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Universidade Federal de Uberlândia

Faculdade de Odontologia
Área de Odontologia Pediátrica
Unidade de Odontologia Pediátrica 4

Roteiro de Aula
Protocolo de Atendimento Odontológico da Criança com Deficiência

Prof.ª Fabiana Sodré de Oliveira

Objetivos da aula:
Ao final da aula o(a) aluno(a) deverá ser capaz de:
 Descrever o protocolo de atendimento odontológico da criança com deficiência;
 Citar os cuidados especiais que devem ser considerados no atendimento odontológico
da criança com deficiência.

1 Considerações iniciais
2 Protocolo de Atendimento Odontológico
2.1 Idade da primeira consulta.
2.2 Protocolo clínico (duas consultas):
2.2.1 Primeira consulta:
 Acolhimento;
 Anamnese;
 Coleta de informações;
 Orientações específicas;
 Avaliação dos sinais vitais;
 Exame clínico geral, extrabucal e avaliação intrabucal;
 Solicitação de parecer médico;
 Orientações finais;
 Agendamento do retorno.
2.2.2 Segunda consulta:
 Acolhimento;
 Anamnese (breve);
 Orientações específicas;
 Avaliação dos sinais vitais;
 Limpeza ou profilaxia profissional;
 Exame clínico extrabucal e intrabucal;
 Exame radiográfico (se necessário);
 Avaliação do risco à cárie;
 Elaboração e execução do plano de tratamento;
 Agendamento do retorno.

3 Cuidados especiais
3.1 Ambiente de trabalho:
 Reduzir o tempo de espera o máximo possível;
 Remoção de obstáculos – atendimento na cadeira de rodas;
 Ajuste da temperatura ambiente.
3.2 Pais/cuidadores:
 Sentimentos dos pais;
 Aceitação da deficiência;
 Busca do diagnóstico.
3.3 Crianças:
 Conhecer a criança e a deficiência;
 Comportamento da criança;
 Gerenciamento do comportamento: capacidade de comunicação afetada,
capacidade intelectual afetada, nem a capacidade de comunicação e nem a
intelectual afetada;
 Técnicas de gerenciamento comportamental: falar-mostrar-fazer; falar-
“sentir”-fazer; modelagem; distração; comunicação não verbal; reforço
positive; estabilização protetora (importância do termo de consentimento
assinado).
 Posicionamento da criança:
 Idade, grau de cognição, sequelas e/ou deformidades associadas à patologia de
base;
 Sequelas e/ou deformidades: reflexos musculares involuntários, alterações na
coluna vertebral; paralisias e paresias; qualquer alteração postural: dificuldade
de deglutição e respiração;
 Cadeira odontológica inclinada para trás (45 graus): oferece mais apoio,
sensação de segurança e reduz a dificuldade de deglutição;
 Recursos para o posicionamento da criança.
 Estabilização da cabeça da criança:
 Criança com paralisia cerebral manter a cabeça em linha média; membros não
podem ficar em posição forçada; evitar o contato da nuca – pode potencializar
o reflexo muscular;
 Criança com síndrome de Down: instabilidade atlantoaxial – maior mobilidade
entre as vertebras C1 e C2.
3.4 Atendimento odontológico:
 Parecer médico;
 Profilaxia antibiótica;
 Posicionamento da luz do refletor;
 Abridor de boca;
 Sugador e rolos de algodão;
 Rotina de atendimento;
 Diversas consultas;
 Sessões curtas.

4 Metas básicas do atendimento odontológico de crianças com deficiência


 Despertar o interesse pela saúde bucal;
 Educar o paciente para que aceite o tratamento;
 Construir um relacionamento de confiança;
 Aliviar o medo, a ansiedade e a dor;
 Manter e restabelecer a saúde bucal.

Bibliografia Básica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Guia de Atenção à Saúde
Bucal da Pessoa com Deficiência / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Especializada à
Saúde Departamento de Atenção Especializada e Temática Secretaria de Atenção Primária à
Saúde Departamento de Saúde da Família. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 120 p.
CALDAS Jr., A. F.; MACHIAVELLI, J. L. Atenção e Cuidado da Saúde bucal da pessoa com
deficiência: protocolos, diretrizes e condutas para cirurgiões-dentistas. Recife: Ed. Universitária,
2015. 231 p.
SOUZA, R. C. C. Odontologia Especial Pediátrica: correlação prática e evidências. São Paulo:
Quintessence Editora, 2019.

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