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É uma doença que pode cursar de forma assintomática, manifestando-se apenas quando há surge complicação
cardiovascular.
❖ Epidemiologia
No ano 2000, a HAS foi o principal fator de risco para a mortalidade, gerando um valor estimado em 7
milhões de mortes.
➔ PA = DC X RVP
Determinantes do débito cardíaco:
1) Resistência vascular periférica;
2) Impedância da aorta;
3) Retorno venoso;
4) Volume sistólico.
Determinantes indiretos:
1) Atividade do SNA;
2) Retenção de água e sódio;
3) Sistema pressor renal.
❖ Definição:
➔ Definição: É uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados da PA.
Associa-se, frequentemente, a alterações estruturais ou funcionais em órgãos-alvo (coração, encéfalo,
rins e vasos sanguíneos) e alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos
cardiovasculares fatais e não-fatais.
→ É uma doença crônica não transmissível definida por níveis pressóricos, em quais os benefícios
do tratamento superam os riscos. É uma condição multifatorial, que envolve fatores genéticos/epigenéticos,
ambientais e sociais.
Caracterizada por elevação persistente da PAS maior do que 140mmHg e PAD maior do que
90mmHg, medidas com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de
medicação anti-hipertensiva. É aconselhável a realização de tais medidas, quando possível, no ambiente fora
do consultório – MAPA (Mapeamento Ambulatorial da Pressão Arterial), Monitorização Residencial (MRPA) e
Automedida (AMPA).
❖ Causas de Hipertensão Arterial
➔ Primária, essencial ou idiopática: Associada a fatores de risco (modificáveis ou não);
➔ Secundária: Tem causa justificável e potencialmente reversível, deve-se eliminar medidas inadequadas
da PA e efeito do jaleco branco.
Conhecer a causa da HAS secundária permite tratar a doença com uma intervenção específica,
determinando cura ou melhora do controle pressórico.
A real prevalência da HA secundária é desconhecida, sendo estimado algo entre 10 e 20%,
podendo ser maior ou menor conforme a população avaliada (principalmente idade), os recursos
diagnósticos disponíveis e a experiência do médico. Investigar conformes indícios que levem à suspeita.
• Causas da HA secundária
➔ Origem Renal
Renovascular: Estenose da artéria renal, total ou parcial, uni ou bilateral, causando isquemia em renal em
um contexto de obstrução > 70%
Doença Renal Crônica: Anormalidades de função ou morfologia persistentes por mais de três meses: RFG <
60ml/min ou albuminúria > 30mg/24hrs ou albuminúria/hematúria > 30mg/g).
Patologias renais: Glomerulonefrite, pielonefrite, rins policísticos, tumores produtores de renina,
nefropatias por diabetes gota e doença do colágeno.
➔ Origem vascular:
Coarctação de aorta (HA em crianças e adultos jovens), há um gradiente de pressão > 20mmHg antes e após
a região de estreitamente, com uma diferença entre os MMSS e os MMII de 10mmHg.
Apneia obstrutiva do sono: É uma condição caracterizada pelo colapso intermitente das vias aéreas
superiores, gerando obstruções totais (apneias) e parciais (hiperpneias). As pausas levam a um maior esforço
respiratório, diminuição da pressão intratorácica e aumento da pressão transmural do VE, com quedas
cíclicas da saturação do O2.
➔ O paciente não deve falar ou as pernas cruzadas, os pés devem estar apoiados e o paciente relaxado;
➔ Identificar os pulsos radial e braquial; insuflar de 20 – 30 mmHg acima do pulso;
➔ Identificar os sons de Korotkoff, com o estetoscópio posicionado sobre a artéria braquial;
➔ Anotar os valores exatos.
Hiato auscultatório: Desaparecimento dos sons nas fases 2 e 3; registrar a PAS pela palpação do pulso radial.
• Medida da PA em pacientes idosos: Medir em decúbito dorsal e, depois de 3 min, com o paciente
sentado.
➔ Há maior frequência do hiato auscultatório e uma maior variação da PA ao longo do dia;
➔ Pseudo-hipertensão: Quando as aa. braquial e radial continuam palpáveis mesmo após insuflar o
manguito acima da pressão sistólica. Realizar Manobra de Osler: Osler positivo significa que a artéria
não colapsou mesmo após insulflar o manguito; isso ocorre porque há o processo de endurecimento da
artéria.
➔ Maior frequência de hipertensão pós-brandial e ortostática (PAS – 20mmHg e PAD – 10mmHg).
➔ Presença de arritmias.
❖ Avaliação clínica
• História:
➔ Idade, sexo, etnia, condição socioeconômica;
➔ Duração da HAS, tratamento prévio ou atual (medicamentos e doses)
➔ História familiar para DAC, diabetes, dislipidemias, afecção renal e morte súbita;
➔ Hábitos e estilo de vida: Tabagismo, sedentarismo, consumo de sal e álcool, tensão emocional;
➔ Diabetes, dislipidemias e obesidade;
• Exame físico:
• Avaliação clínico-laboratorial:
• Classificação de risco:
➔ Níveis de PA/HAS;
➔ FRCV associados;
➔ LOA
➔ Doença cardiovascular e/ou doença renal já estabelecia;
• Razões para a estimativa
➔ Estimar riscos de eventos a médio e longo prazo;
➔ Determinar nível de atenção à saúde frequência dos atendimentos; precocidade do início do
tratamento medicamentoso e intervenção nos fatores de risco modificáveis;
Ou seja:
➔ Intervenções no estilo de vida, apenas, são recomendadas para os pré-hipertensos sem DCV associada
ou outro fator de RCV adicional.
➔ O início do tratamento farmacológico ao diagnóstico é indicado para todos os adultos com HAS estágio
2 ou 3, ou aqueles de estágio 1 com RCV moderado ou alto (fator de risco adicional associado)
➔ Hipertensão grau 1 e RCV baixo ou pré-hipertensos com DCV pré-existente ou RCV alto: Aguardar três
meses por efeito da intervenção no estilo de vida antes de iniciar farmacologia.
➔ Hipertensos com > 80 anos: terapia farmacológica indicada em caso de PAS > 160mmHg.
➔ Hipertensos idosos hígidos: intervenção farmacológica indicada se PAS > 140mmHg.
➔ Indivíduo com pressão menor do que 130/85 mmHg: Estimular “mudança no estilo de vida” e reavaliar
em 01 ano.
➔ Pré-hipertenso: Reavaliar em 06 meses e insistir na mudança do estilo de vida.
➔ HAS estágio I: Confirmar em 02 meses, considerar MAPA e MRPA.
➔ HAS estágio II: Confirmar em 01 mês, considerar MAPA e MRPA.
➔ HAS estágio III: Intervenção farmacológica imediata, confirmar em 01 semana.
• Metas terapêuticas
➔ HAS I e II com RCV baixo ou HAS III _____________ < 140/90mmHg
➔ HAS I e II com RCV baixo ______________________< 130/80mmHg
Obs.: Em pacientes com DAC, não é indicado a redução da pressão para 120/70mmHg, para evitar
hipofluxo e angina.
➔ Atividade física: Treinamento aeróbico e resistido, 30 minutos por dia e 5 dias por semana.
➔ Outras medidas anti-hipertensivas:
Controle do stress;
Descontinuação do tabagismo;
Controle das dislipidemias e diabetes;
❖ Tratamento farmacológico
Possui o objetivo de reduzir a morbimortalidade do hipertenso.
➔ Os agentes anti-hipertensivos devem promover
Redução da PA e proteção cardiovascular;
Redução do risco de DAC, AVE e IC;
Redução da mortalidade CV em 20% e da global em até 12%.
Deve-se respeitar um período de 3 a 4 semanas para o manuseio da dose, salvo em situações especiais.
➔ Relação vale pico do hipotensor: Deve-se estabelecer um horário diário fixo para a ingestão do
medicamente, tendo em vista a manutenção do efeito da droga.
• Agentes anti-hipertensivos:
Preferenciais para o controle da PA em monoterapia:
➔ Diuréticos tiazídicos ou similares;
➔ Bloqueadores dos canais de cálcio;
➔ BRA (Bloqueadores dos receptores AT-1 da angiotensina II)
➔ iECA
➔ Os betabloqueadores são fármacos de escolha inicial em algumas situações específicas, mas são mais
frequentemente utilizados junto a outros fármacos.
➔ Tiazídicos: Preferenciais, com maior tempo e ação mais suave (hidroclorotiazida, clortalidona e
indapamida);
➔ De alça: Em casos de IC e IR, são mais potentes (furosemida, bumetanida)
➔ Popadores de K+: Geralmente associados aos tiazídicos ou os de alça (amilorida, espirolactona)
➔ Cardio-seletivos: Atuam bloqueando os receptores β1, com ação nos β2 apenas em altas doses.
Atenolol, metroprolol, bisoprolol, esmolol, nebivolol (uso em pneumopatas crônicos, DM e na
vasculopatia periférica), (uso em baixas doses).
• Bloqueadores dos canais de Ca2+: Reduz a RVP por diminuição da concentração de cálcio nas células
musculares lisas das arteríolas.
Indicação: Pacientes com insuficiência coronariana, idosos acima de 60 anos, de etnia negra, com
arritmia associada (di-idropiridínicos) e com vasculopatia associada.
Efeitos adversos: Cefaleia, tontura, rubor facial, edema maleolar, bradicardia.
➔ Não Diidropiridínicos: Podem deprimir a função sistólica, porque agem, também, no sistema condutor
cardíaco, possuindo efeito antiarrítmico;
Verapamil (fenilalquilaminas), diltiazem (benzotiazepinas).
Boa tolerabilidade, aumento da CPK em menos de 1% dos pacientes; tosse seca (?) e não usar na
gravidez (?)
➔ Alisquireno
• Beta bloqueador: Angina, infarto, taquicardia, FA, tremor essencial, enxaqueca e hipertireoidismo;
➔ Diuréticos em combinação