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Trauma e Emergências
Convulsões
Etiologia
Testes Laboratoriais
Tratamento
Docente
Abudo Agostinho
Fátima Fabião
Fatucha Jojó
Luís João
Docente
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4
Convulsões ....................................................................................................................... 5
Epilepsia ........................................................................................................................... 5
Complicações ................................................................................................................... 8
Conduta........................................................................................................................... 10
Conduta........................................................................................................................... 14
Conclusão ....................................................................................................................... 15
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Introdução
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 10% da população
mundial sofre com crises convulsivas 8 a 10% da população mundial será acometida por pelo
menos uma crise convulsiva no decorrer da vida, e deste total apenas 1% são atendidos nas
emergências, sendo 25% destas a primeira crise.
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Convulsões
O termo “convulsão”, segundo o Novo Dicionário Aurélio (Ferreira, 1999, p. 549), tem
uma acepção leiga que indica “grande agitação ou transformação” e “ato ou efeito de
convulsionar”, ou seja, ele remete ao campo daquilo que promove agitação, que conturba e
excita. Seu espectro semântico não deixa de evocar a idéia de “revolução” e de “agitação das
massas”. A própria noção de “crise” não lhe é estranha. Dito de outra forma, “convulsão” evoca
algo que agita, excita e interpela: o Sujeito e o Outro.
No contexto médico, esse termo traduz um estado clínico em que o indivíduo apresenta
contrações musculares súbitas, involuntárias e violentas. Essas contrações podem ser
constantes, mantendo os músculos em contração contínua (tônicas) ou rítmicas e espasmódicas
(clônicas), ou ainda uma combinação das duas formas anteriores (tônico-clônicas). Sob
qualquer dessas apresentações clínicas, são quadros muito expressivos, intensos e que
normalmente interpelam aqueles que os assistem, provocando perturbação e ímpetos de “se
fazer alguma coisa”.
Epilepsia
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No entanto, é uma emergência médica pois pode causar séria disfunção cardiorrespiratória
(paragem), febre e perturbações metabólicas que levam ao dano cerebral e de outros órgãos.
Geralmente os pacientes que se mantém em estado de mal epiléptico por cerca de 2 horas e
sobrevivem, estes podem ter lesões cerebrais devastadoras e irreversíveis.
Convulsões febris são convulsões tónico-clónicas generalizadas que aparecem por causa de
febre, geralmente acima de 38°C, em crianças de 6 meses até 5 anos de idade.
Convulsões focais ou parciais: devidas a descarga localizada numa região do córtex cerebral
que pode estender-se a outras regiões ou ficar localizada: o Parcial simples que não tem
alteração do estado de consciência. o Parcial complexa que tem alteração do estado de
consciência.
Convulsões em Adulto
Causas das convulsões em adulto As causas conhecidas (30%) e mais frequentes da convulsão
em adulto incluem:
Epilepsia
Trauma cerebral.
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Infecções: meningite bacteriana, encefalite viral, abcesso, malária cerebral,
schistosomíase, neurossifilis, tuberculoma e neurocistecercose.
Em pacientes infectados pelo HIV: encefalopatia por HIV, meningite por Criptococco,
Toxoplasmose cerebral e CMV.
Hipoglicémia
Insuficiência hepática.
Encefalopatia hipertensiva.
O paciente apresenta numa primeira fase, considerada a fase tónica, na qual há perda de
consciência, rigidez e extensão das extremidades superiores e inferiores; apresenta apneia, pode
apresentar cianose; perda de urina e fezes (por relaxamento dos esfíncteres), vómito.
A segunda fase, a fase clónica, é caracterizada por movimentos clónicos do tronco e dos
membros superiores e inferiores. Quando esta fase termina o tono muscular do paciente torna-
se flácido, o paciente fica inconsciente apresentando uma respiração profunda e rápida. A
duração de um ataque é geralmente de cerca de 60-90 segundos, no final do qual o paciente
retorna ao estado consciente mas apresentando um estado de confusão e fraqueza generalizada
que permanece algumas horas. Geralmente o paciente não se lembra do que aconteceu.
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Convulsões focais ou parciais simples
As manifestações clínicas são localizadas numa parte do corpo correspondente a área do córtex
onde acontece a descarga. Por exemplo, o paciente pode apresentar movimentos tónicos ou
clónicos de um membro superior, o da face. Geralmente quando se trata de convulsões focais
ou parciais simples a consciência e o estado mental não são afectados.
Por estas razões podem ser confundidas como doenças psiquiátricas. Este tipo de convulsão
pode ficar localizada ou estender-se nos dois hemisférios cerebrais, tendo as mesmas
manifestações clínicas das convulsões generalizadas.
Complicações
Exames como hemograma, hematozoário, bioquímica (pesquisa dos níveis dos electrólitos,
glicemia, ureia e creatinina) são importantes para se tentar estabelecer a causa. Um
electroencefalograma (EEG) também é útil, porém não é da competência do TMG. O
diagnóstico de convulsão é clínico. É preciso determinar se as manifestações clínicas
apresentadas pelo paciente foram verdadeiramente devidas a uma convulsão. Portanto, deve-se
proceder através de:
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Característica do ataque: o Início do ataque: súbito ou gradual;
Vómito.
Exame físico: é importante avaliar o exame neurológico primeiro e em seguida todos os outros
aparelhos.
Diagnóstico diferencial
As convulsões são diferenciadas entre si pelo quadro clínico acima descrito específico para cada
situação.
Deve-se excluir condições cujo quadro clínico pode ser confundido com o das convulsões:
Síncope: geralmente antes da síncope há sintomas que precedem como náusea, fraqueza,
visão ofuscada, brilhos
Distúrbios psicológicos
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Geralmente estes distúrbios não se acompanham de relaxamento dos esfíncteres. Além destes
distúrbios, é importante diferenciar as causas que desencadearam o episódio convulsivo
(infecções, distúrbios metabólicos, traumatismo, entre outras).
Conduta
É importante lembrar-se de não pôr nada na boca do paciente pois existe o risco de ser
mordido ou de danificar os dentes. Abaixadores de língua ou outros objectos não devem ser
forçados entre os dentes trincados. Apenas colocar, se a boca estiver semiaberta.
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Diazepam 10 - 20 mg EV lento (1 ml/min) a repetir se necessário passados 30-60 min.
Se não tem acesso EV, use a via rectal, na mesma dose. Em qualquer caso diluir uma
ampola de 10mg/2ml em 8 ml de glicose 5% ou soro fisiológico.
Em caso de não resposta, é preciso a intervenção do médico e/ou do técnico de anestesia. Para
a administração de medicamentos de nível 3 de prescrição:
Fenitoína (Inj. 250 mg/5ml - Amp) 10-15 mg/kg (1000 – 1500 mg) E.V. lento por 20
min (50mg/min) = dose de ataque. Não administrar Fenitoína com solução glicosada a
5%, pois a Fenitoína se precipita em pH baixo. Se as convulsões não forem controladas,
repetir Eenitoína em bolo de 5-10 mg/kg. Ou
Hemograma.
Ureia e Electrólitos.
Medição da glicemia.
Referir/transferir o paciente para o médico ou especialista para poder avançar com os testes
diagnósticos mais específicos e o tratamento a longo prazo mais adequado.
Convulsões em Criança
Em crianças a maior parte dos ataques de convulsões são “benignos” ou seja não tem
nenhuma causa orgânica subjacente (um terço delas são relacionadas com a epilepsia). Existem
causas típicas de umas faixas etárias e outras comuns a todas as idades.
Hipoglicemia
Arritmias cardíacas.
Massa cerebral.
Doenças metabólicas
De 6 meses a 5 anos:
Convulsões febris.
O quadro clínico das convulsões generalizadas tónico-clónicas ou grande mal, e das convulsões
parciais simples e complexas e similar ao do adulto.
Contudo existem algumas condições clinicas características da idade pediátrica tais como:
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Ausência ou pequeno mal, que não constitui uma emergência por si, mas é necessário
fazer o diagnóstico para proporcionar o tratamento
Convulsões febris
Convulsões febris complicadas: tem a duração > de 15 minutos, ou são recorrentes nas 24
horas após o primeiro ataque, ou são focais ou aparecem em crianças com <6 meses ou> 5 anos.
O diagnóstico em crianças segue os mesmos passos que no adulto tendo os seguintes pontos:
A anamnese é recolhida através dos familiares ou das pessoas que convivem com o
paciente.
Prestar atenção com relação a idade, porque algumas causas são típicas a determinadas
faixas etárias.
Problemas na alimentação.
Presença de febre.
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Conduta
Doses de diazepam via rectal em função da idade: a) < de 1 ano: 2.5 mg; b) 1 a 3 anos:
5 mg; c) > 3 anos: 10 mg
Se não se obtiver o efeito desejado e a convulsão persistir após 10 minutos, administrar uma 2ª
dose de Diazepam rectal (ou E.V. na dose de 0.25mg/kg se tiver veia canalizada com soro em
curso).
Outra alternativa seria administrar Fenobarbital E.V. ou I.M.: na dose de 15mg/kg, contudo este
medicamento é de nível 3 de prescrição. A fórmula E.V. deve ser diluída em 15 - 20 ml de Soro
Fisiológico e dada muito lentamente.
Em caso de febre, administrar antipiréticos como o Paracetamol nas doses habituais (15 mg/kg
num máximo de 4 doses diárias).
Nos menores de 3 meses a dose é de 10 mg/kg, reduzindo a 5 mg/kg se icterícia estiver presente.
Por dia a dose máxima oral nas crianças é de 80mg/kg/dia Técnicas de administração rectal de
diazepam:
Retirar a dose de uma ampola de diazepam em uma seringa de tuberculina (de 1 mL).
O cálculo da dose deve ser baseado no peso da criança, sempre que possível.
Remover a agulha.
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Conclusão
Vários aspectos podem ser considerados ao final deste trabalho. Um deles consiste na
possibilidade de o comprometimento cerebral provocar ambas as crises. Um percentual
significativo de pacientes epilépticos, com crises parciais complexas de lobo temporal, de difícil
controle. O diagnóstico diferencial de ambos os tipos de crises nem sempre se torna
procedimento fácil. No entanto há controvérsias por parte de psiquiatras e neurologistas se a
doença cerebral, no Pesquisar se ocorreu algum traumatismo craniano, precedendo o quadro.
Alterações neurológicas focais associadas ao quadro sugerem processo expansivo intracraniano
(hematoma, tumor ou abscesso).
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Referencias Bibliográficas
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