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FONOAUDIOLOGIA

ISABELA RUFINO DA ROCHA

MARIA LETÍCIA SANTOS RODRIGUES

AUDIOLOGIA II – AV2

FORTALEZA
2022
ISABELA RUFINO DA ROCHA
MARIA LETÍCIA SANTOS RODRIGUES

AUDIOLOGIA II – AV 2

AV2 para a obtenção de nota avaliativa da


disciplina de Audiologia II do curso de
Fonoaudiologia da Faculdade Pitágoras.

Profa. Fabiana Crespo

FORTALEZA
2022
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1 AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA COMPLETA PARA A IDADE ESTABELECIDA

A avaliação da audição na criança é uma área altamente especializada. É


necessário obter o máximo de informação auditiva que for possível da criança, pois
uma queda na audição interfere no desenvolvimento da linguagem da criança.
Audiologistas e otologistas devem ser flexíveis e atentos quanto a variedade de
testes, visto que a avaliação da audição da criança é complicada pela presença
associada de outras entidades patológicas.

O trabalho na avaliação da audição depende de uma equipe


multidisciplinar (fonoaudiólogos, pediatras, neurologistas, otorrinolaringologistas). As
técnicas devem ser simples e fáceis de se realizar, flexíveis o suficiente para
adequar as necessidades específicas de cada criança e adaptada a habilidades
individuais. Exames como Imitanciometria, PEATE + PEATE – FE (via área e via
óssea), ORL, a avaliação audiológica infantil é baseada no crosscheck, composta
por procedimentos eletroacústicos, eletrofisiológicos e comportamentais: Emissão
Otoacústica e avaliação comportamental são fundamentais no protocolo de
avaliação infantil para a idade estabelecida.
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2 ANAMNESE: DADOS RELEVANTES INVESTIGADOS

Identificação do paciente, conhecer o histórico médico/clínico, principal


preocupação da família, informações sobre a gestação e o nascimento, histórico
médico do ouvido e audição (problemas de ouvido antes dos 6 meses, secreção).
Quantas vezes ao ano a criança tem problemas de ouvido? Antecedentes familiares.
Problemas para ouvir? Ele começou a virar-se em direção aos sons que estava ao
seu alcance? Produziu balbucios em grande variedade até aos 6 meses?

3 AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA COMPLETA: DIZER O QUE FOI FEITO,


EXPLICAR O PROCEDIMENTO E RELATAR OS ACHADOS.

Avaliação do desenvolvimento da função auditiva. Estratégia para avaliar o


desenvolvimento da função auditiva: observação das respostas comportamentais da
criança aos sons. Observação das habilidades auditivas: Virar a cabeça para o lado
em direção ao som e atitude de escuta. 50 dB NA para tons puros. Entre os
principais.

Audiometria do condicionamento do reflexo de orientação. Princípio: procura


não condicionada a um estímulo visual estranho; Associar este reflexo não
condicionado a um estímulo auditivo. Duas caixas acústicas; Duas bonecas de vinil
iluminadas ou qualquer outro estímulo visual iluminado; Dispositivo para controlar o
gerador de som e a luz; Audiômetro com saída para caixa acústica.

Criança sentada a uma distância de 50cm da caixa acústica; Estímulo: tom de


frequência média (1000Hz) a 60 ou 70 dB Estímulo: 5” de apresentação, intervalo de
1” e aciona-se o estímulo visual. Estímulo sonoro e visual alternadamente, até que
haja a procura da fonte sonora antes mesmo que o estímulo visual ocorra; Inicia-se
a pesquisa do nível mínimo de audição com a retirada do estímulo
visualFrequências: 500, 1000, 2000 e 4000Hz; A cada 4 ou 5 estímulos reforçar a
criança com a combinação som-luz; Reforçar a cada troca de frequência.

Conhecimento do desenvolvimento normal da função auditiva. Influência do


desenvolvimento neuropsicomotor. Estímulos sonoros de 60 a 70 dB NPS (guizo ou
PA) são acionados em ordem crescente de intensidade, no plano lateral, àdireita e
àesquerda, com 2 s de duração, à distância de 20 cm do pavilhão auricular.
Resposta esperada nas crianças de 3 meses- resposta de atenção; Observar e
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registrar a reação da criança diante da fala materna, que normalmente érica em


entonação. A mãe deve conversar com a criança lateralmente, à direita e à esquerda
do pavilhão auricular sem fornecer pistas visuais. As crianças de 3 a 6 meses
apresentam respostas de procura da fonte e localização da voz da mãe ou do pai.

4 JUSTIFICAR O RESULTADO RELACIONANDO O POSSÍVEL DIAGNÓSTICO


CLÍNICO.

A integridade anatomofisiológica do Sistema Auditivo, em sua porção tanto


periférica quanto central, constitui um pré-requisito para a aquisição e
desenvolvimento normal da linguagem. O diagnóstico precoce das alterações
auditivas permite. Identificar a perda auditiva e iniciar a estimulação no período
fundamental da aquisição da fala e da linguagem;

A necessidade de um diagnóstico precoce é imprescindível para não


prejudicar o processo de comunicação da criança de modo que o seu processo de
ensino-aprendizagem não seja afetado, uma vez que as implicações são muito
sérias e profundas, podendo até mesmo, afetar o processo de aquisição de
linguagem, fala e comunicação de forma irreversível.

Inicialmente, está sendo avaliada a habilidade de detecção, porém é


importante ressaltar que a presença de resposta não descarta a perda auditiva leve
ou unilateral; Em crianças com perda auditiva unilateral, o comportamento da
criança pode apresentar indícios em uma análise qualitativa da resposta, como por
exemplo, virar sempre para um lado independente da orelha que o som está sendo
apresentado. Sons instrumentais: Atenção Procura da fonte Loc. lateral (D/E) NMR
na ARV (Audiômetro Pediátrico): 80dBNA. Estímulos verbais: Procura ou localiza a
voz da mãe A avaliação do comportamento auditivo não requer equipamentos
específicos para sua realização, mas exige um amplo domínio do examinador para
observar o comportamento esperado para cada faixa etária.

Diminuição e abandono de vocalização, devido a falta do feedback auditivo e


modelos auditivos dos pais. Feedback acústico-articulatório (choro ao nascimento e,
continuando com vocalizações reflexas, balbucios, imitação e comunicação).
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5 CONDUTA FONOAUDIOLÓGICA: RELATAR E JUSTIFICAR.

Em virtude das especificidades encontradas na avaliação infantil, o resultado


do exame na criança deve ser detalhado em formato de parecer, contemplando
tanto dados qualitativos quanto quantitativos da avaliação, a saber: número de
sessões necessárias à finalização da avaliação; descrição do comportamento e
qualidade da interação da criança com o avaliador; análise da qualidade da fala;
exposição dos resultados obtidos por avaliação realizada; resultado quanto ao tipo
de perda auditiva e possível grau desta; orientações e encaminhamentos
necessários à equipe multiprofissional; além de outras informações que o
fonoaudiólogo julgar relevantes.

O Fono é quem deve possibilitar a devida intervenção ainda no período


críticode maturação e plasticidade funcional do SNC, permitindo um prognóstico
mais favorável em relação ao desenvolvimento global da criança.
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REFERÊNCIAS

BELASQUE, PAULA FABIANA ANGELI. AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA.

DE LIMA, Leydiane Castro. Utilização do princípio do cross-check num conjunto


de exames na avaliação audiológica infantil. 2013. Tese de Doutorado. Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo.

DOS SANTOS, Sinéia Neujahr; DA SILVA LOPES, Aline; COSTA, Maristela Julio.
Estudo de caso: a importância da análise conjunta das avaliações no
diagnóstico audiológico infantil. 2009.

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