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Pressão arterial

Profª.Msc. Patrícia lira


O que é pressão arterial
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce na parede das
artérias. E é medida em milímetros de mercúrio.
O coração trabalha em dois momentos:

Graças a esses movimentos de contração e dilatação o sangue circula


permanentemente pelos vasos sanguíneos (artérias e veias).
Definição de HAS
•Segundo as diretrizes brasileira de hipertensão, a hipertensão arterial
sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada
por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA).

•Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos


órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações
metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos
cardiovasculares fatais e não fatais.
DIAGNÓSTICO
Medida da pressão arterial:
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) édiagnosticadapela detecção de níveis
elevados e sustentados de pressão arterial (PA) pela medida casual.
Classificação:

Triagem e diagnóstico de hipertensão arterial. PA: pressão arterial; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da
pressão arterial; NV: normotensão verdadeira; HAB: hipertensão do avental branco; HM: hipertensão mascarada; HS: hipertensão sustentada.
Ritmo circadiano da pressão arterial

• Queda durante o sono 20-40 mmHg sistólica e 10-15 mmHg diastólica;

• Aumento transitório após as refeições por aumento do débito cardíaco;

• Elevação nas primeiras horas da manhã, ao acordar;

• Na posição deitada (supina), a pressão é mais elevada do que em pé;

• Na posição em pé, há ligeira redução da sistólica e aumento da diastólica;


Fisiopatologia da Hipertensão

A pressão arterial sistólica é determinada pelo volume sanguíneo


ejetado em cada sístole (débito sistólico) e pela elasticidade das
grandes artérias.

A pressão arterial diastólica depende da resistência periférica e da


frequência cardíaca que ira determinar a duração da diástole e do
tempo disponível para o escoamento diastólico.
Sistema renina angiotensina
Renina - é uma enzima produzida pelos rins, que eleva a pressão
arterial de varias maneiras, ajudando assim a corrigir a queda inicial
da pressão. É a partir desta enzima que se dará a liberação da
angiotensina I e II.

Atua enzimaticamente sobre outra proteína plasmática uma globulina


denominada substrato de renina (ou angiotensinogênio) liberando um
peptídeo de 10 aminoácidos, a angiotensina I.
ANGIOTENSINA
I
• Peptídeo de 10 aminoácidos, formado a partir da atuação enzimática
da renina sobre uma proteína plasmática, o angiotensinogênio ou
globulina.

• Possui propriedades vasoconstritoras leves, não sendosuficientes


para produzir alterações funcionais significativas na função
circulatória.
ANGIOTENSINA
II
Formada a partir da perda de dois aminoácidos, A renina persiste no
sangue por um período entre 30 min. e 1 h. continuando a induzir a
formação de angiotensina I que após alguns segundos sofre a perda de
02 aminoácidos, tornando-se assim um peptídeo de 8 aminoácidos a
Angiotensina II, um vasoconstrictor extremamente poderoso, exerce
dois efeitos principais que podem elevar a pressão arterial: 1º vaso-
constrição nas arteríolas e 2º atua sobre os rins, diminuindo a excreção
de sal e água.
Para entender melhor, vamos
assistir esse vídeo no Youtube!

https://www.youtube.com/wat
ch?v=BOacGNNrl38
Sinais e Sintomas da
Hipertensão arterial
Cefaléia occipital (Dor de cabeça na região nucal);
Lipotimia (Tontura, sensação desagradável);
Escotomos cintilantes (Ver tudo escuro com estrelinhas);
Náuseas (Enjôos);
Diminuição da libido sexual (prazer);
Cansaço nos médios e grandes esforços;
Palpitações (arritmias cardíacas);
Palidez de mucosa;
•Taquipnéia (Aumento da frequência
respiratória);
•Taquicardia (Aumento da frequência
cardíaca);
•Pressão diastólica > 90 mmHg.
Fatores risco

Tabagismo – A nicotina causa o “enrijecimento” perda


elasticidade da parede dos vasos sanguíneos;
Diabete - idade acima de 60 anos;
Sexo: homens ou mulheres pós-menopausa;
Com história familiar de doença cardiovascular em:
- Mulheres com menos de 65 anos.
- Homens com menos de 55 anos.
Definição de HAS
•Segundo as diretrizes brasileira de hipertensão, a hipertensão arterial
sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada
por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA).

•Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos


órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações
metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos
cardiovasculares fatais e não fatais.
Definição de HAS
•Segundo as diretrizes brasileira de hipertensão, a hipertensão arterial
sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada
por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA).

•Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos


órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações
metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos
cardiovasculares fatais e não fatais.
Tipos de esfigmomanômetros
Etapas para a realização da medida da
pressão arterial:
1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio e o olécrano.

2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço.

3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital.

4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial.

5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial.*

6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio


sem compressão excessiva.*
Etapas para a realização da medida da
pressão arterial:
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela
palpação.

8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo).

9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, depois, aumentar
ligeiramente a velocidade de deflação.

10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff).

11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento
e, depois proceder, à deflação rápida e completa.

12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase
IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero.*
Prevenção Primaria:
As mudanças no estilo de vida são entusiasticamente recomendadas na prevenção
primaria da HAS. Mudanças de estilo de vida reduzem a PA, bem como a mortalidade
cardiovascular.

As principais recomendações não medicamentosas para prevenção primaria da HAS


são: alimentação saudável, consumo controlado de sódio e de álcool, ingestão de
potássio e combate ao sedentarismo e ao tabagismo.
Tratamento não medicamentoso:
Tratamento medicamentoso:
O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial e a redução da morbidade
e da mortalidade cardiovasculares.

Assim, os anti-hipertensivos devem não só reduzir a pressão arterial (PA), mas


também os eventos cardiovasculares fatais e não fatais, e, se possível, a taxa de
mortalidade.
Mecanismos de Regulação
da Pressão
Arterial

Pressão Arterial =
Débito cardíaco X Resistência
Periférica
Mecanismos de Regulação da Pressão Arterial
Fatores que influem no Débito
Cardíaco
Fatores cardíacos
Frequência cardíaca
Contratilidade
Fatores volêmicos
Excreção de Sódio
Prostaglandinas
Dopamina
Fator natriurético atrial
Retenção de sódio
Aldosterona Angiotensina II
Arginina-vasopressina Noradrenalina
Mecanismos de Regulação da Pressão Arterial
Fatores que influem na Resistência
Periférica
Hipertrofia Vascular
Fatores locais
Iônicos (sódio e cálcio)
Auto-regulatórios
Neurais simpáticos
Ação constritora (alfa)
Ação dilatadora (beta)
Humorais
Vasodilatadores Vasoconstritores
PGI2, PGE2 Angiotensina II
Dopamina Noradr
Bradicinina enalina PGF2
FNA ADH
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Complicações Cardíacas

Hipertrofia
Ventricular esquerda
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Complicações Vasculares
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Complicações Renais
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Complicações Encefálicas

Hemorragia
no Cerebelo
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Etiologia
1.HA sistólica e diastólica
Primária ou essencial
Secundária

2. HA sistólica
Débito cardíaco aumentado
IAo, estados hipercinéticos, fistulas artério-venosas
Rigidez da aorta
Arteriosclerose
HIPERTENSÃO ARTERIAL
PRIMÁRIA
Patogenia
1. Ingesta excessiva de sódio: aumenta volemia

2. Estresse : aumenta atividade simpática

3. Obesidade : hiperinsulinemia

4. Genética: retenção de sódio


diminuição filtração renal
alteração membrana celular

5. Fatores derivados do endotélio:


endotelina
HIPERTENSÃO ARTERIAL
SECUNDÁRIA
Patogenia
1. Endócrina
Supra renal: Córtex - S. Cushing
Hiperaldosteronismo primário
Hiperplasia congênita
Medula - Feocromocitoma
Acromegalia
Hipo/Hipertireoidismo
Hiperparatireoidismo (hipercalcemia)
Exógena
Anticoncepcionais, corticóides e
simpatomiméticos
HIPERTENSÃO ARTERIAL
SECUNDÁRIA
Patogenia
2.Renal
Parênquima
GNA, nefrite crônica, rim policístico, nefropatia diabética,
hidronefrose e colagenoses
Doença renovascular Tumores
produtores de renina
3. Coarctação da aorta
4.Neurogênica
Psicogênica
Hipertensão
intracraniana
5. Policitemia
6. Eclâmpsia
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Avaliação do Hipertenso
Objetivos
1. Avaliar repercussão hemodinâmica
2. Detectar formas secundárias
3. Determinar condições associadas
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Avaliação do Hipertenso
Exame Físico
Causas secundárias
Renovascular Coarctação da aorta
Acromegalia, hipotireoidismo

Avaliação da repercussão
Hipertrofia cardíaca ICC

Sequelas neurológicas Aneurismas


HIPERTENSÃO ARTERIAL
Fundoscopia
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Avaliação do
Hipertenso
Fundoscopia

Grau I : Estreitamento arteriolar (relação A-V 1:2)


Grau II : Estreitamento arteriolar 1:3
Grau III : Hemorragia, exsudatos
Grau IV : Edema de papila
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Avaliação do Hipertenso
Exames complementares Rotina
Parcial de urina Creatinina Potássio
Colesterol, TG e HDL Glicemia
Ácido úrico
ECG

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