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PROCE SSOS PATOLÓGICOS COMUNS

NO IDOSO, COMORBIDADES E
MULTIMORBIDADES

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS


PROF. M.E MARCELO ALEXANDRE ALBINO FILHO
UNOESTE/2023
ESTRUTURA E
FUNÇÃO DO
SISTEMA
C ARDIOVASCULAR

• A principal função do sistema


cardiovascular, que é
constituído pelo coração e
vasos sanguíneos, é de
transporte.
DC = VS x FC
DC: Débito Cardíaco
VS:Volume Sanguíneo
FC: Frequência Cardíaca
PULSAÇÕES DA PA

• A irrigação sanguínea para os tecidos orgânicos depende de pulsações de pressão ou ondas de pressão que
são geradas pela ejeção intermitente do sangue do ventrículo esquerdo para a aorta distensível e as grandes
artérias do sistema arterial.
• O pulso de pressão arterial representa a energia que é transmitida de uma molécula para outra ao longo do
comprimento do vaso. Na aorta, esse pulso de pressão é transmitido a uma velocidade de 4 a 6 m/s, que é
aproximadamente 20 vezes mais rápida do que o fluxo sanguíneo. Por conseguinte, o pulso de pressão não
tem uma relação direta com o fluxo sanguíneo e pode ocorrer mesmo sem fluxo.
• Ao palpar um pulso, são sentidos os pulsos de pressão que produzem os sons de Korotkoff ouvidos durante
a aferição da pressão arterial. A deflexão máxima do pulso de pressão coincide com a pressão arterial
sistólica, e o ponto mínimo de deflexão coincide com a pressão diastólica. A pressão diferencial é a
diferença entre a pressão sistólica e a pressão diastólica.
AU TO R R E G U L A Ç Ã O
A C U RTO P R A Z O
PA = DC x RVP
PA: Pressão Arterial
DC = Débito Cardíaco
RVP: Resistência Vascular Periférica
ME C ANI SMO
NE UR AL
MECANISMO
HUMORAL
DEFINIÇÃO

• A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica não transmissível (DCNT) definida por
níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou
medicamentoso) superam os riscos.
• Trata-se de uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos/epigenéticos,
ambientais e sociais, caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou
seja:
• PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg,
medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação
anti-hipertensiva.
IMPACTO

• Alto custos médicos e


socioeconômicos:
• Coração: DAC / IC / FA e Morte
Súbita;
• Cérebro: AVEi / AVEh /
Demência;
• Rins: DRC;
• Vascular: DAOP;
CARACTERÍSTICAS

• Frequentemente assintomática;
• Evolui com alterações estruturais e/ou funcionais nos órgãos alvo;
• Principal fator de risco modificável para evitar lesões em órgão-alvo;
FATORES DE RISCO
PREVALÊNCIA MUNDIAL

• Globalmente, em 2010, a prevalência de HA (≥140/90 mmHg e/ou em uso de


medicação anti-hipertensiva) foi de 31,0%, sendo maior entre homens (31,9%)
do que entre as mulheres (30,1%);
PREVALÊNCIA NO BRASIL
MEDIDAS PREVENTIVAS
DISFUNÇÃO ENDOTELIAL

• Desequilíbrio local entre os fatores de relaxamento e constrição das arteríolas;


• Baixa Disponibilidade de Óxido Nítrico:
• Sintase endotelial (eNOS);
• Radical livre peroxinitrito (NOO-);
• Bradicinina
• Angiotensina 1-7;

• Aumento da resistência vascular periférica;


• Alteração da permeabilidade endotelial;
• Aumento da produção de citocinas inflamatórias;
• Estresse oxidativo;
• Aumento do tono do músculo liso;
• Passagem de LDL – Aterosclerose;
RIGIDEZ ARTERIAL

• Genética;
• Idade:
• Artérias centrais mais rígidas;
• Fragmentação e degeneração da elastina;
• Aumento progressivo do colágeno;
• Depósito de cálcio na camada média;
• Níveis da PA elevados:
• Hipertrofia da camada média;
• Maio bioimpedância para ejeção ventricular;
HAS NO IDOSO

• Existe relação direta e linear da pressão arterial (PA) com a idade, sendo a prevalência de
HA de aproximadamente 7% na população de 18 a 39 anos, chegando a mais de 60% na
faixa etária acima de 65 anos;
• O estudo de Framingham demonstrou que quase 2/3 dos homens e 3/4 das mulheres
apresentam HA aos 70 anos;
• Na população geriátrica, a HA é o principal fator de risco (FR) modificável para morbidade
e mortalidade cardiovascular, mesmo nas idades mais avançadas;
MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS

• A pressão arterial diastólica (PAD) aumenta até cerca de 50 anos, estabiliza-se dos 50 aos
60 anos e diminui posteriormente, enquanto a pressão arterial sistólica (PAS) tende a
aumentar durante toda a vida;
• A pressão de pulso (PP = PAS – PAD), um indicador hemodinâmico útil de rigidez vascular
arterial, aumenta com a idade.
• Essas alterações são consistentes com a noção de que, em pessoas mais jovens, a PA é
determinada em grande parte pela resistência vascular periférica (RVP), enquanto em
indivíduos mais velhos se mostra determinada pela rigidez dos grandes vasos arteriais
centrais;
MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS

• O espessamento da parede arterial e a disfunção endotelial observadas


durante o envelhecimento são acompanhadas de aumento na rigidez e redução
na complacência vasculares, atribuídas a uma série de fatores, como maior
sensibilidade ao sal, estresse hemodinâmico crônico, fragmentação e
desalinhamento das fibras de elastina, com substituição por fibras colágenas, o
que facilita a deposição de íons cálcio
MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS

• O enrijecimento aórtico, em decorrência do envelhecimento vascular, aumenta


as velocidades de propagação da onda de pulso arterial (VOP) em direção à
circulação periférica (centrífuga) e das ondas reflexas que retornam ao coração
(centrípeta). A superposição dessas duas ondas na fase protomesossistólica
causa o aumento da PAS e o alargamento da Pressão de Pulso observadas nos
idosos;
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO
CARDIOVASCULAR

• A classificação do risco CV depende dos níveis da PA, dos FRCV (fator de


risco cardiovascular) associados, da presença de lesões em órgãos-alvo (LOA),
que são lesões estruturais e/ou funcionais decorrentes da HÁ em vasos,
coração, cérebro, rins e retina, e/ou da existência de DCV ou doença renal
estabelecidas;
ANTROPOMETRIA PARA AVALIAÇÃO
RISCO CARDIOVASCULAR
Circunferência da Cintura:
Relação Cintura-Quadril:
ANTROPOMETRIA PARA AVALIAÇÃO
RISCO CARDIOVASCULAR
Índice de Conicidade:
ANTROPOMETRIA PARA
AVALIAÇÃO RISCO
C ARDIOVASCULAR

Razão Circunferência Cintura-Estatura:


ANTROPOMETRIA PARA AVALIAÇÃO
RISCO CARDIOVASCULAR
IMC
TRATAMENTO NÃO-MEDICAMENTOSO

• Padrão Alimentar:
• A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de
gordura; inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e frutas oleaginosas; preconiza a redução da ingestão de carne
vermelha, doces e bebidas com açúcar. Ela é rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e contém quantidades reduzidas de
colesterol, gordura total e saturada. A adoção desse padrão alimentar reduz a PA;
• Redução do Consumo de Sódio;
• Ácidos graxos insaturados;
• Fibras;
• Oleaginosas;
• Laticínios e vitamina D;
• Café e chá verde;
• Chocolate amargo;
• Álcool;
T R ATAME NTO
ME DI C AMENTOSO

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