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LARISSA YANA GARCIA

TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL:


O LÚDICO COMO ESTRATÉGIA DE INTERAÇÃO E
INTERVENÇÃO PSICOTERAPÊUTICA

Sorocaba
2021
LARISSA YANA GARCIA

TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL:


O LÚDICO COMO ESTRATÉGIA DE INTERAÇÃO E
INTERVENÇÃO PSICOTERAPÊUTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Instituição Anhanguera de Sorocaba, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Psicologia.

Orientadora: Amanda Mattos

Sorocaba
2021
LARISSA YANA GARCIA

TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL:

O LÚDICO COMO ESTRATÉGIA DE INTERAÇÃO E


INTERVENÇÃO PSICOTERAPÊUTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Instituição Anhanguera de Sorocaba, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Psicologia.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Sorocaba, de de 2021
Dedico este trabalho primeiramente a
Deus pelo discernimento e por ter me
guiado e me acompanhado em todos os
momentos, a Juary, minha mãe Maria,
minha irmã Josiane e meu cunhado Daniel
que me deram suporte necessário nos
momentos em que mais precisei. Ao meu
filho Frederico e ao meu pai João que
infelizmente não está mais entre nós, que
me deram toda força, coragem e apoio
para eu chegar até aqui.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os meus professores da graduação que foram essenciais


para o conhecimento que hoje possuo e que foi refletido neste trabalho e a Mariane
que me acompanhou e lutou ao meu lado em toda a nossa trajetória acadêmica.
Agradeço também a minha tutora Amanda Mattos que me acompanhou, me auxiliou
e me orientou em todos os processos estruturais do trabalho, do início ao fim,
contribuindo para a qualidade desta monografia.
Na vida, não há certo; não há errado. Há o possível.
O desenvolvimento pessoal amplia o possível.
Hélio J. Guilhardi
GARCIA, Larissa Yana. Terapia Analítico-Comportamental Infantil: O Lúdico como
Estratégia de Interação e Intervenção Psicoterapêutica. 2021. 23 folhas. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Faculdade Anhanguera, Sorocaba,
2021.

RESUMO

Os recursos lúdicos são estratégias que promovem a vinculação e interação e que


são ferramentas utilizadas na clínica infantil na qual possibilitam a expressão,
comunicação, a construção de um comportamento favorável, o desenvolvimento da
criatividade, socialização, do conhecimento e até na identificação comportamentos
aversivos a partir das brincadeiras. O estudo compreendeu a função do lúdico como
um instrumento fundamental de apoio profissional na saúde psicológica infantil nos
processos de vinculação, análise e na modelagem de repertórios, apresentando os
benefícios que essa ferramenta pode proporcionar positivamente na vida do indivíduo.
O modelo de pesquisa foi fundamentado em uma revisão literária qualitativa e
descritiva seguindo a linha teórica Analítico-Comportamental e teve como objetivo
elucidar o problema de pesquisa apresentado usando o recurso lúdico e a análise
funcional na interação e na investigação do caso, apresentando os benefícios que os
recursos lúdicos oferecem para a promoção da saúde e da aprendizagem infantil.

Palavras-chave: Analítico-Comportamental. recursos lúdicos. investigação. análise


funcional. estratégias.
GARCIA, Larissa Yana. Child Analytical Behavior Therapy: Play as a Strategy for
Interaction and Psychotherapeutic Intervention. 2021. 23 folhas. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Faculdade Anhanguera, Sorocaba,
2021.

ABSTRACT

Play resources are strategies that promote bonding and interaction and are tools used
in children's clinics in which they enable expression, communication, the construction
of favorable behavior, the development of creativity, socialization, knowledge and even
the identification of aversive behaviors to from the games. The study understood the
role of play as a fundamental tool for professional support in child psychological health
in the processes of attachment, analysis and modeling of repertoires, presenting the
benefits that this tool can provide positively in the individual's life. The research model
was based on a qualitative and descriptive literary review following the Analytical-
Behavioral theoretical line and aimed to elucidate the research problem presented
using the playful resources and functional analysis in the interaction and investigation
of the case, presenting the benefits that recreational resources offer to promote health
and childhood learning.

Keywords: Analytical-Behavioral. playful resources. investigation. functional


analysis. strategies.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC Análise do Comportamento
TACI Terapia Analítico-Comportamental Infantil
TCI Terapia Comportamental Infantil
FAP Psicoterapia Analítico-Funcional
CFP Conselho Federal de Psicologia
CRP Conselho Regional de Psicologia
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
2. A PSICOLOGIA E O BEHAVIORISMO RADICAL ............................................ 16
3. PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL ...................... 19
3.1 PARTICIPAÇÃO FAMILIAR ..................................................................................................... 19
4. RECURSOS LÚDICOS ...................................................................................... 22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 25
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 27
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1. INTRODUÇÃO

Esta monografia trata da importância dos recursos lúdicos para a constituição


do vínculo e a relação do terapeuta com a criança e o quanto ela é uma ferramenta
fundamental e importante para a investigação e intervenção no processo
psicoterapêutico e o quanto os pais e a relação que a criança tem com o seu meio
estão ligados também nesses recursos lúdicos para favorecer na evolução dos
comportamentos da criança trabalhados em terapia.
As interações são fundamentais no processo de desenvolvimento da criança e
o que é compreendido por lúdico numa visão global, abrange uma complexidade de
ferramentas direcionadas a esse público. São diversas possibilidades que podem
modelar os comportamentos da criança. Por isso que é a partir do lúdico que a criança
estará constituindo uma relação importante e interacional com o psicoterapeuta sendo
já este, o brincar, como um fator terapêutico para a criança.
Quando uma criança apresenta dificuldades, instabilidades emocionais e
comportamentais em sua fase, o psicólogo irá investigar além da queixa trazida pelos
pais, todo um contexto abrangente que permeia essa criança, sendo essencial que a
mesma traga em clínica a partir da sua forma de brincar o que está sentindo, afinal é
pelo brincar que a criança transmite verdadeiramente todo o seu mundo e a sua visão
sobre a sua vida.
O termo lúdico em psicologia clínica, além de trabalhar os processos
instrumentais pedagógicos nos contextos de aprendizagem e habilidades, se
direciona substancialmente na identificação e na intervenção das emoções da criança,
proporcionando mudanças em seu repertório e consequentemente na qualidade de
vida no que concerne ao seu bem-estar psicológico.
Quando se entende por “lúdico” parece soar como “brinquedo” ou “brincadeira”,
mas na psicoterapia essa ferramenta vai além de ser um brinquedo ou brincadeira
pronta, ele pode ser criado, inventado na própria psicoterapia pelo profissional e pelo
cliente ou escolhido por qualquer outro objeto que se assemelhe a algo sobre a história
de vida da criança e que a traz na brincadeira. Isso significa que a fantasia,
independente de qual material ou recurso está sendo utilizado, é o objetivo da criança
trazer os seus sofrimentos acerca da sua vida e vivências.
14

Por isso, o problema de pesquisa investigado neste trabalho foi: qual a função
do “brincar” em psicoterapia? A problemática consiste na apresentação dos recursos
lúdicos que são conhecidos ou não pelas crianças, a forma de como são aplicados na
prática durante os processos de acolhimento, vinculação, análise e na modelagem de
repertórios e os benefícios que essa ferramenta pode proporcionar positivamente na
vida do indivíduo.
Os objetivos dessa revisão bibliográfica compreendem a função do brincar
como um instrumento de apoio profissional na saúde psicológica infantil pela ótica da
abordagem comportamental, identificando os recursos lúdicos que estão envolvidos
no processo psicoterapêutico e explicitando quais são as suas formas de intervenção
no contexto clínico, onde foram apresentados os benefícios que os recursos lúdicos
oferecem para a promoção da saúde e da aprendizagem infantil.
A sustentação teórica que norteou os estudos foi a analítico-comportamental.
A Análise do Comportamento (AC) também conhecida como Behaviorismo Radical,
foi fundada pelo psicólogo Skinner (1904-1990) e surgiu a partir de todo o seu
aprofundamento literário em outros grandes autores e cientistas da análise do
comportamento. Seu instrumento de trabalho na clínica é a Psicoterapia Analítico-
Funcional (FAP)
Sua base teórica consiste na interação entre organismo e ambiente tendo o ser
humano como importante fator dessa relação. O ambiente afeta o indivíduo e este é
afetado pelo indivíduo e os eventos que antecedem ou produzem consequências a
partir do comportamento (contingência de três termos ou contingência tríplice).
A Terapia Analítico-Comportamental Infantil (TACI) ou Terapia
Comportamental Infantil (TCI) é uma área de extensão da análise do comportamento
e ela se fundamenta na análise do comportamento e no behaviorismo radical que
trabalha com o ensino de comportamentos e avaliação de repertórios, a partir do
modelo de Psicoterapia Analítico Funcional (FAP).
A FAP analisa o sujeito dentro da sua ferramenta de trabalho chamada tríplice
contingência (antecedentes – respostas – consequências) considerando e,
analisando, portanto, o sujeito em sua totalidade dentro dos três níveis de seleção,
sendo essenciais para analisar o sujeito como um todo em seu contexto biológico,
subjetivo e na sua cultura a partir do ambiente que o cerca, seja este modificado ou
não por ele.
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Baseando-se na prática clínica e sobretudo teoricamente, no decorrer desta


monografia, foi apresentado uma revisão bibliográfica que, através da análise
funcional, trouxe a estratégia lúdica como ferramenta importante no processo
relacional. A partir de profundas pesquisas literárias, concluiu-se apresentar por meio
desse trabalho, diversas comprovações científicas da fundamentalidade do lúdico no
contexto psicoterapêutico clínico.
16

2. A PSICOLOGIA E O BEHAVIORISMO RADICAL

Há muito tempo que a psicologia se aprofundou dentro dos seus estudos no


modelo de causalidade que, para Matos (2001), baseia-se na figura da existência da
mente humana, mentalismo. Então, o acesso às imagens ou ideias só seria possível
através da introspecção a partir de algum comportamento gestual, verbal ou acional
do indivíduo. Com os novos estudos, do sistema monista, onde o corpo e mente era
um só e passou para o sistema dualista, corpo e mente foram separados, e as
explicações para esse novo sistema, não era o comportamento em si, pois o mesmo
ainda era visto como secundário às ações do indivíduo acerca da sua mente. Um
exemplo didático é sobre os comportamentos de uma pessoa com extrema
superioridade ou agressividade que são explicados pela sua personalidade, narcisista
ou agressiva.
O comportamento já era comprovado desde a sua história evolutiva pelo
cientista Charles Darwin (1809-1882) com a sua proposta do mecanismo de seleção
natural. Para Baum (2006, p.76), Darwin enfatizava que o ambiente e a herança
genética modificam o indivíduo e “a seleção ocorre porque os indivíduos interagem
com o seu ambiente”. Anos mais tarde, no início do século XX, um fisiologista e médico
russo chamado Ivan Pavlov (1849-1936) criou a “teoria dos reflexos condicionados” a
partir da sua investigação do trato digestivo dos cães, dirigindo-se sua atenção ao
comportamento de salivação dos animais a partir do alimento apresentado. E a partir
do som que foi emparelhado com o alimento, ele pôde concluir que existiu um
condicionamento (comportamento aprendido) a partir do reflexo inato, ou seja, de um
comportamento que não foi aprendido (salivação).
Com base nas teorias de Pavlov, o psicólogo John Broadus Watson (1878-
1958) em 1913, deu à luz ao Behaviorismo metodológico, opondo-se ao mentalismo
com uma ciência mais concreta e colocando o objeto central do estudo o
comportamento Humano. Ele publicou o seu primeiro artigo sobre o “Manifesto
Behaviorista”, onde um dos seus principais focos era o ambiente. Sua premissa básica
segundo Baum (2006, p.25), enfatizava na possibilidade em criar uma ciência natural
do comportamento articulada na psicologia. “Para Watson era claro que o caminho
era fazer da psicologia uma ciência geral do comportamento, que compreendesse
todas as espécies (...) e estudaria o comportamento objetivamente observável”.
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(BAUM, 2006, p.24). Watson então se baseia no comportamento reflexo e no realismo


(o ambiente que constituirá o mundo interno do indivíduo e como esse universo
objetivo funciona). Baum (2006) então se posiciona sustentando que o realismo
carrega uma visão dualista das pessoas, sendo incompatível com a linha teórica
comportamental:

Se você afirma que o mundo exterior é real, isso levanta a questão “Se eu
estou separado do mundo real, então onde estou? A resposta, de acordo com
a psicologia popular, é que você abriga um mundo interior, privado, que você
experimenta sensações, pensamentos e sentimentos. Somente seu corpo
externo pertence ao mundo exterior. (BAUM, 2006, p.43).

Ainda em meados do século XX, em 1945, o psicólogo Burrhus Frederic


Skinner (1904-1990) apesar de reconhecer e se apoiar nos estudos de Watson,
também levantou algumas críticas acerca da sua teoria e publicou seu primeiro livro
“Science and Human Behavior” iniciando uma nova corrente filosófica
comportamentalista chamada de Behaviorismo Radical. Ao contrário de Pavlov que
olhava o comportamento como involuntário, Skinner aprofundou seus estudos no
comportamento operante, ou seja, no comportamento voluntário. “Organismos não
vivem no vácuo. Não é possível ocorrer qualquer ação do organismo sem alguma
relação com o ambiente, externo ou interno ao organismo”. (TODOROV, 2012, p. 34).
Para Skinner, portanto, o ser humano é produto e produtor de suas ações
(comportamentos) e das consequências dessas interações.
Ao contrário da corrente filosófica de Watson, Skinner olha o sujeito como um
todo considerando seus pensamentos, sentimentos e emoções em seus três níveis
de seleção por consequências:

Filogenético, dado que o indivíduo nasce com uma predisposição a responder


de determinada maneira, a qual foi herdada através de seleção de genes;
ontogenético, dado que, a partir de sua concepção, o indivíduo naturalmente
age (emite respostas) de forma variável (variabilidade comportamental
produzindo mudanças no ambiente, sendo essas (mudanças no ambiente)
selecionadoras de repertório (tornarão mais prováveis uma parcela destas
respostas); e cultural, dado que o sujeito é sensível, também, ao ambiente
social que integra, sendo este (ambiente social) selecionador de padrões
comportamentais típicos daquele grupo. (BOAS; BANACO; BORGES, 2012,
p.97).
18

Ainda para os autores, esses três níveis de seleção são imprescindíveis para
o analista do comportamento se nortear em sua prática. A partir do modelo de seleção
por consequências, o ser humano é visto como um ser multideterminado e histórico.
Sendo assim, o analista do comportamento identifica e trabalha a subjetividade
do indivíduo, seja no seu autoconhecimento, em sua auto-observação e em outras
questões. “Ao olharmos para a história da Análise do Comportamento ao longo dos
anos, podemos observar que desde então houve muitos avanços e mudanças no
processo psicoterapêutico”. (REGRA, 2000 apud SILVA, M., 2016, p. 2). Portanto, o
grande salto que a análise do comportamento trouxe, foi evoluir dos experimentos
com os animais e pesquisas feitas com humanos, para atuação do psicólogo
comportamental nas áreas humanas como nas instituições ou em clínicas particulares
e estar em constante evolução dentro da psicoterapia.
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3. PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL

A Terapia Analítico-Comportamental Infantil (TACI) ou Terapia


Comportamental Infantil (TCI) se consolidou como modelo psicoterápico segundo
Silva, M. (2016, p. 2) em 1960: “a partir de então, a criança passou a participar da
psicoterapia como colaboradora para o seu processo de mudança”. Essa terapia se
fundamenta na análise do comportamento e no behaviorismo radical que trabalha com
o ensino de comportamentos e avaliação de repertórios, a partir do modelo de
Psicoterapia Analítico Funcional (FAP), no qual o seu propósito é modificar os
comportamentos-problema que são apresentados pelo cliente, neste caso, a criança.
(DEL PRETTE; SILVARES; MEYER, 2005). A modificação do comportamento ou
modelagem, segundo Leonardi e Borges (2012, p. 167), “é uma ferramenta bastante
útil para a prática clínica, na medida em que pode ocasionar dois tipos de mudança
comportamental: a aquisição de novas respostas e o aprimoramento de um repertório
preexistente” e concluem que é uma forma eficiente de obter novas respostas
modificando comportamentos previamente existentes no repertório da pessoa.

3.1 PARTICIPAÇÃO FAMILIAR

A participação e a colaboração da família e de todos que estão próximos à


criança também é fundamental, pois além de ser a fonte primária de informações
sobre a criança que será de cunho investigativo para o profissional, o psicoterapeuta
também conduzirá o bem-estar da criança trabalhando algumas orientações com os
pais que são o alicerce para essas mudanças. Um dos dados retirados da pesquisa
de Brito (2016), mostra o resultado da participação familiar no processo
psicoterapêutico. O gráfico revela a quantidade de pais exponencialmente satisfeitos
com o resultado do comportamento dos filhos após as orientações realizadas em
conjunto com o psicólogo. Vê-se, portanto, a importância do profissional no processo
terapêutico com a criança e o quanto a família, é um divisor de águas para a
contribuição do processo do bem-estar da mesma. Para Moura e Venturelli (2004 apud
SILVA, M., 2016, p. 9), a TACI tem um comprometimento importante ao atender uma
criança, propondo a participação e o suporte dos pais e familiares durante o processo,
pois é com estes que o terapeuta tem uma compreensão e um fornecimento maior de
20

informações acerca dos comportamentos apresentados pela criança. Marinotti (2012)


complementa que “o atendimento clínico a crianças sempre incluiu intervenção direta
junto à família e/ou junto a outros cuidadores ligados à criança, uma vez que parte
fundamental do ambiente em que está se encontra inserida é a própria família”. E Del
Prette (2006, p. 7), conclui que “a participação dos pais continuou a ser importante em
outros procedimentos de avaliação utilizados, como a aplicação de testes e o uso de
registros e, sem dúvida, tal participação é muito importante para a análise inicial do
problema da criança”. É o ambiente familiar na qual a criança vive grande parte do
seu tempo e da vida nos processos de sua aprendizagem.
Além do trabalho dos familiares em conjunto com o psicólogo ser imprescindível
para a investigação e os mesmos sendo agentes de mudanças, a relação entre a
criança e o terapeuta também é fundamental. Segundo Silva, M. (2016), a relação
terapêutica é outra ferramenta que está ganhando destaque em especial. Para
trabalhar os comportamentos da criança é importante, e, acima de tudo, trabalhar e
sempre estar fortalecendo a relação com a mesma a partir do lúdico, sendo uma ponte
facilitadora do processo. Consolidando esse vínculo entre o profissional e a criança, e
existindo uma relação de confiabilidade e o sigilo também estruturado de forma lúdica,
a criança consegue transmitir o que está sentindo, refletindo positivamente no
processo terapêutico. “Na literatura analítico-comportamental podemos encontrar
diversos estudos que apresentam a importância da relação terapêutica como
elemento chave para um bom desenvolvimento no processo psicoterapêutico”.
(BAPSTISTUSSI, 2000; DELITTI, 2005; GADELHA; MENEZES, 2004; GOSCH;
VANDENBERGHE, 2004; MEYER, 2001; MEYER; VERMES, 2001; VELASCO;
CIRINO, 2002 apud SILVA, M., 2016, p. 4). Wielenska (2012, p. 160), complementa
que “enquanto o clínico visa tornar significativa sua relação com o cliente, ele também
se dedica à coleta de dados, de forma a compreender as variáveis que atuam sobre
o comportamento do cliente”. Os autores Silva, Magalhães; Magalhães (2019, p.1),
concluem esse aspecto enfatizando que “a relação terapêutica é considerada como
fator relevante para o êxito no processo psicoterapêutico, possui papel importante
para adesão do cliente ao tratamento e assim promover a mudança de
comportamento”, com a participação da criança na identificação dos seus problemas
aparentes e de outras respostas aversivas e prejudiciais que também podem estar
encobertas.
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4. RECURSOS LÚDICOS

Os recursos lúdicos são instrumentos de interação utilizados em clínica que


possibilitam a expressão, comunicação ampliando os repertórios verbais ou não
verbais da criança e fortificando-os, na construção de um comportamento favorável,
no desenvolvimento da criatividade, socialização, do conhecimento e até na
identificação de comportamentos aversivos a partir das brincadeiras. Del Prette e
Meyer (2012) trazem que o brincar em psicoterapia é definido como um agrupamento
de procedimentos importantes onde as atividades lúdicas são empregadas como
ferramentas mediadoras do processo terapêutico. De Rose e Gil (2003)
complementam que é importante a criança ter um repertório primário para estar em
uma brincadeira, pois contribui significativamente nos resultados em psicoterapia. Del
Prette e Meyer (2012, p.243) ressaltam que o brincar corrobora grandemente nesta
relação entre o terapeuta e a criança, pois se mantém envolvida na atividade e
consequentemente envolvida também na interação com o psicólogo.
Para Guerrelhas, Bueno e Silvares (2000, p.158), a criança não desenvolveu
um repertório para usufruir de uma terapia puramente verbal, ou seja, é importante
articular a verbalização com o lúdico, pois ambos são fundamentais durante o
processo e o lúdico é uma ferramenta potencializadora para essa comunicação da
criança. As autoras complementam que “o atendimento psicológico infantil
independente da linha teórica que o orienta, parece quase sempre incluir o brincar
como procedimento necessário, ferramenta de intervenção valiosa ou instrumento de
comunicação indispensável”. (GUERRELHAS; BUENO; SILVARES, 2000, p.159).
Portanto, o profissional que trabalha com esse público, exige do mesmo, segundo
Silva, M. (2016, p. 37), possuir habilidades como a criatividade, paciência, empatia,
experiência e um repertório teórico analítico-comportamental sólido de forma a
construir e consolidar um ambiente e uma boa relação terapêutica.
O brincar é muito abrangente, do mesmo modo que os recursos lúdicos podem
ser desenvolvidos com diversos instrumentos e que podem ser manejados no
processo terapêutico. De acordo com as autoras Gadelha e Menezes (2004), no
processo de intervenção, os recursos lúdicos podem ser os que a criança já apresenta
alguma familiaridade ou conhecimento bem como ser representados e analisados no
processo interventivo por outros estímulos a partir da imaginação da criança ou outros
23

recursos lúdicos como folhas, madeira, etc. Del Prette e Meyer (2012, p. 239)
complementam que o “brincar, por meio de jogos ou brincadeiras, estruturados ou
não, é a atividade mais comum da criança e é crucial para o seu desenvolvimento,
além de ser uma forma de comunicação”. Essa interação verbal entre a fantasia e o
brincar é fundamental para fortalecer suas habilidades sociais, expressar seus
sentimentos e emoções e até facilitar a identificação de comportamentos mais
delicados como a violência física e psicológica.
As estratégias lúdicas são componentes reforçadores pois, além de trazer uma
boa relação com a terapeuta, os recursos lúdicos auxiliam na investigação e na
identificação dos comportamentos. Para Silva T. (2016), o objetivo dos jogos é
desenvolver diferentes repertórios comportamentais da criança e possibilitar o
terapeuta identificar comportamentos cotidianos da mesma.
Um dos recursos que o jogo oferece, segundo Conte e Regra (2000), é
constatar como se dão as interações entre a criança e as pessoas que estiverem
próximas a esta criança. Ainda para os autores, o jogo pode auxiliar de diversas
formas no processo terapêutico, um deles na identificação de comportamentos
encobertos. Para Silva (2016) “com as estratégias lúdicas (jogos, brinquedos, filmes,
músicas, etc.) é possível identificar e trabalhar com as demandas das crianças e
adolescentes de forma não diretiva, permitindo que a criança traga para as sessões
suas dificuldade e comportamentos que precisam ser modificados". (SILVA, 2016,
p.36).
Os jogos, portanto, se apresentam como uma estratégia de atuação que
envolvem contingências de reforço planejadas, com regras previamente estabelecidas
e também se mostra como um facilitador para o desenvolvimento de diversos
repertórios comportamentais, além de ser um recurso lúdico que facilita o acesso aos
sentimentos e comportamentos privados das crianças. (SILVA T., 2016, p. 4).
Os tipos de ferramentas lúdicas que o profissional vai utilizar, dependerá da
demanda que chegar até ele. Vermes (2012) explicita a importância da escolha do
instrumento lúdico no qual é fundamental se atentar, pois cada caso é um, cada
criança é uma e que traz consigo uma bagagem singular trazendo em seu repertório
a sua história de vida, o seu meio sociocultural e sua subjetividade carregadas com
emoções, sentimentos e visões de mundo. Cada instrumento lúdico vai trabalhar a
queixa ou demanda apresentada da criança. Gadelha e Menezes (2004, p.62),
24

reforçam que os recursos lúdicos não somente auxiliam na estruturação do vínculo e


na investigação do terapeuta, como também identificam, treinam, trabalham e
desenvolvem habilidades, concentração e ajudam também no relaxamento.
Para se trabalhar o repertório infantil, Vermes (2012) trouxe como exemplo de
adaptação, uma criança que traz em sua demanda uma dificuldade social de se
comunicar e que, por meio da modelagem e com o uso de instrumentos lúdicos
específicos, foi possível enriquecer suas habilidades sociais. Essas habilidades
englobam o repertório da criança e são definidas por Pereira (2017) como:

[...] classes comportamentais que contribuem para a elaboração da


competência social, tornando os contatos do indivíduo com terceiros mais
produtivos. Tais habilidades podem resultar em um desempenho competente
do indivíduo que as apresenta, sendo sistematicamente reforçadas no
ambiente no qual são colocadas em uso. (PEREIRA, 2017, p. 8).

Existem cinco habilidades para Silva, M. (2016, p. 2) que podem ser vistas e
trabalhadas no processo de aprendizagem que são: “(1) leitura e escrita; (2) raciocínio
lógico e resolução de problemas; (3) atenção e concentração; (4) baixa tolerância à
frustração; e, (5) habilidades numéricas e raciocínio numérico”. É importante ressaltar
que na visão da AC as habilidades não são inatas, ou seja, é o ambiente quem
contribuirá para essa construção. O brincar de um modo geral não está controlado
pelo ambiente social, ele é mais independente. Contudo, ambos possibilitam o
desenvolvimento destas e/ou outras habilidades diversas.
Com uma revisão bibliográfica enriquecedora, é possível intervir em clínica com
mais profundidade e consequentemente obter resultados qualitativos na vida do
cliente. “A terapia bem‑sucedida constrói comportamentos fortes, removendo
reforçadores desnecessariamente negativos e multiplicando os positivos”. (SKINNER,
1974-1995, p.114-115 apud MARINOTTI, 2012 p. 252).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ser um Terapeuta Analítico-Comportamental Infantil é um desafio que coloca o


profissional frente ao desconhecido. Desconhecido porque não existe fórmula ou algo
pronto para quem estará sendo atendido, tampouco o tempo que será determinado
para cada um. O profissional estará sempre na perspectiva investigativa do
comportamento da criança. Cada criança é única em sua subjetividade e em suas
brincadeiras e, por esse motivo, envolve uma análise minuciosa, pois a grande parte
da produção dos comportamentos nesse contexto está voltada para uma
comunicação mais ativa com brincadeiras a partir daquela situação, identificando
comportamentos a serem trabalhados.
A análise minuciosa está envolvida com a posição, ao conhecimento e a visão
do psicólogo frente ao serviço prestado. Na área Infantil, o Psicólogo especialista
promove a qualidade de vida do cliente utilizando de técnicas lúdicas funcionais para
o suporte e na condução do processo em psicoterapia. Quando se fala de qualidade
de vida, segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), o profissional da psicologia
deve estar pautado a prestar os serviços psicológicos com qualidade e ter
conhecimentos e técnicas reconhecidas e embasadas na sua ética profissional.
Além disso, ainda segundo o Art. 1 do código de Ética profissional do Conselho
Federal de Psicologia (CFP), é dever fundamental do psicólogo estar em dia com suas
responsabilidades profissionais apenas pelas atividades exercidas em seu
conhecimento pessoal, teórico e técnico. É fundamental que o profissional também
esteja atualizado acerca dos seus conhecimentos para ter um melhor manejo em sua
atuação e estar preparado para quaisquer condições que se apresentarem durante o
atendimento. E quando se fala sobre a técnica profissional do psicólogo, existe a
Psicoterapia Analítico-Funcional (FAP) que é um instrumento importante da Análise
do Comportamento que auxilia o profissional durante suas conduções interventivas
dentro de eventos são chamados de tríplice contingência ou contingência de três
termos. E por este olhar sobre os antecedentes, comportamentos e consequências
devemos analisar dentro dos três níveis de seleção que são a filogênese (história
biológica da espécie do indivíduo), ontogênese (história comportamental/psicológica
do indivíduo - subjetividade) e a cultura ou sociogênese (história da comunidade
verbal – o ambiente pelo qual o sujeito está inserido).
26

Esses níveis de seleção são essenciais para analisar o sujeito como um todo
em seu fator genético ou hereditário biológico, em seu desenvolvimento em sua
subjetividade de vida e na sua cultura a partir do ambiente que o cerca, seja este
modificado ou não por ele.
O profissional atuará com crianças e adolescentes em conjunto com os pais e
outros profissionais, para entender o contexto social, cultural, histórico e subjetivo que
a mesma está inserida e se necessário, encaminhá-la a profissionais específicos
dependendo da demanda do seu caso dentro de uma documentação adequada e o
sigilo acerca do encaminhamento resguardando o sujeito.
O vínculo é o passo importante na constituição de uma relação saudável,
porque é com ele que o profissional conseguirá compreender melhor o que a criança
está trazendo para terapia, proporcionando segurança e um ambiente favorável para
a mesma expressar o que sente a partir do seu brincar, com os recursos lúdicos que
o psicólogo estará trabalhando com essa criança.
Essa revisão bibliográfica teve como relevância apresentar uma das
ferramentas-chave que o psicólogo (TACI) utiliza em psicoterapia que é o lúdico. E
em cada passo dado, seja nas estratégias usadas para manejo terapêutico com a
criança, a ferramenta lúdica é um suporte imprescindível que proporciona um
processo terapêutico facilitador tanto para a criança que será um reforçador quanto
para o terapeuta entender esse mundo da criança e alcançar possibilidades a serem
trabalhadas com a mesma.
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REFERÊNCIAS

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