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DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA
José A Atta
HAS- importância para a saúde pública
• Hipertensão é muito prevalente, tanto no Brasil
quanto no mundo É uma condição médica que
aumenta significativamente os riscos de doenças
cardíacas, renais, cerebrais, dentre outras
• Em 2015, segundo a OMS, 1 em cada 4 homens e 1
em cada 5 mulheres eram hipertensos
• 1,13 bilhões de pessoas hipertensas no mundo, 2/3
delas em países pobres.
• Em 2013, no Brasil, 32,3% dos adultos eram
hipertensos
• A prevalência de hipertensão foi maior entre homens,
além de, como esperado, aumentar com a idade por
todos os critérios, chegando a 71,7% para os
indivíduos acima de 70 anos
HAS- importância para a saúde pública
• Em 2017, do total de 1.312.663 óbitos, 27,3%
foram por DCV.
• 22,6% das mortes prematuras no Brasil (entre
30 e 69 anos de idade).
• No período de uma década (2008 a 2017),
foram estimadas 667.184 mortes atribuíveis à
HA no Brasil.
• Menos de 20% dos hipertensos têm sua
pressão controlada
HAS- importância para a saúde pública
• Em 2018, estimaram-se gastos de US$ 523,7
milhões no SUS, com hospitalizações,
procedimentos ambulatoriais e
medicamentos.
• Ao longo da última década, 77% dos custos
com hospitalizações no SUS com DAC são
representados por DCV associadas à HA e
aumentaram 32%, em reais, de 2010 a 2019,
passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,2 bilhões
no período.
HAS- importância para a saúde pública
• Um conceito importante para entender o “peso”
das doenças é o de DALY (disability-adjusted life
years, ou anos de vida ajustados por
disabilidade)
• Em 2015, exposição a hipertensão foi
responsável por 10,7 milhões de mortes (33,2%
das mortes atribuíveis a todos os fatores de
risco) e aproximadamente 212 milhões de DALYs
(29% de DALYs por todos os fatores de risco)
• O risco causado por hipertensão é grande,
contínuo, e dobra para cada aumento de
20mmHg em pressão sistólica e 10mmHg em
pressão diastólica.
HAS
Acrômio
80% a 100% da
circunferência em ponto
médio
Olécrano
Medida da pressão arterial
• O manguito deve cobrir 80% da
circunferência do braço.
• Para braços maiores, usar manguito de obeso
• Braços de 27 a 34 cm, usar manguitos de 16 a
30 cm.
Medida da pressão arterial
• Condição do paciente
• Evitar “estado adrenérgico”
– Descansado (sem ter feito atividade física nos
últimos 30-60 minutos)
– Repouso de 15 minutos antes de medir
– Não estar com desconfortos (dor, tensão
psíquica, sintomas como tonturas, fome, bexiga
cheia)
– Não ter fumado nos últimos 30 min
– Não ter ingerido café, chá ou refrigerantes
– Não ter ingerido bebidas alcoólicas
Medida da pressão arterial
• Posição do paciente
– Sentado
– Pés apoiados no chão
– Joelhos em torno de 90º
– Costas apoiadas
– Braço apoiado, à altura do coração
Medida da pressão arterial
• Posição do profissional
– Se estiver usando aparelho aneroide com
método auscultatório, estar sentado, com os
olhos à mesma altura do aparelho para evitar
erros
– Aparelhos digitais não necessitam de tantos
cuidados do profissional
Medida da pressão arterial
• Com o paciente em posição adequada,
colocar o aparelho no braço a ser medido
(indiferente qual usar, mas depois da aferição
inicial, nos dois braços, usar o “pior” braço)
• Tamanho do aparelho- para a grande maioria
das pessoas, o manguito terá tamanho
adequado. Em pessoas muito magras, ou em
pessoas com grandes braços, eventualmente
precisaremos de manguitos especiais
Avaliação do paciente hipertenso
• Além da medida de pressão arterial, a
avaliação inicial (também a avaliação
periódica do paciente hipertenso), deve
incluir a verificação de lesões subclínicas de
órgãos-alvo e condições clínicas associadas
Avaliação do paciente hipertenso
• Na anamnese, devemos pesquisar
antecedentes pessoais (doença
cardiovascular, doença cerebrovascular,
doenças arteriais periféricas, doenças renais,
alterações visuais)
• Também comorbidades (principalmente
diabetes e dislipidemia)
Avaliação do paciente hipertenso
• No exame clínico devemos avaliar
• sopro carotídeo
• exame cardíaco cuidadoso, procurando
cardiomegalia e sopros
• exame abdominal à procura de sopros e
palpação de aorta
• Exame dos vasos periféricos
• Pesquisa de edemas
Avaliação do paciente hipertenso
• Mais de 50% dos pacientes hipertensos têm
FRCV adicionais.
• A presença de um ou mais FRCV adicionais
aumenta o risco de doença coronariana,
cerebrovascular, renal e arterial periférica nos
pacientes hipertensos.
• A identificação dos FR adicionais deve fazer
parte da avaliação diagnóstica do paciente
hipertenso, especialmente quando há história
familiar de DCV.
•
Avaliação do paciente hipertenso
• O risco CV deve ser estimado em todos os
pacientes hipertensos por meio de escores
simples, baseados nos níveis de PA e na
presença de FR adicionais e comorbidades
Avaliação do paciente hipertenso
• Uma estimativa confiável do risco CV pode ser
feita de forma prática por meio da
identificação de FR, como idade > 65 anos,
sexo (homens > mulheres), frequência
cardíaca (> 80 bpm), aumento do peso
corporal, diabetes melito, elevação do LDL-c,
história familiar de DCV, história familiar de
HAS, tabagismo e fatores psicossociais e/ou
socioeconômicos
Avaliação do paciente hipertenso
• Presença de LOA: presença de HVE, DRC
moderada a grave (RFG-e < 60
mL/min/1,73m2) ou de outra avaliação que
confirme presença de LOA e de doenças
prévias: DAC, IC, AVE, DAOP, FA e DRC estágio
3 ou maior.
Avaliação do paciente hipertenso
• PA ótima < 120 e < 80
• PA normal 120-129 e/ou 80-84
• Pré-hipertensão 130-139 e/ou 85-8
• HA Estágio 1 140-159 e/ou 90-9
• HA Estágio 2 160-179 e/ou 100-109
• HA Estágio 3 ≥ 180 e/ou ≥ 110
José A Atta