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Pacientes com deficiência

visual e Auditiva

Maria Fernanda de Paula Petean


Victor Miglioli Nogueira
Vinícius Carvalho Tamburi
Sumário
01 Deficientes Visuais

02 Deficientes Auditivos

03 Deficiente Visual+Auditivo

04 Manejo no Atendimento odontológico

Referências
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01
Deficientes visuais
Deficientes Visuais
• O termo "pacientes com deficiência visual" abrange tanto pessoas cegas quanto aquelas com baixa visão. A "deficiência visual" compreende um
espectro que varia desde a cegueira total até a visão subnormal ou baixa visão, caracterizando-se pela alteração da capacidade funcional visual.
Isso implica em adaptações no processo educacional, na integração social e nas atividades cotidianas, como vestir-se, alimentar-se e realizar a
higiene oral.

• A cegueira pode ser congênita ou adquirida ao longo da vida. No que diz respeito às características odontológicas clínicas, observam-se
principalmente a falta de higiene bucal, traumas dentais e lesões em tecidos moles resultantes de acidentes ou quedas.

• Conforme indicado por um artigo consultado, os pacientes com deficiência visual demonstram uma preferência por manter o mesmo profissional
ao longo dos anos. Essa escolha não se deve apenas ao acolhimento, que é um ponto crucial, mas também ao fato de que esses pacientes
memorizam as rotas e layouts das construções no trajeto de casa até a clínica odontológica.

• A ausência de visão gera insegurança em relação à saúde bucal, levando as pessoas com deficiência visual a buscar frequentemente o dentista
para revisões e prevenção. Dessa forma, cabe ao cirurgião dentista reforçar técnicas de escovação, orientar sobre uma dieta não cariogênica e
esclarecer dúvidas frequentes relacionadas à saúde bucal.
Deficientes Auditivos
Deficientes Auditivos
● Se considera uma pessoa com deficiência auditiva quando há a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (DB) ou mais,
aferida por audiograma nas frequencias de 500HZ, 1000HZ, 2000HZ e 3000HZ, podendo ser classificado em leve, moderado, moderadamente
grave ou profunda, afetando uma ou mais orelhas.
● Essa perda pode congênita ou iniciar precocemente na infância por infecções , ruido, estar associada a idade ou uso de drogas otológicas
● -Existe uma relação entre surdez e hipoplasia dental devido ao fato de o desenvolvimento do nervo auditivo ocorrer no período embrionário
do dente, podendo provocar alterações na estrutura dentaria ;

● -Importante conhecer o mínimo da comunicação de sinais em básicos para serem utilizados durante o atendimento odontológico, como:
´´quero falar´´, ´´esta doendo´´, ´´dói muito´´, ´´dói pouco´´, ´´pare´´, ´´quero cuspir´´, ´´estou bem´´,

● -Deve-se reunir informações para identificar/elaborar um melhor tratamento diagnóstico e prognóstico;

● - O uso da língua de sinais ajuda a reduzir o receio que existe entre esses pacientes e aumenta a confiança no profissional;

● - A maioria das consultas podem ser feitas com os paciente sendo ajudado por um familiar, porem isso pode muitas vezes gerar
constrangimento, muito pelo fato do paciente quere autonomia;
● -A forma de como o profissional irá lidar com os pacientes com deficiência auditiva na clinica odontológica dependerá de vários fatores como
a idade, gravidade da perda auditiva, problemas associados, habilidades e preferências de comunicação e educação .
● Assim, sendo indicado o tratamento de maneira personalizada.
Deficientes Visuais + Auditivos
Deficiesntes Visuais + Auditivos
● A classificação da surdocegueira ocorre conforme o período de aquisição da linguagem,
distinguindo-se entre antes da aquisição (surdos-cegos pré-linguísticos ou pré-simbólicos)
e após a aquisição (surdos-cegos pós-linguísticos ou pós-simbólicos). As crianças surdo-
cegas pré-linguísticas dependem principalmente do olfato e do tato como principais
meios de interação com o mundo, o que limita significativamente o desenvolvimento da
comunicação.

● Por outro lado, os surdos-cegos pós-linguísticos são educados predominantemente no


abstrato, e os resíduos de comunicação que apresentam podem ser aproveitados e
adaptados para promover maior autonomia.

● O surgimento da surdocegueira pode ser classificado como congênito ou adquirido. A


principal causa da surdocegueira congênita é a rubéola congênita, que representa 40%
dos casos. Existem também outras causas menos frequentes, como microcefalia,
síndrome de Goldenhar, síndrome de Lennox Gastaut, septicemia, eritroblastose fetal,
prematuridade, meningite, síndrome de Usher, entre outras síndromes em estudo, além
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Manejo no Atendimento
Odontológico
Manjo no Atendimento odontológico
É essencial conduzir uma anamnese detalhada com os pais/responsáveis ou guia-intérprete para compreender as causas da surdocegueira. É comum encontrar
hipoplasia do esmalte (associada à surdez) e traumas dentais, bem como lesões em tecidos moles decorrentes de acidentes ou quedas.

Durante a anamnese, é crucial avaliar:

1. Grau de deficiência auditiva e visual: Considerando que o grau varia, é fundamental entender o nível de comprometimento psicomotor e os possíveis agravos
no desenvolvimento. É importante comunicar aos pais o tipo de comunicação adequada, objetos de referência e hábitos.

2. Higiene bucal: Perguntar sobre os métodos utilizados para a higiene bucal.

3. Orientação sobre a frequência das consultas: Informar aos pais/responsáveis a importância da regularidade nas consultas para o tratamento.

4. Sequência de procedimentos: Iniciar as consultas por procedimentos simples, como profilaxia e escovação, de maneira breve, evitando que o paciente
mantenha a boca aberta por longos períodos.

5. Minimizar movimentos bruscos: Evitar movimentos bruscos que possam assustar o paciente, assim como instrumentos que liberem resíduos (água e pó) para
prevenir desconfortos.

6. Pacientes com aparelhos auditivos: Recomendar a remoção durante o atendimento, pois o som de alta rotação, ultrassom e sugadores pode causar
desconforto.

7. Caso de não cooperação: Se o paciente não for colaborativo, considerar o uso de medicamentos para reduzir a ansiedade. Estabilizações podem ser feitas com
o auxílio do acompanhante, faixas ou lençóis estabilizadores. Em último caso, procedimentos odontológicos podem ser realizados sob anestesia geral.

8. Necessidade de abridores: Utilizar abridores de silicone, borracha, madeira, plástico, etc., conforme necessário para manter a abertura bucal adequada .
Referências
Referências
• https://doi.org/10.5335/rfo.v18i1.3030

• http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29004
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