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ABORDAGEM ODONTOLÓGICA A

CLÍNICA INTEGRADA A
CRIANÇAS COM DEFICIENCIAS E
GRUPOS ESPECIAIS
Profª.Ms. Ana Cristina Beviláqua
ana.batista@uninta.edu.br

@draanacristinabevilaqua
PARA VOCÊ O
QUE É SER
ESPECIAL?
A PREVALÊNCIA DE 46 MILHÕES DE PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA FÍSICA, SENSORIAL, MENTAL OU
MÚLTIPLAS.
(BRASIL, CENSO 2010)

CORRESPONDE A 24% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA.

(Pinto, V.V; Ciamponi,A.L., 2018)


CFO 2005,
SEÇÃO XI - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais Art. 69.

• Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, é a especialidade


que tem por objetivo a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e o controle
dos problemas de saúde bucal de pacientes que tenham alguma alteração
no seu sistema biopsicossocial. Leva em conta todos os aspectos
envolvidos no processo de adoecimento do homem, importantíssimos na
adequação do tratamento odontológico frente às necessidades dos
mesmos, levando em conta a classificação de funcionalidade. Além disso,
ter uma percepção e atuação dentro de um espaço de referência que tenha
uma estrutura inter, multi e transdisciplinar, com envolvimento de outros
profissionais de saúde e áreas correlatas, para oferecer um tratamento
integral ao paciente. pesquisas.
PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Refere a cuidados especializados em
odontologia, como pacientes com deficiência,
doenças sistêmicas, dentre outras.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA


Tem como príncipio a valorização do
indivíduo independente das suas limitações
físicas, mental ou sensorial.

(SOUZA, 2020).
OPNE
• O termo correto é
odontologia para
pacientes com
O QUE É OPNE ? necessidades especiais.

• É uma área da odontologia


que engloba de bebês a
idosos, do simples ao
complexo, das alterações
genéticas até as
sistêmicas ou
multifatoriais!
SOUZA, R.C.C, 2020
CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
(CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA)

§ Deficiência Mental: comp. Intelectual de origem genética,


ambiental ou desconhecida;

§ Deficiência física: paralisia cerebral, acidente vascular


cerebral, lesão medular, paralisia infantil, deficiências
motoras limitantes; distrofia muscular, artrite reumatóide,
etc;

§ Anomalias congênitas;

§ Distúrbios comportamentais: autismo;


CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
(CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA)

§ Transtornos psiquiátricos;

§ Distúrbios sensoriais de comunicação: def. auditiva, visual e


fala);

§ Doenças sistêmicas crônicas: diabetes, cardiopatias, doenças


hematológicas, insuficiência renal crônica, doenças auto
imunes, doenças vesículo bolhosas, epilepsia, etc;

§ Doenças infectocontagiosas: HIV, tuberculose, hepatite;

§ Condições sistêmicas: irradiados em região de cabeça e


pescoço, transplantados , oncológicos, imunocomprometidos
SOUZA, R.C.C, 2020
CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
(CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA)

§ PACIENTES AMBULATÓRIAIS

§ PACIENTES HOSPITALIZADOS

§ PACIENTES ACAMADOS

§ PACIENTES DOMICILIARES

SOUZA, R.C.C, 2020


ABORDAGEM ODONTOLÓGICA DA PESSOA
COM NECESSIDADE ESPECIAL

PACIÊNCIA PERSEVERANÇA

AMOR
PERSISTÊNCIA
SOUZA, R.C.C, 2020
ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO PACIENTE
COM NECESSIDADE ESPECIAL
1. AMOR + 3 P
2. IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS
PACIENTE/PROFISSIONAL/FAMÍLIA

SOUZA, R.C.C, 2020


ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO PACIENTE
COM NECESSIDADE ESPECIAL
1. AMOR + 3 P
2. IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS
PACIENTE/PROFISSIONAL/FAMÍLIA

3. DOENÇA BASE

4. COMPLICAÇÕES BUCAIS MAIS PREVALENTES

SOUZA, R.C.C, 2020


ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO PACIENTE COM
NECESSIDADE ESPECIAL

4. COMPLICAÇÕES BUCAIS MAIS PREVALENTES


§ Doença periodontal
§ Cárie dentária
§ Má oclusão
§ Sialorreia
§ Bruxismo
§ Traumatismo dental
SOUZA, R.C.C, 2020
ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO PACIENTE COM
NECESSIDADE ESPECIAL

5. ABORDAGEM AMBULATORIAL (MÉTODOS


DE CONDICIONAMENTO)
DISTRAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO VISUAL,
VERBAL, OLFATÓRIA E
TÁTIL DO PROCEDIMENTO
SOUZA, R.C.C, 2020
TÉCNICAS DE GESTÃO
COMPORTAMENTAL

1. PRÉ-VISITA COM IMAGENS POSITVAS


Fornecer para a criança e
pais informações visuais
sobre o que esperas do
atendimento odontológico.

Proporcionar a criança a
possibilidade de tirar duvidas
sobre o atendimento.

Desvincular sentimentos
negativos, desmistificar o
atendimento odontológico.
TÉCNICAS DE GESTÃO
COMPORTAMENTAL

2. DIZER, MOSTRAR E FAZER


1º EXPLANAÇÃO VERBAL DO PROCEDIMENTO

2º DEMONSTRAÇÃO VISUAL, VERBAL,


OFATÓRIA E TÁTIL DO PROCEDIMENTO

3º SEM DESVIAR DA EXPLICAÇÃO,


DEMOSTRAR O PRCEDIMENTO
TÉCNICAS DE GESTÃO
COMPORTAMENTAL

3. CONTROLE DE VOZ
TÉCNICAS DE GESTÃO
COMPORTAMENTAL

4. REFORÇO POSITIVO E ELOGIOS

• SOCIAIS
• NÃO SOCIAIS
• REFORÇADORES SOCIAIS

• REFORÇADORES NÃO SOCIAIS


5. PRESENÇA OU AUSÊNSIA DOS PAIS

OTIMIZA PREJUDICA
6. PRESENÇA OU AUSÊNSIA DOS PAIS

Reconhecer :
OTIMIZA ou PREJUDICA o atendimento

Objetivos:
• Diminuir a percepção do desconforto
• Atenção e cooperação
• Evitar comportamento negativo ou recusa
• Realçar comunicação pais-criança-dentista

Indicações: Deve ser preconizada para qualquer


atendimento de OPNE o responsável.
ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO PACIENTE
COM NECESSIDADE ESPECIAL

7. MÉTODOS DE ESTABILIZAÇÕES

TÉCNICA DE ESTABILIZAÇÃO PROTETIVA


SOUZA, R.C.C, 2020
TÉCNICA DE ESTABILIZAÇÃO PROTETIVA
TÉCNICA DE ESTABILIZAÇÃO PROTETIVA
ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO PACIENTE
COM NECESSIDADE ESPECIAL
Dispositivos para Adequação Corporal e de
Estabilizadores
Movimentos na Clínica Odontológica
DISPOSTIVOS
AUXILIARES

PEDWRAP
MACRI
ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO PACIENTE
COM NECESSIDADE ESPECIAL
1. AMOR + 3 P
2. IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS PACIENTE/PROFISSIONAL/FAMÍLIA

3. DOENÇA BASE

4. COMPLICAÇÕES BUCAIS MAIS PREVALENTES

5. ABORDAGEM AMBULATORIAL (MÉTODOS DE CONDICIONAMENTO)

6. PRESENÇA OU AUSENSIA DOS PAIS

7. MÉTODOS DE ESTABILIZAÇÕES

8. CONHECER OS LIMITES DE ATUAÇÃO

9. SEDAÇÃO X ANESTESIA GERAL


A SEDAÇÃO MÍNIMA EM OPNE AMBULATORIAL
ÓXIDO NITROSO

Gás inorgânico, incolor, odor levemente adocicado.


• Sedativo leve
• Aumenta o limiar da dor. NÃO DISPENSA ANESTESIA

Objetivos:
• Reduzir ou eliminar movimentos ou reações
negativas durante o atendimento.
• Reduzir ou eliminar movimentos a ansiedade.
• Cooperação da criança.
• Aumenta a tolerância para consultas mais longas.
Mecanismo de ação do óxido
Nitroso
• Atua no sistema nervoso, com mecanismo de ação
ainda não elucidado;

• Promove uma leve depressão da córtex cerebral e


não deprime o centro respiratório, mantendo o
reflexo laríngeo;

• Tranquiliza o paciente de forma rápida e segura,


diminuindo a sua sensibilidade à dor;

• Propriedades analgésicas e sedativas.


Mecanismo de ação do óxido
Gaujac C, Santos HT, Garção MS, Silva Júnior, J, Brandão JRMCB, Silva TB. Sedação consciente em
odontologia. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 set-dez; 21(3): 251-7

Nitroso
• Tem pouca solubilidade no sangue e tecidos:
- Promove propriedades farmacocinéticas
adequadas

• Elevada velocidade de transposição das


membranas biológicas
- Promove efeitos eficazes específicos e globais no
SNC.
- Cerca de 5min alcança níveis ideais de sedação.
- Dentro de minutos após término paciente estará
livre para execução de atividades.
A SEDAÇÃO MÍNIMA EM OPNE AMBULATORIAL
ÓXIDO NITROSO
Indicações:
• Medo incontrolável
• Náuseas fortes
• Pacientes com grau leve de ansiedade e capacidade
de cooperação.

Contraindicações:
• Respiradores bucais
• Pacientes em tratamento psiquiátrico
• Pacientes muito agitados.
A sedação consciente mostra-se como
um método válido que não abrange
somente o uso de óxido nitroso, mas
também de outros medicamentos
como os benzodiazepínicos.
A SEDAÇÃO MÍNIMA EM OPNE AMBULATORIAL
• BENZODIAZEPÍNICOS (EX: MIDAZOLAN/ DIAZEPAN)
• AGENTES SEDATIVOS (EX: PROMETAZINA, A HIDROXIZINA E O HIDRATO DE CLORAL)
• ÓXIDO NITROSO E OXIGÊNIO

• CUIDADO COM A INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA !!!


REVERSOR

Flumazenil (Intramuscular ou intravenoso) Dose adulto 0,2mg/Kg – 15 segundos

Dose infantil 0,01-0,02 mg/kg de flumazenil (máximo: 0,2 mg) - 15


segundos
Flumazenil (Intramuscular ou intravenoso)

Se efeito desejado não obtido após 45 segundos,


nova dose de 0,01mg/kg (até 0,2mg) pode ser
administrada e repetida a cada 1 min. ( até 4
repetições) ou até a dose total máxima de
cumulativa de 0,05 mg/kg ou 1 mg
EFEITO ANTERÓGRADA
AQUAIS OS FATORES IRÃO INFLUENCIAR
NA ESCOLHA DA SEDAÇÃO?

• PERFIL DO PACIENTE?

• PROCEDIMENTO A SER REALIZADO?

• PESO/IDADE

• CONDIÇÃO SISTÊMICA

• USO DE DROGAS DE USO CONTÍNUO.


ATENDIMENTO
INFANTIL SOB
ANESTESIA GERAL
QUANDO DEVO INDICAR A
ANESTESIA GERAL?
ANESTESIA GERAL

INDICAÇÕES: Exclusivo Primeiro no mercado

• Paciente muito mi.


Lorem ipsum agitado,
Etiam aliquet eu agressivo, com movimentos
involuntários bruscos;
dolor sit amet, Ut fermentum
consectetur a magna ut

• Vômito excessivo (hiperemese);


adipiscing elit. eleifend.

• Convulsões (de repetição);


• Cirurgias de grande porte;
• Traumas (emergências);
• Sensíveis Testadoou alérgicos Autêntico a anestésicos locais;
• Incompatibilidade
Integer convallis dos
Suspendisse sit A.L;
• PROCEDIMENTOS longos (bebês)
suscipit eu varius. amet ipsum varius
Morbi a purus finibus justo viverra
dolor. blandit.

• Impedimento físico e/ou emocional


SEDAÇÃO GRAUS: DIFERENÇA ENTRE SEDAÇÃOE
AN. GERAL
ANESTESIA GERAL

PROFUNDA

MODERADA

LEVE
SEDAÇÃO: NIVEIS
LEVE
FECHA OS OLHOS, COMEÇA
DAR UM SONO, MAIS SE
CHAMAR RESPONDE AO
CHAMADO

MODERADO ESTARÁ COM OS OLHOS


FECHADOS E AO CHAMADO
NÃO RESPONDE, NECESSITA
ESTÍMULO TÁTIL ( ACORDA)

ESTARÁ COM OS OLHOS


PROFUNDO FECHADOS E AO CHAMADO
E ESTÍMULO TÁTIL NÃO
RESPONDE, NECESSITA
ESTÍMULO DOLOROSO
AVALIAÇÃO PRÉ
ANESTÉSICA

ANESTESIA
ASPECTOS LEGAIS
CONSULTA
EXAME FÍSICOS
GERAL
EXAMES
COMPLEMENTARES
RISCOS E
CLASSIFICAÇÕES
MEDICAÇÕES EM USO
JEJUM

EVENTO CIRÚRGICO
QUAIS EXAMES O CIRURGIÃO DENTISTA DEVE
SOLICITAR???

• Exames hematológicos:
- Hemograma completo
- Glicemia jejum
- Hemoglobina glicada ( DM)
- Contagem de plaquetas
- Tempo de coagulação (TC)
- Tempo de sangramento (TS)
- Tempo de Atividade da Protrombina (TAP)
- Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada
(TTPa)
- Relação Normatizada Internacional (INR)

• Radiografia de tórax
• Eletrocardiografia
ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO PACIENTE
COM NECESSIDADE ESPECIAL

10. IMPORTÂNCIA DOS RETORNOS E


ACOMPANHAMENTOS
PERIÓDICOS/MANUTENÇÃO DA SAÚDE BUCAL
EM CASA.
ABORDAGEM ODONTOLÓGICA AO
PACIENTE COM NECESSIDADE ESPECIAL
1. AMOR + 3 P
2. IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS PACIENTE/PROFISSIONAL/FAMÍLIA

3. DOENÇA BASE

4. COMPLICAÇÕES BUCAIS MAIS PREVALENTES

5. ABORDAGEM AMBULATORIAL (MÉTODOS DE CONDICIONAMENTO)

6. PRESENÇA OU AUSENSIA DOS PAIS

7. MÉTODOS DE ESTABILIZAÇÕES

8. CONHECER OS LIMITES DE ATUAÇÃO

9. SEDAÇÃO X ANESTESIA GERAL

10. IMPORTÂNCIA DOS RETORNOS E ACOMPANHAMENTOS


PERIÓDICOS/MANUTENÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM CASA.

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