos ou graus da consciência:
usar o têrmo conato, para substituir êste têrmo. Em
prega-se, também, o têrmo inato. a) a consciência espontânea - a consciência di
reta, imediata;
CONJUNTIVITE - A conjuntivite é a inflamação da con b ) a consciência renexiva - de re e nectere,
juntiva, ocasionada por grande variedade de fatôres voltar para trás - mediata, retôrno do espírito sõ
irritantes, tais como a alergia, etc. Os sintomas que bre as idéias, as representações mentais. É a cons
apresenta são: avermelhamento do glóbulo dos olhos, ciência dirigida para as idéias.
ou uma côr rosada; irritação, fotofobia (aversão à
luz ), inhaço e dor nos olhos; supuração e pálpebras Assim temos uma divisão quanto ao vector de
inchadas. Os tratamentos são variados, dependen consciência. Mas a consciência é gradativa; apresen
do do tipo de conjuntivite. Dai ser preciso a consul ta uma infinidade de graus.
ta médica em qualquer caso. Antes de ir-se a êste é CONSCI:tNCIA E INCONSCI:E:NCIA - Desde tempos re
conveniente a aplicação de compressas de água fervi motos, quando se iniciaram os primeiros passos no
da, mornas, sôbre os olhos, o que aliviará as supura estudo da Psicologia ainda não espec1.1Iativa nem sis
ções e limpará as crostas aderidas às palpebras. A temática, já compreendiam -os sábios de então que
vaselina estéril impedirá que surjam gretas nas pál havia na vída psicológica muito de obscuro, muito de
pebras. inexplicável. Contudo, muitos são os psicólogos que
- 130 --- - 131 -
uma atitude de compreensão e esperar, sem forçarp Não se deve coçar os olhos, e como alguns casos
que o filho se sinta disposto a confiar-lhes segredos. são altamente contagiáveis, convém manter muita hi
giene. Vide Puericultura, 12.0 cap., § 10.
CONFLITOS - As situações de conflito são muito nu
merosas e se apresentam constantemente no decor CONSCI:tNCIA - No sentido mais universal, a palavra
rer da vida. Para a criança, é um conflito decidir significa aquêle fenômeno, que é característico da vi
entre dois brinquedos, um nôvo que lhe é oferecido da mental, em oposição ao estado simples do ser in
e o outro com o qual brincava. Há tipos de confli fra-mental. A consciência é o produto específico da
tos mais profundos, que são os dos filhos de pais atividade do espírito. Como o espírito, tomado co
que se encontram separados, ou que discutem com mo todo, é atividade, e nunca deixa de ser ativo, a
freqüência, pois é comum que o filho ame com igual consciência é um estado permanente do espírito, pro
intensidade os dois e tenha que tomar o lado de um duzido por êle mesmo, e qualificativo do ser espiri
só. tual, tomado como grau metafísico.
CONFORTAR - Em qualquer idade a criança sente ne Nos sêres humanos, onde as preferências do es
cessidade de ser confortada. Desde o bebê, que de pírito são reduzidas às manifestações de uma vida
seja algumas palavras carinhosas, antes de ir dormir mental, a consciência é o fruto ocasional de atos psí
quicos que acontecem com interrupções. Não é, por
ou ser tomado em braços, até o adolescente, que es
tanto, uma qualidade permanente do processo de vi
pera demonstrações de afeto.
da humano. Como · identificar, então, a consciência,
A criança, em estado normal, sente falta de cari quando ela ocorre em nós? Ladd diz: " o que estamos,
nho, e daí ser preciso que os país a confortem, e lhe quando despertados, ·em contraste com o que esta
dêem demonstrações de afeto continuamente, e não mos quando caímos num sono profundo e sem so
só quando ela se encontra doente. nhos, isso é consciência". Subjectivamente, a cons
ciência significa uma intuição t mais ou menos com
CONGENITAL - Diz-se de todo e qualquer carácter que pleta, mais ou menos; clara, que o espírito tem dos
o indivíduo traz desde nascença, e não, pràpriamente, seus estados e de seus atos. Essa definição pode ser
um hábito, isto é, adquirido. Tais caracteres podem considerada idêntica à anterior ou mais restrita do
surgir no ·decurso do desenvolvimento do indivíduo, que essa. Na psicologia clássica, distinguiam-se dois
sem serem desde logo observaveis. Propõem alguns modos ou graus da consciência:
usar o têrmo conato, para substituir êste têrmo. Em
prega-se, também, o têrmo inato. a) a consciência espontânea - a consciência di
reta, imediata;
CONJUNTIVITE - A conjuntivite é a inflamação da con b ) a consciência renexiva - de re e nectere,
juntiva, ocasionada por grande variedade de fatôres voltar para trás - mediata, retôrno do espírito sõ
irritantes, tais como a alergia, etc. Os sintomas que bre as idéias, as representações mentais. É a cons
apresenta são: avermelhamento do glóbulo dos olhos, ciência dirigida para as idéias.
ou uma côr rosada; irritação, fotofobia (aversão à
luz ), inhaço e dor nos olhos; supuração e pálpebras Assim temos uma divisão quanto ao vector de
inchadas. Os tratamentos são variados, dependen consciência. Mas a consciência é gradativa; apresen
do do tipo de conjuntivite. Dai ser preciso a consul ta uma infinidade de graus.
ta médica em qualquer caso. Antes de ir-se a êste é CONSCI:tNCIA E INCONSCI:E:NCIA - Desde tempos re
conveniente a aplicação de compressas de água fervi motos, quando se iniciaram os primeiros passos no
da, mornas, sôbre os olhos, o que aliviará as supura estudo da Psicologia ainda não espec1.1Iativa nem sis
ções e limpará as crostas aderidas às palpebras. A temática, já compreendiam -os sábios de então que
vaselina estéril impedirá que surjam gretas nas pál havia na vída psicológica muito de obscuro, muito de
pebras. inexplicável. Contudo, muitos são os psicólogos que
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·
c ) Ato de vontade, pelo qual se declara não
negam a existência de fenômenos psicológicos incons
opor-se a uma ação determinada, tomada por outro.
cientes, pois alegam que, sendo a consciência própria
O têrmo é comumente empregado neste sentido.
do pensamento, o que não é consciência deixa de ser
·
psicológico. Admitem fenômenos fisiológicos incons CONTAGIO - a) Difusão, num grupo social, de uma su
cientes, mas consideram absurda a aceitação de fe gestão, que produz a imitação mais ou menos geral
nômenos psicológicos inconscientes, pois seria uma numa espécie de conduta. Também a difusão de
contradição em têrmos. uma manifestação . emotiva em todo grupo.
Êste argumento decorre das seguintes razões: um b ) Contágio mental, patológico, consiste muna
fenômeno psicológico torna-se conhecido de nós atra propagação de uma ilusão ou transtômo mental, fun
vés da consciência, pois não há um conhecimento cional em todo um grupo, ou de um indivíduo para
sem consciência. Esta a razão que nos leva a crer indivíduo.
que a consciência é da essência do psicológico.
CONTRA-HABITO - a) O hábito, cuja finalidade consis-
A Patologia ensina-nos que em certos neuróticos . te em evitar a aquisição ou a perduração de um ou
e psicóticos há estreitamento do campo visual e da
tro contrário. ·Assim, a aquisição de um hábito não
consciência, o que não lhes permite um conhecimen pr,ejudicial, para . evitar a tendência a um hábito que
to muito di.làl.ado, sendo, em regra, r ;stringidos na oferece riscos à pessoa.
sua ação, e visualizam apenas aspectos, enquanto ou
tros, perceptíveis a um homem normal, escapam-lhe b ) Victor Egger chama de contra-hábito, ao fe
totalmente. Na atenção, há desatenção ao que não . nômeno que consiste no fato de algumas impres·sões,
nos interessa, o que nos mostra que a consciência não · por ex., sonoras, que são suportadas cada vez menos
à tnedida que se repetem, às quais, em vez de se tor
é intensivamente igual, apresentando gradação. En
narem suportáveis, tornam-se cada vez mais doloro
tretanto, o que desatendemos exerce também sua in
sas ou irritantes. l!:ste aumento de dor ou de irri
fluência na consciência, embora nos pareça pequena,
tação é, para êle, contudo, mórbido; o normal é o in
sobretudo nas vivências de antipatia e simpatia, nas
verso.
vivências afectivas.
OONTUSAO CEREBRAL - Vide Puericultura - 10.0 cap.,
A psicologia patológica, cujos progressos nesses
últimos cinqüenta anos foram extraordinários, ofere
§ 7.
ce fatos, exemplos, em favor da teoria do inconscien CONSELHEIROS FAMILIARES - Em alguns países
te, com os trabalhos de Freud, Jung, Adler, Richet, existem organizações especiais, que recebem denomi
Janet e muitos outros. nações variadas, mas que, em resumo, significam
"conselheiros familiares", cuja finalidade é intervir
CONSCIÊNCIA ( aquisição da) - É difícil precisar, e por
nas questões de famflia, ajudando tanto quanto possi-
ora é ainda impos�ível, quando surge a consciência
. vel manter os laços de união entre os seus membros.
na criança. Na criança recém-nascida, há propria
mente respostas aos estímulos externos, o que se vai CONSISTÊNCIA ( solidez ) - Os pais devem manter um
verificando no decorrer dos dias, de modo cada, vez ambiente familiar pleno de segurança e solidez, de
mais acentuado. Sem dúvida, a consciência é algo forma que os filhos cheguem à conclusão de que po
que se adquire aos poucos, nuns mais acentuadamen dem confiar nêles. Queremos salientar que firmeza
te, noutros não. não quer dizer inflexibilidade. Não é aconselhável
que os pais imponham uma hora fixa para a criança
CONSENTIMENTO - a) Genericamente significa assen· irem para a cama, sem aceitar uma exceção. É pre
timento. ciso ver que as situações diferem muitas vêzes e que
a criança necessita, também, gozar de situações excep·
b) · Empregado também no sentido de consensus
: . . cionais.
(vide) . . .
- 133 -
- 132 -
·
c ) Ato de vontade, pelo qual se declara não
negam a existência de fenômenos psicológicos incons
opor-se a uma ação determinada, tomada por outro.
cientes, pois alegam que, sendo a consciência própria
O têrmo é comumente empregado neste sentido.
do pensamento, o que não é consciência deixa de ser
·
psicológico. Admitem fenômenos fisiológicos incons CONTAGIO - a) Difusão, num grupo social, de uma su
cientes, mas consideram absurda a aceitação de fe gestão, que produz a imitação mais ou menos geral
nômenos psicológicos inconscientes, pois seria uma numa espécie de conduta. Também a difusão de
contradição em têrmos. uma manifestação . emotiva em todo grupo.
Êste argumento decorre das seguintes razões: um b ) Contágio mental, patológico, consiste muna
fenômeno psicológico torna-se conhecido de nós atra propagação de uma ilusão ou transtômo mental, fun
vés da consciência, pois não há um conhecimento cional em todo um grupo, ou de um indivíduo para
sem consciência. Esta a razão que nos leva a crer indivíduo.
que a consciência é da essência do psicológico.
CONTRA-HABITO - a) O hábito, cuja finalidade consis-
A Patologia ensina-nos que em certos neuróticos . te em evitar a aquisição ou a perduração de um ou
e psicóticos há estreitamento do campo visual e da
tro contrário. ·Assim, a aquisição de um hábito não
consciência, o que não lhes permite um conhecimen pr,ejudicial, para . evitar a tendência a um hábito que
to muito di.làl.ado, sendo, em regra, r ;stringidos na oferece riscos à pessoa.
sua ação, e visualizam apenas aspectos, enquanto ou
tros, perceptíveis a um homem normal, escapam-lhe b ) Victor Egger chama de contra-hábito, ao fe
totalmente. Na atenção, há desatenção ao que não . nômeno que consiste no fato de algumas impres·sões,
nos interessa, o que nos mostra que a consciência não · por ex., sonoras, que são suportadas cada vez menos
à tnedida que se repetem, às quais, em vez de se tor
é intensivamente igual, apresentando gradação. En
narem suportáveis, tornam-se cada vez mais doloro
tretanto, o que desatendemos exerce também sua in
sas ou irritantes. l!:ste aumento de dor ou de irri
fluência na consciência, embora nos pareça pequena,
tação é, para êle, contudo, mórbido; o normal é o in
sobretudo nas vivências de antipatia e simpatia, nas
verso.
vivências afectivas.
OONTUSAO CEREBRAL - Vide Puericultura - 10.0 cap.,
A psicologia patológica, cujos progressos nesses
últimos cinqüenta anos foram extraordinários, ofere
§ 7.
ce fatos, exemplos, em favor da teoria do inconscien CONSELHEIROS FAMILIARES - Em alguns países
te, com os trabalhos de Freud, Jung, Adler, Richet, existem organizações especiais, que recebem denomi
Janet e muitos outros. nações variadas, mas que, em resumo, significam
"conselheiros familiares", cuja finalidade é intervir
CONSCIÊNCIA ( aquisição da) - É difícil precisar, e por
nas questões de famflia, ajudando tanto quanto possi-
ora é ainda impos�ível, quando surge a consciência
. vel manter os laços de união entre os seus membros.
na criança. Na criança recém-nascida, há propria
mente respostas aos estímulos externos, o que se vai CONSISTÊNCIA ( solidez ) - Os pais devem manter um
verificando no decorrer dos dias, de modo cada, vez ambiente familiar pleno de segurança e solidez, de
mais acentuado. Sem dúvida, a consciência é algo forma que os filhos cheguem à conclusão de que po
que se adquire aos poucos, nuns mais acentuadamen dem confiar nêles. Queremos salientar que firmeza
te, noutros não. não quer dizer inflexibilidade. Não é aconselhável
que os pais imponham uma hora fixa para a criança
CONSENTIMENTO - a) Genericamente significa assen· irem para a cama, sem aceitar uma exceção. É pre
timento. ciso ver que as situações diferem muitas vêzes e que
a criança necessita, também, gozar de situações excep·
b) · Empregado também no sentido de consensus
: . . cionais.
(vide) . . .
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As crianças, cujos pais mudam constantemente cacto, que não agradam, nem são aconselháveis antes
de nonnas, sentem-se desorientadas, o que as preju dos oito ou nove anos de idade. Nesta idade, são
dicará nas suas afirmações e na sua segurança, tanto aconselháveis os contos de Andersen, os de Grimm,
social como emocional. As crianças ganham muito as adaptações infantis de epopéias, feitos e gestos le
mais finneza e segurança, quando os pais mantêm gendários, aventuras e alguns contos de Perrault. Aos
idéias e normas com as quais estão de acôrdo e sen dez ou doze anos, são mais apreciadas as lendas de
tem-se mais a gOsto. Muitas idéias novas são absor heróis ( Peter Pan) , as Mil e Uma Noites ( ed1ção ju
vidas e aceitas, convertendo-se em parte de uma fir venil ), a literatura de costumes de terras longínquas,
me, fonnal e constante norma de vida para tOda a etc.
família. Dos doze aos quinze anos, são apreciados livros
CONSELHOS - É preciso saber dar conselhos às crian como "Pinóquio", "As Viagens de Gulliver", "Robin
ças e aos jovens. Uma ordem nem sempre é bem re son Crusóe", 1'Moby Dick", etc.
cebida se dada num tom peremptório. As advertên CONVALESCENÇA - Depois de uma enfermidade du
cias formam parte da disciplina e, portanto, devem rante a qual a criança recebeu cuidados, atenções es
iier dadas nos momentos precisos. peciais e foi muito animada, sobrevém um período
CONSTRUÇAO DE BRINQUEDOS EM CASA - Para a durante o qual ela recobra suas fôrças, e se restaura
educação da criança é interessante empreender-se a da invalidez, voltando à normalidade.
construção de qualquer brinquedo, desde uma sim É preciso que ela receba carinho e atenção, não
ples caixa até peças de construção, um barco, patins, em demasia. Neste período é possível prender-se a
etc. A criança obterá uma soma de experiências con sua atenção com pequenas tarefas, sem deixar que
secutivas, que lhe irão servir mais que qualquer li se excite, e se canse em demasia. Pode-lhe ser dado:
ção teórica. Os pais devem trabalhar junto com os papéis para recortar, construir casas com dados, bo
filhos, incentivando-lhes e mostrando-lhes os erros e necos e animais para serem colados em albuns; li
acertos, de fonna que ambos alcancem o fim dese vros para ler, etc.
jado.
A convalescença deve ser um período feliz e de
CONTAR - É lenta a aprendizagem de contar por parte recuperação total.
das crianças, que se dá à proporção que assimilam o
conceito das quantidades. Por volta dos dois anos e CONVERSAS FAMILIARES - Atualmente é muito d1ff.
meio, começam a reconhecer a diferença entre um e cil que os pais dediquem momentos de conversa com
muitos. Aprender a contar em ordem consecutiva os filhos. As conversas entre família têm um propó
exige grande concentração. Quando chegam, à ida sito prático: é de dar à criança voz e voto nos planos
de escolar, são capazes de contar até uma dezena de de trabalho e recreação, dando-lhe a ilusão de tomar
objetos, e recitar os números até trinta. parte em importantes decisões. Estas reuniões de
vem ser realizadas dentro de um amplo sentido de
CONTOS DE FADAS - Durante muitos anos foi debatido mocrático, para proporcionar à criança oportunida
entre psicólogos e pedagogos se era conveniente ou de para expor as suas idéias e experiências.
não a narração de contos de fadas às crianças. Al·
guns aceitavam que os contos de fadas possuem gran CONVITES - Na adolescência é muito comum que os
de valor emotivo, tanto para os meninos como para jovens recebam constantemente convites para reu
as meninas, pois se parecem às suas próprias fanta niões, cinema, pequenas festas, etc. Quando os con
sias. vites se tornam constantes e muito prolongados, é
preciso falar seriamente, de forma que não sejam
Dos três aos quatro anos, a criança gosta das
prejudicados os estudos e outros afazeres.
narrativas, nas quais os animais, crianças e brinque
dos se comportam igual às pessoas. Nos contos de Se se trata de uma criança, convém que os pais
fadas tradicionais, o enredo é de tal fonna compU- sejam os primeiros a deliberar se é ou não conve-
- 134 - - 135 -
As crianças, cujos pais mudam constantemente cacto, que não agradam, nem são aconselháveis antes
de nonnas, sentem-se desorientadas, o que as preju dos oito ou nove anos de idade. Nesta idade, são
dicará nas suas afirmações e na sua segurança, tanto aconselháveis os contos de Andersen, os de Grimm,
social como emocional. As crianças ganham muito as adaptações infantis de epopéias, feitos e gestos le
mais finneza e segurança, quando os pais mantêm gendários, aventuras e alguns contos de Perrault. Aos
idéias e normas com as quais estão de acôrdo e sen dez ou doze anos, são mais apreciadas as lendas de
tem-se mais a gOsto. Muitas idéias novas são absor heróis ( Peter Pan) , as Mil e Uma Noites ( ed1ção ju
vidas e aceitas, convertendo-se em parte de uma fir venil ), a literatura de costumes de terras longínquas,
me, fonnal e constante norma de vida para tOda a etc.
família. Dos doze aos quinze anos, são apreciados livros
CONSELHOS - É preciso saber dar conselhos às crian como "Pinóquio", "As Viagens de Gulliver", "Robin
ças e aos jovens. Uma ordem nem sempre é bem re son Crusóe", 1'Moby Dick", etc.
cebida se dada num tom peremptório. As advertên CONVALESCENÇA - Depois de uma enfermidade du
cias formam parte da disciplina e, portanto, devem rante a qual a criança recebeu cuidados, atenções es
iier dadas nos momentos precisos. peciais e foi muito animada, sobrevém um período
CONSTRUÇAO DE BRINQUEDOS EM CASA - Para a durante o qual ela recobra suas fôrças, e se restaura
educação da criança é interessante empreender-se a da invalidez, voltando à normalidade.
construção de qualquer brinquedo, desde uma sim É preciso que ela receba carinho e atenção, não
ples caixa até peças de construção, um barco, patins, em demasia. Neste período é possível prender-se a
etc. A criança obterá uma soma de experiências con sua atenção com pequenas tarefas, sem deixar que
secutivas, que lhe irão servir mais que qualquer li se excite, e se canse em demasia. Pode-lhe ser dado:
ção teórica. Os pais devem trabalhar junto com os papéis para recortar, construir casas com dados, bo
filhos, incentivando-lhes e mostrando-lhes os erros e necos e animais para serem colados em albuns; li
acertos, de fonna que ambos alcancem o fim dese vros para ler, etc.
jado.
A convalescença deve ser um período feliz e de
CONTAR - É lenta a aprendizagem de contar por parte recuperação total.
das crianças, que se dá à proporção que assimilam o
conceito das quantidades. Por volta dos dois anos e CONVERSAS FAMILIARES - Atualmente é muito d1ff.
meio, começam a reconhecer a diferença entre um e cil que os pais dediquem momentos de conversa com
muitos. Aprender a contar em ordem consecutiva os filhos. As conversas entre família têm um propó
exige grande concentração. Quando chegam, à ida sito prático: é de dar à criança voz e voto nos planos
de escolar, são capazes de contar até uma dezena de de trabalho e recreação, dando-lhe a ilusão de tomar
objetos, e recitar os números até trinta. parte em importantes decisões. Estas reuniões de
vem ser realizadas dentro de um amplo sentido de
CONTOS DE FADAS - Durante muitos anos foi debatido mocrático, para proporcionar à criança oportunida
entre psicólogos e pedagogos se era conveniente ou de para expor as suas idéias e experiências.
não a narração de contos de fadas às crianças. Al·
guns aceitavam que os contos de fadas possuem gran CONVITES - Na adolescência é muito comum que os
de valor emotivo, tanto para os meninos como para jovens recebam constantemente convites para reu
as meninas, pois se parecem às suas próprias fanta niões, cinema, pequenas festas, etc. Quando os con
sias. vites se tornam constantes e muito prolongados, é
preciso falar seriamente, de forma que não sejam
Dos três aos quatro anos, a criança gosta das
prejudicados os estudos e outros afazeres.
narrativas, nas quais os animais, crianças e brinque
dos se comportam igual às pessoas. Nos contos de Se se trata de uma criança, convém que os pais
fadas tradicionais, o enredo é de tal fonna compU- sejam os primeiros a deliberar se é ou não conve-
- 134 - - 135 -
niente o convite feito. Muitas vêzes a criança aceita das aspirações da criança, ministrado por revistas,
sem pensar os convites de outros colegas, deixando rádio e televisão, é um dos espetáculos mais tristes
de lado os estudos domésticos a serem feitos. da nossa civilização. Uma compreensão falsa da li
berdade de expressão tem levado a indivíduos mórbi
Na adolescência, há uma série de problemas, pois
dos, mal formados, e de sentimentos torvos, a trans
muitas vêzes os pais são contra a um "plano fixo" do
mitirem por êsses meios de comunicação suas opi
seu filho. É preciso saber-se que, na maioria das vê
niões, concepções, gostos e preferências viciosas. Cer
zes, êste plano só serve para dar tranqüilidade ao jo
tos humoristas de pobre imaginação buscam sempre
vem ou à jovem, que têm, assim, uma maior seguran
mostrar o matrimônio pelo lado negativo, para pro
ça e socêgo em saber que podem contar com um acom
vocar o riso de basbaques e tolos. Em geral, o casa
panhante para o baile semanal ou para um passeio .
mento é apresentado como uma prisão, e o amor en
A aceitação, por parte de uma jovem, de convites pe
tre os cônjuges é mostrado como inexistente, quando,
riódicos de um mesmo jovem, devem ser visualiza
na verdade, não é assim. Há maior número de ma
dos pelos pais sob um ângulo de compreensão. Na
turalmente que em excesso pode ser desfavorável, trimônio felizes que infelizes, há maior fidelidade en
mas desde que se dê dentro de um limite, é preferí tre os cônjuges do que a que é manifestada nesses
vel deixar que assim se dê. deploráveis programas, há maior entendimento entre
genros e sogras do que os apontados nas equívocas
CONVULSÃO - Vide Puericultura - 6." cap., § 4.". e falsas situações relatadas. E uma verdadeira ma
COOPERATIVA - Grupo social organizado para atingir nifestação de mau gôsto a que se assiste nesses po
a um fim comum. Na ordem econômica é, freqüen bres humoristas sem veia, sem inteligência, que vol
temente, fundado entre consumidores ou produtores vem aos mesmos lugares comuns, sem qualquer si
de bens econômicos, que tenham a finalidade de al nal de inteligência. A vida matrimonial é apresenta
cançar um fim, que melhor beneficie os membros da com sinais dissolventes, que provocam a impres
que compõem êsse organismo. são que todo lar é uma prisão abominável. Não se
As cooperativas são matéria de estudo das ciên observam manifestações de delicadeza, de cavalhei
cias econômicas. rismo, de boa educação. O homem bem educado é
ridicularizado, e o malandro exaltado por sua astú
A primeira grande experiência foi feita com a
cia, _como se a astúcia fôsse outra coisa mais que uma
cooperativa de Rochedale, grande, sobretudo, sob o
aspecto qualitativo e pelas normas instituídas, que inteligência degradada. Julgam com isso mostrar
continuam sendo as fundamentais do cooperativismo. uma superioridade que não têm. Na verdade, essas
manifestações paupérrimas e lamentáveis revelam
COPROLALIA - Uso mórbido de têrmos e palavras obs apenas a deficiência de seus autores, a falta de ima
cenas, de modo incontrolável, por pessoas que, nor· ginação, a incapacidade de fixar os aspectos cômi·
malmente, usam palavras decentes, quando estão to cos da vida, que não precisam do alimento do corrup
madas num momento obsessivo-convulsivo. Comu· tivo e inferior. Em nome da liberdade, praticam-se
mente é usado nos instantes de crise.
inomináveis crimes quanto à formação da juventude
COQUELUCHE - Vide Puericultura , 1 1 .0 cap., § 3. e põe-se em ridículo tudo quanto é superior no ho
mem, como se a baixeza não fôsse nada mais que
WRIZA - Vide Puericultura -- 12.0 cap., § 5 . um galardão d'e vermes rastejantes.
CORPOS ESTRANHOS - Vide Puericultura - 10.0 cap., Devem os pais e mestres terem a noção clara de
§ 8. sua responsabilidade na formação da juventude, e
CORRUPÇÃO ( propaganda desenfreada em revistas, rá unirem-se para atuar de modo a evitar a morbidez
dio e televisão) - O papel dissolvente, na formação desenfreada que se manifesta em teatros, sob a égide
da personalidade humana, no conjunto das idéias e de uma equívoca superioridade estética, em livros
- 136 - - 137 -
niente o convite feito. Muitas vêzes a criança aceita das aspirações da criança, ministrado por revistas,
sem pensar os convites de outros colegas, deixando rádio e televisão, é um dos espetáculos mais tristes
de lado os estudos domésticos a serem feitos. da nossa civilização. Uma compreensão falsa da li
berdade de expressão tem levado a indivíduos mórbi
Na adolescência, há uma série de problemas, pois
dos, mal formados, e de sentimentos torvos, a trans
muitas vêzes os pais são contra a um "plano fixo" do
mitirem por êsses meios de comunicação suas opi
seu filho. É preciso saber-se que, na maioria das vê
niões, concepções, gostos e preferências viciosas. Cer
zes, êste plano só serve para dar tranqüilidade ao jo
tos humoristas de pobre imaginação buscam sempre
vem ou à jovem, que têm, assim, uma maior seguran
mostrar o matrimônio pelo lado negativo, para pro
ça e socêgo em saber que podem contar com um acom
vocar o riso de basbaques e tolos. Em geral, o casa
panhante para o baile semanal ou para um passeio .
mento é apresentado como uma prisão, e o amor en
A aceitação, por parte de uma jovem, de convites pe
tre os cônjuges é mostrado como inexistente, quando,
riódicos de um mesmo jovem, devem ser visualiza
na verdade, não é assim. Há maior número de ma
dos pelos pais sob um ângulo de compreensão. Na
turalmente que em excesso pode ser desfavorável, trimônio felizes que infelizes, há maior fidelidade en
mas desde que se dê dentro de um limite, é preferí tre os cônjuges do que a que é manifestada nesses
vel deixar que assim se dê. deploráveis programas, há maior entendimento entre
genros e sogras do que os apontados nas equívocas
CONVULSÃO - Vide Puericultura - 6." cap., § 4.". e falsas situações relatadas. E uma verdadeira ma
COOPERATIVA - Grupo social organizado para atingir nifestação de mau gôsto a que se assiste nesses po
a um fim comum. Na ordem econômica é, freqüen bres humoristas sem veia, sem inteligência, que vol
temente, fundado entre consumidores ou produtores vem aos mesmos lugares comuns, sem qualquer si
de bens econômicos, que tenham a finalidade de al nal de inteligência. A vida matrimonial é apresenta
cançar um fim, que melhor beneficie os membros da com sinais dissolventes, que provocam a impres
que compõem êsse organismo. são que todo lar é uma prisão abominável. Não se
As cooperativas são matéria de estudo das ciên observam manifestações de delicadeza, de cavalhei
cias econômicas. rismo, de boa educação. O homem bem educado é
ridicularizado, e o malandro exaltado por sua astú
A primeira grande experiência foi feita com a
cia, _como se a astúcia fôsse outra coisa mais que uma
cooperativa de Rochedale, grande, sobretudo, sob o
aspecto qualitativo e pelas normas instituídas, que inteligência degradada. Julgam com isso mostrar
continuam sendo as fundamentais do cooperativismo. uma superioridade que não têm. Na verdade, essas
manifestações paupérrimas e lamentáveis revelam
COPROLALIA - Uso mórbido de têrmos e palavras obs apenas a deficiência de seus autores, a falta de ima
cenas, de modo incontrolável, por pessoas que, nor· ginação, a incapacidade de fixar os aspectos cômi·
malmente, usam palavras decentes, quando estão to cos da vida, que não precisam do alimento do corrup
madas num momento obsessivo-convulsivo. Comu· tivo e inferior. Em nome da liberdade, praticam-se
mente é usado nos instantes de crise.
inomináveis crimes quanto à formação da juventude
COQUELUCHE - Vide Puericultura , 1 1 .0 cap., § 3. e põe-se em ridículo tudo quanto é superior no ho
mem, como se a baixeza não fôsse nada mais que
WRIZA - Vide Puericultura -- 12.0 cap., § 5 . um galardão d'e vermes rastejantes.
CORPOS ESTRANHOS - Vide Puericultura - 10.0 cap., Devem os pais e mestres terem a noção clara de
§ 8. sua responsabilidade na formação da juventude, e
CORRUPÇÃO ( propaganda desenfreada em revistas, rá unirem-se para atuar de modo a evitar a morbidez
dio e televisão) - O papel dissolvente, na formação desenfreada que se manifesta em teatros, sob a égide
da personalidade humana, no conjunto das idéias e de uma equívoca superioridade estética, em livros
- 136 - - 137 -
apresentados como o ;i.pice da inteligência humana, essa capacidade, invade, inevitàvelmente, o que lhe
em palhaços sem graça, que repetem lugares comuns fica além dos sentidos, investiga e busca penetrar no
em programas de pobre humorísmo. Uma vigilância que se oculta aos seus olhes, quer ir além dos limites
constante e a formação de uma corrente de opinião que os seus sentidos estabelecem. E isso tudo se dá
contrária a tais práticas seria de desejar por parte de por que dispõe de uma capacidade de investigar, de
pais e mestres, que devem tmir-se, cooperarem para penetrar, usando de idéias como instrumentos, o que
evitar a propagação deletéria dessas atividades mal não lhe é acessível aos sentidos. Afastar a criança
sãs, mostrando que tais práticas revelam apenas o dessas buscas e da compreensão de que há algo além
primarismo de seus autores, mais dignos de piedade dêsses limites é uma verdadeira viclentação da racio
que de admiração. nalidade humana, já que o homem não constrói o seu
mundo apenas com as imagens das coisas captadas
CORTESIA - Indica civilidade, maneiras delicadas, poli por seus sentidos, mas, também, por formas e idéias
das. Consiste em não molestar os outros, e procurar que não se apresentam em configurações meramente
ser-lhes gratos. A cortesia é uma virtude subalterna corpóreas e materiais.
da temperança, mas de grande importância na vida
social. Vide Cardeais ( Virtudes ). A educação religiosa impõe-se sob vários aspa
tos: 1 ) pela necessidade na crença de princípios éti
CRENÇAS RELIGIOSAS - É mister compreender que a cos, que não podem ser explicados à criança dé mo
religião não é apenas um conjunto de crenças, de nor do material; 2 ) por um respeito ao anelo de perfei
mas, de rituais, etc. Desde o momento que o ser hu ção que há em todo ser humano, que não se satisfaz
mano reconhece que há um princípio superior de tô em ser apenas uma coisa entre coisas. Não se devem
das as coisas, do qual dependem não só o seu ser, ministrar à criança crenças religiosas que estejam
mas também o seu proceder, e que, em face do re acima das possibilidades de entendimento. É mister
conhecimento dessa situação, venera por atos e pa considerar a extremada capacidade de fantasia da
lavras êsse primeiro princípio, estabelece êle uma criança, capaz de criar um mundo de entidades ter
forma de religião, que as aparências exteriores po ríveis, que perturbem a sua mente, e mantenham-na
derão düerenciar as diversas maneiras de se mani
sob um estado de terror, ministrado em parte por
festar, mas que, no seu conteúdo mais profundo, é
seus sonhos. A religião pode e deve libertar-lhe dês
a mesma para todos. A religião é isso.
se estado de perturbação, povoando-lhe a mente, aos
A criança é um ser da natureza, mas também é poucos, das compensações necessárias para o seu equi
um ser da cultura, além de ser um criador de atos líbrio emocional e para a sua auto-confiança e inte
culturais, que são aquêles que trazem a marca do gração.
homem, não como um ser ammal, apenas biológica e
fisiologicamente considerado, mas como ser capaz de Aquêles mestres, que julgam que o ensino da re
dar às coisas uma intenciona.Udade, uma marca da ligião é inconveniente, demonstram nada conhecer da
sua presença, de seu anelo, do seu querer. psicogênese humana e não compreender os importan
tes monstros que povoam a imaginação, capazes de
Admitem alguns que a criança já nasce com um
despertar uma situação de insegurança, gênese de
instinto religioso, uma predisposição ingênita à reli
tantas angústias, neuroses e de atitudes mórbidas. As
giosidade. Outros, porém, afirmam que a religião
crianças, assistidas pelo ensino religioso, revelam-se
surge posteriormente no homem, ao reconhecer aque
muito mais equilibradas, de mente e de um psiquismo
la relação de dependência e de respeito. Não cabe
ria aqui a discussão teológica desta materia. Basta, mais são, além de serem capazes de afrontar com
contudo, que partamos da realidade social e cultural maior segurança as condições adversas de que está
do ser humano. que por ser um ente inteligente, es cheia a vida humana, bem como não contribuem pa
pecula, naturalmente, sôbre as relações que ultrapas ra o número de delinqüentes e de anormais. As ex
sam o âmbito da sua vida meramente animal. Por ceções, aqui, são tão raras que, estudadas devida-
- 138 - - 139 -
apresentados como o ;i.pice da inteligência humana, essa capacidade, invade, inevitàvelmente, o que lhe
em palhaços sem graça, que repetem lugares comuns fica além dos sentidos, investiga e busca penetrar no
em programas de pobre humorísmo. Uma vigilância que se oculta aos seus olhes, quer ir além dos limites
constante e a formação de uma corrente de opinião que os seus sentidos estabelecem. E isso tudo se dá
contrária a tais práticas seria de desejar por parte de por que dispõe de uma capacidade de investigar, de
pais e mestres, que devem tmir-se, cooperarem para penetrar, usando de idéias como instrumentos, o que
evitar a propagação deletéria dessas atividades mal não lhe é acessível aos sentidos. Afastar a criança
sãs, mostrando que tais práticas revelam apenas o dessas buscas e da compreensão de que há algo além
primarismo de seus autores, mais dignos de piedade dêsses limites é uma verdadeira viclentação da racio
que de admiração. nalidade humana, já que o homem não constrói o seu
mundo apenas com as imagens das coisas captadas
CORTESIA - Indica civilidade, maneiras delicadas, poli por seus sentidos, mas, também, por formas e idéias
das. Consiste em não molestar os outros, e procurar que não se apresentam em configurações meramente
ser-lhes gratos. A cortesia é uma virtude subalterna corpóreas e materiais.
da temperança, mas de grande importância na vida
social. Vide Cardeais ( Virtudes ). A educação religiosa impõe-se sob vários aspa
tos: 1 ) pela necessidade na crença de princípios éti
CRENÇAS RELIGIOSAS - É mister compreender que a cos, que não podem ser explicados à criança dé mo
religião não é apenas um conjunto de crenças, de nor do material; 2 ) por um respeito ao anelo de perfei
mas, de rituais, etc. Desde o momento que o ser hu ção que há em todo ser humano, que não se satisfaz
mano reconhece que há um princípio superior de tô em ser apenas uma coisa entre coisas. Não se devem
das as coisas, do qual dependem não só o seu ser, ministrar à criança crenças religiosas que estejam
mas também o seu proceder, e que, em face do re acima das possibilidades de entendimento. É mister
conhecimento dessa situação, venera por atos e pa considerar a extremada capacidade de fantasia da
lavras êsse primeiro princípio, estabelece êle uma criança, capaz de criar um mundo de entidades ter
forma de religião, que as aparências exteriores po ríveis, que perturbem a sua mente, e mantenham-na
derão düerenciar as diversas maneiras de se mani
sob um estado de terror, ministrado em parte por
festar, mas que, no seu conteúdo mais profundo, é
seus sonhos. A religião pode e deve libertar-lhe dês
a mesma para todos. A religião é isso.
se estado de perturbação, povoando-lhe a mente, aos
A criança é um ser da natureza, mas também é poucos, das compensações necessárias para o seu equi
um ser da cultura, além de ser um criador de atos líbrio emocional e para a sua auto-confiança e inte
culturais, que são aquêles que trazem a marca do gração.
homem, não como um ser ammal, apenas biológica e
fisiologicamente considerado, mas como ser capaz de Aquêles mestres, que julgam que o ensino da re
dar às coisas uma intenciona.Udade, uma marca da ligião é inconveniente, demonstram nada conhecer da
sua presença, de seu anelo, do seu querer. psicogênese humana e não compreender os importan
tes monstros que povoam a imaginação, capazes de
Admitem alguns que a criança já nasce com um
despertar uma situação de insegurança, gênese de
instinto religioso, uma predisposição ingênita à reli
tantas angústias, neuroses e de atitudes mórbidas. As
giosidade. Outros, porém, afirmam que a religião
crianças, assistidas pelo ensino religioso, revelam-se
surge posteriormente no homem, ao reconhecer aque
muito mais equilibradas, de mente e de um psiquismo
la relação de dependência e de respeito. Não cabe
ria aqui a discussão teológica desta materia. Basta, mais são, além de serem capazes de afrontar com
contudo, que partamos da realidade social e cultural maior segurança as condições adversas de que está
do ser humano. que por ser um ente inteligente, es cheia a vida humana, bem como não contribuem pa
pecula, naturalmente, sôbre as relações que ultrapas ra o número de delinqüentes e de anormais. As ex
sam o âmbito da sua vida meramente animal. Por ceções, aqui, são tão raras que, estudadas devida-
- 138 - - 139 -
mente, revelam a contribuição de outras causas para tura que tiver com dois anos, o que só pede ser con
que surjam, nunca, porém, por influência religiosa, siderado em têrmos gerais, pois os casos variam mui
salvo naquelas crenças primitivas e brutais das reli� to.
liões inferiores, que permanecem ainda no estágio de
influência da imaginação desregrada e da presença Os pais preocupam-se e os filhos também, quan
das monstruosidades psíquicas, que atribulam a vida do o crescimento se diferencia do termo médio nor
do primitivo em nós. As religiões dos ciclos cultu mal. Nestes casos, é preferível a consulta a um mé
rais superiores têm a capacidade de afastar essas ma dico de confiança, de forma que êle estabeleça o tra
léficas influências e contribuem para a integração tamento a ser feito. Em determinadas condições, é
psíquica, para o fortalecimento da mente, para a au possível acelerar ou retardar o processo do cresci
to-confiança e para a autonomia humana, que é a por mento e maturidade da criança, mas é de qualquer
ta aberta à liberdade e a uma humanidade superior. forma impossível ajuntar ou diminuir um centimetro
à estatura de uma pessoa.
CRESCIMENTO - Uma das maiores preocupações,
quanto ao desenvolvimento da criança, é que a sua Caso a criança apresente um desenvolvimento ir
estatura corresponda à idade cronológica. Caso a regular, o médico é quem deve determinar o trata
criança não aumente de pêso, e não cresça proporcio mento a ser efetuado na criança.
nadamente à sua idade, pode ser devido a alguma de-
.
ficiência de nutrição, ou a algum foco de infecção.
CRESCIMENTO DA CRIANÇA - Vide Puericultura; 13.0
cap.
O crescimento demasiadamente rápido também é
causa de preocupações. O crescimento normal se CRIANÇA AOS 1 5 MESES - Vide Puericultura - 8.0 cap. ,
.
cegueira, a surdez, a mudez, alterações do sistema quenas suportam com grande dificuldade o período
nervoso, do coração, incapacidade mental, cretinismo, de resguardo de uma doença. Damos os princípios
básicos sôbre os cuidados requeridos por uma crian
transtornos afetivos, etc. Há casos de crianças de
ça doente.
ficientes, que perfeitamente se adaptam, como cegos,
surdos, resolvendo em parte êste problema. Não se 1.0) O quarto: mantê-lo bem limpo e ventilado.
deve acusar os pais de responsáveis das deficiências Evitar a luz demasiadamente forte. A temperatura
do filho, porque nem sempre o são. O sofrimento média ( entre 28° e 30° C J , o que elimina a necessida
que êstes padecem decorre de um misto de dor, de de de usar-se muita roupa na cama do doente.
vergonha, de responsabilidade e também de revolta,
2.0) A cama: Resguardá-la das correntes de ar
o que pode ser acentuado com desespêro. Contudo,
e se fôr possível pô-la perto de uma janela para que
os pais, nestas condições, devem comprender que a
a criança possa olhar, quando puder ficar de pé.
sua primeira atitude é a de ter a mente fria, exami·
nar o fato com praticidade, considerar as possibili· É conveniente mudarem-se os lençóis freqüente
dades para atenuar a deficiência, providenciar para mente e mais ainda. se a doença provoca vômitos ou
que as circunstâncias sejam favoráveis, e buscar o urina. Pode colocar-se debaixo do lençol um plásti
auxílio da ciência. Muitas deficiências são superadas. co, de forma que não molhe o colchão. Se a criança
puder ficar sentada, colocam-se algwnas almOfadas
A experiência o tem demonstrado. Contudo, isto
detrás de suas costas, de forma que ela possa recos
não deve levar os pais a um excesso do esporu.nça,
tar-se com facilidade, e não se fatigue, devido a uma
que, transmitido aos filhos, podo dopais n�rnvnr o
posição incômoda. Coloca-se uma almofada dobra
seu estado emocional, ao verificnrcm quo nfLO obLOm
da debaixo aos seus joelhos, para que as pernas des
a solução desejada. O problema da cdtmça Clcflcion
cansem normalmente.
te vem modernamente mercccnclo unm 1\tonç1 o invul
gar, e multiplicam-se as clinicas ospcciultzacfns em 3.0) Asseio da criança: é preciso lavar a criança
face do reconhecimento do direito quo tem n crlança diàriamente. É mais fácil lavá-la por partes, come
deficiente de ser atendida para quo supuro n. sua In çando pelos braços e mãos, depois o peito e c ventre
capacidade. O grande progresso, quo tom tido o tra e, finalmente, as costas e as pernas. Após isto, faz
tamento das crianças deficientes, pox·mttou se re -se uma boa fricção com a toalha. Uma fricção de
cuperassem muitas delas, e se reduzissem estas defi água e álcool é indicada, às vêzes, para fazer baixar
a febre e, em caso de doenças prolongadas, evita a
ciências ao mínimo, ao mesmo tempo quo d'osonvol·
escoriação da pele.
vem outras aptidões, nas quais elas atingem graus bem
elevados. O que se pode aconselhar aos pais, ê bus 4.0) Precauções a serem tomadas: quando na ca
car os meios que a ciência oferece para auxílio de sa moram outras crianças, devem-se tomar precau·
- 14 2 - - 143 -
gicos, não só os normais, como ainda os que decor seus filhos, contribuir em tôdas as organizações, que
rem da própria deficiência. Muito tem contribuído se dedicam a êste mister, quanto à sua atitude em
a ciência moderna para resolver problemas que antes casa, naturalmente é de carinho, amparo, confiança,
eram insolúveis, e como hoje são maiores as preo jamais manifestando desespêro, estimulando os filhos
cupações nesse setor, resta-nos a esperança de que, aptos a tratarem o outro com o devido respeito, bus
da cooperação entre todos e a ciência. se possa não car o auxílio dos professores, dos médicos, e nunca
desterrar totalmente estas deficiências, mas compen· esquecer que a principal ajuda que a criança deficien
sadas, de tal modo, que permita urr1 novo equillbrio, te pode :r:eceber é aquela que vem dos próprios pais.
que seria uma verdadeira ressureição. Que tomem êstes consciência da sua responsabilida
de, e muito poderão contribuir para benefício do seu
Criança deficiente é aquela que sofre de persis filho.
cegueira, a surdez, a mudez, alterações do sistema quenas suportam com grande dificuldade o período
nervoso, do coração, incapacidade mental, cretinismo, de resguardo de uma doença. Damos os princípios
básicos sôbre os cuidados requeridos por uma crian
transtornos afetivos, etc. Há casos de crianças de
ça doente.
ficientes, que perfeitamente se adaptam, como cegos,
surdos, resolvendo em parte êste problema. Não se 1.0) O quarto: mantê-lo bem limpo e ventilado.
deve acusar os pais de responsáveis das deficiências Evitar a luz demasiadamente forte. A temperatura
do filho, porque nem sempre o são. O sofrimento média ( entre 28° e 30° C J , o que elimina a necessida
que êstes padecem decorre de um misto de dor, de de de usar-se muita roupa na cama do doente.
vergonha, de responsabilidade e também de revolta,
2.0) A cama: Resguardá-la das correntes de ar
o que pode ser acentuado com desespêro. Contudo,
e se fôr possível pô-la perto de uma janela para que
os pais, nestas condições, devem comprender que a
a criança possa olhar, quando puder ficar de pé.
sua primeira atitude é a de ter a mente fria, exami·
nar o fato com praticidade, considerar as possibili· É conveniente mudarem-se os lençóis freqüente
dades para atenuar a deficiência, providenciar para mente e mais ainda. se a doença provoca vômitos ou
que as circunstâncias sejam favoráveis, e buscar o urina. Pode colocar-se debaixo do lençol um plásti
auxílio da ciência. Muitas deficiências são superadas. co, de forma que não molhe o colchão. Se a criança
puder ficar sentada, colocam-se algwnas almOfadas
A experiência o tem demonstrado. Contudo, isto
detrás de suas costas, de forma que ela possa recos
não deve levar os pais a um excesso do esporu.nça,
tar-se com facilidade, e não se fatigue, devido a uma
que, transmitido aos filhos, podo dopais n�rnvnr o
posição incômoda. Coloca-se uma almofada dobra
seu estado emocional, ao verificnrcm quo nfLO obLOm
da debaixo aos seus joelhos, para que as pernas des
a solução desejada. O problema da cdtmça Clcflcion
cansem normalmente.
te vem modernamente mercccnclo unm 1\tonç1 o invul
gar, e multiplicam-se as clinicas ospcciultzacfns em 3.0) Asseio da criança: é preciso lavar a criança
face do reconhecimento do direito quo tem n crlança diàriamente. É mais fácil lavá-la por partes, come
deficiente de ser atendida para quo supuro n. sua In çando pelos braços e mãos, depois o peito e c ventre
capacidade. O grande progresso, quo tom tido o tra e, finalmente, as costas e as pernas. Após isto, faz
tamento das crianças deficientes, pox·mttou se re -se uma boa fricção com a toalha. Uma fricção de
cuperassem muitas delas, e se reduzissem estas defi água e álcool é indicada, às vêzes, para fazer baixar
a febre e, em caso de doenças prolongadas, evita a
ciências ao mínimo, ao mesmo tempo quo d'osonvol·
escoriação da pele.
vem outras aptidões, nas quais elas atingem graus bem
elevados. O que se pode aconselhar aos pais, ê bus 4.0) Precauções a serem tomadas: quando na ca
car os meios que a ciência oferece para auxílio de sa moram outras crianças, devem-se tomar precau·
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ções higiênicas, principalmente se a doença fôr conta
giosa. Assim, os utensílios de uso do enfermo devem
ser de uso exclusivo dêste e não ser colocados à dis
posição dos outros. Em caso de doença contagiosa
ao extremo, é preferível que seja internada; caso não
o seja, a pessoa que toma conta dela deve, ao sair
do quarto, lavar as mãos e mudar de roupa.
- 1 44 -
ções higiênicas, principalmente se a doença fôr conta
giosa. Assim, os utensílios de uso do enfermo devem
ser de uso exclusivo dêste e não ser colocados à dis
posição dos outros. Em caso de doença contagiosa
ao extremo, é preferível que seja internada; caso não
o seja, a pessoa que toma conta dela deve, ao sair
do quarto, lavar as mãos e mudar de roupa.
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muito indicado rimas curtas e claras, de ritmo fácil
e agradável. A medida que c interêsse da criança au
menta, os temas se ampliam, tratando de animais,
que passam por aventuras variadas, e apesar de se
rem simples as histórias devem ter elas muita ação.
- 1 45 -
muito indicado rimas curtas e claras, de ritmo fácil
e agradável. A medida que c interêsse da criança au
menta, os temas se ampliam, tratando de animais,
que passam por aventuras variadas, e apesar de se
rem simples as histórias devem ter elas muita ação.
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Muitas crianças se mostram contrárias à leitura, pais se preocupam de que ela seja normal, quer di·
revelando maior interêsse pela televisão, histórias zer, que ela se adeqúe a um padrão regular. A nor
animadas, historietas em quadrinhos, etc. malidade é por muitos julgada aproximação ao pro
médio ( vide Criança média ). Dêste modo, julgam
As causas desta atitude podem ser várias. Em que se atinge a normalidade, indicando a média veri
alguns casos, foi a pouca importância dada pelos pais
ficada nos exemplares examinados. No entanto, o
durante a infância à leitura de bons e interessantes verdadeiro sentido de normal é a correspondência, a
livros. Muitos pais não se preocupam em propor
conveniência da natureza ae uma coisa. Assim um
cionar os meios para uma boa e saudável leitura. Em
vazo normal é aquêle que funciona como vazo; ou se
outros casos, a criança foi forçada à leitura de livros
já, como um recipiente de líquidos, que envase lí
demasiado profundos, dos quais não captaram o sig
quidos. Se a maioria da humanidade enloquecesse,
nificado do tema. Mas, em qualquer dêstes dois ca
não se poderia estabelecer que o homem normal fôs
sos, é preciso, para orientar-se a criança na leitura,
se o promédio da loucura, e dos raros sãos. A nor
dar-lhe obras curtas e com temas de seu interêsse.
mal de alguma coisa não é obtida por medidas quan
Assim, quando um pai compra um livro para o titativas, mas, sim, pela verificação da natureza da
filho, deve, antes de tudo, escolher muito para que coisa examinada, e do que lhe é conveniente em têr
seja uma boa e interessante história, ajuntando boas mos. A má conceituação da normalidade tem sido a
ilustrações e uma impressão nítida. causa de graves erros, inclusive no campo pedagógico.
É perfeitamente aceitável que os pais vacilem an Deve-se distinguir normal de média, de promédio.
tes de comprar um livro caro para uma criança de Deixemos o termo promédio para o signüicado mate·
cinco anos. Entretanto uma criança, nesta idade, po mático, e normal, para o sentido de norma, da regra
derá voltar a ler o seu livro repetidas vêzes, e conser captada, através da análise do que é conveniente à na
vará dêle, possivelmente, uma lembrança durante um tureza da coisa. Em função dessa normal é que se
longo período. podem estabelecer os promédios, não, porém, estabe
lecer pelos promédios a normal. A criança normal
Em nosso mundo, a criança precisa ler e muito,
é aquela que dispõe em sua natureza tudo quanto é
porém, convém notar que há um abismo entre ler,
mister para o seu desenvolvimento, dentro do promé·
dlo. É o que se chama a criança saudável. Isto não
como meio de conhecimento, e ler por prazer. As
sim deve-se proporcionar à criança grande prazer pe
quer dizer que todos os órgãos funcionem perfeita
la leitura, ao mesmo tempo que possa adquirir co
mente para a criança ser normal, mas que, pelo me
nhecimento e cultura.
nos, funcionem de modo a permitir atingir a norma
CRIANÇA MÉDIA - Na estatística, familiarizou-se o têr lidade. O. gênio, na humanidade, não é uma anorma
mo matemático promédio, que é o meio têrmo que se lidade porque é uma eclosão à qual a humanidade al
acha entre dois extremos. Na classificação dos ti cança por caminhos ainda desconhecidos, mas pro
pos humanos, toma-se o têrmo promédio, não como porcionados à própria natureza humana. É normal
um tipo, mas como uma marca ideal de um equilí que surjam gênios na humanidade. Está dentro da
brio. Não existe o tipo promédio, mas apenas indi norma humana. O gênio não é uma monstruosidade.
ca os limites aproximativos, que permitem estabele Esta é um desmesuramento quantitativo ou qualitati
cer uma linha demarcatória. Quando se quer estabe vo da natureza, contrário a ela, inconveniente a ela,
lecer o promédio infantil, procura-se aquela linha de por isso é anormal. O gênio não é uma inconveniên
equilíbrio da criança em qualquer setor, como da
cia, mas uma conveniência. A incidência da geniali
alimentação, da idade, altura, etc.
dade pela sua raridade está muito aquém do promé·
CRIANÇA NORMAL -Diz-se que uma coisa é normal dio, o que permite distinguir-se, claramente, as duas
quando ela se adeqúa a urna norma, ou seja, a uma maneiras de considerar distintamente promédio e
regra estabelecida. Quando nasce uma criança, os normal.
- 146 - - 147 -
Muitas crianças se mostram contrárias à leitura, pais se preocupam de que ela seja normal, quer di·
revelando maior interêsse pela televisão, histórias zer, que ela se adeqúe a um padrão regular. A nor
animadas, historietas em quadrinhos, etc. malidade é por muitos julgada aproximação ao pro
médio ( vide Criança média ). Dêste modo, julgam
As causas desta atitude podem ser várias. Em que se atinge a normalidade, indicando a média veri
alguns casos, foi a pouca importância dada pelos pais
ficada nos exemplares examinados. No entanto, o
durante a infância à leitura de bons e interessantes verdadeiro sentido de normal é a correspondência, a
livros. Muitos pais não se preocupam em propor
conveniência da natureza ae uma coisa. Assim um
cionar os meios para uma boa e saudável leitura. Em
vazo normal é aquêle que funciona como vazo; ou se
outros casos, a criança foi forçada à leitura de livros
já, como um recipiente de líquidos, que envase lí
demasiado profundos, dos quais não captaram o sig
quidos. Se a maioria da humanidade enloquecesse,
nificado do tema. Mas, em qualquer dêstes dois ca
não se poderia estabelecer que o homem normal fôs
sos, é preciso, para orientar-se a criança na leitura,
se o promédio da loucura, e dos raros sãos. A nor
dar-lhe obras curtas e com temas de seu interêsse.
mal de alguma coisa não é obtida por medidas quan
Assim, quando um pai compra um livro para o titativas, mas, sim, pela verificação da natureza da
filho, deve, antes de tudo, escolher muito para que coisa examinada, e do que lhe é conveniente em têr
seja uma boa e interessante história, ajuntando boas mos. A má conceituação da normalidade tem sido a
ilustrações e uma impressão nítida. causa de graves erros, inclusive no campo pedagógico.
É perfeitamente aceitável que os pais vacilem an Deve-se distinguir normal de média, de promédio.
tes de comprar um livro caro para uma criança de Deixemos o termo promédio para o signüicado mate·
cinco anos. Entretanto uma criança, nesta idade, po mático, e normal, para o sentido de norma, da regra
derá voltar a ler o seu livro repetidas vêzes, e conser captada, através da análise do que é conveniente à na
vará dêle, possivelmente, uma lembrança durante um tureza da coisa. Em função dessa normal é que se
longo período. podem estabelecer os promédios, não, porém, estabe
lecer pelos promédios a normal. A criança normal
Em nosso mundo, a criança precisa ler e muito,
é aquela que dispõe em sua natureza tudo quanto é
porém, convém notar que há um abismo entre ler,
mister para o seu desenvolvimento, dentro do promé·
dlo. É o que se chama a criança saudável. Isto não
como meio de conhecimento, e ler por prazer. As
sim deve-se proporcionar à criança grande prazer pe
quer dizer que todos os órgãos funcionem perfeita
la leitura, ao mesmo tempo que possa adquirir co
mente para a criança ser normal, mas que, pelo me
nhecimento e cultura.
nos, funcionem de modo a permitir atingir a norma
CRIANÇA MÉDIA - Na estatística, familiarizou-se o têr lidade. O. gênio, na humanidade, não é uma anorma
mo matemático promédio, que é o meio têrmo que se lidade porque é uma eclosão à qual a humanidade al
acha entre dois extremos. Na classificação dos ti cança por caminhos ainda desconhecidos, mas pro
pos humanos, toma-se o têrmo promédio, não como porcionados à própria natureza humana. É normal
um tipo, mas como uma marca ideal de um equilí que surjam gênios na humanidade. Está dentro da
brio. Não existe o tipo promédio, mas apenas indi norma humana. O gênio não é uma monstruosidade.
ca os limites aproximativos, que permitem estabele Esta é um desmesuramento quantitativo ou qualitati
cer uma linha demarcatória. Quando se quer estabe vo da natureza, contrário a ela, inconveniente a ela,
lecer o promédio infantil, procura-se aquela linha de por isso é anormal. O gênio não é uma inconveniên
equilíbrio da criança em qualquer setor, como da
cia, mas uma conveniência. A incidência da geniali
alimentação, da idade, altura, etc.
dade pela sua raridade está muito aquém do promé·
CRIANÇA NORMAL -Diz-se que uma coisa é normal dio, o que permite distinguir-se, claramente, as duas
quando ela se adeqúa a urna norma, ou seja, a uma maneiras de considerar distintamente promédio e
regra estabelecida. Quando nasce uma criança, os normal.
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Se uma criança é diferente de outras, não é por fiança, a autonomia, se a criança é super-dotada e não
isso anom1al. É apenas diferente, e esta düerença encontra um ambiente favorável, se a criança é repe
cabe dentro da normalidade humana. Comparada lida surgem problemas. A criança tem fases de de
ao prom�dio, pode ela ser uma exceção. Jamais senvolvimento que são superadas. Quando estas fa
mestres e pais, que tenham uma grande responsabili ses não são superadas ou não são atingidas, surgem
dade na formação dos homens, que vão compor as problemas. Se a conduta da criança é proporciona
sociedades futuras, deveriam ignorar certas verdades da à idade e a seu desenvolvimento, não há proble
como estas, que acima dissemos, para não serem ar mas. Se uma criança de cinco anos quer viver agar
rastados a uma concepção que gera atitudes pernicio rada ao vestido da mãe, como uma criança de três,
sas para o bem humano. Julgar-se que a criança ex há problemas. Se uma criança de seis a sete anos
cepcional, a super-dotada é anormal é criar um pro urina na cama, há problema. Em suma, quando a
blema ante os pais que, em alguns países, chegam a criança se apresenta como um problema convém exa
temer que seus filhos revelem qualidades superiores, minar as causas que provocam tal fato. Êstes proble
porque serão classificados como anormais. Ora, es mas, salvo nos casos de deficiência psico-somáticas,
tas crianças, olhadas como verdadeiros monstros, não são constitutivos, mas decorrem do ambiente fa
passam a sofrer transtornos emocionais gravíssimos, miliar ou escolar, que não se adeqúa ao temperamen
de conseqüências incalculáveis. É preciso de uma vez to da criança, às suas condições de desenvolvimento.
por tôdas que se compreendam estas verdades singe O problema é solúvel desde que se solucionem as suas
las. O ser humano é um animal racional, que se reve causas.
la através de uma gradatividade imensa em tipos in
telectuais dos mais variados aspetos. Surgem, espo
CRIANÇAS RETARDADAS - ( Vide Criança deficiente ).
ràdicamente, personalidades super-dotadas, que não CRIPTOESTESU· - (De Kryptos, em grego, oculto, e ais
contrariam a natureza do homem, e que são graus thesis, sensibilidade ) - Sensibilidade supernormal.
mais altos da sua racionalidade. :f:stes tipos, que são
marcos de uma ascensão do homem, não são mons CROSTAS DE LEITE - Vide Puericultura - 6.0 cap., § 5.
truosidades, mas apenas os momentos felizes da nos
CRUELDADE - É muito comum apresentarem as crian
sa espécie. Que pais e mestres considerem êstes as
ças manifestações de crueldade, que, em geral, preo
:petos no seu verdadeiro sentido, e os primeiros não
cupam muito aos pais. As crianças maltratam as bo
precisarão mais, nas suas orações, implorar a Deus necas, os brinquedos, os irmãos, sem a intenção que
que não lhes dê filhos geniais, temerosos de vê-los dá a tal ato o adulto. Ela ainda não tem consciência
considerados como monstruosidades. de sua própria crueldade e, por isso, é preferível que
CRIANÇA PASSIVA - Vide Agressividade. os pais evitem castigá-las, ou demonstrar violenta in
dignação moral. Em geral, os atos de crueldade vão
CRNANÇA PROBLEMA - Tôdas as crianças atravessam diminuindo com o passar do tempo. A melhor solu
fases mais ou menos difíceis, e nestas fases são con ção é procurar desviar o instinto de crueldade para
sid&radas, indevidamente, como crianças-problema,s. um sentimento de carinho e proteção. Assim deve-se
Na verdade não há crianças-problemas, há problemas procurar despertar o sentimento de proteção e cari
da criança. Quando a criança começa a comer por nho em relação a um ser indefeso ( irmão menor, ani
si mesma, ela, se houver o nascimento de um irmão, mal caseiro, etc.).
manifestará certos regressos, como se fôsse um bebê,
CRUPE ( Difteria ) - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap., § 4.
o que surge de um problema na criança ante o nas
cimento de um novo irmão (vide nascimento do ir· CULPA - Ato ou omissão repreensível ou criminosa, cri
mão menor). As crianças, que vivem num ambiente me e também, a responsabilidade por algum ato des
de muita tensão, têm problemas, como vimos em sa espécie. Significa o não cumprimento do dever
Tensão. Se a educação é severa de mais, há proble moral ou jurídico por uma vontade capaz de cumpri
mas. Se não se desenvolve normalmente a auto-con- -lo.
- 1 48 - - 149 -
Se uma criança é diferente de outras, não é por fiança, a autonomia, se a criança é super-dotada e não
isso anom1al. É apenas diferente, e esta düerença encontra um ambiente favorável, se a criança é repe
cabe dentro da normalidade humana. Comparada lida surgem problemas. A criança tem fases de de
ao prom�dio, pode ela ser uma exceção. Jamais senvolvimento que são superadas. Quando estas fa
mestres e pais, que tenham uma grande responsabili ses não são superadas ou não são atingidas, surgem
dade na formação dos homens, que vão compor as problemas. Se a conduta da criança é proporciona
sociedades futuras, deveriam ignorar certas verdades da à idade e a seu desenvolvimento, não há proble
como estas, que acima dissemos, para não serem ar mas. Se uma criança de cinco anos quer viver agar
rastados a uma concepção que gera atitudes pernicio rada ao vestido da mãe, como uma criança de três,
sas para o bem humano. Julgar-se que a criança ex há problemas. Se uma criança de seis a sete anos
cepcional, a super-dotada é anormal é criar um pro urina na cama, há problema. Em suma, quando a
blema ante os pais que, em alguns países, chegam a criança se apresenta como um problema convém exa
temer que seus filhos revelem qualidades superiores, minar as causas que provocam tal fato. Êstes proble
porque serão classificados como anormais. Ora, es mas, salvo nos casos de deficiência psico-somáticas,
tas crianças, olhadas como verdadeiros monstros, não são constitutivos, mas decorrem do ambiente fa
passam a sofrer transtornos emocionais gravíssimos, miliar ou escolar, que não se adeqúa ao temperamen
de conseqüências incalculáveis. É preciso de uma vez to da criança, às suas condições de desenvolvimento.
por tôdas que se compreendam estas verdades singe O problema é solúvel desde que se solucionem as suas
las. O ser humano é um animal racional, que se reve causas.
la através de uma gradatividade imensa em tipos in
telectuais dos mais variados aspetos. Surgem, espo
CRIANÇAS RETARDADAS - ( Vide Criança deficiente ).
ràdicamente, personalidades super-dotadas, que não CRIPTOESTESU· - (De Kryptos, em grego, oculto, e ais
contrariam a natureza do homem, e que são graus thesis, sensibilidade ) - Sensibilidade supernormal.
mais altos da sua racionalidade. :f:stes tipos, que são
marcos de uma ascensão do homem, não são mons CROSTAS DE LEITE - Vide Puericultura - 6.0 cap., § 5.
truosidades, mas apenas os momentos felizes da nos
CRUELDADE - É muito comum apresentarem as crian
sa espécie. Que pais e mestres considerem êstes as
ças manifestações de crueldade, que, em geral, preo
:petos no seu verdadeiro sentido, e os primeiros não
cupam muito aos pais. As crianças maltratam as bo
precisarão mais, nas suas orações, implorar a Deus necas, os brinquedos, os irmãos, sem a intenção que
que não lhes dê filhos geniais, temerosos de vê-los dá a tal ato o adulto. Ela ainda não tem consciência
considerados como monstruosidades. de sua própria crueldade e, por isso, é preferível que
CRIANÇA PASSIVA - Vide Agressividade. os pais evitem castigá-las, ou demonstrar violenta in
dignação moral. Em geral, os atos de crueldade vão
CRNANÇA PROBLEMA - Tôdas as crianças atravessam diminuindo com o passar do tempo. A melhor solu
fases mais ou menos difíceis, e nestas fases são con ção é procurar desviar o instinto de crueldade para
sid&radas, indevidamente, como crianças-problema,s. um sentimento de carinho e proteção. Assim deve-se
Na verdade não há crianças-problemas, há problemas procurar despertar o sentimento de proteção e cari
da criança. Quando a criança começa a comer por nho em relação a um ser indefeso ( irmão menor, ani
si mesma, ela, se houver o nascimento de um irmão, mal caseiro, etc.).
manifestará certos regressos, como se fôsse um bebê,
CRUPE ( Difteria ) - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap., § 4.
o que surge de um problema na criança ante o nas
cimento de um novo irmão (vide nascimento do ir· CULPA - Ato ou omissão repreensível ou criminosa, cri
mão menor). As crianças, que vivem num ambiente me e também, a responsabilidade por algum ato des
de muita tensão, têm problemas, como vimos em sa espécie. Significa o não cumprimento do dever
Tensão. Se a educação é severa de mais, há proble moral ou jurídico por uma vontade capaz de cumpri
mas. Se não se desenvolve normalmente a auto-con- -lo.
- 1 48 - - 149 -
ro. A criança tem capacidade de adaptação ao meio
A culpa implica a escolha da vontade, daí as ate
do adulto, pois, no desejo de impor-se e de atualizar
nuações e agravações que ela pode ter. Vide Senti
o seu prestígio, deseja imitá-lo. Tal demonstra, de
mento de Culpabilidade.
modo decisivo, que a aculturação é possível, por ha
CULTO AO IIERúl - A maioria dos casos de culto ao ver, da parte da criança, uma tendência fundada já
herói não é somente inofensiva, como também na na sua natureza. Se pais e mestres souberem evitar
tural. É muito comum a adoração dos jovens a os conflitos que surgem, não haverá problemas para
uma figura de projeção. Muitas vêzes, procuram imi tal aculturação. Respeitar a criança no que ela tem
tá-la, e até copiar seus mínimos gestos, e, em muitos de criança, mas saber despertar, nela, a vocação à
casos, a admiração é um dos fatores, que influirão imitação dos adultos, é abrir-lhe o caminho, fundan
na eleição do trabalho ou da profissão. do-se na ânsia de prestígio, da sua incorporação gra
dativa ao mundo do adulto. Se notarmos a atuação
Há casos em que a adoração é manifestamente das sociedades primitivas, observar-se-á desde logo
excessiva ou o modêlo é um "modêlo pernicioso". que os brinquedos, as atitudes e as práticas, que as
Nestes casos, os pais devem ser contrários e procurar crianças realizam em tais sociedades, são aquelas que
dissuadi-lo. Os pais não devem criticar nem ridicula não deverão esquecer quando adultos. Ao contrário,
rizar abertamente o ideal de um jovem ou uma jo deverão robustecer naquela fase, fundamentando-se
vem. Sômente, de modo sútil, podem induzí-los a na maestria adquirida já na infância. A aculturação,
admirar modelos mais convenientes. portanto, pode ser facilitada pelos brinquedos infan
tis, de modo que êsses sejam, em sua índole infantil,
CULTURA ( incorporação à cultura) -Vide Cultura ( con
uma preparação para os misteres fundamentais, que
flitos). A incorporação da criança à cultura humana
devem ser o esteio do homem adulto. Essa acultura
é uma das providências mais sérias e mais graves pa
ra pais e mestres. Sem dúvida, que o mundo da cri
ção não necessita, assim, de imposições, mas apenas
de uma hábil disposição do que é imprescindível para
ança não é o do adulto. Mas, seja como fôr, ela,
que ela se realize. Vide Brinquedos e Ludus.
amanhã, há de integrar o mundo cultural dos adultos,
razão pela qual é mister dispô-la para essa incorpo CURA PELO BRINQUEDO - A cura pelo brinquedo ( a
ração. Contudo, essa adequação não pode ser reali ludoterapia), é usada por muitos psicólogos, como
zada através de violentações sôbre a alma infantil. uma forma de descobrir as dificuldades da criança, ao
Esta deve desabrochar-se normalmente, sendo minis mesmo tempo que a ajuda a reajustar-se ao meio
trado o que é mister para a aculturação necessária, -ambiente. O psicólogo proporciona à criança mate
nos graus que a criança pode receber, e cujos métodos rial, e interpreta, depois, o que ela expressa ao brin·
e providências acham-se expostos em diversos artigos car, graças ao simbolismo que revela, ajudando-a a
desta obra. Impossível é admitir-se que o adulto se compreender o sentido, que têm os seus atos.
ja a criança, como também que a criança seja o adul
to. Contudo, nunca se deve esquecer que o mundo Êste tratamento tem oferecido bons resultados
·
cultural sll!giu de um ser primitivo, ingênuo e fraco, para crianças de três aos doze anos, quando se trata
o que a cnança, de certo modo, revive. Foi sôbre e de resolver conflitos de tipo emocional.
para êste ser que surgiu a vida cultural. Portanto, es
Ao entrar numa clínica, que disponha dêste ma
sa criança dispõe de suficientes elementos para que terial, a criança é convidada a brincar com o que mais
amanhã se sendimentem em sua mente, em seu psi gosta. Há uma grande variedade de brinquedos: que
quismo. O êrro é saltar as etapas, ou retardar uma bra-cabeças, bonecas, "marionetes", pintura, espin
marcha que deve ser normal. gardas, barro para modelar, etc. Segundo a maneira
CULTURA ( conflitos) - Vide Cultura ( incorporação à ) como a criança brinca e o que ela escolher, o psicólo·
go percebe logo o estado em que ela se encontra e o
- Essa incorporação, porém, não se realiza sem con
que a perturba. Conversando com ela, conseguirá sa
flitos inevitáveis de certo modo, mas atenuáveis sob
muitos aspectos, e, possivelmente, evitáveis no futu- ber com mais pormenores os seus problemas.
- 150 - - 151 -
ro. A criança tem capacidade de adaptação ao meio
A culpa implica a escolha da vontade, daí as ate
do adulto, pois, no desejo de impor-se e de atualizar
nuações e agravações que ela pode ter. Vide Senti
o seu prestígio, deseja imitá-lo. Tal demonstra, de
mento de Culpabilidade.
modo decisivo, que a aculturação é possível, por ha
CULTO AO IIERúl - A maioria dos casos de culto ao ver, da parte da criança, uma tendência fundada já
herói não é somente inofensiva, como também na na sua natureza. Se pais e mestres souberem evitar
tural. É muito comum a adoração dos jovens a os conflitos que surgem, não haverá problemas para
uma figura de projeção. Muitas vêzes, procuram imi tal aculturação. Respeitar a criança no que ela tem
tá-la, e até copiar seus mínimos gestos, e, em muitos de criança, mas saber despertar, nela, a vocação à
casos, a admiração é um dos fatores, que influirão imitação dos adultos, é abrir-lhe o caminho, fundan
na eleição do trabalho ou da profissão. do-se na ânsia de prestígio, da sua incorporação gra
dativa ao mundo do adulto. Se notarmos a atuação
Há casos em que a adoração é manifestamente das sociedades primitivas, observar-se-á desde logo
excessiva ou o modêlo é um "modêlo pernicioso". que os brinquedos, as atitudes e as práticas, que as
Nestes casos, os pais devem ser contrários e procurar crianças realizam em tais sociedades, são aquelas que
dissuadi-lo. Os pais não devem criticar nem ridicula não deverão esquecer quando adultos. Ao contrário,
rizar abertamente o ideal de um jovem ou uma jo deverão robustecer naquela fase, fundamentando-se
vem. Sômente, de modo sútil, podem induzí-los a na maestria adquirida já na infância. A aculturação,
admirar modelos mais convenientes. portanto, pode ser facilitada pelos brinquedos infan
tis, de modo que êsses sejam, em sua índole infantil,
CULTURA ( incorporação à cultura) -Vide Cultura ( con
uma preparação para os misteres fundamentais, que
flitos). A incorporação da criança à cultura humana
devem ser o esteio do homem adulto. Essa acultura
é uma das providências mais sérias e mais graves pa
ra pais e mestres. Sem dúvida, que o mundo da cri
ção não necessita, assim, de imposições, mas apenas
de uma hábil disposição do que é imprescindível para
ança não é o do adulto. Mas, seja como fôr, ela,
que ela se realize. Vide Brinquedos e Ludus.
amanhã, há de integrar o mundo cultural dos adultos,
razão pela qual é mister dispô-la para essa incorpo CURA PELO BRINQUEDO - A cura pelo brinquedo ( a
ração. Contudo, essa adequação não pode ser reali ludoterapia), é usada por muitos psicólogos, como
zada através de violentações sôbre a alma infantil. uma forma de descobrir as dificuldades da criança, ao
Esta deve desabrochar-se normalmente, sendo minis mesmo tempo que a ajuda a reajustar-se ao meio
trado o que é mister para a aculturação necessária, -ambiente. O psicólogo proporciona à criança mate
nos graus que a criança pode receber, e cujos métodos rial, e interpreta, depois, o que ela expressa ao brin·
e providências acham-se expostos em diversos artigos car, graças ao simbolismo que revela, ajudando-a a
desta obra. Impossível é admitir-se que o adulto se compreender o sentido, que têm os seus atos.
ja a criança, como também que a criança seja o adul
to. Contudo, nunca se deve esquecer que o mundo Êste tratamento tem oferecido bons resultados
·
cultural sll!giu de um ser primitivo, ingênuo e fraco, para crianças de três aos doze anos, quando se trata
o que a cnança, de certo modo, revive. Foi sôbre e de resolver conflitos de tipo emocional.
para êste ser que surgiu a vida cultural. Portanto, es
Ao entrar numa clínica, que disponha dêste ma
sa criança dispõe de suficientes elementos para que terial, a criança é convidada a brincar com o que mais
amanhã se sendimentem em sua mente, em seu psi gosta. Há uma grande variedade de brinquedos: que
quismo. O êrro é saltar as etapas, ou retardar uma bra-cabeças, bonecas, "marionetes", pintura, espin
marcha que deve ser normal. gardas, barro para modelar, etc. Segundo a maneira
CULTURA ( conflitos) - Vide Cultura ( incorporação à ) como a criança brinca e o que ela escolher, o psicólo·
go percebe logo o estado em que ela se encontra e o
- Essa incorporação, porém, não se realiza sem con
que a perturba. Conversando com ela, conseguirá sa
flitos inevitáveis de certo modo, mas atenuáveis sob
muitos aspectos, e, possivelmente, evitáveis no futu- ber com mais pormenores os seus problemas.
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A cura pelo brinquedo ( ludoterapia ) está baseada
no postulado de que tôdas as crianças têm uma ten
dência natural e sã para uma maior maturidade. Mas
os bons impulsos se encontram muitas vêzes dificul
tados por sensações de ansiedade, por subconsciência
de culpabilidade, de mêdo . . . etc. Sendo, porém, a
criança ajudada a enfrentar êsses sentimentos, a com
preendê·los e aceitá-los, seus instintos mais sãos vol
tarão a atuar com maior isenção, o que dará à crian
ça, aos poucos, a mais nítida consciência do valor dos
seus instintos.
D
CURIOSIDADE INF'ANTIL - A curiosidade infantil mani
festa-se desde os primeiros anos de vida. É sempre DALTONISMO - Incapacidade de distinguir determina·
aconselhável que os pais aumentem e enriqueçam a das côres devido a um defeito da retina. Êste fenô
experiência de uma criança durante os anos pré-esco meno é hereditário, e julga-se que não tem nenhuma
lares, levando-a a lugares variados, onde se constrói relação com outra função ou com defeitos específi
ou se trabalha na construção de prédios, pontes, etc. cos. A maneira mais comum de manifestar-se o dal·
No campo, devem deter-se a mostrar as vacas, os cam tonismo é a incapacidade de distinguir o vermelho do
pos, as galinhas, qualquer pequeno animal, etc. À
verde.
medida que cresce, convém levá-la a museus, jardins
zoológicos, a viagens instrutivas, etc. O filho de um homem com daltonismo possue
uma visão normal das côres, e só o será se a mãe
Deve-se alentar a curiosidade de uma criança,
também o fôr. Neste caso, todos os filhos de uma
não em excesso. Se uma criança pergunta sôbre de
mulher com daltonismo seriam daltônicos.
terminados processos químicos, para satisfazer a sua
curiosidade, há pais que compram, para presente, um DANÇA - Pode-se considerar em lato senso a dança como
equipamento completo e complexo de química. Será a exteriorização rítmica do movimento corpóreo que,
quase certo que a criança não conseguirá usá-lo e o na arte, com o acrescentamento de valôres estéticos,
deixará de lado, não procurando perguntar mais sô que são os tipicamente coreográficos, torna:se um
bre experiências. Da mesma forma uma resposta de dos ramos mais elevados das artes do movimento,
masiadamente elaborada explicará além do que ela que é predominantemente visual e também acústica,
queria saber, o que também não é aconselhável. por sua ligação com a música, ou, pelo menos, com
valôres musicais. A dança era uma das práticas mais
CRUZAR A RUA - Um dos maiores perigos, e mais cons usadas pela pedagogia grega, e a iniciavam com crian
tantes para a criança que mora numa cidade, é o de ças de três anos de idade. A pedagogia moderna,
atravessar a rua. Há crianças que são cuidadosas,
quando bem orientada, busca concrecionar o que há
outras imprudentes, outras impulsivas, outras sere de positivo e seguro na prática pedagógica de todos
nas, e, daí ser preciso uma constante atenção para
os povos. Neste caso, dá à dança um valor todo es
não permitir que atravessem a rua a não ser na ida·
pecial, reconhecendo nela grande valor pedagógico, o
de em que estejam capacitadas a fazê-lo sozinhas. que, na verdade, possui. Desde a idade pré-escolar,
Uma criança de três anos deve ser levada pela mão
devem-se ministrar as primeiras manifestações coreo
do adulto, e é importante ensiná-la a olhar e contro
gráficas à criança, não só porque correspondem ao
lar os sinais luminosos, para que saiba quando está
sentido ativista daquela, como ao da própria pedago
aberto ou fechado o trânsito. Aos poucos, ela se acos
gia, que não pode deixar de reconhecer que a criança
tumará com êsses sinais.
gosta, porque necessita, da atividade que lhe é tão sa
\I
lutar. A dança não só facilita essa atividade, como
- 152 - - 153 -
A cura pelo brinquedo ( ludoterapia ) está baseada
no postulado de que tôdas as crianças têm uma ten
dência natural e sã para uma maior maturidade. Mas
os bons impulsos se encontram muitas vêzes dificul
tados por sensações de ansiedade, por subconsciência
de culpabilidade, de mêdo . . . etc. Sendo, porém, a
criança ajudada a enfrentar êsses sentimentos, a com
preendê·los e aceitá-los, seus instintos mais sãos vol
tarão a atuar com maior isenção, o que dará à crian
ça, aos poucos, a mais nítida consciência do valor dos
seus instintos.
D
CURIOSIDADE INF'ANTIL - A curiosidade infantil mani
festa-se desde os primeiros anos de vida. É sempre DALTONISMO - Incapacidade de distinguir determina·
aconselhável que os pais aumentem e enriqueçam a das côres devido a um defeito da retina. Êste fenô
experiência de uma criança durante os anos pré-esco meno é hereditário, e julga-se que não tem nenhuma
lares, levando-a a lugares variados, onde se constrói relação com outra função ou com defeitos específi
ou se trabalha na construção de prédios, pontes, etc. cos. A maneira mais comum de manifestar-se o dal·
No campo, devem deter-se a mostrar as vacas, os cam tonismo é a incapacidade de distinguir o vermelho do
pos, as galinhas, qualquer pequeno animal, etc. À
verde.
medida que cresce, convém levá-la a museus, jardins
zoológicos, a viagens instrutivas, etc. O filho de um homem com daltonismo possue
uma visão normal das côres, e só o será se a mãe
Deve-se alentar a curiosidade de uma criança,
também o fôr. Neste caso, todos os filhos de uma
não em excesso. Se uma criança pergunta sôbre de
mulher com daltonismo seriam daltônicos.
terminados processos químicos, para satisfazer a sua
curiosidade, há pais que compram, para presente, um DANÇA - Pode-se considerar em lato senso a dança como
equipamento completo e complexo de química. Será a exteriorização rítmica do movimento corpóreo que,
quase certo que a criança não conseguirá usá-lo e o na arte, com o acrescentamento de valôres estéticos,
deixará de lado, não procurando perguntar mais sô que são os tipicamente coreográficos, torna:se um
bre experiências. Da mesma forma uma resposta de dos ramos mais elevados das artes do movimento,
masiadamente elaborada explicará além do que ela que é predominantemente visual e também acústica,
queria saber, o que também não é aconselhável. por sua ligação com a música, ou, pelo menos, com
valôres musicais. A dança era uma das práticas mais
CRUZAR A RUA - Um dos maiores perigos, e mais cons usadas pela pedagogia grega, e a iniciavam com crian
tantes para a criança que mora numa cidade, é o de ças de três anos de idade. A pedagogia moderna,
atravessar a rua. Há crianças que são cuidadosas,
quando bem orientada, busca concrecionar o que há
outras imprudentes, outras impulsivas, outras sere de positivo e seguro na prática pedagógica de todos
nas, e, daí ser preciso uma constante atenção para
os povos. Neste caso, dá à dança um valor todo es
não permitir que atravessem a rua a não ser na ida·
pecial, reconhecendo nela grande valor pedagógico, o
de em que estejam capacitadas a fazê-lo sozinhas. que, na verdade, possui. Desde a idade pré-escolar,
Uma criança de três anos deve ser levada pela mão
devem-se ministrar as primeiras manifestações coreo
do adulto, e é importante ensiná-la a olhar e contro
gráficas à criança, não só porque correspondem ao
lar os sinais luminosos, para que saiba quando está
sentido ativista daquela, como ao da própria pedago
aberto ou fechado o trânsito. Aos poucos, ela se acos
gia, que não pode deixar de reconhecer que a criança
tumará com êsses sinais.
gosta, porque necessita, da atividade que lhe é tão sa
\I
lutar. A dança não só facilita essa atividade, como
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permite atingir atitudes e gestos mais graciosos, pre danças folclóricas. Na verdade a dança interessa mais
dispõe uma capacidade de gôsto maior, estimula um às meninas, pois os meninos as aceitam, juntos com
sentido estético e criador na criança, sendo, ainda, aquelas, na idade pré-escolar. Contudo, os varões,
um dos exercícios mais completos pela mobilização podem aplicar-se às danças folclóricas, algumas acro
total do corpo ao lado do espírito. A interposição, bacias em sentido rítmico. Essas danças permitem
nas danças infantis, de exercícios acrobáticos ( como a fonnação de parelhas, e aproximam-se ao moderno
saltar uns sôbre os outros) podem ser empregados, baile de nossos salões. Não deve a dança ser uma
mas convém que o mestre jamais exija da criança o excepção, mas uma prática constante na educação da
que esteja acima de suas possibilidades, nem permita, infância e da juventude. Há diversas escolas de dan
por sua vez, que ela pratique acrobacias que possam ça: ballet, danças acrobáticas, danças folclóricas, bal
pô-la em risco de acidentes. A dramatização da dan Iets modernos, etc.
ça é outra possibilidade importante, como seja, imi
tar animais ( e a criança tende a imitar os animais ca Ê conveniente, quando a criança manifesta muita
seiros, cães e gatos, p. ex., o que não deve aborrecer vontade de entrar num dêles, que lhe seja permitod
os pais, pois são hábeis exercícios para fortalecer os o ingresso. Entretanto é preciso notar-se o seguinte:
o ballet é uma forma de dança técnica, que exige um
músculos abdominais e os membros) , imitar passari
esforço contínuo e perseverante, muita disciplina e
nhos, figurando seu vôo, seus saltos, imitar coelhos,
pesados exercícios. especialmente fatigantes para a de
etc. A cooperação da música é importante para
licada estrutura óssea da criança (tratando-se de cri
acrescentar o ritmo que permite disciplinar os movi ança de 4 ou 5 anos). Há muita controvérsia sôbre
mentos. Deve ser música simples. Também se po a idade aconselhada para a iniciação do ballet. É
de criar o ritmo por meio de tambores e instrumen mais conveniente informar-se com o médico de casa
tos de percussão. Outra prática importante é dar à se a criança se encontra em condições físicas para su
criança o papel de criadora. Deixar que ela mesma portar o exercício que exige tal disciplina. Se fôr po
crie a sua dança, indique a sua motivação. De quê sitivo, poderá ingressar num curso.
Fulano vai dançar agora? Qual é a dança que vai
dançar? Deixar a criança propor a sua dança, que As classes de dança rítmica são muito aconselha
pode ser realizada também por outros, é importante das, pois ajudam a cultivar as belas atitudes, aumen
para desenvolvimento de sua capacidade criadorn. tando a flexibilidade e agilidade dos movilT!entos e
Nunca se deve exigir danças que ultmpnsscm n r.npst posturas. Entre as danças populares e folclóricas o
cidade criadora. Há tôda uma tcknl rn , (!IH possui l t ritmo e agilidade são essenciais.
vros especializados o profossoros dl' chmc:n. tllll' Ponllt•
cem os meios mais soguro::1 rmm c·cmllt'" ' l l •· o r11olhnr· DATILO - Pintura - Ê a pintura feita com os dedos,
desenvolvimento clns hnllll lcln<IP� rnot orn,., c'cllrrn n em vez de pincéis, usando-se espátulas para aderir a
marcha, a carrúlrn, snltoH, J,:ll'mt, rloxlu•!l vnl'lmln�. tinta aos dedos, que é a têmpera ligada com amido.
exercfcios de cquilfhrlo, clt n�:llltlndn, rt�tx l hl l l c h Hlo, É considerado de grande valor terapêutico, à seme
ritmo, alegria no movhnt•n t o , nr�l l t rn l l c lnclo, oxp r·oHI'IlíOM lhança do brinquedo com barro. Além de facilitar
por meio do movimentem t l c• , Cnnwc,:tllll �· ' po r· dnn· um melhor conhecimento psicológico da criança ( e há
ças simples, só se ulcnnçnndo oH nl l .o� pntl'r'l Hl� q111111• para isso uma verdadeira técnica para a interpretação
do a criança já atinge 1\ fldolm;f'l'lrwlrl, Notonl �� "'' simbólica, não só das côres empregadas, mas da ma
rodas infantis do nosso povo, o pr�p••l !lns c·rlnrHJWi neira como são empregadas as massas de tinta) , ofe
nessas manifestações coruunrtHh•fiH o rlbtll!'ll'l, noR rece ainda muitas possibilidades para a criança, que
cantos infantis, nas músicms sJmplo�. quo uln� I'OtJtl nela encontra uma distração e uma ocupação valiosas,
tem. Tudo isso nos dá umn J�flllldn l lt;l1o du'l HIIHH por permitir um desafôgo afectivo, sem os inconve·
necessidades, e as escolo.s dovom o lH'l't·IHilrl\ r'OCll'htr nientes de outros processos de expressão. Pode-se
em seu ambiente essas mosmns rodas, nprovoitundo
I usar, também, êsse processo, aconselhando a criança
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permite atingir atitudes e gestos mais graciosos, pre danças folclóricas. Na verdade a dança interessa mais
dispõe uma capacidade de gôsto maior, estimula um às meninas, pois os meninos as aceitam, juntos com
sentido estético e criador na criança, sendo, ainda, aquelas, na idade pré-escolar. Contudo, os varões,
um dos exercícios mais completos pela mobilização podem aplicar-se às danças folclóricas, algumas acro
total do corpo ao lado do espírito. A interposição, bacias em sentido rítmico. Essas danças permitem
nas danças infantis, de exercícios acrobáticos ( como a fonnação de parelhas, e aproximam-se ao moderno
saltar uns sôbre os outros) podem ser empregados, baile de nossos salões. Não deve a dança ser uma
mas convém que o mestre jamais exija da criança o excepção, mas uma prática constante na educação da
que esteja acima de suas possibilidades, nem permita, infância e da juventude. Há diversas escolas de dan
por sua vez, que ela pratique acrobacias que possam ça: ballet, danças acrobáticas, danças folclóricas, bal
pô-la em risco de acidentes. A dramatização da dan Iets modernos, etc.
ça é outra possibilidade importante, como seja, imi
tar animais ( e a criança tende a imitar os animais ca Ê conveniente, quando a criança manifesta muita
seiros, cães e gatos, p. ex., o que não deve aborrecer vontade de entrar num dêles, que lhe seja permitod
os pais, pois são hábeis exercícios para fortalecer os o ingresso. Entretanto é preciso notar-se o seguinte:
o ballet é uma forma de dança técnica, que exige um
músculos abdominais e os membros) , imitar passari
esforço contínuo e perseverante, muita disciplina e
nhos, figurando seu vôo, seus saltos, imitar coelhos,
pesados exercícios. especialmente fatigantes para a de
etc. A cooperação da música é importante para
licada estrutura óssea da criança (tratando-se de cri
acrescentar o ritmo que permite disciplinar os movi ança de 4 ou 5 anos). Há muita controvérsia sôbre
mentos. Deve ser música simples. Também se po a idade aconselhada para a iniciação do ballet. É
de criar o ritmo por meio de tambores e instrumen mais conveniente informar-se com o médico de casa
tos de percussão. Outra prática importante é dar à se a criança se encontra em condições físicas para su
criança o papel de criadora. Deixar que ela mesma portar o exercício que exige tal disciplina. Se fôr po
crie a sua dança, indique a sua motivação. De quê sitivo, poderá ingressar num curso.
Fulano vai dançar agora? Qual é a dança que vai
dançar? Deixar a criança propor a sua dança, que As classes de dança rítmica são muito aconselha
pode ser realizada também por outros, é importante das, pois ajudam a cultivar as belas atitudes, aumen
para desenvolvimento de sua capacidade criadorn. tando a flexibilidade e agilidade dos movilT!entos e
Nunca se deve exigir danças que ultmpnsscm n r.npst posturas. Entre as danças populares e folclóricas o
cidade criadora. Há tôda uma tcknl rn , (!IH possui l t ritmo e agilidade são essenciais.
vros especializados o profossoros dl' chmc:n. tllll' Ponllt•
cem os meios mais soguro::1 rmm c·cmllt'" ' l l •· o r11olhnr· DATILO - Pintura - Ê a pintura feita com os dedos,
desenvolvimento clns hnllll lcln<IP� rnot orn,., c'cllrrn n em vez de pincéis, usando-se espátulas para aderir a
marcha, a carrúlrn, snltoH, J,:ll'mt, rloxlu•!l vnl'lmln�. tinta aos dedos, que é a têmpera ligada com amido.
exercfcios de cquilfhrlo, clt n�:llltlndn, rt�tx l hl l l c h Hlo, É considerado de grande valor terapêutico, à seme
ritmo, alegria no movhnt•n t o , nr�l l t rn l l c lnclo, oxp r·oHI'IlíOM lhança do brinquedo com barro. Além de facilitar
por meio do movimentem t l c• , Cnnwc,:tllll �· ' po r· dnn· um melhor conhecimento psicológico da criança ( e há
ças simples, só se ulcnnçnndo oH nl l .o� pntl'r'l Hl� q111111• para isso uma verdadeira técnica para a interpretação
do a criança já atinge 1\ fldolm;f'l'lrwlrl, Notonl �� "'' simbólica, não só das côres empregadas, mas da ma
rodas infantis do nosso povo, o pr�p••l !lns c·rlnrHJWi neira como são empregadas as massas de tinta) , ofe
nessas manifestações coruunrtHh•fiH o rlbtll!'ll'l, noR rece ainda muitas possibilidades para a criança, que
cantos infantis, nas músicms sJmplo�. quo uln� I'OtJtl nela encontra uma distração e uma ocupação valiosas,
tem. Tudo isso nos dá umn J�flllldn l lt;l1o du'l HIIHH por permitir um desafôgo afectivo, sem os inconve·
necessidades, e as escolo.s dovom o lH'l't·IHilrl\ r'OCll'htr nientes de outros processos de expressão. Pode-se
em seu ambiente essas mosmns rodas, nprovoitundo
I usar, também, êsse processo, aconselhando a criança
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'\ - 155 -
a ilustrar uma história, à proporção que a ouve. i!.:s fundadas, que têm servido para criar confusão em cé
se processo facilitará muito a criação pictórica, o rebros juvenis, em grande parte alimentada por mes
que torna êste método um dos mais aconselhados tres de notória insuficiência mental.
por modernos pedagogos.
DEFO.RMIDADES - Uma criança, com qualquer defor
DEBILIDADE MENTAL - Têrmo usado para incluir to midade, necessita de muita compreensão e ajuda pa
dos os graus de inferioridade, ou retardamento meR ra aceitar as suas deficiências, e conseguir o máximo
tal. Para outros, é um tipo de deficiência mental, proveito de suas capacidades.
próxima à normalidade. Os inglêses, em geral, usam
Com as descobertas e últimas técnicas atingidas
êste têrmo para indicar aquêles que manifestam um
pela ciência, já é possível superar e corrigir algumas
grau mínimo de deficiência mental, próximos ao tipo
deformidades que há alguns anos atrás eram incorri
gíveis. Vide Criança Defeitu o sa
normal. Vide Deficiência Mental.
.
to de falsas idéias filosóíicu.s, um11. tu·mtt llfl!;IIO mMhl DEMOCRACIA DENTRO DE CASA A prática de um
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a ilustrar uma história, à proporção que a ouve. i!.:s fundadas, que têm servido para criar confusão em cé
se processo facilitará muito a criação pictórica, o rebros juvenis, em grande parte alimentada por mes
que torna êste método um dos mais aconselhados tres de notória insuficiência mental.
por modernos pedagogos.
DEFO.RMIDADES - Uma criança, com qualquer defor
DEBILIDADE MENTAL - Têrmo usado para incluir to midade, necessita de muita compreensão e ajuda pa
dos os graus de inferioridade, ou retardamento meR ra aceitar as suas deficiências, e conseguir o máximo
tal. Para outros, é um tipo de deficiência mental, proveito de suas capacidades.
próxima à normalidade. Os inglêses, em geral, usam
Com as descobertas e últimas técnicas atingidas
êste têrmo para indicar aquêles que manifestam um
pela ciência, já é possível superar e corrigir algumas
grau mínimo de deficiência mental, próximos ao tipo
deformidades que há alguns anos atrás eram incorri
gíveis. Vide Criança Defeitu o sa
normal. Vide Deficiência Mental.
.
to de falsas idéias filosóíicu.s, um11. tu·mtt llfl!;IIO mMhl DEMOCRACIA DENTRO DE CASA A prática de um
-
- 156 - - 1 57 -
talidade dos povos, antigamente, as relações entre pais DEPRESSAO - Emprega-se a tôda baixa do estado emo
e filhos eram de forma autoritária. Em nossos dias, tivo, aquém do normal, quando de origem patológica.
já se deram muitas modificações neste setor, e encon Se não tem essa origem patológica, deve-se preferir
tra-se, em muitos países, uma relação democrática, abatimento, o contrário é mania, que é um estado
onde o pai não é mais o centro autoritário, deslocan emotivo forte, extremado.
do-se êste para os filhos, que se tornam o "centro do
DESACôRDO ENTRE OS PAIS - Os pais nunca devem
interêsse familiar".
manifestar desacôrdo em questões, que estão fora do
A criança deve apreender, desde a mais tenra ida alcance do entendimento da criança. Por ex.: se de
de, a viver como cidadão, dentro de uma democracia. vem ou não presentear o filho com um brinquedo mui
Assim devem-se valorizar o respeito e a consideração, to caro; se um amiguinho é ou não conveniente; sô
que se devem aos direitos e necessidades dos outros, bre assuntos financeiros da família, etc. Nestes ca
como das suas próprias, e aprender a repartir o tra sos, a criança não poderá compreender o porquê de
balho e também as responsabilidades. tais discussões, e terá os seus sentimentos em jôgo.
Em determinadas questões, naturalmente, a cri· É preferível discutir tais assuntos em particular, e
ança não poderá dar seu parecer, mas há situações tomar uma resolução em conjunto.
em que poderá manifestar-se e até decidir < por ex. Os pais, que apresentam uma linha de conduta
escolher que roupa deve usar, que bdnquodos mn.IH diária unificada, poderão, também, discordar ante o
gosta, se quer receber lições do música, c quo lm;tru •
filho, mas defendendo seus pontos de vista, e demons·
mento prefere, etc. ) . trar-lhe que cruas pessoas podem estar em desacôrdo
e ter boas razões em defender sua posição. É pre·
DENOMINAÇÃO - Denominar significa nomear, pOr no·
ciso saber também aceitar a derrota do seu ponto de
me em alguma coisa. A denominação é a designaçU.o
vista, mostrando ao mesmo tempo mútua afeição e
e o nome com que se designa ou indica alguma coi
respeito pelos julgamentos e opiniões contrárias.
sa. Denomina-se, substancialmente, alguma coisa,
ou derivando-se o seu nome de um acidente ( que é a DESAGREGAÇAO PSICOLúGICA - Agregar, do gr. grex,
denominação extrínseca), ou indicando algum aspec gregis, é juntar, arrebanhar, pois grex significa reba
to da sua forma ou propriedade desta, que é uma nho. Agregação é a ação e o efeito de agregar. A
denominação intrínseca da coisa. ação e o efeito contrário é a desagregação. Agrega
ção é, pois, associação, enquanto desagregação é a
DEPENDÊNCIA - (Do lat. dependere, do pendor, pender
dissociação, a decomposição. Eis por que se pode
de) - a) A dependência é a rclaçao quo há entro
falar em uma desagregação psicológica, como o fêz,
dois ou mais objetos, que faz quo um ou unA n1�0
possam existir sem outro ou outros. Ho o dopem
pela primeira vez, Pierre Janet, para tornar compre
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talidade dos povos, antigamente, as relações entre pais DEPRESSAO - Emprega-se a tôda baixa do estado emo
e filhos eram de forma autoritária. Em nossos dias, tivo, aquém do normal, quando de origem patológica.
já se deram muitas modificações neste setor, e encon Se não tem essa origem patológica, deve-se preferir
tra-se, em muitos países, uma relação democrática, abatimento, o contrário é mania, que é um estado
onde o pai não é mais o centro autoritário, deslocan emotivo forte, extremado.
do-se êste para os filhos, que se tornam o "centro do
DESACôRDO ENTRE OS PAIS - Os pais nunca devem
interêsse familiar".
manifestar desacôrdo em questões, que estão fora do
A criança deve apreender, desde a mais tenra ida alcance do entendimento da criança. Por ex.: se de
de, a viver como cidadão, dentro de uma democracia. vem ou não presentear o filho com um brinquedo mui
Assim devem-se valorizar o respeito e a consideração, to caro; se um amiguinho é ou não conveniente; sô
que se devem aos direitos e necessidades dos outros, bre assuntos financeiros da família, etc. Nestes ca
como das suas próprias, e aprender a repartir o tra sos, a criança não poderá compreender o porquê de
balho e também as responsabilidades. tais discussões, e terá os seus sentimentos em jôgo.
Em determinadas questões, naturalmente, a cri· É preferível discutir tais assuntos em particular, e
ança não poderá dar seu parecer, mas há situações tomar uma resolução em conjunto.
em que poderá manifestar-se e até decidir < por ex. Os pais, que apresentam uma linha de conduta
escolher que roupa deve usar, que bdnquodos mn.IH diária unificada, poderão, também, discordar ante o
gosta, se quer receber lições do música, c quo lm;tru •
filho, mas defendendo seus pontos de vista, e demons·
mento prefere, etc. ) . trar-lhe que cruas pessoas podem estar em desacôrdo
e ter boas razões em defender sua posição. É pre·
DENOMINAÇÃO - Denominar significa nomear, pOr no·
ciso saber também aceitar a derrota do seu ponto de
me em alguma coisa. A denominação é a designaçU.o
vista, mostrando ao mesmo tempo mútua afeição e
e o nome com que se designa ou indica alguma coi
respeito pelos julgamentos e opiniões contrárias.
sa. Denomina-se, substancialmente, alguma coisa,
ou derivando-se o seu nome de um acidente ( que é a DESAGREGAÇAO PSICOLúGICA - Agregar, do gr. grex,
denominação extrínseca), ou indicando algum aspec gregis, é juntar, arrebanhar, pois grex significa reba
to da sua forma ou propriedade desta, que é uma nho. Agregação é a ação e o efeito de agregar. A
denominação intrínseca da coisa. ação e o efeito contrário é a desagregação. Agrega
ção é, pois, associação, enquanto desagregação é a
DEPENDÊNCIA - (Do lat. dependere, do pendor, pender
dissociação, a decomposição. Eis por que se pode
de) - a) A dependência é a rclaçao quo há entro
falar em uma desagregação psicológica, como o fêz,
dois ou mais objetos, que faz quo um ou unA n1�0
possam existir sem outro ou outros. Ho o dopem
pela primeira vez, Pierre Janet, para tornar compre
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dará a mantê-los limpos e cuidados. É preciso não
logo, e é preferível não lhe dar muita atenção, pois
esquecer que nunca se .deve exigir demasiado de
seria valorizar em demasia um fato muitas vêzes sem
uma criança neste sentido, e é preciso deixar passar
importância.
certos senões (como pequenos acidentes caseiros), e
Na adolescência, é também muito comum uma procurar com calma, e pelo exemplo, dar-lhe os co
atitude de descontentamento, e é preferível dar-se uma nhecimentos basicos.
certa liberdade de expressão ao jovem, pois muitas
vêzes êste estado passará, e é devido a alguma coisa
DESCULPAS - É muito comum as crianças usarem des
culpas para não realizar uma determinada tarefa, ou
que o a.,borrece.
por não terem mantido a sua palavra em algum as
DESCORTESIA - Os pais não devem reagir com dema sunto. Naturalmente os pais devem formar seus jul
siada violência ante uma descortesia ou uma imper gamentos, procurando ver quando é legitima a des
tinência do filho. Não devem, também, calar, pois culpa, e quando é apenas um subterfúgio para expli
isto seria aceitá-la. car porque não fêz o que tinha de fazer.
É preciso medir muito bem o alcance de uma pa Se uma criança falta repetidas vêzes em suas res
lavra impertinente, ou uma atitude, ou uma falta de ponsabilidades regulares, talvez é que se espera mui
cortesia numa situação determinada. to dela. A atitude aconselhada é pedir menos, e pro
curar que cumpra bem, e com êxito, poucas e peque
Naturalmente que os pais, que acham gmçn quun
nas responsabilidades. Assim a ajuda caseira pode
do o filho responde com imperUnOncia, ou tcnhn o ha ser feita pelas crianças, porém não em demasia. É
bito de "pôr a língua para os outros", nao podemo
preciso que tenha suas horas de estudo, de brinque
mais tarde corrigi-lo de forma que aceite a observa do, de pequenos trabalhos, etc. Abusar de descul
ção. Em grande número de casos, os pais são cul pas, quando a criança não fêz os seus estudos, é con
pados de certas atitudes impertinentes e descorteses traproducente, e estabelece um mau exempl.o.
manifestadas pelos filhos.
DESDÉM - Atitude emotiva para com outra pessoa, clas
DESCUIDO - É importante ensinar a criança a ser cui se, grupo, norma, etc., que se manifesta por um de
dadosa com suas coisas e com as dos outros. A ex sagrado, com mostras de repugnância, maior ou me
periência já demonstrou que a severidade levada ao nor, e por um respectivo sentimento de superioridade.
excesso, como castigos constantes e reprimendas, não
DESEJAR E QUERER -
o desejar do querer, mas, na criança, não há dife
são proveitosas para ensinar as crianças a serem cui -Podemos, no adulto, distinguir
É preciso medir muito bem o alcance de uma pa Se uma criança falta repetidas vêzes em suas res
lavra impertinente, ou uma atitude, ou uma falta de ponsabilidades regulares, talvez é que se espera mui
cortesia numa situação determinada. to dela. A atitude aconselhada é pedir menos, e pro
curar que cumpra bem, e com êxito, poucas e peque
Naturalmente que os pais, que acham gmçn quun
nas responsabilidades. Assim a ajuda caseira pode
do o filho responde com imperUnOncia, ou tcnhn o ha ser feita pelas crianças, porém não em demasia. É
bito de "pôr a língua para os outros", nao podemo
preciso que tenha suas horas de estudo, de brinque
mais tarde corrigi-lo de forma que aceite a observa do, de pequenos trabalhos, etc. Abusar de descul
ção. Em grande número de casos, os pais são cul pas, quando a criança não fêz os seus estudos, é con
pados de certas atitudes impertinentes e descorteses traproducente, e estabelece um mau exempl.o.
manifestadas pelos filhos.
DESDÉM - Atitude emotiva para com outra pessoa, clas
DESCUIDO - É importante ensinar a criança a ser cui se, grupo, norma, etc., que se manifesta por um de
dadosa com suas coisas e com as dos outros. A ex sagrado, com mostras de repugnância, maior ou me
periência já demonstrou que a severidade levada ao nor, e por um respectivo sentimento de superioridade.
excesso, como castigos constantes e reprimendas, não
DESEJAR E QUERER -
o desejar do querer, mas, na criança, não há dife
são proveitosas para ensinar as crianças a serem cui -Podemos, no adulto, distinguir
do; ou, ademais, o apetite provoc�do por algo, qut! DESENVOLVIMENTO - Desenvolvimento significa 9
corresponde à tendência de um Rer animal. O oposto conjunto de transformações do ser vivo, que assina·
- 1 62 - - 163 -
um daqueles pássaros, aquêle que mais lhe agradava, é a a�e:rsão, que consiste no desviar-se do que é con
sairia voando da página do livro, e deixaria em seu trário aos nossos desejos ou tendêncial!i.
lugar uma mancha em branco; e noite após noite, ela
folheava o livro, e pronunciava palavras novas, que Querer é já a deliberação de alcançar êsse fim,
ela própria inventava, esperando ansiosa que de um já posta em ação.
momento para o outro o pássaro voasse. E acreditar
DESENHO E A CRIANÇA -Nos fins do século passado, '
va com convicção que êsse fato se realizaria, depen
os desenhos infantis começaram a ser alvo de estudo.
dendo somente de descobrir a palavrinha mágica.
Atualmente dá-se grande importância à interpretação
Esta criança estava em plena fase do "ludus sim dos desenhos feitos pelas crianças. Geralmente , a
bólico", e revelava possuir um grande poder de ima criança gosta de representar sêres humanos. Esta
ginação. Vivia isolada, não tinha mãe, faltava-lhe o preferência é forte na primeira idade, mas diminui à
carinho matemo, portanto; o pai, excessivo em seus medida que os anos passam, reaparecendo com vigor
cuidados, não a deixava conviver com outras crianças, aos 13 anos, quando, então, agrada desenhar as figu
receoso de possíveis quedas. ras de heróis e moças bonitas. Outros temas prefe
ridos são a casa, animais, objetos conhecidos, carros,
Era uma criança quieta, bastante tímida, silencio trens, árvores e flores.
sa, já com visíveis sintomas de introversão, não reve
lando nenhum interêsse em tomar parte em jogos com O modo de representar varia conforme a idade.
crianças da mesma idade. Na primeira etapa, que vai dos três aos seis anos,
caracteriza-se pela representação do objeto, de modo
Inconscientemente, desejava dar expansão aos que só o autor pode revelar seu significado, pois não
seus impulsos, embora em nad� o transparecesse, en passa de traços e formas irregulares. Na segunda
tão projetava naquele pássaro imóvel, preso nas pági etapa, a do esquema, representam-se pessoas, ani
nas de um livro, o seu desejo. mais e objetos, por meio de símbolos simplificados,
cuja forma guarda certa semelhança diagramática com
Êsse fato, bem como inúmeros outros, apontam·
-nos a necessidade de conhecer a psicologia infantil
os objetos reais. A seguir, a criança passa por uma
fase intermediária, onde as características anteriores
para podermos evitar desvios que podem trazer gra·
ves conseqüências no desenvolvimento mental de uma já se confundem com a reprodução fiel ou exata. A
quarta etapa é a da reprodução fiel ou exata, que se
criança, como a fixação de um estado que deveria ser
passageiro. caracteriza pelo esfôrço em copiar os objetos, tal qual
aparecem; quer dizer, em forma, proporção, côres e
Há crianças que revelam uma tendência exagera· dimensões semelhantes às reais. Êstes desenhos não
da à fantasia, e se as condições predisponentes favo· apresentam ainda a terceira dimensão, e por tanto,
recerem, poderão recolher-se num mundo imaginário, impressionam como planos. A quinta etapa de re
criado por elas, em choque com a realidade. presentação no espaço, alcança-se quando o sentido
de reprodução fiel se ajunta a profundidade e a pers
Nessas crianças, necessitamos desenvolver a aten pectiva, e também o modelamento dos círculos. Em
ção, a memória, a observação das coisas concretas, o pregam-se três tipos de representação espacial: a)
contato imediato com brinquedos, ou jogos que exl· perspectiva linear em todos os seus graus: convergên
jam precisão, para equilibrar a imaginação que poderá cia de linha, conservação da vertical da linha visual.
seguir um rumo vicioso. etc.; b ) modelado dos objetos mediante o sombrea
do; c) perspectiva de côr para a distância, usando..
DESEJO -Filosoficamente, o têrmo desejo não deve sor
por exemplo: côres pálidas para o fundo, em contras
confundido com o emprêgo que comumente tem. Em
seu sentido amplo, significa tender a um fim apeteci
te com um primeiro plano brilhante.
do; ou, ademais, o apetite provoc�do por algo, qut! DESENVOLVIMENTO - Desenvolvimento significa 9
corresponde à tendência de um Rer animal. O oposto conjunto de transformações do ser vivo, que assina·
- 1 62 - - 163 -
lam uma direção definida ou uma progressão tempo todos indivíduos. Por outro lado, existem múltiplas
ral sistemática. Estas mudanças não significam, ne determinantes genéticas ( emergentes) comuns a um
cessàriamente, progresso, pois tanto a regular deca- grande grupo natural de organismos. Os traços que
dência da velhice como o crescimento são designados caracterizam a uma espécie ou variedade, devem con
como desenvolvimento. As mudanças esporádicas, siderar-se como derivados de elementos genéticos co
temporárias ou irregulares, não podem considerar-se
muns a êsse grupo. .Êstes traços sempre aparecem.
incluídas no desenvolvimento; são mais interrupções a não ser que sejam suprimidos por condições radi
que torcem ou desviam seu curso normal.
calmente anormais, ainda que a forma exata e o al
cance de seu destnvolvimento dependam de modo no
Quanto aos tipos, o desenvolvimento pode ser
quantitativo ou qualitativo. Quantitativo, quando há tável das circunstâncias ambientais. O comporta-
aumento ou diminuição na quantidade, o que algum , mento, entretanto, apesar de observarmos certa cons
denominam "crescimento". No qualitativo, há mu tância, é intrinsecamente mais plástico ou modificá
danças nas formas, na modelação ou relação das par vel que a estrutura; e apresenta maiores dificuldades
tes. Alguns autores chamam a êste tipo de "desen prognosticar quais estruturas ou funções se manifes
volvimento", em contraposição ao crescimento. En· tarão sob as condições estabelecidas, nos grupos me
•
tretanto, tanto o uso popular como o técnico tendem nores, do que nas espécies. Não se pode, assim, de
a empregar ambas como eqmvalentes. terminar uma direção pré-estabelecida para o desen·
volvimento. Deve-se levar em conta inúmeros fatô
As mudanças de crescimento podem ser classifi res variáveis: clima, alimentação, casa, higiene e nor·
cadas em: anatômicas, fisiológicas e psicológicas ( que mas civilizadas de conduta. Dentro destas circuns
incluem o crescimento social do indivíduo). As re
tâncias desenvolveram-se normas de conduta "se
lações entre herança e o desenvolvimento ficaram fixa
guras" ou "confiáveis", e algumas destas formas são
das numa época, em que valiam conceitos errôneos,
quase impossíveis de alterar. Cuidadosos estudos
acerca dos problemas genéticos. Porisso, a cada mo
efetuados com crianças demonstram que se podê
mento vêem-se palavras que possuem diversos signifi
prognosticar com bastante acêrto o desenvolvimen
cados, como, por exemplo, "maturação", que, no
to de alguns comportamentos motores, como o con
comêço, referia-se simplesmente ao fato de chegar à
trole manual e a locomoção.
madureza, mas que, na realidade, significava alcan
çá-la, como resultado do desenvolvim�nto dos pro Uma vez que tôdas as formas superiores de vida
cessos hereditários internos do crescimento. En de originam de uma simples célula, que à medida que
tretanto, êstes processos de crescimento independen· se divide vai diferenciando-se, quer dizer, dando lu
tes não existem. O desenvolvimento ou crescimento, gar a novas células, que diferem da célula mãe em
estão essencialmente determinados, tanto pelos fatõ estrutura e função - não pode duvidar-se que a di
res genéticos ( emergentes ), como pelos ambientais ferenciação é a base de todo desenvolvimento. En
(predisponentes) . Há uma cooperação desses fatô tretanto, não é de evidência imediata que o conceito
res, que se interatuam. Assim o que se chama "he· de "diferenciação", seja realmente aplicável à condu
rança", num indivíduo depende do ambiente; e a ação ta. Resulta compreensível no caso das estruturaa
do ambiente sôbre o desenvolvimento de um indiví anatômicas, onde as células mães desaparecem e se
duo, depende de sua herança. convertem em células filhas. Há, aqui, uma conti
nuidade clara. Mas a conduta é descontínua. Pro
O ambiente apresenta um grau considerável de
duzido um ato, tudo termina ali. Como conceber-se
uniformidade para todos os organismos: todos os
um ato futuro como continuação, como algo diferen
que sobrevivem dispõem de ar para respirar, e de
ciado de uma conduta, que ficou relegada ao tempo?
certos elementos nutritivos; e, em munerosas espé
Existe, certamente, uma base estrutural para a con
cies, muitos dos elementos ambientais são comuns a
duta, e esta estrutura, naturalmente, acha-se modifi-
- 164 -
- 165 -
lam uma direção definida ou uma progressão tempo todos indivíduos. Por outro lado, existem múltiplas
ral sistemática. Estas mudanças não significam, ne determinantes genéticas ( emergentes) comuns a um
cessàriamente, progresso, pois tanto a regular deca- grande grupo natural de organismos. Os traços que
dência da velhice como o crescimento são designados caracterizam a uma espécie ou variedade, devem con
como desenvolvimento. As mudanças esporádicas, siderar-se como derivados de elementos genéticos co
temporárias ou irregulares, não podem considerar-se
muns a êsse grupo. .Êstes traços sempre aparecem.
incluídas no desenvolvimento; são mais interrupções a não ser que sejam suprimidos por condições radi
que torcem ou desviam seu curso normal.
calmente anormais, ainda que a forma exata e o al
cance de seu destnvolvimento dependam de modo no
Quanto aos tipos, o desenvolvimento pode ser
quantitativo ou qualitativo. Quantitativo, quando há tável das circunstâncias ambientais. O comporta-
aumento ou diminuição na quantidade, o que algum , mento, entretanto, apesar de observarmos certa cons
denominam "crescimento". No qualitativo, há mu tância, é intrinsecamente mais plástico ou modificá
danças nas formas, na modelação ou relação das par vel que a estrutura; e apresenta maiores dificuldades
tes. Alguns autores chamam a êste tipo de "desen prognosticar quais estruturas ou funções se manifes
volvimento", em contraposição ao crescimento. En· tarão sob as condições estabelecidas, nos grupos me
•
tretanto, tanto o uso popular como o técnico tendem nores, do que nas espécies. Não se pode, assim, de
a empregar ambas como eqmvalentes. terminar uma direção pré-estabelecida para o desen·
volvimento. Deve-se levar em conta inúmeros fatô
As mudanças de crescimento podem ser classifi res variáveis: clima, alimentação, casa, higiene e nor·
cadas em: anatômicas, fisiológicas e psicológicas ( que mas civilizadas de conduta. Dentro destas circuns
incluem o crescimento social do indivíduo). As re
tâncias desenvolveram-se normas de conduta "se
lações entre herança e o desenvolvimento ficaram fixa
guras" ou "confiáveis", e algumas destas formas são
das numa época, em que valiam conceitos errôneos,
quase impossíveis de alterar. Cuidadosos estudos
acerca dos problemas genéticos. Porisso, a cada mo
efetuados com crianças demonstram que se podê
mento vêem-se palavras que possuem diversos signifi
prognosticar com bastante acêrto o desenvolvimen
cados, como, por exemplo, "maturação", que, no
to de alguns comportamentos motores, como o con
comêço, referia-se simplesmente ao fato de chegar à
trole manual e a locomoção.
madureza, mas que, na realidade, significava alcan
çá-la, como resultado do desenvolvim�nto dos pro Uma vez que tôdas as formas superiores de vida
cessos hereditários internos do crescimento. En de originam de uma simples célula, que à medida que
tretanto, êstes processos de crescimento independen· se divide vai diferenciando-se, quer dizer, dando lu
tes não existem. O desenvolvimento ou crescimento, gar a novas células, que diferem da célula mãe em
estão essencialmente determinados, tanto pelos fatõ estrutura e função - não pode duvidar-se que a di
res genéticos ( emergentes ), como pelos ambientais ferenciação é a base de todo desenvolvimento. En
(predisponentes) . Há uma cooperação desses fatô tretanto, não é de evidência imediata que o conceito
res, que se interatuam. Assim o que se chama "he· de "diferenciação", seja realmente aplicável à condu
rança", num indivíduo depende do ambiente; e a ação ta. Resulta compreensível no caso das estruturaa
do ambiente sôbre o desenvolvimento de um indiví anatômicas, onde as células mães desaparecem e se
duo, depende de sua herança. convertem em células filhas. Há, aqui, uma conti
nuidade clara. Mas a conduta é descontínua. Pro
O ambiente apresenta um grau considerável de
duzido um ato, tudo termina ali. Como conceber-se
uniformidade para todos os organismos: todos os
um ato futuro como continuação, como algo diferen
que sobrevivem dispõem de ar para respirar, e de
ciado de uma conduta, que ficou relegada ao tempo?
certos elementos nutritivos; e, em munerosas espé
Existe, certamente, uma base estrutural para a con
cies, muitos dos elementos ambientais são comuns a
duta, e esta estrutura, naturalmente, acha-se modifi-
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cada pelo comportamento, mas não podemos, consi ças, que têm wn desenvolvimento rápido, e depois
derar a diferenciação de conduta em têrmos das ba estacionam. Tôdas estas diferenças são tratadas· nos
ses estruturai.s. diversos artigos que compõem a enciclopédia.
Do que necessitamos é da evidência definida de O que devem os pais e mestres considerar é que,
uma continuidade genética; quer dizer, a evidência de na passagem de uma fase para outra, há sempre um
que a conduta primitiva é não diferenciada; ·é, legiti momento crucial (de cruz, encruzilhada), em que se ,
mamente, um antecedente necessário, sem a qual a dá o salto de um estágio para outro. E êstes momen
conduta ulterior mais especializada não poderia ter tos revelam-se por um estacionamento, uma indeci
lugar. Necessitamos, ademais, da prova de que o que são, perfeitamente compreendidos. Todos os pais
sucede na evolução do indivíduo, como resultante, da sabem que surgem, subitamente, nas crianças, mu
conduta paterna não diferenciada, exerce uma deter danças de atitude, também no modo de proceder.
minadà influência sôbre a suposta conduta " herda Estas são sempre reveladoras da passagem de um es
da". tágio para outro. O momento crucial, importantís
simo na criança, é aquêle em que ela se vê forçada a
. Quase todo o processo do crescimento se realiza
tomar decisões próprias, sem a ajuda dos mais ve
mediante pequenos passos uniformes, graduais, que
lhos. Esta fase se manifesta na criança dos 14 aos
fazem parecer contínuo. Em algumas funções, po
17 mêses. Não deve a mãe preocupar-se por que a
dem distinguir·se etapas claramente delimitadas. Há,
criança manifestará, pelo chôro, à proporção que elas.
choques ambientais, e também choques físicos, que
aparecem. Só depois que ela vencer os obstáculos.
modificam a linha normal do desenvolvimento. Al
é que deixará de chorar. Então, terá capacidade de
gumas mudanças súbitas podem ser explicadas na
agir por conta própria, o que será o fundamento da
existência de um grande número de pequenas mu
segurança em si mesma. O auxilio dos pais deve ser
danças .inadvertidas até então. discreto e hábil. Deve auxiliar a canalização das
energias da criança, não resistir ao desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA CRIANÇA - Em
bora seja uma banalidade, há muitos que julgam que das mesmas. Deve facilitar que a criança realize por
tôdas as crianças são iguais, o que é um êrro de gra suas próprias fôrças o que lhe cabe fazer. O princi
ves conseqüências, porque esquecem que elas mani pal é permitir que desenvolva a vontade própria.
nfastando os obstáculos com habilidade.
)
festam sensibilidade diferentes, diferentes manifesta
ções afetivas, e também um desenvolvimento intelec. DESINTERIA BACILAR - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap ..
tual bem distinto. Desde o principio, tanto os pais § 5.
como os mestres, tendem a notar as características
próprias de cada criança. Realmente, tôdas revelam, '
DESMAIOS - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 9.
no seu desenvolvimento, aspectos invariantes, co
DESMAME - Vide Puericultura - 7.0 cap., § 4.
muns a tôdas elas, mas, a par disto, aspectos valian
tes, peculiares a cada uma. Por isto as regras gerais DESNUDEZ ( hábito de tirar a roupa) - Há pais que ex-
têm uma parte relativa e uma parte absoluta. Algu tremamente se preocupam quando o filho fica sem
mas crianças revelam as suas diferenças, desde que roupa ante outros, julgando que tal é uma falta com
nascem e outras no seu desenvolvimento. Umas ou pleta de pudor; outros, por sua vez, acham graça, e
vem música, manifestando agradabilidade, outras as não dão a mínima importância. Naturalmente, que
sustam-se com os sons altos. Também, o ritmo do é preciso uma atitude intermediária entre estas duas
crescimento das crianças varia de uma para outras. posições.
Há certos estágios, que sobrevêm tardiamente, nem
sempre devem êles preocupar os pais, como, por A experiência demonstra ser preferível que as
exemplo, a fala, que se manifesta aos dois anos de crianças conheçam de maneira natural a diferença se
idade. Pode esta deficiência ser motivada por defei xual entre o menino e a menina, vendo-se desde pe
tos orgânicos, mas muitas vêzes não o é. Há crian- quenos, com naturalidade, quando se encontrem nus.
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cada pelo comportamento, mas não podemos, consi ças, que têm wn desenvolvimento rápido, e depois
derar a diferenciação de conduta em têrmos das ba estacionam. Tôdas estas diferenças são tratadas· nos
ses estruturai.s. diversos artigos que compõem a enciclopédia.
Do que necessitamos é da evidência definida de O que devem os pais e mestres considerar é que,
uma continuidade genética; quer dizer, a evidência de na passagem de uma fase para outra, há sempre um
que a conduta primitiva é não diferenciada; ·é, legiti momento crucial (de cruz, encruzilhada), em que se ,
mamente, um antecedente necessário, sem a qual a dá o salto de um estágio para outro. E êstes momen
conduta ulterior mais especializada não poderia ter tos revelam-se por um estacionamento, uma indeci
lugar. Necessitamos, ademais, da prova de que o que são, perfeitamente compreendidos. Todos os pais
sucede na evolução do indivíduo, como resultante, da sabem que surgem, subitamente, nas crianças, mu
conduta paterna não diferenciada, exerce uma deter danças de atitude, também no modo de proceder.
minadà influência sôbre a suposta conduta " herda Estas são sempre reveladoras da passagem de um es
da". tágio para outro. O momento crucial, importantís
simo na criança, é aquêle em que ela se vê forçada a
. Quase todo o processo do crescimento se realiza
tomar decisões próprias, sem a ajuda dos mais ve
mediante pequenos passos uniformes, graduais, que
lhos. Esta fase se manifesta na criança dos 14 aos
fazem parecer contínuo. Em algumas funções, po
17 mêses. Não deve a mãe preocupar-se por que a
dem distinguir·se etapas claramente delimitadas. Há,
criança manifestará, pelo chôro, à proporção que elas.
choques ambientais, e também choques físicos, que
aparecem. Só depois que ela vencer os obstáculos.
modificam a linha normal do desenvolvimento. Al
é que deixará de chorar. Então, terá capacidade de
gumas mudanças súbitas podem ser explicadas na
agir por conta própria, o que será o fundamento da
existência de um grande número de pequenas mu
segurança em si mesma. O auxilio dos pais deve ser
danças .inadvertidas até então. discreto e hábil. Deve auxiliar a canalização das
energias da criança, não resistir ao desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA CRIANÇA - Em
bora seja uma banalidade, há muitos que julgam que das mesmas. Deve facilitar que a criança realize por
tôdas as crianças são iguais, o que é um êrro de gra suas próprias fôrças o que lhe cabe fazer. O princi
ves conseqüências, porque esquecem que elas mani pal é permitir que desenvolva a vontade própria.
nfastando os obstáculos com habilidade.
)
festam sensibilidade diferentes, diferentes manifesta
ções afetivas, e também um desenvolvimento intelec. DESINTERIA BACILAR - Vide Puericultura - 1 1 .0 cap ..
tual bem distinto. Desde o principio, tanto os pais § 5.
como os mestres, tendem a notar as características
próprias de cada criança. Realmente, tôdas revelam, '
DESMAIOS - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 9.
no seu desenvolvimento, aspectos invariantes, co
DESMAME - Vide Puericultura - 7.0 cap., § 4.
muns a tôdas elas, mas, a par disto, aspectos valian
tes, peculiares a cada uma. Por isto as regras gerais DESNUDEZ ( hábito de tirar a roupa) - Há pais que ex-
têm uma parte relativa e uma parte absoluta. Algu tremamente se preocupam quando o filho fica sem
mas crianças revelam as suas diferenças, desde que roupa ante outros, julgando que tal é uma falta com
nascem e outras no seu desenvolvimento. Umas ou pleta de pudor; outros, por sua vez, acham graça, e
vem música, manifestando agradabilidade, outras as não dão a mínima importância. Naturalmente, que
sustam-se com os sons altos. Também, o ritmo do é preciso uma atitude intermediária entre estas duas
crescimento das crianças varia de uma para outras. posições.
Há certos estágios, que sobrevêm tardiamente, nem
sempre devem êles preocupar os pais, como, por A experiência demonstra ser preferível que as
exemplo, a fala, que se manifesta aos dois anos de crianças conheçam de maneira natural a diferença se
idade. Pode esta deficiência ser motivada por defei xual entre o menino e a menina, vendo-se desde pe
tos orgânicos, mas muitas vêzes não o é. Há crian- quenos, com naturalidade, quando se encontrem nus.
- 166 - - 167 -
A criança, que demonstra pudor e uma modéstia na 2.0) Não fazer os deveres do filho, nem o obrigue
tural, não deve ser obrigada a tirar a roupa, e, sim, a fazê-los segundo sua maneira pessoal.
4 .0)
deixá-la por si só, pois encontrará o justo meio.
Não usar nunca os deveres escolares como cas
DESNUTRIÇAO Uma pessoa está mal nutrida ou des
- tigo.
nutrida, quando existe deficiência no alimento. ne
5.0) Não utilizá-los como um meio de manter a cri
cessário para manter a saúde e a vida, ou quando a
ança ocupada e, sim, para que encontre nêles
alimentação carece dos princípios alimentícios ne
agradabilidade, e os aproveite ao máximo.
cessários a um bom funcionamento e desenvolvimen
to do organismo ( alimentação pobre). DEVOTAMENTO -a) Devotar vem do lat devotere,
.
I
ças sofrem tantas restrições, quo so vllom ohi'I"IICir\�
fundamentais são até agora ignoradas. Sabe-se que
- 168 - - 169 -
A criança, que demonstra pudor e uma modéstia na 2.0) Não fazer os deveres do filho, nem o obrigue
tural, não deve ser obrigada a tirar a roupa, e, sim, a fazê-los segundo sua maneira pessoal.
4 .0)
deixá-la por si só, pois encontrará o justo meio.
Não usar nunca os deveres escolares como cas
DESNUTRIÇAO Uma pessoa está mal nutrida ou des
- tigo.
nutrida, quando existe deficiência no alimento. ne
5.0) Não utilizá-los como um meio de manter a cri
cessário para manter a saúde e a vida, ou quando a
ança ocupada e, sim, para que encontre nêles
alimentação carece dos princípios alimentícios ne
agradabilidade, e os aproveite ao máximo.
cessários a um bom funcionamento e desenvolvimen
to do organismo ( alimentação pobre). DEVOTAMENTO -a) Devotar vem do lat devotere,
.
I
ças sofrem tantas restrições, quo so vllom ohi'I"IICir\�
fundamentais são até agora ignoradas. Sabe-se que
- 168 - - 169 -
DIARRÉIA - Vide Puericultura - 6." cap., § 6. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS - Os professores e pais
sabem que não existem duas crianças iguais. Daí
DIDATICA - a) Do gr. didaktikôs de didaskôs, que sig
que, apesar das crianças seguirem uma mesma nor-
nifica ensinar, instruir. Didática, portanto, é o ramo
ma de crescimento e desenvolvimento, nenhuma res
da educação que estuda os métodos mais eficientes
ponde a uma mesma identidade nem exatamente a
para instruir.
uma mesma forma.
b ) Na Teologia e na Religião, emprega-se êste
A causa, pela qual os indivíduos diferem entre sí,
têrmo no sentido de instrução nos fundamentos da
foi explicada de maneiras variadas. A herança, expli
doutrina religiosa em oposição à catequética (Vide )
ca, por sua vez, algumas delas. A forma do cresci
DIETA ( submeter-se a uma ) - É freqüente à jovem ou mento e a proporção de um indivíduo dependem de
ao jovem, ao chegarem à adolescência, submeterem-se condições, tais como a nutrição, sol, ausência de en
a uma dieta para perder pêso. A dieta deve sempre fermidades etc. O crescimento e desenvolvimento
estar supervisionada pelo médico, pois ela tem de ser de um indivíduo estão sob a constante influência das
feita segundo as necessidades do jovem, sem que per condições externas e também de suas próprias expe
ca a saúde durante êste período crítico de cresci riências e atividades.
mento.
DIFERENÇAS SEXUAIS -Além das características se
DIETA LIGEIRA - Durante o período de alguma enfer
xuais primárias, presentes no nascimento, e das se
midade é comum que o médico recomende uma leve
dieta. Ê preciso que seja levada a sério, pois dela
cundárias, que se desenvolvem na puberdade, certas
dieta, mas deve-se procurar não fazer pratos atrati É aconselhável falar com a criança com vagar
vos, nem comentar exageradamente sôbre a dieta e clareza, de forma que as consoantes sejam bem pr()
diante da criança. nunciadas.
- 170 - - 17 1 -
DIARRÉIA - Vide Puericultura - 6." cap., § 6. DIFERENÇAS INDIVIDUAIS - Os professores e pais
sabem que não existem duas crianças iguais. Daí
DIDATICA - a) Do gr. didaktikôs de didaskôs, que sig
que, apesar das crianças seguirem uma mesma nor-
nifica ensinar, instruir. Didática, portanto, é o ramo
ma de crescimento e desenvolvimento, nenhuma res
da educação que estuda os métodos mais eficientes
ponde a uma mesma identidade nem exatamente a
para instruir.
uma mesma forma.
b ) Na Teologia e na Religião, emprega-se êste
A causa, pela qual os indivíduos diferem entre sí,
têrmo no sentido de instrução nos fundamentos da
foi explicada de maneiras variadas. A herança, expli
doutrina religiosa em oposição à catequética (Vide )
ca, por sua vez, algumas delas. A forma do cresci
DIETA ( submeter-se a uma ) - É freqüente à jovem ou mento e a proporção de um indivíduo dependem de
ao jovem, ao chegarem à adolescência, submeterem-se condições, tais como a nutrição, sol, ausência de en
a uma dieta para perder pêso. A dieta deve sempre fermidades etc. O crescimento e desenvolvimento
estar supervisionada pelo médico, pois ela tem de ser de um indivíduo estão sob a constante influência das
feita segundo as necessidades do jovem, sem que per condições externas e também de suas próprias expe
ca a saúde durante êste período crítico de cresci riências e atividades.
mento.
DIFERENÇAS SEXUAIS -Além das características se
DIETA LIGEIRA - Durante o período de alguma enfer
xuais primárias, presentes no nascimento, e das se
midade é comum que o médico recomende uma leve
dieta. Ê preciso que seja levada a sério, pois dela
cundárias, que se desenvolvem na puberdade, certas
dieta, mas deve-se procurar não fazer pratos atrati É aconselhável falar com a criança com vagar
vos, nem comentar exageradamente sôbre a dieta e clareza, de forma que as consoantes sejam bem pr()
diante da criança. nunciadas.
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valor excessivo, tampouco se pode desmerecê-lo, já
o balbuciar, repetir ou prolongar sílabas ou sons
que a viàa, em que vivemos, lhe dá um sentido tão
(conhecido comumente por gaguejar) é muito co
elevado. Quando as crianças percebem o valor que
mum nos primeiros anos de vida. As causas são vá·
tem, começam a pedi-lo, porque sabem que, por meio
rias, e é preciso ter-se paciência, e não afobar nem
_ dêle, podem adquirir as coisas que apetecem. Mui
tos pais dão aos filhos o dinheiro, e o dão de bom
corrigir demasiado a criança. Se ela persiste du·
rante a fase escolar, é preciso dar maior atenção e
gôsto. Contudo, deveriam fazer-lhes ver que o di
procurar verificar a ocasião em que ela se manifes·
nheiro é alguma coisa que se ganha, é alguma coisa
ta com mais intensidade, para ajudá-la a vencer tal
que se obtém à custa de alguma onerosidade, de um
dificuldade.
sacrifício, de um esfôrço, não só para que aquilatem
DIFTERIA ( crupe) - A difteria, ou popularmente, crupe, o seu verdadeiro significado, como, também, para
apresenta-se, nos casos mais graves, com uma respi que lhe dêem o devido valor, pois o homem dá valor
ração dolorosa, rouca, afundando-se o peito ao res às coisas à proporção que elas lhe custam mais. Co
pirar. A criança com difteria precisa da presença mo não se pode, contudo, fazer a criança ganhar o
do médico e de seus cuidados. Enquanto espera por dinheiro pelos meios que a nossa economia propor
êle, é preciso mantê-la num quarto quente, onde pos ciona, temos de dar-lhe assim mesmo. Apesar de
sa respirar ar quente e úmido ( inalações de vapor ) . tudo, porém, é possível estabelecerem-se algumas re
gras, para que possa ter um significado sério. Em
O ar frio agrava o estado da criança, daí ser pre
ciso manter o quarto sempre quente e úmido. O úni· primeiro lugar, é mister mostrar-lhe que o dinheiro
co tratamento é o sôro antidiftérico. Vide Pueri· dado é algo que custa aos pais obter, e que é dado
cultura - 1 1 .0 cap., § 4. para seus gastos, mas em sacrifício do esfôrço que
os pais empregam. É natural, que, considerando as
DIFICULDADES NA LEITURA - Vide Leitura. sim, a criança respeite o que deve ser respeitado.
DILATADOS - Vide Temperamento. Mostrando-se-lhe que amanhã, quando adulto, ela te
rá de obtê-lo pelo seu trabalho, comprenderão aos
DILUENTE (imaginação ) - < Psic . ) - Têrmo emprogn poucos o sentido que os pais lhe dão, e respeitarão o
do por Ribot em oposição à imaginação crhulom, que lhes dá, como algo que custou aos pais um es
para indicar a imaginação plástica, que cmprrAn c:cm·
fôrço. Por isso, é aconselhável aos pais dar uma me
tomos vagos, móveis, imprecisos, como PXJH'«•t�s li'"
E a razão é muito simples: se dão
emocionais e os ordena de mnnolm :-.uhjcll'l I v•� 1 nlw·
sada aos filhos.
casos excepcionais. Há crianças que revelam des DIREITOS DA CRIANÇA - Com o crescente desenvolvi·
de os primeiros tempos uma capacidade a poupar menta de técnicas e estudos sõbre a educação infan·
em seus gastos, outras em ser imprevidentes, e em til necessitou-se dar uma nova formulação aos fins
gastarem mais do que podem, desregulando as suas ccncretos e ideais que fOssem praticáveis neste ter
nonnas financeiras. ·�sses casos devem ser estuda reno. Durante várias gerações se dispôs de concei
dos particularmente, e essa a razão por que é difícil tos adequados, mas com a recompilação rápida de
darem-se normas gerais, aplicáveis a todos. Há cer valiosas observações e de uma ampla experiência
tos defeitos de educação que não podem ser fàcil necessitou-se de uma exposição autorizada de tais
mente desenraigados. A presença dos pais, os cons fins e ideais, com preferência procedentes dos cír·
tantes conselhos, uma critica construtiva são du culos governamentais.
grande valia aqui, pois podem os pais cooperar para
A Declaração de Genebra - Depois da primeira
que os filhos se tornam ordenados em seus gastos o
Grande Guerra, surgiu a idéia de elaborar-se uma Car
construam uma visão clara da. moeda.
ta da Criança com a finalidade de despertar nos ho
mens a consciência dos direitos da infância, e em
transformar as leis e costumes a seu favor.
l
Em_ 1922, Englantine Jebb, num breve documen
to, enunciou as bases da "Declaração dos Direitos da
Criança", cuja redação definitiva, conhecida com o
nome de "Declaração de Genebra", foi aprovada por
unanimidade, em 1924, pela Quinta Assembléia da
Sociedade das Nações. Diz seu texto:
também, que o exemplo do ta�tcm diHtmlvt•ull , l'llluu I - A criança deve ser posta em condições de
o de afortunados quo nüo eultlJH'otu o Htlll <h v��r, t desenvolver-se de maneira normal, material e espiri
ao contrário são premiados h propor�hu quo ruHom tualmente.
- 174 .- - 175 -
muitos pedagogos, que não deve ser desmerecida. das normas justas do bem proceder, não só é um es
As mesadas devem começar em base baixa e ir au· cândalo, como também servem de exemplo para dis·
mentando à proporção que a criança cresce. Por ou solver as normas mais justas. É mister que tendo
tro lado ( e isso é de máxima importância ) é mister os pais uma noção clara da nossa realidade, regulem
mostrar a conveniência da poupança, para que a cri· suas normas dentro das experiências dolorosas que
ança possa adquirir por si, o que deseja de custo todos nós vivemos.
mais elevado, pois dará imenso valor ao que adquirirá
Devem os pais fazer ver aos filhos as dificulda
depois. Tôdas essas práticas têm ainda a vantagem
des econômicas de que a nossa vida está cheia, com
de regularizar as despesas, e dar um sentido de res
o cuidado, porém, de não lhes dar idéias obsessivas
ponsabilidade e de confiança em si mesma. Há pais
sôbre as mesmas, a ponto de perturbar-lhes a mente.
que organizam até dentro de uma mesada as despe
Evitar o pânico é importantíssimo, mas falsear a ver
zas extras da criança, pagamento de anuidades cole
dade seria ainda pior, dadas as conseqüências malé
giais, roupas, livros etc. Essa prática, sendo bem
orientada, tem dado bons resultados. Contudo, há
ficas que daí decorreriam.
casos excepcionais. Há crianças que revelam des DIREITOS DA CRIANÇA - Com o crescente desenvolvi·
de os primeiros tempos uma capacidade a poupar menta de técnicas e estudos sõbre a educação infan·
em seus gastos, outras em ser imprevidentes, e em til necessitou-se dar uma nova formulação aos fins
gastarem mais do que podem, desregulando as suas ccncretos e ideais que fOssem praticáveis neste ter
nonnas financeiras. ·�sses casos devem ser estuda reno. Durante várias gerações se dispôs de concei
dos particularmente, e essa a razão por que é difícil tos adequados, mas com a recompilação rápida de
darem-se normas gerais, aplicáveis a todos. Há cer valiosas observações e de uma ampla experiência
tos defeitos de educação que não podem ser fàcil necessitou-se de uma exposição autorizada de tais
mente desenraigados. A presença dos pais, os cons fins e ideais, com preferência procedentes dos cír·
tantes conselhos, uma critica construtiva são du culos governamentais.
grande valia aqui, pois podem os pais cooperar para
A Declaração de Genebra - Depois da primeira
que os filhos se tornam ordenados em seus gastos o
Grande Guerra, surgiu a idéia de elaborar-se uma Car
construam uma visão clara da. moeda.
ta da Criança com a finalidade de despertar nos ho
mens a consciência dos direitos da infância, e em
transformar as leis e costumes a seu favor.
l
Em_ 1922, Englantine Jebb, num breve documen
to, enunciou as bases da "Declaração dos Direitos da
Criança", cuja redação definitiva, conhecida com o
nome de "Declaração de Genebra", foi aprovada por
unanimidade, em 1924, pela Quinta Assembléia da
Sociedade das Nações. Diz seu texto:
também, que o exemplo do ta�tcm diHtmlvt•ull , l'llluu I - A criança deve ser posta em condições de
o de afortunados quo nüo eultlJH'otu o Htlll <h v��r, t desenvolver-se de maneira normal, material e espiri
ao contrário são premiados h propor�hu quo ruHom tualmente.
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II - A criança esfomeada deve ser alimentada; Biologia. A educação - que ainda não chegou ao
a criança enferma deve ser cuidada; o retardado d� melhor - não pode ser imutável nem rígida, porque
ve ser estimulado; o extraviado deve ser conduzido; a sociedade tampouco o é.
o órfão e o abandonado devem ser recolhidos e so
corridos. 3 ) Tôda a criança tem direit o a fazer para sa
ber, a ser descobridor e criador. Sendo a criança
III - A criança deve ser a primeida em receber um organismo fundamentalmente ativo, a escola de
socorros em épocas de calamidade. ve dar-lhe oportunidades para que alcance o máximo
desenvolvimento ativo de sua personalidade e de
IV - A criança deve ser dotada de meios com
suas disposições, e logre a capacidade para superar-se.
que ganhar sua vida e deve ser protegida contra tôda
·
I
-escolar. 7) Tôda criança tem direito a ser membro de
uma comunidade escolar, onde, com a autonomia que
3 ) A criança tem dlrollo a Ht•r NhttiLda •m um merece, goze de seus direitos e cumpra com seus de
dida de suas capacidades, intloJ)t1Jldt•nlt'IIWilt.t dt tótltL veres como elemento ativo, útil e eficaz, que põe sua
a circunstância do fndolo oconôn1ku ou HOdlll, pol'l vontade e sua consciência ao serviço do bem-estar
a sociedade presente concedo n nl �unR umiH quo u comwn.
outros a possibilidade do cducllÇILO.
8 ) Tôda criança tem direito a contar com mes
Código dos Direitos da (�rlança - tres de vocação, de carácter, cheios de bondade: ho
mens eleitos, ilustrados e bem retribuídos: que não
1 ) Tôda criança tem dirolto a sor " criança c n,
- 176 - - 177 -
II - A criança esfomeada deve ser alimentada; Biologia. A educação - que ainda não chegou ao
a criança enferma deve ser cuidada; o retardado d� melhor - não pode ser imutável nem rígida, porque
ve ser estimulado; o extraviado deve ser conduzido; a sociedade tampouco o é.
o órfão e o abandonado devem ser recolhidos e so
corridos. 3 ) Tôda a criança tem direit o a fazer para sa
ber, a ser descobridor e criador. Sendo a criança
III - A criança deve ser a primeida em receber um organismo fundamentalmente ativo, a escola de
socorros em épocas de calamidade. ve dar-lhe oportunidades para que alcance o máximo
desenvolvimento ativo de sua personalidade e de
IV - A criança deve ser dotada de meios com
suas disposições, e logre a capacidade para superar-se.
que ganhar sua vida e deve ser protegida contra tôda
·
I
-escolar. 7) Tôda criança tem direito a ser membro de
uma comunidade escolar, onde, com a autonomia que
3 ) A criança tem dlrollo a Ht•r NhttiLda •m um merece, goze de seus direitos e cumpra com seus de
dida de suas capacidades, intloJ)t1Jldt•nlt'IIWilt.t dt tótltL veres como elemento ativo, útil e eficaz, que põe sua
a circunstância do fndolo oconôn1ku ou HOdlll, pol'l vontade e sua consciência ao serviço do bem-estar
a sociedade presente concedo n nl �unR umiH quo u comwn.
outros a possibilidade do cducllÇILO.
8 ) Tôda criança tem direito a contar com mes
Código dos Direitos da (�rlança - tres de vocação, de carácter, cheios de bondade: ho
mens eleitos, ilustrados e bem retribuídos: que não
1 ) Tôda criança tem dirolto a sor " criança c n,
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9 ) Tõda criança tem direito a locais escolares
simples, atraentes, alegres e higiênicos que ela mos
4) J
Proteção médica, odontológica e di ética.
5) Crescimento são, físico e mental.
ma ajudará a embelezar e alegrar.
6) Habitação segura, sã e estética.
1 O) Tôda criança tem direito a que cooperem 7) Escola bem equipada.
na sua educação, mestres e pais, a que colaborem jun:
tos à cidade e à escola, que são duas alavancas quo 8) Educação que a prepare para ser bom pai,
movem o mundo, empunhadas pelos grandes sonha· um cidadão eficiente· e também para a seguran
-
dores. ça e proteção contra acidentes.
)
domí!rio da cultura, o rame de saber, onde não pre
9) Direito à alegria. domina a invenção. Daí falar-se nas disciplinas filo
sóficas (a Lógica é uma disciplina filosófica), etc.
1 0 ) A soma dêstes direitos da criança constitui o '
direito integral. d) Em sentido sociológico, é a obediência às
ordens ou regulamentos, que emanam da autoridade
Recomendações da conferência de Hoover -
hierárquica, a quem cabe o mando. Daí falar-se em
Nos Estados Unidos, a gestão final culminou na Con
"espírito de disciplina", o que predomina em quem
ferência de Hoover sõbre a Saúde e Proteção da Cri
-
obedece fielmente as ordens emanadas da autoridade
ança, na Casa Branca, no ano de 1930. Dita confe
à qual está subordinado.
rência, preparou um plano dos Direitos da Criança,
incluindo em seus 19 pontos as recomendações se DISCIPLINA E COOPERAÇAO Não podemos prescin
guintes, como direitos essenciais de tôda criança: dir da disciplina na educação da criança. As restri
1) Educação moral e espiritual. ções, que necessitamos impor, devem obedecer a uma
finalidade ética. É uma necessidade vital para a cri
2) Compreensão e orientação de sua personalidade. ança o movimentar-se, e impedi-la ou obrigá-la a fi
_
car Imóvel trará más conseqüências.
3) Cuidado no lar e nível de vida adequado.
- 178 - - 179 -
9 ) Tõda criança tem direito a locais escolares
simples, atraentes, alegres e higiênicos que ela mos
4) J
Proteção médica, odontológica e di ética.
5) Crescimento são, físico e mental.
ma ajudará a embelezar e alegrar.
6) Habitação segura, sã e estética.
1 O) Tôda criança tem direito a que cooperem 7) Escola bem equipada.
na sua educação, mestres e pais, a que colaborem jun:
tos à cidade e à escola, que são duas alavancas quo 8) Educação que a prepare para ser bom pai,
movem o mundo, empunhadas pelos grandes sonha· um cidadão eficiente· e também para a seguran
-
dores. ça e proteção contra acidentes.
)
domí!rio da cultura, o rame de saber, onde não pre
9) Direito à alegria. domina a invenção. Daí falar-se nas disciplinas filo
sóficas (a Lógica é uma disciplina filosófica), etc.
1 0 ) A soma dêstes direitos da criança constitui o '
direito integral. d) Em sentido sociológico, é a obediência às
ordens ou regulamentos, que emanam da autoridade
Recomendações da conferência de Hoover -
hierárquica, a quem cabe o mando. Daí falar-se em
Nos Estados Unidos, a gestão final culminou na Con
"espírito de disciplina", o que predomina em quem
ferência de Hoover sõbre a Saúde e Proteção da Cri
-
obedece fielmente as ordens emanadas da autoridade
ança, na Casa Branca, no ano de 1930. Dita confe
à qual está subordinado.
rência, preparou um plano dos Direitos da Criança,
incluindo em seus 19 pontos as recomendações se DISCIPLINA E COOPERAÇAO Não podemos prescin
guintes, como direitos essenciais de tôda criança: dir da disciplina na educação da criança. As restri
1) Educação moral e espiritual. ções, que necessitamos impor, devem obedecer a uma
finalidade ética. É uma necessidade vital para a cri
2) Compreensão e orientação de sua personalidade. ança o movimentar-se, e impedi-la ou obrigá-la a fi
_
car Imóvel trará más conseqüências.
3) Cuidado no lar e nível de vida adequado.
- 178 - - 179 -
Deve-se evitar que a criança confunda disciplina educação é formar sêres responsáveis pelos seus
com imobilidade. atos.
Felizmente, hoje, não se concebe mais julgar uma Num lado, onde todos cooperam, a criança apren
criança quieta, tímida, muitas vêzes apática, como de, também, o sentido da cooperação, aprende a dar
uma criança bem educada. o justo valor ao seu bem estar, que está relacionado
ao bem estar de todos.
Preparamos a criança para que tome suas pró
prias decisões, mas quando ainda não exerce domínio No despertar de suas primeiras manifestações
sôbre si mesma, protegemo-la contra as tentações, sociais, seu eu se afirma com mais intensidade, e é
até que ela seja capaz de resistir-lhes. quando começa a tomar consciência de seus direitos,
como, também, de seus deveres para com os outros.
A disciplina vai ensinar-lhe a auto-restrição, e ela Precisa sentir aí o valor da cooperação, onde todos
comprenderá que não constitui o centro permanente se beneficiam com o benefício de todos.
de atenção de todos que a cercam.
A cooperação é de grande valor na formação edu
Os estudiosos do assunto afirmam que um dos cacional do ser humano.
pontos importantes na aplicação de correções, de mé
todos de disciplina, é "nunca se aplicar para obrigar Em tôda natureza há cooperação. Se uma árvo
a criança a obedecer, nem como válvula de escape pa re necessita da cooperação d a terra, da umidade, do
ra as emoções ou a dignidade ofendida dos pais". ar, das chuvas, do sol, para nascer, nós, para sobre
"As ameaças e os subornos também carecem de va viver, necessitamos da cooperação de nossos pais, de
lor, e geralmente provocam sofrimentos e angústias nossos semelhantes, etc., e todos cooperamos dentro
desnecessárias. " de uma sociedade, embora nem sempre disso tenhamos
consciência. É o que podemos chamar de coopera
Montessori, quem mais defendeu o método da ção indireta, mas a cooperação direta já exige uma
disciplina ativa, dizia que para evitar os complexos educação especial.
de timidez, precisamos respeitar na criança, as ma
nifestações espontâneas e encaminhar suas atividades .E:sse tema está sendo objeto de muitos estudos,
a atos coordenados e disciplinados. e há inúmeros trabalhos valiosos sôbre êle.
E afirma: " a grande dificuldade é disciplinar ver Podemos concluir que somente com as formas
dadeiramente o ser humano. Não se consegue com cooperacionais conseguiremos manter um equilíbrio
a palavra, porque o homem não se disciplina escutan social; há inúmeros problemas que todos sofremos,
do falar um outro, mas o fenômeno pede como pre problemas não só pessoais, como coletivos, ante os
paração uma série de atos complexos, por exemplo, a quais uma pessoa sozinha não pode resolver. No
completa aplicação de um método educativo". entanto, se houvesse espírito cooperacionista, a so
lução tornar-se-ia simples, eficiente, fácil.
E para obedecer não é somente necessário que
rer obedecer, é preciso saber obedecer. O saber obe Há várias formas de se aplicar a cooperação,
decer implica um conhecimento; no ato de obedecer, teõricamente todos a aceitam; contudo, não é comum
há deliberação, há uma escolha. saber aplicá-la na vida prática, nas relações sociais, e
muitas vêzes nem nas relações dos membros de uma
A criança deve saber porque obedece, não deve família, etc.
ser coagida nem obrigada por uma vontade mais for
te do que a sua. Atualmente, muitos professores procuram, atra
vés de trabalhos coletivos, estimular a prática, por
Há uma íntima correlação entre disciplina e von que somente através da prática é que se pode for
tade, uma implica a outra, e uma das finalidades da mar o espírito cooperacionista.
- 180 - - 181 -
Deve-se evitar que a criança confunda disciplina educação é formar sêres responsáveis pelos seus
com imobilidade. atos.
Felizmente, hoje, não se concebe mais julgar uma Num lado, onde todos cooperam, a criança apren
criança quieta, tímida, muitas vêzes apática, como de, também, o sentido da cooperação, aprende a dar
uma criança bem educada. o justo valor ao seu bem estar, que está relacionado
ao bem estar de todos.
Preparamos a criança para que tome suas pró
prias decisões, mas quando ainda não exerce domínio No despertar de suas primeiras manifestações
sôbre si mesma, protegemo-la contra as tentações, sociais, seu eu se afirma com mais intensidade, e é
até que ela seja capaz de resistir-lhes. quando começa a tomar consciência de seus direitos,
como, também, de seus deveres para com os outros.
A disciplina vai ensinar-lhe a auto-restrição, e ela Precisa sentir aí o valor da cooperação, onde todos
comprenderá que não constitui o centro permanente se beneficiam com o benefício de todos.
de atenção de todos que a cercam.
A cooperação é de grande valor na formação edu
Os estudiosos do assunto afirmam que um dos cacional do ser humano.
pontos importantes na aplicação de correções, de mé
todos de disciplina, é "nunca se aplicar para obrigar Em tôda natureza há cooperação. Se uma árvo
a criança a obedecer, nem como válvula de escape pa re necessita da cooperação d a terra, da umidade, do
ra as emoções ou a dignidade ofendida dos pais". ar, das chuvas, do sol, para nascer, nós, para sobre
"As ameaças e os subornos também carecem de va viver, necessitamos da cooperação de nossos pais, de
lor, e geralmente provocam sofrimentos e angústias nossos semelhantes, etc., e todos cooperamos dentro
desnecessárias. " de uma sociedade, embora nem sempre disso tenhamos
consciência. É o que podemos chamar de coopera
Montessori, quem mais defendeu o método da ção indireta, mas a cooperação direta já exige uma
disciplina ativa, dizia que para evitar os complexos educação especial.
de timidez, precisamos respeitar na criança, as ma
nifestações espontâneas e encaminhar suas atividades .E:sse tema está sendo objeto de muitos estudos,
a atos coordenados e disciplinados. e há inúmeros trabalhos valiosos sôbre êle.
E afirma: " a grande dificuldade é disciplinar ver Podemos concluir que somente com as formas
dadeiramente o ser humano. Não se consegue com cooperacionais conseguiremos manter um equilíbrio
a palavra, porque o homem não se disciplina escutan social; há inúmeros problemas que todos sofremos,
do falar um outro, mas o fenômeno pede como pre problemas não só pessoais, como coletivos, ante os
paração uma série de atos complexos, por exemplo, a quais uma pessoa sozinha não pode resolver. No
completa aplicação de um método educativo". entanto, se houvesse espírito cooperacionista, a so
lução tornar-se-ia simples, eficiente, fácil.
E para obedecer não é somente necessário que
rer obedecer, é preciso saber obedecer. O saber obe Há várias formas de se aplicar a cooperação,
decer implica um conhecimento; no ato de obedecer, teõricamente todos a aceitam; contudo, não é comum
há deliberação, há uma escolha. saber aplicá-la na vida prática, nas relações sociais, e
muitas vêzes nem nas relações dos membros de uma
A criança deve saber porque obedece, não deve família, etc.
ser coagida nem obrigada por uma vontade mais for
te do que a sua. Atualmente, muitos professores procuram, atra
vés de trabalhos coletivos, estimular a prática, por
Há uma íntima correlação entre disciplina e von que somente através da prática é que se pode for
tade, uma implica a outra, e uma das finalidades da mar o espírito cooperacionista.
- 180 - - 181 -
E a educação é um processo lento; as bases pre
cisam ser sólidas para que o edifício não se desmoro
\ a favor da tese, e dos a favor da antítese, a fim de evi
tar-se as obstinações, o que quase sempre só se
ne; a disciplina bem aplicada, sem exageros, a coope pode obter pela intervenção de um terceiro.
nwão do lar, onde existe uma finalidade escolhida, o
apoio mútuo entre todos os membros da familia, a
DISPOSIÇÃO - Distribuição segundo uma certa ordem
no espaço e também no tempo, como, por ex., pode
autoridade dos pais, firme, segura, equilibrada, torna
-se empregar êste têrmo em sentido psicológico, co
a criança um ser com domínio próprio, capaz de diri
mo o estado de ânimo favorável à adoção de uma
gir-se, independente e responsável, quando chegar a
adulto. atitude afirmativa, afetiva ou volitiva, predisposição
de ânimo, que os escolásticos chamavam disposição
DISCOS - A música ocupa um papel de grande importân a um estado de ânimo quase habitual, mas de fácil
cia na educação infantil. Atualmente existe, no co remoção.
mércio, grande número de discos próprios para a cri
DISTROFIA MUSCULAR - Enfermidade não contagiosa.
ança, com músicas, contos, pequenas historietas, can
ções, etc. .E conveniente proporcionar à criança di�
Atua nos músculos do corpo, paulatinamente, até dei
xá-los completamente inúteis. Desconhece-se a sua
cos variados, de forma que ela obtenha uma expen
causa, mas parece, em muitos casos, ser um definido
ência mais rica no setor musical.
fator hereditário.
Na adolescência, é muito comum a formação de
Até os nossos dias não foi descoberto o remédio
discotecas, que adquirem grande importância para
para a cura desta enfermidade, apesar de haver inú
os jovens. meros tratamento, que podem ajudar a impedir algu
DISCREPÂNCIA - Discrepar significa diversificar, dife mas deformidades.
rir, também discordar, dissentir. Discrepância indi
DIVERSÃO - Algumas vêzes é preciso distrair a aten
ca disparidade, diferença e também divergência, dis
ção da criança de um objeto ou de um objetivo. Mas
sentimento. Há discrepância, quando o que era es
é preciso dar-se muita atenção ao sistema de distraí
perado, ou era requerido num determinado momento, -la, pois, às vêzes, pode conduzir a resultados extre
não corresponde ao esperado.
mos. A criança, que constantemente se sente desvia
DISCURSO - Discursar vem de dis e curro, da raiz sâns da das coisas que intenta fazer, não chegará jamais
crita kar, correr. Discursar é discorrer, correr dis, a ter oportunidade de realizar até o fim as suas em
daqui para ali. Daí falar-se em saber discursivo, um prêsas, e de apreender, assim, as conseqüências de
saber que corre daqui para ali, um saber que corre seus atos, por própria experiência, sejam elas más ou
para emparelhar, um e outro, um saber a conhecer boa.S.
com um saber já conhecido, que classifica um saber DIVERTIMENTO - Também chamado recreação é o no
com outro saber. O saber discursivo é um saber cul me que se dá à distração fora das atividades disci
to, um saber teórico, porque todo saber que liga, que plinares (escola, trabalho, etc.), em qualquer idade
conexiona com nexos reâis e ideais, é um saber que e condição humanas. A recreação própria da crian
sabe. ça é o brinquedo, o jôgo, o ludus (vide). O que ca
Discurso é, assim, a operação do espírito, que aci racteriza o ludus é o aspecto autotélico; ou seja, o ter
ma descrevemos, e quando é el_a expressada por têr uma finalidade em si mesmo. A recreação, nos adul
mos verbais ou sinais, é também o discurso na ex tos, é também um ludus, porque tem um fim em si
pressão mais freqüentemente usada. mesma, e não é uma atividade utilitária; quer dizer,
usada como meio para adquirir bens de carácter eco
DISCUSSÃO - Discutir é examinar, investigar segundo nômico. A longa controvérsia entre pedagogos e
provas e razões pró e contra. E questionar. Dis psicólogos se a recreação, no homem, é um brinque
cussão é o ato de discutir. Para que a discussão se do ou não, é fàcilrnente resolúvel se se compreender
ja proveitosa, impõe-se uma síntese dos argumentos o aspecto lúdico fundamental tanto dela corno do
- 182 - - 183 -
E a educação é um processo lento; as bases pre
cisam ser sólidas para que o edifício não se desmoro
\ a favor da tese, e dos a favor da antítese, a fim de evi
tar-se as obstinações, o que quase sempre só se
ne; a disciplina bem aplicada, sem exageros, a coope pode obter pela intervenção de um terceiro.
nwão do lar, onde existe uma finalidade escolhida, o
apoio mútuo entre todos os membros da familia, a
DISPOSIÇÃO - Distribuição segundo uma certa ordem
no espaço e também no tempo, como, por ex., pode
autoridade dos pais, firme, segura, equilibrada, torna
-se empregar êste têrmo em sentido psicológico, co
a criança um ser com domínio próprio, capaz de diri
mo o estado de ânimo favorável à adoção de uma
gir-se, independente e responsável, quando chegar a
adulto. atitude afirmativa, afetiva ou volitiva, predisposição
de ânimo, que os escolásticos chamavam disposição
DISCOS - A música ocupa um papel de grande importân a um estado de ânimo quase habitual, mas de fácil
cia na educação infantil. Atualmente existe, no co remoção.
mércio, grande número de discos próprios para a cri
DISTROFIA MUSCULAR - Enfermidade não contagiosa.
ança, com músicas, contos, pequenas historietas, can
ções, etc. .E conveniente proporcionar à criança di�
Atua nos músculos do corpo, paulatinamente, até dei
xá-los completamente inúteis. Desconhece-se a sua
cos variados, de forma que ela obtenha uma expen
causa, mas parece, em muitos casos, ser um definido
ência mais rica no setor musical.
fator hereditário.
Na adolescência, é muito comum a formação de
Até os nossos dias não foi descoberto o remédio
discotecas, que adquirem grande importância para
para a cura desta enfermidade, apesar de haver inú
os jovens. meros tratamento, que podem ajudar a impedir algu
DISCREPÂNCIA - Discrepar significa diversificar, dife mas deformidades.
rir, também discordar, dissentir. Discrepância indi
DIVERSÃO - Algumas vêzes é preciso distrair a aten
ca disparidade, diferença e também divergência, dis
ção da criança de um objeto ou de um objetivo. Mas
sentimento. Há discrepância, quando o que era es
é preciso dar-se muita atenção ao sistema de distraí
perado, ou era requerido num determinado momento, -la, pois, às vêzes, pode conduzir a resultados extre
não corresponde ao esperado.
mos. A criança, que constantemente se sente desvia
DISCURSO - Discursar vem de dis e curro, da raiz sâns da das coisas que intenta fazer, não chegará jamais
crita kar, correr. Discursar é discorrer, correr dis, a ter oportunidade de realizar até o fim as suas em
daqui para ali. Daí falar-se em saber discursivo, um prêsas, e de apreender, assim, as conseqüências de
saber que corre daqui para ali, um saber que corre seus atos, por própria experiência, sejam elas más ou
para emparelhar, um e outro, um saber a conhecer boa.S.
com um saber já conhecido, que classifica um saber DIVERTIMENTO - Também chamado recreação é o no
com outro saber. O saber discursivo é um saber cul me que se dá à distração fora das atividades disci
to, um saber teórico, porque todo saber que liga, que plinares (escola, trabalho, etc.), em qualquer idade
conexiona com nexos reâis e ideais, é um saber que e condição humanas. A recreação própria da crian
sabe. ça é o brinquedo, o jôgo, o ludus (vide). O que ca
Discurso é, assim, a operação do espírito, que aci racteriza o ludus é o aspecto autotélico; ou seja, o ter
ma descrevemos, e quando é el_a expressada por têr uma finalidade em si mesmo. A recreação, nos adul
mos verbais ou sinais, é também o discurso na ex tos, é também um ludus, porque tem um fim em si
pressão mais freqüentemente usada. mesma, e não é uma atividade utilitária; quer dizer,
usada como meio para adquirir bens de carácter eco
DISCUSSÃO - Discutir é examinar, investigar segundo nômico. A longa controvérsia entre pedagogos e
provas e razões pró e contra. E questionar. Dis psicólogos se a recreação, no homem, é um brinque
cussão é o ato de discutir. Para que a discussão se do ou não, é fàcilrnente resolúvel se se compreender
ja proveitosa, impõe-se uma síntese dos argumentos o aspecto lúdico fundamental tanto dela corno do
- 182 - - 183 -
brinquedo infantil. Assim, o esporte dos adultos é 4) dívertimentos em que os adultos os façam juntos
uma forma evoluída do Iudus de regras da criança, com as crianças, para que estas sintam aquêles não
já com a incorporação da esquemática intelectual da como sêres estranhos, aos quais estão submetidos,
quele. O Iudus, do mesmo modo que é indispensá mas como companheiros, também, embora acentua
vel à criança, como vimos nos artigos acima citados, damente mais aptos.
também o é no adulto ( a recreação do adulto é um
A recreação é, hoje, uma verdadeira arte e passa
Iudus ) por favorecer o equilíbrio emocional e por in·
,
comendado, pois o açúcar ficará entre os dentos, <, mir suas emoções, e, sobretudo, suas manifestações,
que irá favorecer as cáries dentárias. É preciso dur, podendo dirigir sua conduta no âmbito social. Tam-
- 18 6 - - 187 -
DIVóRCIO ( efeitos sôbre as crianças ) - Vide DivMdn em lugar de doces, frutas, passas, frutas sêcas, etc.
e separação. - Têm sido realmente desastrosas n.ct Nos dias de festas, deve-se deixar a criança à vonta
conseqüências que exercem os divórcios no caráctor de, de forma que dê vazão ao seu desejo, sem, entre
dos filhos menores. Sem dúvida, o grande problema tanto, ultrapassar certos limites aconselháveis à saúde.
é a hábil preparação para o matrimônio, e não o di·
vórcio, já que êste é relativo ao matrimônio, pois, náo DOCILIDADE -Diz-se da disposição de ânimo de al·
há divórcio sem que haja matrimônio. Se se exami guém que chega a ponto de renunciar ao próprio cri
nam as causas dos divórcios, que é matéria mais tério, e permitir ser ensinado e dirigido por outros,
sociológica e psicológica, verifica-se que a quase to por reconhecimento da autoridade e da superiorida
talidade dêles surge de matrimônios que não obedece· de de quem o orienta. A docilidade é uma disposi
ram as regras exigidas para a sua formação. A fal· ção natural.
ta de uma nítida compreensão do que é o matrimônio, DOENÇAS INFECCIOSAS - Vide Puericultura - 1 1.0
e da sua grande importância, e dos deveres que ca cap., § 1 .
bem a cada cônjuge, que antes de se unirem devem
estudar devidamente se o matrimônio se fundamenta DOMINAÇÃO - Na Pedagogia, observa-se que o exercí
em laços realmente sólidos, e a falta de uma educa cio do domínio, sôbre indivíduos de certo modo su
ção pré-matrimonial têm sido a causa de tantos deiS· bordinados, é uma espécie de válvula de escape da
calabros, de conseqüências tremendas para a socieda agressividade reprimida. Pais e mestres, que sofrem
de e para os indivíduos. de sentimentos de inferioridade ou de culpa, buscam,
comumente, uma compensação no domínio excessivo,
As estatísticas americanas revelam que, aproxi exercido sôbre alunos ou filhos. A desmedida seve
madamente, 25% dos delinqüentes infantis são crian· ridade pode revelar um carácter neurótico. A reação ·
ças de lares desfeitos, sendo a maior parte em conse da criança, em tais casos, pode ser ativa ou passiva.
qüência do divórcio. Há variações de Estado para A ativa, responde com a rebelia; a passiva, responde
Estado; contudo, a percentagem é elevadíssima. com a submissão. Em ambos casos, há perturbação
do desenvolvimento normal psíquico. Vide Agressi
DIVóRCIO E SEPARAÇÃO - Um casal, que se separa,
vidade, Frustração .
coloca um grave problema para tôda a família. Os
filhos são, sem dúvida alguma, os que mais sofrem, DOMíNIO -Dominar é ter autoridade ou poder sôbre
pois, para êles, o pai, a mã.e e o lar formam o seu alguma coisa, é subjugar, é vencer, é refrear, é con
mundo. Na idade escolar, apesar de ter alargado o ter, é preponderar.
seu mundo com perspectivas mais amplas, o lar e os
pais são o fundamento de sua vida. Há casos em a ) Domínio é o poder exercido pela ação de do
que uma separação é mais aconselhável que a vida minar, ou o resultado dessa ação.
em comum e, neste caso, deve fazer-se sob uma con b ) Emprega-se êsse têrmo para indicar o que
duta sensata, um pacto acertado, de forma que os é da competência, da atribuição de . . . , daí poder-se
filhos sofram o menos possível. falar de uma idéia, que é do domínio de outra.
A prática demonstrou que é melhor para êles vi· c ) Juridicamente, é a propriedade de bens imo
verem com um dos pais, e ser visitado ou visitar o biliários e também de quaisquer outros bens.
outro. Os pormenores serão descriminados, segundo
os diversos casos pelo juiz, no ato da separação. d ) Psicologicamente, fala-se no domínio da von·
tade para referir-se ao conjunto de ações, que desta
DOCES - Os doces não devem ser ingeridos antes da ho· dependem. Vide Autoridade e Dominação.
ra das refeições, pois tirarão o apetite da criança.
Da mesma forma, após as refeições, não é muito ro DOMíNIO DE SI Capacidade de um indivíduo repri
-
comendado, pois o açúcar ficará entre os dentos, <, mir suas emoções, e, sobretudo, suas manifestações,
que irá favorecer as cáries dentárias. É preciso dur, podendo dirigir sua conduta no âmbito social. Tam-
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bém se chama ao exercício para adquirir essa capa das pelo organismo ( hipnotoxinas ) ; etc. Podemos,
cidade. entretanto, repetir com A. Gesell, que o sono cons
titui "um reajuste do mecanismo total do organis
DOR DE CABEÇA - A dor de cabeça, associada à febre,
mo . . . para proteger seu bem-estar íntegro e remoto".
é geralmente sintoma de enfermidade, e uma visita
ao médico é muito oportuna. Se não há febre e a Todo indivíduo necessita dormir. O recém-nas
dor é passageira, não há motivo de se dar maior im cido dorme a maior parte do tempo, acorda apenas
portância. O mais aconselhável é fazer com que a para alimentar-se. Aos três anos, a criança deve
criança descanse, e tome um comprimido de Melho dormir, ininterruptamente, de 1 1 a 13 horas. Já as
rai, Fontol, etc. crianças de 8 a 1 3 anos dormirão de 1 1 a 9 horas,
conforme a idade, e êste período de descanço deve ir
DOR DE ESTOMAGO ( comwnente dor-de-barriga) - As ajustando-se, gradualmente, ao da vida adulta.
dôres de estômago se são persistentes ( duram mais
de wna hora) devem ser tratadas por um médico. Os períodos de sono da criança devem ser os
Tira-se a temperatura da criança, para ver se há fe mais regulares possíveis. Não se deve fazer exceção
bre, e não se dá nenhum alimento ou bebida e, prin quanto à hora de ir para a cama; entretanto, não deve
cipalmente, nenhum laxante ou purgante. ser utilizado para obrigar a criança qualquer meio
de ameaça, castigo etc. As crianças, com mais de
Essas dôres, em geral, são fàcilmente curadas, um ano, devem dormir em quartos separados dos
e a causa mais freqüente é a indigestão. Tam pais. Isto é necessário, pois os hábitos do adulto não
bém podem originar-se, devido à ingerência de uma se conciliam com os da criança: esta nunca deve ter
fruta verde ou alimentos em más condições, em cujo oportunidade de observar as intimidades dos pais,
caso as moléstias vêm acompanhadas de perda de pois as interpretará mal. Tôdas as perturbações do
apetite, náuseas, vômitos, febre ou diárreia. Algumas sono são sintomas de doença, de disturbios físicos
vêzes pode ser sintoma de uma doença de maior im ou mentais ou de tendências neuróticas. As últimas,
portância. motivadas com freqüência pelo excesso de amor pa
DoRES DE CRESCIMENTO - Quando uma criança quoi ternal, ou por falha da educação. A criança sã e
xa-se de dor nos braços ou nas pernas, ou em qual bem cuidada dorme profundamente. Por isso, quan
quer outra parte do corpo, é geralmente sinal do do, sem razão aparente, dorme de forma irregular, so
algum transtôrno puramente físico ou, em parto, psl· fre pesadelo ou enuresis, deve-se consultar um pedia·
cológico. tra. O chôro noturno, na primeira infância, é nor
mal, o bebê chora de fome ou por estar molhado, etc.
A fadiga muscular, os pós chntcm, �m.pnt.nH npurtn Chupar o dedo até 4 ou 5 anos, enquanto dorme, não
dos, uma torsão, otc., HILO nli(HnmH c·t�UHHM ch��t I I I U I I.IL.-. é para inquietar; assim como falar enquanto dorme.
possíveis dOres arUculO.l'tJH ou nuuuhmH l lolol'ldwt.
DúVIDA - Estado da mente em que não há um assenti
DOR NAS CO TAS As C'I\IIHHM ele tl(u·c•l' 111114 c•mctll pu mento firme sôbre um juízo, por que se teme ser
dem ser várias, como: uu\ po�tl u ru, l1 1Ht111t4 111114 . .,.,.. .,. êle falso.
ou nos ligamentos ( duvido " 1mm c l iHi c•wmu 1 , u " ' rn
rem persistentes ou porf<�dktll:l, cluvo 1 1 1 H« t' h vn c l ll
conhecimento do mó<.Uco.
- 188 - - 189 -
bém se chama ao exercício para adquirir essa capa das pelo organismo ( hipnotoxinas ) ; etc. Podemos,
cidade. entretanto, repetir com A. Gesell, que o sono cons
titui "um reajuste do mecanismo total do organis
DOR DE CABEÇA - A dor de cabeça, associada à febre,
mo . . . para proteger seu bem-estar íntegro e remoto".
é geralmente sintoma de enfermidade, e uma visita
ao médico é muito oportuna. Se não há febre e a Todo indivíduo necessita dormir. O recém-nas
dor é passageira, não há motivo de se dar maior im cido dorme a maior parte do tempo, acorda apenas
portância. O mais aconselhável é fazer com que a para alimentar-se. Aos três anos, a criança deve
criança descanse, e tome um comprimido de Melho dormir, ininterruptamente, de 1 1 a 13 horas. Já as
rai, Fontol, etc. crianças de 8 a 1 3 anos dormirão de 1 1 a 9 horas,
conforme a idade, e êste período de descanço deve ir
DOR DE ESTOMAGO ( comwnente dor-de-barriga) - As ajustando-se, gradualmente, ao da vida adulta.
dôres de estômago se são persistentes ( duram mais
de wna hora) devem ser tratadas por um médico. Os períodos de sono da criança devem ser os
Tira-se a temperatura da criança, para ver se há fe mais regulares possíveis. Não se deve fazer exceção
bre, e não se dá nenhum alimento ou bebida e, prin quanto à hora de ir para a cama; entretanto, não deve
cipalmente, nenhum laxante ou purgante. ser utilizado para obrigar a criança qualquer meio
de ameaça, castigo etc. As crianças, com mais de
Essas dôres, em geral, são fàcilmente curadas, um ano, devem dormir em quartos separados dos
e a causa mais freqüente é a indigestão. Tam pais. Isto é necessário, pois os hábitos do adulto não
bém podem originar-se, devido à ingerência de uma se conciliam com os da criança: esta nunca deve ter
fruta verde ou alimentos em más condições, em cujo oportunidade de observar as intimidades dos pais,
caso as moléstias vêm acompanhadas de perda de pois as interpretará mal. Tôdas as perturbações do
apetite, náuseas, vômitos, febre ou diárreia. Algumas sono são sintomas de doença, de disturbios físicos
vêzes pode ser sintoma de uma doença de maior im ou mentais ou de tendências neuróticas. As últimas,
portância. motivadas com freqüência pelo excesso de amor pa
DoRES DE CRESCIMENTO - Quando uma criança quoi ternal, ou por falha da educação. A criança sã e
xa-se de dor nos braços ou nas pernas, ou em qual bem cuidada dorme profundamente. Por isso, quan
quer outra parte do corpo, é geralmente sinal do do, sem razão aparente, dorme de forma irregular, so
algum transtôrno puramente físico ou, em parto, psl· fre pesadelo ou enuresis, deve-se consultar um pedia·
cológico. tra. O chôro noturno, na primeira infância, é nor
mal, o bebê chora de fome ou por estar molhado, etc.
A fadiga muscular, os pós chntcm, �m.pnt.nH npurtn Chupar o dedo até 4 ou 5 anos, enquanto dorme, não
dos, uma torsão, otc., HILO nli(HnmH c·t�UHHM ch��t I I I U I I.IL.-. é para inquietar; assim como falar enquanto dorme.
possíveis dOres arUculO.l'tJH ou nuuuhmH l lolol'ldwt.
DúVIDA - Estado da mente em que não há um assenti
DOR NAS CO TAS As C'I\IIHHM ele tl(u·c•l' 111114 c•mctll pu mento firme sôbre um juízo, por que se teme ser
dem ser várias, como: uu\ po�tl u ru, l1 1Ht111t4 111114 . .,.,.. .,. êle falso.
ou nos ligamentos ( duvido " 1mm c l iHi c•wmu 1 , u " ' rn
rem persistentes ou porf<�dktll:l, cluvo 1 1 1 H« t' h vn c l ll
conhecimento do mó<.Uco.
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E
- 19 1 -
E
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A educação pode ser realizada em si mesmo pelo é o da convivência ou não da criança deficiente com
mesmo sujeito ( auto-educação ), ou por outros ( hetc a normal, na escola. Devemos considerar que o te·
ro-edncação ). Segundo os objetos a que se dedica, ma é de envergadura, e imensamente controverso, so
a educação pode ser física ( muscular ) , afetiva ou mo bretudo devldo aos estudos modernos que sôbre êle
ral, cognoscitiva, intelectual, etc. A educação inte se realizam, e seria longo enumerar o que já se rea
gral inclui tôdas as outras. Vide Introdução. lizou neste setor.
EDUCAÇÃO ESCOLAR - Para que a educação escolar se Mas, se partirmos de uma realidade, que é a con·
ja salutar, não deve cingir-se apenas à instrução, co vivência no lar de crianças normais e crianças defi
mo infelizmente julgam alguns professores. É mis cientes, e que essa ccnvivêncta, obedecendo a certas
ter que haja cooperação de mestres e alunos entre si. regras, com o auxílio, sobretudo, dos pais, pode esta
Ademais, o mestre deve ser um estimulador da auto belecer-se em níveis razoáveis e até convenientes, o
-instrução, pois deve dar ao aluno pontos de interêsse, mesmo não é impossível realizar-se na escola, desde
para que, desejoso de saber, procure por si o conheci que os mestres tenham plena consciência da sua fun
mento. É mister incutir na mente do aluno que ca ção em tais casos, e saibam considerar cada criança
da um é o mais apto a realizar o melhor para si mes ccmo um caso singular, bem como sejam. capazes de
mo, no setor do conhecimento. Despertado o proble dar aos outros alunos uma compreensão justa, capaz
ma, incute-se-lhe o interêsse em resolvê-lo, dando-lhe de evitar os conflitos emocionais que surgem e sur
os meios para pesquisas. Assim, se se trata de um giriam, quando houvesse descuido cu inabilidade no
problema histórico, se tal fato se deu, dêste ou da· trato que se deve manter. As observações realizadas
quele modo, facilita-se ao aluno a pesquisa, auxilian revelam que essa convivência é capaz de manter-se
do-o apenas com a indicação das obras convenien normal, dentro de um âmbito, e inconvfi:)niente dentro
tes para compulsar. O mestre, que tem um papel so de outro. A posição mais comum é a da formação
cial importantíssimo, deve sempre ter em mente que de escolas especializadas para tais casos, as quais po
o aluno reterá, fàcilmente, a matéria que lhe interessa, dem rEger-se por um rigor pedagógico bem apreciá
enquanto a que lhe desgosta será fàcilmente esqueci vel. Nestes casos, estabelecem-se regras gerais, que
da. O fortalecimento da memória exige um grau de indicam providências que devem ser tomadas, como
interêsse, que cabe ao mestre despertar, caso não sur as seguintes: rigoroso diagnóstico de cada caso, que
ja espontâneamente. E tal se consegue por vias di·
deve ser o mais correto possível, pois é mister evitar
retas e indiretas, sobretudo por estas últimas; como
os enganos que certos sintomas podem oferecer, o que
seja, abordar o tema sob um ângulo, quo aguco n
exige um pessoal superiormente especializado, alta·
curiosidade, despertando o interêsse. Um professor,
mente clínico, capaz de subministrar aos mestres to
que desejasse interessar os alunos na bot.nntca, podo·
ria começar pela apresentaçfio do urnt� l>oh� flor c, elo
dos os dados e conselhos, que devem ser observados
pois, descrever as suas pnrlos o funçooH , nt�O om tOr e cumpridos; em segundo lugar, deve-se estabelecer
mos rigorosamente tócnicos, mns moH�rnndo o. b(llo:r:n uma classificação geral, :para que o ensino seja mi
da complexidade que n vlcln rr·ln pHI'IL nlcnnçnr �� sun nistrado segundo êsse grau, o que também exige espe
perpetuação. Ou, entú.o, p1Lm lnt.uri'HHILI' o nluno rm cialistas altamente capazes. O programa de ensino
história, abrir com um d1scur.so Hflhro ro1tm1 noh\vulM, ( incluindo, também, o técnico) deve ser estabelecido
realizados por gregos ou eglpcloH, <hlHOI'ovonclo n <·nnH com o máximo rigor, já que, segundo os defeitos, há
trução das pirâmides, pum clopoiH, tii'Hpo r·t 11 r· o l n t 11 possibilidades de estabelecer especializações nas cri·
rêsse pelo estudo da matérin. anças, que, em determinados setores, podem tornar
·Se habilissima.S; em terceiro lugar, deve-se estabele
EDUCAÇAO ESCOLAR DOS DEF'ICJio:N'I'fl:H Vtd• <:ri· cer uma programação segura do aproveitamento pos
anças deficientes - Em complomonttlçí\o tlo quo ro1 terior dessas crianças, para que elas encontrem, quan
examinado naquele artigo, tom-so do iiullonttu' o grn do capazes de se dedicarem a um mister, um emprê
ve problema pedagógico e social que surgo aqui, quo go conveniente para as mesmas.
- 192 - - 193 -
A educação pode ser realizada em si mesmo pelo é o da convivência ou não da criança deficiente com
mesmo sujeito ( auto-educação ), ou por outros ( hetc a normal, na escola. Devemos considerar que o te·
ro-edncação ). Segundo os objetos a que se dedica, ma é de envergadura, e imensamente controverso, so
a educação pode ser física ( muscular ) , afetiva ou mo bretudo devldo aos estudos modernos que sôbre êle
ral, cognoscitiva, intelectual, etc. A educação inte se realizam, e seria longo enumerar o que já se rea
gral inclui tôdas as outras. Vide Introdução. lizou neste setor.
EDUCAÇÃO ESCOLAR - Para que a educação escolar se Mas, se partirmos de uma realidade, que é a con·
ja salutar, não deve cingir-se apenas à instrução, co vivência no lar de crianças normais e crianças defi
mo infelizmente julgam alguns professores. É mis cientes, e que essa ccnvivêncta, obedecendo a certas
ter que haja cooperação de mestres e alunos entre si. regras, com o auxílio, sobretudo, dos pais, pode esta
Ademais, o mestre deve ser um estimulador da auto belecer-se em níveis razoáveis e até convenientes, o
-instrução, pois deve dar ao aluno pontos de interêsse, mesmo não é impossível realizar-se na escola, desde
para que, desejoso de saber, procure por si o conheci que os mestres tenham plena consciência da sua fun
mento. É mister incutir na mente do aluno que ca ção em tais casos, e saibam considerar cada criança
da um é o mais apto a realizar o melhor para si mes ccmo um caso singular, bem como sejam. capazes de
mo, no setor do conhecimento. Despertado o proble dar aos outros alunos uma compreensão justa, capaz
ma, incute-se-lhe o interêsse em resolvê-lo, dando-lhe de evitar os conflitos emocionais que surgem e sur
os meios para pesquisas. Assim, se se trata de um giriam, quando houvesse descuido cu inabilidade no
problema histórico, se tal fato se deu, dêste ou da· trato que se deve manter. As observações realizadas
quele modo, facilita-se ao aluno a pesquisa, auxilian revelam que essa convivência é capaz de manter-se
do-o apenas com a indicação das obras convenien normal, dentro de um âmbito, e inconvfi:)niente dentro
tes para compulsar. O mestre, que tem um papel so de outro. A posição mais comum é a da formação
cial importantíssimo, deve sempre ter em mente que de escolas especializadas para tais casos, as quais po
o aluno reterá, fàcilmente, a matéria que lhe interessa, dem rEger-se por um rigor pedagógico bem apreciá
enquanto a que lhe desgosta será fàcilmente esqueci vel. Nestes casos, estabelecem-se regras gerais, que
da. O fortalecimento da memória exige um grau de indicam providências que devem ser tomadas, como
interêsse, que cabe ao mestre despertar, caso não sur as seguintes: rigoroso diagnóstico de cada caso, que
ja espontâneamente. E tal se consegue por vias di·
deve ser o mais correto possível, pois é mister evitar
retas e indiretas, sobretudo por estas últimas; como
os enganos que certos sintomas podem oferecer, o que
seja, abordar o tema sob um ângulo, quo aguco n
exige um pessoal superiormente especializado, alta·
curiosidade, despertando o interêsse. Um professor,
mente clínico, capaz de subministrar aos mestres to
que desejasse interessar os alunos na bot.nntca, podo·
ria começar pela apresentaçfio do urnt� l>oh� flor c, elo
dos os dados e conselhos, que devem ser observados
pois, descrever as suas pnrlos o funçooH , nt�O om tOr e cumpridos; em segundo lugar, deve-se estabelecer
mos rigorosamente tócnicos, mns moH�rnndo o. b(llo:r:n uma classificação geral, :para que o ensino seja mi
da complexidade que n vlcln rr·ln pHI'IL nlcnnçnr �� sun nistrado segundo êsse grau, o que também exige espe
perpetuação. Ou, entú.o, p1Lm lnt.uri'HHILI' o nluno rm cialistas altamente capazes. O programa de ensino
história, abrir com um d1scur.so Hflhro ro1tm1 noh\vulM, ( incluindo, também, o técnico) deve ser estabelecido
realizados por gregos ou eglpcloH, <hlHOI'ovonclo n <·nnH com o máximo rigor, já que, segundo os defeitos, há
trução das pirâmides, pum clopoiH, tii'Hpo r·t 11 r· o l n t 11 possibilidades de estabelecer especializações nas cri·
rêsse pelo estudo da matérin. anças, que, em determinados setores, podem tornar
·Se habilissima.S; em terceiro lugar, deve-se estabele
EDUCAÇAO ESCOLAR DOS DEF'ICJio:N'I'fl:H Vtd• <:ri· cer uma programação segura do aproveitamento pos
anças deficientes - Em complomonttlçí\o tlo quo ro1 terior dessas crianças, para que elas encontrem, quan
examinado naquele artigo, tom-so do iiullonttu' o grn do capazes de se dedicarem a um mister, um emprê
ve problema pedagógico e social que surgo aqui, quo go conveniente para as mesmas.
- 192 - - 193 -
Contudo, é mister que mantenham convivência dos homens que a rodeiam, e também do seu próprio
com crianças normais, devidamente preparadas para sentir.
comprender aquelas.
A criança receberá dos pais os primeiros ensina
Atualmente, dado o alto grau de civilização, não mentos religiosos.
há mais aquêle preconceito de que os defeituosos são
inaproveitáveis, o que os atirava, em muitos casos, à Nos países em que impera um único credo, uma
inatividade, e até à mendicância. Sabe-se, hoje, que única religião, a criança encontrará em casa, no co
defeituosos são capazes de alcançar alto nível técni légio e no ambiente em que vive, os ensinamentos
co e também intelectual em determinados setores, o mais importantes. Já nos países em que a religião
que os torna úteis à sociedade que os ampara e pro é livre, e onde prolifera um sem número de seitas ou
tege. Nunca se esqueça o exemplo do Aleijadinho, pa igrejas, a questão já toma outro vulto.
ralitico, de Theodore Roosevelt, míope, de Franltlin
EDUCAÇÃO SOCIAL NA AULA - Sem dúvida, que, nu
Roosevelt, paralítico, Heler Keller, cega, surda e mu
ma aula, é fácil observar que os alunos se integram
da, e de alguns deficientes mentais, que se tomaram
em determinados círculos, que podem ser maiores ou
notáveis especialistas, etc.
menores, formando grupos, mais ou menos coesos e
EDUCAÇÃO PROGRESSIVA - A base da filosofia do es resistentes, que permitem maior ou menor soma de
critor americano Jolm Dewey, criador da "Educação influência dos outros. São verdadeiros grupos, por
Progressiva", resume-se nesta frase: "aprender pela que há um têrmo comum que os coerencia. Assim,
ação". Funda a sua filosofia da educação no fato de um aluno pode tomar parte mais intimamente num
crianças compreenderem melhor, e recordarem por grupo como noutro, e há até os que são capazes de
um período mais longo, o que está relacionado com tomar parte em todos os grupos. Mas é fácil obser
a sua própria vida, por ser o que elas experimentam var que seu comportamento varia de um grupo pa
e compreendem de maneira viva. ra outro. Uma das observações mais importantes pa
ra o mestre são as sedimentações grupais, que se for
A educação progressiva foi censurada pelos que mam em função do temperamento. Assim há intro
afirmam que não é possível deixar-se a criança em vertidos, acanhados, tímidos e extrovertidos, sociais,
completa liberdade. Grande número de educadores dados. Se o mestre fundar-se numa concepção ca
opta pela necessidade de direção e orientação cons racterológica, como a de Corman, poderá classificar
tante, de forma que os alunos não se dirijam por si os alunos em dilatados e retraídos. Os primeiros em
sós. dilatados astênicos e estênicos. Os segundos, em re
Muitas idéias aceitas por grande parte de educa traídos laterais e retraídos de base, e observar o com
dores são contribuições da educação progressiva, co portamento que manifestam em relação aos outros.
mo, por exemplo: o reconhecimento de que todo indi· Em regra geral, os professores se desinteressam por
víduo tem necessidades individuais e apresenta mani· tais estudos, o que é lamentável, dedicando-se ape
!estações diferentes, que nevem ser estimuladas, dan nas à matéria que ministram. Contudo, como há
do-se-lhes meios de expressão como os artísticos, li mestres que sentem melhor o seu grande papel peda·
terários, oratórios, etc., o que leva as crianças à in gógico, portanto social, e assumem conscientemente
vestigação, à criação por meio de descobertas, subs uma responsabilidade, que realmente têm, é aconse·
tituindo o conhecimento de memória, por um mais. lhável um método oferecido por Moreno, que consis·
vivo e experimental. te nas seguintes providências: ped1r a cada aluno que
faça, em particular, uma lista de três ou quatro ami·
EDUCAÇAO RELIGIOSA - Educação religiosa, no sou gos, dos que mais estimam, daqueles que consideram
mais alto sentido, significa todo o ambiento, clJma realmente seus amigos; o nome do amigo com o qual
moral, social _e espiritual, que só é atingido nn unida gostaria de ·conversar mais ou de estudar junto, qual
de perfeita de prática e crença, quo a crlnnçn. viverá que gostaria que o acompanhasse ao cinema, a pas
entre os seus, no seio de sua famflia, dos seus amigos. seios, ao esporte. Depois de uma classificação, que
- 194 - - 195 -
Contudo, é mister que mantenham convivência dos homens que a rodeiam, e também do seu próprio
com crianças normais, devidamente preparadas para sentir.
comprender aquelas.
A criança receberá dos pais os primeiros ensina
Atualmente, dado o alto grau de civilização, não mentos religiosos.
há mais aquêle preconceito de que os defeituosos são
inaproveitáveis, o que os atirava, em muitos casos, à Nos países em que impera um único credo, uma
inatividade, e até à mendicância. Sabe-se, hoje, que única religião, a criança encontrará em casa, no co
defeituosos são capazes de alcançar alto nível técni légio e no ambiente em que vive, os ensinamentos
co e também intelectual em determinados setores, o mais importantes. Já nos países em que a religião
que os torna úteis à sociedade que os ampara e pro é livre, e onde prolifera um sem número de seitas ou
tege. Nunca se esqueça o exemplo do Aleijadinho, pa igrejas, a questão já toma outro vulto.
ralitico, de Theodore Roosevelt, míope, de Franltlin
EDUCAÇÃO SOCIAL NA AULA - Sem dúvida, que, nu
Roosevelt, paralítico, Heler Keller, cega, surda e mu
ma aula, é fácil observar que os alunos se integram
da, e de alguns deficientes mentais, que se tomaram
em determinados círculos, que podem ser maiores ou
notáveis especialistas, etc.
menores, formando grupos, mais ou menos coesos e
EDUCAÇÃO PROGRESSIVA - A base da filosofia do es resistentes, que permitem maior ou menor soma de
critor americano Jolm Dewey, criador da "Educação influência dos outros. São verdadeiros grupos, por
Progressiva", resume-se nesta frase: "aprender pela que há um têrmo comum que os coerencia. Assim,
ação". Funda a sua filosofia da educação no fato de um aluno pode tomar parte mais intimamente num
crianças compreenderem melhor, e recordarem por grupo como noutro, e há até os que são capazes de
um período mais longo, o que está relacionado com tomar parte em todos os grupos. Mas é fácil obser
a sua própria vida, por ser o que elas experimentam var que seu comportamento varia de um grupo pa
e compreendem de maneira viva. ra outro. Uma das observações mais importantes pa
ra o mestre são as sedimentações grupais, que se for
A educação progressiva foi censurada pelos que mam em função do temperamento. Assim há intro
afirmam que não é possível deixar-se a criança em vertidos, acanhados, tímidos e extrovertidos, sociais,
completa liberdade. Grande número de educadores dados. Se o mestre fundar-se numa concepção ca
opta pela necessidade de direção e orientação cons racterológica, como a de Corman, poderá classificar
tante, de forma que os alunos não se dirijam por si os alunos em dilatados e retraídos. Os primeiros em
sós. dilatados astênicos e estênicos. Os segundos, em re
Muitas idéias aceitas por grande parte de educa traídos laterais e retraídos de base, e observar o com
dores são contribuições da educação progressiva, co portamento que manifestam em relação aos outros.
mo, por exemplo: o reconhecimento de que todo indi· Em regra geral, os professores se desinteressam por
víduo tem necessidades individuais e apresenta mani· tais estudos, o que é lamentável, dedicando-se ape
!estações diferentes, que nevem ser estimuladas, dan nas à matéria que ministram. Contudo, como há
do-se-lhes meios de expressão como os artísticos, li mestres que sentem melhor o seu grande papel peda·
terários, oratórios, etc., o que leva as crianças à in gógico, portanto social, e assumem conscientemente
vestigação, à criação por meio de descobertas, subs uma responsabilidade, que realmente têm, é aconse·
tituindo o conhecimento de memória, por um mais. lhável um método oferecido por Moreno, que consis·
vivo e experimental. te nas seguintes providências: ped1r a cada aluno que
faça, em particular, uma lista de três ou quatro ami·
EDUCAÇAO RELIGIOSA - Educação religiosa, no sou gos, dos que mais estimam, daqueles que consideram
mais alto sentido, significa todo o ambiento, clJma realmente seus amigos; o nome do amigo com o qual
moral, social _e espiritual, que só é atingido nn unida gostaria de ·conversar mais ou de estudar junto, qual
de perfeita de prática e crença, quo a crlnnçn. viverá que gostaria que o acompanhasse ao cinema, a pas
entre os seus, no seio de sua famflia, dos seus amigos. seios, ao esporte. Depois de uma classificação, que
- 194 - - 195 -
b ) Culto do eu, preocupação exclusiva de sua
obedeceria às normas preferidas pelo mestre, pode
cultura pessoal, erigida em fim único de conduta
ria tirar conclusões importantíssimas, verificando, ( Lalande ).
possivelmente, que wn memno é o preferido peles ou
tros, que um é o menos estimado. Dêsse modo, o Tendência em· pensar constantemente em si mes
mestre verificará que há algum aluno que é menos mo, subordinando a si mesmo como ponto de refe
estimado, que se acha isolado, embora considere ou rência de tôda atividade mental.
tros e estime outros. Tais alunos merecerão, então,
c ) Pejorativamente, significa, seg. C. Hémon
um exame especial, pois é mister auxiliá-los a conquis
(cit. por Lalande ), a curiosidade doentia, o diletan
tar a estima, que não obtiveram. O caso em especial,
tismo enervante, a amorosa e perversa cultura de
devidamente examinado, permitirá que se estabele
nossa individualidade total.
çam as causas do isolamento, e permitirá que se pro
ponham normas convenientes para melhorar a atmos EGO-SINTôNICO - (l,sicanálise ) - O que está em har
fera que se forma, e estimular a formação de vínculos monia com o ego, ou que é congruente com suas nor
de amizade. Assim, a um menino tímido, deve-se fa mas.
litar alguma atividade que êle possa exercer, e que
não exerçam os outros, ou em que êle possa executar EIDÉTICO - a) Têrmo gr. eidetikós, usado pelos anti
gos para significar tudo quanto é concernente ao co
com maior habiiiaacte, a fim cte awnentar-lhe o pres
nhecimento ( eidesis = ciência, conhecimento ) .
tígio de que carece, além da auto-confiança que mui
tas vêzes lhe faz falta. Deve o mestre guiar-se pela b ) Modernamente, tem sido empregado, na fi
procura de compensações, e em tudo isso deve agir losofia, no sentido de tudo o que se refere aos eide,
com discrição e habilidade, nunca demonstrando, cla às essências-formais das coisas.
ramente, que pretende impor valia a alguém, mas fa
zendo que essa valia seJa normalmente reconhecida ELABORAÇÃO - a) Elaborar é preparar gradualmente
pelos outros. O exame dos casos particulares facili e com trabalho alguma coisa, elaborare. Elabora
ção é a ação e o efeito de elaborar, de preparar, de
tará ao mestre inteligente o encontro das normas que
concluir.
deverá seguir para ter bem êxito em seu intento.
b ) Todo processo vital orgânico de assimilação
EDUCACIONISMO - Diz-se daquelas doutrinas que atri e desassimilação é uma elaboração vital, por isso se
buem à educação o poder suficiente para preparar pode falar numa elaboração mental, pela acomoda
gerações, segundo padrões estabelecidos. Esta con ção dos esquemas e pela assimilação, o que consti
cepção do século XVIII está implícita em quase tõ tui, propriamente, a adaptação psíquica. Daí poder·
das as doutrinas sociais, socialistas e socializantes, -se falar nwna elaboração do conhecimento, que é o
que têm surgido até os nossos dias. conjunto das operações mentais, pelos quais os da
EGO - ALTRUíSMO - Vide Ética. Para as concepções
dos imediatos, que constituem a matéria do conheci·
menta, servem de motivos para permitir, pela ativi
ego-altruístas, o fim da vida é o prazer, mas é preci
dade intelectual, a formação dos esquemas, a coor
so verificar que o interêsse confunde-se com o bem
denação dos mesmos, sua seriação e ccrdenação es
geral. A máxima moral dos ego-altruístas consiste
quemática, que vão constituir os conceitos, as cate
em apontar ao homem a obtençao da maior scma de
gorias, os juízos intelectua1s.
prazer ao maior número possível.
c) Na vida social, a elaboração pode ser feita
EGOíSMO - Vide nenerosidade; Compartilhar . com outras pessoas, e é a colabor�ção (vide).
EGOTISMO - a) Segundo Addison, o têrmo é atribuído ELAÇÃO - Estado de excitação emotiva, que se caraG
a Port-Royal, e quer significar o defeito que revela o teriza por um intenso prazer e um estado de anima
homem em constantemente usar a primeira pessoa, ção, com grande aumento da atividade motora.
•, o que revela vaidade.
- 197 -
- 196 -
b ) Culto do eu, preocupação exclusiva de sua
obedeceria às normas preferidas pelo mestre, pode
cultura pessoal, erigida em fim único de conduta
ria tirar conclusões importantíssimas, verificando, ( Lalande ).
possivelmente, que wn memno é o preferido peles ou
tros, que um é o menos estimado. Dêsse modo, o Tendência em· pensar constantemente em si mes
mestre verificará que há algum aluno que é menos mo, subordinando a si mesmo como ponto de refe
estimado, que se acha isolado, embora considere ou rência de tôda atividade mental.
tros e estime outros. Tais alunos merecerão, então,
c ) Pejorativamente, significa, seg. C. Hémon
um exame especial, pois é mister auxiliá-los a conquis
(cit. por Lalande ), a curiosidade doentia, o diletan
tar a estima, que não obtiveram. O caso em especial,
tismo enervante, a amorosa e perversa cultura de
devidamente examinado, permitirá que se estabele
nossa individualidade total.
çam as causas do isolamento, e permitirá que se pro
ponham normas convenientes para melhorar a atmos EGO-SINTôNICO - (l,sicanálise ) - O que está em har
fera que se forma, e estimular a formação de vínculos monia com o ego, ou que é congruente com suas nor
de amizade. Assim, a um menino tímido, deve-se fa mas.
litar alguma atividade que êle possa exercer, e que
não exerçam os outros, ou em que êle possa executar EIDÉTICO - a) Têrmo gr. eidetikós, usado pelos anti
gos para significar tudo quanto é concernente ao co
com maior habiiiaacte, a fim cte awnentar-lhe o pres
nhecimento ( eidesis = ciência, conhecimento ) .
tígio de que carece, além da auto-confiança que mui
tas vêzes lhe faz falta. Deve o mestre guiar-se pela b ) Modernamente, tem sido empregado, na fi
procura de compensações, e em tudo isso deve agir losofia, no sentido de tudo o que se refere aos eide,
com discrição e habilidade, nunca demonstrando, cla às essências-formais das coisas.
ramente, que pretende impor valia a alguém, mas fa
zendo que essa valia seJa normalmente reconhecida ELABORAÇÃO - a) Elaborar é preparar gradualmente
pelos outros. O exame dos casos particulares facili e com trabalho alguma coisa, elaborare. Elabora
ção é a ação e o efeito de elaborar, de preparar, de
tará ao mestre inteligente o encontro das normas que
concluir.
deverá seguir para ter bem êxito em seu intento.
b ) Todo processo vital orgânico de assimilação
EDUCACIONISMO - Diz-se daquelas doutrinas que atri e desassimilação é uma elaboração vital, por isso se
buem à educação o poder suficiente para preparar pode falar numa elaboração mental, pela acomoda
gerações, segundo padrões estabelecidos. Esta con ção dos esquemas e pela assimilação, o que consti
cepção do século XVIII está implícita em quase tõ tui, propriamente, a adaptação psíquica. Daí poder·
das as doutrinas sociais, socialistas e socializantes, -se falar nwna elaboração do conhecimento, que é o
que têm surgido até os nossos dias. conjunto das operações mentais, pelos quais os da
EGO - ALTRUíSMO - Vide Ética. Para as concepções
dos imediatos, que constituem a matéria do conheci·
menta, servem de motivos para permitir, pela ativi
ego-altruístas, o fim da vida é o prazer, mas é preci
dade intelectual, a formação dos esquemas, a coor
so verificar que o interêsse confunde-se com o bem
denação dos mesmos, sua seriação e ccrdenação es
geral. A máxima moral dos ego-altruístas consiste
quemática, que vão constituir os conceitos, as cate
em apontar ao homem a obtençao da maior scma de
gorias, os juízos intelectua1s.
prazer ao maior número possível.
c) Na vida social, a elaboração pode ser feita
EGOíSMO - Vide nenerosidade; Compartilhar . com outras pessoas, e é a colabor�ção (vide).
EGOTISMO - a) Segundo Addison, o têrmo é atribuído ELAÇÃO - Estado de excitação emotiva, que se caraG
a Port-Royal, e quer significar o defeito que revela o teriza por um intenso prazer e um estado de anima
homem em constantemente usar a primeira pessoa, ção, com grande aumento da atividade motora.
•, o que revela vaidade.
- 197 -
- 196 -
\
\
ELEIÇÃO - a ) Eleger, de elegere, escolher de, significa curar ajudá-los na medida do possível, de forma que
realizar a escolha entre vários. isto lhes sirva de um útil aprendizado. Convém que
b ) Na Psicologia, fala-se em livre eleição para o jovem aprenda a adaptar-se aos outros, trabalhar
com outros, e para outros.
referir-se à ação eletiva da vontade livre.
Em grande número de casos, devido às exigên
c ) Emprega-se o têrmo, ainda, para referir-se
cias cada vez maiores, convém que todos, numa fa
a todo ato de vontade .
mília, trabalhem, contribuindo com o seu ganho pa
�LIMINAÇÃO NO BEBÊ - ( Evacuação ) - Vide Pueri· ra as despesas gerais. Nestes casos, é preciso que
cultura - 4." cap., § 14 e 6.0 cap., § 1 7 . o jovem ou a jovem ocupem um trabalho, que não
os canse demasiado e recebam a proteção das leis
ELOCUÇÃO - Enunciação do pensamento por meio de
trabalhistas. Quanto às contribuições é preciso es
palavras. É a parte da Retórica que examina as re
tabelecer a porcentagem que cada um deve fornecer
gras do estilo, as figuras, os trcpos, as imagens, os
à família.
conceitos. São os elementos que contribuem para a
eloqüência, sem deixar de considerar a entonação e ENCANTO - (Do lat. canto, cantar) . Conduta ou fór
o ritmo na pronúncia, a hábil seleção e ordenação mula verbal, que tem o dom de despertar estados
das palavras, das orações, das frases e também das de agradabilidade intensa, e até de exercer o domí
figuras, bem como os gestos, a mímica e as atitudes. nio pleno sôbre alguém. Para tal se usam, também,
São todos êsses elementos que constroem a eloqüên objetos aos quais se atribuem o poder de realizar o
cia, e tornam o discurso persuasivo, convincente. encantamento.
EMAGRECIMENTO - Vide Criança magra. Essa prática é universal, e é a constância da
sua universalidade que exige que sôbre tal objeto se
BMISSúES SEMINAIS - Entre o período compreendido processem estudos mais acurados.
dos doze aos quatorze anos, os meninos experimen
tam ejaculações involuntárias de sêmen. É impor ENCEFALITE - Significa "inflamação do encéfalo", e
tante que recebam informações sôbre o que se pas o têrmo "encefalite" abarca uma grande variedade
sa, assim como a menina, da aproximação do perío de enfermidades.
do menstrual. Os casos benignos de encefalite se caracterizam
No menino, tal pode ocorrer devido a uma sim por dôres de cabeça, febre, rigidez do pescoço e das
ples tensão geral. Alguns têm sonhos sexualmente espáduas, músculos tensós e possível modorra. Nos
excitantes, chamados, comumente, "sonhos eróticos", casos graves, apresenta-se um princípio agudo: febre
juntamente com as emissões noturnas. Os pais de alta, tremuras, tonturas, e muitas vêzes, estado de
vem explicar o porquê de tais fatos, para que o filho coma.
não se encontre ante algo inesperado, sem ter tido um As medidas preventivas são o uso de mosquitei
prévio conhecimento. ros ( quando há mosquitos); pulverizar o local com
EMPATIA - Do gr. en-pathein, sofrer. Diz-se da proje inseticidas, e tomar atenção que êles não proliferem,
ção da mente sObre o objeto, procurando vivê-lo em pois acredita-se sejam os transmissores desta enfer
sua intrinsicidade, numa quase fusão afetiva com êle. midade.
A empatia assemelha-se à simpatia. Vide Simpatia. ENDOCRINúWGO - ( Vide Especialistas ).
EMPREGOS - É muito comum, durante o período que ENFERMEIRAS - Em determinadas enfermidades im·
antecede a adolescência, que os meninos e as meni põem-se os cuidados profissionais de uma enfermeira.
nas tenham vontade de trabalhar para ganhar algum Quando uma criança se encontra doente e não pode
dinheiro, ou ocupar suas horas vagas com algo pro ser levada a um hospital, é preciso o auxílio do uma
veitoso. Os pais não devem contrariar e, sim, pro- enfermeira. Nestes casos, é conveniente o conselho
- 198 - - 199 -
\
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ELEIÇÃO - a ) Eleger, de elegere, escolher de, significa curar ajudá-los na medida do possível, de forma que
realizar a escolha entre vários. isto lhes sirva de um útil aprendizado. Convém que
b ) Na Psicologia, fala-se em livre eleição para o jovem aprenda a adaptar-se aos outros, trabalhar
com outros, e para outros.
referir-se à ação eletiva da vontade livre.
Em grande número de casos, devido às exigên
c ) Emprega-se o têrmo, ainda, para referir-se
cias cada vez maiores, convém que todos, numa fa
a todo ato de vontade .
mília, trabalhem, contribuindo com o seu ganho pa
�LIMINAÇÃO NO BEBÊ - ( Evacuação ) - Vide Pueri· ra as despesas gerais. Nestes casos, é preciso que
cultura - 4." cap., § 14 e 6.0 cap., § 1 7 . o jovem ou a jovem ocupem um trabalho, que não
os canse demasiado e recebam a proteção das leis
ELOCUÇÃO - Enunciação do pensamento por meio de
trabalhistas. Quanto às contribuições é preciso es
palavras. É a parte da Retórica que examina as re
tabelecer a porcentagem que cada um deve fornecer
gras do estilo, as figuras, os trcpos, as imagens, os
à família.
conceitos. São os elementos que contribuem para a
eloqüência, sem deixar de considerar a entonação e ENCANTO - (Do lat. canto, cantar) . Conduta ou fór
o ritmo na pronúncia, a hábil seleção e ordenação mula verbal, que tem o dom de despertar estados
das palavras, das orações, das frases e também das de agradabilidade intensa, e até de exercer o domí
figuras, bem como os gestos, a mímica e as atitudes. nio pleno sôbre alguém. Para tal se usam, também,
São todos êsses elementos que constroem a eloqüên objetos aos quais se atribuem o poder de realizar o
cia, e tornam o discurso persuasivo, convincente. encantamento.
EMAGRECIMENTO - Vide Criança magra. Essa prática é universal, e é a constância da
sua universalidade que exige que sôbre tal objeto se
BMISSúES SEMINAIS - Entre o período compreendido processem estudos mais acurados.
dos doze aos quatorze anos, os meninos experimen
tam ejaculações involuntárias de sêmen. É impor ENCEFALITE - Significa "inflamação do encéfalo", e
tante que recebam informações sôbre o que se pas o têrmo "encefalite" abarca uma grande variedade
sa, assim como a menina, da aproximação do perío de enfermidades.
do menstrual. Os casos benignos de encefalite se caracterizam
No menino, tal pode ocorrer devido a uma sim por dôres de cabeça, febre, rigidez do pescoço e das
ples tensão geral. Alguns têm sonhos sexualmente espáduas, músculos tensós e possível modorra. Nos
excitantes, chamados, comumente, "sonhos eróticos", casos graves, apresenta-se um princípio agudo: febre
juntamente com as emissões noturnas. Os pais de alta, tremuras, tonturas, e muitas vêzes, estado de
vem explicar o porquê de tais fatos, para que o filho coma.
não se encontre ante algo inesperado, sem ter tido um As medidas preventivas são o uso de mosquitei
prévio conhecimento. ros ( quando há mosquitos); pulverizar o local com
EMPATIA - Do gr. en-pathein, sofrer. Diz-se da proje inseticidas, e tomar atenção que êles não proliferem,
ção da mente sObre o objeto, procurando vivê-lo em pois acredita-se sejam os transmissores desta enfer
sua intrinsicidade, numa quase fusão afetiva com êle. midade.
A empatia assemelha-se à simpatia. Vide Simpatia. ENDOCRINúWGO - ( Vide Especialistas ).
EMPREGOS - É muito comum, durante o período que ENFERMEIRAS - Em determinadas enfermidades im·
antecede a adolescência, que os meninos e as meni põem-se os cuidados profissionais de uma enfermeira.
nas tenham vontade de trabalhar para ganhar algum Quando uma criança se encontra doente e não pode
dinheiro, ou ocupar suas horas vagas com algo pro ser levada a um hospital, é preciso o auxílio do uma
veitoso. Os pais não devem contrariar e, sim, pro- enfermeira. Nestes casos, é conveniente o conselho
- 198 - - 199 -
médico, que indicará uma que tenha capacidade e A criança sente necessidade de subir nos móveis,
responsabilidade, além de simpatia, paciência e fir nas cadeiras, nas camas, e é preciso deixar, algumas
meza. vêzes, que o faça, tendo sempre alguém ao lado.
ENFERMIDADE MENTAL A especialidade médica, ENJOO - Não se conhece ainda a causa exata do enjôo.
que trata das enfermidades mentais denomina-se psi Existem várias teorias: devido a transtornos do apa
quiatria. A que trata da vida mental, denomina-se relho digestivo e hepático; devido a desajustes dos
psicologia. Alguns psicólogos se especializam no ossinhos móveis do ouvido, e ao mau funcionamento
preparo de testes e trabalham em hospitais, institu dos órgãos do equílíbrio; a alergias ou então mo
tos e clinicas psiquiátricas infantis. tivado por transtornos emocionais ou fatôres psico
lógicos.
As causas de enfermidades mentais poclom Hl'r
classificadas como físicas, mentais c socinls. Mui As crianças, que sofrem constantemente de en
tas pessoas crêem que as enfermidades mont 11111 tU l U jôo, devem ser levadas ao médico. Pode-se preca
herdadas. Isto não é verdade; mas nlgumnH rmnm ver o enjôo numa viagem, não dando uma alimenta
de retardamento mental podLm W I I' l •onhultl , c t�c ção muito forte antes da mesma. Em outros casos,
deve à herança uma maior c�npnd<hutc <I•' c ll • uvul é preferível darem-se pequenas porções durante o
vimento de determinulli\R t•nro nnt<IHII•• u • c u t n t , lu trajeto. Não é aconselhável falar constantemente
tros acreditam que tO<II\'1 H't t•nrc•ll l l ldtuhl • • u u t h t li que êle enjoa e, sim, procurar criar um clima de ale
são devidas ao tratnnwnto quo " plll 1 1 11pu 1 1 1 n• • gria e de otimismo.
filhos. Atualmente, os t!SitHio. 1 1 111IK c u h ll u l u '" t i ' ' '
ENTUSIASMO - a) Têrmo de origem grega, que vem
como várias as causus dus dlv1 nm c•urc 1 1 1 1 ldtu h
de enthousia ( inspiração divina ) , de en, theos e ou
mentais.
sia, correspondendo a ter, substancialmente, a divin
Durante muíto tempo confundiuso o� Hlntunm dade. Assim, etimologicamente, entusiasmo é ter a
de enfermidades físicas com as morais, poJs uutlln divindade dentro de si ou o transporte divino.
apresentam: dor de cabeça, erupções, convulsut•s, In· b ) Per analogia, é empregado para expressar a
digestão, e dor de barriga, etc. Nestes casos, 6 miH· exaltação do espírito, do tonos psíquico, da tensão
ter o diagnóstico do médico psiquiatra para dnr o afetiva, que leva o ser humano à prática de atos ex
resultado.
traordinários.
ENGANO - Enganar é induzir alguém ao êrro. É ilu· c) Emprega-se, também, para expressar a ad
dir, é embair. Engano é a ação ou o efeito de enga miração viva que desperta, no ser humano, uma pes
nar ou de enganar-se. É o artifício usado para en soa ou um feito humano. Daí empregar-se, também,
ganar alguém. É a falácia, o sofisma para fazer cair para indicar a demonstração ruidosa de alegria e de
outro em êrro. contentamento.
ENGASGO - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 2 1 . d) Na Filosofia, porém, o têrmo entusiasmo de
ve ser empregado no sentido de revelação de qualida
ENGATINHAR - Dos nove meses em diante, o bebê sen des superiores de um ser, de exaltação do espírito
te necessidade de gatinhar, e de exercícios que cons ante as grandezas e as belezas, que a inteligência hu
tituam parte do aprendizado para o seu desenvolvi· mana é capaz de captar.
mento muscular.
ENUNCIADO - Enunciar é exprimir os pensamentos
Devem-se afastar objetos perigosos ( pontudos, por palavras. É manifestar, é proferir. Enunciado
etc.) de perto do local onde êle gatinha, e se o faz é o que é expresso por palavras. O enunciado de
numa escada, convém impedir-lhe a subida, por meio alguma coisa distingue-se da definição, pois, enquan·
de uma porteira, ou que tenha sempre alguém ao to nesta, aponta-se apenas o que é essencial, naquele
lado. se pode descrever até os antecedentes. A definição
- 200 - - 201 -
médico, que indicará uma que tenha capacidade e A criança sente necessidade de subir nos móveis,
responsabilidade, além de simpatia, paciência e fir nas cadeiras, nas camas, e é preciso deixar, algumas
meza. vêzes, que o faça, tendo sempre alguém ao lado.
ENFERMIDADE MENTAL A especialidade médica, ENJOO - Não se conhece ainda a causa exata do enjôo.
que trata das enfermidades mentais denomina-se psi Existem várias teorias: devido a transtornos do apa
quiatria. A que trata da vida mental, denomina-se relho digestivo e hepático; devido a desajustes dos
psicologia. Alguns psicólogos se especializam no ossinhos móveis do ouvido, e ao mau funcionamento
preparo de testes e trabalham em hospitais, institu dos órgãos do equílíbrio; a alergias ou então mo
tos e clinicas psiquiátricas infantis. tivado por transtornos emocionais ou fatôres psico
lógicos.
As causas de enfermidades mentais poclom Hl'r
classificadas como físicas, mentais c socinls. Mui As crianças, que sofrem constantemente de en
tas pessoas crêem que as enfermidades mont 11111 tU l U jôo, devem ser levadas ao médico. Pode-se preca
herdadas. Isto não é verdade; mas nlgumnH rmnm ver o enjôo numa viagem, não dando uma alimenta
de retardamento mental podLm W I I' l •onhultl , c t�c ção muito forte antes da mesma. Em outros casos,
deve à herança uma maior c�npnd<hutc <I•' c ll • uvul é preferível darem-se pequenas porções durante o
vimento de determinulli\R t•nro nnt<IHII•• u • c u t n t , lu trajeto. Não é aconselhável falar constantemente
tros acreditam que tO<II\'1 H't t•nrc•ll l l ldtuhl • • u u t h t li que êle enjoa e, sim, procurar criar um clima de ale
são devidas ao tratnnwnto quo " plll 1 1 11pu 1 1 1 n• • gria e de otimismo.
filhos. Atualmente, os t!SitHio. 1 1 111IK c u h ll u l u '" t i ' ' '
ENTUSIASMO - a) Têrmo de origem grega, que vem
como várias as causus dus dlv1 nm c•urc 1 1 1 1 ldtu h
de enthousia ( inspiração divina ) , de en, theos e ou
mentais.
sia, correspondendo a ter, substancialmente, a divin
Durante muíto tempo confundiuso o� Hlntunm dade. Assim, etimologicamente, entusiasmo é ter a
de enfermidades físicas com as morais, poJs uutlln divindade dentro de si ou o transporte divino.
apresentam: dor de cabeça, erupções, convulsut•s, In· b ) Per analogia, é empregado para expressar a
digestão, e dor de barriga, etc. Nestes casos, 6 miH· exaltação do espírito, do tonos psíquico, da tensão
ter o diagnóstico do médico psiquiatra para dnr o afetiva, que leva o ser humano à prática de atos ex
resultado.
traordinários.
ENGANO - Enganar é induzir alguém ao êrro. É ilu· c) Emprega-se, também, para expressar a ad
dir, é embair. Engano é a ação ou o efeito de enga miração viva que desperta, no ser humano, uma pes
nar ou de enganar-se. É o artifício usado para en soa ou um feito humano. Daí empregar-se, também,
ganar alguém. É a falácia, o sofisma para fazer cair para indicar a demonstração ruidosa de alegria e de
outro em êrro. contentamento.
ENGASGO - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 2 1 . d) Na Filosofia, porém, o têrmo entusiasmo de
ve ser empregado no sentido de revelação de qualida
ENGATINHAR - Dos nove meses em diante, o bebê sen des superiores de um ser, de exaltação do espírito
te necessidade de gatinhar, e de exercícios que cons ante as grandezas e as belezas, que a inteligência hu
tituam parte do aprendizado para o seu desenvolvi· mana é capaz de captar.
mento muscular.
ENUNCIADO - Enunciar é exprimir os pensamentos
Devem-se afastar objetos perigosos ( pontudos, por palavras. É manifestar, é proferir. Enunciado
etc.) de perto do local onde êle gatinha, e se o faz é o que é expresso por palavras. O enunciado de
numa escada, convém impedir-lhe a subida, por meio alguma coisa distingue-se da definição, pois, enquan·
de uma porteira, ou que tenha sempre alguém ao to nesta, aponta-se apenas o que é essencial, naquele
lado. se pode descrever até os antecedentes. A definição
- 200 - - 201 -
é um enunciado, mas de máxima determinação; é bebê e a criança, são descritos na Puericultura, os
uma espécie de enunciado. que convém.
ENURESE ( incontinência urinária ) - A enurese é um Cabe aos pais a compra e seleção dos brinquedos
problema que pode surgir. Torna-se um dos hábi e material de jogos mais interessantes para o filho.
tos mais indesejáveis em crianças, e algumas vêzes Ao mesmo tempo que proporcionam prazer, devem
até em adolescentes. ter uma grande utilidade.
d
cia e se devem à intolerância com respeito a determi
cessidades fisiológicas, e que não seja também por
na as substâncias. Algumas parecem ser devidas a
motivo de alguma deficiência física, deve ser tratada
transtornos emocionais. Outras vão associadas a al
com tôd.a a atenção.
guma enfermidade infecciosa, como o sarampo, a va
Uma das primeiras providências é atentar-se pa ríola, ou devido a enfermidades da pele, contagiosas,
ra a alimentação, impedir a ingestão de líquidos à como: sarna, impertigo etc.
noite, principalmente antes de deitar.
O médico é que se encontra capacitado em dis·
Êsse mau hábito pode ter como origem várias tinguir se é ou não de tipo infeccioso.
causas conscientes e inconscientes; há ocasiões em
que nos revela ciumes por um innão. Nesses casos,
ESCAPAR - Certas proibições· e regras devem ser im·
postas pelos pais, porém não ao excesso. Com três
costuma aparecer quando do nascimento do irmão:
anos ou quatro, começa a criança a mostrar-se rebel
é, então, tipicamente, o sintoma de um estado de de
de, mas esta rebeldia, desde que não ultra�asse os
limites de uma liberdade sã, não deve ser proibida e
sequilíbrio emocional. A criança parece-nos regre
dir a uma. idade já ultrapassada. Pode-se considerar
sim controlada.
como um recurso que ela usa, inconsciente, para cha
mar novamente a atenção sôbre ela; julga poder atrair A criança, que ameaça aos pais gue irá embora
os pais, comportando-se como se fôsse um bebê. :r:: de casa, em geral, o faz verbalmente. Se caso o fa
um estado de regressão, provocado pelos ciúmes, ça, alguma vez, é preciso buscá:la e le':á-la para ca
que a criança sentiu ao ver-se preterida pelo irmão sa sem impor-lhe qualquer castigo e, s1m, procurar
menor. a'
a r-lhe o máximo de carinho e compreensão. .É na·
(•lfnl<!o
forte; em cujo caso, somente a ajuda profissional es
necessitam um trnlurnNtto
tá capacitada para descobrir as causas, e deve ser
ENVENENAMEN'rO - Vidtl t•tU'rh-ulluru I 0," <'lll » ,
imediata.
§ 10. ESCARLATINA - Vide Puericultura - 1 l.o cap., § 7.
EPISIOTOl\UA - ( Vidt "(!ulchulute llu rc·c·c IIHih!Ctlldu•• ), ESCOLA MODERNA - A muitos filósofos, pedagogos e
pais surge uma importante pergunta: será a esc�la
moderna superior à escola antiga? A pergunta nao
é descabida, e as razões são as seguintes: quando
um adulto, que foi educado segundo a rígida disci
plina antiga, em casarões obscuros, em que poucas
EQUIPAMENTOS DE .J()(;() 1; thl 1: 1 1 1 1 1 1 ln vuhtl' Jlllll� coisas havia para distrair a atenção dos alunos, on
a criança e o jovem, o nmlorlnl c h IH louc11, l'um u de o currículo era rigoroso, os temas e exercícios nu-
- 202 - 203 -
é um enunciado, mas de máxima determinação; é bebê e a criança, são descritos na Puericultura, os
uma espécie de enunciado. que convém.
ENURESE ( incontinência urinária ) - A enurese é um Cabe aos pais a compra e seleção dos brinquedos
problema que pode surgir. Torna-se um dos hábi e material de jogos mais interessantes para o filho.
tos mais indesejáveis em crianças, e algumas vêzes Ao mesmo tempo que proporcionam prazer, devem
até em adolescentes. ter uma grande utilidade.
d
cia e se devem à intolerância com respeito a determi
cessidades fisiológicas, e que não seja também por
na as substâncias. Algumas parecem ser devidas a
motivo de alguma deficiência física, deve ser tratada
transtornos emocionais. Outras vão associadas a al
com tôd.a a atenção.
guma enfermidade infecciosa, como o sarampo, a va
Uma das primeiras providências é atentar-se pa ríola, ou devido a enfermidades da pele, contagiosas,
ra a alimentação, impedir a ingestão de líquidos à como: sarna, impertigo etc.
noite, principalmente antes de deitar.
O médico é que se encontra capacitado em dis·
Êsse mau hábito pode ter como origem várias tinguir se é ou não de tipo infeccioso.
causas conscientes e inconscientes; há ocasiões em
que nos revela ciumes por um innão. Nesses casos,
ESCAPAR - Certas proibições· e regras devem ser im·
postas pelos pais, porém não ao excesso. Com três
costuma aparecer quando do nascimento do irmão:
anos ou quatro, começa a criança a mostrar-se rebel
é, então, tipicamente, o sintoma de um estado de de
de, mas esta rebeldia, desde que não ultra�asse os
limites de uma liberdade sã, não deve ser proibida e
sequilíbrio emocional. A criança parece-nos regre
dir a uma. idade já ultrapassada. Pode-se considerar
sim controlada.
como um recurso que ela usa, inconsciente, para cha
mar novamente a atenção sôbre ela; julga poder atrair A criança, que ameaça aos pais gue irá embora
os pais, comportando-se como se fôsse um bebê. :r:: de casa, em geral, o faz verbalmente. Se caso o fa
um estado de regressão, provocado pelos ciúmes, ça, alguma vez, é preciso buscá:la e le':á-la para ca
que a criança sentiu ao ver-se preterida pelo irmão sa sem impor-lhe qualquer castigo e, s1m, procurar
menor. a'
a r-lhe o máximo de carinho e compreensão. .É na·
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forte; em cujo caso, somente a ajuda profissional es
necessitam um trnlurnNtto
tá capacitada para descobrir as causas, e deve ser
ENVENENAMEN'rO - Vidtl t•tU'rh-ulluru I 0," <'lll » ,
imediata.
§ 10. ESCARLATINA - Vide Puericultura - 1 l.o cap., § 7.
EPISIOTOl\UA - ( Vidt "(!ulchulute llu rc·c·c IIHih!Ctlldu•• ), ESCOLA MODERNA - A muitos filósofos, pedagogos e
pais surge uma importante pergunta: será a esc�la
moderna superior à escola antiga? A pergunta nao
é descabida, e as razões são as seguintes: quando
um adulto, que foi educado segundo a rígida disci
plina antiga, em casarões obscuros, em que poucas
EQUIPAMENTOS DE .J()(;() 1; thl 1: 1 1 1 1 1 1 ln vuhtl' Jlllll� coisas havia para distrair a atenção dos alunos, on
a criança e o jovem, o nmlorlnl c h IH louc11, l'um u de o currículo era rigoroso, os temas e exercícios nu-
- 202 - 203 -
merosos, as horas de estudo, pelo menos, o dõbro
rentemente culta, para ocultar a sua vacuidade, as
das atuais, compara essas escolas às modernas, cheias
teorias e pontos de vista, mas são apena� pontos de
de luz, salões amplos, espaços para jogos, salas de
áula decoradas de tõdas as maneiras, poucas horas
}
vista, que não resistem a um3; especu a9ao que o�
deça às rigorosas e eternas leis da Lógica e da Dia
de estudo, ausência quase total de exercícios e de
léctica bem fundada. Então, os adversários nega
temas para serem feitos, pergunta, então, a si mesmo,
riam validez à Lógica, como se fõsse possível negar
se tudo isso não dispersará o aluno, e se lhe dará
validez à Matemática. E todos se excedem em ali
o número de conhecimentos que realmente necessita
para o seu desenvolvimento intelectual. Sem dúvi nhar argumentos, e mais argumentos, na intenção de
da, a questão está aberta. As razões a favor de tun justificar a sua posição. Como o tema é a escola
moderna comparada à antiga, vejamos, agora, os ar
lado e de outro, se polarizam, de tal modo, que pode
gumentos dos defensores desta: a escola moderna
mos afirmar que a controvérsia ainda não encontrou
busca reunir o que havia de positivo e seguro na es
uma solução satisfatória. Se considerarmos que o
cola antiga, criando um ambiente mais vital, mais
conhecimento, hoje, no campo pelo menos cultural,
higiênico e mais humano. A escola torna-se um am
de um jovem de curso superior está aquém de o de
biente agradável. Os professores se esmeram no
um ginasiano de quarenta anos atrás, com muito
estudo pedagógico e na didatica, buscam todos os
mais cultura, alegam outros que, em compensação,
métodos mais eficientes de ensinar, e guiam-se por
o estudante de hoje recebe uma instrução científica
resultados obtidos de observações e experimentações
superior à que recebiam nossos avós. Por sua vez,
feitas com todo rigor. O colégio passa para a crian
alegam os adversários que as elites intelectuais no
ça a ser como uma oficina de trabalh�, como o é a
mundo inteiro revelam, hoje, um grau muito inferior . _
oficina' onde seu pai emprega a sua atividade econo
de cultura que as elites do passado, e que o número
mica. Também as fábricas modernas não são mais
de criadores, em todos os setores das atividades hu
os casarões obscuros e primitivos, mas ambientes
manas, com excepção da técnica, é menor, em pro·
cheios de agradabilidade e a produtividade dos tra
porção ao do passado, apesar da multiplicação das
balhadores não diminuiu por isso, mas ao contrário.
escolas e do aumento dos diplomados de curso su·
Todos êsses argumentos são válidos sem dúvida, e
perior. Todos os setores de criação estão em docn
c01·respondem a aspetos objetives, que não podem
dência. Não há mais compositores, poolns, osoult.o
ser ocultados. Mas, ninguém pode deixar de reconhe
res, pintores como o passado ofereceu, o. niLO 1'\111' 11111
se queira considerar como suportoros n lltWtlc•fl ele 1 1 1 1 1
�
cer que, ao lado disso tudo, poderia acr scentar-se, e
deve-se fazê-lo, maior soma cte conhecimentos, so
Bach, de um Haydn, do um Mov.n r l. , do 1 1 1 1 1 V l v1 1 l c l t ,
bretudo os que se referem à parte cultural do homem,
essas cerebrais renlizo.çomi elo t•fc l l mt MI I I I C I II I tu "'
inspiração, quo st• u.proflcm t nt n c•outn 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 pnhL
porque êsse enriquecimento é para tõda a vida, e �
ou
rá ao homem em formação, elementos, que poderao
vra da realizaçfw hmrttUIII, 1 1 1 1 1 I H II I I IIL c·c �rw n t '"
servir de base para que possa êle usufruir, depois, te
ta, puramente .mc<'(tnko, c�wltll o 1\plc'tl 1 11 1 t u luulu, c ·c u 1 1
souros, que estão de certo modo ameaçados de se
parado a um sonoLo 'h UmuhuR, ou 1 1 1 1 1 c•ciii'IC'Io c·c1
perderem.
tangular, como ulgo H\lpm iOI' H (�ntc•!lml du OolfHIIn,
ou uma pedra l'clorddn n nlijo Hllput·lw· no Mnhit\K Se a escola moderna supera em muitos aspetos
de Miguel Angelo. Ht•nl t t H'I\Io lu\ qw•ut .hll����o Wilch u,
.fw;t ll'lc•tiJlt
a antiga; a antiga, noutros, supera a moderna. Uma
e como apenas so pulo w''IK i t t, I II J I I I H I I I
inteligente combinação das positividades de ambas
têm êles razão, porquo )mw "lo t'I'IIJ lllllll, 111 c " '"
é de desejar, e é o que anima os estudos -de pedago
paude", pois, para o Sf\JlO Illuln u u d" lu1ltt que 11
sapinha. E prosseguem om tlUWI HI'H"" 1 1 1 1 1 1 nM: pu
gos, filósofos e pais que sentem a sua responsabili
dade ante a herança da cultura humana e ante o fu
dem justificar com palavrns, com lli'UIIJIHilttoH ml h1
turo da humanidade. Por essa razão, a questão, sob
ticos, embora revestidos de nmtL lorm1nolo"'h� nprl
certo aspeto, continua aberta, e não é de esperar quo
- 204 -
- 205 -
merosos, as horas de estudo, pelo menos, o dõbro
rentemente culta, para ocultar a sua vacuidade, as
das atuais, compara essas escolas às modernas, cheias
teorias e pontos de vista, mas são apena� pontos de
de luz, salões amplos, espaços para jogos, salas de
áula decoradas de tõdas as maneiras, poucas horas
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vista, que não resistem a um3; especu a9ao que o�
deça às rigorosas e eternas leis da Lógica e da Dia
de estudo, ausência quase total de exercícios e de
léctica bem fundada. Então, os adversários nega
temas para serem feitos, pergunta, então, a si mesmo,
riam validez à Lógica, como se fõsse possível negar
se tudo isso não dispersará o aluno, e se lhe dará
validez à Matemática. E todos se excedem em ali
o número de conhecimentos que realmente necessita
para o seu desenvolvimento intelectual. Sem dúvi nhar argumentos, e mais argumentos, na intenção de
da, a questão está aberta. As razões a favor de tun justificar a sua posição. Como o tema é a escola
moderna comparada à antiga, vejamos, agora, os ar
lado e de outro, se polarizam, de tal modo, que pode
gumentos dos defensores desta: a escola moderna
mos afirmar que a controvérsia ainda não encontrou
busca reunir o que havia de positivo e seguro na es
uma solução satisfatória. Se considerarmos que o
cola antiga, criando um ambiente mais vital, mais
conhecimento, hoje, no campo pelo menos cultural,
higiênico e mais humano. A escola torna-se um am
de um jovem de curso superior está aquém de o de
biente agradável. Os professores se esmeram no
um ginasiano de quarenta anos atrás, com muito
estudo pedagógico e na didatica, buscam todos os
mais cultura, alegam outros que, em compensação,
métodos mais eficientes de ensinar, e guiam-se por
o estudante de hoje recebe uma instrução científica
resultados obtidos de observações e experimentações
superior à que recebiam nossos avós. Por sua vez,
feitas com todo rigor. O colégio passa para a crian
alegam os adversários que as elites intelectuais no
ça a ser como uma oficina de trabalh�, como o é a
mundo inteiro revelam, hoje, um grau muito inferior . _
oficina' onde seu pai emprega a sua atividade econo
de cultura que as elites do passado, e que o número
mica. Também as fábricas modernas não são mais
de criadores, em todos os setores das atividades hu
os casarões obscuros e primitivos, mas ambientes
manas, com excepção da técnica, é menor, em pro·
cheios de agradabilidade e a produtividade dos tra
porção ao do passado, apesar da multiplicação das
balhadores não diminuiu por isso, mas ao contrário.
escolas e do aumento dos diplomados de curso su·
Todos êsses argumentos são válidos sem dúvida, e
perior. Todos os setores de criação estão em docn
c01·respondem a aspetos objetives, que não podem
dência. Não há mais compositores, poolns, osoult.o
ser ocultados. Mas, ninguém pode deixar de reconhe
res, pintores como o passado ofereceu, o. niLO 1'\111' 11111
se queira considerar como suportoros n lltWtlc•fl ele 1 1 1 1 1
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cer que, ao lado disso tudo, poderia acr scentar-se, e
deve-se fazê-lo, maior soma cte conhecimentos, so
Bach, de um Haydn, do um Mov.n r l. , do 1 1 1 1 1 V l v1 1 l c l t ,
bretudo os que se referem à parte cultural do homem,
essas cerebrais renlizo.çomi elo t•fc l l mt MI I I I C I II I tu "'
inspiração, quo st• u.proflcm t nt n c•outn 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 pnhL
porque êsse enriquecimento é para tõda a vida, e �
ou
rá ao homem em formação, elementos, que poderao
vra da realizaçfw hmrttUIII, 1 1 1 1 1 I H II I I IIL c·c �rw n t '"
servir de base para que possa êle usufruir, depois, te
ta, puramente .mc<'(tnko, c�wltll o 1\plc'tl 1 11 1 t u luulu, c ·c u 1 1
souros, que estão de certo modo ameaçados de se
parado a um sonoLo 'h UmuhuR, ou 1 1 1 1 1 c•ciii'IC'Io c·c1
perderem.
tangular, como ulgo H\lpm iOI' H (�ntc•!lml du OolfHIIn,
ou uma pedra l'clorddn n nlijo Hllput·lw· no Mnhit\K Se a escola moderna supera em muitos aspetos
de Miguel Angelo. Ht•nl t t H'I\Io lu\ qw•ut .hll����o Wilch u,
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a antiga; a antiga, noutros, supera a moderna. Uma
e como apenas so pulo w''IK i t t, I II J I I I H I I I
inteligente combinação das positividades de ambas
têm êles razão, porquo )mw "lo t'I'IIJ lllllll, 111 c " '"
é de desejar, e é o que anima os estudos -de pedago
paude", pois, para o Sf\JlO Illuln u u d" lu1ltt que 11
sapinha. E prosseguem om tlUWI HI'H"" 1 1 1 1 1 1 nM: pu
gos, filósofos e pais que sentem a sua responsabili
dade ante a herança da cultura humana e ante o fu
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turo da humanidade. Por essa razão, a questão, sob
ticos, embora revestidos de nmtL lorm1nolo"'h� nprl
certo aspeto, continua aberta, e não é de esperar quo
- 204 -
- 205 -
os melhores resultados sejam obtidos imediatamente. sôbre o que faz, ou que pretende fazer. Conseqüen
Muito ainda nos resta a percorrer. temente, é cheio de justas suscetibilidades, receoso,
sobretudo, de errar.
ESCOLA ( Como se prepara a criança para ir à escola ) -
A criança antes de se encontrar em idade de ingres ESFORÇOS FíSICOS - Um esfôrço físico muito grande
sar na escola, deve receber, por parte dos pais, cer pode produzir uma distensão com lesão dos liga
tos conhecimentos, que podem ser ministrados, dan mentos. Os sintomas são: uma intensa dor no mo
do-lhe: lápis e tinta para usar sôbre fôlhas de papel; mento dado, um aumento na rigidez dos músculos, e
lendo-lhe em voz alta, etc., para despertar-lhe a aten incômodos para efetuar os movimentos normais.
ção. Ao chegar na idade indicada, deve ser levada à Nestes casos, convém descansar o membro ou local
escola, e nunca à fôrça, o que será prejudicial mais afetado, e aplicar um pouco de calor para aliviar a
tarde. As ameaças comuns, como: "Se você fizer dor, e também urna massagem suave. Nos casos em
urna coisa mal feita, verá o que irá acontecer na esco que a dor fôr muito intensa, deve-se consultar o mé
la" etc., devem ser evitadas. dico.
Convém apresentar a escola corno urna coisa na ESFRIAR - Quando as mãos e os pés tornam-se frios, é
tural e explicar-lhe o que irá fazer alí, de forma que preciso dar-se atenção. No caso da criança, é con
vá com confiança, esperando encontrar outras crian veniente levá-la a um pronto-socorro ou ao médico.
ças da mesma idade, fazer amizades, e aprender coi Caso seja impossível, é necessário prestar-lhe os cui
sas novas. dados de urgência, como:
Algumas mães não querem que os filhos despren 1 ) Administrar-lhe urna bebida quente, e levá
dam-se de si, e daí, apesar de dissimularem, dizem -la para uma habitação quente.
com alegria que a criança não se adaptou, e de for
ma alguma quer ir à escola. Realmente, a maioria 2 ) Degelar a região que esfriou com compres
reage nos primeiros dias, mas, com o passar das vê sas de água morna, envolvendo-a com mantas quen
zes, acostumar-se-á fàcilmente. tes.
ESCOLAS ESPECIAIS - Para crianças que sofrem de 3 ) Quando os pés e mãos recobraram o calor,
defeitos físicos ou mentais ou de alterações de tipo é preciso estimulá-los com exercícios.
emotivo, há escolas especiais, com a administração
Nunca se devem expor as regiões que gelaram
de um ensino adequado. Em nosso país, ainda são
a um calor excessivo, nem fazer fricções, pois os te
em pequeno número, existindo alguns professores
cidos poderiam ser prejudicados.
especializados, que proporcionam os conhocfmcntos
necessários. Naturalmente quo estas crtnnçus nu ESPECIALISTAS - O especialista limita o seu estudo a
cessitam um contrõle diário, o seu aproncUzndo ó um determinado tipo de terapêutica, a certas doen
muito mais lento e dificultoso. ças, ou somente aos transtornos de determinados ór
gãos. _Citaremos os mais comuns.
Algumas crianças, cuja capacidade nfl-0 so onC'On
tra dentro do nível médio, não se sentem bom n" c•IC Alergistas - Especialista no diagnóstico e trata
cola, e talvez seriam mais felizes sem o cont.nto ''""' mento de pessoas excepcionalmente sensíveis a cer
crianças ditas normais. Estas crianças Stl Hc•nfl rlnm tas substâncias ou situações.
mais felizes separadas das condições nomuthJ, n r u r m
escola, onde receberiam uma atençüo tc"'dn tii!Jll t lnl, Dermatólogo - Especialista na constituição e
enfermidades da pele e seu tratamento.
ESCRúPUW - É um estado de düvlcln Hl"'l 1 1 11 " "" ' " 1111
o mal, que está, ou advém, em nlgo, 1111 c•1 1 1 Hl l lll t h t i Endocrinólogo - Especialista nas secreções das
beração que se tome. É, em sunlH, o nwc tu ch • 1 1 111 , glândulas do corpo e sua relação com as restantes fun
Daí o escrupuloso ser cuidacltmo, nthtw·lw.o, fll t�l l l o ções do mesmo.
- 20 6 - - 207 -
os melhores resultados sejam obtidos imediatamente. sôbre o que faz, ou que pretende fazer. Conseqüen
Muito ainda nos resta a percorrer. temente, é cheio de justas suscetibilidades, receoso,
sobretudo, de errar.
ESCOLA ( Como se prepara a criança para ir à escola ) -
A criança antes de se encontrar em idade de ingres ESFORÇOS FíSICOS - Um esfôrço físico muito grande
sar na escola, deve receber, por parte dos pais, cer pode produzir uma distensão com lesão dos liga
tos conhecimentos, que podem ser ministrados, dan mentos. Os sintomas são: uma intensa dor no mo
do-lhe: lápis e tinta para usar sôbre fôlhas de papel; mento dado, um aumento na rigidez dos músculos, e
lendo-lhe em voz alta, etc., para despertar-lhe a aten incômodos para efetuar os movimentos normais.
ção. Ao chegar na idade indicada, deve ser levada à Nestes casos, convém descansar o membro ou local
escola, e nunca à fôrça, o que será prejudicial mais afetado, e aplicar um pouco de calor para aliviar a
tarde. As ameaças comuns, como: "Se você fizer dor, e também urna massagem suave. Nos casos em
urna coisa mal feita, verá o que irá acontecer na esco que a dor fôr muito intensa, deve-se consultar o mé
la" etc., devem ser evitadas. dico.
Convém apresentar a escola corno urna coisa na ESFRIAR - Quando as mãos e os pés tornam-se frios, é
tural e explicar-lhe o que irá fazer alí, de forma que preciso dar-se atenção. No caso da criança, é con
vá com confiança, esperando encontrar outras crian veniente levá-la a um pronto-socorro ou ao médico.
ças da mesma idade, fazer amizades, e aprender coi Caso seja impossível, é necessário prestar-lhe os cui
sas novas. dados de urgência, como:
Algumas mães não querem que os filhos despren 1 ) Administrar-lhe urna bebida quente, e levá
dam-se de si, e daí, apesar de dissimularem, dizem -la para uma habitação quente.
com alegria que a criança não se adaptou, e de for
ma alguma quer ir à escola. Realmente, a maioria 2 ) Degelar a região que esfriou com compres
reage nos primeiros dias, mas, com o passar das vê sas de água morna, envolvendo-a com mantas quen
zes, acostumar-se-á fàcilmente. tes.
ESCOLAS ESPECIAIS - Para crianças que sofrem de 3 ) Quando os pés e mãos recobraram o calor,
defeitos físicos ou mentais ou de alterações de tipo é preciso estimulá-los com exercícios.
emotivo, há escolas especiais, com a administração
Nunca se devem expor as regiões que gelaram
de um ensino adequado. Em nosso país, ainda são
a um calor excessivo, nem fazer fricções, pois os te
em pequeno número, existindo alguns professores
cidos poderiam ser prejudicados.
especializados, que proporcionam os conhocfmcntos
necessários. Naturalmente quo estas crtnnçus nu ESPECIALISTAS - O especialista limita o seu estudo a
cessitam um contrõle diário, o seu aproncUzndo ó um determinado tipo de terapêutica, a certas doen
muito mais lento e dificultoso. ças, ou somente aos transtornos de determinados ór
gãos. _Citaremos os mais comuns.
Algumas crianças, cuja capacidade nfl-0 so onC'On
tra dentro do nível médio, não se sentem bom n" c•IC Alergistas - Especialista no diagnóstico e trata
cola, e talvez seriam mais felizes sem o cont.nto ''""' mento de pessoas excepcionalmente sensíveis a cer
crianças ditas normais. Estas crianças Stl Hc•nfl rlnm tas substâncias ou situações.
mais felizes separadas das condições nomuthJ, n r u r m
escola, onde receberiam uma atençüo tc"'dn tii!Jll t lnl, Dermatólogo - Especialista na constituição e
enfermidades da pele e seu tratamento.
ESCRúPUW - É um estado de düvlcln Hl"'l 1 1 11 " "" ' " 1111
o mal, que está, ou advém, em nlgo, 1111 c•1 1 1 Hl l lll t h t i Endocrinólogo - Especialista nas secreções das
beração que se tome. É, em sunlH, o nwc tu ch • 1 1 111 , glândulas do corpo e sua relação com as restantes fun
Daí o escrupuloso ser cuidacltmo, nthtw·lw.o, fll t�l l l o ções do mesmo.
- 20 6 - - 207 -
Ginecólogo - Especialista em enfermidades e na Filosofia desde seus primórdios ( vide Livre arbítrio
desordens da mulher, sobretudo a tudo quanto · se e Liberdade).
trata dos órgãos de reprodução. A presunção de que a vontade atue livre de estí
Neurólogo - Especialista no diagnóstico e tra mulos exteriores e de determinações antecedentes, da
tamento das desordens do sistema nervoso. ria a ela uma independência; ou melhor, que seus
atos são espontâneos, não dependentes senão da von
Oftalmólogo - Especialista na fisiologia, anato tade ( vide Dependência ). Essa afirmativa é negada
mia e enfem1idades dos olhos. por outros, que julgam que a vontade atua relativa
por outros, que julgam que a vontade atua reativa
Odontólogo Especialista no
- tratamento dos
mente.
dentes e correção das dentaduras.
b) Na vida social, diz-se que há espontaneidade
nas iniciativas dos indivíduos uns para com os outros
Ortopédico - Especialista médico na correção
e tratamento das enfermidades dos ossos, músculos
· e, também, quando não há qualquer coação na rea
e articulações, mediante mampulação, aparelhos es·
lização dos atos, pois, do contrário, não seria livre e,
peciais e cirurgia.
sim, pressionada por outros.
Pediatl·a - Especialista nas enfermidades das
ESQUEMA - (Do gr. skltema = figura) .
crianças.
a ) Em seu sentido etimológico significa figura,
Psiquiatra Especialista em diagnóstico e tra
-
a forma extrínseca, externa das coisas, ou a sua for
tamento de desordens mentais.
ma estrutural.
Psicanalista - Especialista, que trata de resol b ) Aristóteles emprega, na Lógica, no sentido
ver, individualmente, os problemas de ordem men da figura silogística.
tal, buscando as origens de seus problemas em rela
ção com as suas situações na vida. c ) Para Platão, contudo, esquema era muitas
vêzes sinônimo de fonna.
Psicólogo Especialista em funções psíquicas,
-
tais como pensamento, sensação, percepção. Um psi· d ) Para Pitágoras, esquema era a estrutura das
cólogo não precisa ser, como o psiquiatra, doutor formas, como lei de proporcionalidade intrínseca das
em medicina. coisas, sinônimo, portanto, de logos do ser, logos do
on, ontos (ente), a estrutura ontológica das coisas.
Cirurgião - Especialista em enfermidades ou de
sordens, que necessitam intervenção cirúrgica. Há e ) Modernamente, em Kant, tomou a ser usa
diversas especialidades. do êsse têrmo na Filosofia, como a estrutura mental,
que a inteligência constrói das coisas.
ESPECTATIVA - Tradução da palavra francesa "atton·
te", que tem o sentido comum de: 1 ) situação da·
Assim, para Kant, o número é o esquema da
quantidade; a sensação, o esquema da realidade; o
quele que espera e 2 ) estado da consciência ccrrP�
pondente a essa situação. Foi introduzido êSS(' tf!r··
permanente e o invariável, esquemas da substância.
mo, por Pierre Janet na terminologia psicolo�ü·u. f) Na linguagem comum é a figura simplificada,
que representa a coisa em seus traços essenciais.
ESPONTANEIDADE - ( Do lat. sponte, por Uvt'l von l u
cre, por livre ímpeto ) . g ) Também o diagrama que se faz para repre
sentar as relações entre as idéias abstractas ou os
a ) Diz-se d a capacidade da vontud1 <In 11111111'
factos não perceptíveis.
por sua própria iniciativa { spontc HUll ) , 1'111 1 1 1 1 1 11
pendência das condições antecedonto�;, 1\ liiH1' WI H " ' Crítica: É inegável que o entendimento humano,
da espontaneidade, nesse sentido, t.om hido nmntldl' quer sensível, quer intelectualmente, procede por es-
- 208 -
- 209 -
Ginecólogo - Especialista em enfermidades e na Filosofia desde seus primórdios ( vide Livre arbítrio
desordens da mulher, sobretudo a tudo quanto · se e Liberdade).
trata dos órgãos de reprodução. A presunção de que a vontade atue livre de estí
Neurólogo - Especialista no diagnóstico e tra mulos exteriores e de determinações antecedentes, da
tamento das desordens do sistema nervoso. ria a ela uma independência; ou melhor, que seus
atos são espontâneos, não dependentes senão da von
Oftalmólogo - Especialista na fisiologia, anato tade ( vide Dependência ). Essa afirmativa é negada
mia e enfem1idades dos olhos. por outros, que julgam que a vontade atua relativa
por outros, que julgam que a vontade atua reativa
Odontólogo Especialista no
- tratamento dos
mente.
dentes e correção das dentaduras.
b) Na vida social, diz-se que há espontaneidade
nas iniciativas dos indivíduos uns para com os outros
Ortopédico - Especialista médico na correção
e tratamento das enfermidades dos ossos, músculos
· e, também, quando não há qualquer coação na rea
e articulações, mediante mampulação, aparelhos es·
lização dos atos, pois, do contrário, não seria livre e,
peciais e cirurgia.
sim, pressionada por outros.
Pediatl·a - Especialista nas enfermidades das
ESQUEMA - (Do gr. skltema = figura) .
crianças.
a ) Em seu sentido etimológico significa figura,
Psiquiatra Especialista em diagnóstico e tra
-
a forma extrínseca, externa das coisas, ou a sua for
tamento de desordens mentais.
ma estrutural.
Psicanalista - Especialista, que trata de resol b ) Aristóteles emprega, na Lógica, no sentido
ver, individualmente, os problemas de ordem men da figura silogística.
tal, buscando as origens de seus problemas em rela
ção com as suas situações na vida. c ) Para Platão, contudo, esquema era muitas
vêzes sinônimo de fonna.
Psicólogo Especialista em funções psíquicas,
-
tais como pensamento, sensação, percepção. Um psi· d ) Para Pitágoras, esquema era a estrutura das
cólogo não precisa ser, como o psiquiatra, doutor formas, como lei de proporcionalidade intrínseca das
em medicina. coisas, sinônimo, portanto, de logos do ser, logos do
on, ontos (ente), a estrutura ontológica das coisas.
Cirurgião - Especialista em enfermidades ou de
sordens, que necessitam intervenção cirúrgica. Há e ) Modernamente, em Kant, tomou a ser usa
diversas especialidades. do êsse têrmo na Filosofia, como a estrutura mental,
que a inteligência constrói das coisas.
ESPECTATIVA - Tradução da palavra francesa "atton·
te", que tem o sentido comum de: 1 ) situação da·
Assim, para Kant, o número é o esquema da
quantidade; a sensação, o esquema da realidade; o
quele que espera e 2 ) estado da consciência ccrrP�
pondente a essa situação. Foi introduzido êSS(' tf!r··
permanente e o invariável, esquemas da substância.
mo, por Pierre Janet na terminologia psicolo�ü·u. f) Na linguagem comum é a figura simplificada,
que representa a coisa em seus traços essenciais.
ESPONTANEIDADE - ( Do lat. sponte, por Uvt'l von l u
cre, por livre ímpeto ) . g ) Também o diagrama que se faz para repre
sentar as relações entre as idéias abstractas ou os
a ) Diz-se d a capacidade da vontud1 <In 11111111'
factos não perceptíveis.
por sua própria iniciativa { spontc HUll ) , 1'111 1 1 1 1 1 11
pendência das condições antecedonto�;, 1\ liiH1' WI H " ' Crítica: É inegável que o entendimento humano,
da espontaneidade, nesse sentido, t.om hido nmntldl' quer sensível, quer intelectualmente, procede por es-
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- 209 -
quematizações e trabalha com esquemas. O esque
ma, neste sentido, é o eidos noético que o home�
to pequeno é que existe uma esterilidade permanen
te no homem; na mulher, é preciso um exame com
constrói, intencionalmente, das coisas, a forma m pleto, pois as causas podem ser várias. Existem, não
mente, cuja variação vai depender das estruturações obstante, certas condições, no homem ou na mulher,
esquemáticas, que presidem ao conhecimento e que cuja responsabilidade não lhes cabe, como ainda de
se acomodam aos fatos para assimilá-los, e construir� terminadas combinações e fatôres em alguns casais,
assim, esquemas dos mesmos. O esquema, em su que não podem ser submetidos a tratamento, pois não
ma, é a estrutura noético-eidética do homem, inten dispomos de conhecimentos para resolver tais pro
cionalmente representativa dos objetos do conheci blemas. Êstes casais devem enfrentar o problema
mento e do entendimento. Estamos, aqui, apenas realisticamente. Muitos optam pela vida em comum
no campo intelectual e psíquico. Mas, consideran sem filhos, e outros preferem, nesta situação, ado
do-se que as coisas têm uma forma; isto é, um pelo tar uma criança.
qual são elas o que elas são, essa forma indica a lei
de proporcionalidade intrínseca das mesmas, a es ESTESióGENO - O que produz sensação ( de aisthesis,
trutura eidético-fáctica das mesmas, da sua onticida sensação, e génesis, geração, em gr. ) . Aplicam-se
de, e essas formas são, conseqüentemente, esquemá êstes têrmos aos estímulos ou sugestões, que provo
ticas; isto é, há nelas uma expressão esquemática ei cam efeitos sensoriais específicos em indivíduos hip
dético-ôntica, que é a forma in re, a forma das coi notizados.
- 2'10 -. - 21 1 -
quematizações e trabalha com esquemas. O esque
ma, neste sentido, é o eidos noético que o home�
to pequeno é que existe uma esterilidade permanen
te no homem; na mulher, é preciso um exame com
constrói, intencionalmente, das coisas, a forma m pleto, pois as causas podem ser várias. Existem, não
mente, cuja variação vai depender das estruturações obstante, certas condições, no homem ou na mulher,
esquemáticas, que presidem ao conhecimento e que cuja responsabilidade não lhes cabe, como ainda de
se acomodam aos fatos para assimilá-los, e construir� terminadas combinações e fatôres em alguns casais,
assim, esquemas dos mesmos. O esquema, em su que não podem ser submetidos a tratamento, pois não
ma, é a estrutura noético-eidética do homem, inten dispomos de conhecimentos para resolver tais pro
cionalmente representativa dos objetos do conheci blemas. Êstes casais devem enfrentar o problema
mento e do entendimento. Estamos, aqui, apenas realisticamente. Muitos optam pela vida em comum
no campo intelectual e psíquico. Mas, consideran sem filhos, e outros preferem, nesta situação, ado
do-se que as coisas têm uma forma; isto é, um pelo tar uma criança.
qual são elas o que elas são, essa forma indica a lei
de proporcionalidade intrínseca das mesmas, a es ESTESióGENO - O que produz sensação ( de aisthesis,
trutura eidético-fáctica das mesmas, da sua onticida sensação, e génesis, geração, em gr. ) . Aplicam-se
de, e essas formas são, conseqüentemente, esquemá êstes têrmos aos estímulos ou sugestões, que provo
ticas; isto é, há nelas uma expressão esquemática ei cam efeitos sensoriais específicos em indivíduos hip
dético-ôntica, que é a forma in re, a forma das coi notizados.
- 2'10 -. - 21 1 -
ESTRABISMO - O estrabismo é hoje em dia pràtica cientes, e podem ser pleiteadas por qualquer jovem,
mente curável se fôr iniciado o tratamento logo que desde que preencha os requisitos obrigatórios.
é verificado. Durante os primeiros meses de vida,
ÉTICA - A palavra ética é derivada da grega ethos, que
os olhos de um bebê podem desviar-se fàcilmente, e
significa costume. Mas é com Ar�stóteles que passa
convergir ou divergir excessivamente, criando, mui '
a ser a ciência do moral.
tas vêzes, sérias preocupações aos pais. Com um
pouco mais de idade, também dá-se o mesmo. Quan O moral, na ética, é tanto o moralmente bom,
do perdura além dos três meses, deve ser levado ao como o moralmente mau.
conhecimento do médico. O uso de óculos apropria
A distinção entre Ética e Moral impõe-se por di
dos proporcionarão descanso aos olhos, que, assim,
versos motivos e razões. Se os têrmos mos, em la
retificam o desvio. No caso do estrabismo, é preciso,
tim, e ethos, em grego, serviram para nomear duas
além do uso de óculos, exercícios óticos e, às vêzes,
disciplinas, estas se distinguem, embora a segunda
uma operação.
se subordine ontologicamente à primeira.
ESTRANHOS ( Os ) - É comum, dos sete aos nove anos,
Se a filosofia clássica não distinguia, própria
que a criança se mostre surpreendida com estranhos.
mente, a Ética, da Moral, pois ambos têrmos eram
Esta é uma fase transitória, na qual a criança esta
usados sinonilnicamente, é preciso considerar que�
belece a diferença entre sua mãe, e as outras pessoas,
após o advento das idéias modernas, e das diversas
que conhece, bem como as pertencentes ao mundo
posições tomadas ante essas disciplinas, há necessi
exterior.
dade de distingui-las. Pois, enquanto a segunda se
A medida que cresce, recebe os estranhos com refere aos costumes usados entre os homens, a pri
mais naturalidade, acabando por acolhê-los com na meira dedica-se ao estudo das normas éticas invarian
turalidade. tes. Para quem se coloca na posição que afirma não
ter a Ética outra origem senão nos costumes huma
ESTREPTOMICINA -- - CVide Remédios Modernos).
nos, para quem assume uma posição sociologista, em
ESTUDOS - Após a finalização d o primário e ginásio, pirista, positivista, pragmatista, etc., considerará
os jovens encontram-se ante vários ca.minhos a se apenas aquela: ciência dos costumes humanos. Pa
guir. Uma grande maioria opta pelo científico ou ra quem busca as raízes mais profundas dos nossos
clássico, outros pela escola Normal, comércio, etc. costumes, as leis invariantes que os regem, conside
Os preparatórios à qualquer Faculdade servem de ra aquêles como símbolos das normas éticas, que
base aos estudos, que mais tarde serão seguidos. são os simbolizados.
Quando o jovem decidiu o curso que vai fazer, é - Vide
ETIQUETA Modos.
preciso que os pais o ajudem, tanto quanto possível.
Os estudos são sempre caros e uns mais que os ou EUFORIA - Bem estar do corpo. Quando de origem pa
tros. Apesar da grande maioria caber ao Estado, tológica, é o estado mental que se caracteriza por
cuja mensalidade é minima ou inexistente, em alguns sensações de bem estar, de otimismo e de fôrça, sem
casos, os livros, o material de práticas e de estudos que existam motivos suficientes para tal.
devem ser adquiridos. Ainda em nosso país o nú
mero de jovens que conseguem pagar os seus estu
EUTRAPELIA - Prazer pela recreação e pelo divertimen
dos é pequeno . . Em geral, não há nos próprios co
to, com o intuito de espairecer. Para Aristóteles é
uma virtude. Vide Prazer.
légios, como se dá na grande maioria dos países eu
ropeus e nos EE . UU . , pequenas tarefas que propor EVO€AÇÃ0 - A evocação, psicolàgicamente falando,
cionem um meio de ganho aos estudantes, de forma exige a ação da vontade na busca das imagens, que
a não perturbar-lhes o estudo. são representadas. A memorização é, também, dos
As bolsas de estudos são uma forma de auxílio animais, mas não a evocação, pois, nesta, há um tra·
mantido ou pelo Estado ou por associações benefi balho de busca, uma atividade do espírito. Nada le-
- 212 - - 213 -
ESTRABISMO - O estrabismo é hoje em dia pràtica cientes, e podem ser pleiteadas por qualquer jovem,
mente curável se fôr iniciado o tratamento logo que desde que preencha os requisitos obrigatórios.
é verificado. Durante os primeiros meses de vida,
ÉTICA - A palavra ética é derivada da grega ethos, que
os olhos de um bebê podem desviar-se fàcilmente, e
significa costume. Mas é com Ar�stóteles que passa
convergir ou divergir excessivamente, criando, mui '
a ser a ciência do moral.
tas vêzes, sérias preocupações aos pais. Com um
pouco mais de idade, também dá-se o mesmo. Quan O moral, na ética, é tanto o moralmente bom,
do perdura além dos três meses, deve ser levado ao como o moralmente mau.
conhecimento do médico. O uso de óculos apropria
A distinção entre Ética e Moral impõe-se por di
dos proporcionarão descanso aos olhos, que, assim,
versos motivos e razões. Se os têrmos mos, em la
retificam o desvio. No caso do estrabismo, é preciso,
tim, e ethos, em grego, serviram para nomear duas
além do uso de óculos, exercícios óticos e, às vêzes,
disciplinas, estas se distinguem, embora a segunda
uma operação.
se subordine ontologicamente à primeira.
ESTRANHOS ( Os ) - É comum, dos sete aos nove anos,
Se a filosofia clássica não distinguia, própria
que a criança se mostre surpreendida com estranhos.
mente, a Ética, da Moral, pois ambos têrmos eram
Esta é uma fase transitória, na qual a criança esta
usados sinonilnicamente, é preciso considerar que�
belece a diferença entre sua mãe, e as outras pessoas,
após o advento das idéias modernas, e das diversas
que conhece, bem como as pertencentes ao mundo
posições tomadas ante essas disciplinas, há necessi
exterior.
dade de distingui-las. Pois, enquanto a segunda se
A medida que cresce, recebe os estranhos com refere aos costumes usados entre os homens, a pri
mais naturalidade, acabando por acolhê-los com na meira dedica-se ao estudo das normas éticas invarian
turalidade. tes. Para quem se coloca na posição que afirma não
ter a Ética outra origem senão nos costumes huma
ESTREPTOMICINA -- - CVide Remédios Modernos).
nos, para quem assume uma posição sociologista, em
ESTUDOS - Após a finalização d o primário e ginásio, pirista, positivista, pragmatista, etc., considerará
os jovens encontram-se ante vários ca.minhos a se apenas aquela: ciência dos costumes humanos. Pa
guir. Uma grande maioria opta pelo científico ou ra quem busca as raízes mais profundas dos nossos
clássico, outros pela escola Normal, comércio, etc. costumes, as leis invariantes que os regem, conside
Os preparatórios à qualquer Faculdade servem de ra aquêles como símbolos das normas éticas, que
base aos estudos, que mais tarde serão seguidos. são os simbolizados.
Quando o jovem decidiu o curso que vai fazer, é - Vide
ETIQUETA Modos.
preciso que os pais o ajudem, tanto quanto possível.
Os estudos são sempre caros e uns mais que os ou EUFORIA - Bem estar do corpo. Quando de origem pa
tros. Apesar da grande maioria caber ao Estado, tológica, é o estado mental que se caracteriza por
cuja mensalidade é minima ou inexistente, em alguns sensações de bem estar, de otimismo e de fôrça, sem
casos, os livros, o material de práticas e de estudos que existam motivos suficientes para tal.
devem ser adquiridos. Ainda em nosso país o nú
mero de jovens que conseguem pagar os seus estu
EUTRAPELIA - Prazer pela recreação e pelo divertimen
dos é pequeno . . Em geral, não há nos próprios co
to, com o intuito de espairecer. Para Aristóteles é
uma virtude. Vide Prazer.
légios, como se dá na grande maioria dos países eu
ropeus e nos EE . UU . , pequenas tarefas que propor EVO€AÇÃ0 - A evocação, psicolàgicamente falando,
cionem um meio de ganho aos estudantes, de forma exige a ação da vontade na busca das imagens, que
a não perturbar-lhes o estudo. são representadas. A memorização é, também, dos
As bolsas de estudos são uma forma de auxílio animais, mas não a evocação, pois, nesta, há um tra·
mantido ou pelo Estado ou por associações benefi balho de busca, uma atividade do espírito. Nada le-
- 212 - - 213 -
va a crer que os animais sejam capazes de evocar os No primeiro caso, quando se manifestam em crian
fatos, mas apenas podem rememorizá-los, eventual ças em idade em que o pudor já deve estar formado,
mente. revela certa gravidade psicológica, pois aponta certo
EXAME - a ) Consideração, investigação, análise, pesqui desequilíbrio de carácter sexual, em que há o intuito
de compensar um sentimento de inferioridade. Nos
sa atenta para averiguar alguma coisa. Mas o exa
me exige certo sistematismo, pois tem sempre uma casos em que a jovem busca roupas chamativas, ati
finalidade, que é a de averiguar o valor de alguma tudes exageradas, com o intuito de atrair para si a
coisa ou pessoa, ou fatos e suas relações. atenção dos outros, temos sempre um sintoma de
desequilíbrio emocional, sobretudo de inferioridade.
b ) Na FiL, emprega-se a expressão livre exame p
Em tais casos, deve-se procurar a coo eração de um
para significar a independência de opinião, a liberta psiquiatra.
ção do jugo da autoridade em matéria de fé ou de
doutrina, preferindo examinar, por si mesmo, e só
EXPLANAÇAO - Explanar é tornar plano, tornar fácil,
explicar, ilustrar, tornar inteligível alguma coisa. Ex
aceitar o que a sua razão ou experiência aceitar ou
comprovar.
plana�ão é a explicação de alguma coisa, tornando-a
inteligfvel. É o desenvolvimento causal, a descrição,
EXAMES - Vide No tas escolares. a clarificação sistemática. É a interpretação cientí
- 216 - - 217 -
Os escoteiros e bandeirantes ( girl-scouts) estão
divididos em pequenos grupos, com um chefe de mais
experiência e idade, que cuida do seu grupo, depen
dendo, por sua vez, de outros chefes. Os grupos di
videm-se por idade.
- 216 - - 217 -
tre a coisa e o intelecto; ou seja, entre a cognição e que as aulas são más, professores péssimos, aprovei
a coisa. tamento quase nulo. Pode-se estabelecer a seguinte
norma: uma criança falta à escola dêste modo, por
A disconformidade ou inadequação pode ser po que se alia um esquema de desagradabilidade 01,1, en
sitiva ou negativa. Positiva, quando o intelecto re tão, porque sente muito mais prazer em passeios,
tira do objeto algo que êle tem ou empresta-lhe al avent-q.ras fora do âmbito escolar. Mas esta segun
go, que êle não tem; negativa, quando o intelecto co da razão nunca atuará de modo determinante se não
gita de alguma coisa que não há na coisa, ou não se der a primeira: o esquema da desagradabilidade e
cogita do que realmente há na coisa. Também se até da intolerabilidade. Quando se dá pela segunda
chama ignorância em tais casos. causa, sem que haja motivo na primeira, há, sem dú
vida, algum desequilibrio emocional, que deve ser
FALTA - a ) Carência, penúria do que é necessário.
considerado, a fim de buscar a sua solução.
b ) Emprega-se, também, no sentido de ausên
Nas escolas modernas, êsses casos não são mais
cia, no de negação (falta de ciência), de engano e êr
tratados com o rigor que mereciam anteriormente.
ro (as faltas cometidas ), no de pecado (falta grave ) .
Cada caso é um caso particular, e o mestre, que tem
Indica, assim, o conceito de falta a ausência do consciência de suas responsabilidades, procurará os
que é devido, ou a prática de um ato, que ofende ao pais para poder examinar o caso e contribuir com
que devera moral e êticamente ser. conselhos, a fim de evitar a repetição de tais faltas.
O pouco interêsse de certos pais, que não se preo
FALTA A ESCOLA - Na linguagem estudantil, denoffii
cupam que tais casos se dêem, têm sido a razão do
na-se gazeta, cábula, etc., a falta do aluno à escola,
aumento dessas faltas. As práticas usadas em alguns
com o desonhecimento dos pais ou tutores. Assu
países de escolas disciplinares para tais alunos, e as
mem tais fatos uma importância exagerada aos olhos
há de várias espécies, não são aconselháveis, pois ge
de muitos pais e mestres. Realmente, não são elas
aconselháveis e representam uma quebra da disci ram novas injustiças. Cada caso deve ser estudado
plina escolar e pessoal. Contudo, o excessivo rigor com cuidado. Quando o filho se queixa da escola
com que se tratam tais faltas leva a muitos meninos aos pais, faz determinadas referências ao que não gos
a esconderem-se, ou a procurarem companheiros, em ta, devem, então, êstes prestarem atenção e interessa
cujos bandos, aprendem a prática de muitos atos an rem-se · em ter uma nítida idéia da realidade, em vez
ti-sociais. O que é mister é descobrir as causas, que de responderem rispidamente aos filhos, impedindo
levam o aluno a faltar à aula dêste modo. Êsse exa -os de manifestar o seu desgôsto. Se os casos se
me poderá permitir que se faça um estudo etiológico manifestam de modo grave, devem procurar os mes
do caso, e se possa atender, em singular, de modo a tres responsáveis, de modo que, juntos, possam resol
dar soluções plausíveis. Na zona rural, onde a esco vê-los, desde · o início, a causa de tais ates indiscipli
la está às vêzes muito distante do lar, há certa desa nares, a fim de evitar que se agravem.
gradabilidade da criança para percorrer essa distân
cia, e temos aí uma razão das faltas. Noutros ca lt'ALTA DE ASSEIO NO VESTIR -A criança com três
sos, há aversão pela escola, devido à rigidez de cer ou quatro anos não poderá seguir estritamente as
tos mestres, ou a agressividade de certos alunos maio normas de higiene, julgadas necessárias pelo adulto.
res ou mais fortes, que aterrorizam o faltante. Nou Naturalmente que os preceitos higiênicos básicos de
tros, é a criança que não compreende bem as aulas vem ser dados desde esta idade, para que a criança
e é ameaçada de castigos, ou se julga injustiçada ( o se acostume a êles. É preciso sempre chamar-lhe a
que muitas vêzes acontece) por professores que, por atenção pelo asseio, sem querer torná-la uma "verda·
ogeriza ao aluno, lhe dão notas excessivamente bni· deira boneca", que não se possa pegar, o que seria
xas, outras por que companheiros ridicularizam sua.H contra indicado, pois a primeira, não lhe possibiliLnn
do a liberdade necessária aos seus atos.
roupas pobres, seu desajeitamento e, também, por
- 21 8 - -- 219 -
tre a coisa e o intelecto; ou seja, entre a cognição e que as aulas são más, professores péssimos, aprovei
a coisa. tamento quase nulo. Pode-se estabelecer a seguinte
norma: uma criança falta à escola dêste modo, por
A disconformidade ou inadequação pode ser po que se alia um esquema de desagradabilidade 01,1, en
sitiva ou negativa. Positiva, quando o intelecto re tão, porque sente muito mais prazer em passeios,
tira do objeto algo que êle tem ou empresta-lhe al avent-q.ras fora do âmbito escolar. Mas esta segun
go, que êle não tem; negativa, quando o intelecto co da razão nunca atuará de modo determinante se não
gita de alguma coisa que não há na coisa, ou não se der a primeira: o esquema da desagradabilidade e
cogita do que realmente há na coisa. Também se até da intolerabilidade. Quando se dá pela segunda
chama ignorância em tais casos. causa, sem que haja motivo na primeira, há, sem dú
vida, algum desequilibrio emocional, que deve ser
FALTA - a ) Carência, penúria do que é necessário.
considerado, a fim de buscar a sua solução.
b ) Emprega-se, também, no sentido de ausên
Nas escolas modernas, êsses casos não são mais
cia, no de negação (falta de ciência), de engano e êr
tratados com o rigor que mereciam anteriormente.
ro (as faltas cometidas ), no de pecado (falta grave ) .
Cada caso é um caso particular, e o mestre, que tem
Indica, assim, o conceito de falta a ausência do consciência de suas responsabilidades, procurará os
que é devido, ou a prática de um ato, que ofende ao pais para poder examinar o caso e contribuir com
que devera moral e êticamente ser. conselhos, a fim de evitar a repetição de tais faltas.
O pouco interêsse de certos pais, que não se preo
FALTA A ESCOLA - Na linguagem estudantil, denoffii
cupam que tais casos se dêem, têm sido a razão do
na-se gazeta, cábula, etc., a falta do aluno à escola,
aumento dessas faltas. As práticas usadas em alguns
com o desonhecimento dos pais ou tutores. Assu
países de escolas disciplinares para tais alunos, e as
mem tais fatos uma importância exagerada aos olhos
há de várias espécies, não são aconselháveis, pois ge
de muitos pais e mestres. Realmente, não são elas
aconselháveis e representam uma quebra da disci ram novas injustiças. Cada caso deve ser estudado
plina escolar e pessoal. Contudo, o excessivo rigor com cuidado. Quando o filho se queixa da escola
com que se tratam tais faltas leva a muitos meninos aos pais, faz determinadas referências ao que não gos
a esconderem-se, ou a procurarem companheiros, em ta, devem, então, êstes prestarem atenção e interessa
cujos bandos, aprendem a prática de muitos atos an rem-se · em ter uma nítida idéia da realidade, em vez
ti-sociais. O que é mister é descobrir as causas, que de responderem rispidamente aos filhos, impedindo
levam o aluno a faltar à aula dêste modo. Êsse exa -os de manifestar o seu desgôsto. Se os casos se
me poderá permitir que se faça um estudo etiológico manifestam de modo grave, devem procurar os mes
do caso, e se possa atender, em singular, de modo a tres responsáveis, de modo que, juntos, possam resol
dar soluções plausíveis. Na zona rural, onde a esco vê-los, desde · o início, a causa de tais ates indiscipli
la está às vêzes muito distante do lar, há certa desa nares, a fim de evitar que se agravem.
gradabilidade da criança para percorrer essa distân
cia, e temos aí uma razão das faltas. Noutros ca lt'ALTA DE ASSEIO NO VESTIR -A criança com três
sos, há aversão pela escola, devido à rigidez de cer ou quatro anos não poderá seguir estritamente as
tos mestres, ou a agressividade de certos alunos maio normas de higiene, julgadas necessárias pelo adulto.
res ou mais fortes, que aterrorizam o faltante. Nou Naturalmente que os preceitos higiênicos básicos de
tros, é a criança que não compreende bem as aulas vem ser dados desde esta idade, para que a criança
e é ameaçada de castigos, ou se julga injustiçada ( o se acostume a êles. É preciso sempre chamar-lhe a
que muitas vêzes acontece) por professores que, por atenção pelo asseio, sem querer torná-la uma "verda·
ogeriza ao aluno, lhe dão notas excessivamente bni· deira boneca", que não se possa pegar, o que seria
xas, outras por que companheiros ridicularizam sua.H contra indicado, pois a primeira, não lhe possibiliLnn
do a liberdade necessária aos seus atos.
roupas pobres, seu desajeitamento e, também, por
- 21 8 - -- 219 -
Deve-se fazer a criança guardar os brinquedos, orientação que muitas vêzes lhes falta. O mestre,
e também as roupas, ao mesmo tempo que se acos que deve ser um pedagogo completo, no genuíno e
tume a mudá-las diàriamente. completo sentido da palavra, não é apenas um ser
mais experimentado e mais sábio, que ministra co
FAMíLIA - Não é apenas um grupo social, fundado na
nhecimentos aos jovens. É alguém a quem cabe uma
emergência bionômica, como a explicação meramente
fisiologista pretende estabelecer, pois o homem não
função muito nobre e muito elevada: a de ser um
complemento justo e cuidadoso da família, pois a es
é apenas corpo. Tem a familia um fundamento psi
cola deve ser um complemento do lar, do contrário
cológico e um fundamento social, pois tende a pro
ela falseará suas justas finalidades.
longar-se e constituir-se nos filhos, que advêm, j á que
ela, concretamente, não é apenas o par, mas também
A personalidade da criança forma-se no lar. E
os filhos e, ademais, tem o seu papel histórico-social, essa personalidade a acompanhará, depois, pela vida,
e ainda o sobrenatural, pois, ao constituí-la, o par para o seu bem ou para o seu mal. Devem os pais
não tende apenas a satisfazar as necessidades de or ter sempre em mente a grande responsabilidade que
dem fisiológica. Há uma identificação, uma comu
assumem, quando trazem ao mundo entes que serã?
nhão em algo superior, pois, do contrário, não há pessoas, que terão um sentimEnto e uma personah
propriamente família, mas apenas um ajuntamento, dade, que sofrerão, amarão e ansiarão de todos os
que pode ser chancelado pela lei. modos.
FAMíLIA MODERNA E A EDUCAÇAO - Apesar de mui
Sem dúvida, as atuais condições da vida ofere
tas doutrinas malsãs pregarem, dissolventemente, o
cem condições muito desfavoráveis ao papel dos pais.
As influências, provindas de tantos setores malsãos,
desaparecimento da família, esta é, sem dúvida, o es
teio de tôda vida cultural superior d'a humanidade, de
penetram no lar, e há, por tôda a parte, uma desen
tôda vida civilizada. Essas doutrinas que pregaram
freada propaganda do pior ( vide Corrupção, propa
que o Estado pode substituir os pais na educação doM
ganda desenfreada ), que uma falsa e sofismática vi
filhos, malograram na prática e tiveram que, outra vez,
são democrática quer dar fores de validez. O rádio
ir de encontro à família, por compreenderem que 6 no
e a televisão podem exercer um papel deletério e
lar que se fundamentam os mais importantes cst.otoH
contribuírem para derrocar a melhor construção que
da construção d'e uma mente humana. Nüo 6 n fn
os pais desejam para os filhos. Ademais, pais não
mília, como nunca foi, nem o é na 6porn n.tunl, flllllll
devidamente educados, infestados de idéias dissol
do a luta econômica penetra om toctc>H OI' Hl'l orwc, c h•
ventes, procuram inocular em seus filhos as manei
modo a exigir da miie umn fnn�·no c•c•ollc"'rulc•ll r o r 11
ras deformadas de ver e de considerar as coisas da
da sociedade familiL�r, um nJunlm u c o 1 1 l n upc•rllc ch
mund'o.
pessoas, que unem Hllllq vldmt, !}lll"ll I'I I I IV I v r i l c 1 1 1 , c ll
Não; a famflin 6 nluo que I r'llll!-ll'l ' l l c l t 11 ' " "" 1 1 11 111 Há uma seqüência de males modernos, que obs
conjunção do dois �;On·K <lc Huxotl t l l rc 11 1 1 l c : c l l l l llt taculizam a boa ação familiar, e perturbam as provi
sociedade quo so forma com hu;wt que 1 1 l l 11cp ' r u c c dências bem intencionadas de pais responsáveis.
ao que pertencem ao llrnhHo .1tl l h lll'o, con l l l u l n c lo
-se numa tensão, numa coorOndn novn, c1111 q111 111\ 1 1 1 Muitos pais não dão o amparo devido aos filhos,
go que é imponderável aos espíritos nwsqulrahwc 1 e depois se assombram de que êstes revelem insegu
míopes, que a combatem. ranças, anseios aparentemente inexplicáveis. Se en
É aos pais que cabe o principal papol do t•chlt'HI tre os esposos não há mútuo entendimento e confian
os filhos. Ao mestre, ao genuino pedagogo, cnbo wu ça, se entre êles se observam desconfianças e críticas
papel suplementar, contudo um papel importtutUR acerbas, que pode tudo isso semear na alma infantil
simo, porque além de supletivo ao dos pais, dovo Hur senão o que a corromperá, a tornará inapta para uma
guiado de modo a robustecer o que há de sólido, 1 vida melhor? É mister que os pais considerem, dos
contribuir, tanto quanto possível, para dar nquOlt•H u de o momento que, por sua livre responsabiltc.fncto,
- 220 - - 221 -
Deve-se fazer a criança guardar os brinquedos, orientação que muitas vêzes lhes falta. O mestre,
e também as roupas, ao mesmo tempo que se acos que deve ser um pedagogo completo, no genuíno e
tume a mudá-las diàriamente. completo sentido da palavra, não é apenas um ser
mais experimentado e mais sábio, que ministra co
FAMíLIA - Não é apenas um grupo social, fundado na
nhecimentos aos jovens. É alguém a quem cabe uma
emergência bionômica, como a explicação meramente
fisiologista pretende estabelecer, pois o homem não
função muito nobre e muito elevada: a de ser um
complemento justo e cuidadoso da família, pois a es
é apenas corpo. Tem a familia um fundamento psi
cola deve ser um complemento do lar, do contrário
cológico e um fundamento social, pois tende a pro
ela falseará suas justas finalidades.
longar-se e constituir-se nos filhos, que advêm, j á que
ela, concretamente, não é apenas o par, mas também
A personalidade da criança forma-se no lar. E
os filhos e, ademais, tem o seu papel histórico-social, essa personalidade a acompanhará, depois, pela vida,
e ainda o sobrenatural, pois, ao constituí-la, o par para o seu bem ou para o seu mal. Devem os pais
não tende apenas a satisfazar as necessidades de or ter sempre em mente a grande responsabilidade que
dem fisiológica. Há uma identificação, uma comu
assumem, quando trazem ao mundo entes que serã?
nhão em algo superior, pois, do contrário, não há pessoas, que terão um sentimEnto e uma personah
propriamente família, mas apenas um ajuntamento, dade, que sofrerão, amarão e ansiarão de todos os
que pode ser chancelado pela lei. modos.
FAMíLIA MODERNA E A EDUCAÇAO - Apesar de mui
Sem dúvida, as atuais condições da vida ofere
tas doutrinas malsãs pregarem, dissolventemente, o
cem condições muito desfavoráveis ao papel dos pais.
As influências, provindas de tantos setores malsãos,
desaparecimento da família, esta é, sem dúvida, o es
teio de tôda vida cultural superior d'a humanidade, de
penetram no lar, e há, por tôda a parte, uma desen
tôda vida civilizada. Essas doutrinas que pregaram
freada propaganda do pior ( vide Corrupção, propa
que o Estado pode substituir os pais na educação doM
ganda desenfreada ), que uma falsa e sofismática vi
filhos, malograram na prática e tiveram que, outra vez,
são democrática quer dar fores de validez. O rádio
ir de encontro à família, por compreenderem que 6 no
e a televisão podem exercer um papel deletério e
lar que se fundamentam os mais importantes cst.otoH
contribuírem para derrocar a melhor construção que
da construção d'e uma mente humana. Nüo 6 n fn
os pais desejam para os filhos. Ademais, pais não
mília, como nunca foi, nem o é na 6porn n.tunl, flllllll
devidamente educados, infestados de idéias dissol
do a luta econômica penetra om toctc>H OI' Hl'l orwc, c h•
ventes, procuram inocular em seus filhos as manei
modo a exigir da miie umn fnn�·no c•c•ollc"'rulc•ll r o r 11
ras deformadas de ver e de considerar as coisas da
da sociedade familiL�r, um nJunlm u c o 1 1 l n upc•rllc ch
mund'o.
pessoas, que unem Hllllq vldmt, !}lll"ll I'I I I IV I v r i l c 1 1 1 , c ll
Não; a famflin 6 nluo que I r'llll!-ll'l ' l l c l t 11 ' " "" 1 1 11 111 Há uma seqüência de males modernos, que obs
conjunção do dois �;On·K <lc Huxotl t l l rc 11 1 1 l c : c l l l l llt taculizam a boa ação familiar, e perturbam as provi
sociedade quo so forma com hu;wt que 1 1 l l 11cp ' r u c c dências bem intencionadas de pais responsáveis.
ao que pertencem ao llrnhHo .1tl l h lll'o, con l l l u l n c lo
-se numa tensão, numa coorOndn novn, c1111 q111 111\ 1 1 1 Muitos pais não dão o amparo devido aos filhos,
go que é imponderável aos espíritos nwsqulrahwc 1 e depois se assombram de que êstes revelem insegu
míopes, que a combatem. ranças, anseios aparentemente inexplicáveis. Se en
É aos pais que cabe o principal papol do t•chlt'HI tre os esposos não há mútuo entendimento e confian
os filhos. Ao mestre, ao genuino pedagogo, cnbo wu ça, se entre êles se observam desconfianças e críticas
papel suplementar, contudo um papel importtutUR acerbas, que pode tudo isso semear na alma infantil
simo, porque além de supletivo ao dos pais, dovo Hur senão o que a corromperá, a tornará inapta para uma
guiado de modo a robustecer o que há de sólido, 1 vida melhor? É mister que os pais considerem, dos
contribuir, tanto quanto possível, para dar nquOlt•H u de o momento que, por sua livre responsabiltc.fncto,
- 220 - - 221 -
puseram no mundo um nôvo ser, que é carne de sua c ) Emprega-se, na música, para intitular uma
carne, que a união que havia entre êles assumiu um composição musical que expressa a fantasia. ( Vide
nôvo papel, um nôvo sentido, bem como uma nova Sonho ) .
responsabilidade.
FARMACIA CASEIRA - Damos abaixo uma lista do ma
As experiências pedagógicas, que foram tão ar terial e elementos básicos para a formação de uma
dentemente defendidas, de que era possível substituir pequena farmácia caseira:
com vantagem a vida familiar, malograram e deram
2 rolos de gaze; esparadrapo, algodão hidrófilo
como resultado desajustados de tôda espécie. Nesta
(em pacote) , tesouras, pinças, um conta-gotas, um
última guerra, a de 1939, devido às ameaças dos bom
vidro de vaselina, aspirina, cibalena ou novalgina, etc.,
bardeios, mtútas crianças foram retiradas de seus
dois termômetros (um para uso retal e outro oral ) ,
Iarts e levadas para outras regiões. Não há dúvida
um antisséptico, um pacote de bicabornato de sódio,
que assistia a essa providência razões respeitáveis,
uma seringa com agulha hipodérmica, álcool, um de
porque se tratava de salvar vidas ameaçadas de des
sinfetante ( mercúrio-cromo, iôdo, etc. ) .
truição. · Mas, do lado pedagógico, verificou-se que as
crianças que permaneceram com os pais e que assis É preciso colocarem-se rótulos em todos o s vi
tiram os horrores dos bombardeios são, em sua gran· dros de forma a não haver confusão. Em casa, on
de maioria, mais equilibradas que aquelas que foram de há crianças pequenas, é aconselhável colocarem-se
afastadas, as quais revelaram deseqtúlíbrios emocio· os vidros de remédios ou de substâncias venenosas,
nais e neuróticos, supinamente graves. fora do seu alcance. Não se deve dar a uma criança
um remédio velho, pois muitos perdem a eficácia,
O pedagogo moderno não deve abrigar em suu.
sendo, em alguns casos, perigosos.
mente as idéias precipitadas e mal construídas de
pedagogos mal orientados, que pregam, indevida FATOR RH - O fator Rh é uma característica, que se en
mente, de que os organismos estatais sejam capazeh contra freqüentemente nos glóbulos vermelhos do
de substituir o lar. sangue. Chamou-se Rh devido à relação que tem com
uma substância, encontrada nos glóbulos vermelhos
Enquanto houver sociedade humana superior,
dos macacos Rhesus. Quando os glóbulos vermelhos
culta e civilizada, jamais outro organismo substllulrn
a família, salvo se se quer construir umu. lnm1mtldn
de uma pessoa contêm êste fator, diz-se que é "Rh
positivo", do contrário, é um "Rh negativo". Ter o
de robots, desajustados emocionnlmont<•.
Rh positivo" ou o "Rh negativo" tem o mesmo valor.
FAMILIAR ( ASSJST1J:NCIA ) • VI< lo l'nl�e t u tlt'tlu"ulllll Quando os membros de um casal são Rh negativos,
moderna. nada há para preocupar-se. Quando, porém, o pai é
Rh positivo e a mãe Rh negativo, encontram-se às vê
FANTASIA - a ) zes, no filho, Rh positivo, um tipo de anemia muito
grave, conhecida tecnicamente pelo nome de Eritro
blastosis fatali", ou enfermidade emolítica de recém
-nascido. O resultado pode ser uma icterícia e um
desenvolvimento do baço no nascimento ou logo de·
pois.
- 222 - - 223 -
puseram no mundo um nôvo ser, que é carne de sua c ) Emprega-se, na música, para intitular uma
carne, que a união que havia entre êles assumiu um composição musical que expressa a fantasia. ( Vide
nôvo papel, um nôvo sentido, bem como uma nova Sonho ) .
responsabilidade.
FARMACIA CASEIRA - Damos abaixo uma lista do ma
As experiências pedagógicas, que foram tão ar terial e elementos básicos para a formação de uma
dentemente defendidas, de que era possível substituir pequena farmácia caseira:
com vantagem a vida familiar, malograram e deram
2 rolos de gaze; esparadrapo, algodão hidrófilo
como resultado desajustados de tôda espécie. Nesta
(em pacote) , tesouras, pinças, um conta-gotas, um
última guerra, a de 1939, devido às ameaças dos bom
vidro de vaselina, aspirina, cibalena ou novalgina, etc.,
bardeios, mtútas crianças foram retiradas de seus
dois termômetros (um para uso retal e outro oral ) ,
Iarts e levadas para outras regiões. Não há dúvida
um antisséptico, um pacote de bicabornato de sódio,
que assistia a essa providência razões respeitáveis,
uma seringa com agulha hipodérmica, álcool, um de
porque se tratava de salvar vidas ameaçadas de des
sinfetante ( mercúrio-cromo, iôdo, etc. ) .
truição. · Mas, do lado pedagógico, verificou-se que as
crianças que permaneceram com os pais e que assis É preciso colocarem-se rótulos em todos o s vi
tiram os horrores dos bombardeios são, em sua gran· dros de forma a não haver confusão. Em casa, on
de maioria, mais equilibradas que aquelas que foram de há crianças pequenas, é aconselhável colocarem-se
afastadas, as quais revelaram deseqtúlíbrios emocio· os vidros de remédios ou de substâncias venenosas,
nais e neuróticos, supinamente graves. fora do seu alcance. Não se deve dar a uma criança
um remédio velho, pois muitos perdem a eficácia,
O pedagogo moderno não deve abrigar em suu.
sendo, em alguns casos, perigosos.
mente as idéias precipitadas e mal construídas de
pedagogos mal orientados, que pregam, indevida FATOR RH - O fator Rh é uma característica, que se en
mente, de que os organismos estatais sejam capazeh contra freqüentemente nos glóbulos vermelhos do
de substituir o lar. sangue. Chamou-se Rh devido à relação que tem com
uma substância, encontrada nos glóbulos vermelhos
Enquanto houver sociedade humana superior,
dos macacos Rhesus. Quando os glóbulos vermelhos
culta e civilizada, jamais outro organismo substllulrn
a família, salvo se se quer construir umu. lnm1mtldn
de uma pessoa contêm êste fator, diz-se que é "Rh
positivo", do contrário, é um "Rh negativo". Ter o
de robots, desajustados emocionnlmont<•.
Rh positivo" ou o "Rh negativo" tem o mesmo valor.
FAMILIAR ( ASSJST1J:NCIA ) • VI< lo l'nl�e t u tlt'tlu"ulllll Quando os membros de um casal são Rh negativos,
moderna. nada há para preocupar-se. Quando, porém, o pai é
Rh positivo e a mãe Rh negativo, encontram-se às vê
FANTASIA - a ) zes, no filho, Rh positivo, um tipo de anemia muito
grave, conhecida tecnicamente pelo nome de Eritro
blastosis fatali", ou enfermidade emolítica de recém
-nascido. O resultado pode ser uma icterícia e um
desenvolvimento do baço no nascimento ou logo de·
pois.
- 222 - - 223 -
ma febre; pode parecer-se à gripe, e em certas con
rá uma reação. Seu sangue negativo começará a pro
dições adota as aparências de apendicite. Nos casos
duzir anticorpos, como reação contra êste fator Rb
graves, dá-se a infecção das vias respiratórias, espe
positivo, estranho a ela. f:stes anticorpos, ao passar
cialmente dor de garganta, debilidade e provàvelmen
para a circulação da criança, destroem as células ver
melhas do Rb positivo do mesmo, e isto produz trans
te calafrios; inchaço dos gânglios linfáticos, sobre
tudo no pescoço, e por trás das orelhas.
tornos na criança.
Não existe tratamento específico para esta enfer
Uma análise do sangue demonstrará se a mulher,
midade. Não é fatal, mas pode, em alguns casos, ori
que se encontra grávida, é Rh positivo, ou Rh nega
ginar sérias complicações.
tivo. Se fôr Rh negativo, o marido deve submeter-se,
também, a uma análise do sangue. Se fôr Rh positi FEBRE REUMATICA - É uma enfermidade não conta
vo, deve repetir-se o da mãe umas três vêzes no de giosa, que aparece, freqüentemente, nas crianças en
correr da gravidez, para basear-se a presença dos an tre os cinco e os quinze anos. Pode afetar qualquer
ticorpos. Caso êstes apareçam no fim da gravidez, parte do corpo, mas ataca, principalmente as arti
c feto nada sofrerá, mas é preciso que o médico este culaçõ�s, o ?ora�ão, os vasos sangüíneos ;
a pele.
ja de sobreaviso para qualquer eventualidade. Complica-se as vezes com a enfermidade conhecida
sob o nome de "coréia" ( Dança de San Vito ) afeta
Caso, no momento do nascimento, a criança este
ja afetada, é preciso praticarem transfusões de san
o sistema nervoso. A febre reumática ataca �
cora
ção, produzindo uma inflamação ou cicatriz no mús
gue Rh negativo, pois é a única forma de corrigir-lhe
culo e válvulas do mesmo.
a anemia para a qual estará predisposta.
. Os sintomas gerais são: perda do apetite e a pa
FÉ - Vide Educação religiosa.
hdez, a falta do aumento do pêso, a irritabilidade e a
FEBRE - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 11. dor nas articulações e nos músculos. A temper tura a'
pode ser baixa, alta ou irregular. Quando a criança
FEBRE DE FENO - A febre ou catarro do feno não tem
acusar os sintomas acima mencionados, deve-se levá
relação alguma com o próprio feno. Trata-se de uma
-la ao médico, imediatamente. O tratamento consiste
alergia nasal, produzida pela inalação do pólen do
certas e:vas. Como acontece em outras alergias, in·
principalmente, num longo perfodo de descanse �
. � cama, sob supervisão médica, uma alimentação con
fim, mmtas vezes, nela, um fator emocional.
trolada. O uso de antibióticos indicados pelo médi
Caracteriz�-se a febre do feno por espirros, pru co serão de grande efeito.
.
ndo e obstruçao do nariz. Em alguns casos produ·
�
A maioria das crianças que sofreram febre reu
zem-se lágrimas, coceira e avermelhamento d s olhos.
mática se restabelecem completamente.
Em alguns, aparece uma tosse sêca, e muitos pacien
tes chegam a perder o sentido do olfato e do sabor, FÉCULAS - Vide Nutrição.
durante mn ataque agudo.
FELICIDADE - Do latim Felicitas, que vem de Felix, di
Caso êstes ataques se manifestem a miúdo na crl· toso, afortunado, feliz, que, por sua vez, decorre de
ança, convém levá-la ao médico, que prescreverá um Fénus, oris, que significa o que produz a terra, o pro
tratamento adequado. duto, o ganho, o lucro, a vantagem, o proveito.
- 224 -
- 225 -
ma febre; pode parecer-se à gripe, e em certas con
rá uma reação. Seu sangue negativo começará a pro
dições adota as aparências de apendicite. Nos casos
duzir anticorpos, como reação contra êste fator Rb
graves, dá-se a infecção das vias respiratórias, espe
positivo, estranho a ela. f:stes anticorpos, ao passar
cialmente dor de garganta, debilidade e provàvelmen
para a circulação da criança, destroem as células ver
melhas do Rb positivo do mesmo, e isto produz trans
te calafrios; inchaço dos gânglios linfáticos, sobre
tudo no pescoço, e por trás das orelhas.
tornos na criança.
Não existe tratamento específico para esta enfer
Uma análise do sangue demonstrará se a mulher,
midade. Não é fatal, mas pode, em alguns casos, ori
que se encontra grávida, é Rh positivo, ou Rh nega
ginar sérias complicações.
tivo. Se fôr Rh negativo, o marido deve submeter-se,
também, a uma análise do sangue. Se fôr Rh positi FEBRE REUMATICA - É uma enfermidade não conta
vo, deve repetir-se o da mãe umas três vêzes no de giosa, que aparece, freqüentemente, nas crianças en
correr da gravidez, para basear-se a presença dos an tre os cinco e os quinze anos. Pode afetar qualquer
ticorpos. Caso êstes apareçam no fim da gravidez, parte do corpo, mas ataca, principalmente as arti
c feto nada sofrerá, mas é preciso que o médico este culaçõ�s, o ?ora�ão, os vasos sangüíneos ;
a pele.
ja de sobreaviso para qualquer eventualidade. Complica-se as vezes com a enfermidade conhecida
sob o nome de "coréia" ( Dança de San Vito ) afeta
Caso, no momento do nascimento, a criança este
ja afetada, é preciso praticarem transfusões de san
o sistema nervoso. A febre reumática ataca �
cora
ção, produzindo uma inflamação ou cicatriz no mús
gue Rh negativo, pois é a única forma de corrigir-lhe
culo e válvulas do mesmo.
a anemia para a qual estará predisposta.
. Os sintomas gerais são: perda do apetite e a pa
FÉ - Vide Educação religiosa.
hdez, a falta do aumento do pêso, a irritabilidade e a
FEBRE - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 11. dor nas articulações e nos músculos. A temper tura a'
pode ser baixa, alta ou irregular. Quando a criança
FEBRE DE FENO - A febre ou catarro do feno não tem
acusar os sintomas acima mencionados, deve-se levá
relação alguma com o próprio feno. Trata-se de uma
-la ao médico, imediatamente. O tratamento consiste
alergia nasal, produzida pela inalação do pólen do
certas e:vas. Como acontece em outras alergias, in·
principalmente, num longo perfodo de descanse �
. � cama, sob supervisão médica, uma alimentação con
fim, mmtas vezes, nela, um fator emocional.
trolada. O uso de antibióticos indicados pelo médi
Caracteriz�-se a febre do feno por espirros, pru co serão de grande efeito.
.
ndo e obstruçao do nariz. Em alguns casos produ·
�
A maioria das crianças que sofreram febre reu
zem-se lágrimas, coceira e avermelhamento d s olhos.
mática se restabelecem completamente.
Em alguns, aparece uma tosse sêca, e muitos pacien
tes chegam a perder o sentido do olfato e do sabor, FÉCULAS - Vide Nutrição.
durante mn ataque agudo.
FELICIDADE - Do latim Felicitas, que vem de Felix, di
Caso êstes ataques se manifestem a miúdo na crl· toso, afortunado, feliz, que, por sua vez, decorre de
ança, convém levá-la ao médico, que prescreverá um Fénus, oris, que significa o que produz a terra, o pro
tratamento adequado. duto, o ganho, o lucro, a vantagem, o proveito.
- 224 -
- 225 -
ttúdade da posse, q_uer subjetivamente ( certeza dessa a nossa vida. E, no entanto, poucos são os ricos fe
posse), quer. objetivamente, a posse perfeita de fato. lizes. Há pais que julgam poder tornar seus filhos
felizes ao dar-lhes o máximo de bens materiais e ape
Essa aspiração é manifestada em inúmeros atos
nas constroem o caminho de sua infelicidade, por não
humanos e nc anelo constante da felicidade. O ser
atenderem os outros aspetos mais importantes. O
humano tem consciência, portanto, da perfectibilida
bem-estar pertence à sensibilidade humana, mas a fe
de absoluta, e a deseja.
licidade pertence à intelectualidade. Só há felicida
Não encontra êle a qtúetação do espírito na posse de onde o espírito humano se aqtúeta na contempla
e no uso dos bens materiais ( bem-estar) , mas na pos ção do que é belo e verdadeiro. Não se compreender
se da perfeição absoluta (felicidade ) . bem essa diferença, como dissemos, foi a fonte de
grandes malogros para o ser humano.
O bem-estar é , portanto, uma relativa satisfação
das nossas aspirações e a sua conqtústa favorece o A felicidade exige uma atividade criadora, em
progresso técnico e material do homem, enquanto o que a fantasia e a vontade atuem em função do intelec
prosseguir no caminho indicado pelas normas éticas, to. Só quando a mente humana se dedica ao conhe
para a conquista da felicidade, favorece c progresso cimento, às atividades culturais, ao trabalho criador
moral e a alcançar a quietude do espírito, a paz da de carácter artesanal, aos "hobbies", à fotografia, ao
consciência, sôbre a qual se fundamenta a verdadeira colecicnamento, aos trabalhos científicos ( todos es
felicidade. pontâneamente aceitos e praticados ) , à arte, à músi
ca, aos concertos familiares, à formação de coros, or
Felicidade e bem-esta1· são distintos e a confusão questras, grupos de estudo, aos debates sôbre temas
entre ambos tem sido causa de trágicas conseqüên superiores, ao estudo sôbre as matérias mais eleva
cias, sobretudo para o homem moderno, que tanto se
das, ao estudo da história, da cultura, do progresso
tem descurado dos estudos éticos, tão importantes e
humano, das suas grandes conqtústas, ao estudo da
fundamentais para a melhor compreensão de sua vi
vida dos grandes homens, ao teatro, à declamação, ao
da social, o que lhe tem alimentado o ressentimento,
contato diário e permanente com os livros, aos centros
fonte de tantas incompreensões humanas.
de estudos, às conversações sôbre temas escolhidos,
FELICIDADE E O LAR - Um dos mais sérios e graves aos exercícios de inteligência, à solução de proble
equívocos modernos, cometido por muitos, é a lamen mas lógicos, aos jogos que exigem o emprêgo da in
tável confusão entre bem-estar e felicidade. O bem teligência, à meditação bem orientada, à oratória, à
-estar, que pertence mais ao corpo, nos é dado pelas poesia, às excursões com orientação científica, ao es
coisas, mas a felicidade é algo que nos dá o espírito. tude da natureza, das teorias científicas e suas lúpó
O bem-estar é a tranqüilidade material, mas a felici teses, à zoologia nos jardins zoológicos etc., encontra,.
dade é a tranqüilidade da mente. Confundir uma então, momentos de felicidade. Mas tudo isso exige
com outra foi o grande equívoco da época moderna,
ainda mais para a felicidade da criança: o lar harmô
e que atirou o ser humano à mais desenfreada busca
nico, pais que se compreendam e se respeitem, que se
de domínio sôbre as coisas e sôbre as riquezas mate
amam, que mantêm o carinho e o respeito mútuo, que
riais, julgando encontrar nelas a solução desejada: a
se apoiam, que mantêm conversações elevadas, que
felicidade. O resultado foi uma decepção embaraço
invadam temas superiores.
sa e extranha, que colocou o homem moderno num
estado de perplexidade e incerteza. No entanto, tu Sem isso, é inútil pensar que os filhos serão feli
do isso decorre àe erros fundamentais, de erros do zes, por que disporão de dinheiro, de coisas, de bem
partida, que poderiam perfeitamente ser evitados. A -estar material.
felicidade é o resultado de uma atitude mental, do
uma nova postura espiritual ante a vida, e é um êrro FÉRIAS COM CRIANÇAS -O período de férias tem um
julgar-se que só se pode ser feliz onde a abastança grande significado para a criança. É o momento em
domine, onde o excesso de coisas supérfluas encham que desfrutará de ar livre, de passeios, de jogos em
- 226 - - 2Z7 -
ttúdade da posse, q_uer subjetivamente ( certeza dessa a nossa vida. E, no entanto, poucos são os ricos fe
posse), quer. objetivamente, a posse perfeita de fato. lizes. Há pais que julgam poder tornar seus filhos
felizes ao dar-lhes o máximo de bens materiais e ape
Essa aspiração é manifestada em inúmeros atos
nas constroem o caminho de sua infelicidade, por não
humanos e nc anelo constante da felicidade. O ser
atenderem os outros aspetos mais importantes. O
humano tem consciência, portanto, da perfectibilida
bem-estar pertence à sensibilidade humana, mas a fe
de absoluta, e a deseja.
licidade pertence à intelectualidade. Só há felicida
Não encontra êle a qtúetação do espírito na posse de onde o espírito humano se aqtúeta na contempla
e no uso dos bens materiais ( bem-estar) , mas na pos ção do que é belo e verdadeiro. Não se compreender
se da perfeição absoluta (felicidade ) . bem essa diferença, como dissemos, foi a fonte de
grandes malogros para o ser humano.
O bem-estar é , portanto, uma relativa satisfação
das nossas aspirações e a sua conqtústa favorece o A felicidade exige uma atividade criadora, em
progresso técnico e material do homem, enquanto o que a fantasia e a vontade atuem em função do intelec
prosseguir no caminho indicado pelas normas éticas, to. Só quando a mente humana se dedica ao conhe
para a conquista da felicidade, favorece c progresso cimento, às atividades culturais, ao trabalho criador
moral e a alcançar a quietude do espírito, a paz da de carácter artesanal, aos "hobbies", à fotografia, ao
consciência, sôbre a qual se fundamenta a verdadeira colecicnamento, aos trabalhos científicos ( todos es
felicidade. pontâneamente aceitos e praticados ) , à arte, à músi
ca, aos concertos familiares, à formação de coros, or
Felicidade e bem-esta1· são distintos e a confusão questras, grupos de estudo, aos debates sôbre temas
entre ambos tem sido causa de trágicas conseqüên superiores, ao estudo sôbre as matérias mais eleva
cias, sobretudo para o homem moderno, que tanto se
das, ao estudo da história, da cultura, do progresso
tem descurado dos estudos éticos, tão importantes e
humano, das suas grandes conqtústas, ao estudo da
fundamentais para a melhor compreensão de sua vi
vida dos grandes homens, ao teatro, à declamação, ao
da social, o que lhe tem alimentado o ressentimento,
contato diário e permanente com os livros, aos centros
fonte de tantas incompreensões humanas.
de estudos, às conversações sôbre temas escolhidos,
FELICIDADE E O LAR - Um dos mais sérios e graves aos exercícios de inteligência, à solução de proble
equívocos modernos, cometido por muitos, é a lamen mas lógicos, aos jogos que exigem o emprêgo da in
tável confusão entre bem-estar e felicidade. O bem teligência, à meditação bem orientada, à oratória, à
-estar, que pertence mais ao corpo, nos é dado pelas poesia, às excursões com orientação científica, ao es
coisas, mas a felicidade é algo que nos dá o espírito. tude da natureza, das teorias científicas e suas lúpó
O bem-estar é a tranqüilidade material, mas a felici teses, à zoologia nos jardins zoológicos etc., encontra,.
dade é a tranqüilidade da mente. Confundir uma então, momentos de felicidade. Mas tudo isso exige
com outra foi o grande equívoco da época moderna,
ainda mais para a felicidade da criança: o lar harmô
e que atirou o ser humano à mais desenfreada busca
nico, pais que se compreendam e se respeitem, que se
de domínio sôbre as coisas e sôbre as riquezas mate
amam, que mantêm o carinho e o respeito mútuo, que
riais, julgando encontrar nelas a solução desejada: a
se apoiam, que mantêm conversações elevadas, que
felicidade. O resultado foi uma decepção embaraço
invadam temas superiores.
sa e extranha, que colocou o homem moderno num
estado de perplexidade e incerteza. No entanto, tu Sem isso, é inútil pensar que os filhos serão feli
do isso decorre àe erros fundamentais, de erros do zes, por que disporão de dinheiro, de coisas, de bem
partida, que poderiam perfeitamente ser evitados. A -estar material.
felicidade é o resultado de uma atitude mental, do
uma nova postura espiritual ante a vida, e é um êrro FÉRIAS COM CRIANÇAS -O período de férias tem um
julgar-se que só se pode ser feliz onde a abastança grande significado para a criança. É o momento em
domine, onde o excesso de coisas supérfluas encham que desfrutará de ar livre, de passeios, de jogos em
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conjunto, e terá também momentos alegres junto com recebendo, naturalmente, os convidados, conversando
os membros da família. um pouco, mas, também, retirando-se para outra sa
la, e deixando os jovens à vontade.
As férias devem ser aproveitadas ao máximo por
todos e, para isto, é preciso estudar-se bem o local FESTAS CONVENCIONAIS - As festas de Natal, Ano
onde ir, os divertimentos e passatempos que lá encon Novo, Páscoa, devem ser celebradas dentro do âm
trarão, e o ambiente que cercará a criança, o que é bito familiar. São as que têm mais importância
muito importante. Muitos pais se preocupam mais para a vida familiar, e deve-se prepará-las de forma
em gozar as férias do que realmente proporcionar que gravem na memória das crianças uma lembran
bens aos filhos. Há locais que são desaconselháveis ça agradável de união familiar.
às crianças e, entretanto, grande número de pais op
FIOÇAO - Vide Imaginação.
wm por êles, desprezando, muitas vêzes, outros que
seriam muito mais convenientes. FIDELIDADE - Vem do latim fides (fé), mas significa o
Em nosso país há falta de locais para férias. ato de vontade com promessa de manter-se perseve
Existem em número reduzido, apresentam, muitas rante quanto às convicções, quanto às idéias e ideais,
vêzes, falta de confôrto. O uso do camping ainda não no cumprimento das resoluções tomadas, no apóio e
foi instalado em nosso país, como o é feito em larga solidariedade a alguém, por qualquer ou por todos os
escala nos EE . UU . e na maioria dos países europeus. aspectos. É sinônimo de lealdade.
FÉRIAS ESCOLARES - O período de férias deve ser fei FILANTROPIA - (Do gr. philos e anthropos, amor e ho
to, se possível, regularmente, todos os anos, mas não mem, amor ao homem ) . a ) A doutrina filant!'ópica
deve estender-se por muito tempo. A criança goza surge com os estóicos gregos, e desenvolve-se, atra
de liberdade, horários flexíveis, e tudo isto a acostu vés de Sócrates, alcançando os romanos. Correspon
mará a não suportar o horário rígido que terá de se dia ao cosmopolitismo, sendo êste têrmo mais de sig
nificado jurídico. Consistia essa doutrina na valori
guir no período escolar.
zação do que há de universal no homem, próprio a
Convém cercar-se a criança de um ambiente acon cada região, ciclo cultural, etc. Pretende a filantro
selhável e puro, com amigos e parentes, que lhe pos pia pôr, acima das nacionalidades, a idéia da huma
sibilitem companhia para os passeios e passatempos. nidade. O homem deve ser, antes de racional, um
ser humano, e sentir-se solidário com todos os homens
FERIDAS - Vide Acidentes ( Previsão de ) , Hemorragias; do mundo.
l
Cortesi Primeiros auxílios; Fraturas.
b) Na época moderna, o têrmo voltou a ser em
FERIMENTOS - Vide Puel'icultura - 10.0 cap., § 12.
pregado, e no mesmo sentido encontramos a doutri
I
FESTAS - As crianças, assim como os jovens, apreciam na da filantropia, defendida pelos jesuítas.
muito as festas. Para as crianças, deve-se ter sempre c ) Atualmente, o têrmo humanitarismo substi
em mente, que elas são necessárias, não, porém, em tui filantropia, que, cada vez mais, é empregado no
demasia. Naturalmente, que as festas de celebração sentido de amor ao próximo, que se manifesta na rea
de aniversário devem ser realizadas, e nunca passar lização de obras caritativas, de socôrro, de auxílio,
desapercebidas. As festas infanti� devem ser de pe e na construção de instituições de caridade.
quena duração; os doces e salgados não deye� ser
_
em demasia. Deve-se planeJar com antecedenc1a os FILAUCIA - (Do gr. Philautia, que significa egoísmo, de
brinquedos e jogos para entreter as crianças. philos, amante, e autos, de si mesmo ) .
Ao chegar aos 12 anos, as meninas e os meninos Êste têrmo é, contudo, usado na Filosofia em sen
gostam de assumir a responsabilidade total de suas tido positivo, embora não o seja sempre na literatu
festas. São êles que organizam e convidam os ami ra, onde aparece como sinônimo de egoísta, de jac
gos. Os pais devem manter-se um pouco afastados, tancioso, impostor. Seu sentido filosófico é de amor
-- 228 - - 229 -
conjunto, e terá também momentos alegres junto com recebendo, naturalmente, os convidados, conversando
os membros da família. um pouco, mas, também, retirando-se para outra sa
la, e deixando os jovens à vontade.
As férias devem ser aproveitadas ao máximo por
todos e, para isto, é preciso estudar-se bem o local FESTAS CONVENCIONAIS - As festas de Natal, Ano
onde ir, os divertimentos e passatempos que lá encon Novo, Páscoa, devem ser celebradas dentro do âm
trarão, e o ambiente que cercará a criança, o que é bito familiar. São as que têm mais importância
muito importante. Muitos pais se preocupam mais para a vida familiar, e deve-se prepará-las de forma
em gozar as férias do que realmente proporcionar que gravem na memória das crianças uma lembran
bens aos filhos. Há locais que são desaconselháveis ça agradável de união familiar.
às crianças e, entretanto, grande número de pais op
FIOÇAO - Vide Imaginação.
wm por êles, desprezando, muitas vêzes, outros que
seriam muito mais convenientes. FIDELIDADE - Vem do latim fides (fé), mas significa o
Em nosso país há falta de locais para férias. ato de vontade com promessa de manter-se perseve
Existem em número reduzido, apresentam, muitas rante quanto às convicções, quanto às idéias e ideais,
vêzes, falta de confôrto. O uso do camping ainda não no cumprimento das resoluções tomadas, no apóio e
foi instalado em nosso país, como o é feito em larga solidariedade a alguém, por qualquer ou por todos os
escala nos EE . UU . e na maioria dos países europeus. aspectos. É sinônimo de lealdade.
FÉRIAS ESCOLARES - O período de férias deve ser fei FILANTROPIA - (Do gr. philos e anthropos, amor e ho
to, se possível, regularmente, todos os anos, mas não mem, amor ao homem ) . a ) A doutrina filant!'ópica
deve estender-se por muito tempo. A criança goza surge com os estóicos gregos, e desenvolve-se, atra
de liberdade, horários flexíveis, e tudo isto a acostu vés de Sócrates, alcançando os romanos. Correspon
mará a não suportar o horário rígido que terá de se dia ao cosmopolitismo, sendo êste têrmo mais de sig
nificado jurídico. Consistia essa doutrina na valori
guir no período escolar.
zação do que há de universal no homem, próprio a
Convém cercar-se a criança de um ambiente acon cada região, ciclo cultural, etc. Pretende a filantro
selhável e puro, com amigos e parentes, que lhe pos pia pôr, acima das nacionalidades, a idéia da huma
sibilitem companhia para os passeios e passatempos. nidade. O homem deve ser, antes de racional, um
ser humano, e sentir-se solidário com todos os homens
FERIDAS - Vide Acidentes ( Previsão de ) , Hemorragias; do mundo.
l
Cortesi Primeiros auxílios; Fraturas.
b) Na época moderna, o têrmo voltou a ser em
FERIMENTOS - Vide Puel'icultura - 10.0 cap., § 12.
pregado, e no mesmo sentido encontramos a doutri
I
FESTAS - As crianças, assim como os jovens, apreciam na da filantropia, defendida pelos jesuítas.
muito as festas. Para as crianças, deve-se ter sempre c ) Atualmente, o têrmo humanitarismo substi
em mente, que elas são necessárias, não, porém, em tui filantropia, que, cada vez mais, é empregado no
demasia. Naturalmente, que as festas de celebração sentido de amor ao próximo, que se manifesta na rea
de aniversário devem ser realizadas, e nunca passar lização de obras caritativas, de socôrro, de auxílio,
desapercebidas. As festas infanti� devem ser de pe e na construção de instituições de caridade.
quena duração; os doces e salgados não deye� ser
_
em demasia. Deve-se planeJar com antecedenc1a os FILAUCIA - (Do gr. Philautia, que significa egoísmo, de
brinquedos e jogos para entreter as crianças. philos, amante, e autos, de si mesmo ) .
Ao chegar aos 12 anos, as meninas e os meninos Êste têrmo é, contudo, usado na Filosofia em sen
gostam de assumir a responsabilidade total de suas tido positivo, embora não o seja sempre na literatu
festas. São êles que organizam e convidam os ami ra, onde aparece como sinônimo de egoísta, de jac
gos. Os pais devem manter-se um pouco afastados, tancioso, impostor. Seu sentido filosófico é de amor
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próprio, mas amor justo. Renouvier o usava, nesse FILOSOFIA -:- ?o gr. philos, amante, e sophia, saber . Diz
sentido, opondo-lhe misaucia, como ódio a si mesmo. -�e que Pitagoras, perguntado sôbre o que era, numa
.
epoca em que mmtos se chamavam de sophoi ( pl de
Irmãos e Irmãs.
.
FILHO MAIS VELHO - Vide sophos, sábio ) , respondeu: "Sou um amante do saber
( philosophos)" , um "amateur" ( amador) do conhe
FILHO MÉDIO - Vide Irmãos e Irmãs. cimento, o que revelava uma humildade sublime ·
Muitos casais, que têm um só fi Dêste modo, cunhou-se a palavra philosophia.
FILHO úNICO ( O ) -
lho, não devem considerar tal fato uma tragédia. Às
vêzes, um filho único traz certas vantagens, como po
Há um saber comum e um saber especulativo'
procurado, buscado.
de trazer algumas desvantagens.
O primeiro, o vulgar, chamavam os gregos de do
Os pais crêem que o filho único se torna exclusi xa, palavra que significa opinião, e o segundo chama
vista ao extremo em certos casos, pois lhe falta o vam de epistéme, que é o saber especulativo confor
contato constante com outras crianças. Esta falta de
ve ser suprida, convidando outras crianças, ou uma,
�
me a divisão proposta por Platão (filósofo gr go, 428-
·348 a. C . ) . Desta forma, a Filosofia não era apenas
que vá brincar em casa com o filho. Podem aprovei o saber, nem um amor à sabedoria, mas um saber pro
tar umas férias, e levar junto outra criança, para que curado, buscado, guiado, que tinha um método para
o filho tenha uma companhia. Desta forma, criar ser alcançado, que era reflexivo.
-se-á um ambiente cordial de companheirismo, que
falta à criança que é filho único. A Filosofia, assim perdia em extensão, pois, já
- 230 - - 231 -
próprio, mas amor justo. Renouvier o usava, nesse FILOSOFIA -:- ?o gr. philos, amante, e sophia, saber . Diz
sentido, opondo-lhe misaucia, como ódio a si mesmo. -�e que Pitagoras, perguntado sôbre o que era, numa
.
epoca em que mmtos se chamavam de sophoi ( pl de
Irmãos e Irmãs.
.
FILHO MAIS VELHO - Vide sophos, sábio ) , respondeu: "Sou um amante do saber
( philosophos)" , um "amateur" ( amador) do conhe
FILHO MÉDIO - Vide Irmãos e Irmãs. cimento, o que revelava uma humildade sublime ·
Muitos casais, que têm um só fi Dêste modo, cunhou-se a palavra philosophia.
FILHO úNICO ( O ) -
lho, não devem considerar tal fato uma tragédia. Às
vêzes, um filho único traz certas vantagens, como po
Há um saber comum e um saber especulativo'
procurado, buscado.
de trazer algumas desvantagens.
O primeiro, o vulgar, chamavam os gregos de do
Os pais crêem que o filho único se torna exclusi xa, palavra que significa opinião, e o segundo chama
vista ao extremo em certos casos, pois lhe falta o vam de epistéme, que é o saber especulativo confor
contato constante com outras crianças. Esta falta de
ve ser suprida, convidando outras crianças, ou uma,
�
me a divisão proposta por Platão (filósofo gr go, 428-
·348 a. C . ) . Desta forma, a Filosofia não era apenas
que vá brincar em casa com o filho. Podem aprovei o saber, nem um amor à sabedoria, mas um saber pro
tar umas férias, e levar junto outra criança, para que curado, buscado, guiado, que tinha um método para
o filho tenha uma companhia. Desta forma, criar ser alcançado, que era reflexivo.
-se-á um ambiente cordial de companheirismo, que
falta à criança que é filho único. A Filosofia, assim perdia em extensão, pois, já
- 230 - - 231 -
FIM - a) Fim é a meta ou o destino para o qual tende o FRACASSO ESCOLAR - Muitas vêzes a criança não é ca
agente quando move ou atua. paz de fazer bem os seus trabalhos escolares, não al
cançando o nível da classe de que faz parte.
b ) É o também o têrmo final, o limite final, o
acabamento, término. Os pais, em geral, têm conhecimento de tais fa
tos por intermédio do boletim de notas, que lhes é
FIMOSE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 14. entregue mensalmente. O primeiro passo é ir falar
com os professores de forma a descobrir as razões,
FINANÇAS FAMILIARES - Vide Economia familiar.
porque certas matérias oferecem dificuldade, e ver a
FISIOGNOMONIA - Ciência que ensina a conhecer o ca- forma de superar os obstáculos. Caso seja preciso,
rácter dos homens e suas intenções pelas feições do é conveniente tomar um professor particular, de for
rosto, pela fisionomia. Essa disciplina está hoje su ma que seja levado a cabo êste trabalho de recupera
bordinada à Caracterologia ( vide ) . ção.
Muitas vêzes convém um exame médico, para ver
FLEUGMÃTICO - Temperamento que s e caracteriza pe se não é portador de uma saúde precária, da visão ou
la passividade e pela indolência afetivas. É uma es
ouvido defeituosos, etc.
pécie de linfático, · mas com certa atividade medida.
Vide Caracteres. Os motivos, que levam a uma criança não estar
no nível desejado da classe, são vários. Citaremos
FOBIA - Temor exagerado, geralmente de fundo patoló alguns dêles: a criança, que sente que se exige dema
gico, a algum estímulo determinado. É contrário de siado dela, com freqüência, se abstém até antes de
mania ou filia, e entra como sufixo na composição intentar o que lhe pedem; também o exemplo de um
de muitas palavras, como agorafobia, mêdo aos luga irmão ou irmã, que obtenham maiores êxitos, é ou
res amplos etc. Vide Mêdo. tro motivo.
FLUOR - Segundo os recentes estudos, neste setor, os Em nenhum dos casos é aconselhável que os pais
dentes conservam-se muito melhor quanto maior ajudem os filhos diretamente a fazer os deveres esco
quantidade de flúor contiverem no esmalte. lares; não obstante, é muito conveniente que discutam
e comentem com êles sôbre a matéria estudada. Man
Alguns especialistas recomendam a aplicação tó ter sempre uma atitude de respeito e simpatia produz
pica, colocando o flúor diretamente sôbre os dentes melhores frutos.
das crianças.
FRATERNIDADE - a) Diz-se da cooperação amiga en
FOLGAR - Quase todas as crianças passam por períodos tre pessoas pertencentes à mesma coletividade, asso
em que não querem fazer suas tarefas escolares e se ciações ou não. As comunidades, que se devotavam
o fazem, é com lentidão extrema. Há crianças que à prática de atos de apoio-mútuo, chamavam-se fra
são muito lentas por temperamento. Os pais, neste ternidades ou também fraterias. Muitas delas eram
caso, devem aceitar a possibilidade de que um ritmo, organizadas secretamente.
que êles consideram lento, possa ser normal para o
b ) Dá-se, ademais, o nome de· fraternidade ao
filho. É normal que uma criança, com cinco ou seis
sentimento que une amigàvelmente pessoas entre si
anos, se vista com lentidão. De qualquer maneira,
para a prática de atos de apoio-mútuo.
não se deve impor uma rapidez extrema, pois a cri
ança, nesta idade, tem uma tarefa realmente difícil FRATERNO - Derivado da palavra latina frater, usa-se
ante si, que é o de vestir-se e tomar banho. É prefe comumente para significar irmão ou irmã.
rível que ela o faça descansadamente, mas a leve a
FRATURAS - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 13.
têrmo. Muitas vêzes é falando que uma criança rea
liza qualquer trabalho. Neste caso, é preferível dei FRENOLOGIA - Doutrina pela qual se afirma que as fun
xar que o faça desta forma. ções psíquicas estão localizadas no cérebro, e o grau
- 232 - - 233 -
FIM - a) Fim é a meta ou o destino para o qual tende o FRACASSO ESCOLAR - Muitas vêzes a criança não é ca
agente quando move ou atua. paz de fazer bem os seus trabalhos escolares, não al
cançando o nível da classe de que faz parte.
b ) É o também o têrmo final, o limite final, o
acabamento, término. Os pais, em geral, têm conhecimento de tais fa
tos por intermédio do boletim de notas, que lhes é
FIMOSE - Vide Puericultura - 12.0 cap., § 14. entregue mensalmente. O primeiro passo é ir falar
com os professores de forma a descobrir as razões,
FINANÇAS FAMILIARES - Vide Economia familiar.
porque certas matérias oferecem dificuldade, e ver a
FISIOGNOMONIA - Ciência que ensina a conhecer o ca- forma de superar os obstáculos. Caso seja preciso,
rácter dos homens e suas intenções pelas feições do é conveniente tomar um professor particular, de for
rosto, pela fisionomia. Essa disciplina está hoje su ma que seja levado a cabo êste trabalho de recupera
bordinada à Caracterologia ( vide ) . ção.
Muitas vêzes convém um exame médico, para ver
FLEUGMÃTICO - Temperamento que s e caracteriza pe se não é portador de uma saúde precária, da visão ou
la passividade e pela indolência afetivas. É uma es
ouvido defeituosos, etc.
pécie de linfático, · mas com certa atividade medida.
Vide Caracteres. Os motivos, que levam a uma criança não estar
no nível desejado da classe, são vários. Citaremos
FOBIA - Temor exagerado, geralmente de fundo patoló alguns dêles: a criança, que sente que se exige dema
gico, a algum estímulo determinado. É contrário de siado dela, com freqüência, se abstém até antes de
mania ou filia, e entra como sufixo na composição intentar o que lhe pedem; também o exemplo de um
de muitas palavras, como agorafobia, mêdo aos luga irmão ou irmã, que obtenham maiores êxitos, é ou
res amplos etc. Vide Mêdo. tro motivo.
FLUOR - Segundo os recentes estudos, neste setor, os Em nenhum dos casos é aconselhável que os pais
dentes conservam-se muito melhor quanto maior ajudem os filhos diretamente a fazer os deveres esco
quantidade de flúor contiverem no esmalte. lares; não obstante, é muito conveniente que discutam
e comentem com êles sôbre a matéria estudada. Man
Alguns especialistas recomendam a aplicação tó ter sempre uma atitude de respeito e simpatia produz
pica, colocando o flúor diretamente sôbre os dentes melhores frutos.
das crianças.
FRATERNIDADE - a) Diz-se da cooperação amiga en
FOLGAR - Quase todas as crianças passam por períodos tre pessoas pertencentes à mesma coletividade, asso
em que não querem fazer suas tarefas escolares e se ciações ou não. As comunidades, que se devotavam
o fazem, é com lentidão extrema. Há crianças que à prática de atos de apoio-mútuo, chamavam-se fra
são muito lentas por temperamento. Os pais, neste ternidades ou também fraterias. Muitas delas eram
caso, devem aceitar a possibilidade de que um ritmo, organizadas secretamente.
que êles consideram lento, possa ser normal para o
b ) Dá-se, ademais, o nome de· fraternidade ao
filho. É normal que uma criança, com cinco ou seis
sentimento que une amigàvelmente pessoas entre si
anos, se vista com lentidão. De qualquer maneira,
para a prática de atos de apoio-mútuo.
não se deve impor uma rapidez extrema, pois a cri
ança, nesta idade, tem uma tarefa realmente difícil FRATERNO - Derivado da palavra latina frater, usa-se
ante si, que é o de vestir-se e tomar banho. É prefe comumente para significar irmão ou irmã.
rível que ela o faça descansadamente, mas a leve a
FRATURAS - Vide Puericultura - 10.0 cap., § 13.
têrmo. Muitas vêzes é falando que uma criança rea
liza qualquer trabalho. Neste caso, é preferível dei FRENOLOGIA - Doutrina pela qual se afirma que as fun
xar que o faça desta forma. ções psíquicas estão localizadas no cérebro, e o grau
- 232 - - 233 -
de desenvolvimento das mesmas se manifesta por FURTO - O conceito de propriedade é algo que surge na
- 2 34 - - 235 -
de desenvolvimento das mesmas se manifesta por FURTO - O conceito de propriedade é algo que surge na
- 2 34 - - 235 -
revelam algum defeito de adaptação. A criança de
seja possuir as coisas, porque sente que aumenta o
seu poder, sobretudo coisas que são para ela valio
sas, por suas côres, por sua utilidade, como também
pode surgir por sentir-se desmerecida ante os irmãos
ou irmãs, que são favoritos dos pais. Quando tais
furtos são habituais� estamos em face de um proble
ma que deve ser examinado com cuidado, pois a sua
gravidade pode estar a exigir a presença de um con
selheiro, um mestre capacitado ou até de um psicó
logo experiente. Note-se que muitas crianças gos
G
tam de praticar pequenos furtos, como em feiras, em
fruteiras, mais pelo desejo da aventura, pelo risco que
oferece, os quais podem, depois, atuar perigosamente, GAGUEIRA - É um defeito de linguagem que geralmen
{t ser o caminho da delinqüência juvenil. Tais crian te surge num determinado período da formação da
ças devem ser encaminhadas para clubes juvenis, para quela, na criança, e que aponta a algum trans
sociedades excursionistas, aconselhadas a fazerem torne da personalidade. Há casos de deficiência
coleções de objetos; enfim, despertar-lhes um interês constitutiva do aparelho vocal e todos êles devem ser
se por atividades mais sãs. Mas, o fundamental e im tratados por especialistas na matéria. São, portanto,
portante, é o exemplo dos pais, as palavras justas sô· clínicos.
bre o mal que é o furto e, sobretudo, da parte da so
GANGLIOS - As pequenas massas de tecido linfático
ciedade, em seus periódicos e meios de divulgação,
(nódulos linfáticos) podem inflamar-se, no decorrer
uma constante propaganda contra tais atos, muitas
de algumas infecções. Uma infecção localizada no
vêzes, ao contrário, exaltados, como vimos em nos
bra:.ço, ou no peito, pode motivar o inchaço dos nó
so país, nessa fase de corrupção vitoriosa, de deso·
dulos linfáticos das axilas. Se a criança apresenta
nestidade desenfreada, que homens, que ocuparam al
inflamação ao longo do pescoço, ou debaixo das ore
tos postos de mando, foram os primeiros a oxempll
lhas, ainda que as causas possam ser devidas a um
ficar, abalando a educação e a boa vontadr elo nloH simples catarro, das amígdalas ou papeiras, os pais
tres e pais. devem levá-la a um médico para que tenham o diag
FURúNCULOS - Vide Puericu ltura - 12." <'np,, fi 11, nóstico seguro e o tratamento mais aconselhável.
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revelam algum defeito de adaptação. A criança de
seja possuir as coisas, porque sente que aumenta o
seu poder, sobretudo coisas que são para ela valio
sas, por suas côres, por sua utilidade, como também
pode surgir por sentir-se desmerecida ante os irmãos
ou irmãs, que são favoritos dos pais. Quando tais
furtos são habituais� estamos em face de um proble
ma que deve ser examinado com cuidado, pois a sua
gravidade pode estar a exigir a presença de um con
selheiro, um mestre capacitado ou até de um psicó
logo experiente. Note-se que muitas crianças gos
G
tam de praticar pequenos furtos, como em feiras, em
fruteiras, mais pelo desejo da aventura, pelo risco que
oferece, os quais podem, depois, atuar perigosamente, GAGUEIRA - É um defeito de linguagem que geralmen
{t ser o caminho da delinqüência juvenil. Tais crian te surge num determinado período da formação da
ças devem ser encaminhadas para clubes juvenis, para quela, na criança, e que aponta a algum trans
sociedades excursionistas, aconselhadas a fazerem torne da personalidade. Há casos de deficiência
coleções de objetos; enfim, despertar-lhes um interês constitutiva do aparelho vocal e todos êles devem ser
se por atividades mais sãs. Mas, o fundamental e im tratados por especialistas na matéria. São, portanto,
portante, é o exemplo dos pais, as palavras justas sô· clínicos.
bre o mal que é o furto e, sobretudo, da parte da so
GANGLIOS - As pequenas massas de tecido linfático
ciedade, em seus periódicos e meios de divulgação,
(nódulos linfáticos) podem inflamar-se, no decorrer
uma constante propaganda contra tais atos, muitas
de algumas infecções. Uma infecção localizada no
vêzes, ao contrário, exaltados, como vimos em nos
bra:.ço, ou no peito, pode motivar o inchaço dos nó
so país, nessa fase de corrupção vitoriosa, de deso·
dulos linfáticos das axilas. Se a criança apresenta
nestidade desenfreada, que homens, que ocuparam al
inflamação ao longo do pescoço, ou debaixo das ore
tos postos de mando, foram os primeiros a oxempll
lhas, ainda que as causas possam ser devidas a um
ficar, abalando a educação e a boa vontadr elo nloH simples catarro, das amígdalas ou papeiras, os pais
tres e pais. devem levá-la a um médico para que tenham o diag
FURúNCULOS - Vide Puericu ltura - 12." <'np,, fi 11, nóstico seguro e o tratamento mais aconselhável.
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tempo, pois logo começam a andar, enquanto outros para que desenvolvam a sua personalidade. É impor
levam muito tempo neste exercício. Para tal é pre tante lembrar que não devem vesti-los igualmente e,
ciso que tenha espaço e os movimentos livres. sim, com roupas diferentes.
Esta é uma fase de "descobertas", e nela a cri Numa família, onde além de gêmeos, há outros fi
ança descobre as coisas mais corriqueiras do lar, de lhos, convém dar a atenção a todos, de modo a não
senvolvendo, ao mesmo tempo, os seus músculos, que se formarem ressentimentos e ciúmes.
começam a ser empregados.
GENEROSIDADE -
A generosidade não consiste apenas
Deve-se, entretanto, prevenir os possíveis aciden em dar presentes aos outros e em repartir o que se
tes, como, por ex.: não deixar pequenos objetos se tem. É também uma qualidade do espírito. A mag
rem tragados pelo bebê; tomadas elétricas, que devem nanimidade, a benevolência, a tolerância, a compai
ser cobertas com um esparadrapo; lâmpadas (abat xão, a boa vontade para esquecer, tôdas estas virtu
·jours) , que podem ser derrubados; móveis muito le des estão analogadas com a generosidade.
ves; cadeiras ou banquinhos, etc.
É freqüente considerar a generosidade como pro
A roupa mais aconselhável é umas calcinhas bem digalidade de presentes. Vide Cardeais ( virtudes ) .
largas e amplas, a fim de protegerem os joelhos
do bebê, e deixar que se suje à vontade. Na hora do GENES -
(Do gr. genes, engendrado por . . . ) . Sufixo
banho, será trocado e, não se deve deixar que retor que entra na composição de muitas palavras para in
ne ao chão. d'icar:
G:f:MEOS - Existem três tipos de gêmeos: os idênticos, a) engendrado por, o ter por origem, daí: endó·
os não-idênticos e os de sexos contrário. Os idênti geno (de origem interna) ; alógeno ( de origem estra
cos provêm de um óvulo, o qual, no começo, fica di· nha);autógeno ( produzido por si mesmo ) .
vid:ido em duas parte iguais; os gêmeos não-idênticos
b ) Segundo a natureza igual o u diversa: homo·
são o resultado da fecundação quase simultânea de
gêneo, de natureza igual; heterogêneo, de natureza di
dois óvulos.
ferente.
A possibilidade de um casal ter gêmeos é muito
c ) Como o que engendra, exs.: patogênico (que
pequena. Parece que a possibilidade de os ter, é,
produz a doença), cancerógeno, ( que produz o cân
em parte, devido à hereditariedade, e é mais freqüen
cer ).
te em algumas famílias ou raças, que em outras. Se
gundo as estatísticas, aproximadamente uma mãe, em GENÉTICA -
a ) Como substantivo, o que estuda, e co
cada noventa e sete, tem gêmeos. A idade em que é mo adjetivo, o que se refere à origem e ao desenvolvi
maior a probabilidade é dos trinta aos trinta e oito mento de alguma coisa. Assim, a antropogenética
anos, na mulher. estuda a origem e o desenvolvimento biológico e cul
Os cuidados, requeridos por gêmeos são maiores tural do homem.
que os dos bebês nascidos em partos normais. Em b ) Nome que se dá à teoria da produção e da
geral um dos gêmeos tem de permanecer numa in transformação dos sêre:s vivos, tomados enquanto es
cubadora nos primeiros dias. Somente em raros C\·l pécies.
sos pode a mãe amamentá-los.
c ) Também é o estudo da hereditariedade pelo
É de grande importância que os gêmeos rccohnrn cruzamento de variedades bem definidas.
atenções individuais. Os pais têm tendêncln a osqw
cer que se trata de duas pessoas, com sun JndlvldtttL GÊNIO -
a) Entre os gregos, o têrmo era usado para
!idade, e cada um tem suas próprias noc:«·�l�lctmlnl4. indicar o daimon, como a voz interior de que falava
Assim é importante dar-lhes oporttmiclado o nwtot4 Sócrates.
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tempo, pois logo começam a andar, enquanto outros para que desenvolvam a sua personalidade. É impor
levam muito tempo neste exercício. Para tal é pre tante lembrar que não devem vesti-los igualmente e,
ciso que tenha espaço e os movimentos livres. sim, com roupas diferentes.
Esta é uma fase de "descobertas", e nela a cri Numa família, onde além de gêmeos, há outros fi
ança descobre as coisas mais corriqueiras do lar, de lhos, convém dar a atenção a todos, de modo a não
senvolvendo, ao mesmo tempo, os seus músculos, que se formarem ressentimentos e ciúmes.
começam a ser empregados.
GENEROSIDADE -
A generosidade não consiste apenas
Deve-se, entretanto, prevenir os possíveis aciden em dar presentes aos outros e em repartir o que se
tes, como, por ex.: não deixar pequenos objetos se tem. É também uma qualidade do espírito. A mag
rem tragados pelo bebê; tomadas elétricas, que devem nanimidade, a benevolência, a tolerância, a compai
ser cobertas com um esparadrapo; lâmpadas (abat xão, a boa vontade para esquecer, tôdas estas virtu
·jours) , que podem ser derrubados; móveis muito le des estão analogadas com a generosidade.
ves; cadeiras ou banquinhos, etc.
É freqüente considerar a generosidade como pro
A roupa mais aconselhável é umas calcinhas bem digalidade de presentes. Vide Cardeais ( virtudes ) .
largas e amplas, a fim de protegerem os joelhos
do bebê, e deixar que se suje à vontade. Na hora do GENES -
(Do gr. genes, engendrado por . . . ) . Sufixo
banho, será trocado e, não se deve deixar que retor que entra na composição de muitas palavras para in
ne ao chão. d'icar:
G:f:MEOS - Existem três tipos de gêmeos: os idênticos, a) engendrado por, o ter por origem, daí: endó·
os não-idênticos e os de sexos contrário. Os idênti geno (de origem interna) ; alógeno ( de origem estra
cos provêm de um óvulo, o qual, no começo, fica di· nha);autógeno ( produzido por si mesmo ) .
vid:ido em duas parte iguais; os gêmeos não-idênticos
b ) Segundo a natureza igual o u diversa: homo·
são o resultado da fecundação quase simultânea de
gêneo, de natureza igual; heterogêneo, de natureza di
dois óvulos.
ferente.
A possibilidade de um casal ter gêmeos é muito
c ) Como o que engendra, exs.: patogênico (que
pequena. Parece que a possibilidade de os ter, é,
produz a doença), cancerógeno, ( que produz o cân
em parte, devido à hereditariedade, e é mais freqüen
cer ).
te em algumas famílias ou raças, que em outras. Se
gundo as estatísticas, aproximadamente uma mãe, em GENÉTICA -
a ) Como substantivo, o que estuda, e co
cada noventa e sete, tem gêmeos. A idade em que é mo adjetivo, o que se refere à origem e ao desenvolvi
maior a probabilidade é dos trinta aos trinta e oito mento de alguma coisa. Assim, a antropogenética
anos, na mulher. estuda a origem e o desenvolvimento biológico e cul
Os cuidados, requeridos por gêmeos são maiores tural do homem.
que os dos bebês nascidos em partos normais. Em b ) Nome que se dá à teoria da produção e da
geral um dos gêmeos tem de permanecer numa in transformação dos sêre:s vivos, tomados enquanto es
cubadora nos primeiros dias. Somente em raros C\·l pécies.
sos pode a mãe amamentá-los.
c ) Também é o estudo da hereditariedade pelo
É de grande importância que os gêmeos rccohnrn cruzamento de variedades bem definidas.
atenções individuais. Os pais têm tendêncln a osqw
cer que se trata de duas pessoas, com sun JndlvldtttL GÊNIO -
a) Entre os gregos, o têrmo era usado para
!idade, e cada um tem suas próprias noc:«·�l�lctmlnl4. indicar o daimon, como a voz interior de que falava
Assim é importante dar-lhes oporttmiclado o nwtot4 Sócrates.
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b) Extraído do platonismo, foi, na época moder em qualquer lugar, e que é aconselhável manterem
na, o nome dado àquele que revela dotes extraordiná -se certas normas de higiene. Assim, quando se
en
rios de criação estética, ou a capacidade de realiza contrarem em contacto com uma pessoa resfriada
'
ções superiores no pensamento, bem como em tôdas convém não permanecerem muito perto dela.
as manifestações superiores da inteligência humana.
GESTAÇÃO - ( sintomas de perigo e outros sintomas )
Os sintomas abaixo mencionados devem ser levados
Para Kant, o gênio cria as suas próprias regras.
Há, assim, gênios na Música, na Pintura, na Poe prontamente ao conhecimento do obstetra. São êles:
sia, na Filosofia, na Religião, na Ciência, nas Artes mi calafrios e febre; perda de sangue vaginal; entumesci
litares, etc. mento do rosto, dos olhos; fortes dôres de cabeça ou
abdominais; dor ou sensação de queimadura ao uri
GERAÇÃO - A geração é a mutação do não-ser ao ser; nar; ruptura das membranas; ausência de movimen
é uma transmutação para a substância. É, portanto, tos do feto por mais de 24 horas.
a meta a ser atingida, e que termina na forma. Dá-se,
Há, ainda, pequenos sintomas, que não têm gran
não no tempo, mais in instante, como a corrupção.
de importância, mas incomodam muito a grande
O sujeito da geração não é o que é gerado, m�s a
maioria das gestantes. São êles:
matéria do que é gerado. Em tôda geração há, por
tanto, uma matéria que sofre a geração. Com a ge 1 ) náusea� e vômitos: seguem-se, em geral, logo
ração, algo é feito. Na geração, há, necessàriamente, após a f�lta da primeira menstruação. Com o
pas
o que é gerado, e, conseqüentemente, um generante. sar dos dias, podem aumentar de intensidade, ou,
em
A geração, quando substancial, não se dá no tempo; outros casos, desaparecer completamente. Nos ca
é instantânea. A geração implica a corrupção, pois o sos em que o enjôo se torna muito forte, deve ser
le
gerar de uma coisa é o corromper-se de outra. Na vado ao conhecimento do médico.
geração, há a passagem do não-ser para o ser; na cor 2 ) Azia : sensação de queimadura ardente no
rupção, do ser para o não-ser. Quando alguma coisa abdômen superior e abaixo do tórax. É acomp
anha
é gerada, adquire um ser, mas o sujeito, que é gerado, da de vômitos ácidos e amargos. O tratamento mais
tinha antes uma forma que deixou de ter; portanto, indi�ado é uma colher de leite de magnésia ou
uma
sofreu a passagem de um ser para um não-ser o que pastilha, depois de cada refeição.
era, para ser outro, que antes não era. Geração e 3 ) Salivação excessiva: comum nos primeiros
corrupção são opostos. ( Vide Mutação). mêses, aumentando de intensidade nos último
s mê
ses.
GÉRMENS - As crianças gozam de certa resistência na
tural contra os micróbios, resistência esta que aumen 4 ) Prisão de ventre: muito comum durante a
ta à medida que elas crescem. Os pais, que se preo gestação. A falta de evacuação, durante um ou dois
cupam com exagero sôbre os gérmens, estão crian dias, não é prejudicial à gestante. Os médicos
acon
do um ambiente de certa forma artificial, pois privar selham o uso diário de frutas, principalmente
sêcas'
o bebê de levar qualquer objeto à bôca é privar-lhe como ameixas, figos e passas; exercícios moder
ados'
de uma forma de conhecimento. Naturalmente que mas diários .
são imprescindíveis os cuidados básicos de higiene, 5) Distenção do estômago e dos intestinos: dá
como, por ex.: lavar bem e constantemente os· brin se devido aos gazes provocando uma sensaç
� ão de
quedos ou objetos que a criança leva à bôca; não dei mchaço. Aconselha-se o uso de leite de magné
sia, ao
xar que à sua volta pululem insetos; impedir que in m�smo tempo que deve ser eliminado da alimen
tação
gira alimentos soltos no chão ou sõbre qualquer su a limentos que produzem gazes (feijão repolh
' o ' fritu-
perfície; etc. ras e dôces) .
- 240 -
·- 241 -
b) Extraído do platonismo, foi, na época moder em qualquer lugar, e que é aconselhável manterem
na, o nome dado àquele que revela dotes extraordiná -se certas normas de higiene. Assim, quando se
en
rios de criação estética, ou a capacidade de realiza contrarem em contacto com uma pessoa resfriada
'
ções superiores no pensamento, bem como em tôdas convém não permanecerem muito perto dela.
as manifestações superiores da inteligência humana.
GESTAÇÃO - ( sintomas de perigo e outros sintomas )
Os sintomas abaixo mencionados devem ser levados
Para Kant, o gênio cria as suas próprias regras.
Há, assim, gênios na Música, na Pintura, na Poe prontamente ao conhecimento do obstetra. São êles:
sia, na Filosofia, na Religião, na Ciência, nas Artes mi calafrios e febre; perda de sangue vaginal; entumesci
litares, etc. mento do rosto, dos olhos; fortes dôres de cabeça ou
abdominais; dor ou sensação de queimadura ao uri
GERAÇÃO - A geração é a mutação do não-ser ao ser; nar; ruptura das membranas; ausência de movimen
é uma transmutação para a substância. É, portanto, tos do feto por mais de 24 horas.
a meta a ser atingida, e que termina na forma. Dá-se,
Há, ainda, pequenos sintomas, que não têm gran
não no tempo, mais in instante, como a corrupção.
de importância, mas incomodam muito a grande
O sujeito da geração não é o que é gerado, m�s a
maioria das gestantes. São êles:
matéria do que é gerado. Em tôda geração há, por
tanto, uma matéria que sofre a geração. Com a ge 1 ) náusea� e vômitos: seguem-se, em geral, logo
ração, algo é feito. Na geração, há, necessàriamente, após a f�lta da primeira menstruação. Com o
pas
o que é gerado, e, conseqüentemente, um generante. sar dos dias, podem aumentar de intensidade, ou,
em
A geração, quando substancial, não se dá no tempo; outros casos, desaparecer completamente. Nos ca
é instantânea. A geração implica a corrupção, pois o sos em que o enjôo se torna muito forte, deve ser
le
gerar de uma coisa é o corromper-se de outra. Na vado ao conhecimento do médico.
geração, há a passagem do não-ser para o ser; na cor 2 ) Azia : sensação de queimadura ardente no
rupção, do ser para o não-ser. Quando alguma coisa abdômen superior e abaixo do tórax. É acomp
anha
é gerada, adquire um ser, mas o sujeito, que é gerado, da de vômitos ácidos e amargos. O tratamento mais
tinha antes uma forma que deixou de ter; portanto, indi�ado é uma colher de leite de magnésia ou
uma
sofreu a passagem de um ser para um não-ser o que pastilha, depois de cada refeição.
era, para ser outro, que antes não era. Geração e 3 ) Salivação excessiva: comum nos primeiros
corrupção são opostos. ( Vide Mutação). mêses, aumentando de intensidade nos último
s mê
ses.
GÉRMENS - As crianças gozam de certa resistência na
tural contra os micróbios, resistência esta que aumen 4 ) Prisão de ventre: muito comum durante a
ta à medida que elas crescem. Os pais, que se preo gestação. A falta de evacuação, durante um ou dois
cupam com exagero sôbre os gérmens, estão crian dias, não é prejudicial à gestante. Os médicos
acon
do um ambiente de certa forma artificial, pois privar selham o uso diário de frutas, principalmente
sêcas'
o bebê de levar qualquer objeto à bôca é privar-lhe como ameixas, figos e passas; exercícios moder
ados'
de uma forma de conhecimento. Naturalmente que mas diários .
são imprescindíveis os cuidados básicos de higiene, 5) Distenção do estômago e dos intestinos: dá
como, por ex.: lavar bem e constantemente os· brin se devido aos gazes provocando uma sensaç
� ão de
quedos ou objetos que a criança leva à bôca; não dei mchaço. Aconselha-se o uso de leite de magné
sia, ao
xar que à sua volta pululem insetos; impedir que in m�smo tempo que deve ser eliminado da alimen
tação
gira alimentos soltos no chão ou sõbre qualquer su a limentos que produzem gazes (feijão repolh
' o ' fritu-
perfície; etc. ras e dôces) .
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7 ) Hemorragia nasal: dá-se devido à secura da
Guiar automóvel: não é prejudicial. No último
membrana da cavidade nasal, acometida de sangue
trimestre não deve a gestante andar só, pois podem
temporàriamente.
aparecem sintomas inesperados e terá necessidade de
8 ) Inchaço dos tornozelos e pernas: procure-se auxílio.
usar sapatos um pouco maiores que os usuais, e imer O repouso: . é importante, e deve ser mantido du
gir os pés em água fria, 2 vêzes ao dia. rante os primeiros três mêses, principalmente quan
13) Falta de ar: devido ao diafragma que sobe - o banho: de chuveiro pode ser tomado até o
pela pressão elevada no interior do ventre e também último dia. Muitos médicos não aconselham o de
ao aumento do pêso. imersão, outros, não têm nada a objetar. Só é proi
bido, quando se der o rompimento das membranas.
1 4 ) Em caso de queda, só há perigo se realmen As duchas fortes são proibidas;
te a gestante se machucou. Se aparece uma hemor
ragia vaginal, e não há movimentos fetais, o médico - a união sexual: pode ser mantida durante os
p;rimeiros meses, só devendo ser abolida nas últimas
deve ser procurado imediatamente.
quatro semanas. Alguns médicos aconselham que
sejam interrompidas no 7 .0 mês;
·
13) Falta de ar: devido ao diafragma que sobe - o banho: de chuveiro pode ser tomado até o
pela pressão elevada no interior do ventre e também último dia. Muitos médicos não aconselham o de
ao aumento do pêso. imersão, outros, não têm nada a objetar. Só é proi
bido, quando se der o rompimento das membranas.
1 4 ) Em caso de queda, só há perigo se realmen As duchas fortes são proibidas;
te a gestante se machucou. Se aparece uma hemor
ragia vaginal, e não há movimentos fetais, o médico - a união sexual: pode ser mantida durante os
p;rimeiros meses, só devendo ser abolida nas últimas
deve ser procurado imediatamente.
quatro semanas. Alguns médicos aconselham que
sejam interrompidas no 7 .0 mês;
·
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- os cigarros e bebidas alcoólicas: devem ser
criança. Convém lembrar que ela tem as suas carao
usados com moderação. Caso a gestante sofra de
teristicas próprias, que precisam ser respeitadas.
pressão alta deve eliminar o uso do álcool;
Estas regras de Higiene mental devem ser obser-
- não erguer ou arrastar pesos, pois êsté esfôrço
vadas:
pode provocar um abôrto;
- Viver com simplicidade;
- não subir escadas com rapidez;
- Ser moderada em tôdas as coisas;
- a mOdificação glandular, que se verifica neste
período irá agir no aspecto físico da gestante. A pe - Adquirir o domínio de si mesma; isto é, disci-
le torna-se mais oleosa; a transpiração excessiva; o plinar-se, procurando evitar a dispersão, ao mesmo
cabelo mais sêco ou mais oleoso. São precisos cui tempo que equilibra o emprêgo do tempo que dispõe
dados especiais, mantendo-se uma limpeza diária da nas suas atividades diárias;
pele com o uso de cremes apropriados para a sua - Afastar os sentimentos negativos, tais como a
perfeita lubrificação. inquietação, _ o pessimismo, a inveja, o ódio, etc.
E aconselhável a aplicação de cremes ou óleos nas GINECúLOGOS - Vide Especialistas.
regiões mais propensas a se formarem estrias, como
as coxas, o abdômem e os seios. GíRIA - Muitos pais se preocupam que os filhos usem
a gíria na sua linguagem, ou, então, palavras que per
- A maquilagem deve ser discreta e o guarda
tencem ao seu grupo, e que aquêles desconhecem.
roupa deve ser o mais funcional possível. Compre
Mas tudo isso é de certo modo inevitável. Contudo,
roupas apropriadas, e nunca as use apertadas ou in
o pai não pode permanecer indiferente totalmente.
cômodas.
Se desaprovar totalmente certas palavras, que perten
- A dieta, quando fôr necessária, deve ser indi cem ao grupo, e proibir de usá-las, estará tentando
cada pelo médico. desviar o filho dos seus companheiros, o que não
obtém bom êxito. O que se deve fazer é corrigi-los,
- O uso de sal deve ser feito com parcimônia. O
e não admoestá-los por usar tais têrmos, mostrando
sal provoca a retenção da água, causando, assim, o
-lhes a conveniência de usar as palavras normais. O
aumento do pêso. Também é comum o inchaço nos
principal é não mostrar que estão escandalizados, mas
pés, nos últimos mêses. Nestes casos, o sal deve ser
apenas cooperar para corrigi-los. Aos poucos deixa
abolido totalmente.
rão de usar tais têrmos. Numa época, como a nossa,
- A gestante deve comer menos e mais seguido. em que se instaurou em nosso país uma especulação
Deve fazer refeições com quantidade pequena de ali na baixa dos valôres, em que se dê relêvo ao que não
mento, mas com pouco período entre uma e outra. vale nada, em que heróis equívocos e indignos são
É necessário que realize as suas refeições com cal apresentados como espécimes superiores, não é de
ma, procurando repousar após a sua finalização. admirar que jovens se impressionem com mediocri
dades, que exaltem tipos deficitários, que se elevam
- Além dos cuidados corporais e fisiológicos, é
em pedestais, delinqüentes ou loucos. Mas tudo isso
importante que a gestante mantenha uma atitude psi
é passível de ser combatido e modificado, dependen
cológica sã. Não deve formar idéias "a priori"; is
do do apoio de pais e mestres.
to é, desejar que o seu futuro bebê seja, por exemplo,
do "sexo masculino". Esta atitude pode formar uma Se o jovem persiste em falar com pouca educa
"fixação", que irá mais tarde prejudicar o bom de ção, certamente que tem algum conflito com os pais.
senvolvimento da criança. Neste caso, nada adianta irritar-se com êle, mas aju
dar que saia da situação em que está, desfazendo os
Convém evitar, também, a tendência, aliás mui
motivos que geram tal situação. Nunca o pai deve
to comum, nos pais, de quererem formar um modO
conceber, caindo também no uso da gíria. Os fi
lo predeterminado e, depois, que�er adequar nêle a
lhos querem ver em seus pais modelos, e não meros
- 244 -
- 245 -
companheiros. Querem apenas que os pais os com sensações muito fortes, experimentadas pela gestan
preendam, mas não se tornem jovens como êles. Ao te, possam ser consideradas como motivos reais de
receber os amigos do filho, os pais devem tratá-los anomalias do feto. Pode-se aceitar, entretanto, que
com segurança e respeito, e não maltratá-los, coope um choque emocional muito forte repercuta na ci.r
rando para ajudá-los também. Há, contudo, palavras culação sangüínea materna, ou no seu funcionamen
de gíria que se tornam usuais, por serem bem cons to glandular, chegando a exercer um efeito indireto
truídas e por apresentarem inovações inteligentes. no ser que está sendo gestado. Mas, uma relação di
O que nunca os pais devem fazer é usar a gíria em reta entre mãe e filho não pode Ser estabelecida com
casa, pois, com o seu exemplo, muito auxiliarão os precisão. Casos, como o da mãe que durante o pe
filhos a modificarem-se. ríodo gestativo tenha sentido vontade de comer uma
fruta, e que não teve seu desejo satisfeito, aparecendo
Vide Acne.
no filho a marca da fruta desejada, não são absoluta
GLANDULAS SEBACEAS -
GWBULIN A GAMA - As globulinas são compostos qui mente aceitos pela ciência.
micos que se encontram no sangue. Um grande nú
Pode-se afirmar com certeza que uma criança,
mero delas foi separado do sôro sangüíneo humano,
gestada dentro de um corpo são, portador de uma
graças a processos científicos e foram classificados
mente sã, naturalmente terá um ambiente favorável
na ordem do alfabeto grego: alfa, beta, gama, etc.
ao seu desenvolvimento. Por isso tôda mãe cons
Parece ser um importante fator na neutralização de
ciente de sua responsabilidade deve conhecer e obede
substâncias extranhas no sangue a globulina gama, cer aos preceitos de higiene, necessários para que se
e que a sua administraçãO pode efetivamente modifi processe uma gestação normal.
car, e até prevenir, o progresso do vírus do sarampo
na corrente sangüínea. A mãe deve, portanto, levar uma vida sã e cui
dar tanto da sua alimentação como da sfua higiene,
Atualmente se estuda a sua aplicação para prote
além de manter o repouso prescrito e necessário.
ger contra infecções, e até como meio de imunização.
GRAVIDEZ ( aumento de pêso ) O aumento de pêso é
-
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companheiros. Querem apenas que os pais os com sensações muito fortes, experimentadas pela gestan
preendam, mas não se tornem jovens como êles. Ao te, possam ser consideradas como motivos reais de
receber os amigos do filho, os pais devem tratá-los anomalias do feto. Pode-se aceitar, entretanto, que
com segurança e respeito, e não maltratá-los, coope um choque emocional muito forte repercuta na ci.r
rando para ajudá-los também. Há, contudo, palavras culação sangüínea materna, ou no seu funcionamen
de gíria que se tornam usuais, por serem bem cons to glandular, chegando a exercer um efeito indireto
truídas e por apresentarem inovações inteligentes. no ser que está sendo gestado. Mas, uma relação di
O que nunca os pais devem fazer é usar a gíria em reta entre mãe e filho não pode Ser estabelecida com
casa, pois, com o seu exemplo, muito auxiliarão os precisão. Casos, como o da mãe que durante o pe
filhos a modificarem-se. ríodo gestativo tenha sentido vontade de comer uma
fruta, e que não teve seu desejo satisfeito, aparecendo
Vide Acne.
no filho a marca da fruta desejada, não são absoluta
GLANDULAS SEBACEAS -
GWBULIN A GAMA - As globulinas são compostos qui mente aceitos pela ciência.
micos que se encontram no sangue. Um grande nú
Pode-se afirmar com certeza que uma criança,
mero delas foi separado do sôro sangüíneo humano,
gestada dentro de um corpo são, portador de uma
graças a processos científicos e foram classificados
mente sã, naturalmente terá um ambiente favorável
na ordem do alfabeto grego: alfa, beta, gama, etc.
ao seu desenvolvimento. Por isso tôda mãe cons
Parece ser um importante fator na neutralização de
ciente de sua responsabilidade deve conhecer e obede
substâncias extranhas no sangue a globulina gama, cer aos preceitos de higiene, necessários para que se
e que a sua administraçãO pode efetivamente modifi processe uma gestação normal.
car, e até prevenir, o progresso do vírus do sarampo
na corrente sangüínea. A mãe deve, portanto, levar uma vida sã e cui
dar tanto da sua alimentação como da sfua higiene,
Atualmente se estuda a sua aplicação para prote
além de manter o repouso prescrito e necessário.
ger contra infecções, e até como meio de imunização.
GRAVIDEZ ( aumento de pêso ) O aumento de pêso é
-
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A média de aumento de pêso, durante a gravidez, 6 ) Alteração do tamanho dos seios: aumentarão,
é de 1/2 quilo por mês, durante os três primeiros me durante os primeiros mêses, dando uma sensação de
ses, 1 . 700 grs. durante o 4 .0, 5 .0 e 6.0 mêses e 1 . 5 00 grs. inchaço. É comum latejarem, e os mamilos se tor
nos últimos três mêses. narem mais sensiveis. Esta sensação irá diminuir
após o terceiro mês.
GRAVIDEZ HIPERMATURAS E PREMATURAS - Os ca
sos de gravidez que se prolongam além do tempo pre 7) Ligeiras dores pelo corpo.
visto são comuns. Não se sabe quais as razões para
8 ) A pele sofrerá modificações, pois aparecerão
isto. Há bebês normais, que chegaram a nascer de
pequenas manchas à volta do nariz, pela testa e faces.
336 dias, o que é um verdadeiro recorde. Em geral,
qualquer gravidez, que se prolongue por mais de 14 9 ) Depois da 20.a semana aparecem, muito im
dias da data prevista para o nascimento, é chamada perceptivelmente, no início, os primeiros movimentos
de hipermaturidade, e o bebê é post-maturo ou hiper· do feto.
maturo.
Qualquer dêstes sintomas pode ser considerado
Da mesma forma, um bebê, que venha muito an
como prova de gravidez. O diagnóstico positivo é
tes da data prevista, também merece cuidados espe
feito sàmente pelo exame médico ou uma prova de la
ciais. Chama-se de prematuro qualquer recém-nas
boratório, (com a urina da paciente ).
cido que pese menos de dois quilos e meio ao nascer,
independente do período de gravidez da mãe. GRIPE OU "INFLUENZA" - Tanto a gripe como um
GRAVIDEZ ( sintomas) - Vários sintomas anunciam a simples resfriado são enfermidades altamente conta
gravidez. Entre os mais importantes e mais fáceis giosas e causadas por virus, sendo, geralmente, acom
de serem observados pela própria gestante encontram panhadas pelos mesmos sintomas, como: calafrios
-se: suores, distilação pelo nariz e dores de cabeça, nas
costas, braços e pernas.
1 ) ausência de menstruação: a falta de uma re
gra mensal, após ter-se dado sua união sexual, traz Antigamente, uma gripe era muitas vêzes acom
consigo a suspeita de gravidez. Essa falta pode ser panhada de uma pneumonia. Hoje ela é prevenida
devida a diversas causas, como: choque emocional com o uso de antibióticos, e sua gravidade é bem re
muito forte; fatôres psicológicos; devido a um forte duzida. Caso o paciente apresente febre por mais de
regime alimentício, etc. dois dias, é aconselhável consultar-se o médico, pois
pode ocorrer uma complicação.
Entretanto, além da falta da menstruação, se
processará, devido ao aumento do volume do útero, Até nossos dias não se descobriu uma vacina que
um trabalho incessante da bexiga, que irá descarre imunize por longo período contra a gripe. Durante
gar-se com mais freqüência que a habitual. um período epidêmico é aconselhável manter-se cer
tas normas, como: dieta equilibrada, sono e repouso
2 ) Alterações exteriores no corpo como: olhei
suficientes, vestir-se adequadamente, etc. Quanto às
ras, rosto inchado, abdômem caído, etc.
crianças, é conveniente mantê-las em casa, separan
3 ) Alterações psicológicas, como: repentina mu do-as das aglomerações e de pessoas, que estão com
dança de temperamento; nervosismos inexplicáveis, a enfermidade.
etc.
A fase infecciosa e contagiosa da gripe segue um
4) Maior secreção das glâdulas salivares e maior curso rápido; mas a criança deve permanecer de ca
sensibilidade do olfato e do ouvido. ma por vários dias, mesmo depois de ter passado a
5 ) Atividade alterada do funcionamento do es· febre. É importante evitar que a criança se fatigue,
tômago: aparecimento de náuseas e vômitos, especial· a fim de que não se produza o estado de cansaço, tan
mente pela manhã. to físico como anímico, que é provocado por esta en-
- 2'48 - - 249 -
A média de aumento de pêso, durante a gravidez, 6 ) Alteração do tamanho dos seios: aumentarão,
é de 1/2 quilo por mês, durante os três primeiros me durante os primeiros mêses, dando uma sensação de
ses, 1 . 700 grs. durante o 4 .0, 5 .0 e 6.0 mêses e 1 . 5 00 grs. inchaço. É comum latejarem, e os mamilos se tor
nos últimos três mêses. narem mais sensiveis. Esta sensação irá diminuir
após o terceiro mês.
GRAVIDEZ HIPERMATURAS E PREMATURAS - Os ca
sos de gravidez que se prolongam além do tempo pre 7) Ligeiras dores pelo corpo.
visto são comuns. Não se sabe quais as razões para
8 ) A pele sofrerá modificações, pois aparecerão
isto. Há bebês normais, que chegaram a nascer de
pequenas manchas à volta do nariz, pela testa e faces.
336 dias, o que é um verdadeiro recorde. Em geral,
qualquer gravidez, que se prolongue por mais de 14 9 ) Depois da 20.a semana aparecem, muito im
dias da data prevista para o nascimento, é chamada perceptivelmente, no início, os primeiros movimentos
de hipermaturidade, e o bebê é post-maturo ou hiper· do feto.
maturo.
Qualquer dêstes sintomas pode ser considerado
Da mesma forma, um bebê, que venha muito an
como prova de gravidez. O diagnóstico positivo é
tes da data prevista, também merece cuidados espe
feito sàmente pelo exame médico ou uma prova de la
ciais. Chama-se de prematuro qualquer recém-nas
boratório, (com a urina da paciente ).
cido que pese menos de dois quilos e meio ao nascer,
independente do período de gravidez da mãe. GRIPE OU "INFLUENZA" - Tanto a gripe como um
GRAVIDEZ ( sintomas) - Vários sintomas anunciam a simples resfriado são enfermidades altamente conta
gravidez. Entre os mais importantes e mais fáceis giosas e causadas por virus, sendo, geralmente, acom
de serem observados pela própria gestante encontram panhadas pelos mesmos sintomas, como: calafrios
-se: suores, distilação pelo nariz e dores de cabeça, nas
costas, braços e pernas.
1 ) ausência de menstruação: a falta de uma re
gra mensal, após ter-se dado sua união sexual, traz Antigamente, uma gripe era muitas vêzes acom
consigo a suspeita de gravidez. Essa falta pode ser panhada de uma pneumonia. Hoje ela é prevenida
devida a diversas causas, como: choque emocional com o uso de antibióticos, e sua gravidade é bem re
muito forte; fatôres psicológicos; devido a um forte duzida. Caso o paciente apresente febre por mais de
regime alimentício, etc. dois dias, é aconselhável consultar-se o médico, pois
pode ocorrer uma complicação.
Entretanto, além da falta da menstruação, se
processará, devido ao aumento do volume do útero, Até nossos dias não se descobriu uma vacina que
um trabalho incessante da bexiga, que irá descarre imunize por longo período contra a gripe. Durante
gar-se com mais freqüência que a habitual. um período epidêmico é aconselhável manter-se cer
tas normas, como: dieta equilibrada, sono e repouso
2 ) Alterações exteriores no corpo como: olhei
suficientes, vestir-se adequadamente, etc. Quanto às
ras, rosto inchado, abdômem caído, etc.
crianças, é conveniente mantê-las em casa, separan
3 ) Alterações psicológicas, como: repentina mu do-as das aglomerações e de pessoas, que estão com
dança de temperamento; nervosismos inexplicáveis, a enfermidade.
etc.
A fase infecciosa e contagiosa da gripe segue um
4) Maior secreção das glâdulas salivares e maior curso rápido; mas a criança deve permanecer de ca
sensibilidade do olfato e do ouvido. ma por vários dias, mesmo depois de ter passado a
5 ) Atividade alterada do funcionamento do es· febre. É importante evitar que a criança se fatigue,
tômago: aparecimento de náuseas e vômitos, especial· a fim de que não se produza o estado de cansaço, tan
mente pela manhã. to físico como anímico, que é provocado por esta en-
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fermidade. Vide Gripe em Puericultura - 1 1 ." cap., dirigida. Os seus contornos são pouco definidos.
§ 11. ·�les surgem na vida social e se caracterizam por gi
rar em tôrno de algumas pessoas ( à base de simpa
GRUPOS MINORITÁRIOS - É comum existirem, em tia, por exemplo ) .
quase todos os países, pequenos grupos minoritários,
de diferentes crenças raciais, ·nacionais ou religiosas, Nos grupos formados em tôrno da propaganda
cujos membros estão, de certa forma, sujeitos a des dirigida, temos os constituídos pela opinião públiC'ct,
vantagens econômicas e sociais. grupos apaixonados às vêzes, mas que fàcilmente se
desfazem.
Há países em que a segregação racial toma um
carácter político, e acarreta um série de problemas, Nos grupos consistentes, pode-se observar uma sé
tanto sociais como emocionais. rie de condições, que revelam sua maior ou menor
coerência, nas polêmicas e discussões ardentes que
A criança deve estar a par de que existe tal fato, e se travam, sem romper sua �strutura, como se vê
que certas pessoas, devido à côr da pele ou credo reli� numa família, ou entre amigos.
gioso, não são tratadas da mesma forma, que as ou
tras. Mas, ao mesmo tempo em que a criança toma São, inegàvelmente, as relações complementares
conhecimento de tal, é preciso ensinar-lhe que não positivas que fundamentam tais grupos, o que é im
deve tratar uma pessoa de forma diferente, devido a portante.
preconceitos de côr ou de religião. GRUPOS PARA JOGOS - As crianças, especialmente as
GRUPOS SOCIAIS - Grupo social diz-se da conjunção do grupo escolar, não costumam ter companheiros
de indivíduos humanos ligados, de qualquer modo, para brincar nas horas do dia, que ficam livres da
por um têrmo comum, como a relação de mãe-filho, vida escolar.
cujo têrmo comum é a maternidade, a da família, É preciso dar-se às crianças, nas horas livres, um
cujo têrmo comum é o bem da totalidade; a dos pro local para que brinquem. Se vão para fora de casa,
letários, cujo têrmo comum é o salário; uma fila de é conveniente preparar um quarto na mesma, ou um
ônibus, cujo têrmo comum é o uso do mesmo, etc. pátio, no qual dispunham dos brinquedos mais neces
etc,
sários. Muitas vêzes se formam grupos de crianças
O têrmo comum é um têrmo médio, e indica a da mesma idade, e passam, assim, as horas que fi
participação de vários indivíduos a um interêsse (vi� cam livres dos deveres escolares.
de) ou a um fim comum.
GRUPOS SANGuíNEOS - Todos os indivíduos huma
Os grupos sociais são mais ou menos coerentes, nos, independentemente de raça, pertencem a um dos
segundo a intensidade de valor do têrmo comum: fi· quatro grupos sangüíneos, com os quais cada um dê
nalidade, coacção . les pode. ser misturado para a transfusão e que são:
a) grupos consistentes; A A ou O A ou AB
B B ou O B ou AB
b) grupos não consistentes ou efêmeros.
AB A, B, AB ou O AB sômente
o
·�stes grupos efêmeros são verdadeiras nebulo· somente O todos
sas sociais, desprezados muitas vêzes pelos sociólo
gos.
A transfusão de plasmas sangüíneos é tão efetiva
Há os que se formam à base de simpatizantes; como a transfusão de sangue completa. O plasma é
outros têm o seu núcleo em tômo da propaganda a porção líquida, que fica no sangue, quando os cor�
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fermidade. Vide Gripe em Puericultura - 1 1 ." cap., dirigida. Os seus contornos são pouco definidos.
§ 11. ·�les surgem na vida social e se caracterizam por gi
rar em tôrno de algumas pessoas ( à base de simpa
GRUPOS MINORITÁRIOS - É comum existirem, em tia, por exemplo ) .
quase todos os países, pequenos grupos minoritários,
de diferentes crenças raciais, ·nacionais ou religiosas, Nos grupos formados em tôrno da propaganda
cujos membros estão, de certa forma, sujeitos a des dirigida, temos os constituídos pela opinião públiC'ct,
vantagens econômicas e sociais. grupos apaixonados às vêzes, mas que fàcilmente se
desfazem.
Há países em que a segregação racial toma um
carácter político, e acarreta um série de problemas, Nos grupos consistentes, pode-se observar uma sé
tanto sociais como emocionais. rie de condições, que revelam sua maior ou menor
coerência, nas polêmicas e discussões ardentes que
A criança deve estar a par de que existe tal fato, e se travam, sem romper sua �strutura, como se vê
que certas pessoas, devido à côr da pele ou credo reli� numa família, ou entre amigos.
gioso, não são tratadas da mesma forma, que as ou
tras. Mas, ao mesmo tempo em que a criança toma São, inegàvelmente, as relações complementares
conhecimento de tal, é preciso ensinar-lhe que não positivas que fundamentam tais grupos, o que é im
deve tratar uma pessoa de forma diferente, devido a portante.
preconceitos de côr ou de religião. GRUPOS PARA JOGOS - As crianças, especialmente as
GRUPOS SOCIAIS - Grupo social diz-se da conjunção do grupo escolar, não costumam ter companheiros
de indivíduos humanos ligados, de qualquer modo, para brincar nas horas do dia, que ficam livres da
por um têrmo comum, como a relação de mãe-filho, vida escolar.
cujo têrmo comum é a maternidade, a da família, É preciso dar-se às crianças, nas horas livres, um
cujo têrmo comum é o bem da totalidade; a dos pro local para que brinquem. Se vão para fora de casa,
letários, cujo têrmo comum é o salário; uma fila de é conveniente preparar um quarto na mesma, ou um
ônibus, cujo têrmo comum é o uso do mesmo, etc. pátio, no qual dispunham dos brinquedos mais neces
etc,
sários. Muitas vêzes se formam grupos de crianças
O têrmo comum é um têrmo médio, e indica a da mesma idade, e passam, assim, as horas que fi
participação de vários indivíduos a um interêsse (vi� cam livres dos deveres escolares.
de) ou a um fim comum.
GRUPOS SANGuíNEOS - Todos os indivíduos huma
Os grupos sociais são mais ou menos coerentes, nos, independentemente de raça, pertencem a um dos
segundo a intensidade de valor do têrmo comum: fi· quatro grupos sangüíneos, com os quais cada um dê
nalidade, coacção . les pode. ser misturado para a transfusão e que são:
a) grupos consistentes; A A ou O A ou AB
B B ou O B ou AB
b) grupos não consistentes ou efêmeros.
AB A, B, AB ou O AB sômente
o
·�stes grupos efêmeros são verdadeiras nebulo· somente O todos
sas sociais, desprezados muitas vêzes pelos sociólo
gos.
A transfusão de plasmas sangüíneos é tão efetiva
Há os que se formam à base de simpatizantes; como a transfusão de sangue completa. O plasma é
outros têm o seu núcleo em tômo da propaganda a porção líquida, que fica no sangue, quando os cor�
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púsculos são removidos. Pode usar-se independente
mente do tipo de sangue.
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púsculos são removidos. Pode usar-se independente
mente do tipo de sangue.
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