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TRAUMA DE ABDOME
Trauma contuso fechado - baço
Trauma penetrante (aberto) - FAF (delgado), Arma branca (fígado)
Sinal do cinto de segurança: intestino delgado (lesões de intestino delgado apresentam apenas liquido livre na
TC, sem lesão de baço ou fígado. No trauma, consideramos intestino delgado o jejuno e íleo, pois o delgado é
retroperitoneal e tem indicações diferentes de laparotomia) CONTUSAO ABDOMINAL + VISERAS SOLIDAS
INTEGRAS NA TC + LIQUIDO LIVRE + DOR ABDOMINAL DIFUSA = ÇESAO DE DELGADO
Guidão de bicicleta: pâncreas
Exames no trauma
o TC:
melhor exame para avaliação para trauma de abdome é a TC: avalia lesões intraperitoneais
e retroperitonio.
Mas só vai fazer TC em paciente estável hemodinamicamente!!
o Lavado peritoneal diagnóstico (LPD):
primeiro exame a beira de leito. É o exame mais sensível para detectar sangue.
Incisão infraumbilical. Mas se for gestante ou fratura de pelve, faz supra umbilical.
Abre até o peritonio, coloca um cateter de diálise peritoneal.
A primeira coisa que faz no lavado não é lavar é ASPIRAR!!!!!! Se nesse aspirado você
encontra conteúdo do TGI ou 10 ou mais ml de sangue - lavado positivo!
Mas se o aspirado inicial não for positivo, ai sim fazer o lavado - colocar um litro de soro
aquecido dentro da cavidade peritoneal do paciente. Chacoalhar, coletar o soro, fazer
análise laboratorial.
De acordo com a análise, lpd positivo ou negativo. Sra positivo se tiver mais de 100 mil
hemacias, mais de 500 leucócitos, fibras alimentares ou bile.
o FAST
Para conseguir resultados mais rápidos do que com o LPD, surgiu o FAST. O FAST não mostra
sangue mas líquido livre.
4 locais para fazer o FAST: 1) saco pericardico (tamponamento cardíaco), 2) espaço
hepatorrenal, 3) espaço esplenorrenal, 4) espaço retrovesical (ou pelve ou fundo de saco).
No FAST extendido (e-fast), se avalia também o espaço pleural
o Videolaparoscopia:
a indicação de videolaparoscopia no trauma é o Paciente com lesão na transição
toracoabdominal. Isso porque a Tc não avalia bem o diafragma. Não sabe se tem lesão do
diafragma e do abdome.
Mas para fazer videolaparoscopia, precisa estar com o paciente estável
hemodinamicamente.
Quando indicar laparotomia?
o Trauma penetrante com: CHOQUE, PERITONITE OU EVSICERAÇÃO
o Trauma contuso com: PERITONITE, PNEUMOPERITONIO ou RETROPNEUMOPERITONIO
o Se tem uma dessas situações, laparotomias
o Peritonite é descompressão dolorosa!
o SEMPRE DRENAR O TORAX ANTES DA LAPAROTOMIA – evitar pneumotórax hipertensivo devido a
VM.
Trauma penetrante
o Se tiver choque, peritonite ou evisceração, laparotomia
o Se for lesão por arma de fogo,
mesmo sem choque peritonite ou evisceração, a conduta será laparotomia. Pelo atls “98%
dos casos o paciente com FAF abdominal é mais bem tratado com laparotomia.”
Mas não é 100% das vezes que o paciente com FAF vai pra laparotomia, se for lesão em
flanco ou em dorso (chamada lesão em sedenho), não fazer laparotomia! Fazer TC se
estável.
LEMBRAR: em 100% dos casos arma de fogo em abdome é laparotomia? Ñão, 98% dos
casos!
o Se for lesão por arma branca,
se tiver choque peritonite ou evisceração laparotomia.
Se arma branca sem choque peritonite ou evisceração, fazer exploração digital da ferida
(luva estéril e anestesia local).
Se exploração negativa (não perfurou peritônio), não afzer laparotomia.
Se expliração positiva ou duvidosa (por exemplo paciente gordo), observar paciente 24h
com exame físico e hb de 8/8h (sabinston) ou hemograma de 8/8h.
Se não teve alteração na observação, reiniciar dieta eprogramar alta.
Se durante a observação o paciente apresenta choque ou peritonite fazer
laparotomia.
Se o paciente apresenta leucocitose ou redução da hemoglobina maior que 3
durante a observação, considerar Tc, LPD, ou FAST.
Trauma contuso
o Se tem peritonite ou retropneumoperitonio ou pneumoperitônio: laparotomia
o Se não tem peritonite e sem retropneumoperitonio ou pneumoperitônio: depende se o paciente
está estável ou instável.
o Se o paciente está estável fazer Tc com contraste, mas em 15-20/100 dos pacientes estáveis no
primeiro atendimento chocam durante o exame. Por isso mesmo se o paciente está estável, se faz o
FAST de segurança. E só então fazer Tc com contraste para avaliar o grau da lesão
o Se paciente instável, avaliar se é politrauma ou não politrauma. Se é não politrauma laparotomia. Se
politrauma fazer FAST ou LPD e dai laparotomia
o MAS PEGADINHA NAS PROVAS: trauma contuso fechado abdominal estável e FAST com líquido livre.
Se paciente estável, fazer tomografia e não laparotomia!
o PACIENTE COM POLITRAUMA CONTUSO EM ABDOME, ESTAVEL E DOR ABDOMINAL INTENSA SEM
PERITONITE, SEM CHOQUE, QUAL A CONDUTA? BOM, SE NÃO TEM CHOQUE NEM PERITONITE,
PRECISAMOS VER SE TEM PNEUMOPERITONIO, ENTÃO SE FAZ FAST E DEPOIS TC.
o Sinal do cinto de segurança mais tomografia com líquido livre: laparotomia!!!!
o EQUAÇÕES PARA TRAUMA FECHADO ABDOMINAL
CONTUSÃO ABDOMINAL + PERITONITE = LAPAROTOMIA
CONTUSÃO ABDOMINAL + FAST POSITIVO + INSTABILIDADE HEMODINCAMICA =
LAPAROTOMIA
CONTUSAO ABDOMINAL + SEM PERITONITE + DOR ABDOMINAL (POR ISSO PEDIDO FAST) +
FAST POSITIVO + ESTABILIDADE HEMODINAMICA = TC COMPUTADORIZADA (pedir TC antes
da laparotomia se o paciente estiver estavel, para ver o grau da lesao, pois pode ser uma
lesão conservadora de baço ou de figado que causou esse liquido livre)
Tratamento conservador ou cirúrgico de trauma abdominal?
o A tendência hoje é operar menos no trauma, cada vez mais se tenta tratamento conservador!
o Conservador: para fazer tratamento conservador o paciente deve estar estável
hemodinamicamente. Se estabilizou após a reposição volemica, se pensa em tto conservador.
BAÇO (4 letras! Grau 4 e 5 opera!)
o Lesão mais comum do trauma contuso de abdome
o Fratura dos últimos arcos costais a E, Sinal de kehr (ocorrência de dor aguda no ombro devido a
presença de sangue ou outros irritantes na cavidade peritoneal homolateral quando uma pessoa
está deitada e com as pernas elevadas. O sinal de Kehr no ombro esquerdo é considerado um sinal
clássico de ruptura de baço. “Dor em região subescapular esquerda devido a sangramento e dor
referida por irritação frênica”).
o Clínico: estabilidade hemodinâmica. Lesões de graus um, dois ou três.
o Cirúrgico: instabilidade hemodinâmica OU Lesões de graus 4 (25/100 de desvascularização) OU 5
(baço pulverizado)
o Qual a cirurgia que fazemos no baço? Esplenorrafia, esplenectomia parcial, esplenectomia total. No
trauma, fazemos a menor cirurgia possível sempre e repara apenas o que o trauma estragou.
o A mais realizada hoje em dia é a esplenectomia total. Antigamente se fazia muita esplenorrafia ou
esplenectomia parcial, mas hoje em dia essas lesões são com tto conservador
o Após a esplenectomia total,vacinar o paciente pois tem mais infecção por encapsulados como
pneumococo, meningococo e haemophilus.
o Questão: paciente estavel hemodinamicamente, sem dor abdominal, com lesão esplênica e
hemoperitonio no ultrassom. A tc não esta disponível. Como não tem TC para avaliar o grau da
lesão, mesmo com o paciente estável, a laparotomia esta indicada.
FIGADO
o Se estável, tto clínico
o Será cirúrgico se: instabilidade hemodinâmica OU lesão grau VI (avulsão hepática, o tratamento
possível é o shunt porto-cava, no entanto raramente funciona (shunt porto-cova), o melhor é tirar
fígado e esperar transplante)
o INSTABILIDADE HEMODINAMICA EM TRAUMA DE FIGADO, MESMO SE LESAO GRAU MENOR QUE
SEIS É INDICAÇÃO DE LAPAROTOMIA! (O mesmo para baço!)
o Extravasamento de constraste do fígado na fase arterial para a cavidade peritoneal é indicação de
laparotomia exploradora – nesse caso provavelmente o paciente vai se apresentar com isntabilidade
hemodinâmica, o que já é por si só indicação de laparotomia na lesão de fígado!!!
o Lesões complexas de fígado (graus IV, V e VI) se vão para a laparotomia (choque ou grau VI)
normalmente não se consegue a correção das lesões em apenas um tempo cirúrgico – tríade letal do
trauma de: coagulopatia hipotermia e caidose metabolica, então se faz cx de controle de danos.
o A manobra utilizada para trauma de fígado é a MANOBRA DE PRINGLE - clampear o ligamento
hepatoduodenal (colédoco mais artéria hepática mais veia porta). A manobra de PRINGLE ajuda a
diminuir o sangramento de uma lesão hepática. Além disso a manobra de PRINGLE ajuda a localizar
o sangramento - artéria hepática ou veia porta. Se após a manobra de PRINGLE e não parou de
sangrar - não é sangramento de artéria hepática ou veia porta. Se não parou de sangrar, é
Sangrmanetoo de cava inferior retrohepatica e veiashepaticas. Colocar compressas, fazer
peritoneostomia
o Grau V - fazer angioembolizacao e não opera (antes desse ultimo atls, a indicação era operar em
grau V, agora passou a ser grau VI)
PANCREAS
o Maioria dos tratamentos será cirúrgico
o Mas para isso, avaliar localização e lesão do ducto pancreático principal
o Sem lesão ductal e laceração superficial um ou dois (raro): conservador -no resto alguma ◦
o cirurgia irá fazer!
o Sem lesão ductal e laceração maior (2): debridamento mais hemostasia
o Lesão distal grave (3) a esquerda dos vasos mesentericos (pegou corpo e calda, é uma lesão distal):
pacreatecotmia corpo caudal
o Lesão proximal grave (4 e 5), à direita dos vasos mesentericos: duodenopancreatectomia - cirurgia
de whipple. No grau quatro, como é uma cx grande, tentar hemostasia e drenagem - irá fazer fístula
pois é alto débito. Apos o paciente estar mais bem nutrido, operar.
o Quando opera pâncreas, sempre drena!!!!!!! ◦
o Nas provas, geralmente cai que a conduta e cirurgica. E as condutas a esquerda ou à direita dos
vasos mesentericos. A esquerda fazer pancreatectomia corpo caudal. À direita fazer cx de whipple
(duodenopancreatectomia).
DUODENO
o Penetrante - Comum ser atingido em traumas penetrantes
Terá retropneumoperitonio, então terá cirurgia
Quadro de dor lombar pois o ar irrita a inervação do retropneumoperitonio, além disso
crepitação ao toque retal
Diagnsotico: Rx ou Tc - ar no retroperitonio será visível! No raio x, o rim ficará bem
delineado pois o ar no retroperitonio deixa o rim bem delineado, visível! É um sinal de
retropneumoperitonio
o Contuso
Hematoma na parede do duodeno causando a clínica de obstrução intestinal alta
Diagnsotico é por Rx de constraste - hematoma de parede do duodeno será visível por meio
de mola em espiral ou empilhamento de moedas.
Se junto do hematoma tem retropneumoperitonio na TC - laparotomia!!!!
Se só hematoma na parede do duodeno, tratamento conservador: com dieta zero e NPT.
Mas o hematoma pode demorar até quinze dias para se resolver, então fazer NPT,
principalmente criança.
O clássico é a criança com contusão abdominal no guidão da bicicleta (guidão de bicicleta –
lesão de duodeno ou pancreas)
INTESTINO DELGADO
o Rafia primária
o Mas se lesão maior que 50/100 do diâmetro da luz do delgado ou se múltiplas lesões, pode ocorrer
estenose! Então nesse caso, fazer resseccao com anastomose primária
o No delgado pode ser feito anastomose primária com maior tranquilidade que cólon e reto pela
possibilidade de fístula ou deiscência
COLON E RETO (reto proximal)
o O cólon mais comumente lesado é o cólon transverso.
o A conduta no colon pode ser ráfia primária ou anastomose primária ou colectomia a hartmann
o Ráfia primária se menos de 50/100 de acometimento do diâmetro da alça, menos de seis unidades
de hemácias, menos de 4-6 horas da lesão e sem lesão vascular.
o Lesão de cólon com mais de seis horas é muita infecção - não pode fazer ráfia primária!!!!
o Anastomose primária se estável mas não pode fazer ráfia primaria (tem uma das contraindicações
citadas acima, mas esta estável)
o Colectomia a hartmann se paciente instável, pois é uma cirurgia mais rápida!!!!
o Colectomia a hartmann: faz uma colostomia terminal (uma luz na colostomia – importante para
diferenciar mais pra frente)
RETO DISTAL
o Em reto distal: rafia dessa lesão + debridamento da lesão + colostomia (com alça de proteção , duas
luzes na colostomia – diferente da colostomia terminal do hartmann) + drenagem pré sacra (com
dreno de pen rose)
o Comum nas provas: lesões por empalamento - preservar o paciente!
o Se o paciente não tem choque, evisceracao, nada, tentar retirar o objeto. Se não conseguir, cirurgia.
o Se faltou um pedaço ou se fragmentou o objeto, retirada.
BEXIGA
o O trauma fechado de bexiga se apresenta com dor em andar inferior do abdome, consensibilidade a
palpação local, acompanhada de dificuladde em urinar
o Em 2/3 dos casos há hematuria macroscópica
o E a hematuria microscópica (mais de 25 hemacias por campo de grande aumento) costuma estar
presente em todos
o A lesão extraperitoenal de bexiga ocorre mais frequentemente como conseqüência de fraturas
pélvicas, e a lesão da porção intraperitoneal da bexiga é ocasionada mais comumente por contusão
em andar inferior do abdome
o DOR EM ANDAR INFERIOR DO ABDOME + HEMATURIA = TRAUMA DE BEXXIGA
o
RIM
o CONTUSÃO TORACOLOMBAR MAIS HEMATURIA = TRAUMA RENAL
o CONTUSAO NA REGIAO DE ABDOME INFERIOR, DOR EM REGIAO DE ABDOME INFERIOR MAIS
HEMATURIA = TRAUMA DE BEXIGA INTRAPERITONEAL
o FRATURA PELVICA + URETRORRAGIA + RETENÇÃO VESICAL + CUPULA VESICAL PALPAVEL = TRAUMA
DE URETRA MEMBRANOSA (POSTERIOR OU PROXIMAL, são sinônimos)
o FRATURA PELVICA + HEMATURIA = TRAUMA DE BEXIGA EXTRAPERITONEAL
o Indicação de cx em trauma renal: instabilidade hemodincamina + lesão grau IV e lesão grau V
HEMATOMA EM REGIÃO RETROPERITONEAL
o 3 zonas de hematoma retroperitoneal: zona um aorta e cava, zona dois rim e suprarrenal, zona 3
pelve
o Se for trauma penetrante, sempre explorar o hematoma
o Se for trauma contuso, se zona 1 explora exceto se retrohepatico, zona 2 e 3 não explora exceto se
hematoma em expansão ou choque
CIRURGIA PARA CONTROLE DE DANO
o Se fica muito tempo operando, fica com hipotermia mais coagulopatia mais acidose, que é chamada
tríade letal
o Faz uma cirurgia inicial breve, repara as lesões maiores
o Reanimação em UTI
o Após 24-72h, fazer uma reoperacao mais planejada
o Trauma complexo de abdome - controle de danos! Nem tenta reparar tudo!
Hipertensão intraabdominal
o Paciente com alças distendidas, e dai fecha o abdome e aumenta a pressão abdominal
o Pressão intraabdominal normal é de 5-7 Mmhg
o Hipertensão intraabdominal é quando a pressão intraabomdinal mantida em 12 ou mais mmHg
o Hipertensao abdominal grau 1: 12 a 15
o Hipertensao abdominal grau 2: 16 a 20
o Hipertensão abdominal grau 3: 21 a 25
o Hipertensão abdominal grau 4: > 25
Sindrome compartimental abdominal
o Síndrome compartimental abdominal é a pressão intraabdominal maior ou igual a 21 mmHg MAIS
lesão de órgãos
o A lesão de órgãos pode ser insuficiencia renal aguda, insuficiencia respiratória aguda (insuficiencia
respiratória pela dificuldade de ventilação), hipotensão, hipertensão intracraniana.
Tratamento da sindrome compartimental abdominal:
o Se a síndrome compartimental abdominal tem pressão entre 21-25 (hipertensão abdominal grau 3 –
entre 21 e 25) fazer medidas conservadoras: sonda nasogástrica, posicao supino, reposição
cautelosa, drenagem das coleções intrabdominais, analgesia e sedação. Descompressão apenas se
não melhora, se insuficiencia renal aguda (IRA) ou insuficiencia respiratória aguda (IRPa).
o Se síndrome compartimental abdominal com pressão maior que 25: medidas conservadoras mais
descompressão. (Hipertensão intraabdominal grau 4 - maior que 25)
o Se pressão maior ou igual a 21 mais TCE com Hipertensão intracraniana – também faz
descompressão
o Ou seja, a partir da hipertensão intrabdominal grau 4, obrigatoriamente fazer descompressão
Bolsa de Bogotá ou peritoneostomia
o Usada quando não dá para fechar o paciente, para evitar síndrome compartimental abdominal
TRAUMA DE CRÂNIO
Choque neurogênico:
o O choque neurogênico resulta da lesão das vias descendentes do sistema simpático da medula
espinhal cervical ou torácica alta. Isso ocasiona perda do tônus vasomotor e perda da invevação
simpática do coração. A perda do tônus vasomotor leva a vasodilatação de vasos viscerais e das
extremidades inferiores, represaemento de sangue e hipotensão.A perda do tônus no nível do
coração leva a bradicardia ou pelo menos deixar de apresentar taquicardia como resposta a
hipotensão ou hipovolemia.
o O TCE grave eo trauma raquimedular são as principais causas de choque neurogênico.
o No choque neurogênico então o doente pode estar hipotenso com FC normal ou hipotenso e
bradicardico.
Hérnia de Uncus
o Pode ocorrer devido a hematomas que se expandem, elevando a PIC e causando a herniação do
uncus através da tenda do cerebelo.
o O uncus hérnia e comprime a via motora no seu trajeto pelo mesencéfalo, levando a hemiparesia
contralateral ao hematoma (via motora é cruzada) e também no mesencéfalo o uncus comprime o
III par (oculomotor), levando a midriase ipsilateral ao hematoma (o oculomotor faz miose, sem ele a
pupila do mesmo lado do hematoma fica em midriase fixa). O III par não cruza!
o O tratamento é neurocirúrgico imediato com drenagem do hematoma.
o DETERIORAÇÃO NEUROLOGICA + HEMIPARESIA CONTRALATERAL + MIDRIASE IPSILATERAL =
HERNIAÇÃO DO UNCUS.
Fratura de base de crânio
o Sinais de fratura de base de crânio: hemotimpano, rinorreia, otorreia, sinal do guaxinim (equimose
periorbitaria BILATERAL, TEM QUE SER BILATERAL), sinal de battle (mancha equimotica
retroauricular ou ao redor do pavilhão auditivo)
o Lembrar que em fratura de base de crânio NÃO PODE PASSAR NADA PELO NARIZ, pois pode haver
fratura de lamina crivosa e daí entrar no cérebro
o LESÃO DE FACE – FAZER CRICO CIRURGICA
TCE
o DECORAR ESCALA DE COMA DE GLASGOW:
OLHO (4 letras – 4 pontos)
VERBAL (verbo 5 letras – 5 pontos)
MOTORA (6 letras – 6 pontos)
o Não existe glasgow 0, o menor é 1
o TCE leve 13 a 15
o TCE moderado 9 a 12
o TCE grave menor ou igual a 8 – GLASGOW MENOR OU IGUAL A 8 É INDICAÇÃO DE VIA AÉREA
ARTIFICIAL
IMPORTANTE: INDICAÇÕES DE TC NO TCE LEVE
TCE leve é aquele em que há um TCE com história de desorientação, amnésia ou perda transitória da
consciência em uma vítima que agora se encontra com glasgow de 13 a 15 (ou seja, consciente e falando).
QUAIS AS INDICAÇÕES DE TC NO TCE LEVE? Há dois critérios utilizados, o critério canadense e o critério de
New Orleans.
CRITERIO CANADENSE PARA REALIZAÇÃO DE TC EM TCE LEVE: TCE COM HISTORIA DE PERDA DE
CONSCIENCIA TESTEMUNHADA POR OUTRA PESSOA, OU AMNESIA, OU DESORIENTAÇÃO TESTEMUNHADA
POR OUTRA PESSOA:
o Risco alto:
Glasgow menor que 15 após 2 horas do acidente
Suspeita de presença de fratura de crânio aberta ou com afundamento
Um ou mais sinais de fratura de base de crânio (battle, hemotimpano, guaxinim, otorreia ou
rinorreia)
Mais de 2 episóios de vomito
Idade maior que 65 ANOS
o Risco moderado:
Perda de cconsciencia por mais de 5 min
Amnesia retrograda mais de 30 min antes do impacto
Mecanismo perigoso de trauma : ejeção do veículo, atropelamento, queda de uma altura
superior a cinco degraus de uma escada ou 0,9m.
Não está no critério canadense mas também entra: cefaléia intensa, indivíduos em uso de anticoagulantes
orais , indivíduos com sinais focais e convulsões – TC!!!!!
CRITÉRIO DE NEW ORLEANS PARA REALIZAÇÃO DE TC EM TCE LEVE: vitimas de TCE com glasgow 15.
o Idade maior que 60 anos
o Vomitos
o Intoxicação por álcool ou drogas
o Amnesia anterógrada persistente
o Trauma visível acima das claviculas
Concussão cerebral x Lesão cerebral difusa (LAD)
o Concussão: é o mais comum! É o nocaute – perda súbita da consciência e temporaria. Dura até 6h.
Tronco e córtex fazem aceleração e desaceleração .
o Lesão axonal difusa: lesão por cisalhamento dos prolongamentos de axônio. Desaceracao e rotação.
Tronco não acompanha o córtex, e lesa os axonios. Perda súbita da consciência mas não recupera
em até seis horas como a concussão, dura mais de seis horas.
o Quando pensar em lesão axonal difusa: dura mais de seis horas E Glasgow muito baixo com Tc
inocente, pensar em lesão axonal difusa.
Hematomas: hematoma extradural (ou epidural), subdural ou subaracnoideo
o Lembrar: calota craniana, espaço epidural, dura manter, espaço subdural, aracnóide, espaço
subaracnoide, pia mater.
o No espaço epidural há a artéria meninges (vogal com vogal)
o No espaço subdural há as veias ponte (consoante com consoante)
o No espaço subaracnoide há o LCR
Doutrina de Monro-Kellie
o Para que a pressaoi intracraniana mantenha-se normal, o volume docranio deve permanecer
constante, uma vez que o crânio é uma caixa rigida não expansível. Esse é o principio da doutrina de
monro kellie
o Assim, quanto temos um hematoma em expansão, parte do sangue venoso e LCR que estavam no
crânio, podem ser comprimidos para fora do crânio, mantendo inicialmente uma pressao
intracraniana dentro ad normalidade.
o No entanto o deslocamento de sangue venoso e liquor para fora do crânio tem um limite, e quando
esses volumes adicionais não podem mais deixar o crânio, a PIC se eleva de forma rápida!
Hematoma epidural
o Traumas em região temporal. Mais raro pois é devido a trauma intenso em osso temporal
o No espaço epidural há as artérias meningeas
o Clínica de intervalo lúcido: per de a consciência, mas logo recobra no local. Após algum tempo
rebaixa rapidamente o glasgow.
o Imagem em lente biconvexa (sangue arterial entre a calota craniana e a dura mater - tuf tuf tuf)
o O hematoma epidural pode ter rebote e ser bilateral
Hematoma subdural
o Traumas em idosos ou alcoólatras. É o mais comum!
o Fator de risco é a presença de atrofia cortical – por isso idosos e alcoólatras, mais espaço subdural
para sangrar
o Clínica de rebaixamento progressivo da consciência
o Imagem em crescente (xuiiii)
Hematoma intraparenquimatoso
Hematoma subaracnóideo
o O sangue fica entre os sulcos cerebrais na imagem, no lugar do LCR.
TRAUMA DE PESCOÇO
O pescoço é duvidido em três zonas, em sentido caudal -cranial
Zona 1 da fúrcula esternal a cartilagem cricoide da laringe, contem vasos subclávios, ducto torácico,
tireóide, traquéia, esôfago, ápice dos pulomes, carterias carótidas próximas, veia ujugular interna e medula
espinhal. Maior mortalidade das lesões na zona 1, devido a acesso cirúrgico difícil.
Zona 2 da cartilagem cricoide ao ângulo da mandíbula. Contem as artérias carótidas, artérias vertebrais,
veias jugulares, medula espinhal, nervo laríngeo recorrente, nervo vago e estruturas do trato aerodigestivo
(faringe, eofago, laringe e traquéia. A zona 2 é a de mais fácil acesso cirúrgico
Zona 3 vai do ângulo da mandíbula a base do crânio. Contem arteria carótida distal, glândulas salivares,
faringe, cadeia simpática, medula espinhal e alguns pares cranianos.
As indicações de cirurgia para trauma no pescoço incluem: SANGRAMENTO ATIVO, INSTABILIDADE
HEMODINAMICA, HEMATOMA EM EXPANSAO, EVIDENCIAS CLARAS DE COMPROMETIMENTO DO TRATO
AERODIGESTIVO (como enfisema subcutâneo).
Se não há esses sinais, o paciente pode ser estudado através de exames de imagem para saber se existe ou
não indicação cirúrgica. Caso eista o procedimento será mais seletivo, direcionado a lesão da determinada
estrutura.
A presença de sinais deenvolvimento vascular ou aerodigestivo indica exploração cirúrgica imediata
Lesoes penetrantes de zona 2 em CC devem ser abordadas imediatamente
O envolvimento das zonas 1 e 3 requer arteriografia antes da exploração cirúrgica, devido a dificuldade em
se visualizar as estruturas vasculares nesses regiões. No entanto, pacientes instáveis não devem se submeter
ao exame angiográfico.
O traumatismo fechado grave de pescoçofrequentemente acomete a laringe. A laringoscopia direta não é
um exame adequado para o diangostico, o melhor é a TC.
Na suspeita de acometimento de laringe, traquéia, faringe e esôfago, os cirurgiões empregam métodos
endoscópicos intraoperatórios para o dx correto da lesão como esofagoscopia, broncoscopia.