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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU

FONOAUDIOLOGIA

EMILY APARECIDA RIBEIRO ROCHA – 1819888


MATHEUS LIMA DE PINHO SANTOS - 1829057
VANESSA FLAUSINO SANTOS – 1859423

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA II


PROFESSORA ADRIANA MARQUES DA SILVA

São Paulo
2023
RESENHA DE ARTIGOS NORTEADORES DA AVALIAÇÃO PRÁTICA
SUPERVISIONADA

1. INTRODUÇÃO
Como direcionadores da nossa Avaliação Pratica Supervisionada (APS),
foram usados os seguintes artigos:
• Artigo 1 - O conhecimento, a valorização da triagem auditiva neonatal e a
intervenção precoce da perda auditiva, que foi elaborado pelas autoras Maria
Regina Pereira Boeira Hilú e Bianca Simone Zeigelboim e postado na revista
CEFAC em outubro-dezembro de 2007.
• Artigo 2 - Saúde auditiva dos recém-nascidos: atuação da fonoaudiologia na
estratégia saúde da família, sendo, Raquel Martins Maia, Maria Adelane Monteiro
da Silva e Patrícia Moreira Bezerra Tavares, as autoras. E foi postado em março-
abril de 2012 na revista CEFAC.

2. RESENHA
Sabemos que a audição é de extrema importância na aquisição de linguagem
oral, já que é através da audição que podemos facilitar a nossa interação com o
mundo e consequentemente compreender e adquirir conhecimento. Pensando
no ponto de vista intelectual, consideramos a audição o mais importante dentre
os órgãos. Portanto a prevenção, o diagnóstico e a intervenção são fundamentais
para o desenvolvimento da linguagem da criança, cerca de 50% das perdas
auditivas poderiam ser evitadas ou suas sequelas diminuídas, se ocorressem
precocemente medidas de detecção, diagnóstico e reabilitação, segundo Maria
Regina Pereira Boeira Hilú e Bianca Simone Zeigelboim (2007).

Para que haja uma boa obtenção da fala, existe uma ordem de
desenvolvimento que devemos analisar durantes os primeiros meses do bebê,
os arrulhos, as risadas e balbucios repetitivos é o início da vocalização da criança
e leva a produção de palavras simples. Como citado por Raquel Martins, Maria
Adelane e Patrícia Moreira (2012) qualquer interrupção em algumas dessas
etapas, especialmente as iniciais, acarretará prejuízos importantes no
desenvolvimento de fala e linguagem da criança.
Portanto, recomenda-se que seja feita a avaliação auditiva por meio do teste
de orelhinha em todo recém-nascido, a fim de diagnosticar e posteriormente
iniciar o processo de reabilitação auditiva. De acordo com o primeiro artigo
apresentado o Comitê Brasileiro sobre Perdas Auditivas na Infância (CBPAI)
recomenda a implantação da triagem auditiva neonatal universal (TANU) para
todas as crianças do nascimento até os três meses de idade.

• Métodos

No primeiro artigo “O conhecimento, a valorização da triagem auditiva


neonatal e a intervenção precoce da perda auditiva”, foi utilizado o método de
estudo transversal observacional, que foi realizado com médicos pediatras,
ginecologistas/obstetras, além de mães de bebês nascidos em janeiro a
fevereiro de 2005 em uma maternidade na cidade de Maringá/PR. Os dados
coletados foram analisados de modo quantitativo e qualitativo, e foi utilizado três
questionários como instrumento de coleta de dados.

Já o segundo artigo “Saúde auditiva dos recém-nascidos: atuação da


fonoaudiologia na estratégia saúde da família” trata-se de um estudo
retrospectivo e documental com abordagem quantitativa realizado no período
de fevereiro a maio de 2010, no CSF do bairro Sumaré em Sobral – CE. Para
coletar os dados, foram pesquisados os relatórios mensais de devolutiva do
SASA ao CSF e analisados também os prontuários dos RNs.

• Resultados

ARTIGO 1:

No artigo 1 foram observamos que na pesquisa realizada com os médicos,


100% deles responderam que teriam conhecimento a respeito da detecção e
investigação precoce, principalmente em crianças que apresentam fatores de
risco. Destes, 56% afirmam que orientam quanto a saúde auditiva do bebê e 44%
responderam que não o fazem. Em relação ao teste da orelhinha, 69% dos
médicos entrevistados recomendam a realização do mesmo, já 31% não
orientam os pais e familiares. RNs que não apresentam fatores de risco, apenas
13% dos médicos não acharam relevante a investigação. Quanto a técnicas
utilizadas para realizar a avaliação auditiva, 635 afirmam que conhecem, 25%
responderam o exame de EOA, 65 responderam avaliação comportamental e 6%
o exame de PAETE.

Ainda no artigo 1, em relação aos resultados obtidos com os enfermeiros


entrevistados, sobre o teste da orelhinha, 67% disseram que orientam sobre a
importância e necessidade do procedimento, 22% não orientam e 11% não
responderam. Apesar de 100% dos entrevistados acharem importante investigar
a deficiência auditiva em crianças com e sem fatores, todos eles desconhecem
que 50% das crianças com deficiência auditiva não fazem parte do grupo de
risco.

Já com as mães, ainda no artigo 1, os resultados obtidos em relação a


orientação a respeito de doenças que alteram o desenvolvimento auditivo da
criança, 81% disseram não terem recebido orientação, 19% relataram que foram
orientadas. Sobre o conhecimento da detecção precoce da deficiência auditiva,
72% das mães referiram não ter conhecimento e 28% disseram que sim, destas,
13% através de orientação médica, 2% por fonoaudiólogos e 13% por veículo de
comunicação. Apesar de 56% das mães saberem reconhecer se o filho ouve bem
75% responderam que não tem conhecimento a respeito do desenvolvimento da
audição e linguagem da criança.

ARTIGO 2:

Segundo o artigo 2, no ano de 2009 foram avaliados 88 RNs, e desses 39,77%


falharam no teste de orelhinha, sendo 7% RNs com IRDA e 80% são RNs sem
IRDA.

O artigo 2 apresenta as seguintes informações em relação as características


dos RNs que falharam no teste da orelhinha, de acordo com o sexo, 62,86% são
do sexo masculino e 37,14% do sexo feminino. Sobre o tipo de parto, 42,86%
foram normais, 51,43% cesárea e 5,71% não tinha no registro o tipo de parto. De
acordo com a idade gestacional, 22,86% nasceram de 30 a 37 semanas, 51,43%
foram de 38 a 41 semanas e 25,71% não havia informações sobre a idade
gestacional.

Sobre os fatores de risco, no artigo 2, são 25,71% ototoxidade, 17,14%


prematuridade, hiperbilirrubinemia 2,86%, anoxia 2,86%, sífilis congênita 2,86%,
5,71% peso <2500g, peso <1500g 2,86%.

Segundo acompanhamento dos RNs pelo fonoaudiólogo, de janeiro a agosto


de 2009, dos 46 RNs encaminhados para o teste da orelhinha, apenas 37
realizaram o teste. Em comparação a setembro a dezembro de 2009, das 50
crianças encaminhadas 65 realizaram o teste da orelhinha, ou seja, teve um
aumento de 8,33% após o início da atuação fonoaudiológica em setembro de
2009. Já em relação ao acompanhamento e monitoramento dos RNs, de março
a agosto de 2009, das 13 crianças que falharam no teste, apenas 1 criança
retornou, diferente dos meses de setembro/2009 a fevereiro/2010, que das 26
crianças que falharam no teste, 17 voltaram para o reteste após a atuação de
fonoaudiólogos.

• Conclusão

ARTIGO 1:

No primeiro artigo, conclui-se que há necessidade de informações sobre a


importância do diagnóstico precoce, bem como, dos métodos utilizados para a
sua realização por parte dos profissionais da saúde envolvidos na presente
pesquisa. De acordo com o artigo, uma forma de tentar diminuir o problema,
seria oferecer aos profissionais de saúde envolvidos no período pré e pós
gestacional maiores informações a respeito e consequentemente esses
poderiam orientar melhor as famílias por meio de campanhas e cursos nas
maternidades e postos de saúde sobre a importância da realização do teste da
orelhinha já nas primeiras 48 horas de vida do bebê.

ARTIGO 2:
O segundo artigo, verifica-se um aumento significante do número de
encaminhamentos para o teste da orelhinha e exames realizados após a
inserção da fonoaudiologia na ESF, de acordo com os elementos analisados.
Em relação à incidência, observou-se que o percentual de falha no teste da
orelhinha de um RN sem risco auditivo é maior do que em RN com risco
auditivo. De acordo com as características das crianças que falharam no teste
mostraram maior ocorrência de falhas em RN do sexo masculino, tipo de parto
cesariana e idade gestacional de 38 a 41 semana, e o uso de medicação
ototóxica no período de intenção.

Portanto, através deste estudo, pôde-se concluir que a presença do


fonoaudiólogo na APS é fundamental no acompanhamento e monitoramento do
diagnóstico precoce das alterações auditivas, a fim de propiciar melhoria na
qualidade de vida das crianças no município.
Referências

1. ZEIGELBOIM, Bianca Simone; HILÚ, Maria Regina Pereira Boeira. O


conhecimento, a valorização da triagem auditiva neonatal e a intervenção
precoce da perda auditiva, CEFAC, outubro-dezembro de 2007.
2. DA SILVA, Maria Adelane Monteiro; TAVARES, Patrícia Moreira Bezerra; MAIA,
Raquel Martins. Saúde auditiva dos recém-nascidos: atuação da fonoaudiologia
na estratégia saúde da família, CEFAC, março-abril de 2012.

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