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ARAÇATUBA, SP
2013
FERNANDA ALVARENGA CARDOSO
ARAÇATUBA, SP
2013
Dedicatória
Ao Felipe, meu filho e aos meus pais, Márcio e Sandra, com amor, carinho,
admiração e gratidão pela compreensão e apoio ao longo da elaboração deste
trabalho e principalmente, pelo incentivo que sempre me deram, não apenas na
realização deste trabalho, mas em toda a vida.
Agradecimentos
Ao Prof. Dr. Marcos Rogério de Mendonça, que ao longo desses anos contribuiu
para o meu conhecimento científico, profissional e intelectual, além da atenção
e o apoio dado durante o processo de orientação e elaboração deste trabalho.
À Doutoranda Ana Caroline Gonçales Verri, que nesses anos de convivência
muito me ajudou, incentivou.
Ao Prof. Dr. Ricardo Coelho Okida, que desde meu segundo ano de graduação
esteve presente com seus ensinamentos, conselhos, contribuindo na vida
acadêmica e também na escolha da carreira a seguir.
Ao Doutorando Aubrey Fabre, pela contribuição ao meu trabalho e disposição
em ajudar.
E a todos os meus familiares e amigos que direta ou indiretamente se fizeram
presente com uma palavra, um incentivo, souberam entender meus momentos
de ausência, angustia, ansiedade, assim como de euforia e alegria por mais uma
meta estar se concluindo.
“Se um homem tem um talento e não tem capacidade de usá-lo, ele fracassou.
Se ele tem um talento e usa somente a metade deste, ele fracassou
parcialmente. Se ele tem um talento e de certa forma aprende a usá-lo em sua
totalidade, ele triunfou gloriosamente e obteve uma satisfação e um triunfo que
poucos homens conhecerão”. - Thomas Wolfe
CARDOSO, F.A. Agenesia de Incisivo Lateral Superior – relato de um caso
clínico, 2013, trabalho de conclusão de curso – Faculdade de Odontologia,
Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2013.
Resumo
O objetivo deste trabalho foi analisar, na literatura, a etiologia, prevalência e
formas de tratamento da agenesia de incisivo lateral superior, e fazer um relato
de um caso clinico. Conclui-se que a agenesia de incisivo lateral superior é a
forma mais comum de agenesia, sua causa está relacionada à alterações
genéticas e ambientais, não existe um melhor plano de tratamento para o caso
em geral, mas sim um plano de tratamento que se encaixa melhor a um dado
paciente.
Palavras-chave: Agenesia dental. Incisivo lateral. Maxila. Etiologia. Prevalência.
Tratamento.
CARDOSO, F.A. Agenesis of maxillary lateral incisor - report of a case, 2013,
trabalho de conclusão de curso – Faculdade de Odontologia, Universidade
Estadual Paulista, Araçatuba, 2013.
Abstract
The aim of this study was to analyze, in the literature, the etiology, prevalence
and forms of treatment of maxillary lateral incisor agenesis, and make a report of
a clinical case. It is concluded that the maxillary lateral incisor agenesis is the
most common form of agenesis, its cause is related to genetic and environmental
changes, there is a better treatment plan for the case in general, but rather a
treatment plan that fits best for a given patient.
Keywords: Dental agenesis. Lateral incisor. Maxilla. Etiology. Prevalence.
Treatment.
Lista de figuras
Figura 1 – Vista frontal 15
Figura 2 – Lateral direita 16
Figura 3 – Lateral esquerda 16
Figura 4 – Resultado final, após a ortodontia 17
Figura 5 – Resultado final, após a estética 17
Sumário
1 Introdução 10
2 Revisão da literatura 12
3 Caso clínico 15
4 Discussão 18
5 Conclusão 21
Referência Bibliográfica 22
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1 - INTRODUÇÃO
A agenesia dos incisivos laterais superiores (AILS) é uma anomalia
dentária que representa um problema clínico significante e um desafio para a
equipe de especialistas envolvida em seu tratamento. Ao profissional cabe o
desafio de alcançar o sucesso tanto no requisito estético como no funcional e
assim atingir a expectativa dos pacientes.
Diversos termos têm sido propostos para descrever a ausência congênita
de dentes. A anodontia refere-se à ausência de dentes, e existem duas classes
de anodontia: a anodontia total e a anodontia parcial. A anodontia parcial
também pode ser denominada de hipodontia e oligodontia. O termo aplasia
também é usado por Horowitz (1966) e significa a interrupção no
desenvolvimento de uma estrutura ou órgão.
Vários estudos tem citado a prevalência da agenesia dentária (excluindo
os terceiros molares) na faixa de 2,7% a 11,3%, possuindo vários padrões de
agenesia. A prevalência de agenesia dos ILS, na maioria dos estudos varia entre
1% e 3%. Em populações caucasianas, a AILS se apresenta em
aproximadamente 20% de toda a dentição ausente dentre os diversos grupos
étnicos. Em relação às diferenças sexuais, a AILS se mostrou com mais
frequência na população feminina. Foi relatado também nos estudos que a
agenesia bilateral do ILS é mais frequente quando comparado à unilateral.
Os fatores etiológicos relacionados com a AILS descritos na literatura são
fatores genéticos e ambientais. Dentre os fatores genéticos, a agenesia dentária
pode ser uma herança familiar autossômica; mutações em três genes diferentes
- PAX9, MSX1, e AXIN2 – podem causar agenesia dentária não sindrômica em
humanos; displasia ectodérmica (defeitos genéticos), síndromes orofaciais
digitais, síndromes com fissuras orofaciais, síndromes como Pierre Robin e Van
der Woude pertencem ao tipo de agenesia dental sindrômica. Dentre os fatores
ambientais envolvidos temos a infecção (rubéola, por exemplo), diferentes tipos
de trauma apical no processo dento-alveolar (fraturas e extração do decíduo, por
exemplo), substâncias químicas (talidomida, por exemplo), exposição a dioxina,
radioterapia.
As opções de tratamento para esta anomalia envolve a interação entre
especialidades como a Ortodontia, Prótese, Implantodontia, Periodontia e
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2 – REVISÃO DA LITERATURA
Em 1991, Stamatiou e Symons, realizaram uma pesquisa com o objetivo
de estudar a distribuição da ocorrência da ausência do incisivo lateral. Foram
examinados 5127 pacientes, 112 se apresentaram com agenesia do incisivo
lateral, composto de 42 pacientes do gênero masculino e 70 do gênero feminino.
A distribuição desta condição avaliada de acordo com o local, simetria da
anomalia e o número de dentes perdidos em homens e mulheres. Hipodontia da
maxila dos dois incisivos laterais foi à forma mais comum de agenesia
observada, com a ausência do incisivo lateral na maxila ocorrendo em 91% da
amostra. Ausência do incisivo lateral inferior foi detectada como rara. Neste
estudo, hipodontia do incisivo lateral ocorreu com uma frequência de 2,2 por
cento, com as mulheres sendo a população mais afetada do que os homens.
Em 2005, Pinho et al., realizaram uma pesquisa com o objetivo de avaliar
a prevalência e as manifestações clínicas da ausência do desenvolvimento dos
incisivos laterais superiores. O grupo de estudo inclui 16771 pacientes
observados de 1993 a 2000, com idade entre 3 e 71 anos de idade, observando
as radiografias verificou-se que destes 219 apresentavam a ausência dos
incisivos laterais superiores. Ausência destes dentes foi bilateral em 44,7% dos
pacientes, dos casos unilaterais, 33% ocorreu no lado direito e de 21,9% sobre
o lado esquerdo. Os resultados nos mostrou que 1,3% dos indivíduos estudados
tinham ausência de desenvolvimento do incisivo lateral superior, com mulheres
sendo afetadas mais frequentemente. A apresentação mais comum foi de
ausência unilateral do incisivo lateral superior direito associada com microdontia
do incisivo contralateral, sugerindo a possibilidade da existência de uma
expressão da variante de mesma característica.
Em 2007, Beyer et al., realizaram uma pesquisa com o objetivo de
determinar o melhor momento para iniciar o tratamento ortodôntico de pacientes
agendados para substituir a congênita ausência dos incisivos laterais através de
implantes, com o intuito de maximar o tempo e a quantidade de osso disponível
para a colocação do mesmo e a inclinação destes dentes. Foram analisados 14
pacientes caucasianos, com 26 dentes incisivos laterais ausentes (dois
pacientes apresentava apenas ausência unilateral), sendo 9 pacientes do sexo
feminino e 5 masculino e conclui que para evitar um elevado grau de atrofia do
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4. DISCUSSÃO
Para a montagem deste capítulo foram elaboradas algumas perguntas
pelo orientador, as quais foram respondidas pelo autor, com base nos artigos
utilizados neste manuscrito.
2- Uma vez que a AILS é a anomalia dentária mais frequente na maxila qual a
importância deste tema no conteúdo programático de um curso de
graduação? Em qual(is) disciplina(s) você considera a melhor inserção deste
assunto?
Essa anomalia é de extrema importância para nosso conteúdo programático
visto que possui uma prevalência de 1% a 3%, sendo considerada a mais
frequente anomalia da maxila, Kavadia et al., apesar de ser pouco abordada e
estudada durante o curso da graduação. Deveria estar mais presente em nossos
estudos porque além de aprendermos a diagnosticá-la, devemos saber como
proceder e qual o tratamento oferecer ao paciente. Por se tratar de uma
abordagem multidisciplinar, deveríamos ter esse assunto na disciplina de
Patologia, onde aprendemos sobre as agenesias de uma forma geral, assim
como na disciplina de Ortodontia, Dentística, Prótese e Implantodontia, esse
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3- Dentre as opções para o tratamento das AILS estão: abrir o espaço para
reabilitação ou fechamento do espaço e substituição do lateral pelo canino.
De acordo com os artigos selecionados quais as vantagens e desvantagens
de cada uma destas opções?
Segundo Kavadia et al., a abordagem ortodôntica (fechando o espaço) seguida
da remodelação dos caninos com resina composta é, na opinião dos autores, a
mais conservadora e é favorável se o paciente cumprir os requisitos dentro da
oclusão e tamanho, forma, e cor dos caninos. O ideal para este tipo de
substituição é que os dentes em questão tenham proporções semelhantes de
largura e convexidade, além da cor do canino ser semelhante à cor do incisivo
central. Pelo fato do canino ser, normalmente, 1mm maior do que o lateral a ser
substituído, deve ser feito uma remodelação de 0,5mm mesial e distalmente para
obter a largura desejada, o que requer uma quantidade significativa de redução
de esmalte, podendo ocorrer problemas como a hipersensibilidade dentária. O
canino, usualmente, apresenta um ou dois tons mais escuro que os incisivos
laterais, necessitando de uma abordagem restauradora minuciosa e bem
executada de um profissional capacitado. Essa remodelação do canino pode ser
realizada também através da utilização de fragmentos de porcelana, mas
necessita de desgaste de estrutura dental, pode ser minimamente invasivo ou
não, dependendo da inclinação que o dente se encontra. A cobertura completa
com prótese parcial fixa é a abordagem menos conservadora em relação aos
dentes, portanto, não deve ser a opção de tratamento em adolescentes, dentes
sem restaurações ou problemas de forma e tamanho, a equipe odontologia pode
pensar em mudar o plano de tratamento para adequar o paciente, o ortodontista
pode finalizar seu trabalho deixando um espaço para o protético, suficiente para
que possa ser realizada preparações minimamente invasivas.
Abrir espaço ortodonticamente para substituição do incisivo lateral, uma
abordagem estética e conservadora. Em destes desprovidos de quaisquer
restauração, alteração de cor ou tamanho, a colocação de um implante na
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5 – CONCLUSÃO
Com base nos artigos estudados pode-se concluir que o tratamento das
agenesias de incisivos laterais representam um desafio para o ortodontista e
para a equipe que está envolvida, e que não há evidência quanto ao melhor
método de tratamento. Portanto a escolha deve ser feita com base no
procedimento menos invasivo e que alcance o melhor resultado estético e
funcional.
22
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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STAMATIOU J., SYMONS A.L., Agenesis of the permanent lateral incisor:
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