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HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
Caso Clínico
EXAME FÍSICO
Peso: 86kg Altura: 1,65cm
Pulso: 82bpm (cheio e irregular)
PA: 180 x 110mmHg (média de 3 medidas)
Mucosas: NDN (normocorada)
Exame dos pulsos periféricos e ausculta cardíaca:
❤ Palpados nos 4 membros, simétricos e de amplitude semelhante. O
pulso era irregular e a freqüência estava em torno de 96 bpm.
❤ Na ausculta do coração foi observado que o ritmo era irregular em
2 tempos e que a segunda bulha estava aumentada no foco aórtico
às custas do A2. Sopro sistólico do tipo ejetivo audível em foco
aórtico e irradiado aos vasos do pescoço. Sopro sistólico do tipo
regurgitação, em foco mitral e irradiado à axila esquerda.
Introdução
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), conhecida popularmente como pressão
alta, é uma síndrome muito comum na população, constituindo um sério problema
de saúde pública no mundo. Síndrome porque não envolve somente aumento dos
níveis tensionais, mas várias repercussões sistêmicas (coração, cérebro, rins). Na
maior parte das vezes é ASSINTOMÁTICA, dificultando um diagnóstico precoce e o
tratamento, levando a complicações que podem ser fatais. É interessante ressaltar
que muitos médicos, na sua prática clínica, não abordam a existência de fatores de
risco ou abordam de forma insatisfatória e não fazem a aferição da pressão arterial,
dificultando ainda mais o diagnóstico.
D o e n ç a s C a rd io v a s c u la re s
1 2 ,3 3 %
N e o p la s ia s
D o e n ç a s R e s p ira t ó ria s C rô n ic a s
D ia b e t e s
5 5 ,3 5 %
2 4 ,8 3 %
20
15
População (%)
10
0
60 70 80 90 100 110 120 130
Pre s s ão Arterial Dias tólic a (mmHg)
18,7% 29,1%
Objetivos:
❤ Confirmar a elevação da pressão arterial.
❤ Denomina-se de auto-medida da
pressão arterial, aquela realizada pelo
paciente ou familiar, em casa ou no
trabalho, de forma livre (sem obedecer a
um protocolo pré-estabelecido),
utilizando equipamentos automáticos
validados clinicamente.
Monitorização Residencial da
Pressão Arterial (MRPA)
Monitorização Ambulatorial da
Pressão Arterial (MAPA)
F onte : V Dire triz e s B ra s ile ira s de Hipe rte ns ã o Arte ria l, 2006
HIPERTENSÃO ARTERIAL
1. Análise de urina.
2. Creatinina plasmática.
3. Potássio plasmático.
4. Glicemia.
5. Colesterol total, HDL e Triglicérides.
6. Ácido úrico plasmático.
7. Eletrocardiograma convencional.
F onte : V Dire triz e s B ra s ile ira s de Hip e rte ns ã o Arte ria l, 2006
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
ECG normal
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
R R R
f f
Índic e de S o ko lo w e Lyo n
para avaliaç ão de hipe rtro fia
ve ntric ular e s que rda (HVE).
R No ECG do pac ie nte , S e m V1
= 19 e R e m V5 = 21; to tal de
40 mm indic ando HVE.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
Tabagismo
Hipertensão
Colesterol elevado
Baixo Peso
Sexo não-seguro
Baixo consumo de vegetais
Obesidade
Sedentarismo
Alcoolismo
Água imprópria
Fumaça de combustível sólido
Deficiência de ferro
Poluição urbana do ar
Deficiência de zinco
Deficiência de vitamina A
Injeções não-seguras no cuidado à saúde
Fatores de risco ocupacionais
0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000
Número de mortes (000s)
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão WHO, World Health Report 2002
2002
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
F onte : V Dire triz e s B ra s ile ira s d e Hipe rte ns ã o Arte ria l, 2006
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
Va ria ç ã o n orm a l 18 ,5 - 24 ,9 Mé d io
S ob re pe s o 25 ,0 - 29 ,9 Aum e n ta do
Ob e s o c la s s e II 30 ,0 - 34 ,9 Mod e ra d o
Ob e s o c la s s e I 35 ,0 - 39 ,9 G ra ve
Ob e s o c la s s e III 4 0,0 Muito G ra ve
HIPERTENSÃO ARTERIAL
>29
15
10
0
Diabe te s Dis lipide mia Hipe rte ns ão
THE NUR S E ’S S TUDY (N=115.886)
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Controla o
Pe s o Corporal Me lho ra
Diminui Mo bilidade
PA Artic ular
Co le s te ro l To tal
C a te g oria Ótim o Lim ítrofe Alto
Va lore s (m g /dl) < 200 200 - 239 240
LDL-Co le s te ro l
C a te g oria Ótim o De s e já ve l Lim ítrofe Alto Muito a lto
Va lore s (m g /dl) < 100 100 - 129 130 - 159 160 - 189 190
HDL-Co le s te ro l
C a te g oria B a ixo Alto
Va lore s (m g /dl) < 40 > 60
Trig lic é ride s
C a te g oria Ótim o Lim ítrofe Alto Muito Alto
Va lore s (m g /dl) < 150 150 - 199 200 - 499 > 500
F onte : III Dire triz e s B ra s ile ira s s o b re Dis lipide m ia s - Arq . B ra s . Ca rd, 2001
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Níve is de c oles te ro l e mortalidade
18
Se m doe nç a
c ardiovas cular
16
prévia
14
Com doe nça
12 c ardiovas cular
pré-exis tente
10
Ac id e nte
Hipe rte ns ão va s c ula r c e re b ra l
arte rial
Do e nç a
c oro n a ria na
Dis lipide mia
An e u ris m a
Into le rânc ia
à g lic o s e
Ins u fic iê n c ia
va s c u la r p e rifé ric a
HIPERTENSÃO ARTERIAL
40
30 21
20
11
10 4
0
18-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 +80
Faixas Etárias
Arc h , Inte rme d, Vol 153, 185-208, 1993.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
40
20
0
1 2 3 4 5 6
F onte : DHHS P ub lic a tion nº (CDC ) 89-8411, 1989
HIPERTENSÃO ARTERIAL
200
EUA - 1984
Fato re s de ris c o:
Inc idê nc ia de DAC por 1.000 pe s s oa s
Fumo
160
Taxa de c ole s te rol e le vada
Hipe rte ns ão arte rial
120
80
40
0
Ne nhum Um fato r Do is fato re s To do s o s trê s
fato re s
F onte : De pa rta m e nto de S a úde dos E s ta dos Unid os da Am é rica
Quando uma artéria entope... ...e quando ela se rompe...
Lesões nas paredes dos A foto abaixo capta uma
vasos que irrigam o coração hemorragia no momento do
servem de depósito para infarto. A pressão alta
placas de gordura. O acúmulo provoca erosão nas paredes
dessas placas pode bloquear internas dos vasos
o fluxo sanguíneo sangüíneos. Em alguns casos,
eles estouram
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
Perguntas
F onte : V Dire triz e s B ra s ile ira s de Hipe rte ns ã o Arte ria l, 2006
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
Ris c o
Grupo A Grupo B Grupo C
Es tág io
PA Não -farmac o ló g ic o
limítro fe Não -farmac o ló g ic o Não -farmac o ló g ic o
o u Farmac o ló g ic o **
Não -farmac o ló g ic o
Hip. Não -farmac o ló g ic o (até 6 me s e s ) o u
e s tág io 1 Farmac o ló g ic o
(até 12 me s e s ) Farmac o ló g ic o #
Hip.
e s tág io s Farmac o ló g ic o Farmac o ló g ic o Farmac o ló g ic o
2e3
Diuréticos
Bloqueadores Adrenérgicos
Vasodilatadores Diretos
Antagonistas do Cálcio
Inibidores da ECA
Antagonistas dos Receptores da
Angiotensina II
Tratamento da Hipertensão Arterial
Terapia Inicial
HA com indicação
Classificação PA HA sem indicação especial
especial
Combinação 2 drogas
H.A. estágios 2 e 3
p/ maioria (usual/ tiazídico e Como acima
(≥160 / ≥100)
IECA ou BRA ou -B ou BCC)
Tratamento da Hipertensão Arterial
Drogas Recomendadas em Condições de Alto Risco
com Indicações Especiais
Antagon.
Diurético -bloq. IECA BRA BCC
Aldoster.
Insuficiência
cardíaca
Pós-IAM
Alto risco
coronário
Diabetes
Nefropatia crônica
Prevenção
AVC recorrente
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
c) Diurético + betabloqueador.
e) Alfametildopa.
PRINCÍPIOS GERAIS DO
TRATAMENTO DA HA
37,1% 26,1%
62,9% 73,9%
31,7%
90 mmHg 68,3% 8 5 mmHg
144/85 m mHg 1 40/81 m mHg
-5
% de redução do ris c o
-10
-15
-20
-25
-30
-35 PAD
ÓTIMA
F onte : Th e La nce t, volume 35 1 numb e r 9118, june 13, 998:1755-1702
HIPERTENSÃO ARTERIAL
20
1000% pa c ie nte s /a no
15
10
0
90 mmHg 85 mmHg 80 mmHg PAD alvo
Fonte: The Lancet, volume 351 number 9118, june 13, 1998:1755-1702
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Caso Clínico
Monoterapia Inicial
Diuréticos
Beta bloqueadores
IECA Resposta Inadequada
Antagonistas de Ca++ 1. Aumentar a dose
Antagonistas da A-II 2. Substituir a monoterapia
3. Adicionar segunda droga
Resposta Inadequada
Adicionar terceira droga
Webgincana Hipertensão
www.professorrobsoncosta.blogspot.com/
Obrigado!
REFERÊNCIAS