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2. Objectivos.................................................................................................................................4
3. Metodologia..............................................................................................................................4
4. Revisão Bibliográfica...............................................................................................................4
Conclusão........................................................................................................................................9
Bibliografia....................................................................................................................................10
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1. Introdução
2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
Conhecer as etapas de formação de conceitos
3. Metodologia
Para a realização do presente trabalho ira-se recorrer a pesquisa bibliográfica, A pesquisa
bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras publicadas sobre a teoria que irá direcionar o
trabalho científico o que necessita uma dedicação, estudo e análise pelo pesquisador que irá
executar o trabalho científico e tem como objetivo reunir e analisar textos publicados, para
apoiar o trabalho científico. Para Gil (2002, p. 44), a pesquisa bibliográfica “[...] é desenvolvida
com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Nesta senda, todo o material que foi usado para a materialização desse trabalho esta devidamente
apresentado na página refente a referências bibliográficas.
4. Revisão Bibliográfica
O termo “conceito” tem origem no Latim conceptus (do verbo concipere), significando “coisa
concebida” ou “formada na mente”. Na linguagem natural existe polissemia e ambiguidade, pois
o termo é utilizado com diferentes acepções, podendo significar noção, juízo, opinião, ideia ou
pensamento (FERRATER-MORA, 2004). No Dicionário de Filosofia, Abbagnano (1998, p. 164)
afirma que o conceito é todo processo que torne possível a descrição, a classificação e a previsão
dos objetos cognoscíveis. Assim entendido, esse termo tem significado generalíssimo e pode
incluir qualquer espécie de sinal ou procedimento semântico, seja qual for o objeto a que se
refere, abstrato ou concreto, próximo ou distante, universal ou individual, etc.
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completo ato do pensamento” (1993, p. 184,) Portanto, o conceito não pode ser percebido
como uma estrutura isolada e imutável, mas sim como uma estrutura viva e complexa do
pensamento, cuja função é a de comunicar, assimilar, entender ou resolver problemas.
Segundo Vygotsky (1993), no processo de formação conceitual, a palavra é parte fundamental e
o significado da palavra sofre uma evolução, ou seja, o significado de uma palavra não se encerra
com o ato de sua simples aprendizagem: este é apenas um começo. Um conceito não se origina,
simplesmente, do estabelecimento de relações mecânicas entre uma palavra e o objeto: a
memorização da palavra e sua relação com o objeto não conduzem a uma formação conceitual.
Na perspectiva de Vygotsky (1993) O desenvolvimento dos processos que dão origem à
formação conceitual tem seu início muito cedo na infância, entretanto as funções intelectuais que
formam a base psicológica que possibilita a plena formação conceitual têm o seu
amadurecimento somente na adolescência. De qualquer forma, a formação conceitual sempre
será o resultado de uma intensa e complexa operação com a palavra ou o signo, com a
participação de todas as funções intelectuais básicas. Vygotsky assim argumenta sobre esta
importante questão:
Vygotsky (1995) demonstrou que há três fases básicas na trajetória da formação de conceitos.
Nessa fase, as crianças agrupam os objetos de forma desigual, sem fundamento algum, revelando
“uma extensão difusa e não direcionada do significado do signo a objetos naturalmente não
relacionados entre si” (VYGOTSKY, 1998, p. 74), ou de forma ocasional na percepção que a
criança tem do objeto. Assim, nessa fase, o significado da palavra para a criança é um
conglomerado vago e sincrético de objetos isolados. Em razão desse sincretismo, no significado
da palavra, a imagem dos signos na mente da criança é extremamente instável.
"(...)Vygotsky conclui que o conceito em si e para os outros existe antes de existir para a própria
criança, ou seja, a criança pode aplicar palavras corretamente antes de tomar consciência do
conceito real" (Der Veer & Valsiner, 1996, p.291). Essa afirmação, mais uma vez, explicita a
concepção de Vygotsky de que todo conhecimento é primeiramente interpsicológico para depois
tornar-se intrapsicológico.
Na segunda fase denominada de Pensamento por complexos, os objetos associam-se não apenas
devido às impressões subjetivas da criança, mas também devido às relações concretas e factuais
que de fato existem entre esses objetos, podendo, entretanto, mudar uma ou mais vezes durante o
processo de ordenação. Tais características selecionadas podem parecer irrelevantes para os
adultos (VYGOTSKY, 1998).
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atividade mental, internalizando o que é essencial do conceito e na apreensão de que ele faz parte
de um sistema. porque implica numa relação especial com o objeto, internalizando o que é
essencial do conceito e na compreensão de que ele faz parte de um sistema. Inicialmente
formam-se os conceitos potenciais, baseados no isolamento de certos atributos comuns, e em
seguida os verdadeiros conceitos. Essa abstração vai ocorrer na adolescência. "No entanto,
mesmo depois de ter aprendido a produzir conceitos, o adolescente não abandona as formas
mais elementares; elas continuam a operar ainda por muito tempo, sendo na verdade
predominantes em muitas áreas do seu pensamento. A adolescência é menos um período de
consumação do que de crise e transição" (Vygotsky,1991, p.68).
Essa fase subdivide-se em dois estágios: o desenvolvimento por abstração e o dos conceitos
potenciais. No estágio do desenvolvimento da abstração, a criança agrupa objetos com base no
grau máximo de semelhanças entre os componentes. Em tal estágio, a criança abstrai todo um
conjunto de características sem distingui-las claramente entre si. Essa abstração é baseada numa
atribuição superficial dos objetos. No estágio dos conceitos potenciais, a criança realiza
agrupamentos com base num único atributo do objeto. Esses conceitos potenciais podem ser
formados tanto na esfera do pensamento perceptual como do prático.
Na esfera do pensamento perceptual, os agrupamentos pautam-se nas impressões semelhantes
que a criança tem do objeto. A esfera do pensamento prático está pautada nos significados
funcionais semelhantes que a criança tem do objeto.
Segundo Vygotsky (1998), no adolescente os pensamentos sincréticos e por complexos vão
desaparecendo gradualmente, e os conceitos potenciais são usados com menor intensidade para a
formação de conceitos verdadeiros. Mesmo tendo aprendido a formar conceitos, o adolescente
continua a operar com os elementos anteriores, oracom os sincréticos, ora com os por
complexos, por muito tempo. A adolescência passa a ser o momento de transição para a
formação plena dos conceitos abstratos racionais sem, necessariamente, precisar da experiência.
Outro fator diretamente ligado à formação de conceitos em Vygotsky (1998) é a influência
dalinguagem, uma vez que o pensamento humano está intrinsecamente ligado à linguagem.
Vygotsky (1998) argumenta que o pensamento e a linguagem refletem a realidade de uma forma
diferente daquela da percepção, constituindo-se as chaves para compreensão da natureza da
consciência humana. Para o autor, as palavras desempenham um papel central não só no
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Conclusão
Um conceito é, portanto, uma unidade cognitiva de significado. Nasce como uma ideia abstrata
(é uma construção mental) que nos permite compreender as experiências decorrentes da
interação com o ambiente e que, por fim, é verbalizada (colocada em palavras).
O conceito é ao mesmo tempo uma forma de pensamento, um processo mental que constitui uma
atividade intelectual generalizada de natureza teórica. A representação verbal que fazemos dela
constitui sua definição, de modo que pode haver tanta definição quantas representações verbais
que possamos construir.
Fase dos complexos possui um longo percurso, caracterizando a formação de conceitos desde o término
da primeira infância até o início da adolescência, com preendendo, portanto, muitas variações funcionais
e estruturais. O pensamento nessa fase, da mesma forma que nas demais, visa a o estabelecimento de
conexões entre diferentes impressões concretas, o estabelecimento de relações e generalizações entre
objetos distintos, implicando o ordenamento e a sistematização da experiência individual
e consequentemente, da imagem psíquica dela resultante.
A última etapa do pensamento por complexos corresponde aos pseudoconceitos, formados por
generalizações, que, em sua aparência externa, assemelham -se aos conceitos propriamente ditos, mas,
na essência, sua estrutura resulta diferente. Nessa etapa, “[...] no aspecto externo, nos deparamos
com um conceito; no interno, ante um complexo. Por isso o denominamos pseudoconceito”
(VYGOTSKI, 2001, p. 146). Para o autor, os pseudoconceitos representam a forma mais ampla do
pensamento em complexos, na qual o próprio complexo equivale funcionalmente ao conceito. Com isso,
na comunicação verbal da criança com o adulto, a diferença entre o complexo e o conceito se mostra
tênue ou, até mesmo, aparentemente inexistente
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Bibliografia