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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

BACHAREL EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Atividade Avaliativa

Ciência, Tecnologia e Sociedade

Prof. Dra. ANA LUCIA ALEXANDRE DE OLIVEIRA ZANDOMENEGHI

Alunos:

Bryan Windson Queiroz de Souza

Camila Santos Ferreira

Danielle Maria Carvalho da Silva

Eber Fernandes de Souza

Ellen Cristina de Sousa Castro

São Luís – MA

2021
SUMÁRIO

1. CONTEXTO HISTÓRICO............................................................03
2. A TECNOLOGIA..........................................................................03
3. A PROBLEMÁTICA.....................................................................04
4. DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA..................................04
5. BIOFEEDBACK NA SOCIEDADE...............................................07
6. UTILIDADES E BENEFICIOS.....................................................07
7. A EVOLUÇÃO.............................................................................08
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................10

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BIOFEEDBACK PSICOFISICO

Contexto Histórico

A COVID-19

A pandemia trouxe consigo um aumento de sintomas psíquicos e de


transtornos mentais. Em ênfase, temos a depressão neste cenário, especialmente
entre mulheres que passaram a sofrer com uma carga maior de estresse nos
cuidados com os filhos, afazeres de casa e o trabalho.

O tratamento com os antidepressivos tem uma eficácia em torno de 70% dos


casos. Entretanto, dependendo da gravidade do paciente, é de suma importância usar
outros métodos para resgatar o paciente desta prisão mental.

Segundo a organização mundial da saúde (OSM), os transtornos mentais já


afetam 18 milhões de brasileiros, sendo que tais problemas de saúde tornam a
pessoa incapacitada de trabalhar. A OSM adotou o nome de fadiga pandêmica, termo
esse utilizado para o esgotamento físico e mental que a pandemia causou, viver
dentro de casa, falta de dinheiro entre outras coisas corroboram com a falta de
perspectiva, e tudo isso traz com força a ansiedade/depressão.

A TECNOLOGIA

“BIOFEEDBACK PSICOFISICO”

Por que escolhemos o Biofeedback?

O biofeedback é uma das tecnologias mais revolucionárias atualmente, ele


abrange várias áreas como: educação, psicoterapia, psicologia hospitalar, psicologia
do esporte, fisioterapia entre outros, por sua enorme abrangência foi um dos pontos
que chamou mais a nossa atenção para o seu desenvolvimento, além de ser uma
tecnologia com enorme potencial para o desenvolvimento da psicologia.

Quando pensamos em nossa tecnologia, buscamos algo que se envolvesse


com a saúde emocional, pois cuidar dela, evita o desencadeamento de diversas
doenças como depressão e ansiedade, bem presente atualmente devido o contexto
moderno deste mundo frenético em que estamos inseridos, tudo muda numa

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velocidade incrível, e isso exige muito mais das pessoas, por isso não é difícil que
ocorram sobrecargas mentais.

O biofeedback ajuda na área de identificar pontos específicos de tensões que


podem melhorar a comunicação entre corpo e mente, ajudando no diagnóstico e no
tratamento, a eficácia desse tratamento não-farmacológicos para a depressão e
ansiedade vem obtendo resultados significativos, quem se submete ao tratamento
relata que houve uma redução do uso da medicação, e a longo prazo, necessitam de
doses menores de corticoides.

O grande número de resultados positivos divulgados sugere que técnicas de


biofeedback podem ser úteis como ferramentas terapêuticas para o manejo do
estresse/ansiedade. Nesse sentido, é importante também salientar que, embora a
literatura estrangeira sobre o assunto seja vasta, nenhum estudo publicado no Brasil
foi encontrado. Esta observação sugere que a utilização de técnicas de biofeedback
como ferramenta terapêutica para o manejo do estresse/ansiedade no país esteja
sendo, por alguma razão que merece ser mais bem explorada, negligenciada.

Com relação a essa última observação, algumas possibilidades podem ser


levantadas. Por exemplo, equipamentos de biofeedback para o manejo do
estresse/ansiedade não são produzidos no país. Necessitam ser importados, são
caros, e os softwares encontram-se, em geral, na língua inglesa, o que dificulta
também sua utilização. [Lantyer, 2013]

A PROBLEMÁTICA

1. O preço do equipamento
2. Um especialista qualificado
3. O pouco investimento na tecnologia pelos hospitais.

DESENVOLVENDO A TECNOLOGIA

• Evolução do biofeedback

Desde a Idade Média tentamos controlar o corpo, mesmo que o biofeedback seja
uma criação ocidental, vários autores apontam para uma intima relação filosófica com
as milenares práticas orientais: meditação e yoga, pois ambas as técnicas procuram

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pela autorregulação dos psicofísicos e desenvolvimento da autoconsciência. Foi
então que em 1934, o psiquiatra americano de Harvard, Edmund Jacobson provou a
correlação entre tensão muscular excessiva e desencadeamento doenças físicas e
mentais, tensão e ansiedade acompanhada das fibras musculares, redução do tônus
muscular e diminuição da atividade Sistema Nervoso Central (SNC), e o relaxamento
provocava o oposto disso. Ele fez a sistematização de uma técnica de relaxamento
muscular e em 1940 produziu a reabilitação muscular.

Como utilizar o biofeedback?

Existem diferentes tipos de instrumentos de biofeedback. O biofeedback de


variabilidade de frequência cardíaca (VFC), conhecido como HRV (Heart Rate
Variability) biofeedback, por exemplo, é um dos mais confiáveis para a medição de
parâmetros relativos ao funcionamento do sistema nervoso autônomo (Paul & Garg,
2012). O biofeedback de VFC informa o índice de expressão emocional a partir da
interação existente entre os sistemas simpático e parassimpático. Uma baixa VFC
está associada a uma menor atividade do nervo vago e aumento da atividade do
sistema nervoso simpático. Intervenções que aumentem a VFC e melhorem o tônus
vagal podem diminuir a ansiedade. Um sensor de pulso preso nos dedos é conectado
a um computador e mostra o ritmo cardíaco em tempo real em um gráfico. Um padrão
gráfico denteado demonstra baixa coerência, indicando, portanto, níveis de estresse
e ansiedade elevados. Um padrão gráfico com ondas suaves mostra alta coerência,
bem-estar e menor índice de estresse. O biofeedback de VFC tem sido utilizado no
tratamento de problemas cardiovasculares, transtorno de ansiedade generalizada,
transtorno de pânico e transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) (Wheat & Larkin,
2010).

Um outro instrumento de biofeedback, comumente utilizado em associação à


VFC, é o RSA (Respiratory Sinus Arhythmia), que mensura a arritmia sinusal
respiratória, sendo capaz de medir a variação da frequência respiratória. Tal
equipamento tem como objetivo manter o ritmo respiratório em seis respirações por
minuto, para que ocorra uma ressonância entre o ritmo respiratório e o barorreflexo
(Zucker, Samuelson, Muench, Greenberg & Gevirtz, 2009), aumentando a amplitude
da VFC. Durante o relaxamento, o sistema nervoso parassimpático é ativado e as

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ondulações respiratórias e a taxa cardíaca são sincronizadas e aumentadas (Mikosch
& cols., 2010). Essas alterações são informadas em tempo real por meio de um sensor
digital infravermelho.

Por sua vez o biofeedback eletromiográfico (EMG) mostra a atividade elétrica


muscular em tempo real, buscando a própria regulação direta da atividade muscular
com o objetivo de induzir o relaxamento (Nicholson, Buse, Andrasik, & Lipton, 2011).

Já o biofeedback eletroencefalográfico (EEG) ou neurofeedback identifica os


tipos de ondas cerebrais atuantes no momento, a partir de sensores instalados na
cabeça do indivíduo. Ondas alfa têm sido associadas a relaxamento e bem-estar,
enquanto ondas teta (produzidas com os olhos fechados) têm sido associadas a
estados de meditação, início de sono ou hipnose (Bhat, 2010; Gruzelier, 2009). O
treinamento alfa/teta (A/T) envolve a identificação das ondas alfa e teta durante o
relaxamento do paciente, com os olhos fechados, frequentemente ao som de músicas
tranquilas. O objetivo é aumentar a relação A/T.

O biofeedback de respostas galvânicas da pele (GSR) mede a resposta


eletrodérmica mediante o posicionamento dos sensores nas pontas dos dedos
indicador e médio da mão dominante do participante (Strunk & cols., 2009). A
condutividade nas extremidades é um importante indicador emocional.

Finalmente, o biofeedback termal também permite o acoplamento de sensores


nas extremidades (mãos, dedos), sendo sensível à temperatura da pele por meio de
pequenos vasos. Durante estados de maior relaxamento, os vasos dilatam e a
temperatura aumenta. Embora técnicas de biofeedback sejam frequentemente
utilizadas como instrumentos de medida da atividade do sistema nervoso autônomo
e, consequentemente para aferir níveis de estresse/ansiedade, alguns estudos mais
recentes tem se voltado para a sua utilização como ferramenta terapêutica.
Evidências também sugerem que o emprego dessas técnicas como recurso
terapêutico esteja sendo utilizado em particular para o manejo do estresse e da
ansiedade. [Lantyer, 2013.

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BIOFEEDBACK NA SOCIEDADE

Público-alvo

O consesus de Agency for Health Care Policy and Research cita o biofeedback
como tratamento primário para incontinência urinaria, e oitenta por cento dos
indivíduos com hipertensão arterial essencial que se submeteram ao treinamento do
biofeedback, relatam que reduziram o uso de medicação, ou a longo prazo,
necessitaram de doses menores.

Vários estudos têm evidenciado que indivíduos com Transtornos Pânico e


Transtorno de Ansiedade que se submeteram ao treinamento com o biofeeback
obtiveram ganhos significativos em habilidades para controle de seu estado a ponto
de as crises não mais interferirem em suas vidas.

O treinamento em biofeedback tem sido utilizado para o tratamento de


diferentes quadros clínicos e para a prevenção/alívio de sintomas relacionados ao
estresse/ansiedade. Resultados demonstram que técnicas de biofeedback são
eficazes no manejo do estresse/ansiedade em diferentes populações. Entretanto,
todos os estudos encontrados foram realizados fora do Brasil, o que sugere que
técnicas de biofeedback como ferramenta terapêutica não tem sido utilizada no país.
[Lantyer, 2013]

UTILIDADES E BENEFICIOS

• O uso desse dispositivo ajuda para os pacientes no controle de algumas


enfermidades;
• Dor de cabeça;
• Problemas psicológicos, fobias, depressão e ansiedade;
• Distúrbio alimentar;
• Doenças gastrintestinais de origem psicológica;
• melhora o raciocínio e proporciona diminuição dos distúrbios de sono;
• ajuda no relaxamento do corpo associado a yoga e meditação.

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A EVOLUÇÃO

Entrevistas com os especialistas

Ao entrevistamos a docente em enfermagem da UEMA, Pós-Graduada em


Enfermagem em Cardiologia Intensiva, Camila de Sousa Mesquita, sobre o que ela
tem a dizer sobre o biofeedback na área da saúde, e obtivemos a seguinte resposta:

- É uma tecnologia que tem se mostrado muito eficaz no tratamento de muitas


doenças, através da captação de respostas fisiológicas do organismo,
proporcionando uma melhor qualidade de vida a indivíduos com determinadas
patologias, permitindo a estes o controle de suas reações fisiológicas e emocionais,
o que caracteriza melhoras e controle da doença.

Você usaria como tratamento e diagnóstico de doenças cardiovasculares?

- No contexto atual, e dentro dos principais estudos da cardiologia a respeito do


biofeedback, veremos que a amplitude do estudo deste dispositivo dentro da
cardiologia ainda é bem pequena. Impossibilitando-o em alguns contextos dentro
desta temática. Contudo, é notória a sua eficácia em algumas doenças
cardiovasculares, como a hipertensão. Além disso, é preciso ainda a exploração de
estudo com ensaios clínicos mais aprofundados, para podermos garantir
cientificamente a qualidade e eficácia deste no diagnóstico e tratamento de uma gama
de doenças cardiovasculares.

Melhorias nesta tecnologia, poderia melhor adequá-la na área hospitalar?

- A acessibilidade a esta tecnologia seria o primeiro passo. Apesar de não ser uma
tecnologia considerada nova, ainda é pouco falada. Contudo, traria muitos benéficos
aos pacientes no âmbito hospitalar, pois além de ser uma técnica minimamente
invasiva, proporciona melhoras significativas em quadros de reabilitação motora, por
exemplo. Alguns hospitais da rede pública já dispõem de tal tecnologia, no entanto a
expansão em larga escala desta, seria de fato benéfico, pois ainda se trata de uma
tecnologia de alto custo.

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Para encerrar sua participação, e obrigada por dividir o seu conhecimento,
esses dados psicofísicos têm utilidade social?

- Claro! Apesar de ser uma tecnologia pouco acessível ainda, o biofeedback


proporcionaria uma qualidade de vida muito melhor a muita gente, pois além de se
tratar de um método não medicamentoso, em um só aparelho consegue atuar em
muitas patologias distintas, o que demonstra um avanço enorme na saúde. Ainda
mais se estivesse inserida na saúde pública.

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REFERÊNCIAS

https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/pandemia-de-covid-19-agrava-
depressao-e-demanda-tratamentos-diferenciados/

https://ihs-headache.org/wp-
content/uploads/2020/06/1106_campaner_l_biofedback_of_headache_treatmen
t_spanish.pdf

https://www.redepsi.com.br/2010/07/26/para-os-depressivos-ver-o-mundo-
cinza-mais-do-que-uma-met-fora-diz-estudo/

https://www.revide.com.br/blog/jose-aparecido-da/as-tres-leis-psicofisicas/

https://www.fontouraeditora.com.br/periodico/upload/artigo/1337_1510597449.
pdf

https://www.scielo.br/j/estpsi/a/dkxZ6QwHRPhZLsR3z8m7hvF/

https://www.medicina.ufmg.br/dor-depressao-e-ansiedade-podem-estar-entre-
as-sequelas-da-covid-19/

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