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A Síndrome de Down (SD), é um distúrbio cromossômico descrito pela primeira vez no ano de
1866, pelo médico inglês John Longden Hyden Down. Após 93 anos dessa descoberta, em
1959 outros dois médicos, Jérôme Lejeune e Pat Jacobs conseguiram demonstrar que ela é
resultado de um erro na divisão dos cromossomos nas células dos pais, obtendo-se um
cromossomo extra no par 21, denominando o achado de Trissomia 21. A SD manifesta-se com
anomalias físicas e mentais em diversos níveis, determinando algumas características próprias
desses indivíduos. Além disso, os mesmos podem sofrer com defeitos congênitos cardíacos e
gastrointestinais, anomalias no trato urinário, transtornos respiratórios, auditivos e de visão,
incapacidade mental leve ou moderada, entre outros1,2,3 .
Referencia: 4. World Health Organizacion. Oral health survey: basic methods. 4th ed.
Geneve: ORH EPID: 1997. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer.
Imunoterapia. [acesso 11 mar. 2012] Disponível em:
http://inca.gov.br/tratamento/imunoterapia.htm
Referencia : 2. Kane AB, Kumar V. Patologia ambiental e nutricional. In: Cotran RS.
Robbins: patologia estrutural e funcional. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
2000. 3. Ong JL, Hoppe CA, Cardenas HL, et al. Osteoblast precursor cell activity on HA
surfaces of different treatments. J Biomed Mater Res. 1998. 39(2):176-83. 4. World Health
Organizacion. Oral health survey: basic methods. 4th ed. Geneve: ORH EPID: 1997.
Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Imunoterapia. [acesso 11 mar. 2012]
Disponível em: http://inca.gov.br/tratamento/imunoterapia.htm .5. Mutarelli OS. Estudo in
vitro da deformação e fadiga de grampos circunferenciais de prótese parcial removível,
fundidos em liga de cobalto-cromo e em titânio comercialmente puro. [tese] São Paulo:
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. 2000.
Apesar de um maior índice de doença periodontal, nesses pacientes, observa-se uma menor
prevalência geral de cárie, que acomete, com mais frequência, os segundos molares inferiores,
seguidos dos superiores e primeiros molares superiores, seguidos dos inferiores, sendo a
maior prevalência no arco superior do que no inferior, decorrente da higiene oral deficiente pela
restrição do movimento8. Essa menor prevalência de cárie deve-se à sialorreia constante
desses pacientes e ao aumento da capacidade tampão da saliva 10
Citação :Santos, Isabela Vieira, et al. "O papel do cirurgião-dentista em relação ao câncer
de boca." Odontologia Clínico-Científica (Online) 10.3 (2011): 207-210.
CONDUTA DURANTE O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO: Realizar um questionário de
saúde, assinado pelo responsável do paciente. O Cirurgião Dentista pode designar um espaço
para relatar observações complementares sobre o estado de saúde do paciente, como registrar
a existência de comprometimentos sistêmicos (cardiopatias, alergias e problemas endócrinos),
comuns nos indivíduos acometidos pela síndrome de down. Alguns desses protocolos são: •
Verificar uso de medicamentos que possa interferir no tratamento odontológico • Informar sobre
internações e cirurgias anteriores do paciente, verificando traumas e experiências anteriores
que foram desagradáveis. • Ficar atento ao exame físico para evidências de maus tratos,
abandono ou negligência. • Usar técnicas no atendimento dos pacientes com SD semelhantes
as técnicas utilizadas em Odontopediatria, como a moldagem ou modelagem do
comportamento, técnica do dizer, mostrar, fazer, imitação, competição e controle de voz • Ter
cautela ao mexer no paciente devido à instabilidade da articulação atlantoaxial na coluna
cervical, evitando hiperextensão afim de não traumatizar a medula e nervos periféricos. •
Observar também variações de temperatura, sudorese, atentando-se para apneias e paradas
respiratórias. • Fazer à promoção da saúde, priorizando os meios e métodos preventivos a
saúde bucal dos pacientes antes do primeiro ano de vida. • Realizar exames clínicos por um
período e controle radiográfico. • Orientar a família sobre a importância da higienização oral e
da utilização do fio dental. • Falar com os pais sobre o atraso da erupção de dentes nestes
pacientes (CAMPOS, 2019).
Citação file:///C:/Users/lorra/Downloads/Amanda%20e%20Brenda%20tcc.pdf
Referencia: 2. BERTHOLD TB, Araujo VP, Robinson WM, Hellwig I. Síndrome de Down:
aspectos gerais e odontológicos. Rev Ci méd biol, Salvador 2004 jul./dez.;3(2):252-60.
Nos acometidos, o primeiro dente decíduo na cavidade oral ocorre por volta do 12º ao
20º mês de vida e a dentição decídua estará totalmente erupcionada somente aos 4
ou 5 anos de idade. Eventos semelhantes ocorrem com a dentição permanente, sendo que
o primeiro dente dessa dentição erupciona aproximadamente aos 8 ou 9 anos de idade15,
16.Acúmulo de placa bacteriana predispõe gengivite; periodontite; úlceras aftosas; infecções
orais por cândida; destruição periodontal severa; halitose e perda precoce dos elementos
dentários são sintomas encontrados no portador de SD5, 17, 18
16. SOARES KA, Mendes RF, Prado Júnior RR, Rosa LC, Costa KCA. Prevalência de
maloclu-são em portadores de Síndrome de Down na cidade de Teresina-PI. RGO (Porto
Alegre)2009 abr.-jun. ;57(2):187-91
17. GONÇALVES SS, Canalli CSE, Babinski SG, Babinski JW, Miasato JM.
Levantamento das condições de cárie e doença periodontal na associação de
portadores da síndrome de Down em Teresópolis-RJ. Rev odontologia Universidade da
Cidade de São Paulo 2010 jan./abr.;22(1):19-24.18. MEDRADO AP, Silva DARC,
Wanderley FGC. Estudo da prevalência de lesões em muco-sa oral de pacientes
portadores de necessidades especiais. Rev Bahiana Odontol 2015 ago.;6(2):73-80
O CD deve estar ciente das possíveis complicações e características intra e extrabucais para
atender melhor às necessidades do seu paciente. Alguns cuidados devem ser priorizados, tais
como uma anamnese cuidadosa com o objetivo de compreender e interpretar as condições de
ordem geral e comportamental da criança, assim como obter um diagnóstico preciso, e
então traçar um plano de tratamento adequado. A utilização de reforço positivo,
atendimento pontual, consultas curtas, atenção às formas de expressão, gestos e
reações, preferir procedimentos mais simples nas primeiras consultas, são orientações
essenciais9
Referencia: 9. CAMERA GT, Paula MA, Roberta BD, Baggio FG, Faglioni B-CDC. O
papel do cirurgião--dentista na manutenção da saúde bucal de portadores de síndrome
de down. Odontol Clín-Cient 2011 set.;10(3):247-50
Uma atenção especial deve ser dada à medicação prescrita para esses pacientes, pois,
em sua maioria, fazem uso de diversas drogas devido ao desenvolvimento de doenças
crônicas sistêmicas que a síndrome lhes confere. Entre os medicamentos utilizados estão
medicamentos para tratamento de doenças cardíacas (anticoagulantes, ex.: Aspirina; deve-se
suspender o medicamento 7 dias antes do procedimento e voltar a utilizar logo após), e
medicamentos para anemia, doenças respiratórias, antiepiléticos, calmantes, hipotireoidismo,
antioxidantes e complexos vitamínicos, anti-hipertensivos (Beta-bloqueadores não-
seletivos ex.: propanolol, este pode interagir com o agente vasoconstritor noradrenalina
e promover taquicardia e aumento brusco da pressão arterial sanguínea). Os medicamentos
para tratamento de doenças cardíacas são os que apresentam maiores efeitos e
restrições para o tratamento odontológico (risco de hemorragia se não suspender o
anticoagulante, endocardite bacteriana, aumento da pressão arterial e taquicardia com uso
de vasoconstrictor noradrenalina)4, 24.
24. SILVA LCP, Lobão DS. Manejo de pacientes com necessidades especiais nos
cuidados da saúde 2013. Acesso em: 03 maio 2019. Disponível em:
http://www.abodontopedia-tria.org.br/manual1/Capitulo-26-Manejo-de-Pacientes-com-
Necessidades-Especiais--nos-cuidados-da-Saude.pdf
Referencia: 9. CAMERA GT, Paula MA, Roberta BD, Baggio FG, Faglioni B-CDC. O
papel do cirurgião--dentista na manutenção da saúde bucal de portadores de síndrome
de down. Odontol Clín-Cient 2011 set.;10(3):247-50.
12. NOGUTI J, Frascino AVM, Lascanei NA, Fraga CTP. Uso de profilaxia
Antibiótica para pacientes portadores de Síndrome de Down. Rev Cir Traumatol Buco-
Maxilo-Fac, Cama-ragibe 2010 out./dez.;10(4):31-8
Citação ARRUDA, Ana Carolina de Souza Leitão et al. Síndrome de Down: abordagem
odontopediátrica na fase oral. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São
Paulo, v. 31, n. 1, p. 57-67, 2019.