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BACHARELADO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA PSICOLOGIA COGNITIVA
FEIRA DE SANTANA
2022
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BREHNA ROCHA SILVA
MARCELA NOGUEIRA LEAL
PETRUS AMOEDO ATHAYDE
RENNAN PINTO DE OLIVEIRA
SUÉLLEN FERNANDES PEREIRA
Feira de Santana, BA
2022
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1.INTRODUÇÃO
Segundo estudos realizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) houve um
aumento acentuado de casos de autismo no mundo. Representando uma globalidade de
70 milhões de pessoas (MUSKAT, 2014). No Brasil, segundo dados do IBGE isso se
presentifica em 1% da população geral, totalizando a média de 1 a 2 milhões de
brasileiros que preenchem critérios para o espectro autista (ONZI;GOMES, 2015).
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desde a infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário do indivíduo (APA,
2014 APURD ONZI; GOMES,2015, p189).
Os estudos têm constatado que os indivíduos com TEA sofrem grande prejuízo na
cognição social, assim como nos processos cognitivos: isso é um forte sinal de
“elementos centrais para a investigação e para a compreensão dos sintomas e a
funcionalidade das pessoas com TEA” (MUSKAT, 2014, p.184). A cognição social
pode ser definida como a “capacidades de identificar, manipular e adequar o
comportamento a partir das informações sociais percebidas e processadas em um
contexto específico" (MUSKAT, 2014, p.184). Ela permite funções relacionadas à
percepção social, como teoria da mente, reconhecimento de emoções e coerência
central.
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A teoria da mente segundo Muskat (2014) se refere a “capacidade de inferir e
compreender estados mentais dos outros” (p.185). As pessoas com quadro de TEA tem
grande dificuldade para perceber sinais de crenças, desejos e intenções alheias. Uma
outra teoria usada para as discussões da neuropsicologia e discutida pela autora é a
Teoria da coerência central na qual a habilidade de “integrar fontes de informações para
estabelecer significado em contexto com coerência, percebendo o todo da informação
tanto verbal como visual” (MUSKAT, 2014, p.186). Pessoas com TEA têm dificuldade
de um olhar global/central, prendendo-se mais a partes dos objetos ou cenas.
2.APRENDIZAGEM E O TEA
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colocado irá analisar a importância do processo da aprendizagem em crianças com o
Transtorno do Espectro Autista.
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Conforme já dialogado na parte inicial deste estudo, o TEA é um transtorno
relacionado ao distúrbio do neurodesenvolvimento que gera impactos na comunicação,
nas interações e habilidades sociais do indivíduo. Sendo assim, pode-se dizer que a
criança autista, em seus distintos graus, tem seus processos cognitivos afetados, gerando
impactos no seu processo de aprendizagem.
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no plural aplica-se a variedades de classe de comportamento no repertório individual
que contribuirá para a competência social e promoverá relações saudáveis e produtivas
com os outros (MORENO ET AL, 2022).
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4. APRENDIZAGEM DE HABILIDADES SOCIAIS
Mediação implica ajuda, o que por sua vez implica um esforço por parte
daquele que media para oferecê-la, como por parte do mediado, que haverá de
aproveitá-la. Portanto, a mediação vygotskyana parte de um sentido colaborativo
consciente entre ambas as partes. Como já foi dito anteriormente, no caso do indivíduo
atípico para que haja interesse na aprendizagem a estimulação é necessária, o brincar
torna-se um caminho de aprendizagem, ensinando através de jogos e brinquedos e desta
maneira a aprendizagem tende acontecer.
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autista, em tudo e para tudo, expresso por Vygotsky, tem uma grande conotação que
aponta a necessidade de que a criança desde cedo seja estimulada através da mediação,
sendo nela a possibilidade de desenvolver e adquirir habilidades sociais a facilitarem
processos de convivência. Além de abrir espaço para aquisição dessas habilidades tão
necessárias para a convivência e o desenvolvimento biopsicossocial.
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buscando ampliar o repertório comportamental, principalmente de comunicação. A
maioria desses comportamentos têm funções importantes para as crianças autistas,
incluindo se comunicar, escapar de atividades que causem sofrimento, conseguir objetos
que se queira, obter estimulação. Pensando nisso, o uso do ABA pode auxiliar na
demanda desses comportamentos, através de comportamentos novos (BOSA, 2006).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, cabe ressaltar que um indivíduo que apresenta um transtorno global do
neurodesenvolvimento possui suas características específicas, portanto apresenta uma
forma específica de interação social e verbal. Tendo em vista o panorama trazido ao
longo deste trabalho, é possível entender a relevância dos estudos na área da psicologia
cognitiva para compreender melhor os aspectos relacionados aos autismos.
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REFERÊNCIAS
PIAGET, Jean. Para onde vai a educação? São Paulo: J. Olympo, 1988.
REIS, Danillo H. Jesus, BEZERRA, Cláudia S.G. Barreto & FERREIRA, Sandra F.B.
Sandra de Fátima Barboza Ferreira Contribuições da avaliação neuropsicológica na
qualificação dos sintomas do transtorno do espectro autista: Subsídios para o projeto
terapêutico e educacional . Vol.2 No. 8 (2021): Archives of Health, Curitiba, v. 2, n. 8,
p. 1604-1617, nov../dec., 2021 ISSN 2675-4711: Disponível em <
https://scholar.archive.org/work/kuoaltnervf7tcw3k4zfyp7aia> Acesso em 28 de maio
de 2022.
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ROGERS, S. J. et al. Autismo: Compreender e agir em família. Lisboa. 2015.
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