Você está na página 1de 9

Histórico do Desenvolvimento

dos Dispositivos Eletroacústicos

Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI)


E
Implante Coclear (IC)

Profa. Dra. Mônica Pires de Castro


Disciplina: Habilitação e Reabilitação dos Distúrbios da Audição
Curso de Fonoaudiologia
UNIVERSIDADE DE FRANCA
Histórico do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI)
segundo Bergenstoff (1993).

1700 a 1800 : cadeiras com trombetas acopladas.

1876: Alexandre G Bell inventou o telefone nos EUA.

1896: início do uso da versão “desktop” do telefone de Bell,


o que possibilitou aos indivíduos DA receberem treinamento de fala.

1900: 1º AASI analógico.

1920: com o surgimento da válvula, os AASI tornaram-se mais potentes,


duas baterias, ainda muito grandes = não portáteis.

1940 a 1950: surge o 1º AASI convencional devido a miniaturização das baterias. CASTRO, M. P.
Histórico do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI)
segundo Bergenstoff (1993).

1950: invenção dos transistores miniaturização dos AASI.

1955 a 1960: novos transdutores e baterias, surgem os primeiros


retroauriculares e aparelhos embutidos em haste de óculos.

1960 a 1970: com o desenvolvimento dos circuitos integrados, surgem os


primeiros aparelhos intraauriculares e a bobina de indução.

1870 a 1975: surgimento do microfone de inserção e do manequim KEMAR.

1975 a 1980: possibilidade de medição do ganho de inserção e surgimento das CASTRO, M. P.


baterias de zinco.
Histórico do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI)
segundo Bergenstoff (1993).

1980 a 1990: maior desenvolvimento dos circuitos integrados –


surgimento do AASI intracanal e do aparelho digitalmente programável

1992... : aparelho auditivo com processamento de sinal digital.

CASTRO, M. P.
Histórico do Implante Coclear (IC)

Década de 60 que grupos de pesquisa nos EUA passaram a estudar


intensamente estimulação elétrica em seres humanos. Os doutores William
House, Blair Simmons, and Robin Michelson tinham um programa de pesquisas
sobre implante coleares intensivo.

Anos 70 = os primeiros implantes desenvolvidos para uma estimulação de longo


termo foram implantados por esses pesquisadores. Paralelamente no final dos
anos 60 e início dos anos 70, o professor Grareme Clark na Austrália, estudou
extensivamente os efeitos de estimulação elétrica sobre audição de animais e
seres humanos. Ele implantou muitas pacientes adultos com implante multicanal
em 1978 e 1979.

Na literatura encontram-se publicações sobre história moderna do Implante


Coclear (Lux ford & Brackmann 1985; House & Berliner 1991: Mecklenburg &
CASTRO, M. P.
Lehnhardt1991).
Histórico do Implante Coclear (IC)

 No final de 1985, o FDA aprovou o uso comercial do implante Coclear nucleus 22 em


adultos apropriadamente selecionados com perda auditiva neurossensorial profunda.

 Em 1986, experiências clínicas com esse Implante Coclear foram iniciadas com crianças
entre 2 e 7 anos de idade. Quatro anos depois o FDA liberou o uso do implante em
crianças selecionadas.

 Hoje, a técnica de Implante Coclear é considerada um tratamento médico aceito seguro


e efetivo para indivíduos que possuem perda auditiva profunda e não obtêm suficiente
benefício de AASI para tomar sua audição viável para fins de comunicação.

 No Brasil, o primeiro implante coclear foi realizado com aparelho de monocanal, no


início dos anos oitenta, pelo médico otorrinolaringologista Dr. Pedro Mangabeira Albernaz.

CASTRO, M. P.
Considerações sobre a Deficiência Auditiva
no Brasil

De acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE), cerca de 9,7 milhões de brasileiros possuem
deficiência auditiva, o que representa 5,1% da população do país.

CASTRO, M. P.
Texto publicado em 13/10/2019 - 14:15 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

 Estudo feito em conjunto pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda revela a
existência, no Brasil, de 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Desse total, 2,3 milhões
têm deficiência severa.

 A surdez atinge 54% de homens e 46% de mulheres.

 A predominância é na faixa de 60 anos de idade ou mais (57%).

 09% pessoas nasceram com deficiência auditiva nasceram; 91% adquiriram ao longo da vida, sendo
que metade foi antes dos 50 anos.

 Entre os que apresentam deficiência auditiva severa, 15% já nasceram surdos.

 Do total pesquisado, 87% não usam aparelhos auditivos.

CASTRO, M. P.
Texto publicado em 13/10/2019 - 14:15 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Dificuldades

 Dois em cada três brasileiros relataram enfrentar dificuldades nas atividades do cotidiano. “Com isso, eles se
divertem menos, têm menos chance no mercado de trabalho, não têm as mesmas oportunidades educacionais
que os ouvintes têm”.

 A falta de acolhimento e inclusão limitam o acesso dos surdos às oportunidades básicas, como educação
(somente 7% têm ensino superior completo; 15% frequentaram até o ensino médio, 46% até o fundamental e
32% não possuem grau de instrução).

 Vinte por cento das pessoas com deficiência auditiva idosos não conseguem sair sozinhas, só 37% estão no
mercado de trabalho e 87% não usam aparelhos auditivos.

CASTRO, M. P.

Você também pode gostar