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Mecanismos fisiológicos de controle da

pressão arterial

Profa. Maria Thereza Gamberini


Depto C. Fisiológicas – Fisiologia
Fluxo sanguíneo (mL/min)= ΔP
R
Pressão Arterial

• Pressão arterial sistólica: é o maior valor de pressão arterial registrado


durante a sístole.

• Pressão arterial diastólica: é o menor valor de pressão arterial


registrado durante a diástole.

• Pressão de pulso: é a diferença entre as pressões sistólicas e


diastólicas. Pode ser usada com indicador do débito sistólico.

• Pressão arterial média: é calculada a partir das pressão sistólica e


diastólica.

Cálculo aproximado: PAM = PAD + Pressão de pulso


3
PA = DC x RVS

[Coração] [Arteríolas]
PA = Débito cardíaco x Resistência vascular sistêmica

Frequência cardíaca x Débito sistólico Resistência à passagem


(Relacionado à
contratilidade cardíaca) do sangue
(arteríolas)
- Vasodilatação : RVS
- Vasoconstrição : RVS
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL DE ADULTOS
VI JNC; III CBHA 1999 - WHO - ISH

CATEGORIA PA SISTÓLICA PA DIASTÓLICA


(mmHg) (mmHg)

ÓTIMA < 120 e < 80


NORMAL <130 e < 85
NORMAL ALTA 130 -139 e 85 - 89

HIPERTENSÃO
ESTÁGIO 1 (leve) 140 -159 ou 90 - 99
ESTÁGIO 2 (moderada) 160 -179 ou 100 -109
ESTÁGIO 3 (severa) > 180 ou >110
SISTÓLICA ISOLADA > 140 e < 90
Mecanismos fisiológicos de controle da PA
Regulação da Pressão Arterial
- Mecanismos de ação rápida (após segundos) Controle neural – SNA
• Barorreflexo
• Quimiorreflexo;
• Resposta Isquêmica do SNC.

- Mecanismos de ação intermediária (após minutos)


• relaxamento da vasculatura por estresse
• deslocamento de líquidos através das paredes dos capilares
• sistema renina-angiotensina

- Mecanismos a longo prazo (após horas produz respostas que passam a durar durante
dias, semanas e meses no controle da PA) Ações renais
• Controle por feedback renal e de líquidos corporais (Controle da eliminação da H2O e Na+)
• Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (afeta se forma significativa feedback renal e de
líquidos corporais)
Barorreflexo

Os sensores

 Reflexo
Barorreceptor:

Mecanorreceptores

Seio carotídeo
Arco aórtico
Barorreflexo

Medullary cardiovascular
Integration areas
Glossopharyngeal
nerve
Parasympathetic
Carotid sinus
(vagus)
baroreceptors
Sympathetic
nerves

Vagus nerve
(afferent)
Aortic arch Adrenal medulla
baroreceptors

-
+ Venoconstriction and
+ Arteriolar constriction
Controle neural sobre o coração
 Os nervos simpáticos inervam todo o coração.
 A estimulação simpática aumenta a frequência cardíaca e a contratilidade.
 Os nervos simpáticos liberam noradrenalina (adrenalina), que estimula os
beta-receptores (β1) do coração.

 Os nervos parassimpáticos inervam os nós SA e AV, os átrios e o sistema de


Purkinje.
 Os nervos parassimpáticos não inervam a maior parte do miocárdio
ventricular.
 A estimulação parassimpática retarda o coração, mas tem pouca ação
inotrópica.
 Os nervos parassimpáticos liberam ACh que estimula os receptores
muscarínicos (M2).
Controle vascular Simpático

 Arteríolas possuem tônus simpático.

 Aumentar o tônus simpático aumenta a contração vascular.

 Reduzir o nível de tônus simpático reduz o nível de constrição do


músculo liso vascular.

 A maioria das fibras simpáticas liberam noradrenalina que atua nos


receptores alfa (1) no músculo liso produzindo contração.

 A circulação coronária é pouco alterada pelos nervos simpáticos.


Sistema vasoconstritor Simpático

Inúmeras fibras vasoconstritoras


Efeito vasoconstritor simpático:
• rins
• intestino
• baço
• pele

•Pouco potente em músculo esquelético e cérebro.


Controle vascular Parassimpático

- Os nervos parassimpáticos não inervam a maioria dos vasos sanguíneos.

- Os nervos parassimpáticos inervam o tecido eréctil produzindo


vasodilatação.
Barorreflexo

REDUÇÃO DA PA DIMINUI ATIVIDADE DOS BARORRECEPTORES

DIMINUI TÔNUS PARASSIMPÁTICO PARA O CORAÇÃO.


- Aumenta frequência cardíaca.
- Aumenta débito cardíaco e pressão arterial.

AUMENTO DO TÔNUS SIMPÁTICO PARA O CORAÇÃO.


- Aumento da frequência cardíaca e contratilidade, aumenta volume sistólico.
- Aumenta débito cardíaco e pressão arterial.
Barorreflexo
REDUÇÃO DA PA DIMINUI ATIVIDADE BARORRECEPTORA

AUMENTA TÔNUS SIMPÁTICO PARA OS VASOS SANGUÍNEOS

- Aumenta resistência periférica total e pressão arterial


(Circulação cerebral e coronariana não são afetadas)

- Aumeta tônus venoso

- Reduz capacitância e volume venoso

- Aumenta volume circulante e retorno venoso

- Aumenta volume sistólico, débito cardíaco e pressão arterial


Quimiorreflexo

Quimioceptores
(corpos aórticos e corpos carotídeos)

consumo de O2 ; PA

(resposta inicial: Bradicardia)

pO2 SNS coração e vasos PA

-CO2 e pH
Reflexos desencadeados pela variação de pressão de CO2
são de pouca intensidade quando comparado com O2
Reflexos atriais e das artérias pulmonares que ajudam a
regular a PA

• átrios e artérias pulmonares – receptores de


estiramento, referidos como receptores de baixa pressão
– papel importante nas variações de PA em resposta a
alterações da volemia.

Ex. infusão de 300 mL de sangue em cão


• PA  15 mmHg
• se desnervar baroceptores  PA  40 mmHg
• se receptores de baixa pressão forem desnervados 
PA  100 mmHg
Resposta Isquêmica Central
Redução do suprimento sanguíneo (isquemia cerebral) para o SNC produz
a resposta isquêmica central (RIC).

 PA abaixo de 60 mmHg inicia a RIC.

 RIC imita o barorreflexo mas é muito mais potente.

 Fluxo sanguíneo nos tecidos periféricos é grandemente reduzido.

 A RIC mantem o fluxo cerebral quando a PA atinge níveis criticamente


baixos.

 A RIC é extremammente potente, pode elevar a PA acima de 200 mmHg


e interromper o fluxo sanguíneo para todos os tecidos, exceto o coração,
pulmões e cérebro.
Regulação da Pressão Arterial

- Mecanismos de ação intermediária (após minutos)


• Relaxamento da vasculatura por estresse.
Ex. pressão sanguínea distensão dos vasos (minutos a horas) pressão sanguínea

• Deslocamento de líquidos através das paredes dos capilares


Atuação das Forças de Starling nos capilares sanguíneos
(Pressão hidrostática do capilar e intersticial)

• Mecanismo vasoconstritor renina-angiotensina


Regulação da Pressão Arterial

Controle a longo prazo da PA


Intimamente relacionado à homeostasia do
volume do líquido corporal, determinado pelo
balanço entre a ingestão e a eliminação de
sal e água.

Regulação da excreção de sal e água por múltiplos fatores


(controles neurais, hormonais e locais)
Regulação da Pressão Arterial

Controle a longo prazo da PA


Controle da PA realizado via controle de
líquidos corporais pelos rins através do
mecanismo de feedback renal e de líquidos
corporais.
PA diurese e natriurese pressóricas
Mecanismos Renais para Controle da Pressão Arterial

• Diurese-natriurese pressóricas

• Sistema renina-angiotensina
Ganho Infinito do Feedback Rim-Líquidos Corporais
• A natriurese-diurese pressóricas podem levar a PA alterada ao valor
normal exato, se o rim estiver normal.

Débito urinário medido em rim


isolado perfundido

Débito urinário causado por aumento do volume sanguíneo em


cães com mecanismos de controle nervoso bloqueados
Controle intermediário e de longo prazo da PA

- Substâncias não vasoativas que atuam sobre estruturas diferentes do sistema cardiovascular,
controlam o volume circulante efetivo através da modulação do volume extracelular (plasma e
líquido intersticial). Indiretamente modulam a PA e débito cardíaco.

Volume circulante efetivo


Controle renal
Sistema renina-angiotensina-aldosterona
Como o excesso de volume do LEC eleva a PA?

Hipótese de Guyton

Aumento do volume do LEC

Aumento do volume sanguíneo

Aumento da pressão de enchimento circulatório

Aumento do retorno venoso

Aumento do débito cardíaco

Aumento da RP

Aumento da pressão arterial


Sistema renina-angiotensina
ANGIOTENSINOGÊNIO
RENINA

ANGIOTENSINA I
ECA

ANGIOTENSINA II
Angiotensina II

- Vasoconstrição direta

- Aumento da neurotransmissão noradrenérgica periférica:


a. aumento na liberação de NE
b. diminuição na recaptação de NE

- Aumento na descarga simpática

- Liberação de catecolaminas da medula adrenal


Angiotensina II

- Efeito direto aumentando a reabsorção de Na+ no túbulo proximal

- Liberação de aldosterona do córtex adrenal (aumento da


reabsorção de Na+ e secreção de K+ no néfron distal)

- Alterações da hemodinâmica renal


a. Vasoconstrição renal direta
b. Aumento na neurotransmissão noradrenérgica
c. aumento no tônus simpático renal
Saralasina
Losartan  vasos, coração, rins,
Ang II Valsartan SNC, órgãos
reprodutores, trato
Irbesartan urinário, adrenal,
AT1 pulmão

7 domínios transmembrana

Córtex Rim Intestino SNC Sistema Nervoso Músculo Liso Coração


Adrenal Periférico Vascular

Aldosterona Facilitação
Contratilidade
adrenérgica

Reabsorção Reabsorção Sede e apetite Descarga Vasoconstrição


Na+ néfron sódio e água para o sal simpática
distal
Manutenção ou aumento Resistência Débito
do volume extra-celular periférica total Cardíaco
Santos e Simões, 1995;
Gasparo et al, 2000.
Cininogênio Pró-renina
Calicreína
Angiotensinogênio

Renina
Bradicinina

ECA Angiotensina I

Bradicinina (1-5)
Angiotensina II

PEP,NEP
[des-Arg9]BK
Angiotensina –(1-7)
x ECA 2

Ang-(1-7)
B2 B1
Respostas Vasodilatação
Vasodilatação
inflamatórias
Potenciação das ações
inibidas de BK em B2

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