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Luiza Mewes Gaetan

MONITORAÇÃO ANESTÉSICA
E sua Importância

Londrina
2020
Luiza Mewes Gaetan

MONITORAÇÃO ANESTÉSICA
E sua Importância

xxxxxxxxxxxx.

Professor: Giuliano Souza Mendonça de


Araujo

Londrina
202
Sumário
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4
2 PARÂMETROS.......................................................................................................... 5
2.1 Frequência Cardíaca......................................................................................................5
1 INTRODUÇÃO

A anestesia é de extrema importância para garantir a imobilização


dos pacientes durante procedimentos, o que garante também o bem estar
desses. Lumb & Jones (2017, p. 30) também citam a imobilização necessária
para vários procedimentos diagnósticos, cirúrgicos e terapêuticos em animais
silvestres e exóticos, bem como a eutanásia e o abate humanitário dos animais
destinados à alimentação humana.

É importante conhecer os estágios da anestesia que são divididos


em quatro, o primeiro estágio é a analgesia, onde o paciente apresenta
sonolência e redução das respostas aos estímulos; o segundo é o estágio de
excitação e delírio, ocorre a perda de consciência e resposta a estímulos
intensos; o terceiro estágio é o estágio de anestesia cirúrgica; já no quarto e
último estágio ocorre paralisia bulbar cessando a respiração e o controle
vasomotor, o que leva o paciente a óbito.

Uma ótima anestesia depende da elaboração de um protocolo


anestésico adequado ao paciente, boa perfusão e oxigenação tecidual e
evidentemente da monitoração anestésica. Essa monitoração tem como
objetivo assegurar o nível adequado de anestesia, garantir a inconsciência, a
ausência de dor e movimento além de evitar o excesso de fármacos.

O excesso de fármacos pode levar a uma diminuição do débito


cardíaco, hipotensão, depressão respiratória, hipotermia e prolongar o tempo
de recuperação. De acordo com Grubb (2020), fatores de risco e preocupações
específicas dos pacientes fornecem uma estrutura para o desenvolvimento de
planos de anestesia individualizados e podem indicar a necessidade de testes
diagnósticos adicionais, estabilização antes da anestesia ou ajustes nos
medicamentos crônicos.

Como explica Lumb & Jones (2017, p. 271),

“O foco primário do monitoramento de pacientes anestesiados é a


avaliação (1) da profundidade da anestesia, (2) das consequências
cardiovasculares e pulmonares do estágio anestesiado e (3) da
temperatura. Um nível anestésico muito leve não consegue atingir
todas as metas básicas da anestesia. Uma anestesia muito profunda
em animais pode ter consequências cardiopulmonares adversas e
levá-los à morte. A anestesia geral predispõe à hipotermia, que por
sua vez predispõe a uma anestesia excessivamente profunda e vários
problemas cardiopulmonares. Hipertermia não é comum, mas, se for
grave, pode causar dano tecidual disseminado.”

Assegurar o nível apropriado de anestesia é garantir a ausência de


consciência, recordação, dor e movimento por parte do paciente. E a
monitoração garante que o paciente esteja no plano desejado para o
determinado procedimento. Importantes parâmetros devem ser observados
para garantir a segurança da anestesia, são eles: frequência cardíaca, pressão
arterial, eletrocardiograma, frequência respiratória, capnografia e temperatura
corporal.

2 PARÂMETROS

2.1 Frequência Cardíaca

O sistema cardiovascular é subdividido nos parâmetros pré-carga,


que visa a suficiência do funcionamento da bomba; cardíacos, que monitora o
bombeamento do coração; e de fluxo anterógrado, que diz respeito a perfusão
pelos tecidos. A frequência e o ritmo cardíaco devem ser satisfatórios e a
contratilidade suficiente. Quanto aos fluxos anterógrados deve-se observar se
são adequados, o volume sistólico e o débito cardíaco, a pressão arterial, o
tônus vasomotor e a perfusão tecidual.

Como cita Lumb & Jones (2017, p. 278), a frequência cardíaca é um


determinante importante do débito cardíaco. As frequências cardíacas em
animais são altamente variáveis: 60 a 120 em cães de grande porte, 80 a 160
nos menores, 120 a 220 em gatos, 35 a 45 em equinos e 70 a 90 em pequenos
ruminantes.

As alterações na frequência cardíaca são bradicardia e taquicardia.


A bradicardia é a diminuição na frequência cardíaca para níveis abaixo do
normal, causando um débito cardíaco mesmo que haja aumento no volume
sistólico, isso se dá pelo aumento do tempo de diástole, enquanto que a
taquicardia é o aumento da frequência cardíaca, que pode tanto começar nos
ventrículos quanto nos átrios. A taquicardia também causa a diminuição do
débito cardíaco, porém essa ocorre pela diminuição do tempo diastólico que
diminui o volume sistólico.
Antes de uma intervenção medicamentosa, deve-se observar se a
alteração cardíaca é a causa primária de problemas hemodinâmicos ou se é
uma resposta compensatória do organismo a outro problema adjacente.

O monitoramento da frequência cardíaca é comummente realizado


através de estetoscópio esofágico, eletrocardiograma, oximetria de pulso e
cateter de artéria pulmonar.

O estetoscópio esofágico é citado por Costa e Alexandre (2011)


como um meio económico e útil na monitorização anestésica, e que uma vez
colocada, pode ser ajustada até que os sons respiratórios e cardíacos sejam
satisfatórios. Este instrumento consiste num tubo que deve ser lubrificado e
colocado no interior do esófago ao nível da base do coração.

O Eletrocardiograma consiste no registro gráfico da atividade elétrica


cardíaca captada desde a superfície corporal e fornece informações sobre a
frequência cardíaca, o ritmo cardíaco, a condução intracardíaca, indícios de um
aumento das distintas câmaras cardíacas e alterações eletrolíticas (GABAY,
2003).

A oximetria de pulso mede a saturação da hemoglobina sanguínea


com oxigênio de forma não invasiva e, também, o pulso periférico por meio da
pletismografia (MATTHEWS, 2012)

Usando o cateter de artéria pulmonar, Junior e Leao (2010) explicam


que a medida do débito cardíaco ocorre pela termodiluição na artéria pulmonar
baseada no princípio de Stewart-Hamilton. Um diluente frio é administrado em
bolus na circulação venosa central e a mudança na temperatura é detectada na
artéria pulmonar. Como a distância entre os sítios da injeção e detecção é
curta, a recirculação é minimizada e o tempo necessário para cada medida é
relativamente curto. Os mesmos ainda consideram esse como sendo o padrão-
ouro.

Pressão Arterial
Eletrocardiograma

Frequência Respiratória

Capnografia

Temperatura

Conclusão

Ainda hoje existe controvérsia quanto a acurácia dos métodos de


monitoração. As características almejadas em uma monitoração como
acurácia, reprodutibilidade, resposta rápida, facilidade de uso, monitoração
contínua e alteração na morbomortalidade inexistem em um mesmo método.

Como conclui Junior e Leão (2010), Nenhuma das tecnologias


descritas atende a todos os critérios. A escolha de qual tecnologia para qual
paciente é resultado da avaliação de seu custo-benefício, segurança, acurácia
e do conhecimento de suas indicações e limitações.

file:///C:/Users/luiza/Downloads/v20n2s3a05.pdf

COSTA, Margarida; ALEXANDRE, Nuno. Anestesia volátil e


Monitorização anestésica. In: UNIVERSIDADE DE ÉVORA, 1., 2011, Évora.
Texto de apoio as aulas práticas de Anestesiologia do curso de Medicina
Veterinária da Universidade de Évora. 2011. p. 3 - 48.

GABAY, A. Eletrocardiografia. In: BELERENIAN, G.C.; MUCHA,


C.J.; CAMACHO, A.A. Afecções cardiovasculares em pequenos animais. 1.ed.
São Paulo: Interbook, 2003. p.46-51.
Lumb & Jones | Anestesiologia e analgesia em veterinária / Kurt A. Grimm... [et al.];
Revisão
técnica Flavio Massone; Tradução Idilia Vanzellotti, Patricia Lydie Voeux, Roberto
Thiesen. – 5.
ed. – Rio de Janeiro:Editora Roca, 2017.

MATTHEWS, Nora S.. Monitoramento. In: CARROLL, Gwendolyn L..


Anestesia e Analgesia de Pequenos Animais. Barueri: Manole, 2012. Cap. 2. p.
28-42. Tradução de: Cid Figueiredo.

file:///C:/Users/luiza/Downloads/anesthesia_and_monitoring-
guidelines_final.pdf

livro lumb e jones

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