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INTRODUÇÃO

A odontologia é uma profissão que entra em contato com uma diversidade muito
grande de pacientes. Dentre eles, são encontrados desde crianças a adultos
portadores de uma necessidade especial, conhecidos como PNE. Seguindo nesse
contexto, é possível afirmar que a cada dia mais procura-se capacitar os profissionais
para saber como levar esse atendimento diferenciado, por que para atender pacientes
especiais é preciso e necessário conhecer suas necessidades e fazer adequações,
objetivando e exercendo uma odontologia para todos.
Pacientes portadores de necessidades especiais (PNEs) são indivíduos não só com
limitações físicas, mentais e sensoriais, mas também os diagnosticados com doenças
crônicas, como hipertensão, diabetes, hipo e hipertireoidismo. Autistas, gestantes,
pacientes com síndrome de down, pacientes com paralisia cerebral também são
alguns exemplos.
Antes de mais, é importante considerar que os pacientes especiais são mais
vulneráveis ao aparecimento de doenças bucais, quando comparados à população em
geral. Isso acontece devido ao comprometimento físico e mental que normalmente
apresentam. Em suma, quanto maior a dedicação dos profissionais e dos cuidadores
maior a chance de ter sucesso no tratamento e prevenção.
Sob essa ótica, é notório a importância do trabalho do atendimento do paciente no
processo de inclusão social, levando sempre um tratamento humanizado e acolhedor
tanto para o paciente como para os cuidadores com técnicas e manejos diferenciados
já que cada paciente tem em si sua individualidade.
Em segunda análise, ressalta-se que o insucesso da assistência direcionada aos
pacientes especiais é atribuído a vários fatores, dentre eles falta de conhecimento,
despreparo, informações inadequadas, dificuldade de acesso ao tratamento
odontológico nos sérvios de saúde e a falta de conhecimento por parte dos cuidadores
também.

DESENVOLVIMENTO
Pacientes portadores de necessidades especiais (PNEs) são indivíduos que
apresentam uma alteração de etiologia biológica, física, mental, social e/ou
comportamental, que requer uma abordagem especial, multiprofissional e um
protocolo específico. Em suma para atender pacientes especiais é necessário, por
parte do cirurgião-dentista, conceituar, classificar e conhecer as condições físicas,
mentais, médicas e sociais desses indivíduos, para assim utilizar uma abordagem
adequada e individualizada para cada caso. Por meio de uma anamnese detalhada
obtida a partir da interação com os familiares e/ou cuidadores, o profissional terá o
entendimento necessário para realizar as adequações referentes ao atendimento
odontológico: informações relacionadas a comportamentos, uso de medicamentos,
higiene bucal, são de extrema importância para que, ao realizar o atendimento
odontológico, o CD esteja ciente das adaptações e manejo adequados para aquele
paciente.
Ainda existe uma quantidade significativa de insucesso odontológico relacionado a
pacientes PNE isso acontece por vários fatores. Sendo na sua grande maioria por
falta de conhecimento e/ou despreparo do cirurgião-dentista no atendimento a esses
pacientes, falta de informações sobre as condições bucais e necessidades de
tratamento, dificuldade de acesso ao tratamento odontológico nos serviços de saúde
e falta de conhecimento dos cuidadores/responsáveis sobre a importância da saúde
bucal do paciente .Os PNEs necessitam de um atendimento individualizado, e, por
apresentarem limitações,já que uma grande parte desses pacientes tem sua
coordenação motora perdida ou comprometida, a maioria desses indivíduos e seus
responsáveis não são capazes de realizarem uma higiene bucal eficiente.
O profissional deve aderir técnicas de manejo adequadas para aquele paciente e
sua condição, para que assim contribua com o procedimento, algumas dessas
técnicas de manejo que são utilizadas, sao elas: a comunicação e a orientação
comunicativa; a criação de vínculo, a observação direta; o “dizer-mostrar-fazer”; o
controle de voz; o reforço positivo; a distração; a comunicação não-verbal, entre
outras. Porém,ocasionalmente, em função de limitações para a cooperação, sejam
físicas ou emocionais, algumas pessoas com deficiência podem demandar técnicas
mais avançadas. Entre as mais conhecidas estão a estabilização protetora, a
sedação e a anestesia geral. Como as outras técnicas, essas também devem ter
como foco a facilitação dos objetivos de comunicação, cooperação e de efetivação
de um cuidado em saúde bucal com qualidade, bem como serem utilizadas com
responsabilidade, ética e a partir de avaliações criteriosas, que considerem o
contexto e as necessidades do usuário e sua família, e realizadas a partir do
consentimento prévio informado . Alguns dos PNEs apresentam características
físico-químicas e morfológicas diferentes dos pacientes considerados normais,
fazendo parte do grupo de maior risco de desenvolvimento de carie dentaria, doença
periodontal e má oclusão.
Além disso, um grande número de PNEs utilizam medicamentos anticonvulsivantes,
sedativos, ansiolíticos, que muitas dessas drogas possuem açúcar em sua fórmula,
outros apresentam o efeito de reduzir a salivação normal do paciente, acrescenta-se
também, a inabilidade em realizar a própria higiene bucal, necessitando do auxílio do
responsável para escovação.
Portanto, é notório que os pacientes portadores do PC (paralisia cerebral) sofrem
alterações sensoriais, assim também gustativas, por isso o dentista deve estimular, e
estar presente desde cedo nesse processo.

CONCLUSAO

Conclui-se que Pacientes com Necessidades Especiais essas pessoas têm até duas
vezes mais chance de ter doenças bucais do que a população tradicional. O
Cirurgião-Dentista precisa ser visto como parte da equipe multidisciplinar no cuidado
com a saúde do paciente de forma integrada e não isoladamente. Além disso, em
caráter preventivo, é preciso que pais, mães e familiares busquem assistência
odontológica assim que nascer os primeiros dentes e também que adotem um
programa de prevenção de saúde bucal para rotina periódica de visitas, assim como é
feito com os demais profissionais de saúde, além disso os profissionais devem saber
como aplicar as técnicas de manejo adequada para cada PNE de acordo com a
necessidade.
Pode-se levar em conta algumas adaptações em escovas, auxílio com abridores de
boca para algumas condições e, assim, sempre individualizando de acordo com a
necessidade específica. Os pacientes com transtorno do espectro autista, por exemplo,
podem ter alterações sensoriais que dificultam a realização da higiene bucal. Assim
que identificada a dificuldade, o profissional irá individualizar a técnica de escovação
para aquela pessoa. Algumas técnicas facilitam muito e esse paciente precisa, em sua
maioria, de pistas visuais que organizam a realização da tarefa. Os pais são bem
orientados e a atividade vai evoluindo até chegar a uma escovação adequada. Alguns
têm mais dificuldade e outros menos.

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