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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


FACULDADE DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINA: FISIOLOGIA 1

MARIA ELLEN FERREIRA LIMA


VITOR RAFAEL DA SILVA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE SISTEMA CIRCULATÓRIO:


AFERIÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL E TORRA DE PANTURRILHA

MACEIÓ- AL
2023
MARIA ELLEN FERREIRA LIMA
VITOR RAFAEL DA SILVA

RELATÓRIO
Pré-conferência

Trabalho apresentado ao curso de


Odontologia da Universidade Federal de
Alagoas como requisito avaliativo para a
obtenção de nota parcial da AB2 da
disciplina de Fisiologia 1, orientado pela
Profª. Dr/ª Luiza Antas Rabelo.

MACEIÓ – AL
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………4
1.2. PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA ……………………………………………...4
2. OBJETIVOS……………………………………………………………………….5
3. MATERIAIS E MÉTODOS………………………………………………………6
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES…………………………………………………7
5. CONCLUSÕES……………………………………………………………………8
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………...9
4
1. INTRODUÇÃO
A capacidade do sangue de exercer pressão sobre os vasos sanguíneos é conhecida
como pressão sanguínea e é controlada, em última instância, por mecanismos fisiológicos
(SILVERTHON, 2010; FILHO, A. C. S, 2014).
As três categorias principais dos mecanismos que controlam a pressão arterial são
rápida (ou reflexa), média (ou humoral) e longa (ou renalina). O mecanismo rápido consiste
em um conjunto de fibras musculares autônomas, como o barorreflexo, quimiorreflexo e
osmorreflexo, que interagem com vasos sanguíneos e fluidos formadores de sangue. Os
centros reguladores do sistema nervoso central, como o peptídeo natriurético e a
angiotensina, produzem substâncias que interagem com seus receptores e provocam ajustes
humorais. O mecanismo de longo prazo ou renal envolve a regulação do volume plasmático
com o objetivo de regular a concentração de álcool, sódio e outros eletrólitos. No entanto,
esses mecanismos de controle são afetados em decorrência de fatores genéticos, ambientais,
comportamentais e dietéticos, interferindo diretamente na regulação da pressão arterial e
levando a doenças como a hipertensão (FILHA, J. L. C., COSTA, H. A., 2014).
De acordo com (BERTTI E NUNES, 2017) “A medida incorreta da pressão arterial
pode levar a tratamentos desnecessários e diagnósticos tardios, o que favorece o
surgimento de doenças cardiovasculares, sequelas e morte”.

1.2. PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA

A pressão arterial média é uma medida importante para avaliar o risco cardiovascular
em pacientes com doenças crônicas, como hipertensão arterial e cardíaca cardíaca. Aferição
da pressão arterial média é um procedimento clínico simples e rápido, que pode ser realizado
em diferentes ambientes de atendimento à saúde.
Para aferição da pressão arterial média, é necessário realizar a medição da pressão
arterial sistólica e diastólica em diferentes momentos, utilizando um equipamento de pressão
arterial (esfigmomanômetro) e um estetoscópio. A pressão arterial média é contínua pela
média aritmética entre a pressão arterial sistólica e a pressão arterial diastólica, multiplicada
por um fator de correção de 0,33. Por exemplo, se a pressão arterial sistólica for 120 mmHg e
a pressão arterial diastólica for 80 mmHg, a pressão arterial média continuará como (120 +
80) / 2 x 0,33 = 44,4 mmHg.
A pressão arterial diastólica refere-se ao período de "descanso" ou "intervalo" entre os
batimentos cardíacos, enquanto a pressão arterial sistólica descreve o instante em que o
coração bate. Embora ambos sejam significativos por si só, também é necessário estar ciente
da pressão arterial média para fins específicos (como determinar se o sangue está fluindo
adequadamente). Esse valor, abreviado como "PAM", pode ser facilmente determinado pela
equação PAM = (2PAD) + PAS)/3, onde "PAD" significa diastólica e "PAS" sistólica.
Para calcular a pressão arterial média, deve-se ter os valores das pressões sistólica e
diastólica. Se ainda não os tiver, a pressão geral pode ser usada para encontrá-los. Embora
numerosos métodos tenham sido desenvolvidos para isso, tudo o que você realmente precisa
é de um monitor de pressão arterial e um estetoscópio.
Vale ressaltar que uma diastólica designa o "silêncio" entre as batidas, mas uma
sistólica designa a primeira batida ouvida através de um estetoscópio.
É simples medir a pressão média após calcular os valores das pressões sistólica e
diastólica. Basta multiplicar o PAD por dois, somar com o PAS e dividir o resultado por três.
Esta equação é basicamente a mesma que é usada para determinar o valor médio de quaisquer
dois números. O PAM é medido em mmHG, ou "milímetros de mercúrio", uma unidade
padrão de pressão.
Selecione a equação PAM = 1/3(PAS - PAD) + PAD. Esta equação alternativa é outro
método direto para calcular a pressão média. Adicione o diastólico do sistólico, divida o
resultado por três e adicione o diastólico ao valor descoberto. O resultado será o mesmo da
equação da etapa anterior.
Essa equação, que utiliza as variáveis ​"débito cardíaco" (DC, medida em L/min) e
"resistência vascular sistêmica" (RVS, medida em mmHg min/L), pode fornecer uma
estimativa rápida da PAM de um paciente em situações médicas. Embora os resultados não
sejam totalmente precisos, a fórmula produz valores próximos da realidade. Em situações
médicas, o DC e o RVS são frequentemente medidos usando equipamentos especializados
(embora possa haver métodos mais simples para calculá-los).
2. OBJETIVOS

O propósito da prática executada no dia 30/03/2023 foi familiarizar o discente com os


métodos de aferição da pressão arterial, praticar a palpação do pulso, e ausculta
cardiovascular bem como, habituar o aluno na utilização dos equipamentos para futuras
práticas importantes na carreira acadêmica e profissional. Ademais, analisar determinados
fatores que podem conduzir a uma variação da pressão arterial.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais utilizados para a prática foram:

● Esfigmomanômetro (manguito e manômetro);


● Estetoscópio

Foram utilizadas duas cobaias da espécie Homo sapiens sapiens, sendo uma do sexo
masculino e a outra do sexo feminino ambas em bom estado físico de saúde, na faixa hetária
de 21 anos sendo que a cobaia do sexo masculino estava medicado, uso de cloridrato de
metilfednidato 20mg.

Inicialmente foi verificada a aferição manual da pulsação de cada cobaia, uma do sexo
feminino e outra do sexo masculino. Ambas as frequências foram realizadas pelo método
palpatório, verificando a frequência pela pulsação da artéria.

Logo em seguida foi aferida a pressão arterial (PA) pelo método palpatório,
desinflando o manguito e aplicando-o no braço de cada uma das cobaias, com a borda inferior
do manguito distante do cotovelo, cerca de 2 cm. Sequencialmente o manguito foi inflado até
180 mmHg, pois foi a medida em que se registrou o desaparecimento do pulso radial, em
seguida, o manguito foi desinflado sendo possível verificar no manômetro o reaparecimento
do pulso e assim foi determinada a pressão arterial.
(figura 1) aferição da pressão arterial com o estetoscópio e manguito.

Posteriormente, o PA foi aplicado por método indireto ou auscultatório. O pulso da


artéria braquial foi inicialmente sentido medialmente no ponto de inserção do músculo bíceps
braquial, após o que a membrana do estetoscópio e as outras duas, apropriadamente
adaptadas às orelhas, foram colocadas ali. O próximo passo foi inflar o manguito até 180 mm
Hg, depois desinflá-lo lentamente. Com isso, era possível ver no manômetro quando o pulso
da artéria braquial começava e terminava.

Por fim, foi realizada a torra de panturrilha,cujo exercício, tem por objetivo
biomecânica, a extensão e a flexão plantar com o indivíduo em pé, promovendo sua elevação
e declínio durante as contrações concêntricas e excêntricas, sem abordar de maneira direta a
isometrica. O exercício, durante a prática em sala, teve a finalidade de explicar o papel dos
músculos formadores da perna ( do joelho para baixo) no retorno venoso, sendo sua ativação
um dos principais fatores que contribuem com tal retorno. É evidenciado também que a não
prática constante de movimentos que possuem algum tipo de resistência, corroboram
problemas a longo prazo, como varizes, cansaço extremo nos membros durante qualquer
atividade.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A aferição da pressão arterial média pode ser realizada em diferentes contextos
clínicos, como em pacientes internados em UTI ou em unidades de terapia intensiva neonatal.
Estudos de pressão arterial média podem ser um indicador importante em pacientes com
doenças crônicas, como hipertensão arterial e cardíaca. A pressão arterial média também é
utilizada para avaliar a eficácia do tratamento anti-hipertensivo em pacientes com hipertensão
arterial.
Com tudo, na prática foi possível coletar os seguintes dados:
● Cobaia do sexo masculino, primeira aferição: 160, diastólica =80 e sistólica=
120, fazendo a difereça desses dados obtemos então= 40;
● Cobaia do sexo feminino, primeira aferição: 130, diastólica =60 e sistólica=
120, fazendo a difereça desses dados obtemos então= 60 ;
Os resultados de modo geral foram bons, estando então na média padrão (normalidade).
A aferição da pressão arterial média é uma medida importante para avaliar o risco
cardiovascular em pacientes com doenças crônicas, como hipertensão arterial e insuficiência
cardíaca. A pressão arterial média é contínua pela média aritmética entre a pressão arterial
sistólica e a pressão arterial diastólica, multiplicada por um fator de correção de 0,33. A
aferição da pressão arterial média pode ser realizada em diferentes contextos clínicos, como
em pacientes internados em UTI ou em unidades de terapia intensiva neonatal. É importante
que os profissionais de saúde estejam familiarizados com o procedimento de aferição da
pressão arterial média e que saibam interpretar os resultados obtidos.

5. CONCLUSÕES
O ajuste da pressão arterial média é um procedimento clínico rápido e fácil que pode
ser realizado em diversos ambientes de assistência médica. Para avaliar o risco cardiovascular
em pacientes com doenças crônicas, como hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, a
pressão arterial mediana é uma medida crucial. Aferição da pressão arterial média pode ser
um indicador de prognóstico importante em pacientes com doenças crônicas e também é
usado para avaliar a eficácia do tratamento anti-hipertensivo em pacientes com hipertensão
arterial.
A prática contribuiu para ampliar o conhecimento dos alunos e familiarizá-los com o
uso do esfigmomanômetro, da estetoscopia e do método palpatório para determinação da
frequência cardíaca. Além disso, foi possível observar as diversas alterações na pressão
arterial e na frequência cardíaca que ocorrem ao expor os cobaias a diversas situações, como
exercícios físicos e obstrução respiratória.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE VIEIRA, Ariadna Maria; ALVES DA SILVA, Thaís. ESTUDO DO


PULSO E DA PRESSÃO ARTERIAL EM Homo sapiens sapiens. Studocu, 2016. Disponível
em:<https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-estadual-do-piaui/fisiologia/relat
orio-pressao-arterial-3/6172255 >.

DE JESUS BERTTI, Thais; NUNES, Natália Abou Hala. Aferição da pressão arterial: falha
na técnica. Revista de Ciências Médicas, v. 26, n. 2, p. 61-66, 2017.

NORA, Fernando Squeff; GROBOCOPATEL, Denise. Métodos de aferição da pressão


arterial média. Brazilian Journal of Anesthesiology, v. 46, n. 4, p. 295-301, 2020.

V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. (2007). Arquivos Brasileiros de Cardiologia,


89(3), e24–e79. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2007001500012
Teles Costa, Mário Vinicius & Mesquita, Samanta & Viana, Wallerya & Sousa, Letícia &
Brito, Paula & Pascoal, Lívia. (2022). INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS
ASSOCIADOS À PRESSÃO ARTERIAL ALTERADA EM ADOLESCENTES
ESCOLARES. 10.51161/CSMC/17.

Filho, A. C. S., Filha, J. L. C., Costa, H. A., Sá, E. da S., Dias, C. J. M., & Navarro, F. (2014).
Mulheres apresentam maior pressão arterial após os 50 anos etários, quando comparadas às
mais jovens. Revista Brasília Médica, 51(2), 97–102.
https://doi.org/10.14242/2236-5117.2015V51N2A254P97

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