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FMC – 2024.2
Trauma de pelve
INTRODUÇÃO:
A fratura de pelve tem alta mortalidade e correlação direta com choque hemorrágico e lesões
intra-abdominais.
Pelves instáveis sangram muito. A grande maioria dos sangramentos tem origem venosa e,
portanto, cessa com a fixação óssea. Uma minoria tem origem arterial (ramos da artéria ilíaca) e,
consequentemente, maior mortalidade.
TIPOS:
As fraturas pélvicas podem ser de alguns tipos:
1. Compressão lateral: 60-70% dos casos → relacionado a lesão visceral.
2. Compressão anteroposterior (fratura em livro aberto – disjunção > 2,5cm do anel pélvico):
15-20% dos casos → relacionado com a instabilidade porque sangra muito.
3. Força de cisalhamento vertical: 5-15% dos casos → relacionado a lesão visceral
DIAGNÓSTICO:
Após o atendimento inicial e exame físico da pelve, devemos fazer a radiografia de pelve, exame
essencial na sala de trauma.
TRATAMENTO:
Fratura + hipotensão = amarrar a pelve
Inicialmente, a estabilização da pelve pode ser feita com lençol, ainda na sala de trauma. O lençol
deve ser colocado com tensão ao redor da pelve, a fim de fechar o anel pélvico, que está
deformado. Ele deve ser colocado na altura dos trocanteres maiores. Além do lençol, existem
dispositivos específicos para fixação temporária da pelve, como faixas e cintas, mas elas não estão
disponíveis facilmente no dia-a-dia.
Essa fixação com lençol ou cinta é temporária e irá reduzir o sangramento, mas não o cessar
completamente. E costuma ser eficaz somente para sangramentos venosos.
Lembre-se: existe uma relação direta de trauma pélvico e lesão intra-abdominal. Portanto,
devemos investigar se existe líquido livre na cavidade. Esse paciente provavelmente estará instável
e, portanto, será submetido ao FAST ou LPD. Caso esses exames venham negativos, podemos
assumir que o choque hemorrágico tem origem na fratura pélvica, e qual deve ser a conduta?
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Phatryck Pinheiro
FMC – 2024.2
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