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GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA

GISLAINE MARTINS PONTES

8146524

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Atividade referente à disciplina: Língua


Brasileira de Sinais, sob orientação da Profa.
Aparecida Helena Ferreira Hachimine

JOÃO PESSOA

2023
Portfólio (Atividade Ciclo 1 e 2)

Objetivos
• Discutir as possibilidades de educação de surdos, bem como os benefícios e a viabilização de
superação de dificuldades pela deficiência auditiva/surdez com o uso de aparelho amplificador,
do Implante Coclear ou do uso da língua de sinais.
• Refletir sobre a opção do Implante Coclear ser vista como positiva para alguns surdos e
negativa para outros.

Descrição da atividade

Com a leitura do material proposto e indicado, você conheceu a história da educação


dos surdos e as abordagens educacionais que marcaram esse processo: o Oralismo, a
Comunicação Total e o Bilinguismo. Vimos os conceitos de audição e suas funções, e de
deficiência auditiva, bem como suas causas, classificações e formas de prevenção e reabilitação.
Dentre as possibilidades de tratamento para a surdez, fizemos referência ao Implante Coclear:
[...] um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que
estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal
elétrico para o nervo auditivo, a fim de ser decodificado pelo córtex cerebral. O implante coclear
fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes
regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som (ALFA
INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E AUDIÇÃO, 2017).
Uma boa parte dos surdos, não por conformismo, mas por reconhecimento de sua diferença,
são radicalmente contra a realização do implante coclear.

E você? Diante de tudo o que você estudou, apresente sua opinião e argumente sobre a
realização ou não dessa cirurgia pelos surdos.
Reflita sobre as abordagens educacionais em seu texto, não esquecendo de observar a questão
familiar, tendo em vista que cerca de 95% dos pais das crianças surdas são ouvintes.
O implante coclear, utilizado desde a fase inicial da vida em bebês geralmente a partir
de 8 meses de idade, sem restrição de idade máxima, todos com perca auditiva severa ou
profunda bilateral, que compromete acima de 70% da audição, sendo a perca quase total ou
total, podem iniciar os exames para a realização da cirurgia. Se tratando dos bebês e crianças
de forma geral estes ainda não possuem a autonomia de escolher se iram utilizar da língua de
sinais ou da língua oral, tendo assim a total escolha dos pais e/ou responsáveis, se pretendem
ou não realizar a cirurgia, acredito que o implante dá oportunidade do deficiente auditivo de no
futuro, escolher qual método será mais viável, se haverá mais facilidade em se comunicar pela
língua de sinais ou continuará a utilizar do implante coclear.

A cirurgia do implante também é ofertada pelo SUS, contudo se sabe que há muitas
falhas sobre o sistema, que demanda tempo por haver uma vasta fila para a obtenção da vaga
para a colocação do implante coclear, com isso, muitas famílias não conseguem ofertar em
unidades particulares ou convênios, por se tratar não apenas de uma cirurgia em si, mas também
do acompanhamento recorrente em médicos, fonoaudiólogos e entre outros profissionais,
acarretando assim, uma grande dificuldade em ofertar os dois métodos ao deficiente auditivo,
com isso a melhor opção que lhes podem ofertar é a língua de sinais, e que infelizmente no
Brasil, mesmo que considerado um país bilingue, poucas pessoas se comunicam com
deficientes auditivos através da LIBRAS, tornando a comunicação desses indivíduos muito
restrita, e sua autonomia prejudicada, em afazeres simples como ir a padaria ou pegar um
transporte.

Acredito que o implante traz benefícios para os surdos como meio de dar direito de
escolha da forma de se comunicar, porém levam as pessoas com deficiência auditiva a se
enquadrarem em padrões postos pela sociedade oralizada, querendo integrá-los ao modo
imposto pelas pessoas sem deficiência, entretanto todos possuem individualidades, e a língua
de sinais deveria ser imposta nas instituições de ensino para que todos tivessem a plena
capacidade de se comunicar com os deficientes auditivos sem que os excluíssem, podendo
escolher qual maneira gostaria de se comunicar, pois apenas as pessoas com deficiência sabem
o que lhes é desejado, não nos cabe impor padrões e exigir que os sejam cumpridos, manter a
plena convicção que cada um tem o seu direito de escolha, porém com relação as crianças se
for diagnosticada a surdez precocemente, como o teste da orelhinha por exemplo, feito em
recém-nascidos, os responsáveis que terão a escolha de optar ou não pelo implante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

JORNAL HOJE. Implante Coclear: Família de surdos descobre os sons. Youtube, 14


out. 2009. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=KLrAZGbhPGk. Acesso em: 24
set. 2023.

PEDROSO, Cristina Cinto Araújo; ROCHA, Juliana Cardoso de Melo. Língua


Brasileira de Sinais. Batatais: Claretiano, 2013. Caderno de Referência de Conteúdo – CRC -
Material na Sala de Aula Virtual – Unidades 1, 2 e 3. Acesso em: 20 set. 2023.

Quando se escuta com os olhos. Divisão de Audiologia do Instituto Nacional de


Educação de Surdos – INES sobre a Surdez e seu Diagnóstico. Youtube, 08 set. 2012.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=DswRVj5Qa9E. Acesso em: 24 set. 2023.

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