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#HARDTOPICS

hemorragia digestiva baixa


# O QUE CAI?
Enterorragia em paciente instável, conduta conforme cessação ou não do
sangramento.

# VISÃO GERAL.
alta vs baixa. ângulo de Treitz é a referência: na HDB, cólon é origem em 95% dos
casos.
exteriorização. geralmente por enterorragia ou hematoquezia. Lembre-se que na
enterorragia o sangramento é provavelmente baixo e na melena é provavelmente
alto, mas não são patognomônicos.
etiologias. no geral 1° doença diverticular; 2° angiodisplasia. ambas ocorrem mais
no cólon direito (divertículos hipotônicos de base larga).
idoso. doença diverticular, angiodisplasia, neoplasia.
adulto jovem. divertículo de Meckel, doença inflamatória intestinal, pólipos.
criança. intussuscepção, divertículo de Meckel.
atenção. o divertículo de Meckel ocorre em 2% da população, há cerca de 40 a
60cm da válvula íleo-cecal, é um divertículo verdadeiro (contém todas as
camadas do intestino), pode apresentar mucosa ectópica (gástrica ou
pancreática) que pode causar irritação com sangramento.
evolução. cerca de 85% param de sangrar espontaneamente; costumam ser
menos graves que a HDA, com menor necessidade de intervenções.

# ATENDIMENTO INICIAL.
estabilização hemodinâmica. acesso venoso periférico; avaliação do grau de
choque com reposição volêmica; monitorização; controle de sinais vitais e diurese.
excluir doenças anorretais. toque retal, anuscopia, retossigmoidoscopia. a
presença de hemorroidas não significa que não tenha outra fonte de sangramento

# INVESTIGAÇÃO.
EDA. mesmo na suspeita de hemorragia digestiva BAIXA a endoscopia digestiva
ALTA é o primeiro exame, pois sangramentos altos volumosos, com trânsito
intestinal acelerado podem aparecer como enterorragia!
colonoscopia. identifica o sangramento e pode ser terapêutica. mais utilizada em
casos leves e moderados pois o paciente precisa estar estável! de preferência com
algum preparo de cólon.
cintilografia. mais sensível, detecta sangramentos a partir de 0,1 ml/min. não define
a causa nem a localização exata. pode ser utilizada para pequenos sangramentos,
intermitentes ou investigação de anemia.
arteriografia. é menos sensível pois necessita de ao menos 0,5ml/min de
sangramento. pode ser diagnóstica e terapêutica (embolização ou injeção de
vasopressina). indicada para sangramentos volumosos, ativo e pacientes instáveis.
cirurgia. paciente instável mesmo após as medidas iniciais, não param de sangrar,
receberam mais de 6 UI de hemácias, tipo sanguíneo raro.
atenção. quando não sabemos a origem do sangramento, a cirurgia indicada é a
COLECTOMIA TOTAL!

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#HARDTOPICS
hemorragia digestiva baixa
# HEMORRAGIA DIGESTIVA INDEFINIDA.
sangramento obscuro. sabemos que existe um sangramento, mas não
identificamos o local. a EDA e a colono estão normais. geralmente sangramento
do intestino delgado.
atenção. a principal causa de sangramento do intestino delgado é a
angiodisplasia!
cápsula endoscópica. paciente ingere uma microcâmera que realiza milhares
de fotos para identificar o sítio do sangramento. é diagnóstica, mas não
terapêutica.
enteroscopia com duplo balão. aparelho de endoscopia que percorre todo o
delgado. exame demorado e pouco disponível. pode ser diagnóstico e
terapêutico.
enteroscopia intra-operatória. o cirurgião abre o intestino e direciona o
aparelho do endoscopista pelo intestino delgado.
angiotomografia. pode identificar o sangramento se o paciente estiver
sangrando no momento do exame. é diagnóstica, mas não terapêutica.
sangramento oculto. o sangramento não é visível. investigação de uma anemia ou
sangue oculto nas fezes positivo. realizar colonoscopia e EDA, se forem negativos,
realizar cápsula endoscópica ou enteroscopia.

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