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ROTEIRO – 17/03/2023

HABILIDADES MÉDICAS – P1

Professores: Aline Gomes , Lucas Chaves e Raiana Braga

- O roteiro não é para ser entregue.

- O roteiro foi elaborado para ser respondido pelos alunos e discutido em forma
de tutoria com o professor responsável pelo grupo, na sexta-feira, dia
17/03/2023, às 08:00 h.

- Os alunos serão avaliados de acordo com sua participação na discussão e


participação, sendo assim necessário a participação de todos os alunos.

ROTEIRO DE ESTUDOS

Pressão arterial e pulso


Marília Carla Lima da Costa

1- Mencione os tipos de pulsos mais importantes que devem ser


analisados.

Pulso periférico X Pulso central (Carotídeo / femoral )

Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais. Pulso arrítmico: os


intervalos entre os batimentos são desiguais. Pulso dicrótico: dá impressão de
dois batimentos. Taquisfigmia: pulso acelerado.

● Pulso carotídeo
● Pulso subclávio
● Pulso temporal
● Pulso Braquial
● Pulso Radial
Pulso radial: habitualmente a artéria situa-se entre a apófise
(Excrescência natural na superfície de um osso: certas apófises têm
a função de facilitar o movimento nas articulações). Estilóide do
rádio e o tendão dos flexores;

Pulso capilar: é o rubor intermitente e sincrônico com o pulso


radial que se observa em certas regiões, particularmente nas
unhas;

Pulsão das artérias carótidas: podem ser visíveis, principalmente


após exercícios, emoções e na hipertensão arterial;

Ingurgitamento e pulsações das veias jugulares: as pulsações


observadas na base do pescoço são chamadas pulso venoso e
dependem das modificações de volume que ocorrem nas veias
jugulares externas durante o ciclo cardíaco.

pulsos palpáveis

2- Mencione as características semiológicas importantes na análise


do pulso radial.

● Estado da parede arterial;

● Frequência;

● Ritmo;

● Amplitude;

● Tensão ou dureza;

● Tipos de onda;

● Comparação com a artéria homóloga.

3- Defina pressão arterial. Quais são os fatores determinantes da


pressão arterial.

Pressão Arterial: “É a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das


artérias. É regulada pelo calibre dos vasos (sistema vasomotor) e fornece
perfusão aos tecidos.”
Pressão arterial é a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos
vasos. Sofre variações contínuas, pois depende de alguns fatores, como a
posição do indivíduo, as atividades físicas exercidas e a situação em que
ele se encontra.

Os fatores estão relacionados com o (a):

PA = pressão arterial;
DC = débito cardíaco;
RPT = resistência periférica;

Obs.: Para que o paciente seja diagnosticado com hipertensão /


hipotensão, ele deve se enquadrar nos seguintes critérios:

► Hipotensão = 90/60 em 2 medidas de dias diferentes;


► Hipertensão = 180/100 em 1 medida;

- É determinada pela relação PA = DC x RP.

- Onde DC é o débito cardíaco.

- RP significa resistência periférica.

-Cada um desses fatores sofre influência de vários outros.

Fatores determinantes da pressão arterial:

O débito cardíaco é resultante do volume sistólico (VS) multiplicado pela


frequência cardíaca (FC);

-Volume sistólico é a quantidade de sangue que é expelida do ventrículo


cardíaco em cada sístole (contração);

-As variações do débito cardíaco são grandes, sendo em média de 5 a 6


litros por minuto, podendo chegar a 30 litros por minuto durante um
exercício físico.

A resistência periférica é representada pela vasocontratilidade da rede


arteriolar;

-Este fator importante na regulação da pressão arterial mínima ou


diastólica;

-É dependente das fibras musculares na camada média dos vasos, dos


esfíncteres pré-capilares e de substâncias humorais como a angiotensina
e catecolamina.

A distensibilidade é uma característica dos grandes vasos,


principalmente da aorta que possuem grande quantidade de fibras
elásticas;
-Em cada sístole o sangue é impulsionado para a aorta, acompanhada
de uma apreciável energia cinética, que é em parte absorvida pela
parede do vaso, fazendo com que a corrente sanguínea progrida de
maneira contínua;

-A diminuição da elasticidade da aorta, como ocorre em pessoas idosas,


resulta de aumento da pressão sistólica sem elevação da diastólica.

A volemia interfere de maneira direta e significativa nos níveis da pressão


arterial sistólica e diastólica;
-Com a redução da volemia, que ocorre na desidratação e hemorragias,
ocorre uma diminuição da pressão arterial.

A viscosidade sanguínea também é um fator determinante, porém de


menor importância; -Nas anemias graves, podemos encontrar níveis mais
baixos de pressão arterial, podendo estar elevados na poliglobulia
(excessiva quantidade de glóbulos vermelhos - eritrócitos).

4- Descreva a técnica utilizada para aferir a pressão arterial.

Paciente:

- Deve estar de repouso há pelo menos 3 minutos;


- Deve ser encaminhado para um local tranquilo e que,
preferencialmente, não tenha ruídos, os quais podem interferir na
ausculta;
- Pode escolher entre ficar sentado, deitado ou em pé;

Aparelho:

- Deve estar calibrado, além de o seu monômero deve ser


posicionado em plano perpendicular ao plano visual;

Observador:

- Realizado por uma pessoa com treinamento, a qual deve estar em


uma posição confortável, evitar de abaixar a cabeça e colocar o
diafragma do estetoscópio exatamente sobre a artéria braquial;

Procedimento:

- Localize as pulsações da artéria braquial com o estetoscópio;


- Coloque o manguito 2 cm acima da fossa cubital;
- Palpar o pulso radial com os dedos indicador e médio;
- Infle o manguito até desaparecer o pulso radial;
- Desinflar o manguito, lentamente e de maneira contínua, à razão
de 2 a 3 mmHg/s, até que haja o completo esvaziamento da
câmera;
- Quando a pulsação braquial reaparecer, tem-se o valor da pressão
sistólica. Quando a pulsação braquial desaparecer novamente,
tem se o valor da pressão diastólica;

- Obs.: caso os ruídos estejam sendo percebidos com dificuldade,


aumente o ângulo entre o braço e o tórax, retificando a artéria,
para facilitar a ausculta dos sons.

5- Como se calcula a pressão arterial média?

Os valores de pressão arterial média são obtidos por medida direta da


pressão por intermédio de cateteres intra-arteriais e os seus valores
normais da PAM estão entre 70 e 100 mmHg. São utilizados em
procedimentos invasivos (cirurgias de grande porte e/ou exames, como
no cateterismo cardíaco) para o monitoramento contínuo da pressão.
Refletem também a perfusão tecidual e seu valor corresponde a uma
média entre a pressão sistólica e a diastólica. Não há estudos
populacionais relacionando seus valores com morbimortalidade e, por
isso, a pressão arterial média (PAM) não é útil do ponto de vista clínico. É
utilizada experimentalmente e traduz a pressão de perfusão tecidual.
Podemos calcular o valor da pressão arterial média pela seguinte
fórmula:

PAM = (2 PAD + PAS) / 3

- PAS = Pressão Arterial Sistólica;


- PAD = Pressão Arterial Diastólica;
- PAM = Pressão Arterial Média;
- Ex.: Um paciente apresentou PAS de 150 mmHg e PAD de 93 mmHg,
qual o valor da pressão arterial média?

PAM = (2 PAD + PAS) / 3

PAM = (2 x 93 + 150) / 3

PAM = (186 + 150) / 3

PAM = 336 / 3

PAM = 112 mmHg

Frequência cardíaca, frequência e ritmos respiratórios

1- Descreva as definições a seguir:

✔ Frequência cardíaca: É necessário contar sempre o número de


pulsações durante um minuto inteiro, comparando este valor com
o número de batimentos cardíacos. A frequência do pulso varia
com a idade e em diversas outras condições fisiológicas. Em
pessoas adultas, a frequência de 60 a 100 bpm é considerada
normal.

✔ Débito cardíaco: O débito cardíaco (DC) é obtido pela multiplicação


da Frequência Cardíaca (FC) em 1 minuto pelo volume ejetado em
cada sístole (VS). Ele pode aumentar na dependência do maior
consumo de oxigênio periférico imposto pelo esforço físico
progressivo. Pode ser expresso pela seguinte fórmula: DC = VS x FC.
Ex.:
Repouso: 70 bpm x 70 ml ejetado
► DC = 4,9 l de sangue/min;
Esforço: 180 bpm × 90 ml ejetado
► DC = 16,2 l de sangue/min;

✔ Bradicardia (ou bradisfigmia): Frequência cardíaca abaixo de 60


bpm. Costuma indicar anormalidade de natureza:
► Cardíaca:
► Extra-cardíaca:
Aparece em casos de:
Enfermidades infecciosas (febre tifóide e viroses);
Hipertensão intracraniana;
Icterícia;
As causas principais são as afecções cardíacas com lesões do
sistema excito condutor, seja por comprometimento do nó
sinoatrial (bradicardia sinusal) ou por transtorno na condução do
estímulo (bloqueio atrioventricular).

✔ Taquicardia (ou taquisfigmia): Frequência cardíaca acima de 100


bpm;

Pode ser encontrada nas seguintes situações:


► Estados febris;
► Hipertireoidismo;
► Insuficiência cardíaca;
► Taquicardia paroxística;
► Miocardite;
► Colapso periférico;
► Hipovolemia;

Obs.: nem sempre o número de pulsações periféricas corresponde


ao número de batimentos cardíacos. Em várias condições
fisiológicas - como exercício, emoção, gravidez – ocorre taquicardia.

2- Qual a frequência respiratória do adulto, da criança e do


recém-nascido respectivamente? (irm)
bradipneia
taquidispneia

- Crianças de 1 a 7 anos: 18 a 30 respirações por minuto;

- Adultos: 12 a 20 respirações por minuto;

- Recém-nascido: entre 30 e 50 respirações por minuto, por vez


irregular com pausa de até 5 segundos.

3- Relembrando a definição das seguintes terminologias


respiratórias:

✔ Bradipneia: termo médico para uma taxa reduzida de respiração,


taxa de respiração anormalmente lenta; Subjetiva x Objetiva

✔ Taquipneia: termo médico usado para descrever a respiração


acelerada, que é um sintoma que pode ser causado por uma
grande diversidade de condições de saúde, em que o organismo
tenta compensar a falta de oxigênio com uma respiração mais
rápida;

✔ Dispnéia: termo médico usado para o que chamamos comumente


de falta de ar ou de dificuldade de respirar. Quando um paciente
tem dispneia, sua respiração torna-se irregular ou dificultosa,
sendo que ele pode respirar de forma acelerada;

✔ Taquidispneia: respiração rápida e difícil;


✔ Trepopneia: é a dispneia que ocorre ao se deitar em decúbito
lateral, mas não aparece ao se deitar no decúbito lateral
contralateral. Associada a doenças como derrame pleural
unilateral e doença parenquimatosa unilateral. Os derrames pleurais
são acúmulos de líquido dentro do espaço pleural - glândulas de revestimento
do pulmão.

✔ Ortopneia: é a dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o


obriga a se sentar ou ficar em pé para obter algum alívio;

✔ Apneia: interrupção completa do fluxo de ar através do nariz ou da


boca por um período de pelo menos 10 segundos nos adultos.

4- Descreva os tipos de tórax:

✔ Chato ou plano: é aquele em que a parede anterior perde sua


convexidade normal, havendo por isso redução do diâmetro
anteroposterior. As costelas aumentam sua inclinação, os espaços
intercostais se reduzem e o ângulo de Louis torna-se mais nítido.
As clavículas são mais oblíquas e salientes, e as fossas supra e
infraclaviculares, mais profundas. Nesse tipo de tórax, a
musculatura é pouco desenvolvida, razão pela qual as omoplatas
estão mais baixas, afastando-se do tórax, caracterizando o
chamado tórax alado.

✔ Tonel: aumento exagerado do diâmetro anteroposterior, maior


horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna
dorsal, o que torna o tórax mais curto. No processo natural de
envelhecimento, pode-se verificar o esboço desse tórax. Curto e
largo.

✔ Infundiliforme: Pectus Excavatum, caracteriza-se por uma


depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica, em
geral essa deformidade é de natureza congênita. Para dentro

✔ Cariniforme: Pectus Carinatum, o esterno é proeminente e as


costelas são horizontalizadas, resultando em um tórax que se
assemelha ao das aves; Para fora
✔ Cônico: é aquele que tem sua parte inferior exageradamente
alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino. É encontrado
nas hepatoesplenomegalias e ascites volumosas;

✔ Cifótico: tem como característica principal a curvatura da coluna


dorsal, formando uma gibosidade. Pode ser de origem congênita
ou resultar de postura defeituosa;

✔ Cifoescoliótico: apresenta, além da cifose, um desvio da coluna


para o lado (escoliose).

5- Descreva os ritmos respiratórios a seguir:

✔ Normal: inspiração que dura quase o mesmo tempo que a


expiração, sucedendo-se os dois movimentos com a mesma
amplitude, intercalados por leve pausas;

✔ Cheyne-Stokes: as causas mais frequentes deste tipo de respiração


são as insuficiências cardíacas, a hipertensão intracraniana, os
acidentes vasculares cerebrais, a hipertensão cranioencefálica. Tal
ritmo caracteriza-se por uma fase de apnéia seguida de incursões
inspiratórias cada vez mais profundas até atingir um máximo, para
depois vim decrescendo até a nova pausa;

✔ Biot: as causas desse ritmo são as mesmas da respiração de


Cheyne-Stokes. No ritmo de Biot, a respiração apresenta-se com
duas fases. A primeira, de apnéia, seguida de movimentos
inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e à
amplitude. Quase sempre este tipo de respiração indica grave
comprometimento cerebral;

✔ Kussmaul: a acidose, principalmente, a diabética, é a sua principal


causa. A respiração de Kussmaul é composta por 4 fases. São elas:
- Inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas,
alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude;
- Apnéia em inspiração;
- Expirações ruidosas gradativamente mais profundas
alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude;
- Apnéia em expiração;
*cetoacidose diabética
✔ Suspirosa: na respiração suspirosa, o paciente executa uma série
de movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de
expiração breve e rápida. Outras vezes, os movimentos
respiratórios normais são interrompidos por "suspiros" isolados ou
agrupados. Traduz tensão emocional e ansiedade.

Pulso

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