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RESUMO
ABSTRACT
Equine therapy is an important means of treatment for various disorders and other special
needs. A systematic review of the effect of equine therapy in patients with Autistic
Spectrum Disorder was carried out during the year 2018, starting with documentary
research, using periodicals integrated in the databases: MEDLINE, SciELO, LILACS,
PubMed. To access them, the words "Equoterapia", "Treatment" and "Autism Spectrum
Disorder" were used as descriptors, based on a collection of health bibliographies that
portrayed the concepts of the effectiveness of equine therapy as an adjuvant treatment for
practitioners with Autism Spectrum Disorder. The inclusion criteria were: articles
published between 2010 and 2018; in English, Spanish or Portuguese and clinical case
studies and / or groups with Autism Spectrum Disorder. According to the current
literature, equine therapy was effective in Autism Spectrum Disorder, improving
communication, isolation, bonding difficulties, body stimuli, aid in psychomotor
development, progressing in both external and internal aspects. The use of the horse has
a great psychic function, as it reinforces and modifies desired behaviors, tasks of the areas
of mobility and self-care, in addition to proving effective for bringing corporal stimuli to
the child when riding on horseback.
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, a prática da Equoterapia é regulada pelas diretrizes da Associação
Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil, 2016). Segundo Jaspart (2014), a primeira
equipe de equoterapia foi criada em 1917, no Hospital Universitário de Oxford, com o
objetivo de acolher e tratar os feridos da Primeira Guerra Mundial, além de promover
recreação durante o tratamento.
Os movimentos proporcionados pelo cavalo estimulam, no corpo do praticante,
vários estímulos sensoriais e neuromusculares que afetarão diretamente o
desenvolvimento geral e a aquisição de habilidades motoras, contribuindo para uma
melhoria no desempenho das atividades diárias (TORQUATO et al., 2013).
Dentre algumas das funções destinadas aos cavalos, nas sessões de equoterapia,
estão as atividades lúdicas e terapias assistidas (CRIPPA; FEIJÓ, 2014). O cavalo possui
três andaduras diferentes, que são: o passo, o trote e o galope, e todas estas podem ser
utilizadas com objetivos específicos dentro da terapia, dependendo das necessidades dos
sujeitos praticantes e os programas nos quais estão inseridos (SOUZA; NAVEGA, 2012;
PFEIFER, 2012).
2 MÉTODOS
Este trabalho foi realizado por meio de uma revisão integrativa, prolongando-se
durante os meses de julho a setembro de 2018, iniciada com a pesquisa documental, sendo
utilizados periódicos integrados nas bases de dados: MEDLINE, SciELO, LILACS,
PubMed. Para acessá-los, usamos como descritores, validados no DECS, as palavras:
Artigos com critérios Artigos com critérios Artigos com critérios Artigos com critérios
de inclusão para de inclusão para de inclusão para de inclusão para
leitura completa leitura completa leitura completa leitura completa
2 3 5 10
Artigos Artigos
Excluídos Excluídos
após leitura por
completa semelhança.
6 9
Total para leitura completa
5
Azevedo (2012), cita que 50% das pessoas com TEA exibem uma moderada
hipotonia levando a uma alteração da coluna vertebral, no entanto em grande parte dos
casos é difícil avaliar o tônus isoladamente. No entanto, Espindula (2016) demonstra que
por meio da andadura do cavalo e comprimento do passo associado a velocidade, o cavalo
pode desempenhar papel fundamental para organização corporal e controle postural, tanto
na hipertonia como na hipotonia.
De acordo com os estudos atuais, o autismo não se caracteriza apenas por falta de
comunicação, isolamento e dificuldades de vinculação, abrange também outras
características e graus de dificuldades existentes entre elas, apresentando diversas
implicações biopsicossociais (SOUZA; SILVA, 2015).
A equoterapia é eficaz por trazer estímulos corporais para a criança ao andar a
cavalo, auxiliando no desenvolvimento psicomotor, proporcionando ao indivíduo a
capacidade de controlar seu próprio corpo, progredindo nos aspectos tanto externos
quanto internos (CUERVO, 2017; SANTOS, 2012).
Segundo Trentini, e Zamo (2016), durante trinta minutos de exercícios, em
decorrência ao contato intenso entre o praticante e o cavalo, será executado de 1.800 à
2.200 deslocamentos, que irão transmitir estímulos pela medula espinhal até o sistema
nervoso central por vias nervosas aferentes, favorecendo estímulos para melhoria no
Tabela 1: Distribuição dos dados de acordo com as características gerais dos artigos encontrados. (incluir
na tabela: local do estudo, população (idade, sexo, quantidade), resultados)
AUTORES/
TITULO OBJETIVO CONCLUSÃO
ANO
Reabilitação Analisar a eficácia
SANTOS Eficácia da equoterapia
neuropsicológica dos da Equoterapia, com
FFM E mediante entendimento da
transtornos do crianças e
ZAMO R.S, neuroplasticidade,
neurodesenvolvimen adolescentes, nos
2017 capacidade cerebral de
to na equoterapia: casos clínicos dos
reorganização neuronal.
Revisão Sistemática. TN.
As contribuições da
Investigar as Melhoras na comunicação,
equoterapia para o
QUINTEIRO contribuições da socialização, autoconfiança
desenvolvimento
CRUZ e Equoterapia para o e autoestima, bem como, a
psicomotor da
POTTKER, desenvolvimento satisfação de montar no
criança com
2017 psicomotor da cavalo, aumentando sua
transtorno de
criança com TEA. capacidade cognitiva.
espectro autista
Identificar o efeito
Efeito da equoterapia da equoterapia no
BENDER & Equoterapia é eficaz para
no desempenho desempenho
GUARANY, crianças com autismo, nas
funcional de crianças funcional de
2016 tarefas das áreas de
e adolescentes com crianças e
mobilidade e autocuidado.
autismo adolescentes com
autismo.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os resultados apresentados e evidenciados na literatura, a terapia
com cavalo em pacientes com TEA demonstra que, por meio da andadura do cavalo, o
REFERENCIAS
Manual Estatístico de transtornos mentais: DSM-V ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
SCHMITT, JF. Terapia assistida por animais e pessoas com transtorno do espectro
autista: uma revisão. [tese]. Curitiba (PR): Universidade de Tuiuti do Paraná; 2015.
TORQUATO, J.A., LANÇA, A.F., PEREIRA, D., CARVALHO, F.G., SILVA, R.D. A
aquisição da motricidade em crianças portadoras de Síndrome de Down que
realizam fisioterapia ou praticam equoterapia. Fisioter. Mov. 2013; 26: 515–525.
TRENTINI, C.M. ZAMO, R.Z. Revisão sistemática sobre avaliação psicológica nas
pesquisas em equoterapia. Ver. Psicologia: Teoria e Prática, 18(3), 81-97. São Paulo,
SP, set.-dez. 2016.