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634, Compéndio de Historia da Igreja POR FREI DAGOBERTO ROMAG, O. F. M. ‘Leate geal do Hintia Beteatatica 1 VOLUME A ANTIGUIDADE CRISTA top RM AT un POR COMISSKO ESPECIAL DO EXMO. E Revi. &R. DOM MANUEL PEDRO DA.CUNHA GINTRA, BISPO DE PE- TROPOLIS. FR LAURO OSTERMANK, O. FM PETROPOLIS, 31106, PREFACIO DA 1.* EDICAO Se com este teologia um manu: ume comego a dar aos estudantes de que possa servir de base ao estudo da , tenho a convicglio de cumprir os votos @ desejos de muitos, no so estudantes de teologia, sendo também outros filkos e admiradores da santa Madre’ Igreja, © pouco que existe em nos fa sobre 0 assunto, & 4 bastante antigo e nao pode utro lado, porém, devo confessar que @ uma em- presa das mi escrever a historia da Igreja num ambiente em qu jos mais. indispensdveis, Néo preter far todas as esperancas dos jovens estudantes, ¢ menos dos peritos teblogos. O manual Ie perteita antes de nad prelegdes dos meus inolvidaveis lentes da historia sidstica, no Ateneu de Santo Anténio de Roma, Consult também numerosos manuais e monografias que se escreve- ersos paises do velho mundo, confer do possivel, conscienciosamente as fontes , porém, todas as fontes a literatura completa, o que init fiz somente as it jente aumentaria as paginas dui necessérias. imos decénios, cada vez mai antiga, Espero, pois, que poderei oferecer, se niio um traba~ Tho perfeito, ao menos um compéndio itil aos estudantes ria na sa missio que pretender hhonra e gléria de Deus e de sua sant Curitiba, Featn do Doutor Serdfico S. Boaven de 1930 14 de Julho PREFACIO DA 2* EDICAO Desde mais de um ano, te compéndio de historia ec € outros trabalhos no me 6es © aos. tA esgotada a 1. edigfo des stica. Doengas prolongadas Imente, aqui -guird, se Deus quiser, também i$ observasbes que com Reverendos. Padres. Deus hes pague. to, Rei dos séculos ¢ INTRODUCAO § 1, Conceito e fim, importancia e método da historia eclesifstica 1. A Igreja € 0 corpo m ivo & 0 que cham: -o da palavra, 2. O objeto da no sentido mais re omem. Como individuo, ele & objeto da bio, membro da gundo o seu ‘objeto da hi na 2 rodusio Jugar mais nobre na histéria da humanidade. Ela consiste ‘no conhecimento tedrico de Deus ¢ no culto pritico, tal qual se tem formado, no decurso dos séculos, entre os varios povos. Na realidade, sio muitas as formas de ri a razio nos ensina que s6 uma pode ser verda apologética nos diz que esta 6 a que tem por fundador a Jesus Cristo e que nés chamamos Igreja catélica, aposté~ Tica, romana, Jesus Cristo fundou a sua Igreja para todos os tempos € para todos os povos. Segundo tempos e povos, ela desen- volveu-se externa ¢ nte, O seu desenvolvimento exlerno, a sua difusio, as relagdes com os Estados, as seguigées que se The fizeram com as armas do poder poli- tico © do espirito, € 0 que chamamos historia externa da Igreja. © seu desenvolvimento intemo, a evolugdo da sua mstituigfo, que por vezes precisava de ser ampliada e re~ formada segundo as exigéncias do ambiente local e tempo- ral, a fundacio de institutos, a formulaggo determinada do e da doutrina em si imutivel, © desenvolvimento das ina, enfim todo este evoluir progres desenvolvimento externo e interno da sociedade visivel, fun- dada por Jesus Cristo para a salvacdo da humanidade. 3. Nesta definigao da historia da Igreja exprime-se, a0 mesmo tempo, o se fim: pesquisar ¢ expor, clara e cien~ 1s as manifestagoes da sua vida, todo o set 10 tempo e no espaco. Zo se deduz outrossim a grande portincia da histéria eclesiastica. A hi do, um meio para conhecer a Igreja, sociedad todos 08 ctistios. Nao ha outro meio, pelo qual se possa conhecer meihor a Igreja, do que a sua propria atividade, seu desenvolvimento externa e interno, a st 10 @ histOria da humanidade desperta o interesse dos ho- jens, porque nela se conhecem a si mesmos, assim a his- toria eclesiastica desperta o interesse dos cristios, porque € a historia daquela grande familia a que perten tem por chefe 0 préprio Filho de Deus. § 1. Conceito e im, importincia e método da historia ecleststica 13 Mas, sendo a Igreja verdadeira depositéria da revela- fo divina, a sua historia 6 também um meio para conhe- cer as riquezas da verdadcira fé. E’ © seré sempre uma apologia eficaz da religiio catblica ¢ da Igreja, & e sera sempre uma prova inconcussa de que a Igreja, apesar de todas as mudangas que sofreu no tempo e no espaco, & & era sempre essencialmente tal qual foi nos primeiros ‘anos da sua existénci Enfim, 0 ca em particular, 0 teblogo reconhe- cerd, estudando a historia da Igreja, que o florescime do reino de Deus na terra depende, depois da graca di sobretudo da piedade, da sabedoria e do zelo de seus mem principalmente, de seus pastores. E conhecendo a do da sua hist6ria, amé-la-4, e com ela ha © desconhecimento da historia eclesifstica, afeta também as outras ciencias teoligicas todo 0 se . para alcangar o seu fim, e para cor responder perfeilamente a sua importincia, a historia ecle- ica deve norteat-se por cerlas regras. Em primelro lu- xgar, ela tem de ser objetiva, i. & deve deixar de lado todo © partidarismo, embora aquela objetividade abs da gual fabularam certos espiritos liberais, seja uma quimera, A biistéria deve, em 2° lugar, deduzir-se das fontes primi fivas, que, por sua vez, devem ser min nadas, 5 regras vem ser explicadas pelas diversas tica historica A historia deve, em 3° lugar, seguir 0 método pragma~ tico-genético que, em toda parte, procura os motives, as causas, os conexos dos varios fatos histOricos. Errada'é a considerago moderna da tesquiew ¢ dos filosofistas: Todo acontecimento historico de- senvolve-se necessariamente de sua pressuposigdo ¢ fem ne- cessariamente este ou aquele efeito. Todavia, hd certas morais; tudo tem certa finalidade. Tal método nada tem que ver com o pragmatismo uiilitarista que na histéria re- stentar e melhorar a vida igico reconhece na hi ” trodugéo 6. A Igreja apresenta-se-nos como um organismo mui- smo tempo, como um orga- quase duas vezes milendria. 8, Mas ser possivel uma tal divisto? Sem divida. Pois, como na vida do individuo ha diversas fases, ¢ como ‘© mesmo acontece na vida dum povo inteiro, assim também na vida da Igreja, que abrange todos os povos ¢ todos os tempos. Na realidade ha, no decurso da fica, fatos e pessoas que, colocados pela Providtncia divina —— § 2. Divisio da his a ecleidstica 5 ‘em determinado ambiente de tempo ¢ espago, exerceram um influxo decisivo sobre toda uma idade. Outros, menos im- portantes, determinaram uma época ou um perfodo, fatos hd, ir_a historia idade-média sragdo dos povos smo} 0 segundo ‘moderna. O primeira é a trans 8 € a conversio deles ao cri 6 0 aparecimento do espitito mode: 9. Cada uma destas idades tem o seu carster espe A antiguidade gregos e romanos. mat-se, pela influén Es porém, havia de transfor- abengoada do Evat idade grego-roman duas épocas: Is) a época da fundago € propagagio do cristianis- paganismo, — tempo das perseguigées € dos da constituiggo ¢ dos Padres da Igreja, no 13-692). Jos povos germanicos ja entio come- ida sua vida teologia © t 6 Introducgho acentuam-se, mais ¢ mais, os problemas da relagio entre 0 Estado e a Igreja. Toda esta evolugdo desenrola-se em trés épocas: 1") a tpoca da conversio © organizagio dos povos do predominio imperial e da cultu- ‘ow seja a idade média primitiva, média, desde Gregorio VII até Bonifacio VIII (1073-1303); 3°) a Gpoca da dissolugdo. da cultura medieval ¢ da luta contra o predominio tice, a baixa idade-média (1303-1517). 11. A mudanga essencial da cultura européia, o apare- cimento do espirito modemo, teve por consequéncia um rom- pimento cada vez mais se até entio, thes fora gt ‘uma expresso partic ig40 de Lutero contra a Igreja, a pseudo- reforma protestante. Originot-se uma cultura autOnoma, que pelo chamado esclarecimento: I) a época da revolucio eclesidstica e da cultura anti- eclesiéstica, que ainda conserva. a fé ma revelagao (1517-1700) ; 2) a época do Estado atel do € inreligioso, que nega por completo a revelago, época esta que, por sua vez, € dividida pela revolugSo francesa em dois periodos, Cettarins, 1915-76. — Gi die epochale Die “Ge ‘Muenster 1033, istoriae antiquae, mediae, novae nucleus, Jenae ler, Die Pi hte und § 3. Fontes da historia eclesidstica 12, Fontes da histéria sio os produtos da at humana, ou destinados ou, ao menos, aptos, por sua exi ‘éncia, origem e outras circunstancias, a ser dos fatos histéricos, Fontes da histéria eclesiastica chamat § 8. Fontes da h wentos, escritos ou nfo escritos, que icia do pasado da Igreja 13, As muitas © variadissimas fontes da histéria ecle- sidstica podem dividir-se: 1*) segundo a sua origem, em fontes divinas, que sto og da Sagrada Escrit stas 840 fas. As fontes imediatas ou originais pro- coculares ou auriculares, como documen- as ow derivadas so relacdes pos , fundadas em fontes anteriores; 2) segundo a posigdo do autor em fontes privadas. As fontes pablicas ou oficiai ou reconhecidas por tém por sua natureza uma’ importancia P. eX, decretos, bulas, breves dos pontifices roman dos concitios, disposigdes e cartas pastorais dos bispos, leis da Igreja e leis civis referentes & lgreja, concor gras de ordei p. &x., alas e biografias is dos S: las, pinturas, moe omo lendas e tradigdes populares. 14. Para facilitar 0 uso das fontes da histéria eclesiés- tica, fizeram-se grandes colegdes, $6 as mais. importantes aqui men Introdugio fe Mansi, Sacror jae et Venet mes, Paris EB. IS es) ofe ‘Nos dle Conpat juris su digestus, Be “Ro. lado do sestne fisque ad Clementem IX, Romae 4 Geschichte des Pans! 3:) Colegies dos Padres ¢ mmpleta & a de Migne, Patrolog! 2a aevo.apostol Vol, Paris 1844.54; Potrologia graeca usch VoL, Paris 1857-65. —- Corpus scriptoruin ecclesiasticorum latinoram, Vindobonae 1868 ss, — Os escritores gregos dos trés primeizos sé ( ies da histéria eclesidstica 19 ichenvaeter-Kommission da Real ‘ea- A edigso. devia 25 ss, — Rouet de Joursel, B B, 1959. Iascriptiones terranes, Koma 1632; De Ross Rome 1854.77; Wipert, +3 val Leclerea, 1 2 voly. Pais Handbuch der christ, Archeologie, 2 ed. Baderbor § 4. Ciéncias auxiliares da historia eclesidstica 15. As fontes da histOria eclesidstica fornecem-nos 0 naterial hist6rico. Para usi-lo convenientemente precisamos das cincias auxiliares, que nos poem em condigdes de exa minar, compreender e julgar as fontes quanto a sta forma a0 Seu contetdo, 1°) O contetido das & da Igreja. Por isso, precisamos, em pi tras ciéneias teolégicas: dag: 9 candnico. A vida ea atividade da Igrej mente influenciadas pelas circunstancias politicas, ccutturais e comerc € de grande importancia para o est eclesiis- tica. A vida da Igreja desenvolve-se no to espago. Por conseguinte, requeremi-se, para o seu conhecimento, a cronologia ea geografia. Por sua importincia, estas duas ‘éncias jé foram apelidadas “fachos da A geogra- sociais, profana } 20 rodusao fia nos faz conhecer o ambiente local dos acontecimentos. A cronologia instrui-nos sobre as datas que se encontram nas fontes © sobre os diversos modos de computar o tempo, 16, As eronologias mais conkec iS so as seguintes: com a fondagie de Roma, Exiguo (c. 525), ‘exato; pais coloca 0 nascimento de Je ‘80 153 4c, de modo que o ano de 734 € 0 ‘iando € certo que Jess Cristo nasces 1Pde Janeiro (ano da. Be utcos em 25 de Margo (ano ds Anunciasio). Estes © cileulo pisano que precede 0 dia’ 1° de_Ja 0 que © segue. Outros ainda faziam comecir 0 ids Péscoa (ano da Redenclo), ou com 01° de ‘Setembro, que o 1 ae calendario gregoriano foi ace ‘Os russ0s 0 aceitaram e 10 pelos protestantes 17. 2 ciencias a dispensavel afi exige um outro grupo de far as fontes escritas & in- logia, que mos ensina a compreender os livros escritos em diversas linguas © a das fontes historicas. Dicionérios ou glossérios explicam e interpreta os termos usados nos respectivos tempos. As fontes mais antigas exigem, além disso, o conhecimento da paleogratia, que nos ensina a ler os escritos antigos e deter- minar a época da n. A diplomatica nos ensina a examinar og doct nar um juizo sobre os mes 108. A epigrafia trata das inscrigdes e das siglas. A ar- queologia e a arte eristés tém por objeto os monumentos que se fizeram sob o influxo do cristianismo. A numisma- has ¢ da sua significagio para a historia. A estragistica, das bulas ¢ dos selos; a herald ca, das armas dos principes e nobres das idades-média € moderna. Grotefend, Zeltrec Pans thao." Co patio, Milano, 2." fee, B ‘nsontrcse nos maiores obras ds hislvin cleiisicn, segumda metade do stculo TL. A obra pereceu; s6 al fragmentos chegaram até n6s. Igual sorte tiveram as crOni= cas de Jilio Airicano e de Hipél storia eclesiistica € Eustbio, metropo- 1a (} 3407). Ble compas primei- partes, abrange to- ro uma Crinica século IV da nossa era. O seu escopo & a rioaia entre as histérias profana e sagrada, bi slistica. Bascando-se nesta obra, Eustbio esereveu, em se- feuida, uma Histéria Eclesidstica que, em dez livros, vai até a0 ano de 324. E’ uma obra de incalculavel valor, devido Tntroducto citagdes de fontes lids perdidas © 4 compreenstio t6ria da igreja. Um séoulo depois, tres doutos escritores continuaram, quase 20 mesmo tempo, a obra de Eusébio: Sécrates, 0 mais habil e critico (305-439), Sozdmeno (324-425) © Teodoret de Ciro (320 428), Teodoro de Con: 1s tres (527), wou a mesma obra desde 431 fenquanto que Evagrio ale 504, 20. O ocidente nfo ligou igual interesse & historiogra- fia, contentando-se com traductes de obras gregas. S. Jerd= continuando-a até 378. Outros continuadores da mesma Cronica foram Prospero Isidoro de Sevilha e Beda o Veneravel. Rufi- ia verteu para o latim a Histdria de Eusébio ¢ continuou-a até 395. Sulpicio Severo escreveu, em estilo comerando com o principio do mundo, vai até 400 4. C. A Cronica ou Historiarum tibri VIL adversus paganos, de Ordsio, comega igualmente com o principio do mundo € termina com o ano de 416, A obra, de tendéncia apologética, foi composta a pedido de S. Agostino. Agos- inho, por sua ver, escrevew a grandiosa De pela qual influenciou a historiografia de toda Cassiodoro (+ 575), na sua Historia tripartita, muito est mada na idade-média, oferece-nos um resumo de Socrates, Sozdmeno e Teodoreto © uma continuagao dos ores até 518. Rufino © Cassiodoro so, no es mestres de toda a idade-média, quanto 4 historia da anti- guidade dew a primeira histbria da ti iada por Genddio, Isidoro (+ 594) escreveu a tha (f 636), a dos visigodos, vandatos e suevos. Beda 0 Venerivel (¥ 735) & 0 pai da histéria inglesa, © 0 rlador dos longobardos Paulo Digcono (+ 799) Importancia geral (8m a Historia tripartita do dowto \ $5. 0 desenvolvimento. da histori Py ‘Auasticio Bibliotecirio (} 879), a Histéria eclesidstica de Odorico Vitalis (f 1142), de Bartolomeu de Luca (7 1327) ede Vicente de Beauvais (f+ 1264). Todos eles tataram 9 vol de §, Antonino, arcebis 1459). Intelizmente peca por falta de critica 22, Na idade moderna, dew extraordinario impulso 9 religioso do século XVI. Alaques © defesas de pro- 's € catélicos obrigaram os contendores a estudar a ia da Igreja. Ape de Ecclesiastica Historia (B res de Magdeburgo. Em oi treze séei dos protestantes € a gr 1859-74) ‘dos cent volumes trata dos primeiros Foi redigida em Magdeburgo ‘a cuja testa se achava Fld do papado. Desta ra da ‘a obra veio a ser i ja, causando grande sensacao Contra os centuriadores surgi logo 0 defensor da verdade ( 1607), desde 1596 cardeal e poco depois bibliotecdrio jos grandiosos Annales ecclesiastici trata outros gre ja, terminando com o ano de 1198, A primeira edigdo foi Roma (1888-93). Ainda em vida de Ba ‘Mogiincia (1601-05), ¢ uma terceira sai 23, A Bcclesiastica Historia © ficaram, gos decénios, as troversias dos pa IV que a historiografia recebe novos im @ a Franca que entio marcha a frente. Grande nii- religiosos, maurinos, oratorian’ 0s, fran fe jesuitas, dedicaram-se com dtimos resultados ao cutive dos diversos ramos da ia eclesiéstica, estabe- Tecendo as regras do método critico-historico, publicando as Annales Eeclesiastict cas fontes para os es 24 Introducio obras dos Santos Padres ¢ redigindo historias particulares universais, Maior renome tiveraim Alexandre Natalis, O. Claudio Fleury e ressentem: se infelizmente do espi franciscanos AntO- io € Francisco Pagi fizeram uma critica & obra de Bard no, corrigindo-a e completando-a. 24, Na Italia granjearam grande renomie: © cardeal ci jov. Bona, 0 cardea 05 inmios Pieito e Gi rio Muratori, 0 cardeal dominicano os Agost arcebispo Joao Domingos Mansi e, pri 10 Odorico Rainaldo, continuador de Bardnio. n Portugal fizeram-se, sobretudo, co- fam também expos ss €a Espuita Sagrada, ia de 8, Agos mmegada por Her 10, € continuada por diversos hi fenguanto que iano, Alm faziacse sentir, ca fiveram os protest Com a época dos romanticos, no principio do século XIX, comegot, porém, um novo florescim téricos, promovidos particularmente pelo claro c mento do método hist6rico e por edigdes importantes de fon- tes. Ate os protestantes comecaram a tratar a histéria da Igreja com maior equidade e cionados s6 os nomes de Plan palo Neander (f 1850), Kurtz (f 1890), Hase (+ 1890) Herzog (} 1882), cujos manuais foram muito apreciados No entanto, domina nas escolas protestantes até ho toriogratia’ racion: la por Semler e influenciada pela filosofia panieista de $5, 0 desenvolvimento da jogralia eclesiistiea 25 Hegel. A Igreja antiga & considderada como produto de fae tores naturais, Nega-se a aco da Providéncia divina. Os representantes Gfroerer (j 1861) que por estudos intensos conser ) esere- (evn, 1887- zeram Ritter (f 1897), Alzog Brueck (f 1903), Funk Cf 1907), cuja dae publicada recentemente por Billmeyt 1921), Marx (+ 1924) © outros, 26. Na Fri e Inglaterra sairam & luz, dusan- te © século XVIII e principio do século XIX, algumas obras de importincia parcial. Quanto tistéria universal, poucos estudas de valor ali se fizeram. $6 no fim do séeulo e mais ainda estes lo na Franga, onde se distinguiu Rohrbacher, Histoire universelle de Vglise catholique (29 vol.) & supe- sada ainda pela, infelizmente pouco critica, Histoire général de Péglise de Dasras, continuada por Barcille e Favie (44 vol.) Um dos maiores historiadores dos nossos dias foi Due chesnte (F 1922). Mas a Histoire ancienne de Tgtise, pu- blicada com 0 seu nome, foi posta no Indice. Duchesne suibmetewse humildemente (AAS 1912, 56; 103). Também 6 Introducto goza de boa reputagio. is insigne da Franca moderna. Especial mengfo merece aqui a Biblioth2- que de enseignement de histoire ecclésiastique. Na Bélgica, og neo-bolandistas tam a sua sede. Cau- chie (+ 1922) © Ladeuze fundaram o colégio da historia eclesiistica na universidade de Louvaina, com a Revue histoire ecclésiastique, publicada desde 1900. (Os manuais mizis usados em lingua francesa s40 0s de Rivaux, Marion e Lacombe, Poulet e Jacquin. Obras mai volumosas criaram Mourret, Dufourcq, Poulet e otros mai the e Martin comesaram a edigko diuma Histoire de Fgli= . les a edigo duma vo sa History of the Churcl iro volume apa- receu em 1934. Na Holanda, fi sua 5. edigdo ¢ foi tra- 2s, No mesmo ano apa- de De Jong, atualmente ar- Em 1938, saiu a 3 edi¢ao quatro volumes. Considerando toda esta mensa literatura da historia que ja se fez. Mas & mis- ulares ainda nao fer confessar que foram jar que os estudo dos mo no ha conhecimento perf A ANTIGUIDADE CRISTA PRIMEIRA EPOCA DESDE A FUNDACAO DA IGREJA ATE AO. EDITO DE MILAO (1-313) CAPITULO 1 FUNDACAO, PROPAGACAO E PERSEGUICAO DA IGREJA § 6. Preparagio do mundo para o cristianismo 28. Jesus Cristo € 0 ceni dizem-no os homens pelo sim des épocas da histéria num tempo de Cristo. Como Verbo . Fez-se homem Ele prépri mo Homem-Deus, fazer-nos participantes das vina, Esta santificagio do gtnero humano pe érico © a continuagzo da sua obra si ico, a Igreja, € a ai toda a historia, No entanto, Cristo, histdrieo e mistico, ndo veio a0 nmun= do sem preparagio. Apareceu, segundo as palavras de S. Paulo, na “plenitude dos tempos” (Gal 4, 4; Ef 1, 10), i. & quando @ humanidade estava preparada para o rece- ber. Tal preparagdo realizou-se essencialmente na historia do povo hebreu, como também na do paganismo, Sentem-no e de dividirem as gr tes de Cris Cristo his vadora pelo Cristo ae a mais profunda razdo de 301 época: Desée # fundagto da Igreja a0 Ho de M is da morte de Filipe, os dominios dele com a sua he- sao por Agripa 1, sew sobrinho, se servidor fiel de Roma e, para granjear também as simpatias dos judeus, movew un Persegui¢ao sangrenta contra os apéstolos. Mas pouco de- pois, sofreu terrivel morte (+ 44). Com prazer accitara a impia bajulacdo do pavo: “Dei voces, 22). Cinco dias depois, expirou (FI, Jos., Antiqu. 19, 8, 2). Toda a Pales enti a0 governo dos procuradores despotismo sobremaneira c: ca (66-70), © esta, finalmente, pos termo & rios partidos. Os saduceus, os liberais daqucle tempo, men 's pela primeira ver pelo ano do 150 a, C., observa- na ressurreig Negavam ‘na. Eram deistas. Pela maior par- ritica da nagao © procura~ relagBes com as respectivas autoridades do pais, no tendo, por isto, grande influtncia entre o povo, 35. Os fariseus entram na histéria igualmente no tem= po dos macabeus ¢ tm a sua origem provivelmente no par- tido dos hassideus, “que eram dos mais valentes de Israel e todos zelosos pela lei” (1 Mac 2, 42), Nao devem, po- rem, icar-se com estes. Segundo Josefo (Ant. 13, 10, 5-6) © partido formou-se durante o reinado de Joao Hirca- no. Por motivos religiosos, bastante egoistas, opuseram-se & politica deste principe, © foram, em seguida, uma das catisas da guerra fratricida entre Hircano II e Aristobulo, que levou a perda da au dinast seus interesses debaixo dum dominio estrangeiro. Mas isto causou a sua decadéncia. 5 6. Preparacio do mundo para o crstianismo 3a Procurando sacudir novamente o j guiam duas tendéncias, Uns esperavam @ libertagio mente da Providencia divina; outros, os zelotas, conside- ravam o juigo estrangeiro como essencialmente contrario aos ios do povo escothide e estavam, por isto, sempre prontos a levantar revolucbes. Quanto & doutrina, acentuavamn demasiadamente a tra- digdo oral ¢ pregavam um sem-nimero de preceites mosai- cos ¢ tradicionais, pelo que a sua vida religiosa veio a ser tum mesquinto formalismo, que nutria © orgulho, a sia eo amor-proprio. Eram eles os verda do povo. 36, Os esseus (segundo Filo) ou esstnios (segundo Jo- sefo, Ant, 18, 1, 5) eram uma espécie de ordem religiosa. Como os saducets ¢ fariseus reduzem a sua origem ao tem- is seleucidas. Durante as guerras de Ma~ no deserto de En- maioria, o celibato. Obedeciam 4 lei mosaiea. Mas no to- mavam parte no culio do templo. Cristo nao teve contacto com eles. Na Sagrada Escritura ndo so menci Seita semelhante eram os terapeutas do Egito crevera em De vita contemplativa, Levavam tico-aseética; ma: mente o pentateuco. Professavam 0 monotels n também a esperanca do Salvador, e mostraram-se, des- de o principio, favoraveis ao cristianismo, 38, Desde os cativeiras assirico e babilénico, muitos ju= deus encontraram-se fora da Palestina, Muitos também fo- ram deportados para o Egito. Outros deixaram a sua pa ‘ria, movidos pelos horrores das guerras que se. segui a morte de Alexandre Magno. Out os Iucros do comércio, foram estabelecer-se nos grandes centros do império. No tempo dos apéstolos, achavam-se uma numerosa coldnia judaica udeus da Diaspora, chamados helenistas, re- toridade religinsa e ficavam ileus da Palestina por meio de peregt nagdes e do tributo que pagavam ao temiplo, Aceitaram, po- decorrer dos tet grada Es empresa (285-47) ¢ executada, se lo antiga tradicao, por 72 dou- tos. Dai o nome de “Septuaginta”. Poi uma obra verdadei- nte providencial que, por sta ver, exerceu um influxo entre os s, em particular, monoteismo da reli a filosofia, Outro ponio de contacto entre conceber, ileus @ pagios velo a 39). Por meio da expo alegorica fez do Antigo Test guts monizar as elementos da © desprezo com que estes. 0s vam fazia, € verdade, com que poucos se decidissem a pas- sar a0 judaismo da circuncisdo, Eram chamados pros ido de Deus, a solenidadé do culto, a mor wsequéncia que um se dispusesse a ac § 6 Preparaglo do mundo pata o eristanismo 3 igiosos © tementes a Deus” do Novo Testamento (At 10, 3; 13, 50; 16, 14), nos quais o cristianismo encontrou um terreno bem preparado. O Evangelho oferecia-thes coragio pedia, suprimindo as cerimbnias iam. Desta maneira, o judaismo tornou mento em que esta estava para tomar agar da Fl, Jos, Opera, ed. Niese, Bero! ced. Cab, Wendian, Re 1898-1930. — Doe = hichte des juedischen, Vole fe Judaisme avant Jesus- est centuries of the Cambridge lone Alessan Der neve Bund bet den Propheten, fia do pove de Israel, Petropolis 1840 B) Preparagio do paganismo pagio foi preparado para a vinda do iegativamente, no. can jos tempos da rej pode haver moralidade. Tam wsofia, que s5 para as classes superiores podia subs! tir, go, havia catdo em completa dissolugao. E_preciss esta bancarrota da religigo, da moralidade e da filosofia preparou 0 caminho para o cris- tianismo. 42, Pela revel 1a ¢ pela luz natural da razio, os homens ao conhecimento de Deus. “ conhecendo a D glotiticaram como Deus, nem ptivel mais de quatro pés e de reptis ismo, ao declinar da era antiga, dominava toda a ‘a ¢ privada, Nas Indias Orientais, depois da re~ io antiquissima dos Vedas, Brama, um deus impessoal, emo, criador do mundo, dos ma, por seu tumno, cede 0 deuses ¢ de todos os seres. Bi ‘compineis 1 — 3 BL epoca: Desle a fundasso da grein a0 to de Mi igi do nirva ‘adorava-se Deus ¢ sem vie no Egito, fi a Mater lee Atis. Na Siria faziam-se sacrificios aos diversos Baalim Efeso adorava a grande Diana, e Delfos, , enfim, na idade aurea da sua Mteratura ed ua fodos os deuses © famoso Pantedo. Mas es ses nao elevay: mitos eram pers do vicio. inizado, © préprio imperadon honras divinas, sobretudo a tudo isto quase no passava de puro formax e ert0s, os mais grosseizos, reinavam acerca das vi fituem 0 i tadas_ sao, auilo, que nos es- Doga idade de sew tempo (Rom 1, 24-32). E, todavia, mais comedido entre todos quantos escrever: ads, sobre este po o. Nio se It, de fato, s dizem Salis- tio (Bell Cat. 12-13)'e Stneca (De ira 2, 8), Taeito € J venal, SuctOnio e outros esctitores sobre a degeneracao mo- pagio. A humanidade estava tes, uma cobiga desen- que sacriticava tudo, sem io pal ais frequente ainda era o reptidio, di u. Seneca atirma ‘seus anos pelo nimero dos coasules, sendo pel maridos (De benef., 3, 16). Tertuliano diz es se casavam, para se divorciar (3 © desprezo © a condigao indigna da Também os pobres nfo era realmente espantoso. wens, mas como coisa brux sy a sua vi im prolongado mar a, Faltaya a moralidade, porque faltava a las inieriores da sociedade procuravam subst 19s mistérios do ot magia, teurgia, fessara uma tilosof goras (} 525), que ensinav. suprema do séhio € a semel diferentes entre si aplana- 10 4 escola dos sofistas ce Atenas, homens ve~ iais © sem convicedes, que estudio sos a arte de defender 0 pro e contra de todas as ques- ‘Ges. O interesse proprio ites era norma suprema de agi Contra eles surgiu a reagao de Socrates (+ 399) com a es cola ética, Platio (f 348) com a academia, e Aristoteles \dador da escola peripat jas_nem esies sof deram resposta. suf problemas que mi © coragao human © mundo eo pr ‘. Muito menos a podiam dar os discipulos de Epicuro ( 270), segundo o qual © supremo bem consiste no pra~ zer, ¢ de Zenao (+ 260), fundador da Estoa, que entrega- yao mundo ao cego ¢ ‘invaridvel_ poder do’ fado. Outros ainda seguiam o ecletismo como Cicero ¢ Seneca. Outros pagavam tributo ao cepticismo, renunciando por completo a0 conhecimento da verdade. A pergunta de Pilatos: “Que coisa € a verdade?” (Jo 18, 38) € um exemplo. dA descrenca dos enditos e a supersticfo dos incultos Ct 322), 361 paca: Desde a fundagko da lgreja a0 Elita de Milso sdo os resultados a que havia chegado, depois de tantos sé culos, a pobre humanidade, entregue a si mesma, por se ter esquecido de Deus. O coragio do homer se conten tava, porque a felicidade nio est no erro e no vicio, Ja- mais deixard de ser verdadeiro o dito de . Agostinho: “Fi- inquieto & © nossa coragko 1). E por isto, quanto satisfazia 0 coragdo humano, tanto erros e aberragdes, fodavia alguns gefozinhos de verdade, A doutri na de Socrates, Plato e Aristteles deixava entrever o mo- imo; e a moral de alguns sequazes da Estoa, Epicte- éneca e Marco Auréli, tinham pontos de contac i2 moral do Evangelho, A estes se refere, som di- vida, Clemente de Alexandria, quando escreve tno aos judeus fora dada a iki, a flosofia fora dada aos gentios para guid-los a Cristo” (Strom. 1, 5, 25) a7. Al fico no co sepuliar no esque ma tradigao do Salvador, prometido no paraiso; mas fez com que todos anclasiem e esperassem a vinda de um ser divino que os livrasse. Jé 08 ordculos de ouro, em que viria o Salvador. E as esperancas do pow escolhigo encontravam tim eco também na literatura dos 20 manos, Virgilio canta: “J& chegow esta siltima idade pro felizada pela sibila cuméia, A grande ordem dos séculos ja ramente. Apareceu a virgem e com ela o rei- no de § as sas eis, 08 times vestigios dios nossos crimes... serfo para sempre apagados. .. Esse ri a vida dos deuses..., governari 0 universo wm (Beloga 4, 4 88) io (Vita Vesp. 4, 5) referem aque, segundo antiga ¢ constante opinito, este menino viia da terra dos judeus. Assim pensava-se ¢ falava-se em Ro- ma, quando no oriente apareceu aos reis magos a estrcla rmiraculosa que os conduziu a Belém. Cumpritose a prote~ 8 7. Jesus Cristo a ja de Balaio: a estrela de Jacob acabara de despontar im 24, 17) pratico, finalmen i preparado para o cristianismo pelas cias de fodos os campos da cultura. A cultura grega, mio de toda a cultura ocidental, nascera na JOnia fre Magno abrira-the 0 caminho para a Asia Menor, 4 Siria-¢-0 Egito, Os romanos encontraram-aa em toda par- © e, ajuntando 0 sei pritico, criaram a cultura grego-romana, que atingiu 0 seu apoget_no tempo do im- perador August. "A mistara dos povos ¢ das suas opinives filos6ficas, especialmente nos grandes centros culturais, Roma e Ale- teve por consequéncia uma ceria uniformidade tam- ‘bem no culto. Acresce ainda a un do império com uma ago e com 08 caminhos que ligavam o oriente ¢ 0 ocidente. E esta unida~ de de cultura, culto © Estado reclamavam, por assim dizer, fa unidade da verdadeira relight. TE’ este o sentido de todas as batalhas ganhas pelas Aguias romanas: a paz de Augusto preparou Cristo, Roma era aquela mulher do Apé rminagdo, a grande BabilOnia (Apoc 17, 4-5) ftransformar-se em trono de Cristo, Rei dos sée pila! do mundo pagio seria capital do reino de Deus na terra Est pstsch-foemische.Kultor paganis- ica e comer en 1912. ixander the Grent to Augustine of Hippo, levamo ¢Cristianestno, Nulano. 1934. — rie, 1, Die Anfacnge, Berlin OF Eatopa; trad. tema’ por o Lietsmann, Geschi 2. Dawson, las, quando chegou 2 pl enviow seu Filho, feito da mulher, emir aqueles que estavam sob a lei, para mos a adopeto de (Gal 4, 4-5). Co palavras, o apéstolo indica a estas poucas ia, 2 origem e a _missio do Redentor, A sua vida € a sua obra sfo 0 fundamento 1 época: Desde a fh Igtela a0 Edit de ito ig que sabemos de Jesus Cristo, per tence & historia iconeussas, nao admit! refutaveis também na literatura profana, jus jo Josefo escreveu, ano de 93, as © verdade que Niese nega a e outros a rejeitam, nenos verdade qu ‘dade desta passage 198 em parte, como ura. pagd’ encontrai Serapizo, escrit os uma carta do. sfri entee 73 e 160. O autor depois da sua m iio © Moco escreveu, pelo ano cata a Traiano (Ep Dontrinag de Adew. Apsci ads Acta Pilati € € certo que Herodes, assassino dos Inocentes (Mt 2, morren em 750 u. ¢. (Jos. Ant. 17, 8, ro anos antes da nossa era. Por conseguinte, § 7. Jeaus Cristo cctera ainda mata Me ec Gatos. apondon oe a O precursor, S. levemas comecar a €i je 765 u. c quando foi cl talver 0 ano de 767, quando A sceu? Neste caso, corren desde Agosto de 28 ate Agosto de 28. 1 ‘ou sej 30 (Cir. REB 3 53, Depois de uma vidla oculta de trinta anos, Jesus 1a pregacdo. Apresentot-se a0 mundo como 0 f provou a sua divin yr sua conseiencia wento das proiecias, pria_gloriosa re ia @ verdade i dade doutrina, o vida e pela A pregacto antes de 19. Primetro| e do pro) fe Cristo exige, porlanto, a intengao intema, re- io de fariseus e pagfos e nao admite poli- EP verdade que Jesus pre- gout sbmente a para todos 0s 55. Jesus vein, em seg dade religiosa de seus disc) mas 05 5 ). Os fariseus ss 8 e indignados por stias pocritas sen Mamocsiagées ¢ repreensdes. Os saduceus indiferentes ¢ ma tas desprezavam um reino que \dignagao © 401 época: Desde a fundacto da lgre a morte de Jesus termina a antiga alianga; a nova entra fem seu lugar. “A todos, porém, que o receberam, deu po- der de se tornarem filhos de Deus, aqueles que crée seu nome” (Jo I, 12). Estes sao separados do povo com eles todos’ os homens devem formar da qual Jesus Cristo menio material da Igreja, 2 sociedade visivel, 56. Em seguida, 0 divino fundador dew a sua Igs cosganizagdo, escoltiendo os setenta e dois discipulos ¢ es pecialmente os doze apésiolos. instituiu-os como sacerdotes do Novo Testamento, doutores e juizes dos povos, dizendo a cles © aos seus st em membria de Ide por todo 0 mundo e pregai o Evan- (Ate 16, 15); "Tudo o que figardes e tude i¢do, dizendo: uve, ¢ 0 que vos despreza, a 6). Desta forma, a Igreja & essen- discentes Pedro como fundamento & Pedro, © sobre esta pedra edlifica (Mt 16, 18); “Apascenta 0s meus cordeiros, apascenta as minhas’ovelhas” (Jo 21, 15-17). SO neste fundamento © supremo chete visivel con servar-se-ja a unidade da Igreja; s6 assim seria perfelta a sociedade religiosa ago da vida de Jesus Cris to e da obra da salvacio. A vida de Jesus teve por fim uum fracasso aparente, a morte na cruz. A Igreja participa da sua cruz. Ao lado de grandes triunfos havera sempre sofrimentos € perseguigées; a0 lado de santidade e de tude haverd s pre abuso e relaxagao. Em toda a histéria, verifica-se a luta entre a luz e as trevas, entre o reino de Cristo e 0 reino de Satanas, Mas 0 2 lgreja, porque Jesus Cristo o disse: ‘io prevalecerio’ contra ela" (Mt 16, 18). Lorts, 2 ed. 20 ss. — Grimm, 7 vol, Regensburg. 1876-90: 3, ed Pot Zaha, 1006-20. — Pare, 2 ed 1023, — remot "1022, ed pork, S40, Paulo’ 1928." Felder, Jean sts, Paderborn, 888, 1023, — Real, Jesus Christos, Freiburg Was. Meyenderg, Lebenjeso-Werky 3. Yol, IV22S2. "Adar, Jesus Christy 5 ed, AUgaburg 1958; trad port, Petrpalis 1058 Yo final pertencer& 8A Hareja de Jerusalém a Lande und Volke Istacl, Freiburg a0 opin, Le Christ Jésus, son (Par Tout — Pral, Jésus Const, Isler, Chronologia vitae Chiat, Ro- — Willan, Das Laden, Jesu Petri 58. Depois dos sublimes momentos que se segulram & ressureigao de Jesus, 08 apéstolos dicigicem-se para a Ga~ ‘onde, segundo as palavras do Mestte divino, Ele se ‘es manifestaria em compo © espirito (Jo 2L, 1 ss). Real- ente assim aconteceu, AS aparigBes repetiram-se, € duran instruiu os futuros pregadores do seit oa reapeito da sua santa missio. Finalmente, subi om eles 20 monte das Oliveiras, abenoou-os € remontow ‘Os apéstotos com Masia Santis dliseipulos, perseveraram unanimen tran cenio'e vite pessoas, Na G gquinhentos irmios. No cenaculo preparar Som os outros figs, pelo espago de dex dias, para & (9 Santo (At 1, 13). dia, 8. Pedro disse: 15 ss). Sob a sua Mert igo, pararam sobre a cabega de cage um To- mero dos doze. S. Pedro comeca, po Os apéstolos e todos 42-1 época: Desde a fun da Tpreja a0 Fatt de que os apéstolos pouco antes ainda tinham ext nado (At 1, 6), desapareceu, Entrou valores: sobrenatu- 8 pecados, graga do governar, desde entio, a Igreja de Jesus Cristo 60. Enquanto os peregrinos oe falavam ao: Javam pelo mun trina, © prestigio dos para dia. Deus conti amente, Os leravamese como cumprimento do ju- io do Antigo Test do templo e observavat ragao gapes, ex- fratemidade, de José ou Bamabé (At 4, 36-37) © de Anani fira (At 9, 1 ss) ex: demo e ateu, Reco toda propriedade era igual para todos, necessidade (Mt 2, 42 ss; 4, 32 ss) da Igre] rusalém, ios € cargo de servir aos pobres © de ajudar aos 1a pregacdo. Deste modo, os doze podiam a pregacao do Ev icounse, de dia para dia a nova doutrina (At 1$ discipulos m tos sacerdotes abraca espondeu mens” (At 5, 29) nqueza do apéstolo exasperou os juizes a ponto morte dos doze. Si conservou-se tang era acatada por todos. Foi ele quem desta vez salvou a vida dos apéstolos (At 2, 34-39). A faz Ga- pio de uma perseguicao Tenia igados 20 cfrcere e mar zados; muitos outros fugiram da cidade, dispersando-se pe- 44 1 epoca: Desde a funda¢do da Igreja ao Edito de Milio Jas terras da Judéia e Samaria. $6 03 apéstolos permane- ceram em Jerusalém (At 6, 85 8 65, A” perseguica0 teve dima smo. A alligio purificou a 1g famente os seus membros © demonstrow te a distingio entre a comuni disto, como os intes de S. Pedro, no dia de Pentecostes, ass dispersos elas cidades e provincias, tomaramese pregadores da {€ evistS. S. Filipe pregou na Samaria, onde muftos accitaram a palavra de Deus ¢ foram batizados, pelo que S. Pedro © S. Joio fo- ram de’ administrar aos ne6fitos 0 sacra~ pe, Etiopia (At 8, 26 s3), , HE 2, 1), enquanto itados a favor do mais estrel- foda a ola caea po seio da Isla (At 10, t ss) Desla forma, tomava-se cada vez mais visivel a separaclo entre 2 Igrja ea A perseg portante. Deus, nos seus conselhos imperscrutéveis, aprovei- tou-se da mesma para levar a0 seio da Igreja aquele mem, que havia de ser o maior dos apéstolos, S. Pau! § 9. Cristianiamo helénico: S. Palo, — A lgreja de Antioguia 66, Nao obstante a longa educagéo dos apéstolos Mesire sar de sereth eles insides sacerdotes do Novo Tes dos a todos 0s pov, n80 se apagara entre completo, a iia dum reino de Deus judeusnaciona, sendo com a vinda do Esplrite Santo (cr § 8). E embora S. Pedro decidisse, de faio, a questio pelo Batismo de Cornitio e sua familia e convencesse também comunidade de Jerusalém, relatando a visao que tera dos Animais pros e impuros (At 11, 1&3), coniniaram ainda, ireulos judeus-risties, os preconcitos contra a 2S. Paulo, — A Igreja de Antioquia 45 admissao destinado por Det mosaica, para al (Lortz 23-24) 67. a. Saulo, chamado Tarso, capital helénica da cos se distinguia pelo come clas, Seus pais, dios romanos (Rom 1 dos gentios na Igreja. 5. Paulo foi bertar oc mo do jugo da lei ye entrada a todos os homens ia, que nos tempos apo: peelas riquezas e pelas as regalias de waram-n0 a Jerusalém, onde, ua escriba fariseu, since~ Depois da morte de S. Mas no ca Foi pelo ani latos, de Damasco tocoti-a a graga do Senhor. ; pois teste aro fora deposto Poncio Pix chegado wessor. $6 assim we de Jesus ficou ide fogo no coragio de Saulo. O perse- a por nasci- és grandes ro teélogo cristo, capaz de tran: ico para o campo da cultura gre da vitbria, A wo deste 0 'S. Paulo (Lortz 24) 8. Batizado por Anan do perigo, tomous 0 camino de ‘de encon= trar-se com Pedro, chefe da Igreja (Gal 1, 17-18; 2 Cor 11, 32; At 9, 23-25). Embora chamado ao ministério apos- ‘0 em perteita unio che s judeus procuraram Por isto, depois de quinze dias, farnahé, pelo ser companheiro na mis- rio rman, a0 cre prinsiaestagao to juiaismo, ros pregatnes do dkpo da no Sire (At, 19) paganisinos © O melo da popula, mAntiogua os adeptos de Jans Ch primetra vez, foram aplidados de “cistios” (Al 28) A numerosa eonversfo dos gents fo moti de. gran: des preceupagies des jdes-crtaos ue Jerusalem Eas Baraavé no que vi », pregau também ele aos gentios. Vendo, po- e era necessirio ai um pregador douto e zeloso como lo, foi Buseé-lo em Tarso, 70. Depois de um ano de pregag: me assolava a Igreja de Jerusal ram que a ‘entfio os » volta pregavam, a este tempo, diversos pro- e doutores, Barnabé, Simao 0 Negro, Liicio de Cirene, Manaém ¢, em iltimo lugar, S. Paulo, Mas precisamente {oi escolhido por Deus para ser o maior de todos. Disse entéo 0 Espi nei” (At 13, 2). “E, depois de jejuarem e orarem, impuse- wlénico: S. Paulo. — A Igreja de Antioquia 47 is as mios © despediram-nos”. §. Paulo inaugurou entdo as suas grandes viagens de 71. & primeira viagem levou 0 apast do de Bamabé ¢ Jo20 Marcos, de Ar 10-12). Em seguida, 03 lorescente i vam, em toda parte, os ani- os, principalmente em Listta, onde i apedrejado. No dia seguinte, partiram em di giv a Derda. Voltaram entio pelo mesmo caminko, contor- tando os figis e ordenando sacerdotes para cada Igreja (At 14, 22). Embarcaram, finalmente, em Atilia, e tornaram assim, depois de uma viagem de quatro anos, a Antioquia quia. Pois, embora os los a entrar na Igre~ todavia, de pé a ques- Estavam os ‘neo-convertidos obriga- dos ou ndo a observé-la? Efetivamente, formara-se em Je~ rusalém, sob a ia das fariseus, um partido, que pre~ tendia obrigar os gentios a tornaremase judeus, antes de se- admitides na Igreja. Representantes deste partido, nao ‘a Antioquia, dizendo: “Se nao 1). Paulo © Barnabé protestaram contra tal questo produziu uma viva exaltagao dos a 73. No concilio dos apostolos (50), Pedro, Joio & iago Menor concorddram com Paulo e Barnabé e, de acor~ 48 T época: Desde a fundasdo da Igreja a0 Eat de Miléo do com toda a assembléia dos ancidios, definiram que a fé € que salva, ndo a lei (At 15, 11), Mas, para facilitar a reconeiliagao entre os cristios, vindos do judaismo, ¢ os de origem paga, S. Tiago fez a proposta de que a estes se recomendasse a observincia de alguns precel rituais. E neste sentido, os apéstolos e pres n escreveram a Tgteja de Antioquia: 20 Espirito Santo e a nés no vos imp ‘rios, sendo os seguin! mhais do que tiver sido sacritieado aos mais encargos que vos abste- jos ¢ do sangue € das cares sufocadas, assim como da fornicacgo” (At 15, 28-29). fes da Igreja, os farados, definitiva ios no podiam dei- xar, por conseguinte, de desligar-se dela igualmente, Na Palestina, as circunstancias no. permitiam um rom © exemplo, tando-se a ele se retirou novamente, quando alg se mostravam escandalizados com a seit proceder. Isto ca grave irrifago © desor viu ameagada a iversalista traida pel inagoga. Por isto, 1 11); © a sua atitude fez com entre a Igreja e a sinago- Faltava sb que também os judeus-« a fossem libertados da antiga te, pela destruiggo de Jerusal eu, pratican 75. Depois da conteovérsia de Ant (50-83). Acom- bteo, alma can nte, € Lue indo novamente as co- unidades da Pisidia ¢ atravessando, da, a Fri- ja, a Galicia © a Misia, chegou a Tréade, onde, numa iso, foi chamado & Macedonia (At 16, 9), Formarami-se las, 0 jovem § 9, Cristianismo heléniea: §, Pavlo, — A Igreja de Antioquia 49 logo florescentes com Cidade, 0 péstolo embarco Sear pelastuas da cidade es prayas pablicns © falar aos atetenses altos "do. "Deudesconte 17, 16's) 176. Paul fanies paginas da wee 8 oer ga vi (0. E verda- perdera a he- iio destes epicureus mate tos, 0 apoetolo pronuncion agile discuso Sr Tneas a subetinla ns Conerou (At TT, 22"), fxemplo para sempre. de uma f€ viva © corajosa na Prov videnia 4 iM mente os destinos do ge ado do cscs, € verda- de, fo aparentem Gquase complet. Poucos acitarant a n0v8 a page, prineio bispo de Atenas (Ess, HE 3, 4) © uma rescente po, prefeito da guiram nal de Gal jo de Seneca e procurador da Acaia. Mas sequer os admitiu @ sua presenca, nem fez caso deles, quando os gregos espancaram a Séstenes, novo chefe Lcompenaio 14 501 época: Desde a fundacdo da Igreja ao Balto de 8 da sinagoga, dante do tri fi isla, para Efeso e, passando por Cesaréia, voltou a Jerusalém ¢ Antioquia 78. Ainda no mesmo ano, 0 zeloso apéstolo comesou a sua tereeira viagem de panheiros, Lucas, Tim6teo, Ti 12 5). S. Paulo, a Efeso, onde admitiy na Igreja alguns disci dos por Apolos, judeu de Alexandria e discipulo mediato de S. Joao Batista. Paulo ficou em Efeso dois anos e trés meses, pregando com extraordinario sucesso. Foi ai que es ereveu também uma epistola aos gélatas e duas aos corin- tios, mou a sua pre- lagres, sarando doentes e afugen- tando es (AU 19, 8 ss) cert 08 our ves de Bfeso, cidade da grande Diana, amotinaram © povo contra Paulo, que ento parti para a Macedénia, chegan- do. provav iS Dirrhach (Rom 15, 19) Em caminl Foi enti principal da teologia paul 1a vea, 0 reba Santo os constura, paso. ", ¢ prevenindo-os de futuras heresias (At 20, 17 ss) Passando depois por Cesazéia, seguiu para J xa conhecesse a sorte que Id 0 esperava S. Tiago Menor e os inmos receberam-no carintosa- mente. Temendo, porém, 0 édio dos fariseus, aconselharam- The cumprir um voto no templo, para que todos soub (que observava a lei. Mas lém, amotinaram 0 povo contra ele e arrastaram fora do templo a fim de o apedrejar. $6 a intervencio de Lisias, tribuno romano, salvou-Ihe 2 vida. Da flagelacto, decretada por Lisias, libertou-se Paulo, apelando para o rivilégio de cidade. romano, Como entéo mais de quarenta judeus fan; no para S, Paulo. — A Igreia de Antiogula fez conduzir ao procurador Antonio Félix que, no dizer dle Técito (itist. 5, 9), governava em Cesaréia com 0 po- rei € com a alma de um escravo. O procurador a. inoeéneia do aptstolo; mas, mio querendo fender os judeus e esperando um bom resgate (At 24, 26), yerdade. Ao cabo de dois anos, 0 i ‘ocurador foi deposto. Seu sucessos, Pér- Gio Festo (00-62), quis enviar 0-apésiolo para. Jerusalem ‘Mas Pattlo apelon para o imperador, ao que Festo respon- dew: “Para César apelaste, a César iris” (At 25, 12). 80. Entregue 20 centurido J anidade, S. Paulo embarcou com 1 os companheleos. Depois duma terrivel tempestade © do naufrigio, ovorsido perto de Malts, chegou a Roma, na py vera de 61. Dois anos durou a sua prisfo, durante a qu the foi concedido receber a quantos o vinbam visitar, @ pagios. Os judeus de Roma eram os de sempre} inavamse emt nfo accitar o Evangelho (At 28, 26 ss). ‘Mas entre os pagaos ho vane messe. Aié pretoria- nos e gente da casa imperial abragaram 0 cr lip 1, 13; 4, 22). Durante esta pristo, S. Paulo escre- suas epistolas a Filemon, ans colossenses, efésios e fic ipenses. 81. Com estas notieias terminam 0s Atos dos Apésto- Jos; e também aquelas epistolas nada nos dizem de. posi- v0 sobre o fim do cativeiro do apéstolo. A tradicio, bem provada pela conclusfo dos Atos (28, 30-31), atesta_que, 0 cabo de dois anos, the foi restifuida a liberdade. Efeti- vamente, se a prisfo tivesse acabado com a morte de Pau- , Lucas certamente o teria relatado. Em favor da liberta- falam também as declaracdes de Festo e de Agripa (At 25, 25; 26, 32). Os proprios judeus no acharam motivos ientes para acusé-loperante o tribunal do 8. Paulo, por sett Indo, estava convencida da sua libertacao (Filip 1, 25-26; 2, 24) AAlém disso, prova-se uma segunda prisio do apdsto- ue © tratou com hus as, Aristarco e ou eo eram membros da comunidade romana. Esta vez, 0 apostolo tem o pressentimento da proxima condenacao. Afik 52 | época: Desde a fundasdo da Igreja ao Edito de as cartas pastorais a escritas durante a primeira pris lam-nos de viagens, que 0 apés tes da sua primeira prisao, 82. Entre a primeira © a segunda viagem a Roma, S. lo esteve na Espanta, realizando assim um antigo de- seja (Rom 15, 24-28) ibéri- is palavras de S, Clemente escreveir aos cristios de Co- lo a justica a todo 0 mundo, (Cor 5, 7). O mesmo ates ou antes dk néo pode chegou até ao extremo ocident tao célebre Fragmento Murai ino es- et in Hispaniam per- (in Ps. 116) venit, et Fouard, Pau, seiner Lehre, 2 oly 28. ed ensierd i Sa ino "028, "Bacio Ror Se "Barnes, von Rom er § 10. A Igeeja em Roma — S. Pedro 83. Quando $. Paulo J ali existia escrevera ‘Gracas. dou porque a vossa f€ € cel 1, 8) -m tenha sido o primeiro pre- nie foram aque- a festa de Pentecos- sermio de S. Pedro (At ham sido soldados da coor- Cesaréia. O centurito batizado por S. Pedro, era desta coorte, A pri aud. 25, 4). Ha- lo strias perturbacées da ordem politica por causa do nome de Cristo, Claidio mandou expulsar toda a colénia dos hebreus. Esta noticia de SuetOnio 6 confimmada pelos 10. A Igeeia em Roma — S. Pedro 3 Atos dos Apéstolos (18, 2). Mas, se é incerto quem fosse © primeire progado n Roma, € certo que 0 progou, estabeleceu a sua sede episcopal izmente, as not le temos de S. Pedro so escassas. Os Atos dos Apéstolos, nos primeiros onze s& referem a sa pregago em Jerusalém e ou da Palestina, até a0 batismo de Cornélio, A sua ante os anos seguintes nos & quase comple- ante desconhecida, tos havia sido deposto por governador da 1, que o enviara a Roma (Jos., Ant. 18, 4, 2). Marcelo, to, nao chegara ainda, quando Ands e Caifés, 1e8 pertenciam, condenaram Wvo procurador de- ser perseguidores. Por consegu de paz em toda a Pal S. Pedro aproveitou-se da ocasizo para vi jas ja fundadas. Em Lida deu saide a Ené ressuscitou Tabita (At 9, 33 ss). Achava-se teve a visio dos animais mundos e imundos. Esta Tevou-o ap batismo de Con (AU 10, 1 ss) rmorto pelo punhal a0 trono. Os eis, am-no pela elevacto; ¢ entre estes, quem mais se distingwiu, foi Herodes Agripa. Lem- brando-se da sua antiga amizade, Claudio, depois da mor- te de Marcelo, confirmou-o rei de toda a Palestina (Jos., nt. 19, 4, }, 0 que encheu de alegria os judeus; mas para ‘os eristios ‘significava o inicio de novas perse- guigoes. A primeira vitima foi S. Tiago, a quem Herodes iu matar a espada (At 12, 1-2). Vendo que esta or dem agradava aos judeus, ordenou também a prisio de S. 5H 1 época: Desde a fundagio da igreja 20 Edito de Mido fosse mort depois da Pascoa, Mas um he a liberdade; & Pedro partiu ent ugar (At 12, 17). Para’ onde? At igenes © lagdo da sede episcop: rigin esta Igceja pelo femos uma prova em apoio espago de da. tradigh ue nos diz outra antiga por Euséhio (HE 2, 14) ¢ outros es- ccreto de C provivelmente teve de ua Igrejanmae, dos apéstolos © encontrou-se com $. Paulo em Antioquia, De- pois de diversas viagens pelo tise definitivamente em Roma e ta comunidade até & sua morte, 86.7a. S. Pedro esteve em Roma, — O primeiro a le- vantar uma davida contra esta tese catél de Padua, sectario de Luis IV da Baviera na uta contra 0 papa Jouo XXL bem Calvino , ‘ros protesiantes, Sobvemaneiza fortes es protesianies por oc Lipsius e ou se as nega- E negé-lo, igrafia. tendenc b. Nao Jerusalém, a cidade deicida, mas Roma sido escolhida pela Providencia divina para ser a capital do reino de Deus na terra, Para Roma é que ela di 6s passos do. pritn Realmente, ha tantas_provas dda estada de S, © provas to convince fes, que 86. um ho Jas pala os dos Apéstolos (12, 17) ), esta Ba das margens do Eufrates, ainda que existisse, estava deserta, como nos d zem Estrabio e Plinio o Velho; e conforme’ a narracko de Josefo (Ant. 18, 9), judeus quase nfo havia mais nela, A 5 10, A leteja em Roma — S. Pedeo 38 ia do Egito era apenas wm pequeno casteto roma~ to Depois de ter ‘vangeltachamado toma 2 3 18, 2 ss), Papias stein, © mente Clemente de Alexa s, HE 2, 15) 81. Pelo ano de 96, trés dec Ss, Pedio, Clemente Romano escrevet aos corintios: {es santos varies (Peiiro e Paulo), que dade, se associou grande ciados e atormentados pel exempio” (Cor 6, 1). Do tioguia, nos primeiros anos tin dog princpes. dos apstolos em Roma, > Pedro € Pal Eusébio conservot xandria (¢, 150-215) e de Papias, bispo de Hierdj iscipulo de S, Jovio, segundo os quais S. Pedro pregow em Roma e al 10 Evangelho de S. Marcos, escrito tancias da ct S. Pedro escreven em Roma a sua primeira ep HE 2, 15; 6, 14). Di Sotero (165-74): “(Pedro e cidade de Corint ensinamentos, assim doutrinaram ¢ soft HE 2, 25). 58. Dez anos depoi na pelos apistolos Pedro e Paulo (Adv. 3, 3, 2), € 0 seu testenminho € de to alto vs Si 56, bastaria para confundir todos os adv pulo de S, Policarpo e clérigo e bispo de Like, conheci ligdo do oriente © do ocident de estudar as origens e @ doutrina da Igre- ja da capital Contempo fim do século fo de S. Irenet foi Tertuliano, que, pelo jpassou longos anos em Roma, Fle ates- ta a pregagao ¢ a morte de S. Pedro em Roma (De praescr. 32, 36). Pelo mestio tempo, 0 presbitero romano Caio po- tia objetar, numa disputa, ‘a Proclo, chete da seita cata- ja: "Eu posso mostrar os troféus (sepulcros) dos apés- | | | 56 1 época: Desde a fundago da Igreja 20 Ealito de Miko Quer vés ao Vaticano quer a traras os troféus daqueles que fur HE 2, 25: ia Ostiense, encon- isto J nos act n cima da terra, c Em medalhdes, copos e paredes os achamos, panhados de suas imagens, A cadeira de 8. € Paulo, as vezes acom= Foi em Roma 0 bispo da cidade nica e na stars 8 tga aus ee logo no de 354; assim também o Index, i, 6 um grupo de caté- logos dos ‘séculos V-VI; assim finalmente 0 Liber Por us... Ro- mam pergit sdram_sacer- otalem tenu Pierre et tes premitres ee Robertson § 11, S Jofo © 08 outros apéstotos a § 11, 8, Jotlo e os outros apéstotos 91. Se s&o poucas as noticias que temos da vida de 'S. Pedro, menos ainda sabemos sobre os outros apéstolos. Os Atos de S, Lucas mencionai 8, Joo, irmio de S, Tiago Maior, aparece diversas 9 de S. Pedro. Esteve pre sente no. cont da Igreja apostél deve ter ficado em oe repel, depots dt %, Jerusalém. Em seis ‘oi po, bispo de Esmiena, ¢ Pépias, hispo de Hi Segundo a noticia lendaria de Te praescr. 6), 0 apistolo foi, durante o rei (le 6), levado a Roma e metido numa caldeira de dleo fer= evangelista atesta lesterrado para ‘por causa di Deus € do tes- (Apoc 1, Icio do desterro que escreveu es, em que the ter 0 perigo das espe jes de Cerinto, dos gno no tim do sé nesta cidade, ina, Sua piedade do Hegesipo foi o primeito bispo de Jerusal 5 1a diaspora, ecessidade das boas obras, que os simo- ias para a sal- admiravel piedade, SS. Tiago converte muitos a f€ crist’. Isto moveu a0 sumo sacerdote, Anano © Moco, a condend-lo 2 morte (62), Pre- cipitado do pindculo do temple, morreu apedrejado (Jos., Ant, 20, 9; Hegesipo, ap. Eus., HE 2, 23), os & quase ci so, em parte, de ue na tradigéo cclesiasti André teria pregado nas aa oats pores (Eus, HE 3, 24). Sobre a atividade dos outros apdstolos nada mais cipulos dos apbstolos envolve-se nas trevas da esquecimento, §, Marcos, ceramente idéntico com Jofo Mar- s be, mais tarde intérprete de , HE 2, 16). §. Lucas, médico de fama (Col 4, 14), acompanhou 9 apéstolo das gentes nas suas Mais tarde, feria pregado na Acaia e ai $12. A propagacio do ctistianismo nos primeltos tts séculos 59 § 12. A propagacdo do cristianismo os primeiros trés séculos apostélico nas geracées seguintes. Nio sO clérigos, como também muitos outros cristéos se A pregacao do Evangelho, de modo 8 séculos da jossa era, 0 cr se e5| fe todas as prom vincias do i fas nagies. Dos mis cou nada nos diz a histéria 98, A cor a de Roma. jem cedo para as ou te tempo, porém, pouco 44) que, no reinad ios. O papa Cor imerosa cristandade ro~ © cerca reas prime poles, Rave 97, Nas Gallas, 0s la de Lazaro, agita © de e que S. Paulo Crescente, e esta op 10). Mas esta passagem I assercio; pois qualquer destes nomes p toranto, que eno havia Hlorescents elas em na (Bus, HE as da_perse; Marco Aurélio (177) encontra-se opr de Liao, a quem sucedeu na sede episcopal S. Ireneu, Num 601 époea: Desde a fundacdo da Igreja #0 Euito de Miko iveram presentes trinta e tr0s bis- 8 eram das Gal teria pregado © Evangelho fundamento hist ico, Os primeiros testemu de S. Trenew (Adv. haer. 1, 10, 2) Tertuliano (Adv. Jud. 7). Noticias mais exatas nios dew, pelos meados do se Hl, S. Cipriano, que entio escreven uma carta as Igrejas de Le6n-Astorga ¢ Méri 67), mencionando também a Igreja de Sar io de Elvira (c. 300) es tiveram presentes dezenove bispos e vinte ¢ quatro teros. Provavelmente, porém, ndo estavam represen ejas da Esp: 99, Segundo o tesi av legido tebaica, « se os sepuleros de arger (Ter, Adv. Ju ical ¢ de Bi io, no tempo 15, 30), mio possa existira sagho. doris ianiema n08 8 tits siculos 61 101. Assim, 4 nos primeiros trés séeulos da nos- comunidades cristis em toda a Europa ci- ‘a este tempo, a extensio do As fontes que nos re- cristianismo na Africa Jatam a sua difusdo ne is. numerosas. Para_a Africa proconsular fins do século L. No. séeu aos magistrados. 1 os as vassas cidades, pos € 0 palacio eo senado e a foro; © 86 vos deixamos ‘0s vossos tempos” (Apol. 37). Em outro lugar, ¢ mesmo ‘que a popilacko das cidades se compunha, taos (Adv, Scap. 2). S. Cipriano nos fala jenado por nioventa bispos da cristianismo, nos podia langar em de ontem, ¢ ja as ¢ até os cam- escola catequé HE 5, odos cles ficaram, nos séculos facto com a kgrejaemae de Ale- 5, ent continuo coi 103. Na Palestina, 0 cristisuismo teve de lutar cont lamente com 0 ddio dos judeus. Os trabalhos apostélicos favam-se, por isto, quase exclusivamente 2s nisias, Mas os grandes acontecimentos do ano 70. puse- ram termo as inglorias agitagdes ideus, Antes da des- truigio de Jer para Pela, A comunidade py je existir. De- pois da guerra, volta de §, Simedo, sucessor de S. Jerusalém, e de alguns davididas, acusados peraate Domi- ‘iano, Quando 0 imperador Adriano dest mer te a antiga cidade, editic m seu higar a Alia Capi- formouese uma com crista, Mas @ me- trépole da Igreja sirfaco-palestinense era Cesaréia. 62 L época: Desde a i lertia 20 Ee (HE 5, 10), mas con- ia € a Ars a Igreja da Arabia apa~ rece perteitamente organ pois Origenes, chi por um governada: de sinodo, Assi fe, chegandlo até & indi fo da Igreja da Siria, De 14 nismo em todo o pals © nas regides até Edessa da Osthoena. Pelo fim do mesmo século, 0 rei Abgar VIII (179-216) apresenta-se-nos como cristao, Uma lenda, conservada por Eusébio (HE 1, 13), faz datar da época apostélica a conversio deste pais. Mas a pre- fenisa correspondéncia como também outros documentos q joteca de Edessa no 18m fu tianismo se nos depara tio floresc or. Plinio 0 Moga, assustado pelo ia, para Trajano, no ano de 112, “A contagiosa praga d ta aS cidades; invadiu elas gentes de todas as idades e con- jossos templos esti guase escreveu a seu amigo ersti provincia Asia com Efeso, sita capital, e na Frigia 107. Da difusio da Igreja na provincia Arménia da hos testemunho a carta io Alexandrino aos ‘iis daquele pais (Eus., HE 6, 46) 0 do rei no da Arménia é' Gregorio pelo ano de 302, converteu o rei Tiridates Ill (} 322), com 0 qual gran- de parte do povo recebeu 0 batismo, cristios, pelos mea- », HE 7, 8); e Euséhio atesta 0 mar- rismo nos primeices tees séeulos 63 § 12. A propagecto do. cis tirio de muitos fitis ma perseguigdo de Diccleciano (HE. 8, A Créniea de Arbela, recentemente (1907) descoberta, uténtica, baseada, porém, narra que 0 “apo lai pregou com fruto na Assiria e que, pelo ano de 225, a e na Assiria dezessete 08 dos romanos, 08 persas con~ amigos, enguanio estes eram ho império. Depois da paz constantiniana, po- na pregagao deste ano’ de Gundafor ou Gandhara. Confirmam-no mo e Jerbnimo, Os “cristios de S. ica airibuem também a este apés- ‘a sua conversio, A antiga tradicao fot sustentada re- ‘¢ por Dahimann, Vaeth e outros. Todavia, noticias ws existem 6 do século VI naneira, a0 despontar tianismo estava espé jodo 0 do, ¢ no s6 entre as feriores da bém entre os eruditos © as a fipenses as saudagdes dos santos de Roma e, larmente, dos da casa de César (Filip 4, 22). To- ‘0 Evangellio &, sobretudo, convidou a todos a entrarem no rei ouvidos mais ddceis entre os fra~ c iea que, como relata o fpastolo das gentes, so poucos ricos ¢ Sniclectuais perten- ‘as comiinidades por ele fundadas. E nao causa ma~ ‘era ganhar para a doutrina da cruz 5 filésofos e magistrados, porque en- tre eles a imoral 1 orgulo exam os niaiores adver- sirios da verdade revelada € os que soir 190826, — Garcia 64 1 Epoea: Desde af Fo da Iyreja ao Bato de Milo § 13. Causes da répide propagacto do eristsnismo 65 Madrid 1920-03, — Zetler, Les origines chrétiennes dans es pro- enuditos € ignorantes, todos, enfim, tornaram-se apéstolos do Evangelho, A sua propria vida era uma continua pre- gaed0. Stia conduta exemplar e seu mituo amor, num mun do cheio de ddios e de crimes, tu. despertava a at ao dos homens, JAS, Lucas escreve primeiros ci taos “eram um $6 coraci i (At 4, 32). Os Santos Padtes tecem clogios verdadeiramente eloquentes. S. Justino afirma que muitas conversdes eram motivadas pela : ), enguanto que ou- $40 do cristianisino, a we se nos depara é, sem ‘Othat vida, a graca divina. Sem ela, sem a preparacao provi- estdo prontos a dar para Cristo ¢ salvacio, ela seria inex- da us pelos outros" (Tert, Apol. 39). utras so as causas fas; e principat den= b. Ete! fires. Jus cristdos, 10 mei pletamente o$ seus antigos preconeeitos e 0 moveu a abra~ 10 (Apol, 2, 12). E Tertuliano pode dizer ‘Crucificai-nos, condenai- § 18. Causes da ripida propagagio do cristianismo fa rengéo dos adversérios primeiro. lugar, heres e escravos de tantas a @ luz da verdade que solu is plausivel, todas as questdes que preocupava 6 dificuldades opuseram-se a fina que “era para os judews escindalo ¢ | ‘os gentios” (I Cor 1, 23). Jest 1s (Mt 10, 17 ' ‘dos, porque os consideravam como apéstatas ¢ traidores da i mosaica; e este ddio parece ter sido, ao menos fo 1 te, a causa d jo neroniana. Mais tarde, Tei no diz, gene nagoga foi a fonte das per~ ino se refere a estes weer os pagdos (Apol. 2, 5 [6]). Origer 45) © Tertuliano (Apol. 23) convi arem 0s fatos pi m de acabar, de vez, cot pagio. Embora 0 se preparado para receber a salvacic ente opostos, Iuta entre a ci Por consegi de de Deus € 2 cidade de que fala S. Ag ficar simplesmente 0 rei- tno de Lécifer com o Estado. Todavia, as forgas do infer ceram as do Estado pagio, o poder brutal, Por isso, a opo~ 2. a. De um theres, livres e escravos, Seria ero tambén com a Igre © poder da cida- ‘or isto, pertencia-the ne- cessariamente a unto final 4. Seria, porém, injusto apresentar- ‘mano Anicamente como tirano arbitrério e cruel persegt dor. Proibe-o a simples consideracao de que as persegui- g6es mais violentas nfo foram movidas por tiranos como Nero e Domiciano, mas por imperadores de cardter nobre f insignes administradores. O Estado +0 por via de regra, muito tolerante paca com as religides de outros paves, contanto que flipiter conservasse 0 seu lugar de honra. Ate o monoteismo dos judeus era certamente fcita” (Tert,, Apol, 21). Quais foram, pois, as razéies que transformaram 0 Estado ro- is. No reconhecendo, pois © eulto do imperador, os (ust, 98 deuses do Estado, '2os eram_considerados Apol. 1, 6. 13; Mart. S. , por isso, das cala ad mania, — diz Tertul arva, si celum st guinte, 08 cristios passav (Ib, 35). (6. Além disso, ndo podendo eles participar da vida piiblica, das fos espetéculos, elc., despertavam a suspeita de formarem uma associagdo secrela, proibida j4 Pela lei das doze tabuas e, mais tarde, pola lei de Trajano § 13. Causes da répida propagacso do cristinismo 67 contra as heterias (Plin., Bp. 10, 97). Dai também as mui- tas acusagies de crimes’ jmorais. A Eucaristia era yada gual cola tiesiéica, os Agapes, como or sas (Just., Apol. 1, 26; pol. 7-9; Mi Obedeciam as autoridades, porque sabiam nfo venha de Deus (Rom 13, 1); pagava we 08 impostos segunda a norma dada por Je Dai a César o gue & de César” (Mt 22, 21); rezae vam também pelo imperador ¢ pelo Estado (Clem Cor 61) ¢ eram exemplo de virlude para todos. Portanto, sua relacio com o Estado era intel preende-se que as ss nfo podiam sohicdo decisiva. D: aa atitude dup cos magistrados e' Estado, mas o povo encolerizado, py cipalmente no séeulo II. Os magisirados e imperadores s6 raras vezes procediam contra 0s por dentincias ow pelo furor da po por prdpria iniciativa. Durante or via de regra, pelo rescrito de T: dizia respeito s6 a pessoas isvladas, néo ao cristianismo co- no tal. $6 pelos meados do século III & que o Estado come cou a dectetar a supressio do cristianismo, Até entio, 0 jundamenio juridico das perseguigdes ficou muito incerto, 9. a. Mas, $6, ner antes, nem depois, todos os im- peradores Seguiam a mesma norma, quais foram entio as normas que observavam? Procediam segundo principios da legislagdo universal? Ou decretavamn leis especiais? Os toriadores no estio de acordo, Uns adi pecial, referindo-se & chamada lei neroniana (ert, Apol. 4). No entanto, se tal lei excepcional existisse, como explicar entdo a alitude vacilante dos im- peradores seguintes? Como explicar principalmente as di- Vidas de Plinio o Mogo? Verdade é porém, que ja desde a perseguigo neroniana os cristios s6 pelo nome eram per 68 | época: Desde a fundasio da Igreja a0 Fito de Milo seguidos ¢ ‘condenados (Ib. 2. 44; Ad Scap. 4; Just. Apol. 1, 4) gar a lex Julia maiestati podiam ser do acusadas de magia, quando operavam savam demdnios; ou de superstigao externa, quando confes- ie no era aprovada pelo senado. citivo, mem aqueles processos cri Parecem ter sido icados exclusivamente. O certo € que a candicéo dos cris- Hos perante a legislagio romana era excepcional. Nao erai tratados como 0s demais eriminosos ida de Décio (249-51) a0 trono impe= igo. Este imperador, no “ser cristio”. Portanto, as perseguigées deste pe- 12m por fundamento juridico decretos imperiais e, por- lum carter mais geral e mais violento, E" este o fa decisiva entre cristianismo © o paganism, idacch. che 032, 72.08 § 14 Principios das perseguishes no impésio romano 60 segli Acta martyrum, Torina 1927, — Leclereg, Les Martyrs I, 4. ed, Tears ‘Allard, Histoire des pereteations, trad. ial por E. Lan 5 vol, 2 ed, Firenze 1023-28. ipério romano nismo no trono $14. Principios das perseguicdes no 121. © primeizoperseg imperial foi Nero (54-68). Assim es mente (Apol. 5). Este 44), provavelmente por sua propria esposa Agripina, que procurava assegurar 0 trona para seu fitho Nero (‘Tac Ann. 12, 64), mogo enti de 17 anos de Assassino 0 também ia, de seu professor Séneca, de sua es- doze dias depois, ade era mentira e que 0S que confessavam francamente as jet, Neto 39). Tal fai o primeiro per- de Roma, no ano 64, foi ocastio, nfo causa da perseguigo. Segundo Suetinio (Nera 16), 0 pré= prio imperador mandara incendiar a cidade antiga. TAcito, mais reservado, diz que corria 0 boato de ter Nero incen- diado a cidade e que parecia procurar a gléria de editicar uma nova cidade e dar-the o seu nome, Dos catorze bairras de Roma sé quatro ficaram em pé. Depois de ter descrito os horrores do inctndio, Técito continua, falando com pro funda tristeza das riquezas, adquiridas por tantas das obras-primas da Gréci ficéncia da nova Roma mao era capaz de fazer olvidar (Ant, 15, 38-41). 123. Depois do incéndio foram celebrados sacrificios WH 1 época: Desile a fundagto da Igreja ao Elite de Milo ox rerador, foram consultados os inos, e Nero mandou fazer preces pi Mas, no meio de tudo isso, todos tinh: ecreto sentiments de que Nero era 0 © perigo ameacava € aconselhad iano, pelos o imperador, para por os de povo, rus 05 cristios € os simas (Tac, Ann. 15, 44) ju com penas crudelis essoas, genie comprada, 08 cristios. A denin= ido ingente. Os cérceres en- fv os carrascos submete Ws a confessar um crime que 1 cometido, Nag sendo possivel «i ‘ado, foram condenados por nano”. Sa idos aos combates de feras, outros noite, vestidos de tinicas embebidas « a postes de madeira ram ato lente, ‘morrerat ‘aco de cenas mitologicas, de Dirce e das Dan des (Clem. Rom., Cor. 6; Tac., Ann. 1, 44) 124. a. A perseguig&o, que durou até a morte do ti- cstendet no, (Hist. 7,7, Sulpi 2, 29, 3). E nas palavras Pedro aos cri lo oriente (I Ped 4, 12) € fi sihecer uma mos da’ Asia, ja a ha ocular, diz somente que (Cor. 6), © Taito (Ana, 15, 44) Os unicos -guramente os nomes apéstolos S. Pedro e S. Paulo. S, Pedro foi eru- iz Origenes, @ seu proprio pedido, com a cabega para baixo (Bus. capitado (Tert,, De praese. haer. 36, 3). Segundo a tradi- foi uma fala ig ho império romano TL dia 29 de Junho de 67, nao se pode provar. 1s dos cristios, nem as poucos, transformaram-se em dio que acabou por destronar 0 tirano. Os gauleses de- ram 0 si ia. Na Espanha e em outras provin- cias os exércitos rebelaram-se igualmente. Vendo-se aban- donado por sua propria guarda para fora da cidade, dou-se, tendo apenas 32 anos de naquele dia; — assim termina Suet@nio a biogra sano (cap. 49). orte de Nero, sucederamese, no es- tres imperadores, Galba, Otio e Vitél todos vitimas de rebelides. Finalmente, foi pro clamado imperador o general Vespasiano (69-79), depois de Augusto, 0 mais distinto entre 0s imperadores do. séeulo T-¢, como seu filho Tito (79-81), chamado de “delicia do genero humano", digno dos elogios de S. Agostino, que 0s chama a ambos principes étimos e dignos de serem ama- dos (De Civ. Dei 5, 21) 127. Mas, no reinado de Dor ceu novamente a opasigéo radical gio do verd: presentante se dizia “senhor e Deus’ Descontiado e ambicioso, Domiciano torn seu governo, tirano to cruel, que Juvenal (Sat. 4, 38) the 44 0 apelido de Nero Cal e Tertuliano 0 chama apenas (Apol. 5) imperador as honras divinas eo tri fer, eram acusados de ateismo © de costumes judaicos e, em consequéncia disto, executados ou expulsos (Suet, Dom. 12; Dio, Hist. 67, 14). 128. Entre as vitimas achava-se 0 préprio primo do imperador, Tito Flivio Clemente, cOnsul no ano 95. Sofreu 9 martirio pelas mesmas acusagbes de atefsmo e costumes 72 1 época: Desde a fundapio da tare 0 Ealito de Miko judaicos, Sua esposa Flavia Domitila foi destercada para a dha Pandatéria, perto de Gaeta. Eusébio, bascando-se em Britio, escritor pagio, fala de outra Flavia Domi brinha de Clemente, desterrada para a ilha Pancia, Nao é constatar se se trata de uma ou de duas jeamente certo & ainda o martirio de Aci- io Glabrio, consul em 91 $. Joao Evangelista, quase centen: para Paimos; ¢ os mértires, mencionados freram igualmente nesta perseguicao (Aj praescr. haer, 36). Eusébio nos conser ticia de Hegesipo, segundo a qual De seguranga de seu tro Senhor, descendentes de Davi viam acusado (Eus., HE inocéneia dos acusados, a desterrado ideus vi 20). Mas, reco cendo, pela a cobiga © crucidade mas, Ele precisava de bros da nobreza para equéncia foi uma reclamava isto, condenava vardes confiscar-Ihes os bens. A jestade, as que se fun- ico, i, &, cristdo, @ as do atets- ratura par estas © a sea persieutions dy Le § 15. Perseguigdes parciais no século IL 130, O maior rvigo que Nerva prestou ao império bre e justo, comecou 0 seu governo com a punigdo dos delatores, que tanto mal tinnam feito duran te o reinado de Domiciano, E tio bem sucedido ficou na 15, Perse administragio do impé os romanos diziam aos seus sucessores: “Seja mais feliz do que Augusto e melhor do que Trajano”. Menos feliz foi a sua atitude para com o Gristianismo, que sofreu violenta perseguigdo. Motive desta perseguicdo foi um decreto contra as heterias; mas as vio- Jencias foram mais abra do povo, do que do imperador (Eus, HE 3, 33) a, AS noticias mais exatas sobre esta. persegui- 1a carta de Plinio 0 Moco, governador Pl io. publicou a proibia as heterias, associagées nfo reconhecidas pelo Estado, Em consequéncia disto, muitos eristéos deixaram de assistir as reunides do culto, Outros, a reunir-se, e, por causa de denincias, par-se da questio, Mas no conseguiu de que 0s cristios eram acu wero elevado dos fi ue os achasse “excessiv iperador e pediu uma rescrito, diz ixa e geral © forem réus fos, punam-se; mas, se negar : ndo aps deuses, sei ma acerba critica (Apo ‘a de proceder por um século 132, Muito pouco sab freram no reinado de T) ude do rescrito imperi um tanto re- primida, Mas em consequéncia das agitacies das massas do povo e das autoridacles provin ios foram jmados. Os martire intos deste cujo 0s por Eustbio, fo- ram §, Sime%o, bispo de Jerusalém, que, na idade de’ 120 anos, foi crucificado (Bus, HE 3, 32), e S. Indcio de An- ines que s0- » refere que, em vit~ Th 1 epoca: Desde a fundacho da Ig ja a0 Euto de a oquia, que foi levado a Roma, onde edes 0 tica e a paz. Pelo rescrito que sul da provincia Asia (c. 125), ¢ que S. se claramente que tomava os & ameacava até de castigas severos qualquer in- ia (Just, Apol. 1, 68). pode, no et reinado, os cristaos da Palesti ‘guigao ‘por parte dos judeus, Kochba, sublevar dos editos de Domi por causa da ordem dir que, durante o seu ite pag’, cor Hist, 67). Os er 34. a. Mais favordvel ainda do qi 198 seu sucessor Antonino Pio (138-61). Eu n edito, que este jmperador teria lar (HE 4, 13 e castigando os a, gee ia forma atu ito do mesmo imperadoi , Tessalonica, Atenas ¢ tamente auiéntico € outro rigido aos habitantes de Lar tras cidades da Grécia. Aq rocessas contra os cristfios como ta eessus (Bus, HE 4, 26). ide bispo, relatado 80) ndo_segu stonino. O fildsofo estoico no ito de Cirta, um dos tra 0 cristianismo os seus e de mentiras. Acresce ainda que as les calamidades, fome © peste, que assolavam 0 € 05 inimigos poderosos, q considerava os ri tos males. b, Da grande afligio da gr cE, pois, pouco provav sobre os quados, que Marco Auréli, depois ia proibido a perseguicao, Apol. 9; Eus., HE ids, também as Meditacdes d 20. Nos m acreditar em tal medida. Ele prj ibuiu a ria as armas romanas e a Jupiter Plivio, € ndo as ora ‘gBes dos cristaos ima desta perse, no ano de 165. Com ele sofreram seis ‘companheiros, Em Roma morreu também o papa Aniceto (154-65). O longo pontificado de seu sucessor Sotero (166-74) prova, que na capital houve relativa tran- -gui¢io no obedecia a um edito univer- ‘Mas howve nu- 76 | época: Desde a fundacio da lgreja 20 Edito de Miléo merosos martires nas provincias. Certamente historico € 0 e Agatonice de Pérgamo. ade foram perseguidas as Igrejas tires selaram com sangue a su Po- e centenario (+ 177), deusthes o exemplo, Os figis am-nos os horrores da perse ia. A carta nfo chegou até boa parte (HE 5, 1-2) papa Eleutério (174-89) 0 dos seus sofrimentos, Ire- Lio, (180-92), hho- {908 go- zaram de paz, di sluencia de M los. 9, 12), menos era. a ‘obstante, ficou em pé © reser ial sofreram o mar= tirio Cartago foram condenados os seis mértizes cilitanos (180), alos Tos So _conservados, na sofreu S. Apo 184), que pertencia & aris- lade (Eus,, HE 5, 24), eS. JerOnimo di-the lo de senador. Os atvs do seu martirio so auténticos (Rauschen, Flor. Patr. Ul, 3. ed. 85 ss). O discurso que © ilustre martir pronunciow em sua defesa perante 0 tribu- nal do. prefeito pretoriano Perenis pode ser contado entre as apologias do séeulo I. § 16. A perseguicto de Setimio Severo e 0 primeiro periodo de paz 138. Comodo nao conhecia limites nga luta pela coroa Setimio Severo (193-211) foi Ele c pio, 2p ante de seu an~ tecessor, 14230 por que Tertul dedicou palavras de grande clogio (Ad Scap, 4). Todavia, morreram, pelo fim niecido. Severo n pelos magistra~ as persegui se. E nada m © golpe dirigiu-se py nos. Um deereto de 202 proit verso ap cristianismo, como 19 an 1). A per século II, comegou a € to espantosa foi a ‘os julgavam fer chegado 0 tempo do 0 da Igreja como t e que de S, Perpétua e S. s. S. Perpetua © compa ea sua Pl filho Origenes. A escola catoquética teve de fe- uas porias. Clemente, diretor da escola, deixou a cidade, e Origenes, seu jovem sucessor xagies, Eustbio fala de n Tebaida (HE 6, 5). Cl 10 dos Strémata, que ele vi didriamente corer co- ue cristo, pioso sa 78 1 época: Desde a fundacio da Igreja a0 dito de Miao morte comegou um longo per 6, Apesar de tos permaneceu a mesina, Por se tena havido martisios, durante o vera na sit narca. As atas falam dos papas Calisto 1 (217-22) e Ur~ senda de ano 1 (222-30); e com o nome de Urbano tiga-se também 0 de S. Cecilia, Mas todas as , Ad Seap. 4), & lado nine cor io acabou por dar a coroa impe iagabalo (218-22), entdo sacerdote do Sol na Siria, apesar de ter apenas 13 anos de idade 142, Jé na corte de seu tio Setimio Severo, se certo 144, Uma reasio profunda contra os favores de Ale~ nperador foi assas~ ciara cos, O assassin Maximino Tracio (235-38) cingia a coroa especial- © perseguiu cruelmente os cristdos como partida- antecessor. Os seus decretos hefes da Igreja (Eus., invieto Mitras, que cle profes realizar 08 seus projetos; pois, por causa dos crimes que praticava no exercicio do’ seu os pretorianos 0 assassinaram (Lampr., Heliog, 3. 17) 43. a. Alexandre Severo (222-35), seu primo, que twono, foi de carter diametralmente oposto ju evassidao da corte e, sava. Nio pode, poréi onde, por causa de (erremotos, o fanatisme ia mais ardentemente contra os cristios, corre jente © sangue dos martires (Cypr., Ep. no surgiram, em breve, revolugbes io, Os imperadores, proclama- Gordiano Tl, Pu- ou dos preto- copiosa- screver no se Jo queres a ti facam os homens, igualmente no o facas tw a eles (Le 6, 31). Da mesma forma mandou, se é verdade o que sacerdotes pagios Numa contenda entre cristdos e taberneizos sobre um local "a: Desde o fondacdo ds Igreia ao Belito de MilBo na do Evangelho um ‘a0 trono e que, quando em 247 se c da fundagao de Roma, apareceu trajado vero até Filipe o Arabe, o cristianismo crescew velmente, Ao. desenval pondeu, in $17. A perseguigdo sistemética eo segundo periodo de pz 146, Pelos nieados do séc pastos ripidos para a ras. ameagavam tigas tradigdes. ‘ ~ Décio (249-51), que, fora proclamado esplendor. J de tertiveis tormentos. O bispo Dionisio de Alexandria des- reve 0 grande temor dos eristios do Egito a0 pub 8. Cipi ispo de Cartago, relata 0s aco: em sua Igreja ue trés categorias de lapsos. Uns ofereciam ificios (sact te das imagens (1 um libelo (libel {acta facientes) em testemunho de obediéncia a0 edito 517. A perseguigfo sistemitica © 0 se (Cyprs De laps. 7-9; Eus., HE 6, 39-41), NZo menos de 41 desies libelos foram encontrados, desde 1893, no Egito, ‘io sendo, porém, possivel veriticar a origem criti de-ne- hum deles 148. Mas 0 hetoismo ti [Muitos iis preferiram renu sua 18, Em Roma sofret o marti o papa Fabiano (235- 50). Em Esmirma, o sacerdote Pidnio foi preso, quando ce- Jebrava a meméria de S. Policarpo. Como 0 grande bispo, assim também o piedoso presbitero morren nas chamas da fogueira. Em Tiro foi eruelmente maltratado o grande Ori- ‘genes, que, pouco depois, veio a falecer. Em Alexandria, 0 joven Diéscoro, que tinha apenas quinze anos de sofren com tio a . que 0 governador resttuiu a ‘este tempo ‘entre outros lix de Nola. 149. A perseguicéo causou grande perturbacio na Igieja. Mas teve para ela também um efeito salutar. Pu- cou-a de seus maus elementos; e das 1 cia rejuvenescida. Muitos renegados vi dda Igreja, Ow mattirio, reliraram-se aos desertos, dando im fracasso. io conseguiria 0 desejada ‘neipios de 251, de seu edito, guerra contra os godos. Fora lo petiodo de paz 8t no se apagara de tod anies & vida, do que & bastante forga para entren- io Avie se de que uumia figura grande e nobre entre os imperadores romanos, mas uma figura tragica, Nao conhecera os po, as forgas ints 0 tem- secas do cristianismo, Fascinado plas io, que revestiram a antiga re- 30 do Estado dum esplendor aparente, exaltara-the de- as forcas € a vitalidade 150. Sucedew-tne no tron0 0 imperador Galo (251-53) ‘que adimitiu 20 govemna seu filho Volusiano. Em consequén- cia duma peste, Galo ordenou que se ofetecessem sacrti- ios expiatérios’ a Apolo. Como os cristios se negassem a ‘curmprir a ordem, tiveram que sotrer nova perseguicéo (Eus., HE 7, 1). Desta vez, porém, estavam melhor preparados € mostraram maior consténcia nos suplicios, do que no tempo de Décio. O papa Comélio morte no desterr0 (253). 1 epoca: Desde a fundagho da Igreja so Edito de io 5 17. A yereguigo siateméties e © segundo periodo de par 88 também foi expulso. Alguns cristios palicio ‘Mas 0 mesmo Di do seu reinado, adrino, por Sapor T , ao se preocupando sorte de seu pai, restabelecen logo a paz religi aos cristdos 0$ cemitérios © as igrej favores devem: general e mago © escopo que visava era o de Décio; 257 mando, sob pena de desterro, que 03 bispos, pres imperador, que simpatizava nos sacrificassem aos deuses. Sob pena de comesou umm periodo de paz, que durou mais de quarenta anos, b. O papa Dionisio pode, reorganizar a Igreja ymana, tfo provada nos anos anteriores. E soube tam- fazer valer a sua autoridade de bispo universal. Apa- a sobretudo na ». Venda que es eteito, 0 imperador fez seguir outro, em 258, mui Tigoroso, Orden igos superiores fossem fo executados, se perseverassem na {€; 2" que os fidis lei- fos de alta condigao perdessem seus bens e dignidades ¢, questio do monarquianismo sabeliano. Para ele apela o Se ainda perseverassem, fossem também supliciados; 3° que mundo em questées de fe eres nobres fossem despojadas de seus bens € d ¢. Mas, embora nismo pra das; 4 que 0s oficiais dos dominios imperiais fossem shecido como religito licita, a condigo ju condenados & trabalhos forgados. ma como dantes, Permaneceu também a aversio das mas- 152. a. Os mirtires mais celebrados desta perse provinciais, O sucessor de foram, em Roma, 0 papa Xisto Nl (257-58) e seus sete , parece até ter perseguido conos, entre eles 0 glorioso S, Lourengo. A forma de seu ila, na_grelha, € descrita, mo entanto, 154, a, Aureliano (270-75) manteve 0 edito de Galie- ‘Quase um ano passou, sem que fosse no, Confirma-o o benévolo acolhimento das petigdes que The possivel dar a Xisto I um sucessor. Foi eleito entio fizeram os figis de Antioquia contra as pretenses de Pat nisi (259-67). Que também o e Pancré- Jo de Samésata (Eus., HE 7, 30). Este heresiarca monar- tenham sido martirizados nesta perseguigdo, nko & pos- quianista no quis ceder, apesar de ser deposto por um si- provar. Em Cartago sofreu o martirio o grande bispo node. © imperador pagio pronunciou-se a favor do partido S. Cipriano. Possuimos ainda duas relagbes sobre o sett que estivesse em unio com a Igreja de Roma, processo sobre a sua herdica morte (Ruinart Utica, na Africa, um grupo mumeroso de m: idos pelo nome de massa candida, e, na 52 ss). Em No entanto, como Aureliano fosse muito zeloso pelo ceulto dos deuses, nao causa maravitha que cedesse as ins- piragies dos idélatras ¢ publicasse um edito de persegui- tuoso, bispo de Tarragona, morreram igualmente pela ‘80. Mas 0 edito nfo teve importincia, porque Aureliano B.-A Tpreja achava-se, pois, nos meados do século {oj assassinado, no mesmo. aio, e seus sucessores tiveram roma situagéo extremamente dificil, tanto mais, porque no de concentrar as suas atengSes em outros problemas, Nada 84 [ época: Desde a fundaglo da Igreja a0 Balto de Milo se sabe de perseguigdes durante os reinados de Técito (275-76), Probo (276-82), Caro (282-83) e seus filhos Ni (283-85). Mais perigosa foi uma reacio ‘que durante o reinado de Aureliano nos 15 liveas do neo-platénico Porfirio ve a sua express (eft. § 20) Durante este longo periodo de paz, a Igreja pode de senvolver-se tranquilamente e recolher forgas para resistit a diltima tempestade, a mais cruel ¢ sangrenta de todas, a perseguigao de Diocleciano, fimo combate e vitéria final do cristianismo (284-305), filho dum escravo de Dio as imperador prudente ¢ capaz, seguit a parte oriental com residéncia em 6 ocidente a Maximiano, com o ti- ‘Augusto Hercileo, com residéncia em Mildo. Para cada uma das partes do império nomeon, em 293, um eésar ito de sucesso: Galério para o oriente, com resi- Sirmio, ¢ Constancio Cloro para o ocidente, com icia em Treves. Desta forma todo o império estava fem quatro prefeituras, doze dioceses e noventa organizagao esta que, mais tarde, seria mo- a propagacao externa da fé ostentavam-se j4 formosas oriente e da Ajtica, 9 miimero dos cristios era superior a0 dos pagios. A propria esposa de Di Prisca, e sua filha Valéria adotaram 0 cristiani izavam com ele, gado 0 moment fiado por sect redor de Galério, logrou convencer 0 st ciano da necessidade de mudar a sua pc § 18, Uikimo combate ¢ vitdria final do stanismo 85. iucio (De mort. pers. 16) designa como autor das maqui- neoplatinico Higrocles, governador da Bitinia, que iém com a arma literdria combatia o cri a perse rio e, em soguida, 0 césar b. Apareceram, com breve primciro mandava destruir as igre sagrades. Quem os entregava era chamado cedito privava, além disso, os cristios dos di 10s forcades os 5 Lact, De aos apéstatas, en- deviam ser martiriza a mor 6). Um quarto edito estendeu finalmente cristaos, quanto que te (Eus,, Hi 158. a. Desde entio corre em torrentes o sangue dos ss, $0 nas Gal © Britania hav tires mais conhecidos deste S. Justina de Padua, . século V, padroeiro de Nay todos, S. Sebastidio. S. Bris lendérios so os martirios 2 Igreja era chefiada pelo papa Marcelino (296-304) acusado pelos donatis- tas de ter renegado temporariamente a f€ de ter sacrifi- cado incenso aos deuses. E’ pura invencao. Ja S. Agosti- rho negou tal opi 159. Diocleciano, cansado e des: ‘80, abdicou em 305; 'e com ele teve de remunciar também a 85 L época: Desde a fundacio dx Maximiano, Os dois césares sucedera tos. Galério nomeou para césares Ma) oriente © Severo para o ocidente (I da morte de Constancio Cloro (+ 3 dignidade de augusto. filo de Maximiano, que usurpara 0 poder na Italia, perdew trono ¢ vida (307). Gal cendo 0 usurpador, nomeou augusto para a Esta nomeagdo descontentou sériamente a M: tantino que sucedera a seu pai clamado augusto pelo exército. |. Depois nos domin‘os de Constant ios gozavam de quase completa paz. obstante, 2 Igreja romana achava-s as. Depois da morte do papa M: dar-Ihe logo um sucessor, devido as persegui- goes externas e ternas. $6 a0 cabo de sm breve, despontaria o dia da paz, também adoeceu gravemente, em 310, Talvez ain- e Constantino, um edito de tolerancia, publicado em (Lact., De mort. pers. 34; Bus, HE 8, 17). Confessando que se enganara em perseguir $6 Maximino soube, por algum tempo, ignorar em seus do- minios 0 edito. Pouco depois faleceu Galério. Maximino foi § 18, UlGimo combate e vitéria final do nismo 87 derrotado numa guerra com os arménios. Constantino ‘Magno, em breve, havia de conduzir 0 1 smo a vitbria completa, Ofendido por Maxéncio, Constantino marchou con= le morte fizessem 08 go~ conhecidas sao , bispo da mesma is condigdes, reli f-se uma guerra venceu em duas batalhas 0 seu adh le todo o imper siete 83 1 época: Desde 2 fundacdo da Igteia ao Edito de Mikio das que se tigam a este acontecimenta, Fusébio relere, na sun hise Constantino, sntes és fare, 0 imperae rma orders © Sinal de Deus e entrar assim no Quand, Constant ravada a ink Caes. FL Constantino Maximo P (io) F (eli) Augusto S. PQ. R, ‘serapublicam ultas est arms IV — V. — Bocti Venu, Dalla grande perscus cristianesimo, Mi B . Cente: § 19. Importancia apologética das perseguisdes 166. “Martires” chamavamese os her6is cri freram por causa da sua fé. A palavea segundo a sua origem grega, nos tempos apostélicos, para sigt culares © oculares da vida e ressurreicd do Senhor, i. & fs apéstolos (At 1, 8 22). Ora, haverd em prol de uma yerdade do que derramar por ela 9 proprio sangue? De fato, a palavra passou, em seguida, a designar sangue, deram testemunho da rea- icos e da doutrina dos apéstolos, en quanto que os demais defensores da é eram chamados de “confessores”, embora sotressem também perseguigdes, mas os, que so- nunko maior“ § 19, Importincia apo ca das pers nao a morte, Todavia, ainda no século I, ambas as pala vras eram empregadas indistintamente. 167. © testemunho dos martires € de grande impor- tancia para demonstrar a divindade da reli compreender toda a forga deste argum presente a grande multiddo dos que pela 1€ sofreram 2 mor- te. Tem-se affrmado que 0 nimero fo} muito exagerado; e nos verdade que uma historiogra- f o tem diminuido demasiadamen- cas, Tacite, Clemente et, Cipriano, Eusébio, Lactan- regar, que Toi realmente muito ele- ante, ce para a persegui- jenta sentengas executadas’ Hes de Diocleciano, ‘ropolita de Cesaréia, no pret aos generos de nits vezes, Acrescem ainda por ocasis do Tes fio viam, seni 08 perseg fos da magia. Mui Ores, cegos, ne~ 8 outros, po Deus todo-po- foi a multipticagao liano podia lan- ‘gar em rosto aos magistrados: fais, tanto mais nos” multiplicaremo: dos cristéos” (Apol. 50). semente € 0 sangue 9 1 époce: Desde a fundagio da 0 Eaito de Milko © mattirio @ uma prova convincente da iso waismo feve que sustentar no s6 as per- , sendo também das armas da pa- ana, contemporaneo fagorisma, doutrina pi- 1a € contado entre os sectérios deste pelo ano de 96, altamente venerado_pelos ‘charlatgo, do cor m ice amigo de Lucan, ect vew dyer a0), obra bastante pergor, per- Ga hfe ae pla sso pare sonserada na respesta ue § 20, Polémicas contra 0 tistianismo or ‘Origenes escrevet Contra Cel obra em quatro partes. Na pri a idéia messianica dos cristios; na seg também contra da moral cristis; na quarta, (© paganisio, fornecendo com as suas afirmagies as ar de combate n3o 5 aos seus contemporaneos, mas também ‘208 inimigos posteriores da Igreja catélica até aos nos- ‘sos dias ¢, Ao mesmo temp: ‘mesire de Marco Aurélio. Segundo. Mini ‘Gow ele um discurso contra o cristianismo, repetindo todas ‘as acusacdes tantas vezes propaladas, nunca, porém, pro- vadas (Oct. 9, 6). 172. a. Mais perigoso tornou-se, em seguida, 0 neopla- 10, fundado em Alexandria por AmOnio Sacas (f 242) por Plotiaa e por Porfirio, Jam- ienas, Plotino foi um cardter sincero, vuma regenoragio do pa- snismo, Nao assim Por @ Proclo, escreveu Quinze to, © procurou desacres Aparentes entre os hagidgrates, na discussio de S. Pedro e 1m sabjo e {eurgo, a sua dou Negava os milagres operados ‘05 dogmas da ressurreigao da eternidade do inferno. ais tarde, Higrocles, governador da Bitinia 1a, escrevett 08 sando igual escopo, es ente de Setimio Severo. $21 épocas Desde a fundaso da Igreja a0 Balto de Milo comparacio entre Cristo e Apol , provavelmente sem ten= dencia an ist. Higrocles respira Odio. ‘Todos estes escritos, quer fossem queimados em virtu- de de um imperial de 448, que mandava Fos Sivros de Porffrio e talver de outros autores, quer fossem sq perderamn-se, sendo conserva- dos s6 alguns fragmentos nas obras dos apologetas cristios, ‘que vitoriosamente 08 refutaram, 173, Mas nio $6 tratados literdrios, sendo também dupes da arte do pincel serviram para combater ei rizar q cristianisma. Mais de uma ver, os cristios eam re- presentados como adoradores de asnos. Provam-no Tertulia- i T890, —"Brihier, CAPITULO It A CONSTITUIGAO DA IGREJA § 21. A jerarquia eclesiastica 174, Apesar de todas as perseguictes, a Rocha de S Pedro ficou inabalivel, porque Jesus Cristo 0 prometera. A igreja crescia, de dia para dia, externa e internamente. Era, por conseguinte, para ela uma lel de vitalidade aveltar for- mas cada ver mais pe também no tocante A sua conse wentecarismatica, monarquica, essencialmente fal qual ainda hoje & 175, Nos seus principios, a direcdo estava naturaln te s6 nas maos dos apéstolos. Do divino Mestre receberam a ordem de ensinar as gentes, batizando-as a observar to- fdas as coisas que Ele havia ‘os doze tinham a seu lado os companheitos e auxiliares que, como todos os primeiros pregadores do Evangelho, eram Jesiéstica ® 4g 21, A jerarquia eclsi tas” (At 21, 8) Eph. 4 ‘apbstolos” ow “evange atge es 0s “proeas” © a mens dotados de io. mere 1). Aqueles am special carisma para exortar 08 fis & “i profecia; estes de Jesus Cristo. Com oi nilterior instrugio vam ta tundagao © as profetas ¢ dou os figis, enquanto diego das Igre- sma 176, As fontes apistolos, nas. diversas ere} (At 14, 22; 2 " biepos, presbiteros € disconoS, 20s jade, Portanto, desde ipoderes que Jesus Crise avam & ses stcessores. moos Gesaparecerany mais © ay . 8 - que os outros Car pate ora, per . lemento essencial da ge eclars das. comunidades © os «cr eles, . a S. Paulo esereve que havia nas tec na dit acre ernados ¢ que escutavam (Filip , oe oe cone, Os dos pes tomes, 2 BN a jo era ‘equivalentes. S. Paulo mandou de Mileto 5 juridica e exatan 94 época: Desde a fandacso da Igreja 20 Eaito de Milio tar os, presiteros da Tye de Eien (AI 20,17) Ths ici a vis ea todo 0 rebanho, sobre Enpiito Santo ror corsa blsos para goremardes © Igreja de Deus" (At 26, 28). ide formavam 0 que se formou Giios “Tal pesos ina presente 3 tate oncenava et suas does toga is commidase, cresciam as suas atribuigSes, e reservava-se sO a ele a me de bispo. acon 70, Grea dingo ence dversos grave da je aque encocranos jd me carla dow pimeton Padres spot Tete 8 Clmcale Romano (Coe 0; 42,4) © mab Sa mente, 8. Inicio (Ef 6, 15 Tal 3 1), demonstra ‘que se Zoenluava, mais © mais 0 catdler monarquico da Igreja. O fendem os protestantes e como, S. Jerdnimo (Com, santo ensina, em out os. tempos PL 26, 597). O mesmo .¢80 entre bispos, pres PL 23, 164). Em vao pretend 8 protestants pro- a a constituiedo presbiterana. Pelo con- trio, presbiterato ¢ uma dervagéo do episcopad, De falo, néo se compreenderia, como 0 episcopado podia ser reconhecido, desde Togo, e ‘io amiversalmente, se existisse Brimeiro o prestiterao, tanto menos que suprema avo dad, o pape no ia sid, nesses tempos iniuto ou Sent para moda, tuniformemente ¢ em toda parte, mi 18. Além disso, ndo nos faitam ve tuigio monérquica da Igreja nos tempos mais remotos. Ti- iméieo © Tilo tin, na epistols de S, Paulo, 9 carat de bispos ¢ do mesmo modo também os “Anjos” das sete Igre- jas da Asia Menor (Apoc 1, 20 ss). S. Tiago Menor & chamado por Hegesipo (Eus, HE 2, 1. 23) bispo de Jeru- ios da consti- § 21. A jorarguia eclesiética 95 salém e a Sagrada Escritura o confirma (At 15, 135 6 1, 19; 2, 9). S. Ireneu e Hegesipo compuseram até. cat ogos dos bispos das Igrejas mais importantes, parti werte de Roma, que remontam até ans apdstolos (Iren., Rav. hger. 3, 3, 3; Eus, HE 4, 22). Isto ndo era. possivel, se 0 episcopado no fosse de origem apostilica 182, O diaconato, segundo S. Inacio de Antioquia {Smimn. 8) ¢ §. Clemente Romano (Cor. $2), in Gin. tem a sua origem na eleigao dos sete ce Jerusalém (At Bi). Os didconos eram, por via de regra, os auxiliares, do bispe nos seus offcios muito variados. Tinbam de, ajudé-to pavassisténcia aos pabres e no culto divino, principalmente fa administragao da Encaristia, Batizavam também © pre- gavam por ordem do bispo. © seu eacargo era, de falo, mais importante do dos sacerdotes, er! Soupassein uin gran superior ma_jerarquia. A ‘apostalica (2, 44) os chama “ouvido e boca, coragdo ¢ ale ma” do bispo. esde meados do séeulo IL, aparece também 0 cargo de arcediago, pessoa mais importante depois do bispo, maitas veres. sucessor dele. SO mais tarde, quando foram Triadas as pariaquias, € que os presbiteros obtiveram maior autoridade. 83. Quando, com o crescimento das comunidades, se fe no se julgava conveniente aui- Montero numero primitivo dos sete didconos (Sin. de Neoees. e. 15), foram criadas novas ordens para seu auxilio eg de menor importancia. Algumas destas or- Gens parecem remontar até aos xiltimos tempos apastél fg saber dos leitores € das exorcistas. Nos meados do Tit, acresce a ordem dos subdidconos. Em seguida, Tumse ainda as ordens dos acélites e dos ostidrios. Ass veicha constituida a jerarquia no tempo do papa Comélio (251-53), como consta de uma carta que ele escreveu 20 bispo Fabiano de ia (Eus., HE 6, 43). 184. Para o servigo dos enfermos ¢ para instrugio de rmutheres que nao podiam ser instraidas convenientemente pelos homens ¢ para outros exidados howe @ Instituto ie diaconisas, de que nos fala ja S. Paulo ma sta epis- (ola aos romanos (16, 1 ss). A superiora das diaconisas. ra a _ageafiitis, AO lado das Giaconisas aparecem as vite 3 ss), cuja era desempenhiado regularmente por viivas. § 22. Organizagdo das dioceses © provincias eclesiésticas os bispos estabele arredores as. parc cconfiada a ur pre 300, havia pesto de vi ida que 0 cz po- '8 por simples sacerdo~ 0 bispo da ckiade, Dividase desta for ei pardquias no novo sentido da palavra . Como diversas paréquias formavam a diocese, fas dioceses formavary as. provinclas cclesiastces, por via de regra, com os tes, dependentes do ma a diocese remontam, pois, a0 tempo de Nicéia dos § 28. 0 primado do bispo romano a 181, A semethanga das dioceses imperiais, finalmen’e, rmaraast, ba hgeeje oriental, os chamados exarcades cenjo intluixo ites da emiente Antioquia, para a diocese fandria, para o Egito © as provine ram chainados patriareados, cenquant ficaram com @ nome de exarca- jos. No ocidente ppatriarcado da Igreja Roma era 0 nico oi de grande impor ois ag muti fancia para se conservar & las contendas que howve se Vépiscon: hieea § 23. 0 primado do bispo raniano 188. A te fencia de centralizar a Igreja na ioceses & provi universal. Esta de Cristo, Esta conse Mestre dado um pastor ¢0- via de Corpo Mist pelo fato de thes ter 0 divi mum para todo o rebanho, representar a unidade, senio 189, Aqui temos o pring Peds existir no $6 no tempo a jurisdigao, prom Jo 2 Sagrada issores. F prova-o com cefteza absoit- Pas ston a tradigio constante da lgreja, Os Santos Padres setae deacon em conceder a S. Pedro o primady jurisdigao. as 2a Blueato, eds, austen © quaiaades do cep { da te 2a, Blue jo, sustento ¢ eas Desde fundacao da Igreja ao Falta de Mikko ho, to Santo anoia como a quem escreve no Espirit 190. 8. Inacio de Antioquia stancia como 2. carta aos romanos, aquela Igreja acusada peran- 0 de justiti- an ail ios) ete ehamad 1 oa spo de. Alexa oon tam sonata fe segundo 0 conexo, sera dar ta expresso (cfr. Rom 13, 1). Abéreio, bispo de Hierépolis, no de 193, mana 1a, vestida de ouro (Kirch 155). 'S. [renew reconhece na Igreja romana uma “potentior Jos apdstolos $. Pedro € fodas as Igrejas idas (Adv. haer. 3, 3, 2) Também S, Cipriano fala, multas vezes, do primado romano; € 0 seu festemunho é tanto mais precios, quanto mais envolvido se achou em sérias controvérsias com aque- E' verdade que o grande bispo de Cartago di apbsiolos a mesma honra e 0 mesmo poder mo a S. Pedro, € ensina que os bispos dev. somente a Deus da administragao das stas via, em suas cartas chama a sede de Roma “Ecclesia principalis, (Ep. 53, 8; 5%, 14). Portanio, embora S. Cipriano Fosse um advagado da posi¢io monirquica do bispo de et como 0 fizeran tiniversal, A primazi fcomo um Fato consummado, ji “Geiselmann, Der petri Sar piseront I, 13) $8 ela estejam talidades do clero sustento © qe 24, Edueagio, eleigho, 3 , ‘ regadares do Evangelhio no pos erudigae. Os proprios apbstolos res. O8 carismias subs! ira em Pn daar, Com Je ts go td de preparé-los para 23 apostles at tame eats instead oF seins ym tratamento pessoal. Mais tarde, etm ae vd superores da atiém as. orders inferior pois ningués Insta inho dos Santos Padres é confitmado por 1a, desde 08 primeiros tem= i lem imediatan ia, tioquia, Ceaaréia € < volas catequeticas em 35 cidades, cxjo fim Mas €.0 bispo de Roma ainda nto tivesse todavia, sempre reclamava paca si aquele priniado, © o8 ot reconheciam. E as provas? Quando, pelo tim da primero sécuo, das na igreja. de Cor nano, S. Clemente ¢e nao 0 apéstolo 8. Jofo, que fia em #fes0), jo revela a sun 51. 50. 63). manda © re conscitacia de possuir a supremacia (Cos Ele pede, suplica aos culpados, mas tamb 100 f época: Desde a fundagho da Igreja ao tito de Milo teros e escreveu a Tito que fizesse 0 mesmo em Creta (Tit 1, 5). S. Clemente Romano atesta o (Cor. 44). Mais tarde, a eleigo do bispo fazia-se pela comuni- dade e pelos bispos da provincia. Segundo 55, 8; 59, 5; 67, 3-5) competia 4 com eleig2o, aos bispos da provincia, © consent ea se grapdo, Esta se fazia, a exemplo dos apéstolos e conforme 98 canones de Arles (314) & yesmo costume gbes. A ordenacio dos sacerlates @ disco mesmas normas. A sagragio do bispo d ‘rds bispos (Arles ¢, 20). 195. 0 sustento dos cl cipios do cristianismo, 45 pal rério € digno do seu alimento” (Mt 10, 10), ¢ de S. Pau- lo: “Nao sabeis que os que trabalham no santuar do que € do santuario, ¢ que os que serv parte no altar?” (1 Cor 9, 13), Por reciam donatives por acasiio docu dos apéstolos (c. 13) pede as pr tuliano fala de (Apol, 33). 2 2s primicias para a Igre ‘ibuigdes que se faz igo. S. Cipria- iérigos avarentos (De Japs, 6), € 0 do a pro- ceder contra os excessos de tal comércio, que, nao obstan- te, so no sécalo V, deixa de ser fonte de sustento para o lero, provavelmente em virtue de um decreto de Valenti- niiano If (452). 196. Ag qualidades morais © intelectuats, exigidas para a admissio dos clérigos, foram enumeradas, pela primeira jor $, Paulo (1 Tim 3, 2 ss; Tit J, 5 ss). Eram ex- 3s da ordenacdo os biganios, os nebfitos, os penitentes, inicos © 08 que se castraram a si mesmos, Para os Dispos exigia-se uma idade de cinquenta anos, para os pres- ros, uma idade de trinta anos (Didase. 2, 1) 197, 0 celibato no era obrigatério para os ectesids- | 1 « oposigha herétcn 101 15 25, Batismo, sin van easados no estado exes, PO- so ecto cy ei ee ‘ jaconos nao se Tay oe Jeu cist) (Mt 19, 12), come i ato, J Cor ma pst puna melhor povamente do casamento, € de entre eles eram eat ‘pate mos hn dona male 250 e desde o século IV, se foi tornando obrigatério. Pela pr : i decretada esta obrigagio no can. 33, do com vi eet (e 200), tando-se, em Seu fo de Nicéia de introduzir o ce ‘oi frustrado pela opo~ 11), Con- para os Dispos. iehengesch. Ab Hernenroether4 ‘CAPITULO CULTO, DISCIPLINA E VIDA RELIGIOSO-MORAL DA IGREJA 4g 25. Batismo, simboto batismal ¢ oposigdo herétiea “108 wwe levaram 0 eris- 108, a. Um dos fatores principals, « i smo fol a admirvel harmionia entre a € 8 das perseguigbes, 0 xem rites eram, M80 Tara8 ¥ezeS, oO martirig substituia, nestes 5 oy patismo (Tert, De bapt. 16). Fora estes cas08, mmo era, desde 0 prisieizo di "ja, conbigao nevesséria para entrar ie Devs, da tela, comets Mavens de Jesus. Cristo (ME 28 195 Jo 3,5) W021 paca: Desle 2 ta do ere so teh IS ape. ba e.g aii poi de eo Jun i povem: tars prec nm lenge pete ° sate to. O si zr : se dois anos, © quando necessario woe shaogo ees at (2) pring ws por Te Frio Co 50), 8 im Rona um cateckmenato pers Trad. apost. 40-45). pest Durante 0 entrar de 220, enconteamos imente organizada (Hip., que se preparavam para fe cscs de catecimens 0 pregacdo; os ectentes, i re ats, ae cog | ie dh re 0 @ & bengio ec en ‘engio do bisp; 0s compeen- 4 scar, Mas tan. bs en., Ady. haer. 2, 22. 4). Origenes tolca (Ep. ad Rott. 3. qualquer lugar, 5 25 Batinmo, sino atoms! ¢ oro NESS 10s to a mao, une obispo impunha ao nedti to (DB 2044) Era wa novo saci vag santa comuniiao € protongac ae gias, durante 08 quais 0 00H enidade terminava 20 ociden e de pois do batismo, fado-o com cristi. ‘A solenidade acabava vva-se pelo espavo wiinica Dr da Pascoela, da ‘(depo ca, Como 2 Sol sa-se-the, is). oe inagai. dos catecsitne- nena §. Trenelt ‘p mome de adios dose ‘yaiversalmen= tual data jolos eran Na sua f ‘séculos IV e V. 08 af omg, seus. ato mais. determinadament®, fexatamente delinead® 1 Roma nos foi mrdava essenciaimente © inte, A aU anterior. Marcia 203. a, Quando se aconitecia que convesti rheréticos, pediam 1 entdo o problema da sua vatidades causa de nodos de feoria, em muitas Te iano (255 © 2 fa doutrina. D: Tgeejas de Cartage jo contreeianent fa acalorada entre aS stv { (254-57), 5 de e da rnhio, a sua repeticae 104 1 paca: Deste a fundacdo da Ep. 74, 1; DB 45), Realmente, nao admi tereeiro sinodo de Cartago na comunhao da Igeeja roma © que equivalia a um andtema ao primaz da Africa, riano resis vitavel. Esttvlo nfo con Segui extirpar ja a0 Fait de Milio 0 legados dum 0 fe 2 mesma perseguigio, Estévio em 257, Cipriano em 258, © papa Xisto I (257-58) restabeleceu a ci ja de Cartago; mas nao conhecemos claran io de Alexandria de- fendeu a validade reges, salvando 0 ca- réter sacramental do batismo contra as eon tivistas de Cartago, b. Mais tarde, os donatistas negara hereges. O 'sinodo de Arles (314) ‘fo. Condenou 0 erro, fazendo, po sas categorias de hereges, 0 q fo Le © que igualmente er Bi Souten, Der Streit awischen Ketzertate Fis 1025, Radeaeh § 26, Eucaristia, agape ¢ disciplina do arcano 205. a. Ao depois do pri fomavam ainda parte no eulto do jam também as suas pro 1M 0 pao e tomavar as re- ide de coragio (At 2, 45) dois elementos desias reunides, a Eu- Agapes que, como a Ultima Ceia, se re ‘mencionados por passou a cele- § 26. Eucarstis, agape ¢ dlsciplina do arcano 105 0, ow talvez 1 de Trajano coi mencionadas nos Atos dos Apéstolos 20, 7-11), na Doutrina dos Apéstolos (c. 9), ua primeira apologia de S. Justino (cc. 65-67) e na Tradigéo Apostélica de 8. Hips As Constituigdes apostiicas, escrlas nos a Missa dos fitis segundo a liturgia clemen- ina (Kisch 679 ss) b. A Missa comogava TeituraDiblica, costume que da Igeeja. A leitura seguia a hos num ¢ a bénglo do bispo. Ai cateciimenos c. Em seguida, os fiis davam-se mituamente 0 ésculo da paz e ofereciam a0 bispo o pao e 0 vinho misturado agua, e 0 bispo consagrava pio e vi Pao e 0 vinho consageados entre os era levada também aos ausentes, doentes € pi nidade ica, debaixo das duas espécies. O pio con- sagrade, que se punha na mio dos com Ievado para casa e servir assim para comut costume de receber a ct Tertuliano (Ad uxorem jebrar a Eucaristia de manhi no principio do cristianismo, 0 enidade eucaristica ( 57, 3). A celebragto ci pelos sacerdotes ¢ 208. Os agapes que, a exemplo da Ultima Cela, prece- iam 4 Eucaristia, continuavam a realizar-se a tarde, quan- ra a celebrar-se 4. Eram convites A Didasca- 1s “eulogia”, 106 1 paca: Desde « 0 da Igreia a0 Ealito de Mildo Eram aco pregagies ede ct iados de oragi clin. 74 do's 209, Obedecendo & ordem de Jesus: “Nao deis aos cles inceis aos porcos as vossas péralas” davam segredo acerca dos misté- ciplina do areano, como a fe2, 0 teblogo reformado Di fe aos sactamentos do no © peixe, de preparar os cate: ° sua exist en ersten Das “Aben Munster 107 jia-se, em seguida, A excomunhio maior ou perpi culo Il, por via de regra, aos chi fou mortais of canonicos. Tais eam, segundo Tertuliano, a apostasia ou idolatria, o homicidio € 0 adultério. Em outro lugar, o ser recon Paulo que excl 2 Cor 2, 5 ss, readmitiu-o & comunidade. dos Apéstelos (10, 6; 14, 1), Sb J. 8, 1) ¢ 0 chamado Pastor de Her- ate que “a todos se eles se conver~ obispo”. O Pastor de Her cia, depois do batismo, se 8 suas proprias palavras ‘a existia 0 costume de re} mas (Man 9s qu terem & uni concedia podemos con fir a penitencia Depois do Pastor de fino, Dionisio de Corinto, Ireneu e Clemente de retenso rigorismo da igreja pode ser cia (C. 7), desenvalve as nas, $6 mais tarde, imas’ Igrejas, como, p. ex., na Espanta, da morte, certos pecadares nao eram acl ceucaristica ia dos historiadores 10841 época: Desde a fundagio da Igreja ao Edito de Milo pouico, ot a0 bispo Agripino de Cartago, como hoje ‘30 episcopado catdlico em geral, como it Ehrhard, O edito conee; a peniténcia, a reconciliagdo aos. inci opds-se a isto Hipélito, acusando © papa C: 8, 9, 12), Con s. Em Roma de axis Tapsos, que aposta- sbre 0 conilito em iano, © grande bispo teve de nfo precisavam de peni po. Cipriano respondeu nv de lapsos; mas pronuncfou-se franca penitencia conhecer mente a favor da (De laps. 35). Os Formaram aMé nm cismoa, elege antibispo na pessoa do presbi- tero Fortunato, Como, porém, 0 papa Cornélio confiemasse a sentenga de Cipriano, o cisma desaparcceu paulatinamente 214. a, Em Roma, o problema dos lapsos provorou conflito de proparg6es muito mais vastas, levando a_uma verdadcira Reresia, 0 chamado novacianismo. O que Cali {0 I concedera aos incomtinentes, concedeu-o Comélio 20s apistatas arcependidas. 0 presbitea Novaciano, tomando ares de rigorista, se the op6s e fer eleger-se ai ngado por um sinodo de 60 bispos Hermas. tiva. A discip as da Igreia ‘a de Cipriano e Con também Sa. Aw ncla roo ‘morte, conforme a gravidade do crime. Pi cipal importancia inka a confissao, © que se conclu do em- prego da palavra “exomolégesis” (= confissdo) para sigai- ficar toda a instituigao da peniténcia, Ela era ou secreta on pitblica, A contissto secreta & um uso da Ig iva ¢ instituicdo divina (DB 916), embora 1 's provar pela Sagrada Escritura. A ia-se, por via de regra, s6 dos pecados as de peniténcia e a absolvigao eram, se senipte pllbicas, Os pecados ve~ nem eram objeto prbpria- pre opinido da lgreja qu 0s, como obras de ca~ nniais eram per mente dito da podiam ser perdi ridade jejuns. dos, no orien= centimeram-se. qua istentes. n no atrio da igreja e, chorando, dos figis. Os audientes tinham 0 seu da igreja € com os catectimenos ‘egacio do bispo. Os genuflectentes fa bengio do bispo depois dos at pe a toda a liturgia, e a (ets. Cone, Ane, ec. 4 $8 ridas as obras da penl fem caso de necessidade tai b-0 tempo da penincia pola ser abrevado pela in fercessdo dos martires © confessores quie, as vezes, conce- diam aos pecadores um “libelo de pax", no qual reconhe- cemos 0s ios das indulgéncias, Tal Tibelo.precisava naturalmente da aprovagae do bispo (Tert, Ad mart. 15 Cypr., Ep. 15. 22. 23). 1101 época: Desde a fundaefo da Igreja ao Edito de Milo atione sacrament poe chengenth Aton ‘Watkins § 28. Os tempos santos e a discussio da Pascoa 218. No dizer de € mente de Alexandria e outros es- fos devia ser uma festa ia da vida e morte de Je- -mbrassem mais viva Cristo, a Igreja instituiu es anunciasse ides fa fo dia da sema- era designado pelo eritores cristios, §. Lucas (At 2 (14), 8. Inicio (Magn. 9, e Te fal recem dar uma ligo aos modernos saba semana e “feria lebrar (Feriari), todos os dias, 219, Como os judeus jel nna segunda e quinta feiras, assim 0 fa2i quarta e sexta feiras (Did. 8). Estes dias, dedicados pelos pagaos a Mercirio e a Venus, eram consagrados pelos cris- {ios a meméria da Paixto de pela oragio co- que durava até & hora nona. Entre os dos. “dies staiionis” ow orienie, um dia de ale- ‘as. Os dias porque 0 cristo devia co- no Antigo Testamento havia ndo somen- ‘mas também festas anuais, assim os , além do domingo, outras festas. Do ss € a diseussio da Piscos UT ‘Antigo Testamento passaram ao Novo as festas de Pascoa ‘e de Pentecostes, aquela para igao de segundo Tertl 3), a Pain ‘do. Senhor, es da vinda do festas eram, até a0 tempo de ‘ano litargieo. a festa da ‘Alex,, Strom, 1, 21), Celebra~ 0, e recordava a revelagao divina Reis Magos, no batismo € n0 indo-se, mais tarde, tam- bém 0 mistério do nasci Motivo da sua introduca0 foi, ao que parece, @ tentativa de suprimir uma festa po- pagaos de Alexandria celebravam nesse dia para comemoray 0 nascimento do deus Aion de uma vigem Core (Epiph., Haer. 51, 22). No entanto, mio ¢ bs histor 6 Al de seus martires, pela sol eus sepuleros. Esta solenidade consistia ristico © tadas Teotania (Cl ia 6 de Janeix ia adoragio ygre das hodas de Ci ia cera espécie de agapes. Tais festas sao ates jcarpo (c. 18), io de S. P pela relag ipo da veneragfio desde 08 dias consagrado a Uns jejuavam avarit © je= ‘quarenta Insensi- jum até horas a ise prolongando este i s iplo de Jesus ‘até ao por do sol. quadrages cir. § 62). J mao se jejuava mente na provincia te de Jesus uov) ¢ chama- dias depois cele- 1121 &poca: Desde a fundagto tundagdo de Igeja a0 Eko oe 15 20. A vida celigiso-moral § 20, A vida religioso-moral ‘204, Se exceluarmios 2 comunidade primitive de Jer salém, rao sabumos quase ada da vida nova das tpreias até nos. bravam a ressurreicdo (adc dh dc ‘os cist ‘seguia os costumes de seu pais. os crit fuliano, vivemos convosco neste Mm ‘9 aiastados do foro, dos banhos, dos talheres, (Apol. 42). Mas as suas mAximas re ais nfo eram as do sei futor da carta a Diogneto patria, mas fram wna patria fervestre & para eles ur exilio, Casam com tros homens...» ‘expoem seus fi Vi nas nao segundo os dese} bi fa sua verdadeira morada € 0 palavras do apéstolo: org, sot cus, também esperamos 0 Salvador Nosso Senhor esue Cristo” (Filip 3, 20), hes eram norma @ leh ‘205, Algumas particularidades da vida, cristal atadas por Tertuliano e Clemente de Alexandr mates de feras e gladiadores, nen non! santo inclusive, agueles o terminavam santo Incase, agus 0 ais trés horas da sex- (c. 5), vivem cada um nas a terra estranha. ..5 encot~ porém, toda patria todos 08 ou sempre a ha cristaos do ori “protopasq 40 da mai nbora nio se tratasse de 223. a. S. Policarpo de Esmiena procurou obter n 0 papa Aniceto (1: Mais acre foraouese a control atovEsia Ro po 1 (180-08). Este papa ordenou que. se. re nods para trata da que aranise dos nas Gallas, na Pale dos aa Galine, na Pafestin, ao Ponts, wa Onthoene, et. cis, promincaanse coma os qurtdecinans. So a sinody de Ries» preside, pelo metmpolts Polat, de eacomunto, que todos acltassem pita eu repteendeto, end nao eae, tis O coniio de. Nica ie fue en toda a ite -se 0 entel iangis brincos, pintar 08 (Clem. Alex., Paedag., 2, 8 1 fem). Nao eram, porém, proibidos to- € recomendava-se at recteagio con a palavea do apostolo: Se v wie 4 mocidade um exercicio honesto de gindstica (Paed. 3, 10) 226, Uma nota caracteristica dos pri fa pritica da caridade. Empregstvam 08 seus Dens em ae raisericbrdia, Sabemos o que S. Lucas diz, sobre @ vida seeintiva da comunidades primitiva de Jerusalém. Da mes faa forma descreve S, Justino a mudansa dos costumes Tert,, De oul “Boe oe companae 58 141 epoca: Desde a fundacéo da Igteja ao Edito de Mitio 14. 67). Era proibido exigir juros. O grande man- © primeiro lugar na pregacao de S. Paulo; 1 Cor 13 & um verdadeiro hino caridade. A mes- ma glorificagio da caridade encontramos na catequese da Doutrina dos Apéstolos (Did. 1, 2). As obras da cai eram organizadas, e a elas se dedicavam os did 10 208 pagdos, mais ow ‘menos com estas palavras, — porque nos amai camente, 20 passo que vs vos odiais; porque os a morrer uns pelos outros, e vos estais prontos para vos estrangulardes; porque a nossa fraternidade se estende até 3o dos bens, ao paso que estes ben lo que quebra todos os lagos de fi que temos todas as coisas em comum, excelo 86 as mulheres, © vos s6 a elas tendes em comum” (Apol 39), Em uma palavra, tao elevada se apresentava a moral is, que os proprios pagios mio. podiam deixar de admiré-los. O médico Galeno (} 200) deu-Ihes o mais bri- inte testemunho, exaltando o seu desprezo pela morte, a pureza dos seus costumes e a sua abstintncia (Cf. ‘Theoph, Ad Aut “upagies cotidianas dos cristios eram icas da piedade. Tertuliano escreve: todos 0s passos, a0 los © 08 sapatos, ao lavar ¢ comer... seja qi ‘ocupacao que temos, sempre fazemos o sinal da cruz na nos- Sa fronte” (De corona 3). Apreciavam também allamente @ oracdo privada, Rezavam de manha e a noite, & ho terceira, sexta e nona, e em diversas outras ocat te 0 dia, A Doutrina dos Apéstolos ordena, por dia, se recite 0 Pi so diversos tratados qi escreveram sobre a 228, De u triménio ea f § 29. A vida religioso-moral ns suas mulheres, como Cristo ama a sua Igreja (Ad Polye. 5). Haavia também matsimOnios mistos, devido as circunstancias ‘ordenagio dos da, © muitos rados pelo problema da peniten- alguns membros deram mostras a exagerada a elo menos ex} ) procedimento pela resistencia desesperada do ji © do paganismo, pela necessidade de estabelecer ps rigidos em oposigo a maximas corruptas e ater 0 excesso do mal por uma expécie bem. E esse mesmo procedimento, considerado na sa ver- dadeira aspiragio..., nd demonstra, com que zelo, con 1e puro e santo eI abragado 0s p 108, contudo, passar em queixas de mi loutores da Tgreja, dirigidas contra os ‘que abragavam 0 cristianismo com vistas mundanas. Cum pre no esquecer os que nas perseguigGes renegavam a Cris- to... lembrar os que tornai ne plo da peni tarem suas relagdes com o mundo, imagiagvam samente poderem, de repente, gozar da contemplacao ¢ da unio com Deus, recebendo o batismo na hora da morte, sem estarem para isto preparados com a pratica no in- terrompida da verdadeira virlude. Em todos 08 tempos cres- cceram plantas parasitas entre as floridas espigas da gran de seara crista” (Alzog 1, 266-67). 1161 tpoca: Desde a Fundagéo da Igreja a0 Edito de Mido Levreton La vie chet son Sehiing, feralur,Frelburg’ 1908." Marines Cascelome ehvetenpendeat dep trois premietssitles, Paris 101d = inicio aquela instituiea que, no séeulo IV, veio a ser um dos ‘atores mais importantes da vida eristd e que até hoje roduziu os mais preciosos frutos espiti As suas origens remontam até 4 idade escreve que os cristios vendiam os seus bet tre si os produtos segundo as necessidades de cada vam no templo em comum didriamente ¢ pa pelas casas, lowvando a Deus € 5 © povo (At 2, 49-47) Esta vida generosa dos. primeiros cristios atrai todos os tempos, grande mimero de almas, de homens e mulheres, nao fracos © cansados da vida, mas princi ‘te 08 espiritos mais fortes © os mais robustos caracteres, a abracarem a vida ascética, e inspirou os fundadores das vA- las ordens religiosas a reproduzir o ideal, se bem de di- 232, Os primeiros representantes desta vida de perfei- Ho foram os chamados ascetas, virgens © c ambos 0s. Sex mundo, no separa designay homens continentes geralmente eram chamados 233, a. Pouca se sabe dos ascetas pi ro século, © papa Clemente I fez ul so a eles (Cor. 38, 2). A Doutrina dos Apdstol ascelas que se dedicat si 11-12). Os apr nicio Félix e Tert veneragio da contin b. No seu tratado De habit virginum, 8. Cipriano es- reve que, na Igreja de Cartago, havia virgens consagradas a Deus, que confismiavam a sua virgindade com uma espé- ie de voto. Parece que elas formavam uma associagao ou, jos do. monacato uT § 29, Prin wwam reuniges particulares. No século 1, : n todas as Igre- (ec. 13-14), © 9 sinodo , porém, aie, ate uo neo ae organza pefetamen oe Bk ie send realizes de ae ees Means aos cates relate ca rE are Se expor 20 perio 8 aS. ate ee elo do hiperctira ah 10, Sauna da ana seer sos 8 sade doe iv Cara aca cum monges, devia 100888 ica. O bereo favored x0 de 4 235, O primeiro anacoreta S. Panto de Tebas (230-3472). De podemos veriticar com certeza histo 8. Jerénimo 1 vyerdadetra "236, Como patriarca dos monges € co1 tao do Egito (251-356). A sua vida nos fol des 5. Atandsio (PL 26, 825 ss), que o conesed pessoalnen te, Herdeiro de grandes riquezas, renanciow a todos os bens errestres e retiroi-se para uma soliddo, Tendo passad ierptos, deelosas Ihe oe tan em saa viata "aaa 1m imi destes nileos fol Pept AF eer Byracnoy de er a0, conta jon Fat foros eent9 Po a7, Desta forma, a vida so » ser commidade anacortiea. 8 com Sjgar'a sua mica rege ela 2% ci Hoda a Ja dos monges dividia-se em estudo da Sagrade N18 I época: Desde w fundacdo da tgreju ao Eelto de Miléo Escritira, meditagio ¢ trabalho mai anual. Q individualism é os. Abria a porta a ias © abusos que, se nao chegaram a destruir a florescente institus davia, ao deserédito, devido a falta de a que a regulasse. Remedi aS, Paci CAPITULO 1. LITERATURA E CIENCIAS ECLESIASTICAS. HERESIAS E CISMAS § 30. Deseavolvimento da literatura eclesidstica nos trés Primeiros séculos icas. E por que Jesus nio dissera aos apéstolos: Es. do primeico século e prin io do. segundo, idos 08 primeitos 1 da literatura eri 7a, escri- tos de ocasido, devidos aos cuidados dos pastores as nee cessidades do tempo. Quase todos tém forma epistolar. Seus auttores so chamados, desde 0 séetlo XVII, Padres apos. tolicos, 239, “Padres” chamam-se, nos. primeiros Dispos, como testemunhas da’ tradigdo eclesiastica (ctr. 1 Cor 4, 14-15). No mattiio de 8. Poticarpo lemos, como clamavam mestre da Asia, 0 Pai dos cristios” (12, 2). Nas sessées dos concilios ‘do Século IV © nas controvérsias teoldgicas fala-se, intimeras los, $6 os {§ 30, Desenvolvimento da Weratura ecleststicn Se Wado baestsica S. Agos motive des ceases da eee om santa spores Saas protos : sie 7. Os escores teoigcos da anigulade ert. ge it eonfesaram a 6 dlgray mas aoe st am por foe aguas os so chaos, dade 8. Je he isu) eer tb ates dg gb gran noma ftoidade 8 Aes fatale Greg Hag ean conse wes dp ovlente pare tev, deste 0 tulo também a S. Jerdnimo por idade. Desde entio, antos Padres” os escritores ecle- a outros, Suas oxa, santidade, ert ragdo da lgreja, tores ecle c os Padres apostoticos, assim chamados por te- seguem, de tudo S, Paulo. Alguns que mereceram ser adi como as Sagradas Esc: divino, 12. Pelo ano de 125, comecou a desenvolver-se uma ca, a apologia. Os seus nova categoria de lieratura eclesistica, a aploga, Os s autores, os apologetas, visavam a defesa do gistianismo contra os ataques do paganismo e do judaismo."A este es- cope primério juntou-se logo outro, a defesa da Igreja con- ira a heresia-e o cisma. O resultado foi a literatura a herética ou polémica, uuma_prépria vada principalmente nas escolas teo- e Antioquia. Embora nfo tivesse ain- encia da f crista, ygicas de Alexand 1201 epoca: Desde a fundagto da Igreje 20 Eto de Mitto da ten nes prtalees, conto a terta parses le ee por im imei rear ces Ca ites mah ojo je ncpal en expan e seer a doutrina crist4, " Not din prs stubs, empresa yen B plo Sn do seta, gue spe nen tina eatraelesstin, Mist ainds ne sce pe Grunarie i ee teretuns 5 vole Freiburg Freiburg 1010." Haraack “Geeks bis Eusebius Sioa 7 listire 23 vol, Paris 1720-635, —Tixeront, Précis de Patrologie, 4 vol, Paris bo § 31. Os Padres apostélicos 244, Foi J. B. Collier o primeiro @ pubicar wna sé tie de escrito intladn Patres cet epost! sive Senta um Patrums qui temporbus apostle fuera Barto, Clements Romani, Hernce, Tanatt, Patyarp oper eat 4 neta." (Pars 1072). Nats taney mbuse costeng enamerar entre os Padres’ apostlicostanbem Pépiog te Hierépolis e 0 autor desconhecido de uma carta di aida io. Finatpente, arenenta-e ainda 0 aor de bout trina dos Apéstolos,descoerta pelos fins do scelo XIX 249. O mais antigo de tados os monumeston conser tos da "2, depois da Sagrada, Ese num codice de crito em 1056, Em 1 Bryennios editor lie transportado para a biblioteca patriarcal de Jerusalém, A preciosa obra (cc. 1-6) 6 u orte. O camino da vida consiste na 40s mandamentos, sobretudo do amor de Deus © do proximo, e na abstinéncia da magia e idolatria. O cas minho da morte € 0 pecado. A segunda parte (ce. 7-10) € uma espécie de ritual e comtém prescrigdes litirgicas so- § 51. Os Padres apostaices bre o batismo, 0 jejum, a oragdo e, especialmente, a Euca- ristia, com trés oragdes magnitica antigas oragbes da santa Missa. A terceira parte (cc. 11-15) tem cariter isciplinar e da instrusBes sobre © modo de receber os apos- tolos e profetas e, em geral, os peregrinos, sob icagio do domingo e sobre as q f¢ a eleigdo dos bispos © digconos. O 1m epilogo sobre a segunda vinda do Senor, que se julga iminente 246, No tocante ao tempo ¢ ao lugar da origem desta obra tem maior probabilidade a opinio de Bardenhewer, que julga ter sido escrita entre os anos 80 © 100. O estilo antigo e simples acusa, de fato, um te fino e Inicio & @ Clemente Romano. O procurar-se provavelmente na Siria ou na Palestina. A Doutrina era, na antiguidade, altamente apreciada, a conhecem. Clemente de Alexandria conta-a entre” 08 vios da Sagrada Eseritura (Strom. 1, 20); mas Eustbio (HE 3, 25) a enumera entee os apéerifos to Novo Tes- famento, Num cédiee do séeulo XI conservou-se uma tra- ros seis capitulo, exceto os versos 0 esta que 1 de a idade-média, a obra ficou sendo descoberto por Tischendorf, no le S. Catarina (1859),

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