Hipertensão arterial (HA) é condição clínica Idade = há uma prevalência da HAS
multifatorial caracterizada por elevação nesse grupo, pois:
sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 Aumento da expectativa de e/ou 90 mmHg. vida – 74,9 anos; Aumento da população idosa SISTÓLICA DIASTÓLICA >60 anos. Normal <120 <80 Pré- 121-139 81-89 Sexo e Etnia = há uma prevalência em: Hipertenso Mulheres – 24,2% Estágio 1 – 140-159 90-99 Negros/cor preta – 49,3% HA Estágio 2 – 160-179 100-109 Obesidade = com predomínio em HA indivíduos de 35 a 64 anos e mulheres Estagio 3 – >180 >110 (18,2% vs 17,9%). HA Ingestão de Sal = O consumo excessivo de sódio, um dos principais FR para HA, associa-se a eventos CV e renais. A HAS está presente em pacientes Ingestão de Álcool = Consumo crônico e com: elevado de bebidas alcoólicas IAM – 69% aumenta a PA de forma consistente. AVE – 77% IC – 75% Sedentarismo = a prevalência geral de DAP – 60% sedentarismo é de 75,8%, com Morte CV – 45% associação significativa entre HA e idade, sexo masculino, sobrepeso, No Brasil, HA atinge 32,5% (36 milhões) de adiposidade central, sedentarismo nos indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos. momentos de folga e durante o trabalho, escolaridade inferior a 8 anos e renda per capita < 3 salários mínimos.
Fatores Socioeconômicos = Adultos com
menor nível de escolaridade (sem instrução ou fundamental incompleto) apresentaram a maior prevalência de HA autorreferida (31,1%). Confirmação do diagnóstico de HA por medição da PA No consultório: Identificação dos FRCV Pesquisa de LOAs, sejam elas subclínicas Recomenda-se, pelo menos, a medição da ou clinicamente manifestas PA a cada dois anos para os adultos com Pesquisa da presença de outras PA ≤ 120/80 mmHg, e anualmente para doenças associadas aqueles com PA > 120/80 mmHg e < Estratificação do risco CV global 140/90 mmHg. Avaliação de indícios para a suspeita de HA secundária Na suspeita de HA secundária à coartação da aorta, a medição deverá ser realizada nos membros inferiores; Hipotensão ortostática deve ser suspeitada em pacientes idosos, diabéticos, disautonômicos e naqueles em uso de medicação anti-hipertensiva. Assim, particularmente nessas condições, deve-se medir a PA com o paciente de pé, após 3 minutos, sendo a hipotensão ortostática definida como a redução da PAS > 20 mmHg ou da PAD > 10 mmHg.
Fora do consultório:
A PA fora do consultório pode ser obtida
através da medição residencial da pressão arterial (MRPA), com protocolo específico, ou da MAPA de 24 horas. As principais vantagens da medição da PA fora do consultório são:
Maior número de medidas obtidas.
Refletem as atividades usuais dos examinandos. Abolição ou sensível redução do efeito de avental branco (EAB). Maior engajamento dos pacientes com o diagnóstico e no seguimento. A MAPA avalia a PA durante o sono. Radiografia de tórax = de pacientes com suspeita clínica de comprometimento cardíaco; Ecocardiograma = Presença de indícios Objetivos da avaliação clínica e de HVE ao ECG ou pacientes com laboratorial: suspeita clínica de IC; Albuminúria = Pacientes hipertensos diabéticos, com síndrome metabólica ou com dois ou mais FR. US das Carótidas = Presença de sopro carotídeo, sinais de DCbV ou presença de doença aterosclerótica em outros territórios; US renal ou com Doppler = Pacientes com massas abdominais ou sopro abdominal; Teste ergométrico = Suspeita de DAC estável, DM ou antecedente familiar para DAC em pacientes com PA controlada;
Referencias:
• GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil
Medicina Interna. 24. ed. SaundersElsevier, 2012.
• LONG, Dan L. et al. Medicina Interna de
Harrison. 18 ed. Porto Alegre, RS: AMGH Ed., 2013. 2v.