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ELETROCONVULSOTERAPIA
PONTA GROSSA
2022
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SUMÁRIO
1 O QUE É? ......................................................................................................... 2
2 QUANDO E COMO SURGIU? ......................................................................... 2
3 COMO É FEITO? ............................................................................................. 3
4 EFEITOS COLATERAIS .................................................................................. 3
5 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES ......................................................... 3
6 RESULTADOS ................................................................................................. 4
6.1 SEGUNDO O ARTIGO REFERENCIADO ...................................... 4
6.2 QUAIS SÃO OS RESULTADOS ESPERADOS COM O USO DA
ECT ................................................................................................4
6.3 VALORES PREDITIVOS PARA RESULTADOS SUPERIORES NA
ELETROCONVULSOTERAPIA ..................................................... 5
7 CUIDADOS DE ENFERMAGEM ...................................................................... 5
8 POLÊMICAS E CURIOSIDADES ..................................................................... 6
9 CONCLUSÃO .................................................................................................. 7
10 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 8
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1. O que é?
A ECT, também conhecida por eletrochoque, é definida como um tratamento
psiquiátrico, no qual são provocadas alterações na atividade elétrica do cérebro,
induzidas por meio de passagem de corrente elétrica sob efeito de anestesia geral,
com a finalidade de induzir uma crise convulsiva que dura em torno de 30 segundos.
O tratamento é feito em sessões e o número de aplicações é definido pelo médico
psiquiatra.
3. Como é feito?
Historicamente a ECT foi usada como método de tortura, castigo, imposição do
sofrimento, da dor e punição. A aplicação era feita sem anestésicos e sem o uso de
relaxantes musculares, levando o paciente de fato a uma convulsão, sendo necessária
nesse caso a contenção pela equipe com o auxílio de faixas, levando muitas vezes no
fim da sessão a hematomas, lesões e fraturas no indivíduo. Essa questão histórica, é
o que leva muitos opositores a argumentarem sobre a necessidade da proibição dessa
prática. Outro fator que influencia nessa resistência em relação ao uso de ECT é a
desinformação, além de uma abordagem inadequada sobre a prática em filmes e
séries.
4. Efeitos colaterais
Em relação aos efeitos colaterais da anestesia administrada, alguns são: torpor,
desorientação e certa confusão. Já em relação aos efeitos mais específicos do ECT é
possível citar: dor de cabeça e dores musculares, que são totalmente manejáveis com
medicações e amnésia do tipo anterógrada (não lembra coisas novas, coisas que
aconteceram recentemente). Essa amnésia normalmente regride ao longo das
semanas de tratamento (3x por semana, geralmente levando de 8 a 12 sessões) e
raramente permanece ao longo dos meses, sendo um efeito colateral benigno.
5. Indicações e contraindicações
Indicações: Depressão grave com ideação suicida, catatonia, psicose
puerperal, depressão gestacional, síndrome neuroepiléptica maligna,
esquizofrenia, transtorno bipolar do humor e doença de Parkinson.
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6. Resultados
6.1 Segundo o artigo referenciado:
Os principais achados desta revisão foram:
1) A eletroconvulsoterapia é mais efetiva do que qualquer medicação
antidepressiva;
2) A remissão da depressão com a eletroconvulsoterapia varia, em geral, de 50
a 80%;
3) Ainda é controverso o efeito da eletroconvulsoterapia nos níveis de fator
neurotrófico derivado do cérebro;
4) A eletroconvulsoterapia tem efeito positivo na melhora da qualidade de vida;
5) Os pacientes submetidos à eletroconvulsoterapia, em geral, têm uma
percepção positiva do tratamento.
8. Polêmicas e curiosidades
Por historicamente a ECT ser utilizada como uma forma de tortura, castigo, e punição,
além de uma aplicação sem anestésicos no passado, hoje em dia frequentemente se
tem uma forte oposição em relação a esse tratamenoto.
O Movimento da Anti-Psiquiatria é um grande opositor desse método, dizendo que
essa terapia não se passava de invenção e que a prática da ECT nada mais era do
que uma medida de punição brutal. Outro marco importante foi o “Manifesto Nacional
pela Proibição das Experiências com Eletrochoque” em 2004, onde o escritor Carrano
Bueno, representante dos Usuários do Conselho Nacional de Reforma Psiquiátrica no
Ministério de Saúde do Brasil, condenou a liberação de verbas e proibiu a participação
dos portadores de transtorno mental em pesquisas com a utilização da técnica,
alegando que a terapia era uma forma de tortura. O Conselho Federal de Psicologia
é um dos conselhos profissionais que formalmente sustenta uma posição contrária ao
uso da ECT em defesa dos Direitos Humanos, em apoio à luta antimanicomial e às
manifestações dos usuários do sistema de saúde mental, que lutam pelo direito de
recusa à aplicação da ECT.
Depois de toda a evolução vivida pela técnica da aplicação da ECT como a obrigação
de anestesia geral e uso de relaxantes musculares, esta visão ruim em relação ao
tratamento foi diminuindo com o tempo e a tendência é que essa visão se amplie cada
vez mais, já que estudos comprovando sua eficácia tem ganhando “voz”.
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9. Conclusão
Conclui-se então, que a ECT quando aplicada com a técnica modificada, com a devida
assistência e as indicações precisas, consiste em um tratamento eficaz, seguro e
capaz de promover melhora na qualidade de vida dos pacientes, através da redução
dos sintomas em curto prazo. Mais do que uma prática técnica, a ECT necessita ser
discutida como um tratamento que gera rejeições e que traz um marco histórico de
punições e dor social, difícil de esquecer, devendo as questões ao redor desse tema
serem respeitosamente enfrentadas e discutidas.
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REFERÊNCIAS