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Os benefícios da terapia de integração


sensorial no tratamento de crianças com
Transtorno do Espectro Autista: revisão
integrativa de literatura

Drienny Loureiro Silva Araujo


EMESCAM

Jaisa Klauss
EMESCAM

'10.37885/220207680
RESUMO

A literatura científica tem registrado um aumento significativo no número de estudos sobre


o Transtorno do Espectro Autista (TEA) associado a falhas no processamento e integração
de estímulos sensoriais levando a restrição no desempenho das crianças nas atividades
de vida diária e têm impacto sobre as relações sociocomunicativas, por isso, a terapia
de integração sensorial é a principal abordagem utilizada para esse fim. Considerando o
significativo índice de crianças com esse transtorno elaborou-se o presente estudo com o
objetivo de aprofundar os conhecimentos acerca da relação entre a Integração Sensorial
e o Autismo, bem como avaliar a eficácia do método de IS na intervenção junto a crianças
com TEA e verificar os benefícios da IS no que tange o desempenho funcional da criança
autista. O método utilizado para a construção do trabalho baseou-se em uma revisão
integrativa de literatura, cuja coleta de dados foi realizada no período de novembro de
2020 a janeiro de 2021, nas bases de dados Google acadêmico, Periódicos da Capes e
SciELO. Resultados: A análise dos 07 artigos utilizados na construção do estudo permitiu
aprofundar os conhecimentos acerca da teoria de Integração Sensorial e sua aplicação
no TEA, bem como investigar os benefícios da IS para a criança autista. Concluiu-se
que a terapia de IS é eficaz para o tratamento de crianças com TEA, com melhorias nas
dificuldades relacionadas com processamento sensorial, habilidades sensório-motoras,
engajamento e participação nas atividades de vida diária.

Palavras-chave: Autismo, Integração Sensorial, Transtorno de Processamento Sensorial,


Terapia Ocupacional.

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INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, a literatura científica tem registrado um aumento significativo no


número de estudos sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) associado a falhas
no processamento e integração de estímulos sensoriais (SOUZA; NUNES, 2019).
O TEA trata-se de um transtorno neurobiológico, com um conjunto de desordens do
neurodesenvolvimento, de causa orgânica. A sintomatologia, descrita pela quinta edição
do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), apresenta com-
portamentos universais que caracterizam o TEA: Déficits na comunicação social e intera-
ção social; Padrões restritos ou repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades.
Esses sintomas já aparecem nos primeiros anos de vida da criança, podendo ocasionar
prejuízos no seu desempenho nas atividades da infância (AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION, APA, 2013).
De acordo com Christensen et. al (2016), o TEA afeta um em cada 68 indivíduos no
mundo. No Brasil, essa condição acomete um em cada 350 indivíduos (PAULA et al., 2011).
Além disso, pesquisas mostram que 45% a 96% das crianças diagnosticadas com TEA
apresentam características sensoriais atípicas (SCHAFF et al., 2014), com alterações em
mais de um sistema sensorial (CAMINHA; LAMPREIA, 2012). Dificuldades no processamento,
integração e respostas aos estímulos sensoriais têm sido descritas como características do
TEA desde o diagnóstico (COSTA, 2017).
Crianças que apresentam alterações sensoriais tendem a ser mais desorganizadas,
com dificuldade de manter a atenção e de se relacionar com as pessoas, pois não organizam
e nem interpretam informações sensoriais da mesma maneira que as outras (SERRANO,
2016). Então, por impactarem o desempenho funcional dessa população, as alterações
sensoriais têm sido consideradas um dos sintomas centrais do autismo (HAZEN et al., 2014;
ROBERSTON; BARON-COHEN, 2017), sendo reconhecidas, pelo DSM-5, como um dos
critérios diagnósticos do TEA (APA, 2013).
De acordo com Schaff et al. (2012, 2014), as dificuldades de processamento e inte-
gração das informações sensoriais geram isolamento social tanto para as crianças com
TEA quanto para suas famílias, como também restringem o desempenho das crianças nas
atividades de vida diária (AVD) e têm impacto sobre as relações sociocomunicativas. Por
isso, as intervenções que abordam problemas associados às disfunções de processamen-
to sensorial, estão entre os serviços mais indicados para o tratamento de crianças com
TEA, sendo a terapia de integração sensorial a principal abordagem utilizada para esse fim
(SCHAFF et al., 2012, 2014).
O conceito de Integração Sensorial (IS) começou a ser desenvolvido pela Terapeuta
Ocupacional, Psicóloga educacional e Neurocientista, Jean Ayres, nos anos 60 do século
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XX. Ayres definiu a IS como um processo neurobiológico inato e se refere à integração e
interpretação pelo cérebro dos estímulos sensoriais advindos do ambiente (AYRES, 1972,
1979, 1989). Para Alves et al. (2011) a IS é a capacidade do sistema nervoso central de or-
ganizar os estímulos sensoriais e transformar as sensações em percepção para o indivíduo
interagir com o ambiente.
A teoria da IS pressupõe que o processamento sensorial inclui receber, modular e
interpretar os estímulos sensoriais provenientes do ambiente (AYRES, 1972, 1979, 1989).
Assim, o processamento adequado das informações sensoriais é importante para a emissão
de respostas adaptativas que promovem a participação ativa das crianças nas atividades
cotidianas, no brincar e nas atividades escolares (COSTA, 2017).
De acordo com Costa (2017), a abordagem de IS enfatiza a importância de cinco sis-
temas sensoriais: tátil, vestibular, proprioceptivo, visual e auditivo. O sistema tátil tem recep-
tores localizados na pele que enviam informações ao cérebro sobre tato, dor, temperatura
e pressão. Esse sistema é importante na percepção do ambiente, bem como desempenha
uma função protetiva à sobrevivência. No sistema vestibular os receptores estão localizados
no ouvido interno, detectam o movimento e posição da cabeça. No sistema proprioceptivo
os receptores estão localizados em músculos, tendões e articulações. Esse sistema é res-
ponsável pela consciência da posição corporal, permite manipulação de objetos e graduação
da força muscular necessária para segurar um objeto leve ou pesado (COSTA, 2017).
Os sistemas visual e auditivo são mais comumente conhecidos quando comparado
com os demais citados. Segundo Serrano (2016), o sistema visual tem receptores nos olhos
e estes captam as ondas de luz através da retina. Esse sistema é responsável pela acuida-
de visual, pelo controle ocular e pela percepção visual. No sistema auditivo os receptores
estão no ouvido interno, captando ondas sonoras. A informação auditiva é integrada com
as informações que vem do sistema vestibular, proprioceptivo e visual. Essa integração
que nos torna capazes de interpretar sons que são significativos, como a fala, por exem-
plo (SERRANO,2016).
O cérebro precisa analisar as informações de todos os sistemas sensoriais para que
possa organizar respostas adequadas. A presença de uma alteração para detectar, modular,
interpretar ou responder ao estímulo sensorial é chamada de Transtorno de Processamento
Sensorial (TPS) (COSTA, 2017).
Os TPS são classificados em três padrões que podem se manifestar em crianças com
transtornos do neurodesenvolvimento e são frequentemente descritos em crianças com TEA
(MILLER et al., 2007). São eles: transtorno de modulação sensorial; transtorno de discrimi-
nação sensorial; transtorno sensorial de base motora.

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O Transtorno de Modulação Sensorial é quando a criança tem dificuldade em res-
ponder ao estímulo sensorial com um comportamento adequado ao grau, natureza e/ou
intensidade do estímulo. As respostas podem ser classificadas em hiperresponsividade
(resposta exagerada ao estímulo), hiporresponsividade (resposta menos intensa ou mais
lenta do que as respostas típicas; letárgica e introspectiva) e busca/ânsia sensorial (desejo
intenso e insaciável por estímulo sensorial) (JAMES et al., 2011). Quando a criança tem
dificuldades para interpretar as qualidades do estímulo sensorial e as diferenças entre os
estímulos, é chamado de Transtorno de Discriminação Sensorial. Já o Transtorno de Base
Motora é caracterizado pela baixa estabilidade postural, hipotonismo muscular e déficit em
equilíbrio (COSTA, 2017).
No TEA, a disfunção no processamento e integração sensorial ocorre de forma comple-
xa, fazendo com que o desempenho ocupacional dessas pessoas seja diretamente afetado.
Comportamentos como busca constante por movimentos corporais, fixação por objetos em
movimento, recusar comer certos alimentos, escolher roupas para vestir ou andar descalço,
dificuldade em iniciar, planejar e realizar sequência das atividades, dificuldade em manter
a atenção em alguma tarefa, entre outras dificuldades, podem ter sua origem em um TPS
(AYRES; TICKLE, 1980; ROLEY et al., 2015).
Por afetar diretamente o desempenho ocupacional da criança com TEA, o terapeuta
ocupacional é o profissional qualificado para utilizar a abordagem de IS, avaliar e intervir sobre
as dificuldades de processamento, integração e interpretação sensorial (COFFITO, 2017).
A avaliação de integração sensorial e feita a partir de testes padronizados e da obser-
vação clínica de como a criança responde aos estímulos sensoriais, o seu padrão postural,
equilíbrio e coordenação motora. O terapeuta ocupacional que conduz o teste, deve avaliar
também o brincar espontâneo, verificando a presença de padrões atípicos de comporta-
mento e perguntar à família a respeito do desempenho ocupacional da criança (COSTA,
2017). A avaliação norteará o Terapeuta Ocupacional no processo de intervenção de
Integração Sensorial com esta criança (SERRANO, 2016).
As atividades e tarefas que desempenhamos em nosso cotidiano nos expõem a ex-
periências sensoriais. Porém, indivíduos que apresentam alterações no processamento
das informações sensoriais tendem a ter dificuldades sociais, motoras, comunicativas e de
aprendizagem, impactando assim em seu desempenho ocupacional (SERRANO, 2016).
Considerando o significativo índice de crianças com esse transtorno que apresentam
características sensoriais atípicas e, sabendo que dificuldades no processamento, integração
e respostas aos estímulos sensoriais têm sido descritas como características do TEA e impac-
tam diretamente o desempenho funcional desta população, este presente estudo propõe-se
aprofundar os conhecimentos acerca da teoria de Integração Sensorial e sua aplicação no
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TEA, bem como investigar os benefícios da IS para o desempenho ocupacional da criança
autista. Dessa forma, objetivo do presente artigo refere-se a levantar estudos que indicam
a relação entre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e a Integração Sensorial (IS),
avaliar a eficácia do método de IS na intervenção junto a crianças com TEA e verificar os
benefícios da IS no que tange o desempenho funcional da criança autista.

MÉTODOS

Foi realizada uma Revisão Integrativa (RI) de literatura, que se trata de um método
de pesquisa utilizado na prática baseado em evidência (PBE), com intuito de que a siste-
matização e a publicação dos resultados de uma pesquisa bibliográfica em saúde sejam
úteis para a prática clínica, levando a melhoria da mesma e dando suporte para tomada de
decisões. Seu objetivo principal é gerar maior integração entre a pesquisa científica e prática
profissional (BENEFIELD, 2003). Este presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de
reunir e sintetizar estudos realizados, através de diferentes metodologias, com a finalida-
de de contribuir para o aprofundamento do conhecimento referente ao tema em questão
(Soares et al., 2014).
O norteamento do presente estudo deu-se pelas etapas estabelecidas por Joanna
Briggs Institute (JBI, 2011), sendo estas: a formulação da questão; a especificação da
metodologia de seleção dos estudos; os procedimentos utilizados para obter os dados; a
avaliação e a análise dos estudos utilizados na revisão integrativa da literatura; a extração
dos dados e apresentação da revisão/síntese do conhecimento produzido.
A questão escolhida como norteador do estudo é: Qual a relação entre a terapia de
Integração Sensorial e o Transtorno do Espectro Autista, e seus possíveis benefícios no
tratamento de crianças com TEA?
Em relação ao levantamento bibliográfico, as bases de dados consultadas foram Google
acadêmico, Periódicos da Capes e SCIELO.
Definiram-se como critérios de inclusão: artigos publicados nas bases de dados an-
teriormente referidas, no espaço temporal de 2014-2020, apresentados em texto integral,
nos idiomas inglês, português e espanhol, e cujo título e/ou resumo fizessem referência à
questão dos benefícios da IS no tratamento de crianças autistas. Os critérios de exclusão
foram: artigos publicados em outros idiomas, fora do período delimitado, cujos participantes
sejam adultos ou crianças com diagnóstico diferente de TEA, e que apenas citam a IS, sem
especificar como foi usada e/ou seus benefícios no tratamento de crianças com TEA.
Foram utilizadas as palavras-chave: Autismo, Integração Sensorial, Transtorno de
Processamento Sensorial, Terapia Ocupacional e suas correspondentes em inglês e espa-
nhol, combinadas de diferentes formas.
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Todos os artigos selecionados tiveram os seus títulos e resumos lidos. Os que se
encaixaram nos critérios de inclusão foram lidos na íntegra. Foram coletadas informações
tais como: título, ano de publicação, autores, objetivo, metodologia de pesquisa, resultados
e conclusão. Estas informações foram inseridas em tabelas e posteriormente categoriza-
das para análise.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca foi realizada no período de novembro de 2020 a janeiro de 2021, com distintas
combinações de palavras-chaves, e foram encontrados 34 artigos. Desses, 8 foram selecio-
nados por conter as palavras-chave no título ou no resumo e foram lidos na íntegra. Ao final,
restaram 7 artigos que contemplaram os critérios de inclusão.
Os artigos encontrados na busca que não foram inclusos na pesquisa, não apresen-
taram a relação entre a terapia de IS e crianças com TEA, apenas citando brevemente os
termos em algum momento do estudo.
A tabela 1 demonstra as especificações a respeito de cada um dos artigos lidos. Esta
seleção de trabalhos proposta pela revisão integrativa apresenta o conhecimento sobre uma
determinada temática na atualidade e objetiva identificar, sintetizar e analisar resultados de
estudos a respeito de um mesmo assunto (BENEFIELD, 2003).

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Tabela 1. Artigos que constituem a amostra da revisão interativa.

IDENTIFICAÇÃO TÍTULO AUTORES ANO OBJETIVOS METODOLOGIA RESULTADOS


Indicou que a terapia
de IS trouxe evoluções
Pilot study: Efficacy of Ryoichiro Iwanaga; Investigar a eficácia da Pesquisa qualitativa, nas habilidades de
Sensory Integration Sumihisa Honda; terapia de integração descritiva e exploratória, coordenação motora,
Therapy for Japanese Hideyuki Nakane; sensorial para crianças buscou investigar a habilidades cognitivas
A1 2014
Children with High- Koji Tanaka; com transtorno do eficácia da terapia de IS não verbais e as
Functioning Autism Haruka Toeda; espectro do autismo em 20 crianças com TEA habilidades sensório-
Spectrum Disorder Goro Tanaka de alto funcionamento. de alto funcionamento. motoras em crianças
com TEA de alto
funcionamento.
A terapia de IS é
Pesquisa com trinta
Determinar a eficácia eficaz no tratamento
Effectiveness of e quatro crianças,
Amel E. Abdel do programa de de crianças com TEA,
sensory integration de idades entre 3 e
A2 Karim; Amira H. 2015 integração sensorial favorece o alcance de
program in motor skills 5 anos e meio, todas
Mohammed em crianças maior independência
in children with autism diagnosticas com TEA de
com autismo. e participação das
nível leve a moderado.
atividades do cotidiano.
Estudo com três crianças que Os resultados
Avaliar o impacto apresentavam diagnóstico de mostraram que
da terapia de IS nos TEA, foram submetidas a três não houve relação
Investigating the
comportamentos tratamentos distintos, um para causal entre os
Effects of Sensory Carolyn Sniezyk;
A3 2015 esteriotipados cada caso, propostos por uma procedimentos
Integration Therapy in Thomas Zane
de crianças terapeuta ocupacional e um sensoriais e
Decreasing Stereotypy
diagnosticadas fisioterapeuta, com o objetivo melhorias/redução
com autismo. de diminuir a estereotipia de estereotipias em
nos três participantes. crianças com TEA.
Estudo com um grupo de
intervenção (n=16) em terapia
de integração sensorial e
Examinar o efeito da um grupo controle (n=15) A terapia de
The Effect of Sensory Terapia de Integração com crianças com TEA de 3 Integração
Integration Therapy Babak Sensorial em a 8 anos de idade. Usado o Sensorial é eficaz
A4 on Occupational Kashefimehr; Hülya 2017 diferentes aspectos Perfil Ocupacional da Criança para a melhoria
Performance in Kayihan; Meral Huri do desempenho (SCOPE) para comparar os do desempenho
Children with Autism ocupacional de dois grupos em termo de ocupacional de
crianças com TEA. mudanças no desempenho crianças com TEA.
ocupacional e o Perfil
Sensorial (PS) foi usado para
avaliar disfunções sensoriais.
Utilizou os Padrões do
Sarah A. Schoen; Verificar se a Conselho para Crianças
A Integração Sensorial
Shelly J. Lane; Zoe intervenção de Excepcionais (CEC)
de Ayres pode ser
A Systematic Review Mailloux; Teresa integração sensorial para práticas baseadas
considerada uma
of Ayres Sensory May-Benson; L. de Ayres atende aos em evidências em
A5 2019 prática baseada em
Integration Intervention Dianne Parham; critérios para uma educação especial para
evidências para crianças
of Children with Autism Susanne Smith prática baseada avaliar a eficácia da
com autismo de 4 a
Roley; Roseann em evidências para terapia de integração
12 anos de idade.
C. Schaaf crianças com autismo. sensorial de Ayres em
crianças com autismo.
Um número significativo
de pesquisas que
utilizaram a Terapia de
IS relatou eficácia desta
Aprofundar os na melhoria de algumas
conhecimentos características presentes
Revisão Sistemática de
Terapia de acerca da teoria de no TEA, em especial
Literatura. Realizada
Integração Sensorial Integração Sensorial e do processamento
Nathalia Rodrigues busca no mês de fevereiro
e o Transtorno do sua aplicação no TEA, sensorial, engajamento
A6 Cardoso; Marília 2019 de 2017 na base de
Espectro Autista: Uma bem como investigar e participação nas
Bazan Blanco dados dos Periódicos da
revisão sistemática a aplicabilidade da atividades do cotidiano.
Capes e na Biblioteca
da literatura IS no processo de Contudo, nem todas as
Virtual em Saúde.
inclusão escolar pesquisas referiram a
do aluno autista. utilização de Medidas de
Fidelidade da Integração
Sensorial de Ayres®, o
que pode comprometer
esses resultados.

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IDENTIFICAÇÃO TÍTULO AUTORES ANO OBJETIVOS METODOLOGIA RESULTADOS
Melhoria nos padrões
de disfunção em
crianças com TEA
mais frequentemente
Apresentar os Pesquisa sobre Integração descritos na literatura
Evidencia científica de fundamentos teóricos e Sensorial (SIRC, Sensory são: modulação e práxis.
Alejandra J.
integración sensorial práticos da Integração Integration Research Os estudos de eficácia
Abelenda; Ekaine
A7 como abordaje de 2020 Sensorial de Ayres Collaborative ) com base da IS não tinham uma
Rodríguez
terapia ocupacional e sua aplicação em uma extensa revisão medida de fidelidade
Armendariz
en autismo no transtorno do da literatura e entrevistas para aderir a um
espectro do autismo. com especialistas. manual de orientação
da intervenção ou uma
medida de resultado
que fosse significativa
para os participantes.

O artigo Pilot Study: Efficacy of Sensory Integration Therapy for Japanese Children with
High-Functioning Autism Spectrum Disorder, proposto por Iwariaga et al. (2014) buscou inves-
tigar a eficácia da terapia de IS em 20 crianças com TEA de alto funcionamento. Os resultados
da pesquisa mostraram que as crianças submetidas a terapia de IS apresentaram evoluções
nas habilidades de coordenação motora, habilidades cognitivas não verbais e habilidades
sensório-motoras, quando comparadas as crianças que receberam a terapia de IS em grupo.

O presente estudo indicou que a terapia de Integração Sensorial foi mais eficaz
para habilidades de coordenação motora, habilidades cognitivas não verbais,
habilidades combinadas motoras, sensoriais e cognitivas em crianças autis-
tas de alto rendimento quando comparadas com o grupo controle. Assim, os
terapeutas ocupacionais podem usar a terapia de integração sensorial como
uma técnica para o tratamento motor, visual-cognitivo e de habilidades viso-
-motoras e pré-escolar de crianças autistas de alto rendimento. (IWARIAGA
et al., 2014, p.10).

O estudo, Effectiveness of sensory integration program in motor skills in children with


autismo, de Karim e Mohammed (2015), foi realizado com trinta e quatro crianças, todas
com diagnóstico de TEA de nível leve a moderado, de idades entre três anos e cinco anos e
meio. Nas intervenções, priorizou-se a estimulação do processamento sensorial vestibular,
tátil e proprioceptivo, bem como a estimulação das habilidades coordenação motora global
e fina. Os autores concluíram que a terapia de IS é eficaz no tratamento de crianças com
TEA, favorecendo o maior independência e participação desses indivíduos em suas ativi-
dades de vida diária.
As Atividades de Vida Diária (AVDs) são ocupações referentes ao cuidado do sujeito
com o seu corpo, ou seja, o autocuidado, dentre elas: o banho, o vestir e despir-se, o alimen-
tar-se, o locomover-se, a higiene pessoal, entre outras (FOTI, 2005). Disfunções sensoriais
em crianças com TEA, impactam o seu desempenho ocupacional, podendo torna-las depen-
dentes de seus responsáveis para realizar as atividades do cotidiano (HAZEN et al., 2014;
ROBERSTON; BARON-COHEN, 2017). Sendo assim, é de grande relevância identificar

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que a terapia de IS é eficaz para crianças com TEA, favorecendo maior independência nas
suas atividades de vida diária.
A pesquisa Investigating the Effects of Sensory Integration Therapy in Decreasing
Stereotypy, de Sniezyk e Zane (2015) apresentou um estudo realizado com 3 crianças diag-
nosticadas com TEA e submetidas a 3 tratamentos distintos, um para cada caso, propostos
por uma terapeuta ocupacional e um fisioterapeuta, com o objetivo de diminuir a estereotipia
nos três participantes. Os resultados mostraram que nenhuma das crianças apresentou uma
relação significativa entre mudanças nos comportamentos estereotipados e a terapia de inte-
gração sensorial. Porém, na discussão, os autores apontam a necessidade de o profissional
conhecer e entender de que maneira o comportamento pode ser influenciado por estímulos
sensoriais, bem como a duração, frequência e intensidade da terapia de integração sensorial
pode influenciar o comportamento de crianças com TEA.
O estudo The effect of Sensory Integration Therapy on Occupational Performace in
Children with Autism, proposto por Kashefimehr et al. (2017), foi realizado com um grupo
de dezesseis (n=16) crianças de 3 a 8 anos com TEA recebendo a terapia de Integração
Sensorial e um grupo controle (n=15) de crianças com a mesma faixa etária e diagnósti-
co, porém sem a intervenção. Na pesquisa foi utilizado o Perfil Ocupacional da Criança
(SCOPE) para comparar os dois grupos no que se refere a mudanças em seu desempenho
ocupacional, e o Perfil Sensorial (PS) foi usado para avaliar disfunções de processamento
sensorial. O grupo de crianças que recebeu intervenções de IS mostrou melhora significativa
nos domínios do SCOPE: Vontade; Habituação; Comunicação e Habilidades de Interação;
Habilidades de Processamento; Habilidades Motoras; bem como em todos os domínios do
PS, excetos os domínios de “reações emocionais” e “respostas emocionais e sociais”.

Este estudo demonstrou que as intervenções de Integração Sensorial poderiam


melhorar o desempenho ocupacional e processamento sensorial em crianças
com TEA. A Terapia de IS pode, portanto, ser proposto como uma abordagem
útil de terapia ocupacional, e os terapeutas poderiam considerá-la como uma
terapia personalizável eficaz para melhorar o desempenho ocupacional e,
posteriormente, o estado de saúde de crianças com TEA. (KASHEFIMEHR
et al., 2017, p.7).

O artigo A Systematic Review of Ayres Sensory Integration Intervention of Children with


Autism, de Schoen et al. (2019), utilizou os Padrões do Conselho para Crianças Excepcionais
(CEC) para verificar se a terapia de IS de Ayres atende aos critérios para um prática ba-
seada em evidências para crianças com TEA. Os autores concluíram que tal intervenção
terapêutica pode ser considerada uma pratica baseada em evidências para crianças com 4
a 12 anos de idade e com diagnóstico de autismo.

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Uma prática baseada em evidências, ou seja, a integração da prática profissional com
o que pesquisas cientificas apontam sobre determinado tipo de intervenção e/ou aborda-
gem clínica, pode trazer resultados e evoluções mais eficazes e benéficas para o paciente
(BENEFIELD, 2003).
A pesquisa intitulada Terapia de Integração Sensorial e o Transtorno do Espectro
Autista: uma revisão sistemática de lituratura, proposta por Cardoso e Blanco (2019), buscou
aprofundar os conhecimentos sobre a teoria da Integração Sensorial de Ayres e sua apli-
cação no TEA, bem como a aplicabilidade da IS no processo de inclusão escolar do aluno
autista. Concluiu-se a eficácia da terapia de IS para mudanças em algumas características
do TEA, em especial melhorias no processamento sensorial, engajamento e participação
nas atividades cotidiana, incluindo aquelas realizadas no contexto escolar.

Os resultados apresentados corroboram com os pressupostos de Ayres (1972)


visto que a IS se caracteriza como o processo neurológico de organizar as
informações recebidas pelo próprio corpo e ambiente, a fim de promover uma
adequada exploração e resposta adaptativa frente ao estímulo presente. Os
resultados citados pelas pesquisas acima são relevantes para esta população,
visto que o TEA impacta diretamente na emissão de respostas adaptativas
e no desempenho de atividades cotidianas, inclusive sociais e educacionais,
devido à presença de uma hipo ou hiper-resposta a um estímulo sensorial.
(CARDOSO; BLANCO, 2019, p. 120).

Pressupostos de Ayres postulam que a Integração Sensorial é a base para a apren-


dizagem e, desta maneira, as autoras Cardoso e Blanco (2019) concluíram em seu estudo
que a IS pode contribuir no processo de aprendizagem do aluno com TEA. A avaliação do
processamento sensorial em crianças com TEA é importante para o compreender as dis-
funções sensoriais e para a construção de estratégias sensoriais que podem efetivamente
contribuir para o melhor planejamento pedagógico. Sendo assim, esta compreensão é de
extrema importância para adaptar ambientes e materiais educacionais que, de fato, contri-
buam para o processo de aprendizagem de crianças com TEA (MOMO; SILVESTRE, 2011).
O estudo de Abelenda e Armendoriz (2020), cujo título é Evidencia Científica de
Integracíon Sensorial como abordaje de Terapia Ocupacional em Autismo, buscou apresentar
os fundamentos teóricos e práticas da IS de Ayres e seu uso como intervenção terapêutica
com criança com TEA. Esta revisão de literatura apontou a eficácia da IS na melhoria em
habilidades de modulação sensorial e práxis de crianças com autismo.
Os resultados apresentados pelos artigos analisados evidenciam que a Terapia de
Integração Sensorial favorece a participação e desempenho funcional de crianças com TEA
em atividades de vida diária, incluindo aquelas realizadas no contexto escolar. No entanto,
não foi possível identificar se a IS contribui para a diminuição de estereotipias em crianças
com TEA. Desta forma, ressalta-se a importância de incentivar pesquisas e estudos na área.
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Destaca-se, ainda, que foi encontrado apenas 1 artigo em Português, fato que pode
dificultar o acesso de profissionais à informação e inibir a busca por uma prática basea-
da em evidências.

CONCLUSÃO

A partir desta Revisão Integrativa de literatura, foi possível notar que um número sig-
nificativo de pesquisas que utilizaram a Terapia de Integração Sensorial como abordagem
de intervenção terapêutica no tratamento de crianças com TEA relatou melhorias em algu-
mas características e dificuldades desses indivíduos, principalmente as relacionadas com
processamento sensorial, habilidades sensório-motoras, engajamento e participação nas
atividades de vida diária.
Disfunções sensoriais em crianças com TEA, impactam diretamente o seu desempenho
ocupacional, fazendo com que sejam mais dependentes de seus responsáveis para realizar
as atividades do cotidiano. Sendo assim, é de grande relevância identificar que a terapia
de IS é eficaz para o tratamento de crianças com TEA, favorecendo maior independência
nas suas atividades de vida diária.
Considerando que grande percentual de crianças diagnosticadas com TEA apresen-
tam características sensoriais atípicas, com alterações em mais de um sistema sensorial,
bem como a eficácia e possíveis benefícios da terapia de integração sensorial com esses
indivíduos, faz-se necessário ampliar os estudos sobre tal temática, para que profissionais
possam ser norteados em práticas baseadas em evidências cientificas.

REFERÊNCIAS
1. ABELENDA, A. J.; ARMENDARIZ, E. R. Evidencia Científica de Integracíon Sensorial como
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