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Definição:
Sangramento que persiste após avaliação com endoscopia, colonoscopia e avaliação
radiológica.
Hoje em dia, o termo Sangramento de Origem Obscura ficou atrelado àqueles pacientes que
até na avaliação do intestino delgado não foi encontrada a causa do sangramento.
Etiologia
5-10% dos casos de sangramento gastrointestinal não serão identificados por endoscopia,
colonoscopia e exame de imagem.
Nestes não identificados, 75% estão no intestino delgado. O resto, são de lesões que
passaram despercebidas no trato superior ou inferior.
Tabela que identifica as principais causas de acordo com a idade.
Fonte: UptoDate
Avaliação
Diagnóstico
1 - Repetir a EDA e Colonoscopia - deve ser o primeiro passo visto que muitas vezes, algumas
lesões passam despercebidas em uma primeira avaliação
- Push enteroscopia
É uma modalidade feita com um enteroscópio ou colonoscópio de 200 a 250cm, e chega a 25 a
80cm além do Treitz. A sensibilidade do método é de 3 a 70%.
- Enteroscopia intraoperatória
Técnica que se tornou difícil pela falta do óxido de etileno que esteriliza por gás o endoscópio
para ser utilizado na cirurgia. O cirurgião, insere o enteroscópio por uma incisão no intestino,
seguindo de um corte caudal ou cranial, conseguindo ver todo delgado em 90% dos pacientes.
É a opção nos casos de sangramento com instabilidade e que os outros métodos não foram
elucidativos. Uma opção é tatuar até onde chegou o enteroscópio por push ou por balão, para
saber onde começar com a incisão intra operatória. O procedimento é de risco, e tem
complicações, como avulsão de serosa, avulsão da veia mesentérica superior, ICC, azotemia,
íleo prolongado. Para isso, é muito importante estudar a curvatura do intestino, e do
endoscópio para evitar avulsões, e também, se necessário, realizar várias enterotomias para
analisar todo intestino, e não somente uma para tentar ver ele todo.
4 - Enterotomografia ou enteroressonancia
Bom para ser utilizado, sendo obrigatório a fase arterial, fase intermediária ou entérica e fase
venosa ou tardia. Estuda a anatomia e a parede intestinal.
5 - Cintilografia
Serve para avaliar sangramento de no mínimo 0.1 a 0.5mL/min. Então, não utilizar naqueles
com sangramento oculto somente detectado por exames de fezes, sem sangramento
macroscópico.
Geralmente, os radiologistas, pedem a cintilografia para mostrar a região mais provável de
sangramento, e logo em seguida, realizar a angiografia para embolizar o local e ir no local mais
dirigido. Geralmente, se a cintilografia é negativa, provavelmente a angiografia será negativa
também. Por isso é sempre bom ter ela antes.
A cintilografia pode ser de tecnécio colóide ou de tecnécio marcado nas hemácias. É um teste
de alta sensibilidade. Eles localizam a área do abdome que está sangrando, mas não o local
correto.
Para realizar pesquisa de diverticulo de Meckel, usa um tipo específico de tecnécio.
6 - Angiografia
Usado nos casos de instabilidade hemodinâmica, requerimento de hemotransfusão recorrente,
sangramento de grande volume e os com cintilografia positiva ou enterotomografia/RM positiva.
O bom desse procedimento é ser diagnóstico e terapêutico ao mesmo tempo.
A angiotomografia pode ser uma alternativa, porém, ela não é terapêutica. Ela deve ser
realizada em protocolo TRIFÁSICO, com fase arterial, entérica e venosa.
Fonte: UptoDate