EM ENFERMAGEM NORMA DE ADMISSÃO DE UM DOENTE 148 Normas e Procedimentos NORMA DE AVALIAÇÃO INICIAL DE ENFERMAGEM 151 NORMA DE BANHO NO LEITO 154 Guia de Bolso NORMA DE HIGIENE ORAL NO DOENTE INCONSCIENTE Sebenta das aulas práticas da disciplina de 166 Fundamentos Básicos em Enfermagem I e II 5 Escola Superior de Saúde NORMA DE REALIZAÇÃO DE CAMA OCUPADA 169 Faculdade de Ciências da Saúde NORMA DE POSICIONAMENTOS 176 Universidade Fernando Pessoa NORMA DO PRIMEIRO LEVANTE 183 2006 NORMA DE COLHEITA DE FEZES 187 Nota inicial: NORMA DE COLHEITA DE AMOSTRAS POR Este Guia de Bolso não é (nem nunca será) um ―produto‖ acabado. Nele ZARAGATOA 190 estão incluídas muitas das Normas e Procedimentos que são NORMA DE LAVAGEM DAS MÃOS 192 leccionadas nas disciplinas de Fundamentos Básicos em Enfermagem I NORMA DE CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS 197 e II, na Universidade Fernando Pessoa. Contudo, outras irão sendo NORMA DE UTILIZAÇÃO DE BATA ESTERILIZADA 199 6 incluídas oportunamente. Além disso, a evolução do conhecimento faz com que, muitas vezes, seja necessário proceder a alterações em diferentes passos das Normas; e também essas alterações serão feitas, conforme as oportunidades. Note que as Normas e Procedimentos não surgem neste Guia por nenhuma ordem sequencial pré-estabelecida. Assim, deverá procurar no Índice a página em que cada Norma pode ser consultada. Considere então este Guia não como um Livro com Introdução e Conclusão, mas como uma Sebenta que irá sendo construída ao longo do tempo, em função das circunstâncias. 3 ÍNDICE ÍNDICE 3 MOBILIZAÇÕES 6 AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA 10 AVALIAÇÃO DO PULSO 15 AVALIAÇÃO DA TENSÃO ARTERIAL 18 AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO 22 AVALIAÇÃO DA DOR 25 ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES 29 OXIGENOTERAPIA 36 NEBULIZAÇÃO 39 ENTUBAÇÃO NASOGÁSTRICA 42 ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA 47 ALGALIAÇÃO (INSERÇÃO DE CATÉTER VESICAL) 53 COLOCAÇÃO DA APARADEIRA OU URINOL 61 COLOCAÇÃO DE SONDA DE GASES 64 ENEMA DE LIMPEZA (CLISTER OU ENTEROCLISTER) 67 BALANÇO HÍDRICO 75 CATETERISMO VENOSO PERIFÉRICO 80 ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA 86 4 ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA ENTÉRICA, VIA ORAL 88 ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA ENTÉRICA, VIA RECTAL 92 ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIAS PARENTÉRICAS 95 ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, VIA INTRADÉRMICA 97 ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, VIA SUBCUTÂNEA 101 ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, VIA INTRAMUSCULAR 105 ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, VIA ENDOVENOSA 109 ADMINISTRAÇÃO DE SOLUÇÕES DE GRANDE VOLUME 113 COLHEITA DE URINA 116 NORMA DE EXECUÇÃO DE PENSOS 120 MOBILIZAÇÕES conforto. DEFINIÇÃO Descontrai a cintura escápuloumeral. É um conjunto de acções que visam manter/aumentar a força muscular, Mobilizar a coluna cervical. a resistência e tolerância ao esforço e a amplitude articular, aumentar a Movimentos do tronco Justificação amplitude respiratória, diminuir a tensão psíquica e muscular, incentivar o 1. Flexão lateral. auto-cuidado e prevenir complicações. 2. Rotação. OBJECTIVOS 3. Flexão anterior/dorsiflexão. Manter/aumentar a força muscular; Mobilizar os músculos do Manter/aumentar a resistência/tolerância ao esforço; tronco. Manter/aumentar a amplitude muscular; Mobilizar a coluna a nível Aumentar a amplitude respiratória; dorso-lombar Diminuir a tensão psíquica e muscular; Movimentos dos membros Incentivar o auto cuidado; superiores Justificação Prevenir complicações. 1. Elevação pela flexão. INFORMAÇÕES GERAIS 2. Elevação pela abdução. Esta é uma técnica executada pelo enfermeiro, pelo enfermeiro 3. Rotação do ombro. especialista em Reabilitação ou pelo doente/família após Fortalecer os músculos do ensino. ombro e peitorais. A mobilidade é fundamental no equilíbrio (fisiológico e químico) Mobilizar a articulação do organismo, sendo que a imobilidade provoca alterações escapulo-umeral. nesse equilíbrio. Movimentos do cotovelo Justificação Há três tipos de mobilizações: 1. Extensão/flexão. Mobilizar os músculos e a o Mobilizações activas – são todos os movimentos articulação do cotovelo. realizados pelo doente, sem ajuda. Movimentos do antebraço Justificação o Mobilizações activas assistidas – são todos movimentos 1. Pronação/supinação. Mobilizar o antebraço. realizados pelo doente, mas com ajuda. Movimentos do punho Justificação o Mobilizações passivas – são todos os movimentos 1. Flexão/dorsiflexão. Mobilizar o punho. realizados ao doente, sem que ele participe. Movimentos da mão Justificação 7 1. Flexão/extensão. Mobilizar a mão. São algumas manifestações provocadas pela imobilidade: Movimentos dos membros sensibilidade alterada, actividade motora diminuída, labilidade inferiores do SNC autónomo, diminuição da força muscular, atrofia Justificação muscular, osteoporose, anquilose das articulações, úlceras de 9 decúbito, etc. 1. Flexão/extensão/ Ao satisfazer as suas necessidades humanas básicas (higiene hiperextensão. pessoal, vestir, despir, alimentação e locomoção) ou ao 2. Rotação interna/externa. colaborar nelas, o doente, ao mesmo tempo que progride na 3. Abdução/adução. sua autonomia, mobiliza as articulações e massas musculares. Mobilizar os músculos da anca A locomoção a pé (marcha) tem como benefícios: e coxa, vem como a articulação o Combater a osteoporose (através da carga óssea); coxo-femural. o Treinar o equilíbrio; Movimentos do joelho Justificação o Fortalecer os músculos da bacia e membros inferiores. 1. Flexão/extensão. Mobilizar o joelho. Para o treino da marcha, pode recorrer-se a meios auxiliares Movimentos da articulação de marcha, como p andarilho, canadianas ou bengala. tíbio-tarsica Justificação As mobilizações estão indicadas em doentes que apresentem 1. Inversão/eversão. enfraquecimento muscular, na prevenção e tratamento de 2. Flexão/dorsiflexão. posições viciosas. Mobilizar a articulação tíbiotarsica. As mobilizações estão contra-indicadas em doentes com Executar os dois movimentos taquicardia, osteoporose muito avançada (risco fractura). Em em simultâneo. situações de fracturas de membros ou da coluna e na patologia Movimentos da bacia Justificação articular aguda. 1. Báscula anterior. Os exercícios podem ser efectuados com o doente deitado, 2. Báscula posterior. sentado ou de pé. O doente deve usar roupas largas, Mobilizar a coluna lombosagrada. confortáveis, de modo a facilitar a execução das mobilizações. Obrigar a contracção músculos Para os exercícios na posição de sentado utilizar banco ou perineais e nadegueiros. cadeira (o sofá diminui a liberdade de movimentos). REGISTOS MATERIAL Procedimento (data e hora). Não existe equipamento específico para as mobilizações. Programa de mobilizações. Meios auxiliares de marcha, se necessário. Ensino. 8 INTERVENÇÕES ENFERMAGEM Reacções do doente. Movimentos do pescoço Justificação Avaliação da colaboração do doente. 1. Flexão lateral. Complicações 2. Rotação. NOTAS: 3. Flexão anterior /dorsiflexão. ______________________________________________________ Proporciona relaxamento e ______________________________________________________ 10 timpânica) ______________________________________________________ Sentada – (temp. axilar / ______________________________________________________ temp. oral / temp. timpânica) ______________________________________________________ Decúbito dorsal – temp. ______________________________________________________ axilar, temp. oral ______________________________________________________ c) Colocar correctamente o ______________________________________________________ termómetro: AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA Temperatura oral : DEFINIÇÃO Perguntar à pessoa se Consiste na colocação de um termómetro com a finalidade de obter ingeriu líquidos quentes ou dados que permitam uma estimativa o mais exacta possível do estado frios recentemente térmico interno de uma pessoa. Bolsa sublingual OBJECTIVOS direita/esquerda Despistar complicações orgânicas Pedir para fechar a boca Quantificar a temperatura corporal (lábios) sem trincar INFORMAÇÕES GERAIS Temperatura rectal Este procedimento é realizado pelo Enfermeiro. Lubrificar a ampola do O horário da sua realização é estabelecido em cada serviço, termómetro (2,5 a 3,5) no entanto geralmente este procedimento realiza-se de Calçar luvas de protecção manhã pelas 7h e no turno da tarde pelas 16h. Afastar as nádegas da Se não houver inconveniente informe sempre o doente do pessoa resultado da temperatura. Introduzir lentamente a Confirme a temperatura se o resultado obtido for notoriamente temperatura diferente do das leituras anteriores. 11 A ingestão recente de líquidos MATERIAL quentes ou frios interferem na avaliação correcta da Termómetro: vidro, digital, auricular temperatura oral Compressas As bolsas sublinguais são as Lubrificante hidrossolúvel (temperatura rectal) áreas com maior fluxo Capas protectoras (temperatura timpânica) sanguíneo, portanto mais Álcool quentes Relógio Trincar o termómetro poderá Recipiente /saco de sujos provocar lesão traumática da Luvas (temperatura rectal) mucosa e intoxicação por INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM mercúrio Intervenções Justificação Reduz o atrito, evitando a) Preparar o termómetro traumatismo da mucosa Termómetro de vidro Permite a visualização do Verificar que esteja abaixo ânus de 35,5ºC 13 Termómetro digital ampola do termómetro sem Pressionar botão para forçar em direcção ao anular a leitura anterior umbigo (2,5 a 3,5 cm no Termómetro auricular adulto e nas crianças 1,5 cm) Retirar da recarga Solicitar à pessoa que Colocar cápsula protectora respire lenta e b) Posicionar a pessoa: profundamente Expor braço (temperatura Temperatura axilar axilar) Secar a axila Expor região anal Colocar termómetro no (temperatura rectal) centro da axila Decúbito lateral Baixar um membro Prevenir erros de leitura mantendo-o em contacto O termómetro deve estar com o corpo abaixo de 35,5ºC Temperatura timpânica Activa o termómetro Puxar o pavilhão auricular Evita infecções cruzadas e para trás (no adulto) activa o termómetro Puxar pavilhão auricular para Na avaliação da temperatura baixo e para trás, (na axilar, o termómetro não criança) deverá ser colocado sobre a Ajustar o sensor ao canal roupa auditivo Medição cómoda e correcta da Pressionar o botão de 12 medição direito/esquerdo – (temp. oral Permite uma maior exposição / temp. rectal / temp. do termómetro aos vasos sanguíneos das paredes do ______________________________________________________ recto ______________________________________________________ A evaporação do suor provoca ______________________________________________________ arrefecimento, interferindo na ______________________________________________________ avaliação da temperatura ______________________________________________________ A pele fica em contacto directo ______________________________________________________ com a ampola do termómetro ______________________________________________________ Permite uma melhor AVALIAÇÃO DO PULSO exposição do sensor do DEFINIÇÃO termómetro ao tímpano Consiste na avaliação das características do pulso, ou seja, frequência Permite medir a energia de cardíaca, profundidade e regularidade do pulso. infravermelhos OBJECTIVOS Evitar acidentes por rotura do Monitorizar a frequência cardíaca; termómetro especialmente na Avaliar o pulso; temperatura, oral e rectal Avaliar o estado hemodinâmico. 14 16 d) Manter o termómetro INFORMAÇÕES GERAIS Permanecer junto da pessoa Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; Esperar: O horário da sua realização é estabelecido pelo serviço, 3m (temp. oral, temp. axilar) aquando da avaliação inicial ou sempre que o estado do 2m (temp. rectal com doente o justifique (Ex. 5 em 5 ou de 10 em 10 minutos); termómetro de vidro Existem 2 métodos de avaliação do pulso: Termómetro digital - até ao o Electrónico – através da monitorização contínua, aparecimento do sinal mas não oferece avaliação sobre profundidade; sonoro o Manual – avaliam-se as três características do Termómetro auricular - até pulso. ao aparecimento do sinal Os locais onde é mais fácil avaliar o pulso são a artéria sonoro temporal, a carótida, a femural, a poplítea, a pediosa, sendo e) Retirar o termómetro que o local de eleição pela facilidade de abordagem e por não Retirar com compressas o expor o doente é a artéria radial. lubrificante e fezes – (temp. O pulso apical avalia-se usando o estetoscópio, auscultando-se rectal) o coração na região do ventrículo direito (5º espaço intercostal, Limpar região anal com na linha média clavicular). compressa Em função das características observadas, assim se define o Retirar com compressa a pulso: saliva (temp. oral) o Ritmo f) Efectuar Leitura _ Regular ou rítmico Colocar termómetro ao nível _ Irregular ou arrítmico dos olhos – termómetro de o Frequência vidro _ Taquicardia – acima de 120 bpm g) Registar de forma gráfica _ Bradicardia – abaixo de 60 bpm Evitar acidentes em crianças o Volume (profundidade) ou pessoa idosa agitadas _ Forte, cheio Stephen e Sexton (1985) _ Fraco, filiforme concluíram que as variações MATERIAL depois de 3 minutos não têm - Relógio com ponteiros segundos significado (temp. axilar e 17 oral). - Estetoscópio, se necessário. Hollzelaw recomenda 2 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM minutos (temp. rectal) Intervenções Justificação Evitar erros de leitura óptica Identificar o doente; Os dados são necessários Lavagem higiénica das para a avaliação diagnóstica e mãos; para a continuidade de Colocar o doente em cuidados repouso; Registo descritivo Explicar procedimento; 15 Manter local calmo e sem ou descritiva a leitura distracções e privado; efectuada Colocar 2 ou 3 dedos sobre Ex.: a artéria (excluir polegar); Temp (ax.) – 37ºC Fazer ligeira pressão ate à Temp.(Timpânica) – 37,5ºC palpação do pulso; Temp. (Rectal) – 37,5ºC Contar ate 60 segundos, Temp. (Oral) – 37,5ºC avaliando a frequência, a NOTAS: profundidade e o ritmo ______________________________________________________ durante este tempo; Manter o doente em posição A tensão arterial é, assim, constituída por 2 valores: confortável; o Pressão sistólica – pressão máxima à qual a artéria Lavagem higiénica das está sujeita mãos; o Pressão diastólica – pressão mínima à qual a artéria Registar. está sujeita Evitar erros; Existem 2 métodos de avaliar a tensão arterial: Prevenir infecções; o Método directo – utilizando um cateter artéria em Mantém doente calmo; que avalia constantemente a TA directamente Mantém clima de confiança, dentro da artéria; reduz ansiedade; o Método auscultatório Mantém privacidade; _ Uma braçadeira que envolve o braço A utilização do polegar pode acima do cotovelo confundir a pulsação do _ Uma tabuladura ligada à coluna ou doente com a do avaliador; manómetro Em doentes com arritmias 20 evita desvios nos resultados. _ Um dispositivo de câmara de ar Se há duvida repetir a _ Imprime-se uma pressão à braçadeira avaliação. capaz de interromper o fluxo de sangue Prevenção infecção. no interior da artéria _ Auscultar a parte distal da artéria O registo permite uma _ Ouvir os sons de KOROTKOV avaliação temporal. Registar graficamente ou Som do primeiro fluxo através descritivamente. da artéria comprometida 18 (pressão sistólica) Pulso Apical O som torna-se mais Mesmas intervenções até ao constante – tipo murmúrio ponto 5; O som torna-se mais alto Ter o diafragma do Os sons ficam abafados estetoscópio com Os sons desaparecem temperatura adequada; (pressão diastólica) Colocar o diafragma no local MATERIAL adequado; - Equipamento de avaliação de TA Contar durante um minuto; o Manómetro aneróide Ter atenção ao ritmo e o Manómetro de coluna de mercúrio frequência; INTERVENÇÕES ENFERMAGEM Realizar procedimentos 9, 10 Intervenções Justificação e 11. Identificar o doente; NOTAS: Lavagem higiénica das ______________________________________________________ mãos; ______________________________________________________ Colocar o doente em ______________________________________________________ repouso; ______________________________________________________ Explicar procedimento; ______________________________________________________ Evitar erros; ______________________________________________________ Prevenir infecções; ______________________________________________________ Mantém doente calmo; ______________________________________________________ Mantém clima de confiança, AVALIAÇÃO DA TENSÃO ARTERIAL reduz ansiedade; DEFINIÇÃO 21 Consiste na avaliação da pressão que é exercida pelo sangue dentro das Manter local calmo e sem artérias. distracções e privado; 19 Colocar o braço a nível OBJECTIVOS cardíaco, devendo estar Monitorizar a tensão arterial; apoiado. Avaliar a tensão arterial; Colocar o manómetro ao Avaliar o estado hemodinâmico. nível dos olhos do INFORMAÇÕES GERAIS observador, principalmente Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; se é de mercúrio; O horário da sua realização é estabelecido pelo serviço, Palpar a artéria braquial; aquando da avaliação inicial ou sempre que o estado do Colocar a braçadeira com o doente o justifique (Ex. 5 em 5 ou de 10 em 10 minutos); centro da câmara de ar no A tensão arterial é pulsatil, variando entre cada batimento centro da artéria, 2,5 cm cardíaco, com subidas e descidas mais ou menos acentuadas acima da flexura; após cada contracção do ventrículo (sístole), a tensão aumenta Insuflar a braçadeira até se até determinados valores (pressão sistólica), diminuindo depois deixar de sentir o pulso; até ao momento antes de uma nova sístole (pressão Colocar o diafragma do diastólica); estetoscópio sobre a artéria distal, cerca de 2,5 cm o Hiperpneia – aumento da profundidade abaixo da braçadeira; o Hiperventilação – aumento da profundidade e Retirar lentamente a pressão frequência respiratória da braçadeira (2 a 3 mm por o Hipoventilação - diminuição da profundidade e segundo); frequência respiratória Determinar os valores; o Respiração de Cheyne Stokes – ciclos com Retirar todo o ar da períodos de hiperventilação e de hipoventilaçao, braçadeira; seguido de um período de apneia Manter o doente em posição o Respiração de Kussmaul – respiração difícil e confortável; arfante com aumento da frequência e da Lavagem higiénica das profundidade respiratória mãos; o Apneia – ausência de respiração Mantém privacidade; A respiração pode avaliar-se: O doente deve estar sentado e o Por inspecção visual, observando as expansões e repousar 5 minutos; contracções do tórax Uma coluna inclinada origina o Por auscultação, utilizando um estetoscópio erros de leitura; 24 Obter pulso de referencia; o Por palpação, colocando as mãos sobre o tórax e Obstruir completamente a sentindo os movimentos deste artéria; O doente estará menos tenso se não souber que estamos a É a pressão suficiente para avaliar a sua frequência respiratória, pelo que, sempre que obstruir a artéria; possível, deveremos utilizar o primeiro método. Evita erros; MATERIAL Evita erros; - Relógio com ponteiros segundos 22 - Estetoscópio, se necessário. 17. Registar. INTERVENÇÕES ENFERMAGEM NOTAS: Intervenções Justificação ______________________________________________________ Identificar o doente; ______________________________________________________ Lavagem higiénica das ______________________________________________________ mãos; ______________________________________________________ Colocar o doente em ______________________________________________________ repouso; ______________________________________________________ Explicar procedimento; ______________________________________________________ Manter local calmo e sem ______________________________________________________ distracções e privado; AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO Avaliar: DEFINIÇÃO - Frequência Consiste na avaliação das características da respiração, isto é, - Profundidade frequência respiratória, da profundidade e da regularidade da respiração - Ritmo de forma a avaliar o processo de ventilação. OBJECTIVOS - Outras características Monitorizar a frequência respiratória; Lavagem higiénica das mãos; Avaliar a respiração; Registar. Avaliar o estado hemodinâmico. INFORMAÇÕES GERAIS Evitar erros; Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; Prevenir infecções; O horário da sua realização é estabelecido pelo serviço, Mantém doente calmo; aquando da avaliação inicial ou sempre que o estado do Mantém clima de confiança, doente o justifique; reduz ansiedade; Frequência respiratória – numero de ciclos respiratórios por Mantém privacidade; minuto. O normal situa-se entre os 14 a 18 cpm. Estes dados avaliam a 23 respiração; Profundidade – avalia o volume de ar corrente que é inspirado Prevenção infecções; (Normal, superficial ou profunda); O registo permite uma Regularidade – avalia o ritmo respiratório (rítmico ou avaliação temporal. arrítmico); 25 Em função desta avaliação destas características determina-se NOTAS: o tipo de respiração: ______________________________________________________ o Eupneia – frequência, profundidade e ritmo normal ______________________________________________________ ______________________________________________________ o Dispneia – dificuldade na respiração. Normalmente ______________________________________________________ o ritmo está aumentado e pode ser acompanhado ______________________________________________________ de outros sinais e sintomas (cianose e adejo nasal) ______________________________________________________ o Taquipneia – aumento da frequência acima dos ______________________________________________________ valores normais para idade AVALIAÇÃO DA DOR o Bradipneia – diminuição da frequência acima dos DEFINIÇÃO valores normais para idade Consiste na avaliação e registo da intensidade da dor experiênciada pela doente que classifique a pessoa, através da utilização de escalas aferidas para o efeito. intensidade da sua Dor de OBJECTIVOS acordo com os adjectivos : Optimizar a terapêutica analgésica. - SEM DOR Melhorar a qualidade de vida do doente. - DOR LIGEIRA Dar segurança à equipa prestadora de cuidados de saúde. 28 INFORMAÇÕES GERAIS - DOR MODERADA As escalas propostas aplicam-se a doentes conscientes e - DOR INTENSA colaborantes, com idade superior a 3 anos. - DOR MÁXIMA 4) Escala de Faces A escala utilizada para um determinado doente, deve ser -Na escala de faces, solicitase sempre a mesma. 26 ao doente que É fundamental que o enfermeiro assegure que o doente classifique a sua Dor de compreenda correctamente o significado e a utilização da acordo com a expressão escala desenhada.Assim, à expressão de felicidade A intensidade da dor é sempre a referida pelo doente. corresponde a A intensidade da dor , à semelhança dos sinais vitais, refere-se classificação ―Sem Dor ― e ao momento da sua colheita. à expressão de máxima MATERIAL tristeza corresponde a Escalas de avaliação da dor. classificação ―Dor Máxima‖ Folha de registos de sinais vitais. -Regista-se o número INTERVENÇÕES ENFERMAGEM equivalente à face Intervenções Justificação seleccionada pelo doente. Aplicar uma escala à REGISTOS pessoa Procedimento (data e hora). 1) Escala Visual Analógica NOTAS: -Linha horizontal, ou vertical, ______________________________________________________ com 10 centímetros de ______________________________________________________ comprimento, com a ______________________________________________________ classificação ―Sem Dor ______________________________________________________ ―numa extremidade e na ______________________________________________________ outra a classificação ―Dor ______________________________________________________ Máxima‖ ______________________________________________________ -O doente deve fazer uma ______________________________________________________ cruz, ou um traço 29 perpendicular, no ponto ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES que representa a DEFINIÇÃO intensidade da sua dor. Intervenção de enfermagem que consiste na permeabilização das vias -Mede-se posteriormente aéreas (cavidade oral, nasal ou laríngea) através da aspiração mecânica Monotorizar a dor das secreções. 27 OBJECTIVOS em centímentros a Manter permeabilidade das vias aéreas; distância entre o início da Prevenir complicações; linha, que corresponde ao zero e o local assinalado. Colher espécimes para análises. Assim, de acordo com a INFORMAÇÕES GERAIS localização, o doente Procedimento que é realizado pelo enfermeiro ou por dois poderá ter uma Dor Média, enfermeiros; Dor Intensa ou ausência Utilização de técnica asséptica se aspiração por tubo de dor. endotraqueal ou traqueostomia. Técnica limpa se aspiração de 2) Escala Numérica secreções na orofaringe. -A escala numérica consiste A existência de roncos sugere estase de secreções em numa régua dividida em brônquios de grande calibre. onze partes iguais, A pressão de aspiração não deve ultrapassar: numeradas o 60-80 mmHg para crianças com menos de 1 ano; sucessivamente de 0 a 10. o 80-120 mmHg para crianças com idade entre 1 e 8 -O doente deve fazer uma anos; equivalência entre a o 120-150 mmHg para os adultos; intensidade da sua dor e o 80-120 mmHg para adultos com mais de 75 anos. uma classificação Antes de cada aspiração deve ser efectuada hiper oxigenação, numérica, em que a 0 para prevenir hipoxia, excepto em doentes com DPCO. corresponde a 30 classificação ―Sem dor‖ e a A duração de cada aspiração não deve ultrapassar os 15 10 a classificação ―Dor segundos. Máxima‖. MATERIAL 3) Escala Qualitativa Aspirador (vacuómetro, reservatório de recolha e tubos de -Nesta escala, solicita-se ao conexão) Conexão em y ou similar secreções Sondas de aspiração: 12-18 fr para adultos; Lavar as mãos Diminui a transmissão de 8-10 fr para crianças; microorganismos 5-8 fr para lactentes. Calçar luvas esterilizadas Quando se pretende aspirar Sonda cânula (sonda usada para a aspiração da cavidade 32 oral) / não esterilizadas Frasco de soro fisiológico +/– 100 cc ou água destilada a orofaringe / nasofaringe, não permitindo que a sonda Luvas esterilizadas / luvas não esterilizadas desça a um nível inferior ao Máscara de protecção da faringe, utilizam-se luvas Resguardo de protecção não esterilizadas de uso Saco de sujos único. Quando se pretende Compressas esterilizadas aspirar a traqueia através da INTERVENÇÕES ENFERMAGEM boca ou nariz deverão ser Intervenções Justificação utilizadas luvas esterilizadas, Reunir o material pelo risco aumentado de Explicar as etapas do infecção. procedimento à pessoa e Verificar o comprimento outros significativos da sonda de aspiração a Diminui a ansiedade e introduzir. melhora a colaboração da Esta medição é realizada pessoa entre o ápice nasal e o Posicionar a pessoa No caso da aspiração oral, a lóbulo da orelha. O valor posição em Semi-Fowler e encontrado aproxima-se da cabeça voltada para um dos distância a percorrer pela lados, proporciona conforto sonda até ao início da área e permite melhor acesso, traqueal. 31 Regular pressão de evitando riscos associados. aspiração Na aspiração nasal deverá 60 – 80 mm Hg em colocar-se o pescoço em crianças com menos de hiper extensão. um ano de idade Vigiar respiração 80 - 120 mm Hg em Monitorizar saturação de crianças com idades oxigénio compreendidas entre 1 e Vigiar pulso 8 anos Estas actividades permitem 95 - 110 mm Hg nos avaliar o ―status‖ ventilatório adolescentes da pessoa e fornecem uma 120 – 150 mm Hg nos linha de base para posterior adultos avaliação da eficácia do Em função do local que se procedimento pretende aspirar, da Executar procedimentos consistência das secreções, associados (se da presença de riscos necessário): associados (hemorragia e Instruir tosse eficaz lesão da mucosa) e tendo Instruir exercícios em consideração outros respiratórios diagnósticos médico, assim Oxigenoterapia se deve programar a Facilitar a remoção das pressão de sucção, de modo secreções a evitar o traumatismo da Aumentar o nível de O2 mucosa. inspirado antes de aspirar 33 (prevenir Hipóxia) 80 – 120 mm Hg em Abrir frasco de soro ou adultos com mais de 75 água destilada anos Preparar sonda de Instruir pessoa a inspirar aspiração (abrir o seu profundamente invólucro e conectar a Administrar à pessoa sonda ao tubo de oxigénio suplementar (se aspiração através da indicado) peça em Y ou similar) Esta actividade visa Colocar resguardo de proporcionar um aumento da protecção sobre o tórax oxigenação imediatamente Prevenir a contaminação da antes da aspiração, de roupa do doente com forma a reduzir os riscos de hipóxia Inserir a sonda de toalhete/resguardo de aspiração na solução de protecção e dar destino soro fisiológico adequado a todo o Permite lubrificar a sonda, material facilitando a sua progressão, 35 assim como testar a Promover período de funcionalidade do aparelho e repouso o ajuste de pressões Instruir e incentivar a Inserir a sonda (através inspirar profundamente do nariz ou da boca) Incentivar a pessoa a Segurar a extremidade tossir distal da sonda com a (Re) inserir sonda de mão dominante, aspiração (se necessário) lentamente e com ou sonda cânula movimentos rotativos, Lavar a boca progredir a sonda através Vigiar características das da traqueia até se secreções encontrar resistência ou a Registar o procedimento O registo do procedimento tosse seja estimulada. poderá incluir: A sonda é introduzida no Alterações de sinais vitais ponto máximo da inspiração durante o procedimento sem utilizar sucção, de Características das forma a permitir as trocas secreções (tipo, cor, gasosas antes de obstruir o quantidade, consistência e fluxo aéreo com a sonda. A cheiro) sucção durante a introdução Tolerância e colaboração do da sonda causa traumatismo doente dos tecidos e remove ar, NOTAS: aumentando o risco de ______________________________________________________ hipóxia ______________________________________________________ Aspirar secreções A sucção é exercida ______________________________________________________ enquanto se clampa e ______________________________________________________ desclampa a conexão em Y ______________________________________________________ ou similar, executando-se ______________________________________________________ simultaneamente, ______________________________________________________ movimentos giratórios da 36 34 OXIGENOTERAPIA sonda. DEFINIÇÃO Esta sucção intermitente, Intervenção de enfermagem que consiste no fornecimento de oxigénio que deverá ser executada suplementar à pessoa, de forma a prevenir e controlar situações de num período nunca superior hipoxia. a 10 – 15 segundos, diminui OBJECTIVOS o risco de lesão tecidual e Prevenir a hipoxia dos tecidos; de hipoxémia, permitindo Corrigir a hipoxia dos tecidos; também uma maior eficácia Prevenir complicações. na aspiração. INFORMAÇÕES GERAIS Limpar a sonda e a Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; tubuladura da fonte de A necessidade de O2 é baseada em três aspectos: vácuo o Monitorização de sinais e sintomas de hipoxia; A limpeza da sonda com o Valores de gasimetria arterial; solução salina evita a o Valores de saturação de O2. proliferação de microorganismos e facilita a Indicações para administração de O2: remoção de secreções da o O2 reduzido no sangue arterial; tubuladura do sistema de o Obstrução das vias aéreas; aspiração. Devem ser o Edema pulmonar; usados fluidos esterilizados o Falência respiratória aguda; para remover secreções da o Insuficiência respiratória aguda; sonda, quando esta vai ser o Distúrbios cardíacos e metabólicos; re-introduzida no tracto o Shock. respiratório. A administração de O2 pode ser efectuada através de: Desconectar a sonda: o Baixo Fluxo: Enrolar a porção proximal _ Mascara facial na mão dominante _ Cateter nasal Retirar a luva envolvendo 37 a sonda e rejeitar _ Tubo endotraqueal ou cânula de Retirar traqueostomia o Alto fluxo: nariz...) _ Máscara de Venturi 39 _ Ventilador mecânico. Registar o procedimento O registo do procedimento Cateter Nasal Fi O2 (%) poderá incluir: 1 litro 24 O método de administração 2 litros 28 de oxigénio 3 litros 32 O volume e percentagem de 4 litros 36 administração 5 litros 40 Tolerância e colaboração do 6 litros 44 doente. MATERIAL NOTAS: Fonte de oxigénio ______________________________________________________ Sistema de administração ______________________________________________________ (cânula nasal, mascara de Venturi, e cateter nasal...) ______________________________________________________ Humidificador ______________________________________________________ Debitómetro / Fluxómetro ______________________________________________________ INTERVENÇÕES ENFERMAGEM ______________________________________________________ Intervenções Justificação ______________________________________________________ Reunir o material ______________________________________________________ Posicionar a pessoa, NEBULIZAÇÃO optimizando a ventilação DEFINIÇÃO Se possível, a pessoa é Intervenção de enfermagem que consiste na pressurização de uma colocada em posição de semi solução líquida formando um aerossol, que é projectado em finas – Fowler, Fowler ou Fowler partículas, nas vias respiratórias, com a ajuda de um dispositivo. A elevado, de forma a facilitar a nebulização permite hidratar as vias aéreas, fluidificar e mobilizar expansão diagramática, secreções, ajudar à expectoração, e aliviar o bronco espasmo. melhorando a ventilação e OBJECTIVOS assim a distribuição das Fluidificar e facilitar a remoção de secreções; 38 40 partículas aerossolizadas por Humidificar as vias respiratórias; todas as regiões pulmonares. Administrar terapêutica. Vigiar respiração INFORMAÇÕES GERAIS Monitorizar saturação de Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; oxigénio O horário varia com a prescrição médica, por períodos de 15 a Vigiar pulso 30 minutos. Monitorizar pressão arterial O cloreto de sódio a 0,9% previne o bronco espasmo, pelo que Vigiar coloração das se preconiza a sua utilização. extremidades Na nebulização por micro nebulizador, todo o circuito (copo, Monitorizar consciência mascara, tubuladura) deve ser substituído após utilização. Estas actividades permitem As nebulizações devem ser executadas com ar comprimido. A avaliar o ―status‖ ventilatório utilização de O2 para nebulização pode ser indicada em alguns da pessoa e fornecem uma casos, mas carece de prescrição médica. linha de base para posterior MATERIAL avaliação da eficácia do Fonte de oxigénio ou ar procedimento Nebulizador Explicar o procedimento à Kit de nebulização pessoa e outros Solução para nebulização – soro fisiológico significativos Saco de sujos Informar pessoa das INTERVENÇÕES ENFERMAGEM sensações prováveis Intervenções Justificação durante o procedimento Reunir o material Diminui a ansiedade e Vigiar respiração promove a colaboração da Monitorizar saturação de pessoa oxigénio Colocar sistema de Vigiar pulso administração Monitorizar pressão arterial Pesquisar alteração da Estas acções permitem integridade cutânea, avaliar o ―status‖ ventilatório provocada pelo sistema de da pessoa e fornecem uma administração linha de base para posterior Todos os sistemas de avaliação da eficácia do administração de oxigénio 41 podem provocar lesões ao procedimento nível dos locais de apoio dos Explicar o procedimento à respectivos sistemas pessoa e outros (pavilhões auriculares, significativos Diminui a ansiedade e frigorífico (congelador) de forma a ficar mais rígida. melhora a colaboração da Substituir a sonda de 7 em 7 dias (dependendo do tipo de pessoa sonda), alternando as narinas. Posicionar a pessoa Seleccionar o calibre da sonda de acordo com o objectivo da optimizando a ventilação entubação. Se possível, a pessoa é Se verificar a existência de vapor de água no interior da sonda colocada em posição de semi ou se o doente ficar nauseado, a sonda estiver enrolada na – Fowler, Fowler ou Fowler boca, se sentir muita resistência deverá retirar a sonda até à elevado, de forma a facilitar a oro faringe, ou mesmo suspender a intervenção. expansão diagramática, Presença de sangue pode indicar lesão ulcerativa. melhorando a ventilação e Presença de laivos sanguíneos sugere traumatismo da assim a distribuição das entubação. partículas aerossolizadas por Cheiro fecalóide pode indicar fístula gástrica ou obstrução todas as regiões pulmonares. intestinal. Preparar e colocar Líquido com resíduos alimentares não digeridos pode sugerir nebulizador estase gástrica ou obstrução pilórica. Incentivar inspirações MATERIAL profundas Tabuleiro inox com: As inspirações profundas Sonda naso-gástrica (2); facilitam a dispersão das Luvas de protecção não esterilizadas; partículas aerossolizadas. Seringa de 100cc; Incentivar pessoa a tossir Compressas; (salvo contra-indicação) Lubrificante hidrossolúvel; Registar o procedimento O registo do procedimento Estetoscópio poderá incluir: Resguardo; Aerossol, tempo e 44 quantidade da administração Tesoura; Tolerância e colaboração do Adesivo; doente. Recipiente para sujos; Resposta ao procedimento Tampa da sonda; NOTAS: Saco colector não esterilizado, se necessário. ______________________________________________________ INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM ______________________________________________________ 42 Intervenções Justificação ______________________________________________________ Identificar o doente; ______________________________________________________ Proceder à lavagem ______________________________________________________ higiénica das mãos; ______________________________________________________ Preparar o material e ______________________________________________________ transportá-lo para junto do ENTUBAÇÃO NASOGÁSTRICA doente; DEFINIÇÃO Explicar ao doente o Consiste na introdução de uma sonda através do nariz até ao estômago, procedimento; para estabelecer a comunicação deste com o exterior. Isolar o doente; É uma técnica limpa e invasiva, considerada uma intervenção Colocar o doente em interdependente, isto é, depende da prescrição de outros técnicos de posição de fowler, se a saúde (médicos), mas que resulta da mesma forma do juízo diagnóstico sua situação o permitir; do enfermeiro face a uma determinada circunstância ou conjunto delas, Colocar resguardo que requeiram a sua intervenção, por exemplo, vómitos incoercíveis ou impermeável absorvente, incapacidade de deglutir e, consequentemente de se alimentar. sobre o tórax do doente; OBJECTIVOS Fornecer ao doente lenços Alimentar o doente; para que este realize Hidratar o doente; limpeza das fossas nasais Drenar conteúdo gástrico; ou proceder à higiene Prevenir náuseas e vómitos; nasal; Aliviar náuseas e vómitos; Evitar erros; Diminuir ou prevenir a distensão abdominal; Prevenir infecções Realizar a lavagem gástrica; cruzadas; Monitorizar e tratar a hemorragia digestiva; Economizar tempo; Prevenir a bronco aspiração; Diminuir a ansiedade e Administrar fármacos; obter a sua colaboração; Colher espécimes para análise. Respeitar a privacidade; 43 Proporcionar conforto e INFORMAÇÕES GERAIS facilitar a progressão da O material a utilizar varia consoante a finalidade da entubação sonda; naso-gástrica e o tipo de drenagem (passiva ou activa). Evitar gastos Para facilitar a progressão da sonda pode colocá-la no desnecessários de roupa; Facilitar a progressão da sistema ao lençol sonda e evitar a obstrução permitindo a mobilidade do por secreções; doente; 45 Fazer higiene oral e nasal Pedir ao doente que tape se necessário; uma narina de cada vez e Recolher e dar destino expire (se possível); adequado a todo o Fornecer ao doente saco material e equipamento ou recipiente para utilizar Proceder à lavagem em caso de vómito; higiénica das mãos; Calçar luvas de uso único Proceder aos respectivos não esterilizadas; registos Calcular a porção de Dar cumprimento ao sonda a introduzir; prescrito; Colocar a cabeça do Evitar deslocações; doente em flexão anterior; Evitar o desconforto e evitar Lubrificar com água ou deslocação da sonda; lubrificante hidrossolúvel a Proporcionar o conforto e extremidade da sonda; prevenir infecção; Introduzir a sonda Prevenir a contaminação do orientando-a na direcção ambiente da orelha do doente Prevenir infecção cruzada; pedindo-lhe para: a) Assegurar continuidade de inspirar profundamente; ou cuidados e dar visibilidade b) ) fazer movimentos de da intervenção deglutição se o doente desenvolvida; ingerir líquidos. REGISTOS Aspirar conteúdo gástrico, Estes devem conter os seguintes elementos: ou introduzir 5 a 10 ml de 47 ar através da sonda Procedimento (data e hora); Detectar qual a narina mais Local de colocação da sonda; permeável; Reacção do doente; Prevenir contaminação da Líquido aspirado/drenado e suas características; roupa e proporcionar Mencionar eventual colheita de espécimes; conforto; NOTAS: Prevenir infecção ______________________________________________________ nosocomial; ______________________________________________________ Adequar a porção de sonda ______________________________________________________ a introduzir; ______________________________________________________ Facilitar a progressão e ______________________________________________________ prevenir a entrada da sonda ______________________________________________________ na árvore traqueobrônquica; ______________________________________________________ Reduzir o atrito e facilitar a ______________________________________________________ progressão; ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Facilitar a progressão, DEFINIÇÃO introduzir a sonda com o É um conjunto de acções que visam proporcionar um meio de nutrição mínimo de traumatismo e quando a via oral é impraticável, manter e repor o equilíbrio facilitar o relaxamento hidroelectrolítico prevenindo o vómito; e prevenir complicações. Verificar localização e OBJECTIVOS permeabilidade da sonda; Proporcionar um meio de nutrição quando a via oral é 46 impraticável. auscultando Manter o equilíbrio hidro-eletrolítico. simultaneamente a região 48 epigástrica (aspirar de Repor o equilíbrio hidro-eletrolítico. seguida) ou, ainda, colocar Prevenir complicações. a extremidade livre da INFORMAÇÕES GERAIS sonda junto do ouvido e A alimentação entérica pode ser administrada em perfusão verificar a ausência de contínua, em perfusão intermitente e em bólus, aconselhandose sons respiratórios; uma pausa nocturna, não superior a 4/6 horas. Colocar a tampa, adaptar A alimentação por bólus provoca frequentemente náuseas, saco colector ou aspirador vómitos, diarreia e cólicas, devendo por isso ser evitada. de baixa pressão; A alimentação contínua deve usar-se em doentes Proceder à fixação da hemodinâmicamente instáveis e em doentes com sonda; duodenostomia ou jejunostomia, diminuindo o risco de Proceder à fixação do aparecimento de náuseas, vómitos, diarreia e cólicas. O peso do doente deve ser avaliado antes de se iniciar a Proporcionar um ambiente alimentação entérica e 2 vezes por semana (se possível). calmo, sem cheiros Para avaliar a presença de ruídos peristálticos deve ser feita desagradáveis e apresentar auscultação abdomina1 a fim de ser ou não iniciada a os alimentos em recipientes alimentação entérica. Para estimular o peristaltismo podem adequados. ser administrados pequenos bólus de alimentos (10 - 20CC), Aspirar o conteúdo gástrico se a situação do doente o] permitir. e reintroduzi-lo, excepto se O controlo da existência de conteúdo gástrico deve ser contra-indicado. efectuado antes de cada, refeição e, de 4 em 4 horas quando Introduzir 2cc (em crianças) a alimentação é contínua. Nos doentes ventilados, durante a Evitar erros. pausa nocturna e após ter sido digerido o conteúdo alimentar, Prevenir infecção cruzada. o sistema de alimentação deve ser colocado em drenagem Economizar tempo. passiva, para se prevenir a distenção gástrica. Diminuir a ansiedade. Obter a Se o doente estiver nauseado e se existir conteúdo gástrico sua colaboração. superior ou igual da quantidade de alimentos administrados Facilitar a ingestão dos na refeição ou hora anterior, deve retardar-se uma hora a alimentos nova administração, ou suspender durante uma hora a Verificar a posição e alimentação contínua! Procedendo a nova verificação do permeabilidade da sonda. 49 Avaliar a quantidade de conteúdo gástrico. O conteúdo residual aspirado deve ser conteúdo gástrico residual. sempre reintroduzido, para prevenir perdas excessivas de electrólitos. Prevenir perdas excessivas de electrólitos Se o doente tiver diarreia (fezes líquidas ou semi líquidas e/ou um número de dejecções superior ao seu padrão habitual) Verificar a localização e 51 deve aumentar-se a pausa alimentar ou diminuir--se o débito a 10cc de ar auscultando de administração. Nunca substituir a fórmula alimentar simultaneamente a região seleccionada por leite, chá, sopa ou outro alimento líquido, epigástrica (aspirar de excepto se indicação médica. seguida), se não existir Verificar se os alimentos se encontram à temperatura conteúdo gástrico residual. ambiente antes da sua administração. Posicionar o doente em Antes de alimentar o doente, e desde que a sua situação o semi-Fowler. permita, deve-lhe ser administrado por via oral, uma pequena Verificar a temperatura dos quantidade de alimentos, para que a salivação] seja alimentos a administrar. estimulada, a digestão facilitada e prevenida a parotidite. Preparar e conectar o Deve dar-se ao doente pastilha elástica, rebuçados ou gelo, sistema de alimentação à no intervalo das refeições se a sua situação clínica permitir, sonda. para estimular o reflexo de mastigação, sucção e deglutição e Regular o ritmo da prevenir parotidites. administração de acordo Na alimentação contínua devem preparar-se os alimentos, com a prescrição. numa quantidade que não ultrapasse as 3 horas de Lavar a sonda injectando 5 administração, para prevenir o desenvolvimento bacteriano. a 30CC de água após MATERIAL terminar a administração. Tabuleiro inox com: Lavar o sistema de o - Seringa 100cc. alimentação após cada o - Copo plástico de uso único com água. utilização. Reutilizá-lo o - Guardanapos de papel ou similar. apenas durante 24 horas. o - Spigot /clamp (se necessário). Proporcionar higiene oral o - Recipiente com alimentação. uma vez por turno e SOS. 50 Manter o doente com a Sistema para alimentação entérica ou sistema de soro sem cabeceira elevada pelo filtro. permeabilidade da sonda. Bomba de alimentação entérica ou bomba infusora. Prevenir desconforto e Material para higiene oral. distensão abdominal. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Facilitar a progressão dos Intervenções Justificação alimentos. Prevenir a sua Identificar o doente e regurgitação e aspiração. conferir a rescrição: tipo de Prevenir complicações. alimentação, forma e Iniciar a alimentação duração da administração. Prevenir complicações. Proceder à lavagem Despistar sinais de higiénica das mãos. intolerância gástrica. Preparar o material e Prevenir obstrução da sonda. transportá-lo para junto do Prevenir obstrução do doente. sistema. Explicar ao doente todos os Prevenir complicações. procedimentos. Proporcionar conforto. algaliação Prevenir secura e fissuras da Os microorganismos que, com maior frequência são mucosa oral. Prevenir responsáveis pela infecção urinária são: infecção. o Echerichia coli Favorecer o esvaziamento o Klebsiella gástrico. o Proteus 52 o Enterococcus menos a 30°, em decúbito o Pseudomonas lateral direito ou decúbito o Enterobactéria semi-dorsal direito, durante o Serratia 30' após a alimentação. o Cândida Recolher e dar o destino adequado a todo o material A probabilidade de infecção aumenta com o tempo de cateterização, devendo a algália ser retirada o mais Proceder à lavagem precocemente possível. higiénica das mãos. Utilização de técnica asséptica com uso de máscara cirúrgica. Prevenir a regurgitação e aspiração dos alimentos. A incontinência urinária não é uma indicação para a algaliação. Prevenir a contaminação do ambiente. A lavagem higiénica das mãos, antes e após o manuseamento do sistema de drenagem é uma das medidas mais Prevenir infecção cruzada. importantes na prevenção da infecção. REGISTOS O sistema de drenagem urinária deve manter-se sempre Procedimento (data/hora). fechado de forma a diminuir o risco de infecção. Tipo de alimentação. Observação da drenagem livre da urina para o saco colector Quantidade. graduado e proceder a nova algaliação em caso de obstrução Duração. da algália. Reacção do doente. Em situações de desconexão acidental ou rotura do sistema, Data de substituição do sistema. deve proceder-se à sua substituição utilizando técnica Complicações. asséptica após a desinfecção com álcool a 70o da junção da NOTAS: algália com o sistema. ______________________________________________________ 55 ______________________________________________________ A utilização de um colector graduado de urina com filtro anti ______________________________________________________ bacteriano e válvula anti-refluxo diminui o risco de infecção. ______________________________________________________ A higiene dos órgãos genitais deve ser efectuada com água e ______________________________________________________ sabão ou cloreto de sódio a 0,9%, seguida de secagem. ______________________________________________________ Evitar a manipulação desnecessária da algália durante a ______________________________________________________ limpeza perineal, uma vez que a infecção urinária resulta da ______________________________________________________ entrada de bactérias entre o cateter e a parede da uretra. 53 A selecção do tipo de algália depende do objectivo da ALGALIAÇÃO (INSERÇÃO DE CATÉTER VESICAL) algaliação: DEFINIÇÃO Algália Consiste na introdução de um cateter da uretra até á bexiga. É uma Objectivo Folley técnica asséptica e invasiva. Sendo uma intervenção interdependente, Látex isto é, depende da prescrição de outros técnicos de saúde (médicos), Folley resulta do juízo de diagnóstico do enfermeiro face a uma determinada Silicone circunstância ou conjunto delas, que requeiram a sua intervenção. O Duplo e doente com cateter vesical deve ser alvo de um conjunto de cuidados triplo que promovam o bem-estar, bem como, que permitam a manutenção da lúmem drenagem em condições de segurança, evitando posteriores Bequille complicações, como por exemplo infecções secundárias. OBJECTIVOS Esvaziamento por retenção urinária Esvaziar a bexiga em caso: XX o De retenção urinária Avaliação do o Antes da cirurgia em estruturas circunjacentes volume residual o Facilitar a cicatrização, após intervenção cirúrgica, a XX nível do aparelho urinário. Controlo do débito Determinar o volume residual urinário Monitorizar o débito urinário XX Permitir a execução de exames auxiliares de diagnóstico e Prevenção da terapêutica reestenose Prevenir complicações XX INFORMAÇÕES GERAIS Exames auxiliares Utilizar técnica asséptica de diagnóstico Confirmar o objectivo da algaliação de modo a seleccionar X correctamente o material Irrigação X 54 Algaliação difícil X A principal causa de infecção urinária adquirida no hospital é a O calibre da algália depende das características do doente e do objectivo da algaliação. Obter a sua colaboração; 56 58 CALIBRES ACONSELHADOS procedimento; _ Criança – CH 6, 8 ou 10; Isolar o doente; _ Adolescentes – CH 10,12,14; Expor unicamente a região _ Mulheres – CH 14,16,18; perineal; _ Homens – CH 18,20,22. Colocar o doente em Deve usar-se o calibre menor, no sentido de permitir uma decúbito dorsal com drenagem adequada, minimizando o risco de traumatismo da membros inferiores uretra. flectidos (se possível); A substituição das algálias depende da constituição das Colocar luvas de vinil (uso mesmas e das características do doente: único); Constituição da algália Proceder à lavagem dos Periodicidade de genitais, com água e sabão substituição ou cloreto de sódio a 0,9%: _ Látex No homem: retrair o _ Com revestimento de prepúcio, expor a silicone glande e lavar o meato, _ Silicone a glande, o sulco balano _ - 10 em 10 dias prepucial, utilizando _ - 30 em 30 dias uma compressa de _ - 3 em 3 meses cada vez. O esvaziamento da bexiga deve ser realizado gradualmente, Na mulher: lavar no alternando a drenagem de 100 a 300 ml com a clampagem, sentido descendente na até ao máximo se 500 a 800 ml/hora, no sentido de prevenir o direcção do ânus: traumatismo da bexiga (hematúria) e reacção vagal. primeiro os grandes Manter uma fixação correcta do sistema de forma a permitir o lábios, os pequenos fluir livre da urina, evitar traumatismos e diminuir o aporte de lábios e por fim o meato bactérias. Evitar angulações no sistema de drenagem, e urinário, utilizando uma colocar o saco colector de urina abaixo do nível da bexiga em compressa de cada vez. suporte adequado, de forma a não estar em contacto com o Secar. pavimento. Descalçar as luvas; Ensino ao doente algaliado em relação à necessidade de Colocar máscara cirúrgica manter o saco colector sempre abaixo do nível da bexiga, Respeitar a privacidade; 57 Respeitar a privacidade e aquando deambulação, evitando clampagem ou tracção do diminuir o desconforto; sistema e contacto com o pavimento. MATERIAL Facilitar a visualização dos órgãos genitais, facilitar a Carro de higiene ou tabuleiro com: higiene; Toalhete impregnado de sabão; Prevenir a infecção Toalha; nosocomial; Resguardo; Prevenir complicações e Luvas não esterilizadas de uso único; proporcionar conforto; Luvas esterilizadas (2 pares); Prevenir infecção cruzada; Máscara cirúrgica; Técnica asséptica Cuvete esterilizado 59 Seringa Calçar luvas esterilizadas Cloreto de Sódio a 0,9% (SF) Destacar a extremidade do Compressas esterilizadas invólucro e aplicar o Cateter vesical (algália) (2) lubrificante hidrossolúvel Adesivo hipoalérgico na extremidade da algália Lubrificante (Lidocaína gel) A introdução da algália Saco colector ou saco graduado implica previamente: Gancho No homem: segurar no INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM pénis elevando-o a uma Intervenções Justificação posição vertical para Identificar o doente desfazer o ângulo Proceder à lavagem peniano-escrotal ao higiénica das mãos; sentir resistência na Preparar todo o material progressão da algália necessário e transportá-lo Na mulher: afastar os para junto do doente; grandes lábios Explicar ao doente o Introduzir o cateter vesical Evitar erros de forma suave e com Prevenir infecção cruzada; movimentos rotativos. Economizar tempo; Adaptar o cateter vesical ao saco colector de urina. COLOCAÇÃO DA APARADEIRA OU URINOL Aquando da saída de urina DEFINIÇÃO introduzir a algália mais 1 a Colocação de dispositivo externo, que permite ao doente satisfazer a 2 cm. necessidade de eliminação fecal e/ou vesical. Introduzir a quantidade de OBJECTIVOS água destilada ou SF no Permitir a eliminação vesical e/ou intestinal do doente. cateter, no balão da Material necessário para a execução de normas. algália. INFORMAÇÕES GERAIS Puxar suavemente a Quem Executa: algália, até esta se fixar. Auxiliar de acção médica; Prevenir complicações O Enfermeiro; (traumatismo) e Auxiliar de acção médica e enfermeiro. proporcionar conforto Orientações quanto à execução (facilita a progressão do Verificar a limpeza da aparadeira ou urinol cateter); 62 Prevenir a contaminação do MATERIAL ambiente; Aparadeira Assegurar a permanência da Urinol algália na bexiga Papel higiénico Fixar internamente a algália INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Prevenir a contaminação do Intervenções Justificação ambiente Identificar o doente, Prevenir a desalgaliação Proceder à lavagem acidental higiénica das mãos; 60 Preparar o material e Retirar luvas transportá-lo para junto do Fixar o sistema de doente; drenagem na posição Explicar ao doente o correcta procedimento; No homem: na região Isolar o doente, supra púbica Posicionar correctamente desfazendo o ângulo o doente; peniano-escrotal e na Calçar as luvas face anterior da coxa. Colocar o doente na Na mulher: na face aparadeira, ou urinol, interna da coxa. conforme a situação do Reposicionar o doente de doente, colocando a acordo com a sua situação campainha junto dele; clínica e preferência; Retirar dispositivo, ajudar Recolher e dar destino o doente a lavar o períneo, adequado ao material e Evitar erros; equipamento; Prevenir infecções cruzadas; Proceder à lavagem Economizar tempo; higiénica das mãos. Diminuir a ansiedade, obter a Promover o conforto do sua colaboração e envolve-lo doente na prestação de cuidados; Prevenir a contaminação do Respeitar a privacidade; ambiente Proporcionar conforto e Prevenir infecção cruzada. facilitar a execução do REGISTOS procedimento, Respeitar a Procedimento (data/hora); privacidade do doente; Características da urina; Prevenir a infecção Reacções do doente; nosocomial; Integridade cutânea; Proporcionar segurança e Existência de exsudados e suas características; conforto; Sinais vitais. Proporcionar limpeza e 61 conforto ao doente – NOTAS: 63 ______________________________________________________ vestir-se e posicionar ______________________________________________________ confortavelmente; ______________________________________________________ Arejar o quarto ou ______________________________________________________ enfermaria; ______________________________________________________ Recolher e dar o destino ______________________________________________________ adequado ao material e ______________________________________________________ equipamento; ______________________________________________________ Proceder à lavagem dec. lateral esq. ou dorsal higiénica das mãos; com MI dobrados. Proceder aos respectivos Calçar as luvas registos. Colocar o doente na conforme grau de aparadeira, conforme a dependência; situação do doente; Eliminar odores; Lubrificar a sonda; Prevenir a contaminação do Separa as nádegas e ambiente; introduzir a sonda com Prevenir infecção cruzada; suavidade, pedindo ao Assegurar continuidade de doente que inspire cuidados e dar visibilidade da profundamente e expire intervenção desenvolvida. lentamente REGISTOS Fim do procedimento na Estes devem conter os seguintes elementos: ausência de saída de flatos Data e hora da dejecção; Diminuir a ansiedade, obter a Características da dejecção ou eliminação vesical; sua colaboração e envolve-lo Reacção do doente; na prestação de cuidados; Registar e comunicar alterações como: dor, alteração das Respeitar a privacidade; características das fezes, etc. Proporcionar conforto e NOTAS: facilitar a execução do ______________________________________________________ procedimento, Respeitar a ______________________________________________________ privacidade do doente; ______________________________________________________ Prevenir a infecção ______________________________________________________ nosocomial; ______________________________________________________ Proporcionar segurança e ______________________________________________________ conforto; ______________________________________________________ Reduz a fricção nas paredes ______________________________________________________ e mucosa intestinal; 64 A inserção lenta da sonda COLOCAÇÃO DE SONDA DE GASES reduz os espasmos DEFINIÇÃO À palpação, abdómen menos Introdução de uma sonda, no intestino grosso, inserida através do ânus, timpanizado e doloroso para promover a saída de flatos. 66 OBJECTIVOS RETIRAR A SONDA DE GASES Permitir a eliminação de flatos do trato intestinal. Intervenções Justificação Material necessário para a execução de normas. Clampar a sonda e retirar Aliviar desconforto relacionado com distensão abdominal. com movimentos suaves INFORMAÇÕES GERAIS enrolando em papel Quem Executa: higiénico; O Enfermeiro; Retirar aparadeira, ajudar MATERIAL o doente a lavar o períneo, Tabuleiro inox com: vestir-se e posicionar Sonda ou cânula rectal (de tamanho apropriado) confortavelmente, retirar Lubrificante hidrossolúvel as luvas; Clamp Arejar o quarto ou Resguardo impermeável enfermaria; Luvas de palhaço ou látex Recolher e dar o destino Papel higiénico adequado ao material e INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM equipamento; Intervenções Justificação Proceder à lavagem Identificar o doente, higiénica das mãos; Proceder à lavagem Proceder aos respectivos higiénica das mãos; registos. Preparar o material e Evitar estimular o Evitar erros; peristaltismo Prevenir infecções cruzadas; Proporcionar limpeza e Economizar tempo; conforto ao doente – 65 conforme grau de transportá-lo para junto do dependência; doente; Eliminar odores; Explicar ao doente o Prevenir a contaminação do procedimento; ambiente; Isolar o doente, Prevenir infecção cruzada; Posicionar correctamente Assegurar continuidade de o doente, colocando-o em cuidados e dar visibilidade da intervenção desenvolvida. A preparação psicológica do doente é importante para a REGISTOS execução desta intervenção; Estes devem conter os seguintes elementos: As substâncias usadas para estimular o peristaltismo, devem Data e hora do procedimento; ser usadas com rigor, pois actuam como irritantes da mucosa. Efeito do procedimento; A mistura incorrecta ou incompleta pode causar irritação; Reacção do doente; A temperatura da solução deve rondar os 40º a 43º graus. O Actualização do plano de cuidados. calor é eficaz para estimular os reflexos nervosos da mucosa 67 intestinal; NOTAS: Explicar sempre ao doente a importância de o Enfermeiro ______________________________________________________ confirmar a dejecção, para avaliar e registar as características ______________________________________________________ da mesma; ______________________________________________________ Explicar ao doente que deve reter a solução administrada ______________________________________________________ entre 10 a 15 minutos, para aumentar o efeito da mesma; ______________________________________________________ Durante a introdução da sonda rectal, se verificar resistência ______________________________________________________ não forçar. Se a resistência for de material fecal, aguardar ______________________________________________________ para que este dilua e continuar com a progressão da sonda. ENEMA DE LIMPEZA (CLISTER OU ENTEROCLISTER) Se a resistência se mantém pode ser um fecaloma ou tumor – DEFINIÇÃO PARAR e avisar o médico; Introdução de uma sonda, no intestino grosso, inserida através do ânus, Introduzir a sonda rectal: para instilação de uma certa quantidade de solução variável, em função o Adulto -7.5 a 10 cm; dos objectivos a atingir. o Criança – 4 a 7 cm. INDICAÇÕES A introdução de toda a solução a utilizar no enema, deve ser Obstipação; realizada lentamente (pelo menos 10 minutos), Preparação do intestino para exames; 70 Preparação do intestino para cirurgia; para evitar complicações como cólicas, distensão Preparação do intestino para parto; abdominal rápida e dor. Preparação do intestino para clister opaco; Tipos de enema Preparação do intestino para estabelecimento do padrão de Evacuadores evacuação, normalmente, durante um programa de treino Simples intestinal. lubirritantes (aumentam o peristaltismo) OBJECTIVOS Lubrificantes (amolecem o material fecal) Remoção de sólidos e/ou gases acumulados no trato Medicamentosos intestinal inferior; Alimentares – em desuso Estimular o peristaltismo intestinal; Opacos – para exames radiológicos Acalmar e tratar a mucosa irritada; Barris ou de retorno evacuadores 68 Termos técnicos Limpar o intestino para exames, intervenções cirúrgicas, parto Melena – fezes escuras (tipo ‖borra do café‖) decorrentes de entre outras; hemorragia; Pesquisar a presença de hemorragia gastrointestinal Abdómen timpanizado – distensão do intestino, por gases CONTRA-INDICAÇÕES com sonoridade exagerada á percussão; Infecção aguda do intestino; Flato – eliminação de gases formados no tubo digestivo Cancro do recto; através do recto ou colostomia; Após rotura bolsas da água Flatulência – distensão abdominal devido ao acumulo de Doente com hemorróides; gases no intestino; Nos períodos digestivos Fecaloma – fezes endurecidas; Com fistulas anais Disenteria – Dejecção do tipo líquida e constante, com muco e INFORMAÇÕES GERAIS sangue, acompanhada de cólicas e dores abdominais; Quem Executa: Diarreia – Dejecção do tipo líquida em quantidade abundante, O Enfermeiro; com aumento do número de dejecções; Horário: Obstipação – emissão de fezes duras e moldáveis, diminuição Segundo prescrição médica e/ ou protocolos dos serviços; da fruquência de eliminação; Em SOS. Encoprese – fluxo e defecação voluntária e inapropriada de Orientações quanto à execução fezes, incontinência de fezes sem causa orgânica, défice ou A solução administrada para o enema, fragmenta o material doença; fecal e estimula o peristaltismo e o desejo de defecar, pela 71 distensão abdominal. Incontinência fecal – fluxo involuntário e defecação Quantidades utilizadas no enema: incontrolada de fezes, associada a um relaxamento IDADES VOLUME inadequado, pouco ou nenhum exercício, fraca nutrição, Adultos 1000 cc tensão neuro muscular relacionada com esforço ou défices <13 anos 500 cc músculo esqueléticos e doenças; < 7 anos 250 cc Enterorragia – Hemorragia do trato intestinal; 69 Tenesmo intestinal – sensação dolorosa na regiãp anal devido < 3 anos 100 cc ao esforço para evacuar. < 2 anos 50 cc MATERIAL < 1 ano 20cc Tabuleiro inox com: NOTA: verificar sempre a prescrição médica Irrigador e tubo de ligação gastos desnecessários de Sonda ou cânula rectal (de tamanho apropriado) roupa; Jarro com solução prescrita (soro fisiológico, água tépida, etc) A gravidade facilita o fluir da Lubrificante hidrossolúvel solução Clamp 73 Resguardo impermeável Calçar as luvas Prevenir a infecção nosocomial; Lençol de pano Adaptar irrigador, tubo de Luvas de palhaço ou látex ligação e sonda, retirar o Papel higiénico ar do tubo e sonda, antes Necessário: de inserir no recto; Aparadeira ou cadeira sanita Lubrificar a sonda; Suporte de irrigador Separa as nádegas e INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM introduzir a sonda com Intervenções Justificação suavidade, pedindo ao Identificar o doente; doente que inspire Verificar prescrição e profundamente e expire Evitar erros; lentamente Permitir a individualização Abrir o clamp e iniciar a 72 administração. Se o objectivos; doente se queixar com Verificar o registo da cólicas ou desejo de última dejecção evacuar, fechar o Proceder à lavagem compressor e aguardar higiénica das mãos; que passe o estímulo e Preparar o material e reiniciar a administração; transportá-lo para junto do Verificar se a solução está doente; a ser introduzida; Explicar ao doente o Verificar se a solução está procedimento; a ser administrada Isolar o doente; lentamente; Verificar a temperatura da Findo o enema fechar a solução; torneira ou compressor Posicionar correctamente para não entrar ar; o doente, decúbito lateral Clampar a sonda e retirar esquerdo; com movimentos suaves Expor unicamente a região enrolando em papel necessária à execução do O ar pode distender em enema; excesso as paredes do Colocar resguardo intestino o que causa malestar; impermeável absorvente, Reduz a fricção nas paredes sob as nádegas; e mucosa intestinal; Pendurar o irrigador no A inserção lenta da sonda suporte cerca de 45 a 60 reduz os espasmos cm acima do nível da A distensão e irritação da cama. parede abdominal produz dos cuidados; actividade peristáltica com Avaliar o grau de obstipação desejo de evacuar; Prevenir infecções cruzadas; Caso não aconteça, elevar Economizar tempo; um pouco o irrigador e/ou Diminuir a ansiedade, obter a rodar a sonda; sua colaboração e envolve-lo Evitar complicações como na prestação de cuidados; peristaltismo violento ou Respeitar a privacidade; perfuração do intestino. Evitar complicação e/ou não O ar no cólon causa malestar; efeito do enema; Evitar estimular o Proporcionar conforto e peristaltismo; facilitar a execução do 74 procedimento, permitindo higiénico; uma melhor progressão da A solução deve sonda e retenção da solução permanecer no cólon o na ansa sigmóide e cólon tempo desejado ou descendente; prescrito; Respeitar a privacidade do Aumentar o efeito; doente; Retirar as luvas e proceder Evitar contaminação e evitar à lavagem higiénica das mãos; _ Registar os líquidos saídos - total de urina(incluindo Colocar o doente na incontinência urinaria), diarreia, vómitos, aspiração, drenagem aparadeira, cadeira sanita de feridas e outras drenagens. ou ida à casa de banho, _ Fornecer uma correcta e completa avaliação do estado conforme a situação do hídrico, electrolítico e acido-base. doente, colocando a INFORMAÇÕES GERAIS campainha junto dele _ Não há contra indicações para a medição das entradas e Observar os resultados do saídas. enema _ Pode ser uma prescrição médica ou uma intervenção Ajudar o doente a lavar o independente da Enfermagem. períneo, vestir-se e _ Deverá ser iniciada em qualquer doente que corra o risco de posicionar entrar em desequilíbrio hidroelectrolítico ou ácido-base. confortavelmente; _ Todos os elementos da equipa devem estar informados Arejar o quarto ou sempre que um doente está com balanço hídrico e devem enfermaria; comunicar com rigor tudo quanto foi administrado e eliminado. Recolher e dar o destino _ Explicar ao doente adequado ao material e O objectivo do balanço; equipamento; Que o rigor na medição é essencial tanto para a Proceder à lavagem Enfermagem como para o Médico, no planeamento higiénica das mãos; dos cuidados; Proceder aos respectivos A importância de não despejar, total ou registos. parcialmente, o conteúdo dos recipientes, sem que Evitar infecção cruzada; as quantidades sejam registadas; Proporcionar segurança e A importância de guardar o que foi eliminado antes conforto; de ser registado; Registar as características da Como proceder para medir e registar as entradas e ou das dejecções saídas, tendo em vista o auto-cuidado. 77 Proporcionar limpeza e _ Verificar os diagnósticos, Médico e de Enfermagem e o conforto ao doente; objectivo do balanço. Eliminar odores; _ Prestar atenção às prescrições relativamente às medições e Prevenir a contaminação do registos. ambiente; MATERIAL Prevenir infecção cruzada; Folhas de registo de balanço hídrico Assegurar continuidade de Canetas cuidados e dar visibilidade da Recipientes de medida com tamanhos variados intervenção desenvolvida. 75 Dispositivos para colheita de eliminados REGISTOS Luvas irrecuperáveis Estes devem conter os seguintes elementos: INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Tipo de enema; Medição e Registo das Entradas Intervenções Justificação Data e hora; Identificar o doente; Quantidade de solução administrada; Proceder à lavagem higiénica Características e hora da/s dejecção/ões; das mãos; Efeito do enema; Antes de retirar o tabuleiro da Reacção do doente; refeição, verificar se, de facto, Registar e comunicar alterações como: dor, alteração dos o doente está sob controle de sinais vitais, alteração das características das fezes, etc; balanço hídrico. Usar as Actualização do plano de cuidados. equivalências do impresso e NOTAS: medir e registar com precisão ______________________________________________________ as quantidades de líquido ______________________________________________________ ingerido incluindo a hora, tipo e ______________________________________________________ quantidade de cada líquido ______________________________________________________ consumido; ______________________________________________________ Registar as porções de todos ______________________________________________________ os líquidos e alimentos ______________________________________________________ Evitar erros; ______________________________________________________ BALANÇO HÍDRICO Prevenir infecções cruzadas; DEFINIÇÃO Manter o rigor da medição e Consiste na medição e registo de todas entradas e saídas (E e S) de seu registo, sem omissões ou líquidos durante um período de 24 horas. duplicações; OBJECTIVOS Ajudar a garantir o rigor na 76 ingestão de quilo calorias total; _ Registar os líquidos entrados – total de líquidos administrados 78 por via oral, gástrica ou alimentação entérica e soluções ingeridos à refeição, de acordo parentéricas. com as normas da instituição, se o doente está com controle Registar a hora, a de calorias; quantidade e o tipo de Medir e registar, em intervalos produto eliminado. Nos regulares, a hora, tipos e casos em que a quantidade quantidades de todos os é calculada, acrescentar a líquidos ingeridos durante o palavra ―aproximadamente‖ turno (água, alimentos junto à mesma; ingeridos, nutrientes pela Ajudar a prevenir infecções sonda, líquidos endovenosos, cruzadas; líquidos utilizados na diluição Reduzir os riscos de mau dos medicamentos; cheiro e contaminação do No fim de cada turno e de cada ambiente; 24 horas, fazer o total A pesagem está, geralmente, numérico para todos os indicada quando o equilíbrio líquidos entrados, seguindo as hídrico é crucial; orientações da instituição ou O registo rigoroso ajuda a serviço; assegurar o rigor total de Quanto mais frequentemente saídas; forem registadas as entradas, 80 menores as possibilidades de No fim de cada turno e de omissões; cada 24 horas, fazer o total A avaliação do estado hídrico é numérico para todos os feita comparando os totais de líquidos saídos, seguindo as cada tipo de líquido entrado em orientações da instituição 24 horas, bem como o total de ou serviço; líquidos administrados; A avaliação do estado hídrico Medição e Registo das Saídas é feita comparando os totais Intervenções Justificação de cada tipo de líquido saído Identificar o doente; em 24 horas, bem como o Proceder à lavagem total de líquidos saídos; higiénica das mãos; NOTAS: Calçar luvas descartáveis; ______________________________________________________ Medir, usando um recipiente ______________________________________________________ de medida de tamanho ______________________________________________________ apropriado os líquidos ______________________________________________________ eliminados. Utilizar um saco ______________________________________________________ Evitar erros; ______________________________________________________ Prevenir infecções cruzadas; ______________________________________________________ Prevenir infecção ______________________________________________________ nosocomial; CATETERISMO VENOSO PERIFÉRICO DEFINIÇÃO Manter o rigor da medição e É um conjunto de acções que visam a administração de fluídos de forma seu registo; 79 intermitente ou contínua, a administração de terapêutica, a colheita de colector com uma câmara amostras de sangue e a prevenção de infecções. de medição quando for Consiste na introdução de um cateter num vaso sanguíneo venoso necessário fazer medição periférico. de hora a hora; OBJECTIVOS Tratar os líquidos Administrar fluídos de forma intermitente ou contínua; eliminados de acordo com Administrar terapêutica; as normas da instituição Permitir colheita de sangue; Limpar e desinfectar os 81 recipientes de medida; Prevenir infecções. Fazer o cálculo da INFORMAÇÕES GERAIS quantidade, se o produto Confirme a finalidade do cateterismo. eliminado provém de feridas Escolha o material e iluminação adequados. que drenam, incontinência Respeite a privacidade do doente. urinária (por exemplo, Cateterize o mais distal possível, para preservar o vaso. número de fraldas Evite as zonas de flexão. molhadas, quantidade de Verifique a localização, profundidade, espessura e distensão roupa molhada, número e do vaso através da observação e palpação. tamanho de pensos Cateterize se possível, vasos no membro não dominante do molhados). Se for doente. necessário grande rigor, No doente com insuficiência renal crónica, não cateterize o comparar o peso do membro do acesso vascular(fístula artério-venosa). material molhado com o do No doente com insuficiência renal aguda, evite cateterizar o material limpo; membro superior esquerdo porque este pode vir a ser utilizado para efectuar a fístula artério-venosa. Preparar e colocar junto do Nas doentes mastectomizadas, com remoção de gânglios doente todo o material axilares, não cateterizar o membro superior do lado da necessário; mastectomia. Colocar o garrote para Substitua os cateteres e locais cateterizados de 4 em 4 dias, Evitar erros; para prevenir infecção e lesão do vaso. Evitar erros; Evite administrar substâncias quimicamente irritantes através Preparar psicologicamente o dos cateteres periféricos. doente; diminuir a Verifique sempre a permeabilidade do cateter antes de ansiedade; obter administrar terapêutica. colaboração; Não force a entrada de qualquer solução. Prevenir infecção cruzada; Se a situação clínica e/ou os sinais vitais se alterarem, Economizar tempo; suspenda a administração da terapêutica e chame o médico. Permitir correcta selecção do 82 84 Retire o cateter se surgirem sinais de flebite e/ou infecção, observação e palpação do local seleccione novo vaso mais proximal e substitua todo o circuito a cateterizar e retirá-lo venoso. posteriormente; O penso do local de inserção do cateter venoso periférico, Posicionar correctamente o deve ser sempre efectuado de 48/48h e/ou SOS (ver técnica doente; de penso). Colocar resguardo protector Se a administração de fluídos for contínua, substitua o sob o local a cateterizar;; circuito, com técnica asséptica, de 48/48h e SOS e de 24/24h Tricotomizar o local a em doentes imunodeprimidos. cateterizar, se estritamente Utilize prolongadores venosos únicos, apenas com o necessário; comprimento necessário e suficiente, à mobilização do Fazer higiene do local (se doente. necessário); Heparinize o cateter (de acordo com o protocolo dos serviço) Recolocar o garrote 15 a 20 cm quando não for necessária a perfusão continua e acima de local a cateterizar; reheparinize-o após cada utilização. Desinfectar o local do centro Inutilize sempre o aspirado de um cateter heparinizado. para a periferia, com Nas administrações intermitentes de fluídos utilize na movimentos circulares com extremidade do cateter uma tampa com membrana ou um compressas embebidas na obturador para cateter. solução desinfectante; Os locais mais comuns da caterização são: dorso da mão, Calçar luvas esterilizadas; antebraço, região antecúbital e braço. Cateterizar por cima ou ao lado MATERIAL da veia com o bisel da agulha Tabuleiro inox com: para cima fazendo um ângulo Garrote; de 25 a 45º; ao cateterizar Material de tricotomia (se necessário); diminua o ângulo para 10 a 20º; Material para higiene local (se necessário); Fixar com a outra mão a veia Luvas esterilizadas; enquanto cateteriza; se utilizar Resguardo impermeável; cateter faça-o progredir cateter venoso periférico n.º 16G ou n.º 18G; exteriorizando simultaneamente Compressas esterilizadas pequenas; local; 83 Proporcionar conforto; Penso poroso; facilitar a execução da Adesivo; técnica; Soluto de perfusão, sistema, torneira, prolongador ou Evitar a contaminação; evitar obturador (de acordo com a finalidade do cateterismo); gasto desnecessário de Solução desinfectante; roupa; Contentor de cortantes e perfurantes. Facilitar a fixação; prevenir Se necessário: infecção e dor; Suporte para soros; Prevenir a infecção; Bomba infusora; Facilitar visibilidade e Seringa de 5cc; distensão do vaso; Heparina Prevenir a infecção; Cloreto de sódio a 0,9% - 1 ampola de 10 ml. Prevenir infecção INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM nosocomial; Intervenções Justificação Permitir uma correcta Verificar a prescrição; cateterização; diminuir a Identificar o doente; lesão dos tecidos; facilitar a execução da técnica; Explicar o procedimento ao Prevenir perfuração do vaso; doente; 85 Proceder à lavagem higiénica o mandril; das mãos; Verificar a colocação correcta do cateter através do refluxo de Esta administração pode ser efectuada por diferentes vias as quais são: sangue; VIA PARENTÉRICA; endovenosa, intramuscular, intradérmica, Retirar o garrote; 87 Proceder à fixação do cateter e subcutânea; VIA ENTÉRICA: oral e rectal e VIA TÓPICA: pele, mucosas protecção do local cateterizado e transdérmica. com: OBJECTIVOS o penso poroso Administração de terapêutica, conforme prescrição e o adesivo em ansa finalidade. Adaptar o sistema da perfusão INFORMAÇÕES GERAIS e regular o fluxo da infusão de Verifique se há coerência entre a prescrição do processo acordo com as necessidades clínico e a da folha de terapêutica. do doente e/ou prescrição Verifique sempre a terapêutica prescrita através da folha de clínica; terapêutica e/ou cartão de medicação para garantir que se trata Ou do MEDICAMENTO CERTO, DA DOSE CERTA, DO HORÁRIO CERTO, VIA CERTA E UTENTE CERTO. o Adaptar obturador ou heparinizar o circuito de Coloque um visto (V) na folha de terapêutica relativamente ao acordo com o protocolo medicamento que vai administrar. do serviço; Proceda à lavagem das mãos antes da preparação, antes e Limpar o membro do doente; após a administração terapêutica. Reposicionar o doente; Consulte o índice terapêutico para clarificar qualquer dúvida. Remover e dar destino Explique ao doente a finalidade e o procedimento a realizar. apropriado ao material; Coloque o doente em posição confortável. Proceder à lavagem higiénica A preparação da medicação deve ser realizado num local das mãos. arejado, limpo e tranquilo com o mínimo de distracção. Prevenir complicações; Verificar a existência de alergias. Evitar desconforto, Não administrar medicação preparada por outro profissional de congestão venosa e saúde. extravasamento de sangue; Não preparar ou administrar medicação de um recipiente não Prevenir a infecção, devidamente rotulado. desadaptação e Verificar sempre a data de validade da medicação. repuxamento; Preparar e administrar a medicação conforme as normas Manter permeabilidade do instituídas no local de trabalho. cateter; adaptar as infusões 88 às necessidades do doente; Registar a medicação administrada o mais cedo possível. Manter permeabilidade do Não registar a medicação antes de ser administrada. sistema; prevenir infecção; Registar sempre que a medicação não foi administrada, Proporcionar conforto; quando prescrita e porquê. Proporcionar conforto; Medidas Métricas Medidas caseiras Evitar contaminação do 1ml 15 gotas/gts ambiente; 2 ml 1 colher de café 5ml 1 colher de chá/ c/c Prevenir infecção cruzada. 86 10ml 1 colher de sobremesa REGISTOS /c/sob Estes devem conter os seguintes elementos: 15ml 1 colher de sopa/c/s Procedimento (data, hora e local de colocação do cateter); NOTAS: ______________________________________________________ Características do local cateterizado; ______________________________________________________ Calibre e tipo de cateter utilizado; ______________________________________________________ Heparinização (data / hora); ______________________________________________________ Data da substituição do cateter; ______________________________________________________ Reacção do doente; ______________________________________________________ Tipo de solução em perfusão, hora, ritmo e horário de ______________________________________________________ términus. ______________________________________________________ NOTAS: ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA ENTÉRICA, VIA ______________________________________________________ ORAL ______________________________________________________ FINALIDADE ______________________________________________________ Administrar terapêutica por via entérica. ______________________________________________________ 89 ______________________________________________________ INFORMAÇÕES GERAIS ______________________________________________________ É a via mais segura, conveniente e relativamente mais ______________________________________________________ económica. ______________________________________________________ Em caso de erro ou ingestão excessiva voluntária, grande ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA parte da medicação pode ser eliminada, num período razoável DEFINIÇÃO de tempo, após a administração. É um conjunto de acções que visam a preparação, administração e A principal desvantagem desta via é o menor e lento nível de registo de substâncias químicas com fins terapêuticos a administrar ao absorção, assim como, o início da acção terapêutica. doente. MATERIAL de cada vez com água; Tabuleiro; Permanecer junto do doente Copos de plástico de medicação; até ele deglutir todos os Copos graduados; medicamentos; Cartão de medicação; Reposicionar o doente Copo com água, se necessário; Arrumar o material; Recipiente de sujos Proceder à lavagem higiénica INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM das mãos. Intervenções Justificação Proceder ao respectivo registo Preparação: Promover conforto; Consultar a folha de Facilitar a deglutição; terapêutica para verificar qual facilitar a absorção; o medicamento a administrar; Certificar-se que a Colocar um ―V‖ na folha de terapêutica foi ingerida; terapêutica relativo ao Promover conforto; medicamento que vai Evitar a contaminação do preparar; ambiente Colocar os cartões no Evitar infecção cruzada. tabuleiro ordenados Assegurar continuidade de Proceder à lavagem higiénica cuidados e dar visibilidade Evitar erros e facilita a da intervenção execução; desenvolvida. Prevenir infecção cruzada; REGISTOS 90 Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; das mãos; Registe em notas de enfermagem: Comparar o medicamento _ reacção do doente; com o cartão de medicação, _ a eficácia à resposta terapêutica; verificando os 5 certos; _ sinais e sintomas adversos do medicamento e comunicar; Colocar a dose individual de _ a educação para a saúde em relação á terapêutica medicamento sem instituída e outros aspectos essenciais á intervenção. conspurcar; as formas sólidas Procedimento com data, hora, medicamento, via e local – devem conservar o invólucro; caso de administração em SOS. as formas líquidas devem ser NOTAS: colocadas em copo graduado ______________________________________________________ e a leitura da sua quantidade ______________________________________________________ deve ser avaliada ao nível dos ______________________________________________________ olhos; 92 Recolocar a caixa ou frasco ______________________________________________________ do medicamento no armário ______________________________________________________ confirmando novamente o ______________________________________________________ rótulo. ______________________________________________________ Administração: ______________________________________________________ Proceder à lavagem higiénica ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA ENTÉRICA, VIA das mãos; RECTAL Proceder à identificação do FINALIDADE doente, questionando o seu Administrar terapêutica por via entérica nome e/ou verificando a Preparação pré-operatória pulseira de identificação; Preparação para realização de exames de diagnóstico Certificar-se que o doente não Estimular movimentos peristálticos. tem problemas de deglutição, MATERIAL náuseas ou vómitos; Tabuleiro; Certificar-se que o doente não Luvas não esterilizadas; tem lesões bocais ou Compressas; esofágicas; Medicação prescrita; Evitar erros; Saco de sujos. Evitar infecção, manter a INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM assepsia mínima; evitar Intervenções Justificação erros; obter dose correcta; Preparação: Evitar erros; Consultar a folha de Prevenir infecção cruzada; terapêutica para verificar qual Evitar erros; o medicamento a administrar Obter eficácia terapêutica; Evitar erros; Promover conforto; 93 91 Colocar um ―V‖ na folha de Posicionar o doente; terapêutica relativo ao Administrar um medicamento medicamento que vai preparar; _ procedimento com data, hora, tipo de enema, solução Proceder à lavagem higiénica utilizada, quantidade. das mãos; NOTAS: Comparar o rótulo do ______________________________________________________ supositório com o cartão ou ______________________________________________________ folha de terapêutica; ______________________________________________________ Cortar o invólucro do ______________________________________________________ supositório; ______________________________________________________ Proceder à lavagem higiénica 95 das mãos; ______________________________________________________ Proceder à identificação do ______________________________________________________ ______________________________________________________ doente, questionando o seu ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIAS nome e/ou verificando a PARENTÉRICAS pulseira de identificação; INFORMAÇÕES GERAIS Explicar a finalidade da Na preparação de injectáveis poderá estar perante uma terapêutica a administrar; simples ampola ou perante um hermeticamente fechado. Explicar todos os Se está perante uma ampola deve: fazer um movimento procedimentos e como rotativo para que todo o líquido drene para a base. Proteja a colaborar (ex. não evacuar parte superior com algodão antes de a partir, e aspire o logo após a introdução do conteúdo com seringa e agulha previamente adaptadas tendo supositório ou enema); sempre o cuidado de não tocar com esta na ampola. Promover privacidade; Se está perante um hermeticamente fechado deve: proceder Posicionar o doente em de acordo com o descrito anteriormente para o solvente; limpar decúbito lateral esquerdo; com algodão alcoolizado a borracha do frasco do soluto; Calçar as luvas introduzir a agulha na zona central e injectar o solvente para Introduzir lentamente o que se misture com o soluto; agitar bem para obter uma supositório envolvido numa mistura uniforme; aspirar o conteúdo com o frasco invertido. Prevenir infecção cruzada; Trocar sempre de agulha se a medicação é retirada de um Evitar erros; hermeticamente fechado; Facilitar a execução Verificação das características da medicação; Prevenir infecção cruzada; Verificação da condição física e estado mental do doente; Evitar erros; Preparação física e psicológica do doente; Diminuir ansiedade; Seleccionar uma área com pele integra; Obter colaboração; Realizar a antissépsia da pele e deixar secar – álcool a 70%; Promover conforto; Injectar líquido lentamente, permitindo que se espalhe a baixa Facilitar a execução; pressão; Protecção do profissional 96 Evitar traumatismo e dor; Colocar uma compressa com o antisséptico junto da agulha e 94 contra a pele, retirando a agulha rapidamente; compressa; Medir com cuidado a quantidade de medicação a administrar: Pedir ao doente para contrair _ Não injectar mais de 0,1 ml de medicação por via o esfíncter anal; parentérica; Retirar as luvas e _ Não injectar mais de 1 ml de medicação por via reposicionar o doente subcutânea; Arrumar o material; _ Não injectar mais de 5 ml de medicação por via Proceder à lavagem higiénica intramuscular; das mãos. Garantir a assepsia com a lavagem das mãos, manutenção da Efectuar os registos esterilidade do material, desinfecção do local (com movimentos Obter eficácia; circulares do centro para a periferia); Promover conforto; Preparação e selecção do material adequado e necessário Evitar a contaminação do para a administração de medicação; ambiente; Ter em consideração a viscosidade da medicação a Evitar infecção cruzada administrar; Assegurar continuidade de Aspirar a medicação após abertura da ampola; cuidados e dar visibilidade Nunca guardar ampolas abertas. da intervenção Iniciar SEMPRE o procedimento com: 1. identificação do desenvolvida doente, para evitar erros; 2. explicar o procedimento ao doente, REGISTOS diminuindo a ansiedade; 3.lavagem higiénica das mãos, Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; evitando a infecção. Registe em notas de enfermagem: NOTAS: _ reacção do doente; ______________________________________________________ _ a eficácia à resposta terapêutica; ______________________________________________________ _ sinais e sintomas adversos do medicamento e comunicar; ______________________________________________________ _ a educação para a saúde em relação á terapêutica ______________________________________________________ instituída e outros aspectos essenciais á intervenção. ______________________________________________________ ______________________________________________________ Proceder à lavagem higiénica ______________________________________________________ das mãos; 97 Prevenir infecção cruzada; ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, 99 VIA Proceder à identificação do INTRADÉRMICA doente, questionando o seu FINALIDADE nome e/ou verificando a Administrar terapêutica pulseira de identificação; Realizar testes de sensibilização Proprocionar privacidade ao INFORMAÇÕES GERAIS doente; Via utilizada, essencialmente, para diagnóstico; Apreciar estado geral do Avaliar os locais disponíveis; doente; LOCAIS UTILIZADOS: região anterior do antebraço, Seleccionar o local de omoplatas, região lateral/posterior do braço ou supramamária;; administração Evitar: áreas irritadas, muito pigmentadas e onde a roupa Limpar local de eleição com possa irritar a pele. algodão alcoolizado de cima MATERIAL para baixo ou em movimento Tabuleiro; circular de dentro para fora; Cuvete; Deixar secar a pele; Contentor de cortantes e perfurantes; Esticar e fixar a pele; Algodão; Introduzir a agulha lentamente Álcool; com o bisel virado para cima, Cápsula; fazendo um ângulo de 10 a 15º; Seringa de 1ml calibrada em unidades de 0,01ml; o bisel deve ficar visível através Agulhas 25G. da pele; INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Administrar lentamente o 98 medicamento (formando um Intervenções Justificação botão); Preparação: Retirar a agulha sem pressão; Consultar a folha de terapêutica se necessário marcar o bordo para verificar qual o do botão dérmico com uma medicamento a administrar caneta; Colocar um ―V‖ na folha de Colocar a agulha no contentor; terapêutica relativo ao Arrumar o material; medicamento que vai preparar Evitar erros; Proceder à lavagem higiénica Promover conforto; das mãos; Facilitar a eleição do local Proteger a ampola com algodão de administração; e parta a extremidade ou Evitar erros; promover boa proceda como um absorção; hermeticamente fechado; Evitar infecção; Acoplar a agulha à seringa Promover actuação do respeitando norma asséptica; álcool; Aspirar o conteúdo da ampola; Facilitar a execução; Retirar o ar da seringa; Facilitar a execução; evitar Substituir a agulha; lesões; Confirmar novamente, o utente, Permitir leitura o medicamento, a dose, a via e posteriormente; o horário; Obter eficácia; Colocar no tabuleiro; Evitar acidentes; Fazer rótulo com: nome do Evitar a contaminação do doente, n.º da cama, nome do 100 medicamento. Proceder à lavagem higiénica Evitar erros; das mãos. Prevenir infecção cruzada; Efectuar os registos Prevenir lesões; ambiente Prevenir lesões e manter a Evitar infecções cruzadas. assepsia; Assegurar continuidade de Obter dose correcta; cuidados e dar visibilidade Evitar complicações; da intervenção desenvolvida Prevenir a infecção; REGISTOS Evitar erros; Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; Evitar acidentes; Registe em notas de enfermagem: Evitar erros; _ reacção do doente; Administração: _ a eficácia à resposta terapêutica; _ sinais e sintomas adversos do medicamento e ou proceda como um comunicar; hermeticamente fechado; _ a educação para a saúde em relação á terapêutica Acoplar a agulha à seringa instituída e outros aspectos essenciais á intervenção; respeitando norma asséptica; _ Local exacto da administração da medicação, para Aspirar o conteúdo da permitir a rotatividade dos locais. ampola; Procedimento com data, hora, medicamento, via e local - caso Retirar o ar da seringa; de administração em SOS. Substituir a agulha; NOTAS: Confirmar novamente o ______________________________________________________ medicamento, a dose, a via e ______________________________________________________ Evitar erros; ______________________________________________________ Prevenir infecção cruzada; ______________________________________________________ Prevenir lesões; ______________________________________________________ Prevenir lesões; ______________________________________________________ ______________________________________________________ Obter dose correcta; 101 Evitar complicações; ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, Prevenir a infecção; VIA Evitar erros; SUBCUTÂNEA 103 FINALIDADES o horário; Administrar terapêutica. Colocar no tabuleiro; INFORMAÇÕES GERAIS Evitar acidentes; Importante a rotatividade dos locais para evitar: Lipodistrofia e Fazer rótulo com: nome do formação excessiva de tecido cicatricial; doente, n.º da cama, nome do Em casos de auto-administração: educação para a saúde medicamento. adequada ao doente; Administração: Injectar a medicação de forma segura: Proceder à lavagem higiénica _ Comprimir e elevar o tecido subcutâneo, a partir do das mãos; músculo; Proceder à identificação do _ Inserir a agulha com ângulo entre os 90 a 45º; doente, questionando o seu _ Libertar a pele pinçada; nome e/ou verificando a _ Puxar o êmbolo para aspirar; em caso de sangue pulseira de identificação; retirar a agulha e inserir novamente; Proprocionar privacidade ao _ Administrar a medicação lentamente doente; _ Retirar a agulha respeitando o trajecto de inserção; Apreciar estado geral do _ Exercer ligeira pressão com a compressa doente; LOCAIS UTILIZADOS: terço médio externo da coxa, abdómen Seleccionar o local de (zona periumbilical superior a 3cm), tórax anterior ou face administração externa do terço médio do braço; Limpar local de eleição com MATERIAL algodão alcoolizado de cima Tabuleiro; para baixo ou em movimento Cuvete; circular de dentro para fora; Contentor de cortantes e perfurantes; Deixar secar apele; Algodão; Fazer uma prega com a mão Álcool; esquerda; 102 Introduzir a agulha com um Cápsula; movimento rápido num ângulo Seringa; de 45 a 90º; largar a prega, Agulhas 25G. segure a seringa com a mão INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Evitar erros; Intervenções Justificação Prevenir infecção cruzada; Preparação: Evitar erros; Consultar a folha de Promover conforto; terapêutica para verificar qual Facilitar a eleição do local o medicamento a administrar de administração; Colocar um ―V‖ na folha de Evitar erros; promover boa terapêutica relativo ao absorção; medicamento que vai preparar Evitar infecção; Confirmar o rótulo do Promover actuação do medicamento com o cartão ou álcool; folha de terapêutica; Facilitar a execução; Proceder à lavagem higiénica delimitar a zona; das mãos; Facilitar a execução; evitar Proteger a ampola com lesões; algodão e parta a extremidade 104 esquerda e com a direita Agulhas 21G ou 23G. aspirar; INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Administrar lentamente o Intervenções Justificação medicamento; Preparação: Aspirar a meio da Consultar a folha de administração; terapêutica para verificar qual Colocar algodão alcoolizado o medicamento a administrar sobre o local da administração Colocar um ―V‖ na folha de e exercer ligeira pressão ao terapêutica relativo ao retirar a agulha; medicamento que vai preparar Colocar a agulha no Proceder à lavagem higiénica contentor; das mãos; Arrumar o material; Proteger a ampola com Proceder à lavagem higiénica algodão e parta a extremidade das mãos ou proceda como um Efectuar os registos hermeticamente fechado; Evitar lesões; Acoplar a agulha à seringa Evitar complicações; respeitando norma asséptica; Evitar lesões; Aspirar o conteúdo da Evitar acidentes; ampola; Evitar a contaminação do Retirar o ar da seringa; ambiente Substituir a agulha; Evitar infecção cruzada; Confirmar novamente o Assegurar continuidade de medicamento, a dose, a via e cuidados e dar visibilidade o horário; da intervenção Colocar no tabuleiro; desenvolvida Fazer rótulo com: nome do REGISTOS Evitar erros; Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; Prevenir infecção cruzada; Registe em notas de enfermagem: Prevenir lesões; _ reacção do doente; Prevenir lesões; _ a eficácia à resposta terapêutica; Obter dose correcta; _ sinais e sintomas adversos do medicamento e comunicar; Evitar complicações; _ a educação para a saúde em relação á terapêutica instituída e Prevenir a infecção; outros aspectos essenciais á intervenção; Evitar erros; _ Local exacto da administração da medicação, para permitir a Evitar acidentes; rotatividade dos locais. Evitar erros; 105 107 Procedimento com data, hora, medicamento, via e local - caso doente, n.º da cama, nome do de administração em SOS. medicamento. NOTAS: Administração: ______________________________________________________ Proceder à lavagem higiénica ______________________________________________________ das mãos; ______________________________________________________ Prevenir infecção cruzada; ______________________________________________________ Proceder à identificação do ______________________________________________________ doente, questionando o seu ______________________________________________________ nome e/ou verificando a ______________________________________________________ pulseira de identificação; ______________________________________________________ ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, Proprocionar privacidade ao VIA doente; INTRAMUSCULAR Seleccionar o local de FINALIDADES administração Limpar local de Administrar terapêutica. eleição com algodão INFORMAÇÕES GERAIS alcoolizado de cima para baixo ou em movimento LOCAIS UTILIZADOS: região deltóide, dorsoglúteo, vasto circular de dentro para fora; lateral ou ventroglúteo; MATERIAL Deixar secar apele; Tabuleiro; Na administração no deltóide, em adultos magros e crianças Cuvete; fazer uma prega com a mão Contentor de cortantes e perfurantes; esquerda, delimitando assim o Algodão; local a puncionar; Álcool; Introduzir a agulha com um 106 movimento rápido com um Cápsula; ângulo de 90º; Seringa de 2cc 5cc ou 10cc. Aspirar antes de iniciar a Cuvete; administração; Contentor de cortantes e perfurantes; Administrar lentamente e Algodão; aspirar a meio da Álcool; Evitar erros; Cápsula; Promover conforto; Seringa de 10ml Facilitar a eleição do local Agulha 18G; de administração; Evitar Curita. erros; promover boa INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM absorção; Intervenções Justificação Evitar infecção; Preparação: Facilitar a execução; Consultar a folha de Facilitar a execução; terapêutica para verificar qual Certificar o procedimento; Evitar erros Evitar complicações; 110 Prevenir complicações; o medicamento a administrar 108 Colocar um ―V‖ na folha de administração; terapêutica relativo ao Colocar algodão alcoolizado medicamento que vai preparar sobre o local da administração Proceder à lavagem higiénica e exercer ligeira pressão ao das mãos; retirar a agulha; Proteger a ampola com Colocar a agulha no algodão e parta a contentor; extremidade; Reposicionar o doente Acoplar a agulha à seringa Promover hemostase; respeitando norma asséptica; Evitar lesões; Aspirar todo o conteúdo da Promover conforto; ampola; Arrumar o material; Retirar o ar da seringa; Proceder à lavagem higiénica Substituir a agulha; das mãos. Confirmar novamente o Efectuar registos medicamento, a dose, a via e Evitar a contaminação o horário; ambiente; Colocar no tabuleiro; Evitar infecção cruzada. Fazer rótulo com: nome do Assegurar continuidade de doente, n.º da cama, aditivos cuidados e dar visibilidade de medicação caso existam, da intervenção hora e inicio da perfusão caso desenvolvida se trate de soluções de REGISTOS grande volume. Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; Administração: Registe em notas de enfermagem: Proceder à lavagem higiénica _ reacção do doente; das mãos; _ a eficácia à resposta terapêutica; Proceder à identificação do _ sinais e sintomas adversos do medicamento e comunicar; doente, questionando o seu _ a educação para a saúde em relação á terapêutica instituída e Prevenir infecção outros aspectos essenciais á intervenção; cruzada; _ Local exacto da administração da medicação, para permitir a Prevenir lesões; rotatividade dos locais. Evitar infecção; Procedimento com data, hora, medicamento, via e local - caso Obter dose correcta; de administração em SOS. Evitar complicações; 109 Prevenir a infecção; NOTAS: Evitar erros; ______________________________________________________ Evitar acidentes; ______________________________________________________ Evitar erros; ______________________________________________________ Prevenir infecção cruzada; ______________________________________________________ ______________________________________________________ Evitar erros; 111 ______________________________________________________ nome e/ou verificando a ______________________________________________________ pulseira de identificação; ______________________________________________________ Doente com cateter venoso ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, periférico obturado ou VIA heparinizado: ENDOVENOSA _ retirar obturador ou MATERIAL remover o soro Tabuleiro; heparinizado com uma das mãos seringa e rejeitá-lo; Proceder aos respectivos _ administrar lentamente registos o medicamento; Evitar infecções; _ introduzir 5ml de NaCl Evitar acidentes; a 0,9% Evitar a contaminação do _ Colocar novo ambiente obturador ou Evitar infecções cruzadas. heparinizar o cateter Assegurar continuidade de Doente com perfusão de soro: cuidados e dar visibilidade _ verificar se a infusão é da intervenção simples ou composta; desenvolvida _ se simples, abrir a 113 torneira e administrar REGISTOS o medicamento e Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; voltar a fechar a Registe em notas de enfermagem: torneira; _ reacção do doente; _ se composto, deve _ a eficácia à resposta terapêutica; interromper a _ sinais e sintomas adversos do medicamento e perfusão, introduzir comunicar; 10ml de NaCl 0,9%; _ a educação para a saúde em relação á terapêutica proceder à instituída e outros aspectos essenciais á intervenção; Atenção: _ Local exacto da administração da medicação, para _ evitar permitir a rotatividade dos locais, em caso de hipocoagulação; administração sem cateter venoso periférico. _ evitar lesão do Procedimento com data, hora, medicamento, via e local - caso vaso sanguíneo; de administração em SOS. _ evitar interacções e NOTAS: certificar ______________________________________________________ administração da ______________________________________________________ dose correcta; ______________________________________________________ _ manter ______________________________________________________ permeabilidade do ______________________________________________________ cateter; ______________________________________________________ Atenção ______________________________________________________ _ evitar interacções ______________________________________________________ medicamentosa; ADMINISTRAÇÃO DE SOLUÇÕES DE GRANDE VOLUME 112 DEFINIÇÃO administração; e É um conjunto de acções que visam a administração de fluidos de forma reintroduzir novamente intermitente ou contínua. 10ml de NaCl 0,9%; 114 fechar a torneira e OBJECTIVOS reiniciar a perfusão; Administrar terapêutica por via parentérica; Doente sem cateter venoso Perfusão de soroterapia. periférico: ver cateterismo MATERIAL venoso periférico; Ver cateterismo venoso periférico. Proceder à administração do INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM medicamento lentamente e Intervenções Justificação aspire a meio da Preparação: administração.; Consultar a folha de Verificar reacção do doente; terapêutica para verificar qual Retirar a agulha fazendo o medicamento a administrar; pressão com o algodão Colocar um ―V‖ na folha de durante 1 min.; terapêutica relativo ao Prevenir lesão do vaso medicamento que vai sanguíneo e verificar a sua preparar; permeabilidade Confirmar a solução prescrita Despistar de reacções com o cartão ou folha de indesejáveis; terapêutica; Promover hemostase; Proceder à lavagem higiénica Colocar o curita sobre o local das mãos; cateterizado; Desinfectar a rolha de Colocar a agulha no borracha do frasco de soro; contentor; Conectar o sistema de soro Arrumar o material; ao frasco atendendo à norma Proceder à lavagem higiénica asséptica; Clampar o sistema de Evitar infecção cruzada. perfusão; REGISTOS Colocar o frasco de soro no Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; Evitar erros; Registe em notas de enfermagem: Evitar erros; Reacção do doente; Evitar erros; Procedimento com data, hora e tipo de solução. Prevenir infecção cruzada; NOTAS: Prevenir infecção; ______________________________________________________ Prevenir infecção; ______________________________________________________ Evitar entrada de ar; ______________________________________________________ Facilitar execução; ______________________________________________________ 115 ______________________________________________________ suporte; ______________________________________________________ Preencher a câmara de fluxo ______________________________________________________ até 1/3 da sua capacidade, ______________________________________________________ pressionando-a; COLHEITA DE URINA Desclampar o sistema e DEFINIÇÃO preencha-o com soro tendo Consiste na recolha de um determinado volume de urina para a em atenção a eliminação de realização de exames de diagnóstico. 117 todas as bolhas de ar; OBJECTIVOS Colocar no tabuleiro; Realização exames complementares de diagnóstico. Fazer rótulo com: nome do INFORMAÇÕES GERAIS doente, n.º da cama, hora e Quem Executa: composto se existir. O Enfermeiro; Administração: O doente. Proceder à lavagem higiénica MATERIAL das mãos; Aparadeira Proceder à identificação do Urinol doente, questionando o seu nome e/ou verificando a Frasco de urina esterilizado pulseira de identificação; Papel higiénico Proprocionar privacidade ao TÉCNICAS COLHEITA doente; Existem vários tipos de analises que se podem realizar à urina, como uroculturas, sumário de urina e urina de 24 horas. Destas só as Verificar permeabilidade do uroculturas necessitam cuidados especiais. Para esta existem 3 técnicas cateter venoso periférico; de colheita da urina. Certificar se não há lesão do Técnica do jacto médio: vaso sanguíneo; o Homem: Adaptar o sistema de soro ao _ Expor a glande e lavar a área em redor cateter; do meato com água e sabão. Remover o Fixar o cateter e o sistema sabão e limpar com compressas com penso estéril e/ou esterilizadas. adesivo; _ Instruir o doente a abrir correctamente o Evitar complicações; frasco esterilizado, tendo em atenção em Evitar complicações; não tocar no seu interior, nos bordos ou Evitar acidentes; na tampa; Evitar erros; 118 Prevenir infecção cruzada; _ Desperdiçar a primeira porção de urina e, Evitar erros; de preferência, sem interromper o jacto Promover conforto; colher para o frasco uma quantidade de Evitar lesões; economizar 20cc de urina. Termina a micção para a material e tempo; sanita ou urinol. Evitar erros; prevenir o Mulher: complicações; _ Separar os grandes lábios para expor o Permitir a perfusão; meato urinário; Evitar acidentes; _ Lavar e limpar, usando a técnica de 116 limpeza da frente para trás; Regular o débito da perfusão _ Manter os lábios afastados e urinar de de acordo com a prescrição; forma que a urina saia com pressão e em Colocar o rótulo no frasco de jacto, desperdiçando o porção inicial. soro; Técnica através da introdução de cateter vesical Arrumar o material; o Só deve ser realizada quando a técnica do jacto Proceder à lavagem higiénica médio não é possível; das mãos. o Usar técnica asséptica rigorosa inerente a uma boa Obter dose correcta; algaliação e colher a urina através da sonda vesical Facilitar o controle; para o frasco esterilizado. Técnica para o utente já algaliado ______________________________________________________ o Com luvas desinfectar a parte destinada a punção ______________________________________________________ da sonda; ______________________________________________________ o Previamente clampar a sonda com pinça apropriada ______________________________________________________ ou clampe apropriado; ______________________________________________________ o Puncionar a sonda no local destinado e aspirar NORMA DE EXECUÇÃO DE PENSOS cerca de 20cc de urina; DEFINIÇÃO o Verter esta urina no frasco esterilizado. É um conjunto de acções que visam a prevenção de infecção, o NÃO colher a urina do saco pois pode não ser cicatrização de feridas e a minimização de lesões cutâneas. 121 recente. OBJECTIVOS 119 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Promover a cicatrização; Intervenções Justificação Minimizar lesões cutâneas; Identificar o doente, Prevenir infecção. Proceder à lavagem higiénica INFORMAÇÕES GERAIS das mãos; Quem Executa: Preparar o material e O Enfermeiro; transportá-lo para junto do O Médico com colaboração do Enfermeiro. doente; Horário: Explicar ao doente o Segundo prescrição médica e/ ou protocolos dos serviços; procedimento; Em SOS. Isolar o doente, Orientações quanto à execução Posicionar correctamente o Utilizar técnica asséptica; doente; Informar o médico em caso de: Utilizar a técnica de colheita de _ Sinais de inflamação e/ ou infecção local; urina mais apropriada à _ Deiscência de bordos; condição do doente. _ Zonas de necrose; Identificar o frasco e juntar a _ Existência de exsudado. requisição; Manter a ferida e pele circundante sempre limpa e seca; evitar Arejar o quarto ou enfermaria; molhar o penso durante a higiene; Recolher e dar o destino Os pensos repassados ou molhados devem ser executados adequado ao material e imediatamente, excepto se indicação em contrário; equipamento; Nos pensos de safenectomia colocar ligaduras elásticas de Proceder à lavagem higiénica contenção; das mãos; Utilizar adesivos esterilizados, no contacto directo com a ferida; Evitar erros; Os adesivos devem ser colocados sem tensão (excepto se Prevenir infecções indicação clínica em contrário) e do centro para as cruzadas; extremidades; Economizar tempo; Utilizar sempre penso poroso estéril; 122 Diminuir a ansiedade, obter Se a ferida tiver drenos, colocar penso poroso e reforçar com a sua colaboração e compressas esterilizadas o local de implantação dos drenos; envolve-lo na prestação de cuidados; Se a ferida tem exsudado abundante, colocar compressas secas antes de aplicar o penso poroso; Respeitar a privacidade; Providenciar uma boa nutrição para facilitar o processo de Proporcionar conforto e cicatrização; facilitar a execução do procedimento, Respeitar a Evitar infectar a ferida aberta ou sem protecção, colocando privacidade do doente; máscara quando indicado; Cumprir norma; Evitar procedimentos que dificultem a circulação sanguínea no local da ferida; Evitar erros; Limitar a circulação de pessoas no local onde se está a Eliminar odores; executar o penso; Prevenir a contaminação do Executar no mesmo doente os pensos de feridas limpas, em ambiente; primeiro lugar, evitando o contacto com feridas infectadas; Prevenir infecção cruzada; 120 Executar os pensos de feridas infectadas na unidade do Proceder aos respectivos doente; registos. Fixar drenos sem dobras ou ansas, permitindo a mobilidade do REGISTOS doente; MATERIAL Estes devem conter os seguintes elementos: Tabuleiro inox com: Data e hora da colheita; Tabuleiro de penso simples ou composto de uso único; Características da eliminação vesical Soluto desinfectante (solução iodopovidona ou clorohexidina); NOTAS: ______________________________________________________ Cloreto de sódio a 0,9% (ampola); ______________________________________________________ Resguardo absorvente e impermeável; ______________________________________________________ Recipiente para cortantes e perfurantes. Se necessário: Compressas; das mãos após retirar o penso; Saco de plástico branco; Usar luvas esterilizadas em Lâmina de bisturi; casos de: 123 o Ferida aberta; Máscara cirúrgica; o Doente portador de Luvas limpas; doença transmissível por Luvas esterilizadas (dois pares); via hematogénica: Ligaduras elásticas de contenção; o Avaliar a ferida Tiras adesivas cutâneas esterilizadas; (recorrendo à visão, ao Pensos esterilizados / compressas esterilizadas; olfacto e ao tacto); Adesivo hipo-alérgico; Desinfectar e executar penso Pomada, se prescrita. de acordo com prescrição INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Respeitar a privacidade do Intervenções Justificação doente; Identificar o doente; Facilitar a execução da Verificar plano de cuidados; técnica; Proceder à lavagem higiénica Evitar contaminação das das mãos; mãos. Prevenir lesão Preparar o material e cutânea e dor e interrupção transportá-lo para junto do do processo de cicatrização doente; (rede de fibrina); Explicar ao doente o Evitar contaminação do procedimento; ambiente; Isolar o doente; Prevenir infecção; Posicionar correctamente o Prevenir infecção doente; nosocomial; Colocar resguardo Analisar processo de impermeável absorvente; cicatrização e prevenir 125 Evitar erros; médica e/ou protocolo de Permitir a individualização serviço. Com cada compressa, dos cuidados; limpar de cima para baixo e do Prevenir infecções centro para a periferia da cruzadas; ferida, com uma simples Economizar tempo; passagem. Substituir a Diminuir a ansiedade, obter compressa após cada a sua colaboração e passagem; envolve-lo na prestação de Aplicar pomada, se prescrito; cuidados; Aplicar penso esterilizado. Respeitar a privacidade; Colocar uma compressa Proporcionar conforto e pequena directamente sobre a facilitar a execução do ferida. Uma vez colocada não procedimento; a reposicionar. Cobrir com uma Evitar contaminação e evitar compressa maior, se gastos desnecessários de necessário; roupa; Fixar o penso com adesivo ou 124 ligaduras; Expor unicamente a região Reposicionar o doente; necessária à execução do Recolher e dar o destino penso; adequado ao material e Abrir o tabuleiro de penso e complicações; colocar: Prevenir a infecção, o Solutos; promover a cicatrização e o Pensos; minimizar lesões cutâneas. o Outro material Considerar a incisão mais necessário. limpa que a pele em seu Retirar o penso com luvas redor. Os microrganismos limpas em caso de ferida da pele podem infectar a contaminada, procedendo à ferida. A pele intacta em remoção do penso da periferia redor das feridas infectadas para o centro, humedecendo normalmente serve de com cloreto de sódio a 0,9% se barreira; este estiver aderente; Aplicar a pomada no penso Colocar o penso removido no se for difícil de aplicar na saco para sujos; ferida; Proceder à lavagem higiénica Prevenir a infecção e facilitar a cicatrização. cintas) e fundas herniárias. Mover o penso depois de Segundo a região que atingem colocado arrasta os 128 contaminantes da pele para Monossegmentares - Quando aplicadas num só segmento do corpo a ferida; (exemplo: antebraço, dedo, braço). O adesivo anti-alérgico Bissegmentares - Atingem dois segmentos do corpo (exemplo: reduz o risco de solução de anca e coxa). continuidade da pele. Para Trissegmentares - Quando atingem três segmentos do corpo pensos que necessitam de (exemplo: perna, pé e coxa). mudança frequente, usar Polissegmentares - Quando atingem vários segmentos do corpo ligaduras; (exemplo: luva de mão). Proporcionar conforto; Segundo a direcção Prevenir a contaminação do Circulares -Voltas sobrepostas ambiente; Diagonais ou Oblíquas: 126 Espirais equipamento; Cruzado ou Oito Proceder à lavagem higiénica Recorrentes das mãos; -Voltas oblíquas ascendentes e Proceder aos respectivos descendentes registos -Voltas oblíquas que sobem e descem Prevenir infecção cruzada; alternadamente, cruzando a anterior e à frente Assegurar continuidade de -Voltas para trás e para a frente, seguras cuidados e dar visibilidade com circulares da intervenção Segundo a finalidade desenvolvida; Contenção -Seguram um penso ou suspendem um órgão ou REGISTOS membro Estes devem conter os seguintes elementos: Compressão -Quando é a própria ligadura o penso compressivo Procedimento (data e hora); Imobilização -Quando aplicada para imobilizar um região Reacção do doente; Nas regiões em forma de cone a progressão do rolo exige a execução de Tipo e características da ferida; cruzados, espirais ou inversões. Líquidos drenados e suas características; Cada volta da ligadura cobre uma parte da volta anterior — 1/3, 1/2, 2/3, Avaliação / evolução da cicatrização; — conforme as exigências da região ou a finalidade da ligadura. Actualização do plano de cuidados. 129 NOTAS: As ligaduras são tanto mais compressivas quanto maior for o número de ______________________________________________________ voltas e a compressão deve ser feita sempre de forma homogénea. ______________________________________________________ A passagem de um segmento para outro faz-se por meio de cruzados ou ______________________________________________________ de leques. ______________________________________________________ Se for necessário acrescentar a ligadura, sobrepõe-se totalmente a ______________________________________________________ última volta da ligadura, que tinha terminado. ______________________________________________________ Nos membros o rolo caminha da periferia para o centro, no tórax da parte ______________________________________________________ inferior para a superior e no abdómen da região epigástrica para a bacia, ______________________________________________________ ou seja, no sentido da circulação de retorno. 127 Quando se liga um membro, os dedos devem ficar fora para despiste de LIGADURAS complicações. FINALIDADES As ligaduras retiram-se habitualmente no sentido oposto àquele em que É a aplicação manual de processos técnicos, com finalidade de carácter foram enrolados. preventivo ou terapêutico. À medida que se vai retirando a ligadura passa-se esta de mão em mão OBJECTIVOS formando ondas conforme se vai levantando. Nas pequenas ligaduras ou Obter a contenção de um penso nas de imobilização em que seja penoso fazer movimentos A suspensão de um membro ou de órgão intempestivos, é preferível cortar a ligadura em toda a sua extensão. A imobilização de um doente Duas superfícies cutâneas devem ser ligadas separadamente uma vez A compressão de vasos que a humidade pode provocar deterioração dos tecidos; para isso Impedir a saída de órgão ou vísceras das suas cavidades devem-se utilizar porções de gaze ou algodão entre elas. INFORMAÇÕES GERAIS Complicações das Ligaduras As ligaduras classificam-se consoante a sua forma, região que atingem, A correcta aplicação das ligaduras e o prévio almofadamento da região, direcção e finalidade. previne possíveis complicações, tais como: edema e deficiente irrigação Segundo a forma sanguínea da área. Simples Constituídas por tiras de pano mais ou menos longas e Precauções de larguras diversas, conforme as regiões a que se Inspeccionar com frequência as áreas distais às ligaduras (com a destinam avaliação neurovascular de um membro). As ligaduras podem Compostas Previamente elaboradas em formas diversas: em +, T, ficar duplo T, triângulo, fundas ou suspensórios muito apertadas (por causa do edema), devendo ser aliviadas ou Inteiras Em forma de lenço que se dividem em quadrados, removidas e substituídas de modo a evitar a morte dos tecidos ou rectângulos, triângulos, gravatas, cordas e faixas 130 enfestadas gangrena. As ligaduras apertadas demais são desconfortáveis, perigosas Mecânicas Dividem-se em ligadura elásticas (meias, joelheiras e e podem causar dano permanente. Exame Neurovascular Os exames neurovasculares são avaliações breves que comparam um INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM membro afectado com o seu oposto, identificando: (Princípios gerais na técnica da aplicação de uma ligadura) _ Diferenças de cor (especialmente palidez ou cianose); Intervenções Justificação _ Presença e grau de edema; Identificar o doente; _ Diferenças de temperatura (a pele fria revela diminuição da Verificar plano de cuidados circulação; a pele quente significa inflamação); Evitar erros; _ Rapidez de preenchimento capilar (deve ser inferior a 2 Promover a segundos); 132 _ Frequência e características dos pulsos periféricos; A escolha da ligadura, em _ Capacidade de mover o membro executando a rotação da mão comprimento, largura e ou do pé, no punho ou tornozelo respectivamente e afastando material (elásticas tipo os dedos das mãos e dos pés; Velpeau ou Tarlatana) _ Queixas de formigueiro, dor, latejar ou quaisquer outras depende da região a ligar e do sensações pouco habituais. objectivo. Avaliação da função de determinados Nervos Proceder à lavagem higiénica Função Sensorial – utilizar das mãos; um dispositivo pontiagudo, Preparar o material e para testar a sensação nos transportá-lo para junto do seguintes locais doente; Função Motora – pedir Explicar ao doente o ao doente para mover procedimento; activamente o segmento Isolar o doente; do corpo inervado pelos O enfermeiro coloca-se à seguintes nervos Nervo Peronial direita do doente No dorso do pé, testar a área Posicionar correctamente o entre o primeiro e o segundo doente; dedo. Colocar resguardo absorvente Nervo Peronial e impermeável; Pedir ao doente para Expor unicamente a região fazer a iflexão do necessária á execução do tornozelo e penso; 131 A área a ligar deve ser Nervo Tíbial previamente almofadada; Testar na direcção das Com a mão direita segura o superfícies interna e externa rolo da ligadura voltado para da planta do pé. individualização dos Nervo Radial cuidados Testar a prega entre o Economizar tempo; polegar e o indicador. Proporcionar tratamento Nervo Cubital adequado Testar a almofada distal do Prevenir infecções dedo mínimo. cruzadas; Nervo Mediano Economizar tempo; Testar a superfície distal dos Diminuir a ansiedade e dedos indicador e médio. obter a sua colaboração; hiperextensão dos Respeitar a privacidade; dedos. Facilitar a execução do Nervo Tíbial procedimento; Pedir ao doente para Proporcionar conforto e fazer a extensão do facilitar a execução do tornozelo e a flexão dos procedimento; dedos do pé. Evitar contaminação e Nervo Radial gasto desnecessário de Pedir ao doente para roupa. fazer a hiperextensão do polegar ou punho. Respeitar a privacidade; Nervo Cubital Prevenir complicações; Pedir ao doente para Facilitar a execução da fazer primeiro a abdução técnica e economizar e depois a adução de 133 todos os dedos. si e com a esquerda a Nervo Mediano extremidade inicial (há Pedir ao doente que excepções). Cada uma das oponha o polegar e o mãos trabalha no semicírculo dedo mínimo, flectindo o que lhe compete; a direita na punho. face anterior e a esquerda na face posterior; A ligadura inicia-se por duas da cabeça, ou da ponta do dedo, da superfície anterior para a circulares sobrepostas — posterior, e de novo para trás. Segurar cada prega com o dedo, para circulares iniciais. Toda a não fugir. Sobreponha a ligadura de um lado e do outro até cobrir ligadura termina tal como totalmente a porção a ligar. Terminar com várias circulares sobre as começou por duas circulares dobras. Prender com adesivo ou alfinete. Se a área ligada for grande, sobrepostas — circulares reforçar com tiras de adesivo aplicadas obliquamente (inclinadas). terminais; TIPOS DE LIGADURAS (Execução) A fixação das ligaduras faz-se _ Ligaduras dos Membros Superiores sempre na face anterior (tiras Espiral de um dedo (2 a 3 cm) de adesivo ou agrafos Inicia-se em torno do punho, em seguida a ligadura desce até à elásticos); extremidade do lado esquerdo, do dedo a ligar. Aqui faz uma circular Proceder à lavagem higiénica continuando a progressão da ligadura ao longo do dedo, da das mãos; extremidade até à base, por meio de espirais que devem cobrir 2/3 Reposicionar o doente; da passada precedente. Da base do dedo até ao punho, executa-se Recolher e dar destino uma diagonal ascendente para terminar por duas circulares a adequado ao material e sobrepor as iniciais. equipamento; No caso de ser preciso cobrir a extremidade do dedo, fazem-se Proceder à lavagem higiénica recorrentes na altura em que se faz com a ligadura a primeira das mãos; diagonal descendente do punho à extremidade do dedo. tempo; Espiga do polegar (2 a 3 cm) Depois de concluídas as circulares em torno do punho, onde se Evitar deslocamento da inicia a ligadura, esta desce em diagonal até à extremidade do lado ligadura; esquerdo do polegar, que contorna, cruza a anterior, para em Evitar que a ligadura se seguida subir em diagonal até ao punho; repetir o trajecto o número desloque e que os de vezes necessário até à cobertura total do polegar, que é feita da adesivos ou agrafos extremidade para a base, cruzando a ligadura ao longo do dedo, elásticos fiquem presos pela sua face dorsal, onde faz espiga ascendente. noutras estruturas que não Termina por duas circulares no punho, sobrepostas às primeiras. as ligaduras; 136 Evitar contaminação das Luva da mão ou espiral de todos os dedos (2 a 3 cm) mãos; Na mão direita inicia-se a ligadura pelo dedo mínimo; na mão Proporcionar conforto; esquerda pelo polegar. Inicia-se no punho para em seguida fazer a Prevenir a contaminação espiral do primeiro dedo mínimo ou polegar, conforme a mão. do ambiente; Concluída a cobertura de um dedo, como na espiral a ligadura vai Prevenir infecção; ao punho, que contorna para descer à extremidade do segundo, 134 onde vai repetir a técnica usada no primeiro. Repete-se esta _ Tipo de Volta manobra a cada um dos dedos, até ligar a todos, um por cada vez. O tipo de volta utilizada no executar da ligadura depende da parte do Termina onde tinha iniciado. corpo a envolver e do material de que a ligadura é feita. Nalguns casos é necessário fazer no polegar uma ligadura em Circular – é a volta mais simples e mais usada. Utiliza-se para ligar espiga, já descrita, porque neste dedo dá mais segurança que as porções do corpo circunferenciais como um braço. Utiliza-se quando espirais. se deseja cobrir completamente voltas anteriores. As extremidades Cruzado do punho, anterior (5 a 7 cm) iniciais e terminais ficam com a mesma localização. Usa-se numa Com a palma da mão voltada para nós, inicia-se a ligadura em torno porção pequena, e também para fixar o início de uma ligadura ou o da mão, mas sem cobrir os dedos, que devem ficar livres. Em seu termo, como ao começar ou terminar uma ligadura em oito ou em seguida segue uma diagonal ascendente do bordo da mão até ao espiral. punho, que circunda numa volta completa, para em seguida descer Espiral – a volta em espiral apenas se sobrepõe parcialmente à novamente em diagonal, a partir das circulares do punho até às da anterior. Usa-se mais frequentemente em porções cilíndricas. palma da mão. Faz mais duas diagonais ascendentes e duas Espiral invertida – esta vira a ligadura a meio de cada volta. Usase descendentes que cruzam a fazer espiga, mas estas agora só fazem para ligar porções circunferenciais que vão aumentando de meia circular no punho e no dorso da mão. Termina no punho. tamanho (ex. antebraço ou perna). É necessária para aplicar ligaduras Cruzado do punho, posterior não flexíveis (ex. de pano). Como se encontram hoje em dia O mesmo material e a mesma técnica da anterior, havendo apenas disponíveis ligaduras mais adaptáveis, este tipo de volta raramente se que colocar a mão com a face dorsal voltada para nós. Estes dois usa hoje nos serviços. cruzados também se podem fazer no sentido descendente, isto é, a Volta em Oito – sobrepõe-se de uma forma obliqua e começar com duas circulares no punho, e a fazer a primeira alternadamente ascendente e descendente. Cada volta cruza a diagonal descendente à mão. Nos doentes que tenham ferimentos anterior, formando um oito. Fica com um aspecto de um osso de na mão, esta técnica é superior. arenque e usa-se para ligar e imobilizar articulações (ex. joelho, Ligadura ou recorrente da mão (7 cm) cotovelo). Inicia-se no punho, fazendo em seguida uma série de recorrentes à Espiga – é uma variante da volta em oito. Todas as voltas se ponta dos dedos, a primeira ao centro e as seguintes que forem sobrepõem num ângulo agudo e sobem e descem alternadamente. 137 Usa-se para ligar a anca, coxa, virilha e polegar. precisas, uma para cada lado, até cobrir toda a extremidade do Recorrente - utiliza-se em áreas arredondadas, como um coto penso. Fazendo uma inversão com a ligadura, inicia-se um espiral após amputação, a cabeça ou, por vezes, os dedos. Começa-se por em torno dos dedos, para arrematar e fixar as recorrentes. prender a ligadura com diversas circulares. Depois coloca-se o rolo no Chegando à palma da mão, fazem-se duas circulares para dar início centro da porção a ser ligada. Faz-se meia volta segurando-a com o a um cruzado do punho, que termina por duas circulares, no punho dedo. Passar o rolo para trás e para a frente sobre o topo do coto, ou também, a sobrepor as primeiras. 135 Cruzado do antebraço/espirais, cruzados ou inversões (7 ligadura sobre o maléolo, que se encontra à esquerda cm) (externo no pé direito, interno no esquerdo), conduz-se a Começa pelo punho para em seguida prosseguir na cobertura do ligadura pelo peito do pé, maléolo do lado oposto, vértice do antebraço por meio de uma espiral, inversões seguidas ou calcanhar, até atingir a ponta inicial. Repete-se esta volta com alternadas ou em cruzados, umas e outras sempre feitas na face a ligadura a sobrepor. Em seguida faz-se uma terceira volta posterior do antebraço e no sentido ascendente até junto da que, no calcanhar, se afasta cerca de 3 cm para cima e uma articulação do cotovelo; aqui termina por duas circulares, que não quarta que se afasta para baixo. Estas 4 passadas cobrem o devem prejudicar os movimentos da articulação. calcanhar e com o rolo no peito do pé conduz-se Cruzado do cotovelo, anterior (7 cm) obliquamente até ao tendão de Aquiles, onde cobre o bordo Inicia-se em torno do antebraço, um pouco abaixo da articulação, superior das circulares, desde obliquamente, por debaixo do seguidas de uma diagonal ascendente ao braço um pouco acima da maléolo do nosso lado, até ao bordo do pé que atravessa por flexura onde faz uma circular, para em seguida descer em diagonal debaixo da planta, contorna o pé do lado oposto, atinge a face até às circulares iniciais. Repetir este oito em circulares, até que dorsal para seguir novamente ao tendão de Aquiles. Desce ao esteja coberto o cotovelo. Terminar acima da articulação. bordo do pé, de trás para diante e por debaixo do maléolo da Cruzado do cotovelo, posterior lado oposto e daqui passa pela planta do pé até contornar de O mesmo material e a mesma técnica do cruzada anterior, devendose novo o bordo do nosso lado, sobe ao peito do pé e cruza a cobrir o cotovelo com a face posterior voltada para nós. anterior. Termina na região maléolar. Leque do cotovelo (5 a 7 cm) Ligadura recorrente do pé (7 cm) Braço em semi-flexão. Inicia-se em plena flexura, com duas Ligadura que se destina a cobrir pensos que envolvem todo o pé. circulares, seguidas de novas circulares abaixo e acima das Inicia-se na região metatársica, depois e a começar a meio da face primeiras, que na face posterior se vão distanciando umas das 140 outras um a dois centímetros, formando abertura em leque dorsal do pé, executa-se uma série de recorrentes, isto é, a partir da divergente e que na face anterior se sobrepõem. Executa-se o parte central, onde se faz a primeira passada, à extremidade do número de voltas necessárias até se obter a cobertura do penso. penso, seguindo-se uma à direita e outra à esquerda e assim Termina no braço. alternadamente até o cobrir totalmente. Estas recorrentes fixam-se 138 com duas circulares a sobrepor as iniciais que servem de início a um Ligadura do braço/espirais, cruzados ou inversões (6 a 7 cruzado ascendente, para terminar a cobertura do pé. Se for cm) necessário cobrir o calcanhar, executa-se, a partir das duas Principia em torno do braço, logo acima da articulação do cotovelo. circulares que fixam as recorrentes, um leque de Arruda, e só depois Em seguido realiza-se uma espiral, inversões ou cruzados ao longo deste feito se conclui a ligadura com o cruzado, que termina em da face externa do braço, a partir da parte inferior até atingir a raiz torno da perna. do braço. Termina aqui a ligadura com duas circulares a sobrepor. Ligadura da perna (6 a 7 cm) _ Ligaduras dos membros inferiores Ligadura destinada à contenção de pensos da perna. Inicia-se na Espiral de um dedo do pé (2 a 3 cm) região supra-maléolar, em seguida continua-se a progressão ao Inicia-se a ligadura na região metatársica, seguida de uma diagonal longo da perna por meio de espiral, cruzados ou inversões, seguidas descendente à extremidade do dedo. Concluído a cobertura do dedo ou alternadas. Atingindo a parte superior da perna, abaixo da executa-se uma diagonal, agora ascendente, até às duas circulares articulação do joelho, termina-se. iniciais, onde a ligadura termina. Cruzado anterior do joelho (7 cm) Cruzado do pé (5 a 7 cm) Destina-se à contenção de pensos no joelho e à imobilização da Ligadura útil na contenção dos pés. Executa-se por duas articulação. Começa-se em forno da perna, abaixo do joelho. Em modalidades: seguida executa-se uma diagonal ascendente da esquerda para a Ascendente - preferida para o início das ligaduras que atingem a direita, até atingir a parte inferior da coxa, aqui faz-se uma circular, perna. Inicia-se em torno da região metatársica, de forma que o para em seguida fazer nova diagonal, agora descendente, da coxa à bordo da ligadura passe a rasar a base de dedo mínimo. Segue-se perna, a cruzar a anterior. Continuam-se a executar diagonais uma diagonal ascendente da esquerda para a direita; até à região ascendentes e descendentes, mas sem circulara a coxa, até cobrir supra -maléolar, aqui faz-se uma circular e desce uma nova totalmente o joelho. Termina na coxa a sobrepor a circular que foi diagonal a cruzar a anterior ao bordo do pé. Repetir este oito pelo feita no primeiro oito do joelho. menos mais duas vezes, dando três passadas ascendentes, Cruzado posterior do joelho (7 cm) cobrindo 2/3 da precedente, que se cruzam no peito do pé. Utiliza-se a mesma técnica da anterior, apenas com a diferença de Descendente - preferida nas ligaduras dos ferimentos dos pés. A que no posterior o cruzado, forma a espiga sobre a região poplítea. mesma técnica da anterior com as seguintes alterações: o início da Esta ligadura executa-se com o doente em decúbito lateral, de forma ligadura é na região supra - maléolar seguindo-se uma diagonal que o membro inferior fique de lado. descendente. 141 Leque ou coifa do calcanhar Leque do joelho (7 a 8 cm) Há três tipos de leque para o calcanhar: Destina-se à contenção de pensos no joelho e que permite 139 aumentar a mobilidade normal da articulação. Coloca-se o membro Clássico (5 a 7 cm) - Inicia-se em pleno bordo do calcanhar em semi-flexão, inicia-se a ligadura a contornar o joelho, ao nível da do peito do pé, continuando a fazer circulares distanciadas rótula. Depois destas concluídas, continuam a fazer-se circulares umas das outras 2 cm na região do calcanhar e a sobrepor no que abrem em leque, para baixo e para cima na face anterior da peito do pé. Estas circulares, a abrir em leque posterior, articulação. Isto é, por cada passada circular a ligadura afasta-se na alternadamente, ora para o lado da perna ora para o lado do frente 1 a 2 cm, uma vez para o lado da perna e outra para o lado da pé, executam- se o número de vezes julgadas necessárias até coxa e assim o número de vezes necessárias até cobrir o penso. O cobrir o penso. Termina na região maléolar. afastamento é só na parte anterior do joelho. Na região poplítea, as De Arruda (5 a 7 cm) - Inicia-se na região metatársica, em passadas da ligadura sobrepõem-se. Conclui-se na coxa. seguida a ligadura oblíqua para o lado do calcanhar, para aí Ligadura da coxa (10 a 12 cm) executar o leque com a técnica do anterior. Ligadura destinada à contenção de pensos da coxa. Inicia-se em De Chavesse (5a7 cm) – Inicia-se aplicando a ponta inicial da torno da coxa, logo acima do joelho. Em seguida, por meio de uma espiral, cruzados ou inversões, continua-se a ligadura ao longo da coxa até chegar à raiz do membro, onde se termina. 144 Ligadura dos cotos de amputação (7 cm) outro valor que acompanhe a incógnita (x), para o outro lado da Ligadura destinada à contenção dos pensos nos cotos dos membros igualdade, o que vai gerar uma divisão. Assim: amputados. Inicia-se em torno do membro um pouco acima da zona x = 300 / 500 amputada. Seguidamente, iniciam-se uma série de recorrentes, x = 0,6ml sendo a primeira ao meio do coto e as restantes para um e outro Portanto, o doente deve receber uma aplicação de 0,6ml de Amicacina. lado a cobrir 2/3 da anterior, o número de vezes necessário até que Exemplo 2: fique completamente coberto todo o penso. Estas recorrentes Prescrição: 200mg de um antibiótico EV de 6/6h. seguram-se por meio de duas ou três circulares em torno do Frasco disponível no hospital: frasco em pó de 1g. membro, a sobrepor as iniciais. Resolução: Quando a amputação é feita na coxa, em zona alta, no terço médio a) siga os mesmos passos do exemplo anterior; ou superior, a ligadura continua-se com uma espiga da virilha no b) transforme grandezas diferentes em grandezas iguais, antes de criar a sentido ascendente. Isto é, depois de feitas as circulares terminais regra de três; neste caso, tem que se transformar grama em miligrama; da coxa e partindo da face externa desta, inicia-se uma diagonal 1grama = 1.000mg ascendente à crista ilíaca do lado oposto ao membro que se liga, Assim, temos: contorna o dorso para descer ao longo da região inguinal a cruzar a 1.000mg = 5 ml 142 200mg = x ml passada precedente até atingir a face interna da coxa para fazer (1.000) x (x) = 200 x 5 uma circular. Repetir este oito pelo menos mais duas vezes, x = (200 x 5) / 1.000 terminando em torno do abdómen, ao nível das cristas ilíacas. x = 1 ml REGISTOS Alguns exemplos de cálculo de medicamentos: Estes devem conter os seguintes elementos: • Ampicilina Procedimento (data e hora); Apresentação: frasco-ampola de 1g Reacção do doente; Prescrição médica: administrar 250mg de Ampicilina Tipo e características da ferida Resolução: transformar grama em miligrama Líquido drenado e suas características; 1g = 1.000 mg Avaliação/evolução da cicatrização Diluindo-se em 4ml, teremos: 145 Actualização do plano de cuidados 1.000 mg = 4 ml NOTAS: 250 mg = x ______________________________________________________ X = 1ml ______________________________________________________ • Decadron ______________________________________________________ Apresentação: frasco de 2,5ml com 10mg (4mg/ml) ______________________________________________________ Prescrição médica: administrar 0,8mg de Decadron EV ______________________________________________________ 4 mg = 1 ml ______________________________________________________ 0,8 mg = x ______________________________________________________ (4) x (x) = 0,8 x 1 ______________________________________________________ x = 0,8 / 4 CÁLCULO DE MEDICAÇÃO x = 0,2 ml Uma das actividades que o enfermeiro realiza frequentemente é a • Penicilina Cristalizada administração de medicamentos. Para fazê-lo correctamente, na dose Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000U exacta, muitas vezes ele deve efectuar cálculos matemáticos, porque 143 Prescrição médica: 3.000.000U nem sempre a dose prescrita corresponde à contida no frasco. Os Observação: a Penicilina de 5 milhões aumenta 2ml após a diluição. cálculos, todavia, não são muito complicados; quase sempre podem ser 5.000.000U = 10 ml (8ml de diluente + 2ml) feitos com base na regra de três simples. 3.000.000U = x Cálculo de medicação utilizando a regra de três simples 5.000.000. x = 3.000.000. 10 Na regra de três simples trabalha-se com três elementos conhecidos, e a x = 30.000.000 / 5.000.000 partir deles determina-se o quarto elemento. Algumas regras práticas x = 6ml podem-nos auxiliar no cálculo, como demonstram os exemplos • Permanganato de potássio (KMNO4) 1 e 2. Apresentação: comprimidos de 100mg Exemplo 1: Prescrição médica de KMNO4 a 1:40.000 O médico prescreve a um doente 150mg de Amicacina e no Hospital Quantos ml de água são necessários para se obter a diluição prescrita? 146 existem apenas ampolas contendo 500mg/2 ml. 1:40.000 significa: 1g de KMNO4 em 40.000 ml de água, ou Resolução: 1.000mg de KMNO4 em 40.000ml de água. a) Crie a regra de três dispondo os elementos da mesma natureza Assim: sempre do mesmo lado, ou seja, peso sob peso, volume sob volume; 1.000mg = 40.000ml b) Utilize os três elementos para criar a regra de três e descubra o valor 100mg = x da incógnita x. Para facilitar a criação, pode fazer a seguinte reflexão: x = 100 x 40.000 / 1000 x = 4.000ml ou 4 litros Se 500mg equivalem a 2ml, 150mg serão equivalentes a x ml: Portanto, acrescentando-se 100mg (1 comprimido) em 4 litros de água, 500mg = 2ml obtém-se solução de KMNO4 na concentração 1: 40.000. 150mg = x • Heparina Na regra de três, a multiplicação dos seus opostos igualam-se entre si. Apresentação: frasco-ampola de 5ml com 25.000U (5.000/ml) Assim, o oposto de 500 é x e o oposto de 150 é 2, portanto: Administrar 200U de Heparina EV. (500) x (x) = (150) x (2) 1 ml = 5000 U 500x = 300 x ml = 200 U Para se saber o valor de x é necessário isolá-lo, ou seja, colocar todos (5.000) x (x) = (1) x (200) os valores numéricos do mesmo lado. Passa-se o valor 500, ou qualquer x = 200 / 5.000 x = 0,04 ml _ Apresentar-se a si e aos restantes elementos do serviço e Cálculo de gotejamento da infusão venosa respectivas funções Exemplo: Calcular o gotejamento, para correr em 8 horas, de 500ml de _ Orientar o doente dentro da sua unidade solução glicosada a 5%. _ Apresentar restantes doentes da enfermaria É possível calcular o gotejamento de infusões venosas pelos seguintes _ Ensinar a utilizar os equipamentos - funcionamento da cama, métodos: mesa de refeições (...); Método A _ Monitorizar sinais vitais 1º passo - Calcular o nº de gotas que existem no frasco de solução, _ Monitorizar peso lembrando-se que cada ml equivale a 20 gotas. Com três dados _ Colher espécimes urgentes e enviá-los ao laboratório conhecidos, é possível obter o que falta mediante a utilização de regra _ Fazer colheita de dados segundo folha protocolada pela 147 instituição de três simples: _ Avaliação inicial de enfermagem requer uma colheita de 1ml = 20 gotas dados completa para ajudar a uma boa prestação de 500ml = x cuidados. Estes dados incluem um relato subjectivo da x = 500 x 20 / 1 = 10.000 gotas história de saúde do doente e uma avaliação física objectiva 2º passo - Calcular quantos minutos há em 8 horas: _ Fazer folha de plano de intervenções de Enfermagem 1h = 60 minutos _ Explicar ao doente rotinas do serviço tais como: Horários de 8h = x visita, Horários de refeições, Horário de deitar e acordar, x = 8 x 60 / 1 Funcionamento das camas eléctricas, das campainhas, e x = 480 minutos televisor Solução glicosada a 5% significa que em cada 100ml de solução existem _ Ajudar o doente a conservar a sua individualidade e a sua 5 gramas de glicose. independência desde o início da hospitalização 3º passo - Calcular o número de gotas por minuto, com os dados _ Registar nome do doente na sua unidade obtidos da seguinte forma: _ Atender sempre à privacidade dos doentes 10.000 gotas = 480 minutos _ Dar informações aos familiares e tranquilizá-los x = 1 minuto 150 x = 10.000 x 1/480 _ Pedir dieta prescrita, mencionando o número de refeições x = 21 gotas/minuto necessárias • Cálculo de microgotas: multiplicar o resultado por 3 = 63 mgt/min _ Preencher folha de terapêutica NOTAS: _ Preencher o quadro com os dados do doente ______________________________________________________ _ Fazer notas de admissão ______________________________________________________ REGISTOS ______________________________________________________ Estes devem conter os seguintes elementos: ______________________________________________________ Data / hora de admissão 148 Quarto e unidade nos quais o doente foi admitido ______________________________________________________ Como é que chegou ao serviço (pelo seu pé, cadeira de rodas ou ______________________________________________________ maca) ______________________________________________________ Tratamento do espólio ______________________________________________________ Informação sobre os dados não habituais NORMA DE ADMISSÃO DE UM DOENTE Ensino realizado DEFINIÇÃO Tratamentos imediatos O acolhimento do doente e dos seus familiares na instituição de saúde é Os enfermeiros dispõem de uma posição privilegiada entre aqueles que um procedimento fundamental na medida em que facilita a integração prestam cuidados na medida em que acolhem e avaliam o doente de quer do doente, quer dos familiares e o estabelecimento de uma relação uma forma holística e identificam todas as suas necessidades. terapêutica. NOTAS: Assim como se dever conhecer o funcionamento hospitalar, também se ______________________________________________________ deverão conhecer a história dos doentes a admitir. Ainda que a maior ______________________________________________________ parte das pessoas que possam ser admitidas no hospital, não sejam ______________________________________________________ pessoas conhecidas, deve-se aceitar que há certas emoções e ______________________________________________________ expectativas que são praticamente universais, entre aqueles que são ______________________________________________________ admitidos. Compreender estas emoções e expectativas pode ajudar na ______________________________________________________ preparação do seu primeiro encontro com um doente. Indubitavelmente, ______________________________________________________ o primeiro contacto com um novo doente é importante. ______________________________________________________ É um processo importante para a construção da imagem da organização 151 e contribui para a definição do grau de satisfação do doente e dos seus NORMA DE AVALIAÇÃO INICIAL DE ENFERMAGEM familiares. DEFINIÇÃO OBJECTIVOS É um conjunto de dados obtidos no acolhimento feito pelo enfermeiro, Admitir o doente e a sua família tornando esta uma experiência positiva com a finalidade de identificar os problemas do doente, relacionados com Integrar o doente no meio físico que o rodeia as necessidades em cuidados de enfermagem. Prestar uma assistência personalizada ao doente OBJECTIVOS Reunir condições para o internamento ser o mais curto possível. Proporcionar informação ao doente/família 149 Fornecer ao enfermeiro um guia para a colheita de dados. ACÇÕES DE ENFERMAGEM: Criar condições para um ambiente terapêutico _ A recepção do doente deve ser sempre personalizada Dar início ao plano de tratamento e alta _ O doente deve vir sempre acompanhado com o respectivo Identificar problemas/necessidades do doente processo INFORMAÇÕES GERAIS _ Verificar se a unidade do doente está preparada É uma técnica executada pelo enfermeiro. _ Ajudar o doente na transferência para a sua unidade A avaliação feita no momento da admissão deve incluir: obtidas. A identificação do doente Assinar e datar a folha de Uma descrição geral focando os aspectos sociológicos, avaliação inicial de psicológico, social e económico; enfermagem. Os antecedentes pessoais e familiares; NOTAS: Um resumo da situação actual ______________________________________________________ Observações consideradas importantes ______________________________________________________ Fonte de dados: ______________________________________________________ O doente ______________________________________________________ A família, vizinhos ou amigos ______________________________________________________ ______________________________________________________ Outros registos já existentes (processo clínico do doente) 154 MATERIAL ______________________________________________________ Folha de admissão de Enfermagem ______________________________________________________ 152 NORMA DE BANHO NO LEITO Material para avaliação de Sinais Vitais DEFINIÇÃO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Consiste na lavagem de toda/parte da superfície corporal de forma a Intervenções Justificação satisfazer as necessidades de higiene e conforto do doente. É uma Se o doente se puder prática de higiene em que se procura remover o suor, a oleosidade, a deslocar, levá-lo para um local poeira e os microorganismos da pele. Inclui por vezes, a massagem de isolado, para que a entrevista toda a extensão corporal ou parte dela. decorra em ambiente privado, FINALIDADES sem interferências. Manter a limpeza /higiene corporal durante a hospitalização. Cumprimentar o doente e Proporcionar o máximo de conforto ao doente. família (se estiver presente). Conservar a integridade cutânea. Proceder à sua apresentação Promover a prática de hábitos higiénicos. pessoal como enfermeiro/a OBJECTIVOS responsável. Proporcionar higiene e conforto. Explicar-lhe o objectivo da Estimular a circulação, a respiração cutânea e o exercício. entrevista. Manter a integridade cutânea. Conduzir o diálogo de modo Fazer observação física do doente. informal pondo o doente à Favorecer/estimular a independência do doente. vontade. INFORMAÇÕES GERAIS Ouvir mais do que questionar. 155 Dar oportunidade ao doente Esta é uma técnica executada pelo enfermeiro, podendo este ser de expressar os seus auxiliado por um auxiliar da acção médica. sentimentos, dúvidas e É uma intervenção autónoma de enfermagem que se constitui de preocupações. extrema importância para o bem-estar físico, psíquico e social do doente. Avaliar a situação emocional É um momento de relacionamento interpessoal único, que ode e deve do doente e, se necessário promover a comunicação e empatia com o doente. interromper a entrevista, mas O horário deve ser adequado, não só à organização de cada instituição completá-la sempre que mas, sobretudo e primordialmente aos hábitos dos doentes. possível no mesmo turno. A sua execução é dependente de uma consulta ao processo e plano de Proporcionar condições cuidados no sentido de se identificar o nível de dependência do doente. para um ambiente Devem verificar-se as condições ambientais da unidade: temperatura, terapêutico. ventilação, iluminação... Identificar problemas e Respeitar as preferências e a privacidade do doente (mantendo-o necessidades do doente sempre coberto com um lençol, evitando exposições desnecessárias). 153 Observar o doente, interrogar, interpretar e relacionar. Informar/esclarecer/ensinar, Mobilizar o doente para que se sinta seguro, usando movimentos rápidos sempre que considere e firmas, mas suaves. necessário. Fazer a higiene de modo a que todo o corpo fique lavado, começando Estar atento à comunicação das zonas mais limpas para as mais sujas. Mudar a água sempre que não verbal do doente (postura necessário. corporal, expressão facial Secar bem, dando especial atenção às orelhas, axilas, umbigo, pregas procura ou fuga do contacto cutâneas e espaços interdigitais. visual etc.). Colocar sempre a roupa suja directamente no saco adequado para o Completar a informação com efeito. os dados obtidos na, TIPOS observação física do doente, Os cuidados de higiene podem classificar-se de acordo com a extensão servindo-se do guião de corporal, com a ajuda e com o local onde são executados. Assim: 156 referência para avaliação das Segundo a extensão corporal: actividades de vida. Total Registar os dados colhidos em Parcial impresso próprio. Segundo a ajuda: Agradecer ao doente/família a Total informação e colaboração Parcial Segundo o local: lençol de banho e traze-lo Na cama até aos pés. No chuveiro _ Uma vez aos pés da Por exemplo podemos dizer que ao doente X foram prestados: cama dobre o lençol em Cuidados de higiene totais, com ajuda total no chuveiro. trouxa. Colocar no saco AVALIAÇÃO INICIAL da lavandaria. Verificar indicações e precauções específicas em relação ao banho. movimento e posicionamento. _ Mantém seca a roupa para Verificar entubações e localização dos cateteres I.V. substituição. Avaliar a necessidade do banho. _ O lençol de banho Avaliar a capacidade de ajuda da pessoa; planear a ajuda providencia calor e apropriada. privacidade. Durante o banho na cama, deve realizar movimentos passivos _ Mantém a pessoa coberta (MPA) das articulações, conforme apropriado. enquanto se retira o lençol. Avaliar a capacidade para compreender instruções. Posicionar a pessoa perto da Perguntar quais as preferências em produtos auxiliares de higiene beira da cama mais próximos (por exemplo, sabão). de nós. Obtenha produtos auxiliares da higiene, roupa e equipamento. Evitar o afastamento desnecessário. Avaliar a temperatura e ventilação do quarto (ajuste se possível); feche as janelas e porta para prevenir correntes de ar. Remover a camisa ou pijama enquanto se mantém o doente Lavar as mãos antes de ir buscar a roupa. 157 coberto. Usar mecanismos corporais correctos. Se o doente tem cateter I.V, PREPARAÇÃO da PESSOA e da UNIDADE retirar primeiro a camisa do Explicar como é que a pessoa pode ajudar. braço sem soro. Depois segurar na garrafa de soro e fazer Explicar a sequência das actividades deslizar a camisa pelo sistema Desimpedir a zona de trabalho. até passar. Voltar a suspender Assegurar a privacidade. e verificar o ritmo de perfusão. Colocar o material necessário na cadeira ao lado da cama ou na Colocar a mesa-de-cabeceira mesa-de-cabeceira a uma altura confortável. ou a cadeira em local Ajustar a cama a uma altura confortável com as grades levantadas. Evita a torção e a extensão. Posicionar o doente em decúbito dorsal, salvo contra-indicação. 159 MATERIAL facilmente alcançável e Bacia para o banho posicionar a bacia e o Sabão recipiente com sabão. Luvas Retirar a almofada se o estado Carro de roupa limpa do doente o permitir. Carro de roupa suja A remoção da almofada 3 Toalhetes ou esponjas simplifica a lavagem dos 1 Toalha de rosto ouvidos e pescoço. 1 Toalha de banho Colocar a toalha de banho Camisa ou pijama debaixo da cabeça. Produtos auxiliares de higiene (sabão, pó de talco, desodorizante, Evita molhar a cama. loção da pele) Colocar as grades da cama INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM para cima, se for necessário Intervenções Justificação para a segurança, enquanto Remover a roupa de cima da se vai buscar água para o cama. Cobrir a pessoa com o banho. Usar o lençol de cima para Encher a bacia de banho até cobrir se não houver lençol de um terço ou metade com água 158 quente à temperatura de 43º a lençol de banho. 46º C. _ Desentalar a roupa de Lavar, passar por água e cima da cama nos pés; secar a cara e pescoço. _ Remover a colcha e _ Lavar em torno dos olhos cobertores; sem sabão. Com o toalhete _ Colocar uma das em luva, colocar o dedo extremidades do lençol de indicador no canto interno. banho nos ombros da Lavar da região exterior para pessoa. Se possível pedir a interior. ao doente para o fixar no _ Lavar, passar por água e lugar, enquanto retira o secar a testa, o rosto e à lençol; volta da boca. _ Agarrar na parte superior _ Com a toalha enrolada na do lençol por baixo do mão lavar, passar por água e secar as orelhas. Colocar dois dedos na parte anterior coloração das mesmas e das externa da orelha e o unhas. Encorajar a auto-ajuda 161 apropriada. _ Dê suporte na articulação do _ Examinar os olhos. Usar um pulso. lado diferente da luva para _ Coloque as mãos em água, cada olho. com uma toalha de banho _ Observar se há erupções da debaixo da bacia. Lave com pele, secreções do nariz um toalhete, dando (registar cor), ou lábios pancadas firmes com a ressequidos. Se os lábios têm ponta dos dedos na mão. secreções secas devem ser Lavar e secar todos os lados humedecidos para não de cada dedo fazendo traumatizar. movimentos com todas as _ Um só movimento suave suas articulações. chega para lavar a parte Lavar, passar por água e anterior e posterior da orelha. secar o peito. Observar se há secreções do _ Colocar a toalha de banho ouvido. Registar o estado da sobre o peito e puxar o 160 lençol de banho para baixo polegar na região posterior até ao umbigo. desta. _ Levantar e afastar do peito _ Lavar a parte anterior e um canto da toalha. Com a posterior do pescoço, se outra mão enrolada no necessário levantar a toalhete, lavar o peito pessoa para lavar a região usando movimentos firmes e posterior. Passar por água e longos. Colocar novamente secar. a toalha sobre o peito no pele. intervalo entre lavar, passar _ Observar se há erupções da por água e secar. pele, caspa no couro _ Proporciona calor e mantêm cabeludo e gânglios linfáticos privacidade. aumentados de volume. _ Permite a visualização da Retirar a toalha de banho área que está a ser lavada debaixo da cabeça. enquanto o resto do peito Lavar, passar por água e permanece coberto. Mantém secar os membros superiores. privacidade e calor. Avaliar o _ Colocar a toalha de banho estado do tecido mamário, da ao comprimento debaixo de pele debaixo dos seios e dos um dos membros, bem mamilos. Avaliar a respiração. acima da axila. Fazer ensino sobre autoexame _ Segurar no pulso e levantar da mama se possível. o membro superior. Lavar, passar por água e _ Usar o toalhete em luva para secar o abdómen. lavar e passar por água o _ Dobrar o lençol de banho membro superior. Usar para baixo até à região movimentos longos e firmes púbica. Enrole os lados à na direcção do ombro e _ Avaliar se há distensão menos fortes na direcção da abdominal. mão. Lavar a axila. 162 _ Evitar molhar a cama. volta da anca. _ Facilita a observação e a _ Colocar a toalha de banho, amplitude de movimentos. ao comprimento ou _ A firmeza provoca fricção que atravessada, sobre o remove a sujidade e estimula abdómen. a circulação. _ Levantar a toalha de banho Se esta com administração I.V para cima com uma mão. não exercer pressão nas veias Lavar o abdómen com a nem no local inserção. outra mão, envolvida num Lavar, passar por água e toalhete. Lavar de um lado secar as mãos. ao outro, usando _ Lave sem toalhete em luva. movimentos longos e firmes. Para limpar ou cortar as unhas, _ No intervalo entre lavar e humedecer previamente estas. passar por água, puxar a _ Avaliar a circulação através toalha de banho sobre o da observação da abdómen. temperatura das mãos e _ Secar o abdómen com a toalha de banho. Mobilizar se não houver _ f) Remover a toalha de contra-indicação. banho e recolocar o lençol Usar água limpa para os de banho até à altura dos cuidados perineais. Lavar, ombros. passar por água e secar a _ Numa mulher colocar a toalha região perineal. de cara sobre o peito e a Para segurança elevar as toalha de banho sobre o grades da cama enquanto se abdómen. vai buscar água nova. Verificar _ Dar especial atenção à a temperatura desta. Ajudar nos limpeza do umbigo e às cuidados perineais se pregas do abdómen. necessário. Este passo Lavar, passar por água e completa o banho da parte secar os membros inferiores, anterior do corpo. expondo um de cada vez. 164 _ Começar pelo membro mais Mudar de água e de toalhete. Após lavar a zona perineal é afastado e cobrir. necessária água e toalhetes _ Posicionar com segurança a limpos. bacia de banho, perto do pé Lavar, passar por água e a ser lavado. secar as costas. _ Colocar o braço e forma a _ Volte a pessoa para o suportar a barriga da perna decúbito lateral, mantendo-a da pessoa; segurar pelo coberta. _ Mantém privacidade. _ Cubra a pessoa, retirando a _ Evitar que se entorne a água. coberta das costas, desde _ Segurar no membro desta os ombros até às coxas e forma dá suporte às cobrindo-as com o lençol de articulações. A toalha evita banho, no sentido do 163 comprimento. calcanhar; dobrar a perna _ Use a mão livre para afastar pelo joelho e levantar a toalha das costas. Com a lentamente, deslizando em outra mão envolta no seguida a toalha de banho toalhete, lave as costas com ao cumprimento debaixo movimentos contínuos, deste. longos e firmes. Lave desde que a cama fique molhada. a parte posterior do pescoço _ Continuando a suportar a até às nádegas, evitando a perna e o pé, com a mão região perianal. livre, deslizara bacia de Os cuidados às costas são banho para debaixo do pé especialmente importantes nos elevado. Colocar o pé doentes com a mobilidade firmemente apoiado no reduzida. fundo da bacia. _ Torna acessível a parte _ Com o toalhete à roda da posterior do corpo e mantém mão, usar movimentos o corpo quente. longos e firmes para lavar e _ Diminui a exposição. Avaliar a secar o membro inferior. pele, circulação e tensão _ Abrir o toalhete e usar muscular. toques firmes para lavar o _ Proporcionar calor e pé. privacidade. _ Cobrir e lavar o outro Lave, passe por água e seque membro da mesma forma a região perianal. que nos passos anteriores‖. A região perianal é a mais suja _ Controla os movimentos do e deve ser lavada no fim, para membro inferior; Posicionar o evitar o transporte de bactérias pé de forma a não exercer para as zonas mais limpas das pressão na barriga da perna costas. no bordo da bacia. Dar agora a massagem nas _ Ajuda o retorno venoso. costas, nesta ocasião, ou _ Lavar e secar Pode ser preferível realizar a cuidadosamente entre os massagem nas costas em dedos para evitar lacerar a 165 pele. Limpar e cortar as unhas depois da cama se necessário. completamente feita. _ Avaliar a sensibilidade, decúbito ventral. circulação, força muscular ACTIVIDADES FINAIS mobilidade em cada membro. Se ainda não foi feito, devem-se oferecer artigos de higiene pessoal (desodorizante, pó de talco, loção). Ajudar a vestir roupa lavada. tórax do doente (sob o Providenciar cuidados aos cabelos. Para efeitos de segurança, restituir a queixo) campainha, baixar a cama e voltar a por no lugar a manivela da cama. Usar espátula montada ou As intervenções finais incluem o seguinte: escova com pasta dentífrica Posicionar a pessoa numa posição confortável e alinhada e proceder à lavagem dos Remover os artigos desnecessários dentes da raiz para a coroa Deixar os artigos necessários (lenços de papel, saco de papel em movimentos circulares para o lixo, água) ao alcance da pessoa Embeber outra espátula em Registar-se nas notas, o tipo de banho e a observação de água e elixir e limpar as algo anormal. Por exemplo, lesões cutâneas perda de gengivas, a língua e face continuidade da pele, perda de força muscular, sensibilidade interna da boca anormal, extremidades frias e dificuldade respiratória na Economizar tempo mudança de posição Prevenir contaminação Registe no plano de cuidados se o discurso é coerente, a Estimular o doente capacidade para o auto-cuidado e as preferências individuais. Facilitar a execução da técnica NOTAS: Facilitar a execução e evitar o ______________________________________________________ risco de aspiração da solução ______________________________________________________ Proporcionar conforto ______________________________________________________ Proporcionar conforto ______________________________________________________ Desagregar secreções ______________________________________________________ acumuladas na cavidade oral ______________________________________________________ 168 166 Aspirar a boca do doente em ______________________________________________________ simultâneo com os cuidados ______________________________________________________ referidos nos itens 7 e 8 NORMA DE HIGIENE ORAL NO DOENTE INCONSCIENTE Secar a cara do doente com DEFINIÇÃO toalha Consiste na higiene da cavidade oral tendo em vista o conforto e bemestar, Reinstalar o doente bem como, da permeabilidade das vias aéreas do doente inconsciente. Providenciar a recolha e INFORMAÇÕES GERAIS lavagem do material É uma técnica executada pelo enfermeiro Lavar as mãos A higiene oral destes doentes deve ser feita de manhã, durante o banho Prevenir a aspiração para a e à tarde aquando da execução dos cuidados da tarde. No entanto, é árvore traqueobrônquica do aconselhável faze-la sempre que se justifique. conteúdo da cavidade oral O material deve ser escolhido de acordo com as necessidades de cada Proporcionar conforto indivíduo Proporcionar conforto Deve ser colocado creme emoliente ou óleo, a fim de prevenir a Manter a unidade arrumada formação de fissuras nos lábios. Usar o mesmo produto nas situações Prevenir infecção em que se verifique a formação de crostas. REGISTOS MATERIAL Data e hora Pasta dentífrica Reacção do doente Elixir da mucosa oral Alterações observadas Copo com água Características das secreções Seringa NOTAS: Cuvete riniforme ______________________________________________________ Espátulas montadas com compressa ou escova de dentes ______________________________________________________ Compressas ______________________________________________________ Toalha ______________________________________________________ 167 ______________________________________________________ Aspirador de secreções ______________________________________________________ Sonda de aspiração ______________________________________________________ Luvas de látex ______________________________________________________ Saco de sujos 169 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NORMA DE REALIZAÇÃO DE CAMA OCUPADA Intervenções Justificação DEFINIÇÃO Providenciar a preparação e Permite a mudança de roupa enquanto a pessoa permanece na cama. O transporte de material para objectivo é proporcionar uma cama confortável e limpa. junto do doente FUNDAMENTAÇÃO Lavar as mãos Uma cama limpa, fresca e confortável é muito importante para as pessoas Explicar o procedimento ao que têm de passar muito tempo nela. Uma cama confortável é fisicamente doente relaxante e prevenir serias complicações. Se não for dada a devida Elevar a cabeceira da cama atenção à cama e roupa, podem ocorrer problemas, tais como: (se não houver contraindicação) Irritação da pele devida aos corantes e branqueadores da Voltar a cabeça do doente roupa; para o lado do enfermeiro Pele esfolada nos calcanhares por esfregar nos lençóis, Colocar a toalha sobre o especialmente nas costuras; Úlceras de pressão por estar deitado em lençóis enrugados; necessário. Requer duas Irritação da pele e desconforto devido a lençóis húmidos. pessoas. A avaliação de enfermagem determina se a pessoa deve permanecer na _ Agarrar o colchão pelas asas cama ou pode levantar-se enquanto a roupa é mudada. Algumas pessoas ou lados laterais. Pedir ao devem permanecer na cama porque estão com restrições da mobilidade, doente para agarrar a ou por vezes, há indicação para estar em repouso na cama. Nestes casos cabeceira da cama e referir a cama tem que ser mudada estando ocupada. O colchão tem tendência Ter cuidado especial quando se posiciona pessoas com queimaduras, para deslizar para baixo doença vascular periférica ou problemas ortopédicos. Quando um doente quando a cabeceira está tem uma tracção, esta deve ser mantida continuamente. Para os doentes levantada. com queimaduras são necessários lençóis esterilizados. Deve-se evitar _ Obter ajuda do doente. sacudir os lençóis para diminuir a propagação de bactérias. 172 170 quando deve fazer força. OBJECTIVOS _ Com as pernas afastadas, Promover conforto do doente; transportar o peso do corpo Prevenir complicações resultantes da imobilidade. de uma perna para a outra, AVALIAÇÃO INICIAL dobrando os joelhos, ao Verificar se há roupa disponível na unidade. mesmo tempo que puxa o Tomar nota da roupa limpa necessária. colchão para cima, no Identificar os artigos especiais necessários (Cobertor extra). momento em que contar até três. Avaliar as capacidades da pessoa para ajudar e compreender _ Usar os músculos das as orientações. pernas como força motriz Avaliar as necessidades de ajuda suplementar. poupa energia e previne PREPARAÇÃO da PESSOA e da UNIDADE lombalgias de esforço. Explicar como é que a pessoa pode ajudar. Posicionar o doente no lado Explicar a sequência das actividades mais afastado da cama, em Afastar da cama a mobília. decúbito lateral com as costas Assegurar a privacidade. voltadas para si. Reposicionar a Retirar a campainha se estiver presa à roupa da cama. almofada debaixo da cabeça. Colocar ao alcance da mão a roupa limpa e o saco para a roupa Proporciona espaço para suja. colocar a roupa lavada. O Baixar as grades da cama. doente deve utilizar a grade Colocar a cama a uma altura adequada ao trabalho. da cama para se voltar. MATERIAL Preparar a base da cama. Lavar as mãos antes de ir buscar a roupa. _ Desentalar o lençol debaixo Fronha da almofada. do seu lado da cama, Colcha (se necessário). movendo-se da cabeça para Cobertor (se necessário). os pés. Lençol de cima. _ Dobrar, a todo o 171 comprimento, a roupa Resguardo. debaixo (resguardo, lençol), Lençol de baixo. tão perto da pessoa quanto Protector de colchão (se necessário). possível Toalha de banho. _ É mais eficiente Saco de roupa suja. completar um lado da Cesto da roupa. cama antes de começar o outro. Cadeira ao lado da cama para colocar a roupa. _ Proporciona uma área de Luvas (se a cama estiver suja ou molhada). trabalho maior e maior INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM conforto quando a pessoa Intervenções Justificação mais tarde rolar de costas Remover a roupa de cima. sobre a roupa. _ Desentalar a roupa de cima. Fazer a base de um dos lados _ Baixar a grade do seu lado. da cama. _ Remover a colcha e cobertor _ Ajustar o lençol debaixo ao e dobrar separadamente. colchão do lado dos pés da _ Deixar o lençol de cima cama. Manter a parte central sobre a pessoa ou se o dobrada, no meio do retirar cobrir com a toalha de colchão. Abrir o lençol a todo banho. 173 _ Permite um melhor acesso o comprimento. Dobrar em ao doente. pregas planas no meio da _ Mantém a privacidade e cama calor. _ Entalar os cantos do lençol Empurrar o colchão para a debaixo, em caixa, do lado cabeceira da cama se da cabeceira da cama _ Colocar resguardo se baixar a grade e realizar o necessário. canto como anteriormente. Ajude a pessoa a rolar para o _ Deixar colcha suficiente lado voltado para si. para cobrir os ombros. _ Subir a grade da cama. _ Entalar as três camadas _ Segurança e protecção. de roupa ao mesmo Mude a cadeira com o resto da tempo. A roupa em cima roupa lavada, para o outro lado muito apertada pode da cama, ao alcance fácil. causar a queda do pé. Poupa tempo e energia. Se necessário levantar a Proporciona conforto Fazer o outro lado da cama. 175 _ Esticar o lençol e o cabeceira da cama. resguardo. enquanto muda a fronha da _ Enrolar a roupa suja e almofada. colocar aos pés da cama. Mudar a fronha da almofada. _ Esticar a roupa dobrada em _ Retirar a fronha suja e pregas ate a borda da cama. colocar no saco de roupa Colocar a pessoa em suja. decúbito dorsal. _ Colocar a fronha limpa Reposicionar a almofada. Ajuste a cama como for _ Seguir os mesmos passos necessário. descritos anteriormente. Promove o conforto e a _ Verificar se não ficam segurança. objectos juntos com a ACTIVIDADES FINAIS roupa suja. Colocar a campainha no local. Colocar a roupa de cima. Levantar as grades da cama como necessário. _ Colocar o lençol de cima Voltar a colocar a cadeira e a mesa de refeições ao alcance dobrado, com a dobra central da pessoa. ao meio da cama. Abrir da Dar destino adequado ao saco com a roupa suja, seguindo a cabeça para os pés. Depois politica da instituição para este caso. _ Deixar roupa suficiente Verificar o correcto alinhamento do corpo do doente. para fazer uma dobra à NOTAS: altura dos ombros. Parte ______________________________________________________ mais macia voltada para o ______________________________________________________ 174 ______________________________________________________ desdobrar sobre a pessoa. ______________________________________________________ _ Pedir a pessoa para segurar ______________________________________________________ a parte superior do lençol ou ______________________________________________________ entala-lo debaixo dos ______________________________________________________ ombros. ______________________________________________________ _ Agarrar o lençol e toalha de 176 banho sujos e fazer NORMA DE POSICIONAMENTOS escorregar ate aos pés da DEFINIÇÃO cama, ao mesmo tempo que Posicionamentos são posturas em que se coloca o doente, quando este se faz escorregar o lençol não tem capacidade para mudar de decúbito sozinho e/ou quando a sua lavado. situação clínica não o permite. É um conjunto de acções que visam _ Colocar o cobertor dobrado promover o conforto, prevenir posições viciosas e lesões cutâneas. sobre a parte média do peito OBJECTIVOS da pessoa. Abra-o sobre ela Promover conforto; de um lado ao outro e depois Prevenir posições viciosas; da cabeça aos pés. Prevenir lesões cutâneas. doente. INFORMAÇÕES GERAIS _ Impede que a pessoa Esta é uma técnica executada pelo enfermeiro, sendo que o horário fique exposta. é de acordo com a situação clínica do doente e com o programa _ Mantém privacidade. estabelecido. _ Colocar a colcha da mesma Recomenda-se posicionamentos de 2 em 2 horas, avaliando a forma descrita com o tolerância e sensibilidade cutânea do doente, sendo necessário cobertor. vigiar regularmente as zonas de apoio, de modo a evitar o _ Entalar a roupa de cima aparecimento de rubor persistente. debaixo do colchão. Pedir ao Pode ser necessário diminuir o tempo de permanência nalgumas doente par realizar a posições e aumentar outras, de acordo com as actividades dorsiflexão antes de entalar programadas ao longo do dia. a roupa de cima. Fazer os cantos às três camadas de Os períodos de permanência devem ser alargados, se possível, no roupa ao mesmo tempo. período nocturno e encurtados no período diurno. _ Levantar as grades da cama. O risco de aparecimento de complicações da imobilidade, varia de _ Mudar-se para o outro lado, doente para doente, e depende essencialmente do tempo de permanência do leito e do grau de actividade do doente, quando Decúbito Dorsal acamado. o É o decúbito mais utilizado em UCI, e muitas vezes o que 177 o doente prefere. Os principais factores de risco, para o aparecimento de o É de todos os decúbitos, aquele que apresenta maior complicações da imobilidade são: risco, porque se exerce uma grande pressão na região Idade> a 65 anos; sacro-coccígea, calcanhares e região occipital. Alterações do estado de consciência; o Membros inferiores: Alterações da sensibilidade; _ Posição neutra Desnutrição; _ Joelhos e anca em extensão mantendo Obesidade; curvatura popliteia Hábitos tabagicos e/ou alcoólicos; _ Apoio total da superfície plantar (suporte de Patologia respiratória antecedente; pés), para prevenir pé equino Alterações hemodinamica. _ Calcanhares sem apoio na superfície da cama A alternância de decúbitos é o meio, por excelência, de prevenção o Membros superiores: de úlceras de pressão ao doente acamado. _ Devem ser posicionados dentro da amplitude Em qualquer posicionamento o doente deve ficar com o corpo de mobilização indolor ou não resistível centrado e com a coluna alinhada e sobretudo confortável. Posição 1 Considera-se os seguintes posicionamentos: o Ombro abduzido a 90º e DD – decúbito dorsal; com ligeira rotação DL – decúbito lateral esquerdo e direito; interna DSD – decúbito semi dorsal esquerdo e direito; o Cotovelo a 90º DV – decúbito ventral; o Antebraço parcialmente DSV – decúbito semi ventral esquerdo e direito. pronado Deve-se colocar um resguardo, ao fazer a cama, de modo a facilitar Posição 2 as deslocações do doente. o Ombro abduzido a As mudanças de posições devem obedecer a um plano regular: menos de 90º (grau _ DD – DLD – DSDD – DLE – DSDE compatível com Os doentes hemiplégicos, quando posicionados em decúbito lateral, conforto) devem ser colocados sobre o lado comprometido, quando as o Cotovelo a 90º condições pulmonares, cardíacas e esqueléticas o permitam. o Antebraço pronado Nos decúbitos ventral e semi-ventral mantém-se a extensão 180 completa da anca e alivia-se a pressão sobre as proeminências Posição 3 ósseas posteriores. Estes decúbitos são benéficos no tratamento de o Ombro em ligeira lesões nas regiões dorsal, nadegueira, occipital e calcanhares. abdução 178 o Cotovelo em extensão Devem usar-se materiais de prevenção de úlceras de pressão, tais o Antebraço supinado como colchão pressão alterna, protecção calcanhar ou cotovelo, _ Punho e mão entre outros, tendo sempre em conta que nenhum destes materiais é Punho em extensão eficaz se o doente não for mudado de posição regularmente. Flexão parcial das articulações É essencial manter boas condições de higiene, do doente e da falangianas e roupa da cama, bem como uma nutrição e hidratação adequadas. metacarpofalangianas As substâncias que mantém a pele hidratada e com um bom grau de Abdução do polegar em oponência elasticidade são benéficas e devem ser usadas em massagem, com ligeira flexão na articulação principalmente nas zonas de proeminência óssea. interfalangiana (rolo de mão) Quando surge uma zona de rubor, esta não deve ser massajada de Decúbito Lateral forma intempestiva, pois já existe lesão dos tecidos. Deve massajarse o É normalmente bem tolerado, mas o doente pode referir à volta, de modo a fazer uma melhor irrigação da zona, sem a desconforto, sobretudo a nível do ombro, do lado do pressionar. decúbito. Os calcanhares são uma das zonas mais susceptíveis de formação o Não utilizar em doentes ventilados, porque diminui a de úlcera de pressão. Está correcto o uso de protectores de capacidade ventilatória. calcanhar desde que sejam facilmente removíveis para permitir a _ Membros inferiores massagem e a visualização de controlo. Flexão da anca e joelho do membro As almofadas em forma de coroa circular estão aconselhadas em inferior contrario do decúbito, sem casos de cirurgia ao períneo ou hemorróidas, não sendo contacto com o MI do lado do aconselhadas na prevenção de úlceras de pressão. decúbito (almofada) MATERIAL _ Membros superiores Almofadas de textura moldável e de tamanhos adequados ao Rotação externa e extensão parcial posicionamento pretendido. do MS do lado do decúbito Rolo para manter a curvatura popliteia. Abdução do ombro do lado do Rolo para manter calcanhares elevados. decúbito Rolo para as mãos. 181 Suporte de pés. Flexão do MS do lado contrario ao Material de prevenção de úlceras de pressão. decúbito, sem contacto com o tórax 179 o Vigiar zonas de maior risco: INTERVENÇÕES ENFERMAGEM _ Maléolos _ Trocanter O levante está contra-indicado em situações de factura, como, _ Lóbulo da orelha pósoperatório Decúbito Semi Dorsal imediato, hipotensão severa, acidente vascular cerebral o É ideal para prevenção de úlceras de pressão, por manter em fase aguda e outras. livres de apoio, as principais áreas de proeminência O primeiro levante deve ser planeado com o doente, sobretudo em óssea. situações de imobilidade no leito por períodos superiores a uma o Vigiar as zonas de maior risco: semana. _ Maléolos Deve colocar-se o doente em posição de Fowler, durante 30 a 60 _ Lóbulo da orelha minutos antes do levante, de modo a prevenir a hipotensão Decúbito Ventral e Semi Ventral ortostática. o Destinam-se sobretudo a aliviar a pressão nas zonas 184 sacro-coccígea, occipital e calcanhares. A hipotensão ortostática é uma complicação frequente quando se _ Membros inferiores efectua o primeiro levante, pelo que se deve avaliar a pressão Anca e joelho em extensão arterial e frequência cardíaca, com o doente deitado, sentado na Pés com ligeira elevação (rolo sob beira da cama e finalmente após o levante. a parte anterior do tornozelo) O levante deve ser adiado sempre que o doente apresente _ Membros superiores hipotensão ou referir mal-estar ou tonturas. Ligeira abdução Quando o doente não consegue colaborar ou é muito obeso, o Extensão do cotovelo levante ou a passagem do doente da cadeira para a cama e viceversa Extensão e supinação do punho pode ser efectuada recorrendo à utilização do elevador hidráulico. Flexão dos dedos (rolo de mão) MATERIAL o Vigiar as zonas de maior risco na posição ventral: Sofá ou cadeira de rodas, coberto com lençol ou resguardo e _ Lóbulo da orelha com uma almofada para apoio da região dorsal. _ Grelha costal Elevador hidráulico, se necessário. _ Região esternal 182 INTERVENÇÕES ENFERMAGEM _ Cristas ilíacas Levante, sem colaboração do doente: _ Dorso do pé Intervenções Justificação o Vigiar as zonas de maior risco na posição semi-ventral: Proceder à lavagem higiénica _ Lóbulo da orelha das mãos. _ Ombro Identificar o doente. _ Crista ilíaca Explicar ao doente todos os _ Maléolos procedimentos. REGISTOS Preparar o sofá ou cadeira Procedimento (data e hora) rodas e colocá-lo em posição Programa de posicionamentos adequada. Reacções do doente Avaliar TA e FC. Características das zonas de isco Afastar a cama de modo a que Complicações Prevenir infecções cruzadas. NOTAS: Evitar erros. ______________________________________________________ Diminuir ansiedade e obter ______________________________________________________ colaboração. ______________________________________________________ Economizar tempo. ______________________________________________________ Avaliar estado hemodinâmico e ______________________________________________________ obter valores referencia. ______________________________________________________ Facilitar a execução do ______________________________________________________ 185 ______________________________________________________ um enfermeiro passe por trás. 183 Colocar a cadeira de rodas ou NORMA DO PRIMEIRO LEVANTE sofá paralelo à cama. DEFINIÇÃO Sentar o doente na beira da É um conjunto de acções que visam treinar o equilíbrio, preparar o treino cama. da marcha, incentivar o auto-cuidado e prevenir complicações da Avaliar a TA e FC. imobilidade. Levantar o doente. OBJECTIVOS Cobrir os membros inferiores Treinar o equilíbrio. com um cobertor ou resguardo. Preparar o treino da marcha. Avaliar a TA e FC. Incentivar o auto-cuidado. Proceder à lavagem Prevenir as complicações da imobilidade. higiénica das mãos. INFORMAÇÕES GERAIS procedimento. Esta é uma técnica executada um enfermeiro, por dois enfermeiros, Facilitar procedimento. um enfermeiro e um AAM ou o doente e um familiar (após ensino). Prevenir hipotensão. O horário é de acordo com a situação clínica do doente, segundo Reavaliar estado indicação médica ou das preferências do doente. hemodinâmico. O levante é o método pelo qual se passa o doente da posição Dar continuidade ao horizontal para a posição vertical. procedimento. Dar continuidade ao Proporcionar conforto. procedimento. Avaliar o estado hemodinâmico. Proporcionar conforto. Prevenir infecções cruzadas. Reavaliar estado Levante, com a colaboração do doente hemodinâmico. Intervenções Justificação 17. Prevenir infecções Proceder à lavagem higiénica das cruzadas. mãos. 187 Identificar o doente. REGISTOS Explicar ao doente todos os Procedimento (data e hora). procedimentos. Plano de levante. Preparar o sofá ou cadeira rodas Tempo de permanência no sofá ou cadeira de rodas. e colocá-lo em posição Colaboração do doente. adequada. Reacções do doente. Avaliar TA e FC. TA e FC (antes, durante e após o levante). Ajudar o doente a rolar para o Complicações decúbito lateral. NOTAS: Ajudar o doente a efectuar um ______________________________________________________ movimento pendular, em que, ao ______________________________________________________ Prevenir infecções cruzadas. ______________________________________________________ Evitar erros. ______________________________________________________ Diminuir ansiedade e obter ______________________________________________________ colaboração. ______________________________________________________ Economizar tempo. ______________________________________________________ Avaliar estado hemodinâmico ______________________________________________________ e obter valores referencia. NORMA DE COLHEITA DE FEZES Facilitar a execução do DEFINIÇÃO procedimento. Consiste na recolha de uma determinada quantidade de fezes para a realização de exames de diagnóstico. Facilitar procedimento. 186 OBJECTIVOS mesmo tempo que deixa cair os Realização exames complementares de diagnóstico. 188 MI para fora da cama, impulsiona INFORMAÇÕES GERAIS com os braços. Quem Executa: Manter o doente sentado na beira O Enfermeiro; da cama alguns momentos, antes O doente. de se pôr de pé. MATERIAL Avaliar a TA e FC. Aparadeira Explicar ao doente o Frasco de fezes esterilizado procedimento necessário para se Papel higiénico levantar e passar para o sofá ou TÉCNICAS COLHEITA cadeira de rodas. Existem vários tipos de análises que se podem realizar às fezes, Colocar-se de frente para o coproculturas, exame parasitológico e pesquisa de sangue oculto. doente e bloquear-lhe os joelhos INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM com os seus próprios joelhos. Intervenções Justificação Pedir ao doente que se apoie nos Identificar o doente, braços ou ombros do enfermeiro. Proceder à lavagem higiénica Pedir ao doente que dê um das mãos; impulso para se levantar, Preparar o material e começando por inclinar o corpo transportá-lo para junto do para a frente. doente; Ajudar o doente a sentar-se no Explicar ao doente o sofá ou cadeira de rodas. procedimento; Cobrir os membros inferiores, se Evitar erros; necessário. Prevenir infecções cruzadas; Avaliar a TA e FC. Economizar tempo; Proceder à lavagem higiénica das Diminuir a ansiedade, obter a mãos. sua colaboração e envolve-lo Prevenir hipotensão. na prestação de cuidados; Reavaliar estado 189 hemodinâmico. Isolar o doente, Diminuir a ansiedade e obter Posicionar correctamente o colaboração. doente; Prevenir acidentes (quedas). Providenciar uma Impedir lesões acidentais. arrastadeira esterilizada, caso Facilitar procedimento. sejam coproculturas. Abrir o frasco e colher com asséptica, e colher o produto espátula esterilizada uma biológico. porção (5 a 10gr) de fezes da Fechar a zaragatoa. porção central. Identificar o frasco e juntar a Identificar o frasco e juntar a requisição; requisição; Recolher e dar o destino Arejar o quarto ou enfermaria; adequado ao material e Recolher e dar o destino equipamento; adequado ao material e Proceder à lavagem higiénica equipamento; das mãos; Proceder à lavagem higiénica Proceder aos respectivos das mãos; registos. Proceder aos respectivos Evitar erros; registos. Prevenir infecções cruzadas; Respeitar a privacidade; Economizar tempo; Proporcionar conforto e facilitar Diminuir a ansiedade, obter a a execução do procedimento, sua colaboração e envolve-lo Respeitar a privacidade do na prestação de cuidados; doente; Respeitar a privacidade; Cumprir norma; Proporcionar conforto e Evitar erros; facilitar a execução do Eliminar odores; procedimento, Respeitar a Prevenir a contaminação do privacidade do doente; ambiente; Cumprir norma; Prevenir infecção cruzada; Cumprir norma. REGISTOS Evitar erros; Estes devem conter os seguintes elementos: Prevenir a contaminação do _ Data e hora da colheita; ambiente; _ Características da dejecção. Prevenir infecção cruzada; 190 192 NOTAS: REGISTOS ______________________________________________________ Estes devem conter os seguintes elementos: ______________________________________________________ _ Data e hora da colheita ______________________________________________________ NOTAS: ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ NORMA DE COLHEITA DE AMOSTRAS POR ______________________________________________________ ZARAGATOA ______________________________________________________ DEFINIÇÃO ______________________________________________________ Consiste na recolha de substâncias orgânicas com uma zaragatoa para a ______________________________________________________ realização de exames complementares de diagnóstico. NORMA DE LAVAGEM DAS MÃOS OBJECTIVOS DEFINIÇÃO Realização exames complementares de diagnóstico. Acção de molhar as mãos, ensaboá-las, enxaguá-las e secá-las para INFORMAÇÕES GERAIS eliminar a sujidade e reduzir os microrganismos. Quem Executa: Distinguem-se três técnicas de lavagem das mãos: lavagem higiénica, O Enfermeiro; asséptica e cirúrgica. MATERIAL A escolha faz-se em função dos riscos infecciosos para a pessoa doente Zaragatoa. ou para o profissional. 191 Infecção nosocomial: Infecção que ocorre como consequência dum INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM internamento no hospital ou de um tratamento ai recebido, podendo Intervenções Justificação manifestar-se durante o tratamento ou após a alta Identificar o doente, 193 Proceder à lavagem higiénica Flora microbiana residente: conjunto de microrganismos que são das mãos; frequentemente encontrados na pele. Ex. bactérias gram-positivas Preparar o material e (estafilococos coagulase-negativa). transportá-lo para junto do Flora microbiana transitória: conjunto de microrganismos que doente; podem Explicar ao doente o ser encontrados na pel e mas para os quais a pele constitui um ambiente procedimento; hostil, pelo que a sua colonização é transitória. Ex. bactérias Isolar o doente, gramnegativas Posicionar correctamente o (E. Coli) e estreptococus. doente; Lavagem asséptica: Proceder à lavagem de mãos, mas utilizando um Abrir a zaragatoa, sabão anti-séptico. Lavar as mãos durante um minuto. respeitando técnica Desinfecção higiénica: Aplicar solução aquosa com álcool sobre as mãos limpas e secas. Espalhar a solução por fricção em toda a zona antebraços com água tépida. (durante 50 segundos) até à evaporação espontânea do produto em Diminuir a irritação da pele, contacto formar espuma com o ar. Verter uma dose de sabão OBJECTIVOS bacteriostático na palma da Reduzir os microrganismos que constituem a flora transitória mão pressionando com o Eliminar a flora transitória através da desinfecção cotovelo o doseador do Eliminar a totalidade da flora transitória e reduzir a flora residente reservatório de sabão com a lavagem asséptica Reduzir microrganismos. Eliminar a totalidade da flora transitória e uma grande parte da flora Espalhar o sabão sobre as residente através da lavagem cirúrgica mãos e os antebraços, fazer Impedir que as mãos sejam uma fonte de transmissão de infecção espuma esfregando durante 50 194 segundos, insistindo sobre os INFORMAÇÕES GERAIS espaços interdigitais, o dorso Lavagem higiénica da mão e o bordo cubital. Realiza-se: Arrastar os microrganismos Quando chega ou abandona o local de trabalho, após a para que sejam eliminados realização de necessidades fisiológicas pessoais Enxaguar abundantemente, Antes e depois de: tocar em objectos limpos, desinfectados e partindo das mãos para os esterilizados, preparar e administrar terapêutica cotovelos. As mãos situam-se Antes e depois: manusear alimentos, do contacto físico com a sempre acima dos cotovelos. pessoa, de colheita de material para exame, de contacto com Remover microrganismos e local supostamente contaminado: urinol, arrastadeira, roupa resíduos de sabão que podem da cama. secar a pele Desinfecção higiénica: é o complemento de uma lavagem higiénica Secar cuidadosamente sem das esfregar, começando das mãos mãos ou entre duas lavagens das mãos ou após a remoção de luvas. para os cotovelos, com a ajuda Lavagem asséptica: faz-se antes de qualquer procedimento invasivo: de uma toalha de mãos colocação de um cateter venoso periférico, colocação de uma algalia, diferente para cada mão. realização de um penso. Após prestação de cuidados a pessoa Evitar infecção nosocomial. infectada. Antes e após toda a prestação de cuidados a uma pessoa Fechar a torneira com a última submetida toalha de mãos utilizada. a isolamento. Evitar contaminação Lavagem cirúrgica: Realiza-se antes de qualquer procedimento que Deitar fora as toalhas de mãos necessita de uma assepsia rigorosa: intervenção cirúrgica; colocação de no saco do lixo sem tocar na um cateter central, dreno pleural; punção lombar. tampa deste. 195 Prevenir contaminação MATERIAL 197 Lavagem higiénica NOTAS: Lavatório ______________________________________________________ Torneira de pedal, manípulo ou fotoelectrica ______________________________________________________ Sabão líquido bacteriostático (sabão neutro) accionado por ______________________________________________________ manípulo ou dosímetro ______________________________________________________ Toalhetes descartável ______________________________________________________ Recipiente para toalhetes ______________________________________________________ Desinfecção higiénica ______________________________________________________ Solução aquosa com álcool. ______________________________________________________ Lavagem asséptica NORMA DE CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS Sabão anti-séptico de largo espectro ou sabão bacteriostático DEFINIÇÃO e anti-séptico alcoólico. Limpeza – remover o pó visível, sujidade e outros materiais estranhos Toalhetes descartáveis Desinfecção – matar ou destruir a maior parte de microorganismos Lavagem cirúrgica patogénicos Sabão anti-séptico ou sabão anti-séptico OBJECTIVOS Água bacteriologicamente pura. Prevenir a transmissão de microrganismos através das mãos. Toalhetes esterilizados. INFORMAÇÕES GERAIS Recipiente para toalhetes Todos os procedimentos que necessitam da manutenção da esterilidade PREPARAÇÃO do local e/ou do material que vai ser manipulado deve ser feito com luvas As mãos que cuidam têm que: esterilizadas. Estar íntegras e limpas Para evitar a contaminação das luvas estas devem ser calçadas com técnica adequada. Sem anéis e sem pulseiras Após uso de luvas estas estão contaminadas, pelo que devem ser Com unhas curtas, limpas e sem verniz retiradas cuidadosamente para não disseminar os microrganismos. Sem creme 198 196 PREPARAÇÃO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Para calçar luvas as mãos devem estar bem secas. Intervenções Justificação Explicar ao utente as razões pelas quais a pessoa que cuida utiliza luvas Molhar as mãos e os para a prestação de cuidados MATERIAL foram abertos; Luvas esterilizadas O indicador de esterilização não está positivo. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM OBJECTIVOS Intervenções Justificação • Proteger pessoa que cuida Abrir o pacote de luvas e • Prevenir a transmissão de microrganismos posicioná-lo com as mãos INFORMAÇÕES GERAIS viradas para cima Após uso de bata esta está contaminada, pelo que deve ser retirada Reduzir a transmissão de cuidadosamente para não contaminar a pele nem a roupa que está por microrganismos baixo. Lavar as mãos com técnica PREPARAÇÃO asséptica Explicar ao utente as razões pelas quais a pessoa que cuida utiliza bata Promover eficiência para a prestação de cuidados. Pegar a luva oposta à mão MATERIAL dominante • Kit com bata esterilizada Preservar a esterilidade • Mesa 201 Segurar no punho na face INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM exposta Intervenções Justificação Preservar a esterilidade Lavar as mãos com técnica Enluvar a mão dominante asséptica mantendo o polegar voltado Reduzir a transmissão de para dentro microrganismos Preservar a esterilidade Remover a parte externa da Colocar os dedos enluvados embalagem e abrir a parte sob o punho da outra luva interna para expor a bata estéril; estéril e segurar a luva colocar na mesa auxiliar, tocar Facilitar a colocação da luva na somente a parte externa da mão sem contaminação da embalagem e estender a mesma cobertura sobre a mesa, abrir o Deslizar a mão para dentro da pacote de luvas e deslizar o luva, puxar a luva firmemente conteúdo para o campo sobre os dedos até calçá-la esterilizado perfeitamente, usando uma Colocar as luvas no campo mão para ajustar a outra esterilizado Colocar os dedos Pegar na bata agarrando-a adequadamente dentro da luva firmemente para evitar que se enquanto mantém a esterilidade desdobre quando a levanta e se 199 afasta do campo esterilizado NOTAS: Manter material estéril ______________________________________________________ ______________________________________________________ Afaste-se da mesa e de outras ______________________________________________________ superfícies não esterilizadas ______________________________________________________ Preservar a esterilidade ______________________________________________________ Segure a bata de modo a que a ______________________________________________________ metade superior fique à sua ______________________________________________________ frente, na posição em que vai ser ______________________________________________________ vestida, com as aberturas das NORMA DE UTILIZAÇÃO DE BATA ESTERILIZADA mangas uma para cada lado DEFINIÇÃO Preservar a esterilidade Esterilização – destruição de todas as formas de vida, eliminação de Deixe que a bata se desdobre todas as bactérias, esporos, vírus e fungos. por acção da gravidade Os factores que afectam qualquer processo de esterilização são: Promover eficiência O tempo; 202 Tipo de microorganismos presentes; Retirar Bata e Luvas Contaminadas Número de microorganismos presentes; Intervenções Justificação Tipo e quantidade de sujidade presente; Ainda com as luvas calçadas Características do objecto que dificultam a esterilização (ex. desatar as fitas da cintura da frente de trás dobradiças). Indicadores de esterilização – são dispositivos colocados nos Evitar contaminação invólucros e dentro das embalagens para indicar se o objecto no interior Agarre bata na zona dos foi exposto ao processo de esterilização. ombros de ambos os lados e 200 puxe para a frente e para fora O material esterilizado deve ser armazenado num local limpo e seco para dos braços para ficar virada do evitar contaminação avesso com a parte suja para o Não usar material esterilizado se: interior e assim ser despida A data de validade da embalagem expirou; Evitar contaminação A embalagem ou o invólucro estão rasgados, molhados ou se Vire os punhos das luvas mas mantenha-as nas mãos Evitar contaminação Rode cuidadosamente a luva no sentido do comprimento, de Evitar contaminação enquanto enfia os braços na abertura das mangas, levantando e afastando os braços para ajudar a vestir as mangas Mantenha as mãos cobertas dentro das mangas enquanto o seu assistente ata a bata no pescoço e atrás na cintura Promover eficiência Antes de acabar de vestir a bata, comece a calçar as luvas Preservar a esterilidade Apertar as tiras externas Segurar a bata 203 modo a que o lado que estava encostado ao corpo fique virado para fora e que o lado contaminado fique para o lado de dentro Puxe então a luva até ao fim e deite-a no saco do lixo apropriado Evitar contaminação Lavagem higiénica das mãos Evitar infecção nosocomial NOTAS: ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________