Você está na página 1de 55

Odontologia Hospitalar

Aula 1 – Introdução a Odontologia Hospitalar - Viviane

Marco que regulou legalmente no brasil a odontologia hospitalar:

Resolução CFO n 162 de 03/11/2015 – reconhece o exercício da Odontologia Hospitalar no


Brasil pelo cirurgião -dentista.

Reinício no hospital das clínicas 2011 -2018

Reforma projeto de pesquisa 2018-2019

Equipe Hupes – 6 docentes, 4 dentistas, 2 técnicas de saúde bucal, 1 recepcionista

Ensino Hupes:

• Programa de residência integrada multiprofissional em saúde


• Programa de pôs graduação stricto sensu
o Odontologia e saúde
o Medicina e saúde
o Processos interativos de órgãos e sistemas
▪ Estágio docente
▪ Projetos de pesquisa
• Campo de prática – estágio supervisionado
• Componente curricular de graduação
• Cursos de extensão
O que é Odontologia Hospitalar?

A Odontologia Hospitalar é uma área da odontologia que atua em pacientes que necessitem
de atendimento em ambiente hospitalar, internados ou não, ou em assistência domiciliar. Tem
como objetivos: promoção de saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças
orofaciais de manifestações bucais de doenças sistêmicas ou de consequências de seus
respectivos tratamentos.

Atuação do cirurgião-dentista em hospitais?

Especialidade CTBMF, Habilitação Em OH, Especialidade em Estomatologia

-Estomatologia

É a especialidade da Odontologia que tem como objetivo e prevenção o diagnostico, o


prognostico e o tratamento das doenças próprias do complexo maxilo-mandibular das
manifestações bucais de doenças sistêmicas e das repercussões bucais do tratamento
antineoplásico. Resolução cfo n 116/2012

-Cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial

É a especialidade que tem como objetivo o diagnóstico e o tratamento cirúrgico e coadjuvante


das doenças, traumatismos, lesões e anomalias congênitas e adquiridas do aparelho
mastigatório e anexos e estruturas crânio-faciais associadas. Resolução CFO 2005

História da odontologia Hospitalar no brasil:

Em 2010 quando o CRO solicitou que os conselhos regionais montassem comissões para
discutir sobre o que seria a oh no brasil.

1º encontro em BH – 2012

... outros vários encontros

E em 2014 III Assembleia Nacional de Especialidades Odontológicas (ANED) que decidiu que
OH seria uma habilitação e não uma especialidade.

-Resolução 162 reconhece

-Resolução do CFO n 163 de 09/11/2015

As áreas de atuação do habilitado em Odontologia Hospitalar incluem:

a) Atuar em equipes multiprofissionais, interdisciplinares e transdisciplinares na


promoção da saúde baseada em evidências cientificas, de cidadania, de ética e de
humanização.
b) Ter competência e habilidade para prestar assistência odontológica aos pacientes
críticos
c) Ter competência e habilidade para prestar assistência odontológica aos pacientes em
regime de internação, ambulatorial., domiciliar, urgência e emergência
d) Saber atuar em caso de emergência médica (suporte básico de vida)
e) Atuar na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse
processo
f) Aplicar o reconhecimento adquirido na clínica propedêutica, no diagnostico, nas
indicações e no uso de evidências cientificas na atenção em Odontologia Hospitalar
g) Incrementar e estimular pesquisas que permitam o uso de novas tecnologias, métodos
e fármacos no âmbito da Oh
h) Atuar integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e
recuperação da saúde em ambiente hospitalar

O que existe de concreto:

Rdc 7/2010 – Anvisa

✓ Legislação no brasil

PL 2776/08, DEPUTADO NEILTON MULIM – Modificado para PLC 34/2013

Torna obrigatória a prestação de assistência odontológica a pacientes em regime de


internação hospitalar, aos portadores de doenças crônicas e ainda aos atendidos em regime
domiciliar na modalidade home care.

Relator atual: Senadora Ana Amélia

✓ Legislação na Bahia

PL 21.499/2015 DEP ESTADUAL TOM ARAUJO – projeto de lei

Em Feira – Lei 325/2016 vereador Ronny – aprovada

São Paulo, santos, Brasília, Goiânia, Tocantins

Garantindo a presença de CD em ambienta hospitalar.

->RDC 7 /2010 – ANVISA

Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de UTI e de outras providencias.

Seção IV

Acesso a recursos assistenciais

Art 18. Devem ser garantidos por meios próprios ou terceirizados os seguintes serviços a beira
do leito

...

VI- Assistência odontológica


...

Art. 23. As assistências farmacêuticas psicológica, fonoaudiológica, social, odontológica,


nutricional, de terapia nutricional e parenteral e de terapia ocupacional devem estar
integradas as demais atividades assistenciais prestadas ao paciente sendo discutidas
conjuntamente pela equipe multiprofissional.

➔ Atividades desenvolvidas

1) Pacientes com necessidade de tratamento odontológico, porém portadores de doenças


sistêmicas

Ex: doença falciforme – compromete o adequado funcionamento do sistema imunológico


então pequenas infecções podem se tornar um grande problema.

2) Prevenção, diagnostico e tratamento de manifestações bucais de doenças sistêmicas


3) Prevenção, diagnostico e tratamento de alterações bucais decorrentes de tratamentos
médicos
4) Prevenção, diagnostico e tratamento de doenças estomatológicas
5) Promoção e manutenção da saúde bucal.

➔ Condição de saúde bucal da pessoa hospitalizada

Reflete a condição de saúde bucal da população em geral

->No internamento – hipossalivação

• Imobilidade no leito
• Sedação
• Restrição da dieta via oral
• Medicamentos
• Diminuição/ausência da autolimpeza dos dentes e da limpeza mecânica dos dentes e
mucosas

->Acúmulo de biofilme

• Na superfície dentaria
• Sobre os tecidos bucais
• Doenças bucais
• Infecções em sítios mais distantes

->Déficit neurológico

• Deficiência motora / cognitiva


• Falta de cooperação
• Hipossalivação
• Contenção / deglutição salivar deficiente
• Trauma nos tecidos bucais
• Dependência do cuidado

->Trauma na mucosa bucal

O que fazer? Capacitar os demais profissionais de saúde e participar dos processos de


elaboração dos protocolos
• Promoção de saúde e prevenção de doenças
• Limpeza mecânica
• Controle químico do biofilme
• Profilaxia dentária
• Proteção das mucosas bucais
• Lubrificação dos tecidos

->Tratamento

• Restaurações dentárias
• Raspagem e alisamento radicular
• Extrações dentárias
• Tratamento endodôntico
• Reabilitação protética muito pouco, mas principalmente com problemas neurológicos

As vezes é necessário ir para o centro cirúrgico sob anestesia geral.

➔ Cuidado odontológico
• Orientação do paciente, família e cuidadores se estende além do paciente
• Participação do cd no cuidado
• Promoção de saúde e prevenção de doenças
Aula 2 - Câncer de boca – Patrícia

É assunto de dentista

Nós trabalhamos para prevenir o câncer

90% das pessoas com câncer de boca são fumantes

Não fumar, não beber,

➔ Atuação da odontologia no câncer de boca

O dentista vai trabalhar em todas as áreas do tratamento do câncer. Nós não podemos tratar o
câncer mas participamos de todas as outras etapas tendo foco principalmente no diagnóstico.

-Avaliação e cuidados pré tratamento

Preparar o paciente para receber uma rádio por exemplo

-Diagnostico – é relativamente simples com uma biopsia incisional ou citologia esfoliativa

*o difícil é reconhecer o câncer nos estágios iniciais

-Cuidados durante a terapia

Prevenindo e tratando as sequelas do tratamento

-Pós-tratamento / reabilitação

➔ Epidemiologia do câncer
-O câncer de boca é o Carcinoma espinocelular.

-Câncer de boca é o 5º caso mais comum de todos os cânceres em homens. (como um câncer
evitável está em 5º lugar?)

-Nas mulheres não entra nos 10 mais comuns ainda devido ao comportamento social das
mulheres diferente dos homens, mas esses índices vêm aumentando.

- Perfil mais frequente do câncer de boca: homens acima de 50 anos. – que fumam e bebem

Hoje é possível encontrar homens mais jovens com câncer de boca mais isso está associado ao
hpv.

➔ Etiologia do câncer

O grande vilão é o fumo grande causador do câncer de boca e de orofaringe. Já o álcool


potencializa a ação do fumo.

Hoje o novo fator etiológico é o HPV, já consagrado como causador do câncer de ovário e hoje
vem sendo relacionado com o câncer de boca e orofaringe.

Ou seja, é um câncer altamente evitável!! Podemos trabalhar na prevenção!!

Temos que trabalhar aqui!

➔ Lesões cancerizáveis

Lesões que podem se transformar em câncer

Exemplo:

->Leucoplasia – placa branca não raspável


principalmente m fumantes, que pode estar em
qualquer lugar da boca e podem apresentar áreas de
displasia e ai sim já apresentar carcinoma in situ por
isso é importante biopsiar essas lesões.
->Eritroplasia – lesão vermelha com bordos bem
definidos e que não pode ser diagnosticada como outra
lesão. Importante biopsia pois, já pode apresentar
áreas de displasia com carcinoma in situ ou invasivo.
(Mais agressiva que a leuco)

->Leucoeritroplasia – lesçao mista normalmente já são carcinoma in situ. Sempre biopsiar.

->Queilite actinica – prévia ao câncer de lábio - começa como uma lesão avermelhada, uma
erosão e vai caminhando clinicamente para uma ulcera e para um carcinoma.(muita exposição
ao sol)

Temos que acompanhar qualquer lesão em boca e encaminhar caso continue.

Lesão original do câncer: úlcera de bordas endurecidas e indolor que não cicatriza há mais de
15 dias. PRECISA DE BIOPSIA
Se o paciente já chega com dor e trismo é pq já é uma lesão invasiva. E o prognóstico é ruim.

O TRATAMENTO DO CANCER DE BOCA É CIRURGICO E RADIO TERAPIA.

Esse câncer não responde bem à quimioterapia então geralmente temos sequelas grandes.

➔ Taxa de sobrevida
->Etiologia MULTIFATORIAL

O fumo tem capacidade de iniciar o câncer alterando a morfologia das células locais mas
existem fatores genéticos que vão propiciar que uma tenha e outra não.

O álcool é um potencializador, sozinho ele não causa câncer de boca, causa outros canceres
mas ele aumenta a probabilidade do fumo causar câncer.

O hpv relacionado principalmente com o câncer de orofaringe.

Radiação solar – fator causador do câncer de lábio.


➔ Carcinógenos

Qualquer agente causador de câncer.

Todo agente químico, físico ou biológico que possui influencia cientificamente comprovada na
produção do câncer.

O cancar tem três fases

->Iniciação: fumo, hpv, radiação solar

Alteração do dna alterando a morfologia dessa célula tornando-o capaz de desenvolver um


clone neoplásico

->Promoção: álcool

Expansão do clone neoplásico

Mecanismo de defesa reversa

*o álcool atrapalha que o organismo reconheça essas falhas e conserte-as

->Progressão:

Multiplicação das células

➔ Fatores prognostico do câncer de boca

O conhecimento é fundamental tanto para o PLANEJAMENTO TERAPEUTICO quanto para dar


uma AVALIAÇÃO REALISTA PARA O PACIENTE.

Disseminação - acontece por:

-Continuidade: orofaringe

-Contiguidade: invasão da musculatura e osso

-Linfático: linfonodos submentonianos, submandibulares, jugulares internos altos e médios

-Hematogênicos: pulmões

➔ Fatores clínicos associados ao prognostico

• Tempo de queixa: antigo ou recente

Tem a ver com o descaso do paciente, mas também com a responsabilidade dos dentistas por
onde ele passou.
• Aspecto clínico da lesão

• Tumores vegetantes (mais feio, mais exofitico)

Comportamento biológico mais favorável

• Tumores infiltrativos(mais escondidos, pra dentro)

Pior prognostico

➔ Lesão primária

Tamanho da lesão (PT): maior(pior) ou menor

A espessura tumoral é um dos fatores mais importantes para o prognostico: Maior que 3,5 tem
maior índice de metástase cervical e menor sobrevida

Invasão perineural

Microcirculação peritumoral Metástases linfáticas locorregionais e piora do prognostico

*Classificação Tnm- tamanho, linfonodos afetados, metástase

➔ Metastases linfáticas
o Redução da expectativa de cura

-linfonodos metastasicos múltiplos

-ruptura capsular

o Drenagem linfática

-linfonofos submandibulares

-jugulares superiores

1º escalão de drenagem

o Diagnostico e avaliação dos linfonodos

-palpação
-exames por imagem são extremamente
importantes

o N0- clinicamente negativo

-20 a 60% -> metástases ocultas

-Lesos T1(língua) – 20% ocultas

Conduta se baseia se vai fazer um esvaziamento


desses linfonodos ou não

Tratamento de câncer de cabeça e pescoço é MULTIPROFISSIONAL!

CIRURGIA E RADIO

Quimio – casos de metástase

Imunoterapia – novo e mais específico.


Aula 3: Oncologia e Odontologia – Viviane

Forma histológica mais comum do câncer de boca: Carcinoma epidermóide - + d e90

Sinônimos: ou carcinoma de células escamosas ou carcinoma espinocelular ou carcinoma


espinocelular

Características: Lesão ulcero vegetante de crescimento rápido odor fétido e aspecto necrótico.

Existem vários tipos celulares que podem sofrer transformações malignas mas na boca o
tecido que mais normalmente sofre isso é o tecido epitelial, mais especificamente iniciada na
camada espinhosa desse tecido epitelial dando origem a esse câncer acima.

Outro tipo de câncer que acomete os tecidos epiteliais é o carcinoma basal que acomete a
camada basal mas não ocorre na boca sendo ele mais comum na pele.

Existem outros tipos de câncer que podem ocorrer na boca mas eles ocorrem em menor
frequência e com outras características .

➔ Associação entre oncologia e odontologia:

• Câncer de cabeça e pescoço


o Câncer de boca
o Metástase regionais
• Câncer em outras localizações (muitas vezes podem ter relação com odontologia na
medida em que o tratamento realizado podem trazer alterações na cavidade bucal e ai
neste momento existe a necessidade de uma atenção odontológica)
➔ Câncer de cabeça e pescoço – atuação do cirurgião dentista

• Prevenção primária
– fumo e tabaco, etiologia viral(hpv– orofaringe e boca htlv -leucemias e linfomas,
herpes vírus 8-sarcoma de kaposi), radiação e radioterapia(pode causar um segundo
tumor primaria que não é segunda localização)- altera o comportamento celular
levando a malignidade, deficiências nutricionais, mascar noz de areca(outros países),
vapor de produto químico em indústria
Os: traumas crônico-> inflamações crônicas -> facilita infecção secundaria -> porta fe
entrada para fatores carcinogenicos– tem plausibilidade biológica mas vem diminuindo
sua importância não sendo relevante de forma direta - NÃO PODEMOS CITAR COMO
FATOR DIRETO PERDEU SUA RELEVANCIA COM O TEMPO

• Diagnostico – idealmente precoce


• Prevenção e tratamento das sequelas e complicações do tratamento oncológico
• Reabilitação
• Controle da doença
Sempre atentos e vigilantes a qualquer nova alteração.

➔ Câncer em outras localizações – atuação do cirurgião dentista

• Tratamento oncológico
o Efeitos secundários temporários ou definitivos na boca

• Prevenção e tratamento das sequelas e complicações do tratamento oncológico

➔ Sinais e sintomas do câncer de boca


Lembrando: Salvador é o município brasileiros com maior número de pessoas
infectadas pelo HTLV.
➔ Epidemiologia: Câncer de boca
Câncer de boca localiza-se preferencialmente na língua (terço posterior da borda ou
região ventral) e assoalho de boca (terço anterior ou lateralmente ao freio lingual).
Câncer de lábio: 20 a 30% dos casos, sendo que o lábio inferior representa 95% deste
total (porção média do lábio, entre a comissura e a linha média).
Câncer de mucosa jugal: 10% das neoplasias malignas da boca; em algumas regiões da
ásia é localização mais comum (hábito de mascar nozes de betel); terço anterior
Câncer de gengiva e rebordo alveolar: 10% dos casos; região de PM e M
Câncer no palato: mais no palato mole; 60% dos casos existe metástase – região
extremamente vascularizada

• Sudeste tem maior número de óbitos mas esta diminuindo e o nordeste está
aumentando.
• A alta taxa de mortalidade é atribuída à falta de um exame bucal efetivo
• Clínicos geralmente só suspeitam as lesões quando elas são grandes, ulceradas,
dolorosas e hemorrágicas.
• O diagnóstico precoce é fator significativamente relevante no prognóstico de
carcinoma bucal.
• O diagnóstico precoce seguido de tratamento apropriado pode aumentar a
possibilidades de cura, além de melhorar a qualidade de vida, por minimizar
tratamentos debilitantes e extensos.

➔ Prevenção
Desinformação e falta de conhecimento da população a respeito dos fatores de
risco e sinais indicativos da doença
Programas preventivos e de diagnóstico precoce
Autoexame: método viável para o diagnóstico precoce do câncer de boca

Lei 13.230/215 – Institui a Semana Nacional de Prevenção do câncer de boca


1ª semana de novembro.

➔ Lesões potencialmente malignas

• Grande polimorfismo clínico


• Risco de malignização (5 a 10%) – maior nas eritroplasicas do qeu nas leucoplasicas
e maior ainda nas leucoeritropasias.
• Biopsia e diagnostico anátomo-patologico
• Eliminar fatores de risco e fazer acompanhamento do caso
Não sendo malignas lesões pequenas podemos remover e as grandes acompanhar
fazendo colorações.

➔ Sinais do câncer de boca

• Feridas nas mucosas que não cicatrizam espontaneamente em 2 a 3 semanas


• Úlceras ou nódulos indolores de crescimento rápido
• Mobilidade dentária de surgimento rápido
• Sangramentos frequentes nas gengivas ou mucosas ou laivos de sangue na saliva
• Odor fétido – tecido necrótico
• Redução de mobilidades das partes móveis da boca – a medida que cresce
• Dificuldade de fala, mastigação e deglutição

➔ Métodos de diagnóstico

• Biopsia – incisional
• Exame anátomo – patológico

✓ Biopsia:
Fornecer características clínicas ao patologista
Localização anatômica da lesão
Acondicionamento do material biopsiado
Local para biópsia: zona mais corada no teste de azul de toluidina; bordas da lesão;
evitar áreas necrosadas e úlceras profundas
Repetir sempre que o resultado for negativo, mas persistir a suspeita clínica

A coloração é útil para avaliação a longo prazo(lesões potencialmente malignas com


biópsia negativa) ou técnica semiológica para selecionar uma região o princípio é que
ele é um corante básico e numa célula com transformação maligna temos maior
quantidade de ácidos nucleicos pela duplicação do material genético então ela fica
mais ácida e ai ela atrai mais o corante básico e fica mais azul.
✓ Técnica:
Limpeza previa com ácido acético a 1%
Aplicar o corante a 1%
Espera 1 minuto
Lava de novo com ácido acético pra remover o excesso
A região mais corada é a que devemos selecionar pra biópsia.

➔ Diagnostico anatomo-patologico
Carcinoma de células escamosas, carcinoma espino-celular, carcinoma epidermoide
Carcinoma in situ – as celuals neoplasicas estão limitadas a espessura do epitélio e
como o epitélio não tem vascularização significa que ele esta limitado a essas camadas
não tendo metástases
Carcinoma invasivo - mas a partir do momento que o carcinoma rompe a membrana
basal e vai pro tecido conjuntivo temos um risco de ter metástases nesse paciente
Variante = carcinoma verrucoso (HPV 28% dos casos tipo 16.18,2 e 11) – menos
agressivo que as variantes tradicionais

➔ Estadiamento
Classificar a lesão em gravidade para identificar o tratamento necessário
T- Tamanho
N-Linfonodos regionais(no caso do e boca são os linfonodos cervicais)
M- Mestastases a distância
➔ Sobrevida

• Pequena úlcera – cura aprox. 100%


• Ulceração indolor com infiltração perceptível – cura aprox. 50%
• Metástases a distância (pulmões, ossos, cérebro, fígado – mais comuns em boca)
o Mortalidade aprox. 100% quando não tratado
o Se tratado convenientemente o índice de cura não ultrapassa os 20%

➔ Princípios do tratamento oncológico

• Diagnóstico definitivo -> estadiamento (TMN)


• Lesões curáveis: paciente deve receber terapêutica ótima e máxima
• Lesões incuráveis: equilibrar prolongamento da sobrevivência com qualidade de
vida deste período

➔ Bases do tratamento do câncer


• Cirurgia
• Radioterapia
• Quimioterapia
• Associações
• Novas terapias

❖ Cirurgia
-Oncológica – remoção do tumor primário ou remoção dos linfonodos
cervicais(DENTISTAS NÃO FAZEM)
-Reabilitadora – realizada após a oncológica (DENTISTAS PODEM FAZER)
❖ Radioterapia
Externa ou teleradioterapia- fonte de radiação em direção ao tumor /
Intersticial(braquiterapia) – o elemento radioativo é introduzido no amâgo do tumor
emitindo radiação de dentro pra fora
Exclusiva, pré-operatória, pós operatória, concomitante

❖ Quimioterapia
Neo-adjuvante(antes de outras terapias) / adjuvante(após outras terapias) /
Concomitante

❖ Associações
Associações de terapias

❖ Lesões iniciais
Cirurgia + RDT = 80% de cura

❖ Demais lesões não iniciais


Cirurgia (seguida ou não de RDT) sobre o T(tumor principal) e N(linfonodos cervicais)

➔ Tratamento
EXEMPLO: Lábios – Oncorar da França

• T1-T2(é um de 2 a 4cm)(<3cm) – CRG OU BQT(braquiterapia)


• T2(>3CM) – T3 – CRG OU QMT
• T4 – CRG, RDTE, QMT – juntos

• Esvaziamento cervial
N0:
- abstenção e controle se tu superf.
- tu < 3cm; pcte com importante risco operatório – esvaziamento funcional
homolateral (seguido ou não de RDT pós-operatória)
- se tu infiltrante > 3cm ou justacomissural
N1:
- Esvaziamento funcional seguido ou não de RDT pós-operatória
N2-3:
- Esvaziamento cervical + RDT pós-operatória

Cirurgia

• CRG oncológica:
o TTT de escolha para maioria dos tu sólidos
o Ressecção da lesão deixando margens livre da doença
o Associações com outras modalidades terapêuticas:
o Melhor controle local e â distância e diminuição da magnitude e morbidade
do procedimento cirúrgico(Nem sempre fazemos a cirurgia após a radio foi
a radio diminui a vascularização local diminuindo o poder de cicatrização e a
quimio diminui muito o sistema imunológico do paciente também sendo
prejudicial pra cicatrização)
o Ttt cirúrgico sobre o N: traz informação prognostica e é um guia para a
necessidade ou não de adm. De uma radioterapia adjuvante no N.

• Cirurgia plástica ou reconstrutora: reabilitação

A cirurgia leva a:

• Consequências de ordem funcional. estética e psicológica – importância do CD


na equipe para reestabelecer a parte perdida por prótese
• Consulta odontológica antes da cirurgia
o Estabelece contato entre paciente e profissional (psicológico):
o Permite conhecer necessidades de reabilitação (moldagem dos tecidos,
avaliação da oclusão, biomodelos de prototipagem rápida)

▪ A reconstrução oncológica demanda:


o Enxerto: ósseo, muscular e mucoso
o Enxerto: vascularizado e/ou inervado – ex mandíbula vascularizada vem
principalmente da fíbula

▪ Reabilitação protética (implante dentário)


*Biomodelos de prototipagem rápida a partir de células mesenquimais indiferenciadas
do próprio paciente: osteoblastos criem osso para o paciente para poder
enxertar(impressoras 3D) :
-Simulação da cirurgia
-Planejamento da reconstrução

➔ Prótese buco-maxilo-facial
Artificio protético destinado a substituir (reconstruir, reestabelecer) órgãos faltantes
ou recobrir perdas de substância mais ou menos importantes da face

➔ Esvaziamento cervical

• CEC das VADS são muito linfofpilicos (exceção: glote e lábios)


• TTT dos linfonodos cervicais: o esvaziamento consiste exérese das formações
linfáticas do pescoço (vasos e linfonodos), do tecido celular e adiposo dos quais
elas são indissociáveis e das aponeuroses cervicais nas quais estão contidas
Mas existem algumas situações onde mais tecidos estão comprometidos e precisam
ser removidos e ao contrario existem casos onde é possível preservar muitas dessas
estruturas.

• Esvaziamento radical: exérese de todos os grupos ganglionares do pescoço e


também remove alguns grupos musculares. Esternocleidomastoideo, digastrico
ou seu ventre posterior, v.jugular interna, ramo ext do nervo espinhal, gl
submandibular; respeita o eixo carotidiano, X, XII, simpático cervical, ramo
mentoniano do VII
o Problemas: sequelas escapulares – deformação, dor, déficit funcional

• Esvaziamento funcional ou conservador – conserva o ramo externo do nervo


espinhal, estruturas musculares, venosas e nervosas
o Parcial: regiões I, II e III(triangular)
o Completo

• Esvaziamento seletivo: remoção de um ou vários grupos ganglionares


sentinelas: exige exame extemporâneo rigoroso de toda a peça operatória; em
caso de invasão, o esvaziamento é completado; diminui a durabilidade e
morbidade operatórias
• Esvaziamento completo alargado – radical ou funcional que comporta o
sacrifício de elementos habitualmente, respeitados, realizado em função da
invasão tumoral(esvaziamento cérvico-parotidiano, cervico-toracico, ressecção
carotidiana. Mm escalenos, VII, X, XII, simpático cervical, etc)

Indicações:
o Esvaziamento radical N2a, N2B, N2c, N3 / linfonodos fixados / n. espinhal
o Esvaziamento funcional: sem invasão das estruturas nervosas, vasculares e
musculares
o Esvaziamentos seletivos: N0 ou lfn.<2cm / possibilidade de biopsia
extemporânea

➔ Controle regular da zona operada (eventual recidiva)


Ou metástase, ou segunda localização ou segundo tumor primário
✓ Metástase: formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra mas sem
continuidade entre as duas. Isto implica que as células neoplásicas se
desprendam do tumor primário e são levadas para outro local onde forma uma
nova colônia neoplásica. Isso pode ser pela corrente sanguínea ou pela
linfática.

✓ Recidiva tumoral: a lesão de câncer reaparece no mesmo lugar do tumor


original(primário), geralmente após um período de tempo durante o qual o
câncer não pôde ser detectado.

✓ Segundo câncer primário: um novo câncer primário que ocorre em uma pessoa
que teve câncer no passado. Segundo câncer primário pode ocorrer meses ou
anos após o diagnóstico e tratamento do câncer original (primário). Certos
tipos de tratamento do câncer como quimio e radio podem aumentar o risco de
um segundo câncer primário. Ter certas mutações genéticas herdadas e ser
exposto a certas substâncias causadoras de câncer como a fumaça do tabaco
também podem aumentar o risco de um segundo câncer primário.
As vezes também a imunossupressão do primeiro câncer leva ao novo câncer.

✓ Segunda localização tumoral: Mesmo tumor que reaparece com pequeno


intervalo de tempo ou próximo do tumor primário
Pelo princípio da cancerização em campo: para alguns tipos de câncer acredita-se que
o tecido todo está doente e isso se manifesta pontualmente em alguns locais o que
também se aplica para o câncer de boca.
Ler sobre cancerização em campo!
Aula 4: Radioterapia Oncológica– Viviane

➔ Radioterapia

• Modalidade de tratamento oncológico.


• Libera sobre o tumor e suas extensões visíveis ou presumíveis uma dose precisa de
radiação ionizante.
• Tratamento completamente indolor (no momento da aplicação)
• O tratamento dura algumas semanas, pois a dose total precisa ser distribuída, mas
a sessão em si é muito rápida.
• O equipamento gira ao redor do paciente para que o tumor receba a dose máxima
e os tecidos vizinhos não recebam essa dose máxima faz-se essa administração de
forma que vai girando (se movimentando) e a fonte de radiação vá se alterando no
espaço em relação ao paciente(dessa forma os tecidos vizinhos recebem apenas
uma fração desse total sendo melhor pra eles)
• Carcinoma espinocelular máximo em geral 70-75gy- é máxima dose de radiação
que o paciente vai receber

❖ Objetivos:

• Controle local da doença


(cirurgia e radioterapia têm efeitos locais trazendo consequências pras regiões
irradiadas, a quimioterapia que tem efeito sistêmico)
ex: paciente que fez radio pra câncer de mama pode fazer tratamento odontológico
sem problema

• Preservação dos tecidos sãos


Muitas vezes em lesões muito grandes se a gente já fizesse como sessão terapêutica a
cirurgia muitos tecidos seriam retirados então existem casos em que a radioterapia ou
quimio diminuiriam esse tumor pra ele ser acessado cirurgicamente em um segundo
momento (isso nem sempre é bom pois a radio vai diminuir o suprimento vascular o
que pode ser um grande ponto negativo; questão psicológica as vezes o paciente se
recusa a fazer a cirurgia depois pois veem a lesão diminuindo e acha que está ficando
bom)

• Limitação das complicações


• Radioterapia externa(teleradioterapia)

• Radioterapia intersticial (branquiterapia ou


curriethérapie) – surgiu pela descoberta de elementos
radioativos que tem a capacidade de emitir radiação e com isso fazer o tratamento
de várias lesões
Sondas transfixadas e no interior dela coloca-se os elementos radioativos
Técnica extremamente efetiva, poupa os tecidos vizinhos e vai de dentro pra fora
coma a dose bem forte de radiação nas células. Não serve pra todos os tipos de câncer,
porém é bem efetivo pro câncer de boca pois ele precisa estar em uma área acessível
para serem colocadas essa sondas.
Ex de cancers que usam essa técnica: boca, língua, anus, mama

➢ Radioterapia externa/teleradioterapia
Tele significa a distância

• Início em 1950 – com fontes de raios x (só é formada quando eu ligo o aparelho
na tomada e elétrons são acelerados e transformam energia cinética em raio x)
• 1960
o Cobalto 60: raios gama – praticamente erradicado no brasil e no
mundo. Difícil controle – muita sobredose
o Césio 137
Por muito tempo foram elementos radioativo (sempre irradiam radiação) eleitos para
esse tipo de radioterapia

• Acelerador linear
Muito mais efetivo e se controla precisamente a emissão da radiação.

➢ Radioterapia convencional
• Planejamento da área irradiada a partir de radiografias.
É preciso que se observe localização forma e tamanho do tumor e se tente a tingir
apenas células tumorais em detrimento dos tecidos sãos ao redor. Antigamente se
utilizava apenas uma colimação quadrada ou retangular irradiando
desnecessariamente áreas , hoje em dia passamos a usar a radioterapia
conformacional tridimensional com uma colimação da forma do tumor e em 3d

❖ Radioterapia conformacional 3d

• Utiliza tomografia computadorizada, ressonância magnética ou tomografia por


emissão de pósitrons
• Planejamento computadorizado – imagem tridimensional do tumor
• Define-se volume alvo e os tecidos vizinhos normais – planejamento individual de
dose
• Menos complicações quando comparada a técnica de radioterapia convencional
O radioterapueta delineia através de radiografia e programas de softwares e utiliza um
colimador metilaminas fazendo a forma do tumor.

➢ Radioterapia de intensidade modulada (IMRT)


• A dose de radiação é distribuída no volume alvo com alta concentração de forma
conformacional, mas diminuindo o feixe nos tecidos normais
• Acelerador com colimadores de múltiplas lâminas (MLC), sistemas de controle
computacional, controle de qualidade adequado e acessórios específicos de
dosimetria.
Com a IMRT nós não apenas delimitamos a forma 3d do tumor como calculamos
também a dose de radiação que cada uma das partes vai receber poupando muito
tecidos bem mais sensíveis em cabeça em e pescoço (tireoide, cristalino, gandulas
salivares)

Conclusão: A dose usando IMRT é menor que na 3D.


➢ Radioterapia guiada por imagem (IGRT)
• Melhora a eficiência da dose através de imagens obtidas pelo próprio equipamento
• Importante durante o tratamento, pois é possível verificar as mudanças que
podem ocorrer na localização e no tamanho do tumor através das imagens.
Melhorando ainda mais em muito locais já temos a IGRT onde o paciente vai sendo
escaneado por imagens (tomo junto com o acelerador linear) e a gente recalibra a
programação da radio pra nova área(tendencia de ir diminuindo conforme o passar do
tempo) vá sendo calibrada diminuindo também.

➔ Radioterapia – Fracionamento
Aumenta o índice terapêutico (margem de segurança entre dose terapêutica e tóxica)

• Injuria provocada por uma radiação sub-letal é reparada mais efetivamente nos
tecidos normais do que nos tumores
• Interrupção nos finais de semana permite que o paciente se recupere da toxicidade
aguda faz com que o tumor se “reoxigene” fazendo com que elas sucumbam mais
em seguida tendo efeito direto e indireto do oxigênio deletério.
• Células em hipóxia no centro de um tumor pobremente vascularizado são 2 ou 3x
mais resistentes à radiação.
O fracionamento da dose é fundamente pra que o paciente possa resistir ao
tratamento e o tumor possa ser tratado com o menor efeito possível para o paciente.
Dividimos a dose total em sessões diárias.

RDTE- CEC
Fracionamento:
1,8 – 2Gy/sessão -5 sessões/semana
9-10Gy/semana
6,5 a 7 semanas

✓ Hiperfacionamento
-2x de 1,1 – 1,2Gy com 6h de intervalo
-2-3 sessões/dia
-4-5 semanas
✓ Hipofracionamento – espaça mais do q eu uma dose diária
-4x 5Gy/semana
-2x 6,5 Gy/semana

➔ Radioterapia exclusiva ou associada

➢ Radioterapia exclusiva: doses maiores

• 60-75Gy (sobre o T e linfonodos contidos no volume irradiado)


• 40-45 Gy(sobre linfonodos inferiores e espinhais) – linfonodos cervicais
o Linfonodos invadidos: +15Gy (se adiciona isso pra ficar semelhante a
dose do T) ex: biopsia por congelação no momento da cirurgia, ou radio
pós cirurgia – se souber que o linfonodo ta comprometido
*devemos lembrar que: cirurgia e radioterapia estamos falando de tratamento do T e
do N, já a quimio trata T, N e M.

RDT – Doses

• CEC de 2cm – 64Gy


• CEC de 4cm – 68Gy
• Tu inoperável
o 45 Gy RDTE + 25-30Gy BQT
o 70-75Gy RDTE

➔ RDTE- CEC
- Radioterapia Associada -
✓ Pré-operatória
-Para diminuir o volume do tumor – faz cirurgia posterior menos mutiladora
-50Gy (40-45Gy)

✓ Pós-operatória
CEC: profilática sobre o T e o N – 50 – 55Gy / 45...50 Gy
Se limites da ressecção são +(descobre no natomopatologico): 65Gy
Se N+ RC+(descobre no anatomopatológico): 65Gy
CRG + RDTE pós-operatória: inicio 1 mês depois da cirurgia pra dar tempo dos tecidos
cicatrizarem.

Braquiterapia
• Exclusiva: T<3cm
o 65Gy (0,3 a 1Gy/hora; 50cGy/hora): 2 a 4 dias

• Associação: RDTE (40-50Gy) + BQT(25 a 30Gy)

• Indicações:
o Língua móvel
o Assoalho de boca
o Mucosa jugal
o Lábio
➔ Radioterapia de cabeça e pescoço
• No sítio e/ou nos linfonodos regionais
• Máscaras personalizadas (posicionamento sempre o mesmo do paciente)

➔ Complicações da RDT de cabeça e pescoço


• Mucosite bucal
• Xerostomia
• Alteração do paladar /disgeusia
• Trismo
• Carie – consequência hipossalivação
• Alterações salivares
• Disfagia
• Dor durante a deglutição
• Trismo

✓ Modificação quantitativa e qualitativa da saliva


o Hipossialia e acidez bucal
o Microbiota acidogenica cariogenica + supressão da auto-limpeza
o Carie
✓ Ausência de fluxo salivar + acúmulo de biofilme dentário
o Gengivite e periodontite
➔ Reações agudas da RDTE

• Após 15 dias (dose de 20 a 30Gy) - as vezes antes


• Desaparecem de 6 a 8 semanas
• Telangectasia – devido a diminuição do suprimento sanguíneo formam-se muitos
pequenos vasinhos superficiais
• Mucosite) – hiperemia-> ulcerações e sobre a mucosite pode gerar
infecção(fúngica)
• Epidermite
• Xerostomia precoce e esofagite – pior na orofaringe
• Pequenas mucoceles – saliva espessa dificulta a drenagem
Em verde: resultados principais positivos
Laser:
➔ Protocolo de muscosite HUPES:
• Higiene bucal regular supervisionada
• Clorexidina 0,12%
• Crioterapia durante infusão (pedrinhas de gelo de chpa de camomila) -
vasoconstricção menos quimioterápico vão pro tecido
• Alimentação liquida, pastosa fria e gelada
• Hidratação regular
• Lidocaína tópica antes das principais refeições (casos especiais)
• Fotobiomodulação preventiva (7 aplicações em 15 dias; 48h; y vermelho: energia
de 2-3 J/ponto – aplicação pontual)
• Solução para mucosite: dexametasona, hidróxido de alumínio, lidocaína

➔ Reações tardias do RDTE


• Problemas com o gosto (2Gy- destruição de 30% das papilas gustativas)
• Hipossalia
• 40 a 60Gy: 20% paciente com fluxo salivar
• >60 Gy: 0%
• Problemas dentários e periodontais
• infecção

Osteoradionecorse
• Infecção
• Suprimento sanguíneo insuficiente – Muito mais preocupante na mandíbula pois é
menos vascularizada.
• >taxa se extração é realizada após RDTE
• 63Gy -temos taxas menor de orn podendo chegar até 0%
• 75GY – 50 A 85% taxas maiores de orn
Indicação: fazer todos os procedimentos odontológicos 15 dias antes da radio.
Posteriormente fazer com no mínimo a partir de 1 ano, se for possível. Pesando local
da irradiação.
O laser consegue melhorar a vascularização do tecido ósseo.

➔ Protetores bucais ou stents


Proteger mucosas bucais
Manter tecidos em posição pré-determinada ex: Mantendo a língua afastada da área
de radiação(melhora paladar, perda de apetite etc)

➔ Métodos convencionais
Moldagem / modelo / confecção do protetor

➔ Fluxo digital
Tc / escaneamento 3d
Modelagem computacional
Impressão 3d

Controle
6 meses após o TTT
2/2 meses até 18 meses
4/4 mesas até 3 anos
6/6 meses até 5 anos
1x/ano por toda a vida
Em alguns casos de câncer depois de 5 anos o paciente tem “alta” mas é sempre
importante o
4 de fevereiro – dia mundial do câncer
8 de abril- dia de combate ao câncer
Aula 5: Quimioterapia – Patrícia
Dados canceres mais comuns em homens uma previsão pra 2020.

➔ Principais tratamentos oncológicos


• Quimioterapia por infusão
• Radioterapia
• Imunoterapia
• Células alvo
• TCTH – transplante de células tronco hematopoiéticas

➔ Objetivos:
• Cura
• Controle
• Diminuição dos sintomas – paliativa

➔ Fatores a serem considerados na escolha do tratamento


• O tipo e subtipo do câncer
• O estadiamento do câncer
• Resultados de testes como biomarcadores
• Idade do paciente
• Saúde do paciente
• Condição sistêmica do paciente
• Tratamento já realizados
• Nas doenças oncohematologicas (leucemias e linfomas) – o objetivo da quimio
é Curativo
• Neoadjuvantes – prévio a cirurgia ou radioterapia
• Adjuvante – após tratamento cirúrgico (câncer de mama, próstata, boca) –
quando há sinais que ou já há ou é possível que tenha câncer de mama
• Recorrências – câncer de boca não se pode fazer radioterapia novamente
(tecido radioresistente) em caso de recorrência então faz quimio.
• Metástase

• Indução. É a primeira fase do tratamento que tem o objetivo de eliminar do


sangue células leucemia (blastos e reduzir seu número na medula óssea.
• Consolidação. É a quimioterapia administrada após o paciente se recuperar da
indução com o objetivo de destruir as células de leucemia remanescentes.
• Manutenção. Consiste em administrar uma baixa dose de determinada droga
quimioterápica durante meses ou anos após consolidação.
• Pode associar a terapia de células alvo a quimioterapia.
➔ Imunoterapia

• A imunoterapia é o uso de medicamentos para ajudar o próprio sistema


imunológico do paciente a reconhecer e destruir as células cancerígenas de forma
eficaz.

• Anticorpos monoclonais – podem ser projetadas para atacar uma parte muita
específica de uma célula cancerosa

• Terapia com células T CAR

• Terapia com receptor de antígeno quimérico de célula T (CAR T cell therapy)

• Terapias com bloqueio de checkpoint imunológico (imune checkpoint blockade


therapy

• Vacinas – produzidas a partir das próprias células tumorais do paciente ou de


substâncias coletadas a partir de células tumorais
Em situações de normalidade os linfócitos C(cels de defesa) ficam ligados pra atacar
células malignas impedindo que os tumores aconteçam mas as células malignas tem na
sua superfícies moléculas que impedem o reconhecimento delas pelos linfócitos
tornando os tumores invisíveis. As novas drogas vão tirar essas “vendas” fazendo com
que os nossos anticorpos consigam reconhecer essa superfície e atacá-la e o nosso
próprio organismo vai cuidar delas.
➔ Terapia de células alvo(anticorpos monoclonais)

• Nas células humanas diversas proteínas/moléculas coma função de manter a


proliferação.
• Nas células cancerígenas também existem moléculas com papel semelhante, mas
muitas vezes desempenhando estas funções de forma descontrolada e caótica.
Atacar essas moléculas é o objetivo da terapia alvo molecular.
• A terapia-alvo tem o foco de combater as moléculas especificas direcionando a
ação de medicamentos exclusivamente ou quase exclusivamente as células
tumorais reduzindo assim suas atividades sobre as células saudáveis e os efeitos
colaterais.

➔ Medicamentos imunoterapia

• Ipilimumabe
• Nivolumabe
• Pembrolizumabe
• Atezolizumabe
• Durvalumabe
• Avelumabe
Mabe=anticorpormonoclonau em inglês. Se usa também pra outras doenças como
artrite/artrose. Mas estão relacionados a osteonecrose precisamos prestar atenção.

➔ Efeitos adversos da quimioterapia


• Fraqueza
• Diarreia
• Perda de peso
• Queda de cabelo e outros pelos
• Enjoo
• Vomito
• Anemia
• Leucopenia
• Trombocitopenia
• Infecções
• Mucosite
• Osteonecrose dos maxilares – tardio

*Endovenosa normalmente o paciente tem amis efeitos colaterais.


➔ Efeitos adversos da quimioterapia na boca
• Mucosite
• Disgeusia – não sente gosto
• Xerostomia
• Neurotoxicidade
• Infecções fúngicas bacterianas e virais
• Osteonecrose dos maxilares
Nós devemos trabalhar na prevenção para evitar ou minimizar esses efeitos.
Mucosite:
Dano epitelial -> atrofia nesse epitélio -> começa a ter uma dor -> evolui pra uam fase
ulcerada normalmente com neutropenia -> flora bucal cheia de bactérias vai infectar
aquela ulcera -> pode causar sepscemia.
➔ Diagnostico
• lesões malignas
• metástases
• doenças sistêmicas
• infecções e doenças oportunistas

➔ Antes do tratamento
• Prevenção
• Remoção infecção
• Solicitar radiografia panorâmica
• Educação em ho
• Tratamento de carie
• Exodontias – 20 dias antes e profilaxia
• Antibiótico
• Tratamento endodôntico
• Tratamento periodontal
• Próteses – orientações

-Informações do Orientações do oncologista

• Doença do paciente
• Regime quimioterapia
• Duração dos ciclos
• Prognostico
• Tipo administração (oral/cateter)
• Exames laboratoriais

➔ Durante a terapia
Laseres

➔ Pós-tratamento

A melhor prevenção das complicações bucais é ter boa saúde bucal – importância do
CD!
Aula 6: Cuidados odontológicos na complicação bucal da quimioterapia e da
radioterapia – Patricia
AO

➔ Tratamento oncológico
Quimioterapia
Radioterapia – atua localmente

➔ Antes do tratamento
• Prevenção
• Remoção infecção
• Solicitar radiografia panorâmica
• Educação em ho
• Tratamento de caries
• Exodontias – 20 dias antes e profilaxia
• Antibiótico
• Tratamento endodôntico
• Tratamento periodontal
• Próteses
➔ Orientações do oncologista
• Doença do paciente
• Regime quimioterapia
• Duração ciclos
• Prognostico
• Tipo administração (oral/cateter)
• Exames laboratoriais prévios

➔ Orientações ao oncologista após os tratamentos odontológicos:


• Tratamento executado
• Condição bucal do pac
• Condições não resolvidas
• Condições com potencial pra infecção futura

➔ Recomendações para todos os pacientes


• Higiene oral
o Sangramento – reavaliar talvez usar gaze se for muito grande o
sangramento
• Bochecho com clorexidina a 0,12% podendo alternar com outros enxaguantes
• Boa alimentação
• Evitar fumo e álcool
• Hidratação
• Gelo

➔ Atendimento durante a quimioterapia


Período NADIR:Momento no qual a contagem de células está mais baixa
10 a 14 dia após a quimio – pior momento - NÃO REALIZAR TRATAMENTO INVASIVO
*Se a gente precisar fazer alguma intervenção o melhor momento é logo próximo ao
próximo ciclo.(solicitar hemograma sempre do dia ou no máximo do dia anterior)
Cada ciclo geralmente tem 21 dias

• *20 dias após o ciclo


• Pode tratar mas com cautela
• Valor normal de plaquetas: 150 a 300/400 mil celulas/mm3
• Só realizar tratamentos com Plaquetas maior que 75.000 cels/mm3 e mesmo
assim evitando sangramentos importantes a todo custo
• Menor que 50.000 (ver com a equipe – ácido tranxamico/transfusão de
plaquetas)
• Neutrófilos > 1000 cel/mm3
• Fatores coagulação normais (tp, ttp, ttpa)
• Cateter – profilaxia antibiótica sempre pra evitar infecção

➔ Complicações bucais da quimio e radioterapia


Dose dependentes
➔ Temporários ou agudos – logo após a quimio/rádio

• 2 a 4 semanas após o término radioterapia


• Mucosite
• Disgeusia – gosto ruim na boca
• Infecção
• Trismo
• Fibrose-radiodermite
• Má-nutrição
• Xerostomia
• Cárie

➔ Infecções bucais – são muito recorrentes – temos uma leucopenia presente que
propicia
• Bacterianas
• Virais
o Herpes –
• Fúngicas
o Candidíase
As vezes o paciente já usa aciclovir preventivamente – já passamos antes a depender
do tratamento.

➔ Tardios ou crônicos
• Xerostomia
• Cárie
• Alteração dentária ex: criança que fez radio pode gerar alteração na neofromação
dentária posteriormente
• Trismo
• Osteoradionecrose

➔ Glândulas salivares
• Saliva grossa
• Dificuldade de deglutição
• Ardência bucal
• Paladar
• Queilite e fissura lingual – candidíase
• Dificuldade de usar prótese

➔ Xerostomia /hipossalivação
A xerostomia é a queixa do paciente da boca seca. Não necessariamente está
associada a real diminuição da saliva
Hipossalivação é a real diminuição da saliva

64% dos pacientes apresentam alteração salivar


Pode ser permanente ou transitória

Tratamento:

• Alimentos ácidos* - gotinha de limão, mas depende do paciente pra indicar


• Hidratação – app, garrafinha de água
• Estimulação (gomas de mascar sem açucar)
• Saliva artificial – sialogogos(medicamentos por exemplo pilocarpina último
recurso)

➔ Mucosite
• Maior complicação não hematológica da quimioterapia
• Ação quimioterápica no endotélio
• Interrupção no endotélio
• Interrupção tratamento
• Predisposição a septicemia
• Dor
Epitélio normal recebe a radiação ou quimioterápico se desorganizando havendo uma
primeira destruição superficial
Na outra fase os vasos sanguíneos também são afetados e esse epitélio vai sendo
destruído até chegar na fase de ulceração propriamente dita podendo ter uma
colonização adjacente de microrganismos e após isso o organismo volta a fase de
reparação, porém enquanto isso é muita dor e infecção.

• Odinofagia
• Disagesia
• Desidratação
• Má-nutrição
• Infecções
• Redução qualidade de vida
• Interrupção do tratamento

A mucosite vai depender de:

• Idade
• Recuperação hematopoiética -neutrófilos
• Flora-colonização
• Droga usada
• Regime terapêutico
• Risco maior:
o Doses repetidas
o Quimio e radio
o Episódios prévios
➔ Fatores de risco para a mucosite
• Idade
• Idosos – imunidade e atrofia tecidual
• Nutrição
• HO
• Quimio + radioterapia
• Câncer de boca – 80% sendo 40% graus III e IV
• Regime radioterápico fracionado
• Fatores genéticos

➔ Tratamento/prevenção mucosite
• Saúde bucal previa
• Dispositivos intrabucais para proteção durante a radio
• Crioterapia durante a quimio
• Laserterapia
• Bochechos (analgésico, anti-inflamatório e anestésico)
• Medicamentos
o Antivirais
o Antifúngicos
o Analgésicos
• Camomila
• Palifermina e amifostina(ethyol)
• Clorexidina profilática
➔ Laserterapia
• Efeito analgésico
• Efeito anti-inflamatorio
• Aumento fluxo salivar

➔ Recomendações:
• 30 min crioterapia
• Palifermina – TMO irradiação corpo todo
• Laserterapia 2J/cm2
• Analgesia
• Benzidamina bochecho

➔ Sugestões:
• Protocolos de prevenção MO para todos tipos de cancer
• Crioterapia
• Laserterapia
• Fentanil -dor
• Bochecho morfina
• Bochecho dexapin
• Suplemento d ezinco*
o RT fumante diminui efeito da RT

➔ Cárie de radiação
• Prevenção HO
• Saliva artificial
• Clorexidina
• Flúor

➔ Osteoradinecrose
• Área de exposição óssea de 2cm de diâmetro previamente exposta a radiação não
cicatriza há 2 meses na ausência de recorrência do tumor
• 70 a 94% ocorrem após até 3 anos da RT

✓ Fatores de risco
• Proporcional a dose – 6000 cGY
• Número de sessões
• Associação RT e quimioterapia
• Extrações pre e pos RT
• Doença periodontal
• Álcool e fumo

✓ Tratamento
• Conservador
o Irrigação e antibioticoterapia
o Criogenio hiperborico
• Tratamento cirúrgico

➔ Osteonecrose induzida por bifosfonados e antiangionecos


• Metástase óssea
• Cancer ósseo – mieloma múltiplo
• osteoporose
*bisfosfonados e antiangionecos também – usados principalmente pra câncer do osso
mieloma múltiplo e metástase óssea e também para osteoporose (alendronato dose
menor, mas interfere tb)
➔ GVHD (GRAFT VERSUS HOST DISEASE) / DEBH (DOENÇA DO ENXERTO VERSUS
HOSPEDEIRO)
• Sequela que pode ser aguda ou mais tardia associada após transplante de medula
óssea (não é sequela da quimio)
• Ele geralmente é sistêmico, mas pode aparecer na boca semelhante a uma
mucosite ou um líquen plano.
• É bom e ruim ao mesmo tempo é uma reação com sintomas e dor, mas significa
que o organismo está reagindo o transplante pegou, mas temos que controlar
bastante pro paciente poder passar por essa reação sem formar câncer.
• Geralmente o uso do laser era contraindicado no tratamento do gvhd

✓ Tratamento
• Corticoide sistêmico e bochecho
• Dexametasona
• Clobetasol gel
• Tacrolimus
• triancilonona

Você também pode gostar