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Instituto Politécnico Boa Esperança de Nampula

Técnico de Medicina Geral (TMG 7)

Trauma e Emergências

Convulsões

 Etiologia

 Anamnese e Exame Físico

 Testes Laboratoriais

 Tratamento

Docente

Dr. António Jaime

Nampula, Abril de 2023


Convulsões

Abudo Agostinho

Fátima Fabião

Fatucha Jojó

Joana Ramos Paulo

Luís João

Ussene Adamo Ussene

Docente

Dr. António Jaime

Nampula, Abril de 2023

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4

Convulsões ....................................................................................................................... 5

Epilepsia ........................................................................................................................... 5

Classificação das convulsões ............................................................................................ 6

Convulsões generalizadas: ................................................................................................ 6

Convulsões focais ou parciais........................................................................................... 6

Convulsões em Adulto ..................................................................................................... 6

Quadro clínico das convulsões em adultos ....................................................................... 7

Convulsões focais ou parciais simples ............................................................................. 8

Convulsões focais ou parciais complexas ........................................................................ 8

Complicações ................................................................................................................... 8

Exames auxiliares e Diagnóstico ...................................................................................... 8

Diagnóstico diferencial ..................................................................................................... 9

Conduta........................................................................................................................... 10

Convulsões em Criança .................................................................................................. 12

Quadro clínico das convulsões em crianças ................................................................... 12

Convulsões febris ........................................................................................................... 13

Diagnóstico das convulsões ............................................................................................ 13

Conduta........................................................................................................................... 14

Conclusão ....................................................................................................................... 15

Referencias Bibliográficas .............................................................................................. 16

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Introdução

O presente trabalho de curso TMG pretende demonstrar os impactos gerados pelas


convulsões. A partir de um desequilíbrio de inibição-excitação, ocorre a convulsão.
Dependendo do local de origem no encéfalo, podemos classificá-las em: focais (ou parcial),
quando a atividade elétrica atinge apenas um hemisfério cerebral e generalizadas, quando se
estendem para os dois hemisférios.

Com este trabalho objetivamos apresentar as principais consequências das convulsões


nos adultos e crianças, saber como auxiliar em um crise convulsiva possibilita a preservação da
vida e possíveis traumas relacionados ao evento, em especial os de obstrução de vias aéreas,
evitando principalmente o atendimento prejudicial de pessoas mal informadas que podem
acarretar a morte da vítima.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 10% da população
mundial sofre com crises convulsivas 8 a 10% da população mundial será acometida por pelo
menos uma crise convulsiva no decorrer da vida, e deste total apenas 1% são atendidos nas
emergências, sendo 25% destas a primeira crise.

1.2.1 Objetivo Geral

Apresentar as principais consequências das convulsões nos idosos e nas crianças.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Demonstrar as técnicas que o TMG precisa para efectuar os primeiros socorros

 Apontar as técnicas da anamnese e Exame Físico para o Diagnostico correcto;

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Convulsões

A convulsão é um conjunto de manifestações clínicas ou subclínicas que incluem


fenómenos motores, sensoriais e psíquicos devidos a ocorrência súbita de descargas anormais,
excessivas e sincronizadas de um grupo de neurónios do cérebro.

O termo “convulsão”, segundo o Novo Dicionário Aurélio (Ferreira, 1999, p. 549), tem
uma acepção leiga que indica “grande agitação ou transformação” e “ato ou efeito de
convulsionar”, ou seja, ele remete ao campo daquilo que promove agitação, que conturba e
excita. Seu espectro semântico não deixa de evocar a idéia de “revolução” e de “agitação das
massas”. A própria noção de “crise” não lhe é estranha. Dito de outra forma, “convulsão” evoca
algo que agita, excita e interpela: o Sujeito e o Outro.

No contexto médico, esse termo traduz um estado clínico em que o indivíduo apresenta
contrações musculares súbitas, involuntárias e violentas. Essas contrações podem ser
constantes, mantendo os músculos em contração contínua (tônicas) ou rítmicas e espasmódicas
(clônicas), ou ainda uma combinação das duas formas anteriores (tônico-clônicas). Sob
qualquer dessas apresentações clínicas, são quadros muito expressivos, intensos e que
normalmente interpelam aqueles que os assistem, provocando perturbação e ímpetos de “se
fazer alguma coisa”.

Essa dimensão de agitação subjetiva e de interpelação do outro é fundamental para se


situar histórica e antropologicamente a evolução das concepções médicas sobre os quadros
convulsivos. Podendo estar presentes em diversas espécies de condições psicológicas, as
convulsões sempre colocaram o problema da delimitação de sua origem, sobretudo quanto à
sua relação com processos corporais ou com “crises” de natureza psíquica.

Epilepsia

Epilepsia é uma síndrome caracterizada por convulsões recorrentes, causadas por


patologia ou lesão crónica do córtex cerebral. Assim, nem todas as convulsões são
necessariamente de causa epiléptica.

O estado epiléptico é uma condição na qual as convulsões continuam para mais de 5


minutos sem que o paciente retome a consciência ou que ocorrem (repetindo-se) antes do
paciente recuperar o nível de consciência após um episódio de convulsão epiléptica.

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No entanto, é uma emergência médica pois pode causar séria disfunção cardiorrespiratória
(paragem), febre e perturbações metabólicas que levam ao dano cerebral e de outros órgãos.
Geralmente os pacientes que se mantém em estado de mal epiléptico por cerca de 2 horas e
sobrevivem, estes podem ter lesões cerebrais devastadoras e irreversíveis.

Convulsões febris são convulsões tónico-clónicas generalizadas que aparecem por causa de
febre, geralmente acima de 38°C, em crianças de 6 meses até 5 anos de idade.

Classificação das convulsões

As convulsões podem ser classificadas segundo as causas em:

 Convulsões primárias ou idiopáticas, quando não se evidencia uma causa, a causa é


desconhecida neste caso.

 Convulsões secundárias quando a causa é conhecida.

Existe uma outra classificação baseada no quadro clínico:

Convulsões generalizadas: é devido a descarga generalizada dos neurónios cerebrais, nas


quais há sempre perda de consciência:

 Tónico-clónicas ou grande mal.

 Ausências ou pequeno mal.

 Outras: mioclónicas, tónicas, ou atónicas.

Convulsões focais ou parciais: devidas a descarga localizada numa região do córtex cerebral
que pode estender-se a outras regiões ou ficar localizada: o Parcial simples que não tem
alteração do estado de consciência. o Parcial complexa que tem alteração do estado de
consciência.

Convulsões em Adulto

Causas das convulsões em adulto As causas conhecidas (30%) e mais frequentes da convulsão
em adulto incluem:

 Epilepsia

 Trauma cerebral.

 Lesões de vasos cerebrais (AVC).

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 Infecções: meningite bacteriana, encefalite viral, abcesso, malária cerebral,
schistosomíase, neurossifilis, tuberculoma e neurocistecercose.

 Em pacientes infectados pelo HIV: encefalopatia por HIV, meningite por Criptococco,
Toxoplasmose cerebral e CMV.

 Neoplasias cerebrais primárias e secundárias.

 Hipoglicémia

 Insuficiência hepática.

 Substâncias tóxicas e medicamentos: cocaína, antidepressivos e abstinência do álcool.

 Eclampsia nas grávidas.

 Encefalopatia hipertensiva.

 Hipoxia cerebral por causas cardíacas (enfarte), respiratórias

Quadro clínico das convulsões em adultos

As manifestações clínicas das convulsões em adultos, variam dependendo da área do


cérebro afectada. Em adultos as convulsões apresentam-se mais frequentemente com os
quadros clínicos descritos a seguir.

Convulsões generalizadas tónico-clónicas ou grande mal O grande mal é caracterizado por


perda súbita de consciência sem nenhum sinal prodrómico, em seguida o paciente cai no chão.

O paciente apresenta numa primeira fase, considerada a fase tónica, na qual há perda de
consciência, rigidez e extensão das extremidades superiores e inferiores; apresenta apneia, pode
apresentar cianose; perda de urina e fezes (por relaxamento dos esfíncteres), vómito.

A segunda fase, a fase clónica, é caracterizada por movimentos clónicos do tronco e dos
membros superiores e inferiores. Quando esta fase termina o tono muscular do paciente torna-
se flácido, o paciente fica inconsciente apresentando uma respiração profunda e rápida. A
duração de um ataque é geralmente de cerca de 60-90 segundos, no final do qual o paciente
retorna ao estado consciente mas apresentando um estado de confusão e fraqueza generalizada
que permanece algumas horas. Geralmente o paciente não se lembra do que aconteceu.

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Convulsões focais ou parciais simples

As manifestações clínicas são localizadas numa parte do corpo correspondente a área do córtex
onde acontece a descarga. Por exemplo, o paciente pode apresentar movimentos tónicos ou
clónicos de um membro superior, o da face. Geralmente quando se trata de convulsões focais
ou parciais simples a consciência e o estado mental não são afectados.

Convulsões focais ou parciais complexas

A consciência e/ou o estado mental estão afectados. Os sintomas podem incluir:

 Automatismos como movimentos repetitivos dos lábios, movimentos repetitivos dos


dedos da mão, repetição de pequenas frases,

 Alucinações visuais, auditivas, olfactivas,

 Distúrbios da memória, da percepção do tempo

 Distúrbios afectivos como medo e depressão.

Por estas razões podem ser confundidas como doenças psiquiátricas. Este tipo de convulsão
pode ficar localizada ou estender-se nos dois hemisférios cerebrais, tendo as mesmas
manifestações clínicas das convulsões generalizadas.

Complicações

As complicações das convulsões são: aspiração de secreções/conteúdo oral com subsequente


sufoco e morte, quedas de grandes alturas, afogamento (caso as convulsões decorram na água),
queimaduras (convulsões que decorrem perto do lume), lesões cerebrais, entre outras.

Exames auxiliares e Diagnóstico

Exames como hemograma, hematozoário, bioquímica (pesquisa dos níveis dos electrólitos,
glicemia, ureia e creatinina) são importantes para se tentar estabelecer a causa. Um
electroencefalograma (EEG) também é útil, porém não é da competência do TMG. O
diagnóstico de convulsão é clínico. É preciso determinar se as manifestações clínicas
apresentadas pelo paciente foram verdadeiramente devidas a uma convulsão. Portanto, deve-se
proceder através de:

Anamnese: é importante recolher as seguintes informações do paciente, se for possível por


familiares ou por alguém que estava com o paciente no momento do ataque:

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Característica do ataque: o Início do ataque: súbito ou gradual;

 Perda/alteração de consciência, ou consciência mantida;

 Características dos movimentos dos membros e do tronco;

 Perda de urina e fezes;

 Vómito.

 Sintomas generalizados ou localizados, simétricos ou assimétricos;

 Duração do ataque; o Sintomas após o ataque: confusão, sonolência e fraqueza.

 Investigar as possíveis causas

 Perguntar se é o primeiro ataque ou se é recorrência;

 Investigar a toma de medicamentos para epilepsia ou outras doenças.

Exame físico: é importante avaliar o exame neurológico primeiro e em seguida todos os outros
aparelhos.

Diagnóstico diferencial

As convulsões são diferenciadas entre si pelo quadro clínico acima descrito específico para cada
situação.

Deve-se excluir condições cujo quadro clínico pode ser confundido com o das convulsões:

 Síncope: geralmente antes da síncope há sintomas que precedem como náusea, fraqueza,
visão ofuscada, brilhos

 Distúrbios psicológicos

 Enxaqueca: há sintomas que precedem a dor de cabeça e depois há dor de cabeça

 Ataque Isquêmico Transitório (AIT)

 Distúrbios de sono (narcolépsia/cataplexia)

 Distúrbios do movimento (tiques, Coreia, entre outros)

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Geralmente estes distúrbios não se acompanham de relaxamento dos esfíncteres. Além destes
distúrbios, é importante diferenciar as causas que desencadearam o episódio convulsivo
(infecções, distúrbios metabólicos, traumatismo, entre outras).

Conduta

A conduta a ter varia dependendo se o paciente ainda está tendo o ataque ou se as


convulsões já passaram. Em paciente apresentando convulsões, devem ser seguidos os
seguintes passos:

É importante lembrar-se de não pôr nada na boca do paciente pois existe o risco de ser
mordido ou de danificar os dentes. Abaixadores de língua ou outros objectos não devem ser
forçados entre os dentes trincados. Apenas colocar, se a boca estiver semiaberta.

ABC: em particular, no paciente com convulsões é importante:

 Colocar o paciente em posição de segurança para manter as vias aéreas permeáveis e


prevenir aspiração de secreções.

 Afrouxar toda a roupa e cinto.

 Proteger o paciente de possíveis traumas na cabeça, coluna ou membros, devido às


convulsões, mas não segurar o doente durante a convulsão para evitar fracturas e
luxações.

 Administrar oxigénio 100%, 2l/min se estiver disponível.

 Observar as características do ataque para poder definir o tipo de convulsão e duração


das convulsões.

 Administrar diazepam só se a convulsão generalizada dura mais do que 1 minutos (vide


abaixo). A maioria das convulsões autolimita-se.

 Após a convulsão, colocar o doente em decúbito lateral em ambiente escuro e silencioso.


Em caso de estado epiléptico, além dos passos acima descritos:

 Estabelecer acesso venoso.

 Administrar: o Glicose 30%, 50 ml se não foi possível excluir hipoglicemia

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 Diazepam 10 - 20 mg EV lento (1 ml/min) a repetir se necessário passados 30-60 min.
Se não tem acesso EV, use a via rectal, na mesma dose. Em qualquer caso diluir uma
ampola de 10mg/2ml em 8 ml de glicose 5% ou soro fisiológico.

A grande preocupação com Diazepam é a depressão e paragem respiratória, sobretudo em


idosos, debilitados ou pacientes com patologia respiratória prévia. Para assegurar a sua
estabilidade não misturar na mesma seringa ou perfusão com outros fármacos (exceptuando
dextrose a 5% ou soro fisiológico).

Em caso de não resposta, é preciso a intervenção do médico e/ou do técnico de anestesia. Para
a administração de medicamentos de nível 3 de prescrição:

 Fenitoína (Inj. 250 mg/5ml - Amp) 10-15 mg/kg (1000 – 1500 mg) E.V. lento por 20
min (50mg/min) = dose de ataque. Não administrar Fenitoína com solução glicosada a
5%, pois a Fenitoína se precipita em pH baixo. Se as convulsões não forem controladas,
repetir Eenitoína em bolo de 5-10 mg/kg. Ou

 Fenobarbital (nível 3 de prescrição) 3- 5 mg/kg E.V. lento (50mg/min) = dose de ataque


depois 3,5 mg/kg dose = de manutenção (principal efeito secundário: hipotensão arterial
com infusão).

Em paciente estabilizado ou em paciente não apresentando convulsões

 Medição dos sinais vitais.


Hemograma.

 Ureia e Electrólitos.

 Medição da glicemia.

 Teste da malária ( TRD e gota espessa)

 Punção lombar (após a exclusão da hipertensão intracraniana) em caso de suspeita de


meningite ou imunodepressão.

 Em caso de paciente conhecido em tratamento com medicamentos anticonvulsivantes,


avaliar se o paciente esqueceu de tomar o medicamento ou se a dose está insuficiente.

Exame físico com enfoque em:


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Avaliar se houve trauma da coluna, da cabeça, lacerações da língua e boca e fracturas dentais o
Exame neurológico completo.

Referir/transferir o paciente para o médico ou especialista para poder avançar com os testes
diagnósticos mais específicos e o tratamento a longo prazo mais adequado.

Convulsões em Criança

Em crianças a maior parte dos ataques de convulsões são “benignos” ou seja não tem
nenhuma causa orgânica subjacente (um terço delas são relacionadas com a epilepsia). Existem
causas típicas de umas faixas etárias e outras comuns a todas as idades.

Causas que podem afectar todas as idades:

 Trauma cerebral e hemorragia intracraniana pós-traumática.

 Infecções do sistema nervoso central: meningite, encefalite.

 Hipoglicemia

 Arritmias cardíacas.

 Ingestão de medicamentos ou tóxicos.

 Massa cerebral.

 Malformação dos vasos cerebrais.

 Alterações do equilíbrio hidro-electrolítico por desidratação. Causas mais frequentes


nas idades de 0 a 6 meses:

 Convulsões neonatais por hipoxia, hipoglicemia e infecções

 Doenças metabólicas

 De 6 meses a 5 anos:

 Convulsões febris.

Quadro clínico das convulsões em crianças

O quadro clínico das convulsões generalizadas tónico-clónicas ou grande mal, e das convulsões
parciais simples e complexas e similar ao do adulto.

Contudo existem algumas condições clinicas características da idade pediátrica tais como:
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 Ausência ou pequeno mal, que não constitui uma emergência por si, mas é necessário
fazer o diagnóstico para proporcionar o tratamento

Convulsões febris

As convulsões febris apresentam-se em curso de febre ≥ 38°C e tem as características das


convulsões generalizadas tónico-clónicas. Em caso de convulsões em curso de febre é
importante definir se a convulsão é devida a uma infecção do sistema nervoso ou não. As
convulsões febris podem ser diferenciadas em:

 Convulsões febris simples

 Convulsões febris complicadas

Convulsões febris simples: são convulsões generalizadas tónico-clónicas, com duração


inferior a 15 minutos e há somente um episódio nas 24 horas após o ataque.

Convulsões febris complicadas: tem a duração > de 15 minutos, ou são recorrentes nas 24
horas após o primeiro ataque, ou são focais ou aparecem em crianças com <6 meses ou> 5 anos.

Diagnóstico das convulsões

O diagnóstico em crianças segue os mesmos passos que no adulto tendo os seguintes pontos:

 A anamnese é recolhida através dos familiares ou das pessoas que convivem com o
paciente.

 Prestar atenção com relação a idade, porque algumas causas são típicas a determinadas
faixas etárias.

 Problemas na alimentação.

 Alterações do comportamento: podem sugerir como consequência de uma massa


cerebral, ou de um abuso ou violência, sobretudo nas idades de 0 a 2 anos.

 Presença de febre.

 Presença de sinais de infecção.

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Conduta

A conduta a ter em caso de criança que apresenta convulsões é a mesma do adulto. Os


medicamentos anticonvulsivantes a serem usados são descritos a seguir: Em caso de estado
epiléptico e convulsões febris

Diazepam por via rectal 0,5mg/kg ou por via E.V. 0,2-0,3mg/kg

 Doses de diazepam via rectal em função da idade: a) < de 1 ano: 2.5 mg; b) 1 a 3 anos:
5 mg; c) > 3 anos: 10 mg

Se não se obtiver o efeito desejado e a convulsão persistir após 10 minutos, administrar uma 2ª
dose de Diazepam rectal (ou E.V. na dose de 0.25mg/kg se tiver veia canalizada com soro em
curso).

Se as convulsões continuarem por mais 10 minutos, efectuar uma 3ª dose de Diazepam,


cuidadosamente devido ao risco de paragem respiratória.

Outra alternativa seria administrar Fenobarbital E.V. ou I.M.: na dose de 15mg/kg, contudo este
medicamento é de nível 3 de prescrição. A fórmula E.V. deve ser diluída em 15 - 20 ml de Soro
Fisiológico e dada muito lentamente.

Em caso de febre, administrar antipiréticos como o Paracetamol nas doses habituais (15 mg/kg
num máximo de 4 doses diárias).

Nos menores de 3 meses a dose é de 10 mg/kg, reduzindo a 5 mg/kg se icterícia estiver presente.
Por dia a dose máxima oral nas crianças é de 80mg/kg/dia Técnicas de administração rectal de
diazepam:

 Retirar a dose de uma ampola de diazepam em uma seringa de tuberculina (de 1 mL).
O cálculo da dose deve ser baseado no peso da criança, sempre que possível.

 Remover a agulha.

 Inserir a seringa no reto por 4 a 5 cm e injetar a solução de diazepam.

 Segurar as nádegas da criança e fecha-las por alguns minutos

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Conclusão

Vários aspectos podem ser considerados ao final deste trabalho. Um deles consiste na
possibilidade de o comprometimento cerebral provocar ambas as crises. Um percentual
significativo de pacientes epilépticos, com crises parciais complexas de lobo temporal, de difícil
controle. O diagnóstico diferencial de ambos os tipos de crises nem sempre se torna
procedimento fácil. No entanto há controvérsias por parte de psiquiatras e neurologistas se a
doença cerebral, no Pesquisar se ocorreu algum traumatismo craniano, precedendo o quadro.
Alterações neurológicas focais associadas ao quadro sugerem processo expansivo intracraniano
(hematoma, tumor ou abscesso).

Neste caso a realização de TC é obrigatória, assim como a remoção imediata para


hospital de referência. É a cefaléia de início recente? Esta é uma das informações mais
significativas, as cefaléias de início recente ou cujas características agravaram-se pode indicar
uma patologia grave e demanda investigação. Existem sinais de irritação meníngea, associados
com a cefaléia súbita ou subaguda? Suspeitar de hemorragia subaracnóidea ou meningite. A
febre geralmente é um sinal de meningite. Presença de vários pacientes com queixa de cefaléia
de uma mesma

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Referencias Bibliográficas

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