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Sumário

Introdução ................................................................................... 04
Quem somos ............................................................................... 05
Capítulo I: Cirurgia .................................................................... 09
Capítulo II: Procedimentos ......................................................... 33
Capítulo III: Clínica Médica ........................................................ 63
Capítulo IV: Medicina Preventiva .............................................. 113
Capítulo V: Ginecologia-Obstetrícia ........................................ 164
Capítulo VI: Pediatria ............................................................... 206
Capítulo Final ............................................................................ 241
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Introdução
A tão esperada Bíblia de Checklists!

Nesse tratado que todo aluno do CRMedway recebe, centralizamos todos os checklists
apresentados ao longo do curso comentando um pouco de cada checklist para que você
consiga saber exatamente o que revisar perto de suas provas e o provável modo como
os temas serão cobrados.

Para que você consiga saber quais checklists são de aulas e quais não são, colocaremos
no subtítulo a qual aula aquele checklist pertence. Os checklist pertencentes às aulas do
curso estarão sempre no início de cada capítulo.

Além disso, fizemos uma curadoria de outros conteúdos que apareceram menos (e por
isso não foram incluídos no curso), mas que têm chances de aparecer novamente - são
os checklists extras que deixamos para você..

Outros assuntos colocamos mais de uma vez, para que você tenha mais clareza sobre
possíveis caminhos que uma estação de prova prática pode tomar.

Alguns checklists são reais das provas das instituições com os casos clínicos e tarefas
reais ou adaptados para sua melhor compreensão.

Resumindo, esse material está absolutamente completo com tudo que você precisa
saber para estar preparado para as provas práticas - e por isso mesmo o batizamos de
Bíblia! Está muito grande, mas é exatamente o necessário para estar 100% preparado.

Quanto aos alunos do CRMedway Presencial, pode gerar aquela dúvida: os checklists
do presencial já estão aqui? Vou saber o que vai cair antes de chegar no curso?

De modo algum! Lá você terá mais de 30 checklists novos, mas claro… somente após
passar pelo curso!

Se tiver qualquer dúvida em qualquer momento, fique à vontade para nos contactar via
plataforma do CRMedway que estaremos ágeis para te responder.

Aproveite!

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E se você caiu nesse material por acaso...


e não sabe do que se trata, confira nosso minicurso de provas práticas.

São 3 aulas em que, através de estações simuladas de estações reais de prova (exatamente como elas
“caíram”) nós te mostramos os princípios fundamentais da segunda fase.

acessar minicurso

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Quem somos

João Vitor Alexandre Remor Micael Hamra


UFES UFSC FAMECA

Somos formados em Clínica Médica pelo HC-FMUSP (2018) e todos temos em comum o simples fato
de que, durante nossa graduação, não passamos por exames de OSCE ou Provas Práticas.

Durante nossa preparação, fomos obrigados a desembolsar um altíssimo valor para a realização de
um curso prático presencial (atualmente em torno de R$ 8.000,00 para quem é aluno já matriculado
no cursinho) e, mesmo assim, quando nos deparamos com a prova prática, vimos um cenário diferente
do que havíamos treinado.

Inconformados com tal situação, nós decidimos estruturar um curso prático que entregasse o REAL
valor por trás da prova prática: o CRMedway.

Através de simulações de estações exatamente da forma como elas são cobradas nos concursos,
conseguimos transmitir a essência da segunda fase e o resultado final foi de mais de 500 alunos
inscritos e incontáveis aprovações nos principais processos seletivos do país.

Tudo isso a um preço justo, acessível, de forma 100% online e que permitiu com que todos os nossos
alunos brigassem de “igual pra igual” com quem fez um curso prático presencial.

Você pode conferir o que falaram do CRMedway 2018 na próxima página:

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O que nossos alunos estão falando!

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CONTEÚDOS
RECOMENDAÇÃO NÍVEL DE EVIDÊNCIA 1A
Em vez de simplesmente ler essa bíblia, faça como o João
recomenda na nossa aula do curso do módulo zero, sobre como e
quando estudar:
• Junte um grupo de amigos
• Divida os checklists igualmente entre vocês (de preferência os
que não estavam no curso)
• Quem for o dono do checklist vai aplicar a estação com exami-
nador nos outros alunos e dar a orientação ao ator da estação (se
houver)
• E como falamos… após ter treinado com checklists e estações
existentes, vá para o que mais importa e onde você mais vai
aprender: crie suas próprias estações e checklists!
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CAPÍTULO I

CIRURGIA
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Apendicite Aguda
Aula: Já sei o diagnóstico desde o ínicio. E agora?

Onde já apareceu nos últimos anos?


EMESCAM 2019
UFPR 2018
HSL 2018
HIAE 2019 e 2016

Checklist
NÃO
TAREFA 1 - ANAMNESE REALIZADO REALIZADO

1. Apresentou-se (nome e função)

2. Questionou local da dor

3. Questionou irradiação da dor

4. Questionou característica da dor

5. Questionou tempo da dor

6. Questionou sobre anorexia

7. Questionou sobre hábitos intestinais


(diarreia ou constipação ou como estão as fezes)

8. Questionou sobre febre

9. Questionou sobre comorbidades

10. Questionou sobre alergias

11. Questionou medicações de uso contínuo

12. Escreveu a hipótese diagnóstica correta:


Apendicite Aguda

continua na próxima página

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Checklist
NÃO
TAREFA 2 REALIZADO REALIZADO

13.1 Blumberg

13.2 Rovsing

13.3 Lapinsky

13. 4 Lenander

13.5 Aaron

13.6 Dunphy

13. 7 Obturador

13.8 Íleo-psoas

Comentários
Estação recorrente em provas práticas!
Utilizamos esse checklist no curso justamente para mostrá-lo o quanto é importante não
somente saber o conteúdo cobrado na estação, mas também saber a fundo como fazer
prova prática.

Não esquecer de sempre fazer uma anamnese completa quando é isso que a tarefa solicita.
Revise os sinais típicos de apendicite. Muitas pessoas se beneficiaram dessa estação ano
passado, pois foi exatamente dessa maneira que acabou aparecendo na EMESCAM.

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Pancreatite Aguda
Aula: Conduzindo um Abdome Agudo

Onde já apareceu nos últimos anos?


CERMAM 2019
USP-SP 2018
UFPR 2016
HSL 2015

Descrição de caso clínico:

Paciente de 35 anos, do sexo feminino, comparece ao Pronto Atendimento com


queixa de epigastralgia de forte intensidade há 3 dias, progressiva, associada a
hiporexia e episódios de vômitos, sem melhora após uso domiciliar de paracetamol.
Nega febre ou diarreia.

Tarefas

Tarefa 1: Conduza a consulta com a paciente no Pronto Atendimento.


Observação: exame físico do abdome (se solicitado) - “plano, RHA aumentados, dor
à palpação superficial e profunda em epigástrio, descompressão brusca negativa,
sem massas ou visceromegalias, timpanismo à percussão”

Tarefa 2: Cite um exame complementar para o caso.

Tarefa 3: Cite o provável diagnóstico etiológico e um diferencial.

Tarefa 4: Cite as condutas para o caso e faça a prescrição do paciente

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Checklist

TAREFAS SIM NÃO

1. Perguntou sobre as características da dor


e tempo de evolução?

2. Perguntou sobre etilismo?

3. Perguntou sobre história familiar?

4. Perguntou sobre história patológica


pregressa?

5. Realizou somatoscopia e exame físico do


abdome?

6. Solicitou ultrassonografia de abdome?

7. Diagnóstico principal: considerar realizado


se o candidato informar Pancreatite Aguda.

8. Diagnóstico diferencial: considerar realizado


se o candidato informar 1 (um) dos
diagnósticos diferenciais: colecistite aguda,
úlcera perfurada, isquemia mesentérica,
obstrução intestinal, infarto agudo do miocárdio
- parede inferior, dissecção de aorta, gravidez
ectópica.

9. Hidratou e controlou a dor do paciente?

10. Orientou o paciente sobre a NÃO indicação


de cirurgia?

comentários na próxima página

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Comentários
Galera, essa é uma estação que caiu no último ano no CERMAM, e o checklist é exatamente
o da prova em questão.

Abdome agudo sempre é um tema “quente” para as provas práticas, sendo que as bancas
adoram cobrar o inflamatório - nesse sentido, é fundamental lembrar da Pancreatite
Aguda, tão requisitada nas provas de primeira fase, e agora, também nas práticas.

Não se esqueçam das principais causas de Pancreatite Aguda (biliar e alcoólica -


vocês PRECISAM questionar isso na anamnese, se há fatores de risco!), como é feito o
diagnóstico, citar os mais importantes diagnósticos diferenciais e, por fim, o tratamento.

Essa estação também foi interessante por cobrar os princípios básicos de uma consulta,
como o exame físico do abdome, por exemplo.

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Abdome Agudo Obstrutivo


Aula: Abdome Agudo Obstrutivo

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USP-SP 2014

Checklist
NÃO
TAREFA 1 REALIZADO REALIZADO

1. Apresentou-se e qualificou-se como médico.

2. Chamou a paciente pelo nome.


Usou linguagem acessível.

3. Questionou tempo de início dos sintomas

4. Questionou irradiação da dor

5. Questionou “tipo” da dor

6. Questionou sobre hábito intestinal


(diarreia ou constipação ou alteração no
formato das fezes)

7. Questionou sobre náuseas ou êmese

8. Questionou sobre características da êmese

9. Questionou sobre cirurgias prévias

10. Questionou sobre comorbidades ou alergias

continua na próxima página

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TAREFA 2 SIM NÃO

11. Realizou lavagem das mãos antes do início


do exame

12. Posicionou-se ao lado direito do paciente

13. Questionou ou solicitou a retirada da blusa


do examinador

14. Realizou o exame físico na ordem correta


(ausculta antes de percussão/palpação)

15. Solicitou toque retal

TAREFA 3 SIM NÃO

16. Solicitou rotina de abdome agudo (Rx de


tórax e Rx de abdome em ortostase e decúbito)

17. Solicitou hemograma

18. Solicitou eletrólitos (sódio e potássio)

19. Solicitou função renal (uréia e creatinina)

20. Solicitou amilase e lipase

21. Solicitou glicemia

22. Solicitou gasometria arterial

23. Solicitou urina 1

continuação na próxima página

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Checklist

TAREFA 4 SIM NÃO

24. Diagnóstico clínico: abdome agudo


obstrutivo ou vôlvulo de sigmóide

25. Diagnóstico hidroeletrolítico (alcalose


metabólica hipocalêmica)

26. Prescrição: jejum

27. Prescrição: “hidratação venosa + reposição


de potássio” ou “soro fisiológico + reposição
de potássio”

28. Prescrição: analgesia

29. Prescrição: sondagem nasogástrica aberta

30. Descompressão colônica endoscópica

Comentários
Essa estação apresentou um quadro clínico sucinto, bastante sugestivo de um abdome
agudo obstrutivo, tema fundamental para vocês dominarem.

Percebam que a estação foi bastante ampla, cobrando desde conceitos básicos, como
se apresentar, realizar uma anamnese dirigida, exame físico com semiologia adequada
(como o fato de se posicionar à direita do paciente ao examiná-lo), até o tratamento em si.

O checklist ficou um pouco extenso, mas, se por um lado é difícil memorizá-lo, por outro,
está bem completo.

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Advanced Trauma Life Support (ATLS)


Aula: Por trás do ATLS

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UFPR 2019
UNICAMP 2018
UNIFESP 2018
SCMSP 2018/2016
HIAE 2018/2015
USP-RP 2017
HSL 2017

Checklist

TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Paramentou-se (deve especificar: touca,


óculos, máscara, avental e luva)

2. Chamou o paciente, apresentou-se e se


definiu como médico

3. Realizou estabilização cervical (colar +


estabilização manual)

4. Solicitou oximetria de pulso; oxigênio sob


máscara (em alto fluxo e com reservatório);
realizou exame físico torácico

5. Solicitou monitorização (PA, FC); 2 acessos


venosos periféricos e calibrosos; prescreveu
cristalóide; solicitou hemograma e tipagem
sanguínea

6. Estimou adequadamente o Glasgow e


examinou pupilas

7. Expôs completamente o paciente e citou


preocupação com hipotermia

continua na próxima página


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TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

8. Citou FAST

9. Citou a presença de líquido livre na cavidade


como achado positivo

10. Citou LPD

11. Citou as alterações da LPD

TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

12. Indicou laparotomia

13. Solicitou transferência para centro de


trauma

14. Prescreveu analgesia e vacina antitetânica

BÔNUS ADEQUADO INADEQUADO

15. Demonstrou empatia com o paciente e com


o ator. Espírito de trabalho em equipe.

Comentários
Estação praticamente certa de aparecer em alguma grande instituição, anualmente! Aqui,
o candidato se deparava com um paciente vítima de trauma abdominal contuso e precisava
agir conforme o protocolo do ATLS - ou seja, avaliação primária (A / B / C / D / E), de
maneira sistemática e sequencial, e depois mais direcionado ao trauma abdominal em si.

É fundamental conhecer e saber quando indicar FAST e LPD, além das indicações para
laparotomia de urgência. O bônus foi dado ao candidato que agiu de forma empática com
o paciente e estabeleceu uma boa comunicação com a equipe.

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Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)


Aula: Hemorragia Digestiva sem Mistérios

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UNICAMP 2016
USP-SP 2015
UFPR 2015

Checklist

TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Identificou a queixa principal

2. Questionou episódios prévios

3. Questionou hematêmese

4. Questionou antecedentes médicos

5. Questionou uso de AINEs ou medicações


esporádicas

6. Questionou perda de peso

7. Questionou etilismo

TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

8. Solicitou dados vitais e ectoscopia

9. Pesquisou hipotensão postural

10. Exame abdominal

11. Solicitou e convenceu a realização do


toque retal
Obs: 1 ponto negativo se o aluno aceitar a
não realização do toque retal

continua na próxima página 20


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TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

12. Citou 3 dos 5 diagnósticos abaixo


corretamente (1 ponto para cada)
- Úlcera gástrica
- Varizes de esôfago
- Doença diverticular
- Neoplasia de cólon
- Angiodisplasia

13. Solicitou endoscopia digestiva alta

TAREFA ADEQUADO INADEQUADO

14. Indicou internação

15. Solicitou colonoscopia

Comentários
Checklist que aborda um tema bastante frequente no setor de emergência - Hemorragia
Digestiva, e que foi cobrado em provas práticas de 3 grandes instituições recentemente
(USP-SP, UFPR e UNICAMP).

Percebam a ênfase do checklist em relação à anamnese do paciente (investigar fatores de


risco para hemorragia digestiva) e ao exame físico (principalmente ao toque retal, que era
obrigatório fazer).

Vale notar que essa parte de comunicação e relação médico-paciente está cada vez mais
presente nas provas práticas

Por fim, era necessário citar diagnósticos diferenciais, exames complementares e indicar
a conduta mais adequada para o caso (colonoscopia e internação hospitalar).

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Colangite Aguda
Extra: checklist não presente no curso

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SCMSP 2015

Descrição de caso clínico:

Paciente 50 anos, masculino, com queixa de dor abdominal (sem caracterizar bem
a dor), vômitos e mal estar, há 4 horas da chegada na Unidade de Emergência. Nega
febre. Nega outros sintomas. Exame físico apenas com dor abdominal à palpação,
sem outros achados. Refere episódio prévio semelhante, que melhorou após uso
de escopolamina e dipirona na UPA perto de casa. Sem comorbidades prévias.
Traz USG prévio evidenciando apenas imagens com sombra acústica posterior em
vesícula biliar.

Tarefas

Tarefa 1: Cite o diagnóstico mais provável com base no caso

Tarefa 2: Cite e realize uma manobra semiológica pertinente ao caso e cite 1 exame
complementar

Tarefa 3: Cite as condutas

Tarefa 4: Paciente retorna após 4 dias referindo febre, retorno da dor abdominal e
dos vômitos. Ao exame, nota-se paciente consciente, algo hipoativo, desidratado
+++/4+, afebril ao toque, mucosas ictéricas ++/4+, taquipneico. FC: 110bpm. PA:
90X50mmHg.
Diga o diagnóstico e justifique.

Tarefa 5: Cite as condutas para o caso e faça a prescrição do paciente

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Checklist

TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Colelitíase

TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

2. Citou sinal de Murphy

3. Descreveu corretamente o sinal de Murphy

4. Solicitou USG de abdome

TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

5. Prescreveu analgesia

6. Reavaliou após 2 horas

7. Alta para casa

8. Encaminhou para cirurgia eletiva

9. Orientou retorno se sinais de piora clínica e


citou ao menos 3: febre, icterícia, persistência
da dor > 6h, hipotensão, síncope, RNC

TAREFA 4 ADEQUADO INADEQUADO

10. Colangite grave

11. Justificativa: pêntade de Reynolds

TAREFA 5 ADEQUADO INADEQUADO

12. MOV (monitorização, oxigênio SN e


acesso venoso)

13. Colher culturas

14. Solicitar USG de abdome

continua na próxima página


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CONTINUAÇÃO: TAREFA 5 ADEQUADO INADEQUADO

15. Colher eletrólitos e gasometria

16. Internação em UTI

17. Hidratação venosa com correção dos


distúrbios hidroeletrolíticos

18. Dieta zero

19. Ceftriaxone + metronidazol endovenoso

20. Descompressão da via biliar


(CPRE ou percutânea)

21. Colecistectomia na mesma internação

22. Nome do paciente, datar e assinar

Comentários
Criamos essa estação e esse checklist para abordarmos outra causa de abdome agudo.
Como é uma categoria muito frequente em prova prática, é bom estar preparado para
além do “arroz-e-feijão” que é a apendicite aguda.

Apresentamos também um tipo de dinâmica que vem sendo muito empregada nos últimos
anos: somente com examinador, sem ator ou manequim, sendo mais uma prova oral do
que uma prova prática de fato.

Prestem atenção ao último do ponto do checklist: pode estar presente em tarefas do tipo
prescrição!

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Abdome Agudo Perfurativo


Extra

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UNESP 2017
UNICAMP 2016

Descrição de caso clínico:

Paciente masculino, 65 anos, dá entrada no Pronto Atendimento que você trabalha


com queixa de dor abdominal intensa, associada a sudorese e náuseas há 1 dia,
além de artralgias há 1 semana.
Sinais vitais: PA 90x60 mmHg, FC 120 bpm, FR 22 irpm, SpO2 96% em ar ambiente.

Tarefas

Tarefa 1: Realize a anamnese dirigida. Após encerrar, peça a tarefa 2 ao examinador.

Tarefa 2: Vá até o boneco na maca. Realize o exame físico dirigido para a queixa
falando em voz alta as partes do exame que estão sendo realizadas.

Tarefa 3: Solicite os exames pertinentes ao caso e cite qual o diagnóstico mais


provável com base na história clínica e no resultado destes.

Tarefa 4: Descreva a conduta mais adequada para o caso.

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Checklist

TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Apresentou-se como médico e


cumprimentou o paciente

2. Questionou ocorrência de constipação,


diarreia, febre e vômitos

3. Questionou a respeito do uso recente de


antiinflamatórios não hormonais (AINHs)

4. Questionou sobre antecedentes patológicos

TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

5. Realizou o exame físico abdominal


(inspeção, ausculta, percussão e palpação)

6. Pesquisou sinais de irritação peritoneal

TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

7. Citou o diagnóstico sindrômico


corretamente: Abdome Agudo Perfurativo

8. Citou o diagnóstico etiológico provável:


Úlcera Péptica perfurada

9. Solicitou rotina radiológica de abdome


agudo

10. Identificou e descreveu pneumoperitônio


na radiografia

TAREFA 4 - PONTUAR SE CANDIDATO INDICOU: ADEQUADO INADEQUADO

11. Analgesia endovenosa

12. Hidratação endovenosa com cristalóide

continua na próxima página


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CONTINUAÇÃO: TAREFA 4 ADEQUADO INADEQUADO

13. Antibioticoterapia: Ciprofloxacino OU


Quinolona OU Ceftriaxone OU Cefalosporina
de 3ª geração E Metronidazol

14. Jejum

15. Sonda nasogástrica

16. Sondagem vesical de demora

17. Cirurgia de emergência

Comentários
Mais uma estação de abdome agudo, desta vez abordando o perfurativo. Esse tema já
caiu em duas grandes instituições de São Paulo (UNESP e UNICAMP), então é bom estar
atento!

O checklist contemplou desde os aspectos iniciais - como a primeira abordagem ao


paciente em um Pronto Atendimento - até o diagnóstico mais provável e o manejo da
doença.

Percebam que acertar o diagnóstico sindrômico e etiológico eram apenas 2 itens do total
de 17 do checklist; então, mais uma vez, não se prendam somente a isso! É fundamental
ter esse passo-a-passo em mente para pontuar o máximo possível.

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Nefrolitíase
Checklist Oficial: UFPR 2014

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UFPR 2016

Descrição de caso clínico:


Analise a seguinte radiografia de abdome:

Tarefas
Tarefa 1: Cite qual o diagnóstico mais provável.
Tarefa 2: Qual a melhor opção terapêutica para o caso?
Tarefa 3: Qual a condição clínica mais frequentemente associada?

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Checklist Discursivo

ADEQUADO INADEQUADO
Cálculo Coraliforme em Rim Esquerdo OU Litíase
TAREFA 1
Coraliforme Renal Esquerda OU Cálculo Renal Esquerdo.

TAREFA 2 Nefrolitotomia percutânea.

TAREFA 3 Infecção do trato urinária OU Pielonefrite.

Comentários
Urologia é um assunto sempre bem lembrado pela banca da UFPR, e, dentro desta grande
área, definitivamente nefrolitíase é um dos principais tópicos para se saber. Em 2014,
nesta estação (bastante!) direta, bastava lembrar da imagem clássica de um cálculo
coraliforme, e como abordá-lo após o diagnóstico.

TAREFA 3

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Entorse de Joelho
Checklist Extra

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UFPR 2017

Descrição de caso clínico:


Você é um ortopedista especialista em joelho e irá atender um paciente encaminhado
por um colega para seu consultório. O paciente João Carlos Magalhães sofreu entorse
de joelho direito jogando futebol, teve grande derrame articular e ouviu um estalido,
além de dor no referido membro.

Tarefas
Tarefa 1: Efetue o atendimento com o exame físico ortopédico direcionado.
Tarefa 2: Solicite exames se achar necessário.
Se candidato solicitar radiografias, mostrar as figuras abaixo.
Tarefa 3: Explique sua conduta.

continua na próxima página 30


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Checklist

PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO
ADEQUADO
INADEQUADO

1. Apresentou-se ao paciente

2. Qualificou-se como médico

3. Investigou lesão ligamentar


a) perguntou sobre sensação de falseio
b) fez Lachman
c) fez gaveta anterior
d) estresse em varo e valgo

4. Investigou derrame articular


a) sinal da tecla

5. Investigou lesão de meniscos


a) teste de Appley

6. Solicitou radiografia em AP, perfil e axial


de patela

7. Orientou que não é nada grave e não


precisa operar

9. Orientou proteção

10. Orientou repouso

11. Orientou gelo

12. Orientou compressão local

13. Orientou elevação

14. Prescreveu AINH

continua na próxima página 31


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Comentários
Está ficando mais frequente assuntos de Ortopedia serem exigidos nas provas teóricas,
mas, também, em segundas fases, como foi o caso deste caso clínico apresentado e
adaptado pela UFPR em 2017, e da UNESP-Botucatu em 2018 no caso, (uma fratura de
rádio).
Aqui, foi retratado uma situação bastante comum do dia-a-dia, que era exigido do
TAREFA 3
candidato basicamente um exame físico ortopédico bem feito, além de dar as orientações
corretas para o paciente.

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CAPÍTULO II

PROCEDIMENTOS
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Instalação de VNI
Aula: O que fazer se você não souber a resposta?

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-SP 2015

Checklist

TAREFAS ADEQUADO INADEQUADO

1. Apresentou-se como médico

2. Lavou as mãos antes de acessar a máscara

3. Calçou luvas

4. Escolheu máscara correta de ventilação


não-invasiva

5. Posicionou corretamente na cabeça do


paciente

6. Solicitou material para fixação

7. Fixou corretamente a máscara

Comentários
Fixar corretamente a máscara é o medo de muita gente que nunca instalou uma VNI antes.
No entanto, vejam como a tarefa pode te dar pontos por muito mais do que simplesmente
a instalação da máscara.
Em procedimento o que importa é o passo-a-passo.

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Drenagem de Abscesso
Aula: Estações com procedimentos: como se preparar

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-RP 2014

Checklist

CHECKLIST ADEQUADO INADEQUADO

1. Indicou corretamente o procedimento,


explicou ao paciente, expôs riscos e pediu
o consentimento

2. Lavagem das mãos e paramentação cirúrgica


estéril

3. Antissepsia local e colocação dos campos


cirúrgicos

4. Anestesia local

5. Realizou a incisão da pele

6. Realizou expressão e divulsão da lesão

7. Irrigou como soro fisiológico

8. Instalou dreno de Penrose

9. Não suturou

Comentários
Estação direta ao ponto, que exige a capacidade do candidato de seguir um passo-a-
passo de como realizar corretamente a drenagem de abscesso.

Este tipo de procedimento não tem muito “segredo”, basta não esquecer dos passos e
cuidar para não cometer “vícios” do dia-a-dia na hora da prova.

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Sondagem Nasogástrica (SNG)


Aula: Estações com procedimentos: como se preparar

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-SP 2014
UNESP 2019

Checklist
TAREFAS SIM NÃO

1. Explicou o procedimento ao paciente

2. Explicou potenciais complicações

3. Pediu o consentimento do paciente

4. Posicionou o paciente da maneira adequada


(sentado)

5. Avaliou a perviedade das duas narinas

6. Mediu a sonda corretamente

7. Passou anestésico para lubrificar a


extremidade da sonda

8. Ofereceu líquido para o paciente deglutir


durante a passagem da sonda

9. Testou adequadamente a colocação da


sonda (aspiração, ausculta do epigástrio)

10. Fixou adequadamente a sonda

11. Solicitou radiografia para checagem de


posicionamento

continua na próxima página 36


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Comentários
Outra estação de procedimento bem direta. Aconselhamos vocês a prestarem atenção em
todos os itens do checklist e entendê-los, pois a ideia é não pular nenhum deles.

Não esqueçam, também, dos últimos dois pontos - fixação e checagem do posicionamento
da sonda. Não podemos deixar que a “pressa” e a ansiedade nos façam perder pontos
fáceis!

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Dreno de Tórax
Aula: Drenagem torácica

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-SP 2019
USP-RP 2019
CERMAM 2018

Checklist
CHECKLIST SIM MEIO NÃO

1. Paramentou-se (luvas, máscara, gorro,


óculos e avental impermeável)

2. Avaliou vias aéreas

3. Solicitou saturação de O2

4. Exposição do pescoço

5. Exposição do tórax

6. Inspeção torácica e palpação

7. Percussão e ausculta

8. Identificou pneumotórax hipertensivo

9. Indicou a descompressão torácica

10. Indicou a drenagem de tórax

11. Assepsia e antissepsia

12. Colocação de campos

13. Localização anatômica - 5º EIC, borda


superior da costela inferior, na linha axilar
média

continua na próxima página


38
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Checklist

CHECKLIST SIM MEIO NÃO

14. Punção de alívio

15. Anestesia local

16. Incisão e dissecção

17. Introdução do dedo no espaço pleural

18. Introdução do dreno no sentido posterior


e cranial

19. Fixação do dreno

20. Preenchimento do reservatório com água

21. Conexão ao selo d’água

22. Solicitou radiografia

23. Solicitou avaliação do C

24. Solicitou avaliação do D

25. Solicitou avaliação do E

Comentários
Essa é provavelmente um dos temas mais importantes dentro dos Procedimentos, que
poderá aparecer na prova prática de vocês! No último ano, por exemplo, foi cobrado na
USP-SP e na USP Ribeirão Preto.

Drenagem de tórax será exigida dentro de uma estação de Cirurgia, com o contexto de um
trauma torácico, sendo, inclusive, uma das estações práticas do curso do ATLS.

Fundamental que vocês dominem item por item para que consigam explicar e demonstrar
a sequência correta ao examinador na hora da prova prática.

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Mesa Cirúrgica
Aula: Montagem de mesa cirúrgica

Onde já apareceu nos últimos anos?


UNESP 2019
UEM 2019
USP-RP 2018

Checklist
TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Posicionou corretamente o cirurgião

2. Posicionou corretamente o primeiro auxiliar

3. Posicionou corretamente o segundo auxiliar

4. Posicionou corretamente o instrumentador

TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

5. Colocou o campo cirúrgico na mesa

6. Montou corretamente os instrumentos


nos 4 quadrantes

7. Posicionou corretamente os instrumentos


com a ponta para baixo

8. Organização da mesa (todos os


instrumentos visíveis e alinhados)

continua na próxima página

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TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

9. Tesoura de Metzembaum

10. Kelly

11. Crille

12. Farabeuf

13. Porta Agulha de Mayo

Comentários
Uma estação que muito provavelmente vocês já devem ter praticado em uma aula de
Cirurgia durante a graduação, mas que também está sendo cobrada nas provas práticas
de Residência.

Aqui, o mais difícil é reconhecer corretamente as pinças e os demais instrumentos


cirúrgicos. Mas, longe de ser algo de “outro mundo”. Com estudo e treino, vocês
dominarão tudo o que consta no nosso checklist e certamente brilharão na prova. ;)

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Sutura
Aula: Montagem de mesa cirúrgica

Onde já apareceu nos últimos anos?


UFES 2019
PUCCAMP 2019
SCMSP 2018
EMESCAM 2018
USP-RP 2017
USP-SP 2016

Checklist
TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Paramentar-se (deve especificar: touca,


óculos, máscara, avental e luva estéril)

2. Lavagem da ferida com soro fisiológico

3. Degermação dos bordos da ferida

4. Colocação de campos estéreis

5. Anestesia local

6. Exploração da ferida

7. Sutura da ferida com pontos separados

TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

8. Escolheu o fio correto (mononylon 3-0)

9. Característica 1: monofilamentar

10. Característica 2: inabsorvível

11. Especificou a sutura com pontos separados


(simples ou Donatti)

continua na próxima página


42
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TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

12. Realizou a sutura com os pontos corretos

13. Nós firmes e distância entre os pontos


satisfatória

14. Curativo simples

15. Lavar a ferida com água e sabão diariamente,


e mantê-la sempre seca e limpa

16. Atentar para sinais inflamatórios e


infecciosos (citar ao menos 2 dos seguintes:
vermelhidão local, saída de secreção purulenta,
odor fétido, retorno da dor local mesmo com
analgesia)

17. Analgesia

18. Questionou calendário vacinal ou


prescreveu dose de reforço da vacina anti-
tetânica

19. Retorno em 7 dias para retirar os pontos

20. Orientou afastamento do trabalho para


melhor cicatrização e preenchimento da
Notificação de Acidente de Trabalho (CAT)

Comentários
Galera, um clássico da Prova Prática de Residência, que vem sendo cobrado praticamente
todos os anos em alguma grande instituição!
É claro que todo estudante de medicina já fez alguma sutura. O detalhe aqui é vocês
não cometerem alguns “vícios” da vida real, pois a prova prática irá cobrar os conceitos
descritos nos livros.
No checklist, explicamos o passo-a-passo esperado para a condução desse tipo de
ferimento, sem esquecer das orientações que devem ser dadas ao paciente após o
procedimento.

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Intubação Orotraqueal
Aula: Intubação orotraqueal

Onde já apareceu nos últimos anos?


SCMSP 2019/2016
UNIFESP 2015

Checklist
CHECKLIST ADEQUADO INADEQUADO

1. Orientou que explicaria o procedimento ao


paciente e pediu luvas, óculos de proteção,
gorro e máscara.

2. Solicitou laringoscópio (o candidato deve


testá-lo)

3. Solicitou tubo orotraqueal (o candidato


deve testar o cuff)

4. Solicitou seringa para insuflar o cuff

5. Solicitou material para aspiração de via


aérea (“orientar o candidato que o material já
está montado”)

6. Solicitou kit bolsa-válvula-máscara (ou


“ambu”)

7. Solicitou material para fixação do tubo

8. Realizou pré-oxigenação (não considerar


caso o aluno tenha “ventilado” o paciente)

9. Indicou e escreveu na folha de tarefas


corretamente as medicações para realização
da intubação no tempo certo

10. Insuflou o cuff após a intubação

continua na próxima página

44
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CHECKLIST ADEQUADO INADEQUADO

11. Checou correto posicionamento do tubo


através de ausculta do epigástrio e das bases e
ápices pulmonares, bilateralmente

12. Solicitou ou realizou a fixação do tubo


(responder: “considere fixado”)

13. Solicitou conexão do tubo a aparelho de


assistência ventilatória mecânica (responder:
“considere acoplado à VM”)

14. Solicitou instalação do capnógrafo para


confirmação

15. Solicitou radiografia de tórax

16. Indicou uso de lidocaína

17. Indicou uso de quetamina

18. Indicou uso de succinilcolina

19. Indicou uso de salbutamol ou fenoterol ou


beta-2-agonista de curta duração

20. Indicou uso de metilprednisolona ou


prednisona ou hidrocortisona

Comentários
Chegamos ao procedimento que todo estudante de medicina sonha em conseguir realizar
com tranquilidade!
Contudo, não deixem a empolgação de intubar ofuscar a sequência adequada do
procedimento. Tanto na vida, quanto na prova prática.
Preparação (com checagem dos materiais solicitados e indicação das drogas que serão
utilizadas), pré-oxigenação (sem ventilar inicialmente), pré-medicação (que quase não
utilizamos mais na prática), paralisia com indução, posicionamento adequado, passagem
do tubo com confirmação e medidas pós-intubação é a sequência que vocês deverão
seguir para intubar com maestria.
Ainda inseguro(a)? Treino, treino e treino!

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Gasometria Arterial/Sepse
Aula: Paciente séptico + gasometria arterial

Onde já apareceu nos últimos anos?


SCMSP 2019
UNIFESP 2019
USP-SP 2018
Checklist
DIAGNÓSTICO E CONDUTAS SIM NÃO

1. Acertou a hipótese diagnóstica?


Pneumonia, sepse de foco pulmonar

2. Escolheu o escore correto? qSOFA

3. Escolheu os exames essenciais? (1 ponto


por correto; tirar 1 ponto por incorreto)

Essenciais:
3.1 Hemograma
3.2 Eletrólitos (sódio, potássio)
3.3 Função renal (uréia, creatinina)
3. 4 Função hepática (bilirrubinas/
coagulograma)
3.5 Hemoculturas (2 pares)
3.6 Gasometria arterial + lactato arterial

Não essenciais:
3. 7 Albumina
3.8 TGO/TGP
3.9 FA/GGT
3.10 PCR
3.11 Troponina
3.12 TC Crânio
3.13 BNP
3.14 Amilase

continua na próxima página

46
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COLETA DE GASOMETRIA ARTERIAL


SIM NÃO
SÓ PROSSEGUIR SE SOLICITAR GASOMETRIA

4. Explicar procedimento ao paciente, lavar as


mãos

5. Heparinizar a seringa

6. Posicionamento e manobra de Allen

7. Anestesia com lidocaína 2%

8. Punção arterial da artéria radial, 45º e


posição cefálica

9. Tirou as bolhas de ar, identificou a seringa,


e encaminhou para laboratório

10. Identificou acidose metabólica?

PRESCRIÇÃO SIM NÃO

11. Soro fisiológico 0,9% - 30 ml/kg EV agora


ou Ringer lactato – 30 ml/kg EV agora

12. Antibiótico
a. ceftriaxone 2g agora ou 1g 12/12h +
claritromicina 500 mg 12/12h
ou
b. levofloxacino (750 mg agora e uma vez ao
dia)

13. Profilaxia de TEV


a. enoxaparina 40 mg, SC, 1xd
ou
b. HNF 5.000 UI, SC, de 8/8h ou 12/12h

continua na próxima página

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Comentários
A coleta de Gasometria Arterial é um tema bastante “quente”, que nos últimos 2 anos
caiu em 3 grandes instituições de São Paulo. É um procedimento relativamente simples,
mas que apresenta algumas etapas que geralmente não utilizamos de forma rotineira na
prática. Atenção para realização da manobra de Allen antes da coleta e de heparinizar a
seringa.

No caso, o tema foi desenvolvido dentro de um contexto de sepse de foco pulmonar -


condição que também vem sendo cobrada nas provas e que deve ser dominada tanto para
a primeira, quanto para a segunda fase do processo seletivo.

48
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Sondagem Vesical de Demora


Checklist Extra

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UFES 2019
UNESP 2016

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Explicou o procedimento ao paciente

2. Separou os materiais: cateter vesical,


máscara, óculos, touca, luva estéril, luva de
procedimento, campo estéril, seringa, cuba
rim, água destilada, pinça ou Cheron, gaze,
clorexidina não alcoólica, lidocaína gel,
recipiente coletor, esparadrapo antialérgico

3. Assegurou privacidade com biombo

4. Posicionou paciente em decúbito dorsal, com


joelhos fletidos (feminino), coxas abduzidas e
os pés sobre o leito (masculino e feminino)

5. Organizou materiais com técnica asséptica

6. Higienizou as mãos, calçou as luvas de


procedimento e avaliou a uretra

7. Realizou higienização novamente, calçou


luvas estéreis e fez o teste para avaliar a
integridade do balão da sonda

8. Realizou assepsia perineal

9. Colocou campo estéril fenestrado

10. Conectou a sonda ao saco coletor

continua na próxima página

49
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CHECKLIST SIM NÃO

11. Administrou anestésico na uretra

12. Lubrificou a sonda e a introduziu

13. Confirmou saída de urina

14. Insuflou balonete com água destilada

15. Tracionou a sonda até sentir resistência

16. Fixou a sonda vesical de demora

Comentários
Sondagem vesical de demora é um procedimento que quem acaba fazendo é a equipe
da enfermagem; porém, cada vez mais as bancas têm cobrado este assunto nas provas
práticas de Residência e devemos dominá-lo.

Aqui a dica para não errar é seguir cronologicamente os itens mencionados no nosso
checklist, sem esquecer do princípio básico de explicar o procedimento ao paciente e
garantir a privacidade do mesmo com um biombo.

50
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Toracocentese
Extra

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UFPR 2018

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Explicou o procedimento ao paciente

2. Explicou as possíveis complicações

3. Separou os materiais: avental, máscara,


touca, óculos, seringas, agulhas, jelco, luva
estéril, pinça ou Cheron, gaze, clorexidina,
tubos para armazenamento de material,
esparadrapo, lidocaína

4. Posicionou o paciente (sentado) e solicitou


ajuda para sustentação do paciente (risco de
queda durante o procedimento)

5. Organizou materiais com técnica asséptica

6. Higienizou as mãos e paramentou-se

7. Realizou assepsia do local de punção


(espaço intercostal e hemitórax corretos)

8. Aplicou anestesia local

9. Puncionou o espaço pleural após expiração


do paciente e confirmou saída de líquido
pleural

10. Coletou amostras e armazenou nos tubos

11. Removeu o dispositivo de punção e realizou


curativo

12. Identificou as amostras e solicitou


proteínas e DHL do líquido pleural + DHL e
proteína séricos + exames pertinentes ao caso
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Comentários
Cobrada no contexto de um derrame pleural pela UFPR em 2018, a toracocentese não é
um procedimento difícil de ser feito. Basta obedecer a sequência, lembrar de solicitar
todos os materiais necessários, de se paramentar adequadamente e realizar a assepsia do
local de punção. Por fim, também não esqueçam de solicitar proteínas e DHL do líquido
pleural + séricos, os dados obtidos serão utilizados para estabelecermos os Critérios
de Light e determinarmos se o líquido é sugestivo de transudato ou exsudato, caso o
examinador solicite essa informação.

Atenção: em toda amostra obtida através de um procedimento, nunca esqueçam de


identificar os tubos e encaminhá-los ao laboratório!

Vocês deverão mencionar, também, que irão informar o resultado ao paciente (seja durante
o atendimento ou até mesmo através da marcação de um retorno ambulatorial).

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Paracentese
Checklist Extra

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Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Explicou o procedimento ao paciente

2. Explicou as possíveis complicações

3. Separou os materiais: avental, máscara,


touca, óculos, seringas, agulhas, jelco, luva
estéril, pinça ou Cheron, gaze, clorexidina,
tubos para armazenamento de material,
esparadrapo, lidocaína

4. Posicionou o paciente em decúbito lateral


esquerdo

5. Organizou materiais com técnica asséptica

6. Higienizou as mãos e paramentou-se

7. Realizou assepsia do local de punção (terço


distal da linha entre espinha ilíaca ântero-
superior esquerda e cicatriz umbilical)

8. Aplicou anestesia local

9. Puncionou a cavidade peritoneal e


confirmou saída de líquido ascítico

10. Coletou amostras e armazenou nos tubos

11. Removeu o dispositivo de punção e realizou


curativo

12. Identificou os tubos e solicitou celularidade


com diferencial, gram, cultura, proteínas totais
e albumina, DHL e glicose do líquido ascítico
+ proteínas totais e albumina séricos + exames
pertinentes ao caso
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Comentários
A paracentese diagnóstica é um procedimento bastante comum para aqueles que
já passaram em unidades de Pronto Atendimento e no estágio de Gastroenterologia.
Embora nos últimos 5 anos não tenha sido cobrada nas principais instituições, vale a pena
relembrar como ela deve ser feita!

Ao realizar uma paracentese diagnóstica, não esqueçam de solicitar exames para estimar
o gradiente de albumina soro-ascite (GASA), investigar peritonite bacteriana associada e
indicar exames pertinentes à suspeita diagnóstica inicial.

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Acesso Venoso Central


Checklist Extra

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UFES 2019/2018
SCMSP 2015

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Explicou o procedimento ao paciente

2. Explicou as possíveis complicações

3. Pediu consentimento do paciente

4. Lavou as mãos e paramentou-se

5. Solicitou material adequado: seringas,


agulha para aspiração de anestésico, agulha
para anestesia, lidocaína sem vasoconstritor,
gaze, soro fisiológico para testar as vias de
acesso, agulha de punção, dilatador, fio guia,
cateter venoso central de duplo lúmen (mais
comum), kit de sutura (pinças, bisturi, fio
agulhado, porta-agulha, tesoura)

6. Realizou assepsia/antissepsia do sítio de


punção e colocou campos cirúrgicos

7. Descreveu a técnica adequada de punção


conforme o sítio escolhido (femoral, subclávia
ou jugular)

8. Anestesiou o local

9. Introduziu o cateter venoso central seguindo


a técnica de Seldinger

continua na próxima página 55


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CHECKLIST SIM NÃO

10. Testou a viabilidade do acesso

11. Fixou o dispositivo

12. Realizou curativo protetor

13. Solicitou radiografia para confirmar a


posição do dispositivo

Comentários
Passar um cateter em acesso venoso central é outro procedimento que desejamos realizar
enquanto internos e que vocês irão fazer aos montes no ano que vem, durante o R1.
Percebam, galera, que na maioria das vezes em que esse procedimento foi cobrado,
bastava mencionar os materiais necessários para o procedimento e explicar ao examinador
como vocês o fariam; somente na Santa Casa de São Paulo é que foi necessário de fato
demonstrá-lo.

Memorizar a técnica, e conseguir replicá-la, é o que garantirá a tranquilidade necessária


para a prova. Mais uma vez: treino, treino e treino!

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Dreno de Tórax 2 (Selo D’Água)


Checklist Oficial USP-RP 2019

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USP-RP 2019

Descrição de caso clínico: Paciente de 20 anos, sexo masculino, envolvido em acidente


automobilístico, é conduzido ao seu Hospital com trauma torácico importante e já tendo sido submetido
à drenagem de tórax, com fixação do dreno.

Tarefas
Tarefa 1: Você foi convidado a participar do procedimento. Prepare os equipamentos necessários para
um funcionamento adequado do selo d’água nesta situação.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Calçou luvas corretamente? (sem


contaminação)

2. Montou o selo d’água colocando volume


de água no frasco coletor até assegurar a
imersão de aproximadamente 2,0 cm do tubo
do frasco? (cerca de 300ml)

3. Fechou a tampa do frasco coletor?


(garantindo completa vedação)

4. Identificou o volume do selo d’água ao lado


da gradação contida no frasco coletor? (pode
ser usada caneta marcadora ou informou o
volume inicial)

5. Conectou a mangueira do frasco coletor na


extremidade do dreno de tórax?

6. Posicionou o frasco com o selo d’água abaixo


do nível do tórax do paciente? (pendurar no
gancho ou colocar sobre escada a beira leito;
é errado colocar no chão)

continua na próxima página 57


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CHECKLIST SIM NÃO

7. Removeu o clampe do dreno de tórax no


momento adequado? (momento em que
auxiliar vai insuflar o ambu, após conexão
com o tubo no tórax)

8. Interpretou corretamente o funcionamento


do dreno? (oscilação do nível do selo ou
borbulhamento)

Comentários
Pessoal, esse cenário foi o que caiu na prova de cirurgia da USP-RP em 2019. Inclusive o
checklist é idêntico ao da referida instituição.

Percebam que é um “complemento” à estação de drenagem torácica que já comentamos,


mas, aqui foi cobrado algo mais específico, que é a montagem do selo d’água e a avaliação
do seu adequado funcionamento. Foi considerada uma estação difícil pois poucos
candidatos sabiam como executar.

Certamente esse não será um problema para os alunos do CRMedway a partir de agora! ;)

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Cisto Sebáceo
Checklist Extra
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USP-SP 2017

Descrição de caso clínico: Paciente de 18 anos, sexo masculino, comparece em consulta na Unidade
Básica de Saúde com história de surgimento de nódulo em região de dorso, há pelo menos 6 meses.
Após investigação diagnóstica, chegou-se a hipótese diagnóstica de cisto sebáceo.

Tarefas
Tarefa 1: Realize a exérese da lesão em dorso e oriente o paciente após.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico?

2. Explicou os possíveis riscos do


procedimento?

3. Paramentou-se corretamente?

4. Fez antissepsia do local da incisão?

5. Injetou anestésico entre a cápsula do cisto e


o tecido circunjacente?

6. Realizou incisão elíptica incluindo a zona


de fixação do cisto à pele?

7. Expôs a lesão afastando as bordas da ferida?

8. Realizou dissecção do cisto de forma que


não o rompesse?

9. Removeu a lesão?

10. Fechou a ferida (suturou)?

continua na próxima página 59


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Comentários
Estação bem direta e sucinta, baseada em uma que caiu na USP-SP em 2017. Aqui, mais
uma vez, o segredo é manter a calma para fazer item por item do checklist. Estação de
procedimento é isso: estudar a técnica e praticá-la!

Nesse ponto, vocês já perceberam que vários itens de checklist de estações de procedimento
são repetições e variações de um mesmo padrão.

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Exame proctológico
Checklist Extra
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Descrição de caso clínico: Homem de 32 anos, previamente hígido, procura atendimento no


Pronto-Socorro com queixa de dor para evacuar e sangue nas fezes há 2 dias.
Sinais vitais: PA 120x80 mmHg, FC 75 bpm, FR 19 irpm, SPO2 96% em ar ambiente, Tax 36,9ºC.

Tarefas
Tarefa 1: Realize o exame físico direcionado para a queixa do paciente.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico?

2. Solicitou permissão ao paciente para fazer


o procedimento?

3. Solicitou que o paciente fique em posição


de Sims, genupeitoral ou litotomia?

4. Solicitou itens de paramentação (máscara,


luva de procedimento e óculos)?

5. Realizou inspeção estática?

6. Mencionou possíveis achados da inspeção


estática (trombose hemorroidária, abscesso,
condiloma, cisto pilonidal, plicoma)?
Aceitar se citar pelo menos 3

7. Solicitou para o paciente fazer força para


evacuar (inspeção dinâmica)?

8. Realizou toque retal com lubrificação?

9. Solicitou anuscópio e o utilizou?

continua na próxima página 61


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CHECKLIST SIM NÃO

10. Esclareceu dúvidas do paciente?

11. Mencionou o provável diagnóstico - doença


hemorroidária?

Comentários
Estação de procedimento direta ao ponto, que aborda o exame proctológico, frente a um
paciente com provável diagnóstico de doença orificial - hemorróidas.
Estudem o passo-a-passo deste nosso checklist para terem certeza que fizeram tudo
corretamente.
É uma estação replicável em uma dinâmica descritiva.

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CAPÍTULO III

CLÍNICA MÉDICA
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Advanced Cardiovascular Life Support (ACLS)


Aula: Destrinchando o ACLS

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UFES 2019/2018
HSL 2019/2018/2016/2015
UFPR 2015
Checklist
PARCIALMENTE
TAREFA 1 ADEQUADO
ADEQUADO
INADEQUADO

1. Acessou o nível de consciência?

2. Levou o paciente para sala de emergência?

3. Chamou por ajuda (e solicitou “carrinho de


parada”)?

4. Checou respiração e pulso por 5-10


segundos?

5. MOV (monitorização, oxigênio e veia)

6. Identificou o ritmo: TV monomórfica com


pulso

7. Indicou cardioversão sincronizada com ≥


100J

8. Fez analgesia

9. Se preocupou com vias aéreas (solicitou


sistema de bolsa-válvula-máscara ou “ambu”)

10. Observou segurança de todos e aplicou o


choque

11. Re-checou o ritmo imediatamente

12. Identificou ritmo de FV

13. Não checou pulso

14. Desfibrilou imediatamente (200J ou máx.)

continua na próxima página 64


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ADEQUADO PARCIALMENTE
TAREFA 1 ADEQUADO
INADEQUADO

19. Checou protocolo de linha reta (cabos,


ganho e derivações)

20. Identificou FV (fina)

21. Aplicou nova desfibrilação

22. Iniciou 2o ciclo de RCP imediatamente

23. Solicitou adrenalina 1mg EV

24. Checou novamente ritmo após 2min

25. Checou pulso

26. Identificou AESP

27. Reiniciou imediatamente RCP

28. Verbalizou causas reversíveis (5H/5T)

29. Considerou intubação

30. Checou ritmo após 2min

31. Reconheceu ritmo organizado e checou


pulso

32. Reconheceu retorno de circulação


espontânea (RCE) (precisa evocar que
reconheceu para pontuar)

33. Indicou cuidados pós-parada (não precisa


especificar)

ADEQUADO PARCIALMENTE
TAREFA 2 ADEQUADO
INADEQUADO

34. Comprimiu no local correto

35. Comprimiu forte permitindo retorno total


do tórax

continua na próxima página 65


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ADEQUADO PARCIALMENTE
TAREFA 2 ADEQUADO
INADEQUADO

36. Comprimiu na velocidade correta (100-120/


min)

37. Subiu no degrau da escada para fazer a


RCP

Comentários
ACLS é o ouro da Clínica Médica!

Aplicar os algoritmos do ACLS é algo que sempre é cobrado nas provas - percebam, por
exemplo, que no Sírio-Libanês caiu 4 vezes nos últimos 5 anos!

A importância do tema dispensa comentários e, nas provas, é fundamental realizar a rota


apresentada do protocolo e identificar a causa para progredir com a estação e “salvar” o
paciente (e sua vaga!) ;)

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Asma
Aula: Asma - Orientações que você não pode esquecer

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UFES 2019 (Pediatria)
SCMSP 2016
UNIFESP 2015
Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se?

2. Identificou-se como médico?

3. Questionou sintomas diurnos?

4. Questionou despertares noturnos?

5. Questionou uso de medicação de resgate?

6. Questionou limitação das atividades


diárias?

7. Realizou o diagnóstico correto de asma?

8. Classificou corretamente como parcialmente


controlada?

9. Solicitou espirometria?

10. Interpretou corretamente a espirometria?

11. Orientou retirar a tampa?

12. Ensinou a agitar o dispositivo inalatório


antes de utilizar?

13. Ensinou a expirar antes de colocar o


dispositivo na boca?

14. Ensinou a disparar e inspirar


profundamente?

continua na próxima página 67


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CHECKLIST SIM NÃO

15. Ensinou a segurar a respiração por alguns


segundos?

16. Orientou aguardar 15-30 segundos para a


2ª dose?

17. Orientou o uso de ß2 de curta duração na


crise?

18. Orientou sobre medidas não-


farmacológicas?

19. Agendou retorno ambulatorial para


seguimento?

Comentários
Assunto muito comum na prática médica diária e cada vez mais cobrada em provas
práticas: asma ambulatorial.

Vejam com atenção nosso checklist e notem que muito mais importante do que apenas
fazer o diagnóstico correto de asma, é necessário saber interpretar a espirometria e
orientar com clareza para o paciente como usar o dispositivo inalatório.

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Sífilis
Aula: Gabaritando a sífilis

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USP-RP 2019
UFES 2019
SCMSP 2018
HSL 2018

Checklist

ADEQUADO PARCIALMENTE
TAREFA 2 ADEQUADO
INADEQUADO

1. Identificou-se; manteve contato visual,


expressão empática e respeitosa; linguagem
pausada, simples e acessível

2. Explicou que o teste treponêmico é um


exame para sífilis

3. Pergunta sobre exposição de risco


Ponto inteiro - sexo e uso do preservativo;
Meio ponto - apenas relação sexual

4. Perguntou se o paciente teve alguma lesão


no pênis
Ponto inteiro - lesão compatível
Meio ponto - se pergunta genérica

5. Perguntou se o paciente teve alguma lesão


de pele

6. Orientou que não irá tratar neste momento

7. Explicou/justificou não tratar pois teste


positivo pode não significar ter a doença (ex:
significar contato prévio; cicatriz sorológica)

continua na próxima página 69


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ADEQUADO PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO
INADEQUADO

8. Orientou que deveria coletar novo exame


para sífilis (teste não treponêmico)
Ponto inteiro: exame não treponêmico / algum
nome dos exames não-treponêmicos
Meio ponto: fala que terá que colher outro
exame (não nomeia e nem especifica ou
comenta que será diferente do primeiro)
Errado: especifica que o outro exame será
apenas com teste treponêmico

9. Orientou cuidado com parceiro(a) e


importância do uso do preservativo.

10. Orientou que seria importante o(a)


parceiro(a) fazer exames e/ou passar por
consulta médica

11. Orientou corretamente sobre vacina de


hepatite B (3 doses; considerar correto quem
solicita o calendário vacinal)

12. Disse que o anti-HIV era negativo, mas que


seria pertinente fazer outro exame dentro de
30 dias se houver exposição de risco recente

13. Finaliza a consulta:


Ponto inteiro: retorno + notificação
Meio ponto - apenas 1 deles

Comentários
Sífilis é um daqueles assuntos praticamente certos de cair em uma prova prática, seja em
preventiva ou clínica médica; e o roteiro a se seguir é basicamente o mesmo: pesquisar
ativamente fatores de risco do paciente (exposição), questionar sobre a presença de lesões,
orientar sobre possíveis (outras) doenças sexualmente transmissíveis, tratar e, por fim,
mas não menos importante, notificar!

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Anafilaxia e erro médico


Aula: Anafilaxia - conduzindo com maestria

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HIAE 2019
SCMSP 2018
HSL 2017
Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se adequadamente?

2. Reconheceu choque anafilático?

3. Solicitou encaminhamento à sala de


emergência?

4. Avaliou via aérea? inspeção da orofaringe,


fonação, ausculta cervical

5. Solicitou monitor, oxigênio e veia?

6. Avaliou ventilação? ausculta pulmonar,


oximetria

7. Avaliou circulação? PA, FC, exame de


extremidades, nível de consciência

8. Posicionou paciente em Trendelenburg


ou decúbito dorsal com membros inferiores
elevados – prevenção de morte por colapso
hemodinâmico (síndrome do ventrículo vazio)?

9. Indicou adrenalina?

10. Prescreveu dose correta (0.01mg/kg, até


0.5mg)?

11. Prescreveu via correta (intramuscular)?

12. Descreveu local correto: região anterolateral


da coxa?
Parcialmente correta: outra localização desde
que intramuscular, p. ex: deltóide

continua na próxima página 65


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Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

13. Prescreveu expansão volêmica com


cristalóide – pelo menos 10 a 20ml/kg?

14. Repetiu adrenalina após 5 a 15 min de


ausência de resposta

15. Prescreveu demais medicações pertinentes


ao caso? anti-histamínico, corticóide

16. Deixou o paciente em observação ou


indicou internação?

17. Divulgou abertamente o erro?

18. Expôs de forma clara a situação?

19. Ouviu o paciente com empatia e respeito?

20. Utilizou do erro para criar maior vínculo


com o paciente?

21. Encaminhou ao imunologista?

22. Reforçou cuidados para o paciente não


se expor mais ao agente causador – no caso,
dipirona?

23. Indicou “caneta de epinefrina”?

24. Orientou uso de braceletes, cartões


ou relatório médico informando acerca da
sensibilidade do paciente?

continua na próxima página 72


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Comentários
O tema “anafilaxia” vem ganhando grande importância nos últimos anos nas provas
práticas de Residência; não por acaso foi cobrada em 2019, 2018 e 2017 em três grandes
instituições de São Paulo.

Nessa estação, percebam que além do tratamento específico de anafilaxia, também


colocamos uma situação onde houve erro médico, o que não é tão raro de acontecer!

A exploração de conceitos éticos e atitudinais é forte tendência nas provas dos últimos
anos e você deve estar preparado para resolver uma situação dessas na prova. Dica: bom
senso e controle emocional são fundamentais para o sucesso em questões desse assunto.

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Síndrome Coronariana Aguda com Supra-ST


Aula: SCA - Dominando a ansiedade

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UFES 2019
USP-RP 2017
UNESP 2016

Checklist
TAREFA 1 – ATENDIMENTO INICIAL SIM NÃO

1. Perguntou ao paciente o motivo que o trouxe


ao pronto-socorro?

2. Perguntou ao paciente as características da


dor? (pelo menos 3 entre as seguintes: início
súbito? tipo [queimação/aperto/pontada],
duração, fator de piora, fator de melhora,
evolução da dor, sintomas associados)

3. Perguntou ao paciente sobre antecedentes


pessoais/familiares? (perguntar ativamente
pelo menos 3: HAS, DM2, tabagismo, história
de IAM/AVC/revascularização do miocárdio,
alergias e HF para DCV – H < 55 / M < 65)

4. Perguntou ao paciente sobre medicações


em uso?

5. Esclareceu que realizará o exame clínico


e informou que irá lavar as mãos antes de
realizar o exame físico?’

6. Solicitou exame físico cardiopulmonar?

7. Solicitou sinais vitais? (PA, FC, temperatura,


dextro e SatO2)

8. Solicitou pulso nos 4 membros ou PA nos 2


membros superiores?

9. Solicitou eletrocardiograma de 12
derivações?

continua na próxima página 74


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TAREFA 2 – DIAGNÓSTICO E CONDUTAS SIM NÃO

10. Fez o diagnóstico de síndrome coronariana


com supradesnivelamento de segmento ST de
parede anterior extenso? (se não citou anterior
extenso, meio certo)

11. Encaminhou paciente para sala de


emergência?

12. Solicitou monitorização, acesso venoso


calibroso?

13. Se prescrito oxigênio sem indicação (SatO2


≤90%) tirar ponto

14. Checou se havia CATE disponível no local


ou transferência < 120 min?

15. Avaliou contraindicações absolutas à


trombólise ? (não é é necessário citar todas)

TAREFA 3 - PRESCRIÇÃO (MEDICAÇÃO SEM DOSE 0,5 PT) SIM NÃO

16. AAS (162--325 mg), via oral, agora

17. Clopidogrel (300 mg), via oral, agora

18. Enoxaparina (30 mg), endovenosa, agora

19. Trombólise (aceitar pelo menos o nome do


trombolítico, não é necessário escrever a dose)
a. alteplase - 100 mg em 90 min (peso>67 kg:
15 mg EV em bolus (1-2min), 50 mg em 30 min
e 35 mg em 60 min
b. tenecteplase (peso/2) – 80kg => 40 mg EV
em bolus

20. Enoxaparina (1 mg/kg), subcutâneo, 12/12h

continua na próxima página 75


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21. Atorvastatina 40-80 mg, via oral, uma vez


ao dia

22. Protetor gástrico (aceitar IBP ou


bloqueador H2, ex. omeprazol 40 mg, via oral
ou endovenosa, uma vez ao dia; ranitidina 150
mg oral 2xd ou 50 mg, endovenosa, 8/8h)

TAREFA 4 - REAVALIAÇÃO SIM NÃO

23. Avaliou critérios de reperfusão? (escreveu


2 de 3)
melhora da dor
redução de 50% do supraST
ritmo de reperfusão (ex. RIVA)

24. Diagnosticar trombólise sem critério de


reperfusão e indicar cineangiocoronariografia
de resgate

Comentários
Galera, essa estação é fundamental para a vida de vocês e para as provas práticas! Nosso
checklist abordou praticamente tudo que vocês precisam saber sobre Infarto Agudo do
Miocárdio com SupraST, desde os aspectos essenciais para o diagnóstico (tipo da dor,
eletrocardiograma), passando pelo tratamento medicamentoso e intervencionista.

Leiam, releiam e estudem bastante essa estação, pois ela vem sendo cobrada cada vez
mais ano a ano.

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Pericardite/Tamponamento Cardíaco
Aula: Pericardite: um tipo diferente de estação

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USP-SP 2019
SCMSP 2017

Descrição do caso clínico: Um homem de 26 anos, previamente hígido, é admitido no setor


de emergência por dor torácica ventilatório-dependente em região retroesternal, no momento com
intensidade 8 em 10, de início há 2 dias e com caráter progressivo. Nega relação com esforço ou
melhora ao repouso. Relata quadro de febre, calafrios, rinorreia hialina e mialgia há aproximadamente
10 dias. Na manhã seguinte à admissão, evolui com dispneia, sonolência, hipotensão e taquicardia.
Ao exame físico, apresentava extremidades frias, abafamento de bulhas cardíacas, turgência jugular e
redução da pressão arterial de 80x50mmHg para 64x40mmHg quando solicitada inspiração profunda.

Checklist

1) Escreva o nome do sinal semiológico observado na mudança da pressão arterial. (2,0 pontos)
Resposta: Pulso paradoxal

2) Escolha apenas 3 dentre os exames dispostos na mesa para auxiliar na sua hipótese diagnóstica.
(0,0 pontos)

3) Escreva sua hipótese diagnóstica. (4,0 pontos)


Resposta: Pericardite aguda (ou Tamponamento cardíaco devido a pericardite)

4) Diante da sua hipótese, escreva a conduta imediata a ser realizada. (4,0 pontos)
Resposta: Pericardiocentese

continua na próxima página 77


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Comentários
Galera, de fato Pericardite não é um assunto tão frequente no dia-a-dia, mas vem ganhando
importância nas provas práticas de Residência - caiu recentemente na USP-SP e na Santa
Casa de São Paulo.

Nossa estação foi baseada na forma que o tema foi cobrado nas duas instituições.
O mais desafiador aqui é saber reconhecer o diagnóstico: quadro clínico típico, presença
da tríade de Beck (hipotensão, abafamento de bulhas cardíacas e turgência jugular),
pulso paradoxal e achados eletrocardiográficos típicos (supradesnivelamento difuso do
segmento ST [formato côncavo] + infra de PR na pericardite; baixa voltagem e alternância
elétrica do QRS no tamponamento cardíaco). A pericardiocentese geralmente não é
cobrada nas provas de R1, e, quando solicitada, geralmente é através de uma descrição
simples do procedimento - como aconteceu na Santa Casa.

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Infecção do Trato Urinário (ITU)


Checklist Oficial - UFPR 2019

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UFPR 2019
UNICAMP 2018 (Cirurgia)
UNICAMP 2015 (Pediatria)

Descrição de caso clínico: Paciente de 22 anos, sexo masculino, comparece ao Pronto


Atendimento com queixa de dor em flanco direito há 3 dias, associado a febre aferida de 38ºC e dor à
palpação de ângulo costovertebral à direita.

Tarefas:
Tarefa 1: Solicite os exames pertinentes ao caso clínico referente às principais hipóteses diagnósticas
Examinador entregava Urina 1 com leucocitúria >500.000, nitrito negativo, sem bacterioscopia.

Tarefa 2: Faça a prescrição desse paciente (escreva na prescrição).

Tarefa 3: Paciente retorna após poucos dias sem melhora do quadro clínico, e com o resultado de um
exame solicitado. Abra o envelope e explique a conduta.
Exame: Urocultura demonstrando E.coli sensível apenas a nitrofurantoína e carbapenêmicos.

Checklist
TAREFA 1 – EXAMES SOLICITADOS SIM NÃO

1. Parcial de urina ou urina tipo 1 ou EAS (1


ponto)

2. Urocultura ou urocultura com antibiograma


(2 pontos)

3. Exames de imagem e topografia (2 pontos)

4. Se citar apenas o exame de imagem


(1 ponto)

continua na próxima página 79


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TAREFA 2 – DIAGNÓSTICO E CONDUTAS SIM NÃO

5. Acertou o diagnóstico clínico - infecção


renal ou pielonefrite ou infecção do trato
urinário alta ou ITU alta? (5 pontos)

6. Citou como tratamento ciprofloxacino ou


levofloxacino? (2 pontos)

7. Citou sulfametoxazol + trimetoprima (ST)


ou amoxicilina clavulanato (AC)? (1 ponto)

8. Citou a dosagem correta da medicação?


ciprofloxacino: 500mg ou 750mg.
levofloxacino: 250 ou 500 ou 750mg.
ST: 800 + 160mg.
AC: 875 + 125mg ou 500 + 125mg
(1 ponto)

9. Explicou corretamente a posologia das


medicações?
ciprofloxacino: a cada 12h
levofloxacino: a cada 24h ou 1 vez ao dia.
ST: a cada 12 horas.
AC: 875+125mg a cada 12 horas ou 500+125mg
a cada 8 horas.

10. Citou a via correta de administração - via


oral? (1 ponto)

11. Citou a duração correta de tratamento de


cada medicação?
ciprofloxacino: 7 a 14 dias.
levofloxacino: 5 a 7 dias.
ST: 10 a 14 dias.
AC: 10 a 14 dias (1 ponto).

TAREFA 3 – TROCA DE MEDICAMENTO SIM NÃO

12. Citou ertapenem ou meropenem ou


imipenem? (4 pontos)

continua na próxima página 80


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Comentários
Pessoal, essa estação e o checklist são praticamente idênticos ao que foi cobrado na
última prova de clínica médica da UFPR em 2019.

O que vocês devem prestar atenção nesse checklist é a exigência de mencionar a medicação
específica para o tratamento da ITU e, inclusive, a via de administração, duração do
tratamento e troca do mesmo para carbapenêmicos após a urocultura demonstrar E.coli
sensível apenas a carbapenêmicos e nitrofurantoína, uma vez que não há adequada
penetração do último em parênquima renal.

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Febre Amarela
Checklist extra

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CERMAM 2018

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se e se definiu como médico

2. Questionou ao menos 4 dos seguintes:


febre, cefaleia, mialgia, náuseas, vômitos,
lombalgia, calafrios, sangramentos, icterícia,
oligúria

3. Questionou sobre tempo de febre

4. Questionou comorbidades e alergia


medicamentosa

5. Questionou sobre viagem a zonas de risco


nos 15 dias anteriores

6. Questionou vacinação de febre amarela e


pediu cartão vacinal

7. Lavou as mãos antes do exame físico

8. Solicitou sinais vitais (PA, FC, T axilar, FR)

9. Identificou sinal de Faget

10. Pesquisou icterícia e sangramentos

11. Avaliou nível de consciência

12. Avaliou hidratação e estado geral

13. Solicitou hemograma

14. Solicitou exames para avaliar acometimento


hepático (TGO, TGP, bilirrubinas e
coagulograma)

continua na próxima página 82


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CHECKLIST SIM NÃO

15. Solicitou função renal (ureia e creatinina) e


proteinúria (ou proteinúria amostra isolada ou
urina 1 com pesquisa de proteinúria)

16. Solicitou PCR do vírus da febre amarela ou


isolamento viral

17. Prescreveu dipirona EV e antiemético


(metoclopramida, ondansetrona, dimenidrato)
EV no hospital

18. Prescreveu hidratação venosa no hospital

19. Explicou pelo menos 3 sinais de alarme:


icterícia, hemorragias, colúria, oligúria,
vômitos constantes, diminuição do nível de
consciência, dor abdominal intensa

20. Proveu alta e orientou retorno imediato se


qualquer sinal de alarme surgir

21. Orientou retorno em 5 a 7 dias para


reavaliação

22. Prescreveu hidratação oral 60ml/kg/dia:


1/3 SRO + 2/3 Líquidos diversos

23. Prescreveu dipirona e antiemético para


uso domiciliar

24. Orientou proteção contra mosquitos


(repelentes, telas)

25. Notificação imediata ou notificação

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Comentários
As arboviroses são um grupo de doenças muito frequentemente cobradas nas provas
de residência. Dentre elas, ressaltamos basicamente a febre amarela, abordada nessa
estação, e a dengue.

Percebam que nosso checklist contempla basicamente tudo o que vocês precisam dominar
sobre o assunto - desde dados da semiologia, como o sinal de Faget - até mesmo o
diagnóstico, questionamento sobre imunização prévia, tratamento e orientações para
sinais de alarme, além de não esquecer da famosa notificação imediata, tanto cobrado
nas provas!

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Pneumonia
Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-RP 2018
CERMAM 2018 (Pediatria)
HSL 2017 (Pediatria)
HIAE 2015 (Pediatria)
Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se

2. Se definiu como médico

3. Questionou tosse, febre, expectoração,


dispneia e dor torácica

4. Questionou uso recente de ATB nos últimos


3 meses

5. Questionou internação recente

6. Questionou comorbidades, vícios e uso de


medicações diárias

7. Questionou alergia medicamentosa

8. Higienizou as mãos

9. Solicitou ausculta cardiopulmonar,


frequência respiratória e saturação parcial de
oxigênio

10. Solicitou frequência cardíaca e pressão


arterial

11. Avaliou nível de consciência e aferiu


temperatura

12. Definiu a suspeita diagnóstica

13. Prescreveu antitérmico no hospital


continua na próxima página 85
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Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

14. Solicitou Rx de tórax PA e perfil

15. Solicitou hemograma, Na, K, uréia,


creatinina

16. Orientou tratamento domiciliar

17. Prescreveu macrolídeo

18. Prescreveu sintomáticos (dipirona,


paracetamol)

19. Explicou que a melhora clínica se dará nas


próximas 48-72h

20. Orientou retorno se sofrer piora clínica,


dispneia, confusão mental, febre alta ou se não
melhorar após 48-72h (mencionou pelo menos
3 destes)

21. A prescrição de levofloxacino (ou quinolonas)


anulará a estação do aluno.

Comentários
Galera, estação de Pneumonia costuma ser relativamente simples, conforme vocês podem
conferir em nosso checklist. Basicamente o importante aqui é saber estratificar o paciente,
usando os escores de gravidade da doença (como o CURB-65), para decidir se o mesmo
será internado ou poderá receber tratamento para o domicílio.

Outro ponto que merece a atenção de vocês é na escolha certa do antibiótico. Percebam
que, nessa situação específica do nosso checklist, quem optasse por quinolonas, teria a
estação toda anulada ( já que o paciente era alérgico)! Portanto, mais uma vez, revisem o
tratamento das Pneumonias e a classificação delas.

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Diabetes Mellitus 2/Hipoglicemia


Checklist Oficial - CERMAM 2019

Onde já apareceu nos últimos anos?


CERMAM 2019
UFPR 2019
SCMSP 2015
UNICAMP 2015

Descrição de caso clínico: Você é o médico de uma Unidade Básica de Saúde, e fará o atendimento
a um paciente masculino de 60 anos.

Tarefas
Tarefa 1: Conduza a consulta com o paciente.

Tarefa 2: Cite o provável diagnóstico etiológico e diagnósticos diferenciais.

Tarefa 3: Explique a conduta a ser tomada para o paciente.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Questionou o paciente sobre a melhora dos


sintomas quando come?

2. Questionou o paciente sobre se piora os


sintomas ao usar os medicamentos?

3. Questionou o paciente se seguia a dieta


adequadamente ou fazia exercícios físicos
regulares?

4. Questionou durante a anamnese


direcionada sobre antecedentes de retinopatia
ou de qualquer outra complicação crônica do
diabetes?

continua na próxima página 87


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CHECKLIST SIM NÃO

5. Questionou sobre antecedentes familiares


de DM e doença renal?

6. No exame físico, avaliou a pressão arterial


(PA) e a frequência cardíaca (FC) e exame de
pulsos pediosos?

7. Fez algum diagnóstico diferencial de


hipoglicemia ou hipotensão ou bradiarritmia e
suspeitou de insuficiência renal crônica?

8. Solicitou exames para investigação?


Uréia e creatinina e proteinúria e glicemia

9. Modificou a prescrição de hipoglicemiantes


orais, suspendendo uma ou ambas as sulfas e/
ou mantendo a Metformina?

10. Orientou o paciente como proceder nos


episódios de hipoglicemia?

Comentários
Tema muito relevante e comum, cobrado pela CERMAM em 2019, na estação de Clínica
Médica: Diabetes Mellitus e suas complicações.

Percebam que essa estação era bastante direta, solicitando que o candidato conduzisse
uma consulta em uma Unidade Básica de Saúde, com um paciente que, através da
anamnese, relatava ser diabético, e aí que de fato começava a prova: esperava-se do
candidato pesquisar ativamente a adesão medicamentosa, investigar as complicações
crônicas, examinar o paciente, solicitar exames laboratoriais pertinentes ao caso, chegar
ao diagnóstico e, finalmente, orientar e modificar a prescrição médica do mesmo. Essa
estrutura é comum de acontecer em questões de medicina ambulatorial.

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Hemorragia Digestiva Alta (HDA)


Checklist Oficial - UFG 2019

Onde já apareceu nos últimos anos?


UFG 2019
UNICAMP 2016 (Cirurgia)

Descrição de caso clínico: Paciente masculino de 60 anos chega ao serviço de Pronto Atendimento
com queixa de fezes enegrecidas e fétidas há 5 dias.

Tarefas
Tarefa 1: Conduza a consulta completa com o paciente, explicando as próximas condutas pertinentes
ao caso.
Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Questionou sobre as características do


sangramento?

2. Questionou sintomas concomitantes (3 a 7


itens)?

3. Questionou fatores de risco?

4. Questionou uso prévio de medicamentos?


a. antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs)
b. ácido acetilsalicílico (AAS)
c. anticoagulantes

5. Citou dados do exame físico?

6. Citou realização do toque retal?

7. Definiu condutas iniciais?

8. Solicitou exames complementares?

9. Solicitou endoscopia digestiva alta?

continua na próxima página 89


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CHECKLIST SIM NÃO

10. Citou as principais hipóteses diagnósticas


para o sangramento?

HDA ou HDA associada à anticoagulante/


antiplaquetário
ou úlcera péptica
ou úlcera péptica associada à anticoagulante/
antiplaquetário
ou lesão aguda da mucosa gástrica

Comentários
Estação interessante da UFG, cobrada em 2019, em clínica médica. Aqui o importante
era compreender que tratava-se de um quadro de hemorragia digestiva alta, lembrar das
principais etiologias, investigar a causa (inclusive questionando sobre medicamentos que
pudessem justificar o quadro, como anticoagulantes/antiplaquetários) e, por fim, dar a
conduta ao caso.

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Erro Médico
Checklist Oficial - USP-SP R3 2019

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-SP 2019
HIAE 2019

Descrição de caso clínico: Você é o médico que atendeu uma paciente com história de
diabética tipo 1 recém-diagnosticado, admitida na enfermaria para controle glicêmico
após alta da UTI ao completar tratamento para cetoacidose diabética. Após 3 dias de
internação, a paciente está de alta e, antes de ir para casa, ao invés de prescrever 40U
de insulina NPH você acaba prescrevendo essa mesma dose de insulina R. A paciente
evolui com hipoglicemia grave, convulsões de difícil controle e óbito.

Tarefas
Tarefa 1: Explique ao familiar, que veio buscá-la para ir pra casa, o ocorrido.

Checklist
CHECKLIST ADEQUADO NÃO ADEQUADO

1. Apresentou-se como médico do paciente

2. Contou detalhadamente o que ocorreu

3. Deu espaço para perguntas

4. Esperou um tempo para o familiar chorar/


pensar, respeitando o silêncio.
Se confrontar o familiar em algum momento,
assinalar inadequado

5. Disse que a culpa foi sua

6. Pediu desculpas

continua na próxima página 91


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Comentários
O cenário dessa estação foi muito parecido com o que foi cobrado nas provas da USP-SP,
para R3, e no Albert Einstein para R1, ambas em 2019.

Poucos médicos sabem lidar de forma adequada frente a um Erro Médico, e justamente
por isso as bancas vêm explorando esse assunto. Nosso checklist é idêntico ao utilizado
da USP-SP. Aqui, o segredo era falar claramente sobre o erro, demonstrar arrependimento
e empatia, buscar a criação de um vínculo com o familiar e pedir sinceras desculpas.
Quem optou por tentar “enrolar” o familiar ou negar o erro se deparou com um ator
agressivo que saia da sala chamando o candidato de “assassino”. Resultado: fim da
estação!

Dica: nesse tipo de estação, pare 10 segundos para refletir como você conduzirá o caso e
articule seu discurso a partir de controle emocional e bom senso, sempre respeitando os
preceitos éticos da prática médica.

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Basic Life Support (BLS)


Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


UNIFESP 2019

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Acessou o nível de consciência?

2. Chamou por ajuda (com o DEA)?

3. Descobriu completamente o tórax do doente

4. Checou ventilação por 5-10 segundos?

5. Checou o pulso por 5-10 segundos?

6. Iniciou compressões (100/min)?

7. Fez compressões em 90º em relação ao


plano horizontal com região hipotenar da mão
e com depressão de 4-5 cm do tórax?

8. Fez 2 ventilações a cada 30 compressões?

9. Manipulou corretamente o DEA?

10. Reiniciou imediatamente as compressões


após o choque?

11. Manipulou corretamente o DEA?

12. Reiniciou imediatamente as compressões


após o choque?

Comentários
BLS é um tema que é ensinado no próprio ACLS, mas não costumava ser cobrado com
frequência nas provas práticas. Aqui não tem muito segredo, basta seguir o fluxograma
da American Heart Association (que está descrito em nosso checklist) para gabaritar a
questão.

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Diabetes Mellitus mal controlada


Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


CERMAM 2019
UFPR 2019
SCMSP 2015
UNICAMP 2015

Descrição de caso clínico: Paciente de 70 anos, do sexo feminino, com antecedente


patológico prévio de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica, procura consulta
na sua Unidade Básica de Saúde com relato de ter ido à farmácia perto da sua casa, onde
detectou que seu dextro estava 450mg/dl e sua pressão arterial 140x80mmHg.

Tarefas
Tarefa 1: Realize a anamnese dirigida. Após encerrar, peça a tarefa 2 ao examinador.

Tarefa 2: Realize o exame físico dirigido para a queixa.

Tarefa 3: Cite qual o diagnóstico mais provável e a conduta mais adequada para o caso em questão.

Checklist
TAREFA 1 - ANAMNESE SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


o paciente

2. Investiga perda ponderal, poliúria, polidipsia,


polifagia

3. Questiona sobre uso de medicamentos


cronicamente

4. Questiona sobre valores de últimas aferições


de dextro e pressão arterial

5. Questiona sobre o tratamento atual para


Diabetes Mellitus

continua na próxima página 94


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TAREFA 2 - EXAME FÍSICO SIM NÃO

6. Lava as mãos antes de iniciar o exame físico

7. Checa glicemia capilar e sinais vitais

8. Verifica dados antropométricos (peso,


altura, IMC, circunferência abdominal)

9. Realiza fundoscopia

10. Realiza exame de sensibilidade de membros


inferiores

TAREFA 3 - DIAGNÓSTICO E CONDUTAS SIM NÃO

11. Cita o diagnóstico mais provável para o


caso: diabetes mellitus mal controlada

12. Explica que a paciente já utiliza


hipoglicemiantes em dose máxima

13. Verbaliza a prescrição de insulina e o modo


correto de usá-la

14. Solicita exames de rotina para o paciente


diabético

15. Explica ao paciente como deve medir e


anotar a glicemia capilar

16. Agenda retorno precoce para controle de


glicemia após introdução de insulinoterapia

Comentários
Mais uma estação abordando consulta ambulatorial de um paciente diabético. Desta
vez, o essencial era perceber que o DM2 estava mal controlado, solicitar os exames
necessários para o caso, investigar possíveis lesões de órgão-alvo, e, por fim, mas não
menos importante, instituir insulinoterapia, explicando à paciente como a mesma deveria
fazer uso da insulina.

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Fundoscopia
Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


UFES 2019

Descrição de caso clínico: Paciente de 65 anos, masculino, com antecedente patológico


prévio de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica, procura consulta na sua
Unidade Básica de Saúde, após se ausentar de consultas médicas há pelo menos 7 anos,
para saber como anda “sua diabetes e a pressão” (sic).

Tarefas
Tarefa 1: Realize a fundoscopia no paciente.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico do paciente

2. Perguntou o nome do paciente

3. Explicou o procedimento para o paciente

4. Mencionou que o procedimento pode gerar


algum desconforto

5. Questionar se há alguma contraindicação


(glaucoma de ângulo fechado - não pode
dilatar a pupila)

6. Pediu consentimento

7. Lavou as mãos

8. Solicitou oftalmoscópio

9. Citou que o ideal seria dilatação das pupilas


com colírio

continua na próxima página 89


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CHECKLIST SIM NÃO

10. Informou para olhar distante e fixo

11. Apagou as luzes

12. Testou reflexo vermelho

13. Procedeu à fundoscopia bilateralmente

14. Citou as estruturas que deseja visualizar:


nervo óptico, vasos e mácula

15. Explicou o resultado encontrado

16. Tirou dúvidas

17. Agradeceu o paciente

Comentários
Estação bem direta ao ponto, e talvez uma das que mais cause aflição aos candidatos:
a temida fundoscopia (ou popularmente conhecida como “fundo de olho”). De fato,
sabemos que é uma parte do exame físico bastante negligenciada e difícil de ser feita
rotineiramente. Todavia, é um tema que vocês precisam dominar para as provas práticas,
pois idealmente todos devem saber fazer o procedimento e interpretar seu resultado,
ainda mais num contexto de um paciente com HAS e DM2, para avaliar a existência e
severidade de retinopatia.

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Endocardite Infecciosa
Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


-

Descrição de caso clínico: Paciente masculino de 30 anos, previamente hígido, é atendido


por você em uma Unidade de Pronto Atendimento, com queixa de dispneia, inapetência
e picos febris diários de até 38,5ºC, há aproximadamente 10 dias, após exodontia de
“siso”. Nega uso de substâncias ilícitas injetáveis, nega internações hospitalares prévias.

Tarefas
Tarefa 1: Realize o exame físico direcionado e cite o diagnóstico e a conduta adequada para o caso
em tela.

Checklist
CHECKLIST ADEQUADO INADEQUADO

1. Apresentou-se ao paciente?

2. Qualificou-se (como médico)?

3. Explicou o que irá fazer?

4. Lavou as mãos?

5. Auscultou campos pulmonares de forma


simétrica em pelo menos 3 focos?

6. Identificou crepitações ?

7. Realizou ausculta cardíaca nos 5 focos?

8. Identificou sopro sistólico em foco aórtico?

9. Realizou ausculta na região cervical e axilar?

10. Pesquisou estase jugular?

11. Chegou ao diagnóstico do paciente


(endocardite infecciosa)?
continua na próxima página 98
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CHECKLIST ADEQUADO INADEQUADO

12. Levantou a possibilidade da causa ter sido


relacionada ao procedimento dentário?

13. Explicou de forma clara a doença? (traduziu


em linguagem coloquial)

14. Orientou tratamento com antibiótico por


pelo menos quatro semanas internado?

15. Respeita o fluxo de pensamento do


paciente?

Comentários
Essa estação sobre Endocardite Infecciosa exigia mais o exame físico direcionado à
hipótese e a definição do diagnóstico, reforçado com a história do paciente ter sido
submetido à extração dentária recentemente.

Pensou em Endocardite Infecciosa, pensou em Critérios de Duke. Lembrem-se que é uma


das doenças com o exame físico mais rico dentro da medicina e, portanto, provavelmente
as bancas examinadoras irão guiar o foco na semiologia.

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Hipertireoidismo
Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-SP 2017

Descrição de caso clínico: Você está em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
e atende uma paciente de 35 anos, do sexo feminino, tabagista 20 maços/ano, com
relato de emagrecimento há 8 meses, associado a aumento do número de evacuações,
palpitações e dispneia. Possui história familiar de neoplasia de cólon e lúpus eritematoso
sistêmico.

Tarefas
Tarefa 1: Realize a anamnese dirigida e, após, solicite o exame físico para o examinador.

Exame físico:
Geral: bom estado geral, descorada 2+/4+, emagrecida, hidratada.
Sinais vitais: PA 110x70 mmHg, FC 110 bpm, FR 24 irpm, Tax 37ºC, SpO2 98% aa
Tireóide: aumentada difusamente de tamanho, sem nódulos palpáveis, sem sopros audíveis
Ausculta cardíaca: bulhas arrítmicas, normofonéticas, 2 tempos, sem sopros
Ausculta pulmonar: normal
Extremidades: edema 1+/4+, bilateralmente, tempo de enchimento capilar < 3 segundos

Tarefa 2: Solicite os exames complementares pertinentes ao caso.


TSH: 0,02 // T4 livre: 40 // ECG: (interpretar imagem)

continua na próxima página 100


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Tarefa 3: Cite o diagnóstico etiológico mais provável.

Tarefa 4: Cite a conduta para o caso.

Checklist
TAREFA 1 - ANAMNESE + EXAME FÍSICO ADEQUADO INADEQUADO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


o paciente

2. Questionou sobre sintomas depressivos?

3. Questionou sobre uso de medicamentos ou


suplementos termogênicos?

4. Questionou sobre história familiar de hiper/


hipotireoidismo

5. Avaliou parâmetros antropométricos (peso,


altura, IMC, circunferência abdominal)?

TAREFA 2 - EXAMES COMPLEMENTARES ADEQUADO INADEQUADO

6. Solicitou TSH e T4 livre?

7. Solicitou ultrassom de tireoide?

8. Solicitou cintilografia de tireoide?

9. Solicitou eletrocardiograma?

10. Citou o diagnóstico eletrocardiográfico?

TAREFA 3 - DIAGNÓSTICO E CONDUTA ADEQUADO INADEQUADO

11. Cita o diagnóstico mais provável para o


caso: hipertireoidismo

12. Citou as principais causas de


hipertireoidismo?
doença de Graves
nódulo tireoideano
medicamentoso

continua na próxima página 101


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TAREFA 3 - DIAGNÓSTICO E CONDUTA ADEQUADO INADEQUADO

13. Verbalizou a prescrição de tapazol?

14. Orientou acompanhamento ambulatorial


para a paciente?

Comentários
Estação que abordou o caso de uma paciente jovem, com sinais clínicos sugestivos de
hipertireoidismo. A história familiar de doença auto-imune era mais uma “dica” que
auxiliava no diagnóstico.

Aqui, basicamente, as tarefas eram: reconhecer o diagnóstico, solicitar os exames


adequados (função tireoideana, eletrocardiograma), lembrar das causas de hipertireoidismo
e iniciar o tratamento para a paciente.

95
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Guillain-Barré/Punção Lombar
Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


INC 2019
SCMSP 2018

Descrição de caso clínico: Você está trabalhando em um Pronto Atendimento da sua


cidade, quando atende o paciente M.H.P., 28 anos, com relato de episódios diarreicos
há 15 dias e, desde então, vem evoluindo com fadiga e dificuldade para deambular. Ao
exame físico: vigil, Glasgow 15, FM grau II em membros inferiores, ROT 1+/4+ em MMII
e 2+/4+ em MMSS.

Tarefas
Tarefa 1: Com base no caso clínico, cite a principal hipótese diagnóstica.
Tarefa 2: Cite UM exame complementar para o caso.
Tarefa 3: Cite qual resultado você espera encontrar neste exame que corrobora a sua hipótese
diagnóstica.
Tarefa 4: Explique e demonstre como é a feita a Punção Lombar.

Checklist
TAREFA 1 SIM NÃO

1. Citou Guillain-Barré?

TAREFA 2 SIM NÃO

2. Citou Análise de Líquor?


Não aceitar: TC de crânio; RM de encéfalo;
eletroencefalograma; exames laboratoriais
(hemograma, etc)

TAREFA 3 SIM NÃO

3. Mencionou dissociação proteino-citológica?

continua na próxima página 103


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TAREFA 4 ADEQUADO INADEQUADO

4. Explicou o procedimento para o paciente,


discutindo os riscos e complicações?

5. Posicionou paciente em decúbito lateral


esquerdo?

6. Palpou cristas ilíacas e traçou linha


imaginária entre elas (à nível de L3-L4 ou L4-
L5)?

7. Solicitou EPI (máscara, luvas estéreis e


avental estéril)?

8. Fez antissepsia da pele?

9. Colocou campos estéreis?

10. Realizou anestesia da pele e do trajeto da


agulha?

11. Realizou inserção da agulha da punção a 15


graus, em sentido cefálico, com o bisel voltado
para o plano sagital?

12. Mencionou os planos atravessados


pela agulha (pele, subcutâneo, ligamento
supraespinhal, ligamento interespinhal,
ligamento amarelo, epidural, dura-máter e
subaracnóide)?
Considerar correto se mencionou pelo menos
03.

13. Retirou o estilete para identificar a saída


de líquor?

14. Mencionou colher 4-5 ml de líquor?

15. Mediu a pressão de abertura do líquor?

16. Limpou a pele e fez curativo compressivo?

continua na próxima página 97


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Comentários
Estação praticamente idêntica à que foi exigida na prova da Santa Casa de São Paulo de
2018, e que envolve dois temas muito em alta: Guillain-Barré (na época, pelos casos de
Zika Vírus) e como fazer a Punção Lombar corretamente.
Revisem estes dois temas, pois é provável que algum deles se repita em outra grande
instituição em breve, seja na estação de clínica, seja em preventiva ou até mesmo pediatria
(num contexto de meningite bacteriana, por exemplo).

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Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico


Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-SP R3 CM 2019
USP-SP 2016

Descrição de caso clínico: Paciente masculino de 67 anos de idade, previamente


hipertenso (em uso de captopril 50mg e hidroclorotiazida 25 mg 1x ao dia) e dislipidêmico,
é conduzido à sala de emergência do hospital que você trabalha, com o relato de há
aproximadamente 30 minutos ter acordado e percebido perda de força motora em
hemicorpo direito e paralisia facial.
Ao exame físico: Glasgow 14, vigil, PA 170x110mmHg, FC 90 bpm, FR 18 irpm, SPO2
98% em ar ambiente.

Tarefas
Tarefa 1: Realize o exame neurológico apenas da força muscular e do VII par craniano.
Tarefa 2: Exames complementares solicitados (tomografia computadorizada de crânio, função renal,
eletrólitos, função hepática, coagulograma) todos dentro da normalidade. Faça a prescrição para este
paciente.diagnóstica.

Checklist
TAREFA 1 SIM NÃO

1. Avaliação do VII par (facial): solicitou para


o paciente enrugar a testa, fechar os olhos e
sorrir.

2. Grau de força muscular (escala MRC):


- grau 0: nenhuma contração visível
- grau 1: contração visível sem movimento do
segmento
- grau 2: movimento ativo sem vencer a
gravidade
- grau 3: movimento ativo contra a gravidade
- grau 4: movimento ativo vence a gravidade e
resistência
- grau 5: força normal

continua na próxima página 103


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TAREFA 2 SIM NÃO

3. Monitorização cardíaca e acesso venoso


periférico

4. Nitroprussiato de sódio em BIC (0,25-10ug/


kg/min) ou metoprolol (até 20mg), se PA >
220x120mmHg

5. Insulina regular, conforme glicemia capilar


(alvo: 140-180mg/dL)

6. Dipirona 1g 6/6horas, endovenosa, se febre


(evitar hipertermia)

7. AAS 160- 300mg/dia

8. Heparina de baixo peso molecular ou não


fracionada - profilática

9. Zerar estação se candidato indicar


trombólise química

Comentários
Estação baseada na prova da USP-SP de 2016 que avalia do candidato a habilidade
de abordar um paciente com AVC, desde o exame físico direcionado, até o manejo
terapêutico. Lembrem-se dos alvos pressóricos do AVC e, principalmente, quando não
indicar trombólise, como era o caso desse paciente, cujo ictus do déficit é desconhecido
(afinal, ele foi dormir e acordou com o déficit já instalado, ultrapassando as 4,5h limite
preconizadas pelas diretrizes).

Na prova de R3 de CM da USP-SP, em 2019, a estação de AVC era sobre um paciente com


AVC isquêmico em tempo de trombólise, onde, ao realizar a alteplase, não havia resposta
e o candidato deveria indicar a trombectomia mecânica.

107
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Exame Físico Neurológico


Checklist extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


UNIFESP 2017

Descrição de caso clínico: Paciente do sexo feminino, 48 anos, diabética tipo 1 insulino-
requerente, é trazida ao Pronto-Socorro por familiares, devido a queixa de “fraqueza”
súbita em hemicorpo esquerdo, há aproximadamente 1 hora.

Tarefas
Tarefa 1: Realize o exame físico neurológico para o caso.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se e se definiu como médico?

2. Avaliou força muscular através da escala de


força da MRC?

3. Realizou manobras deficitárias como braços


estendidos, desvio pronador, Mingazzini?

4. Avaliou o tônus do paciente?

5. Testou adequadamente os reflexos


profundos - bicipital, tricipital, estilorradial,
adutor, patelar, aquileu, Hoffman e Tromner?
Testar pelo menos 3

6. Testou o reflexo cutâneo-plantar (Babinski)?

7. Avaliou sensibilidade superficial (tátil,


dolorosa e térmica)?

8. Avaliou sensibilidade profunda


(propriocepção e vibratória)?

9. Testou o I par craniano (olfatório)?

continua na próxima página 108


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CHECKLIST SIM NÃO

10. Testou o II par craniano (óptico) através da


acuidade visual, campimetria, fundoscopia?

11. Avaliou o III, IV e VI pares cranianos


(motricidade ocular)?

12. Avaliou o V par craniano através do teste


de sensibilidade da face e da musculatura
mastigatória?

13. Testou o VII par craniano (motricidade da


mímica facial)?

14. Avaliou o VIII par craniano com manobras


como Teste de Rinne e Weber?

15. Avaliou o IX e o X par craniano através da


elevação do palato, reflexo nauseoso e exame
da voz?

16. Avaliou o XI par craniano por


meio da motricidade do trapézio e do
esternocleidomastoideo?

17. Testou o XII par craniano (hipoglosso),


pesquisando trofismo e fasciculações da
língua?

Comentários
Exame físico neurológico, assunto muitas vezes negligenciado por nós durante a
graduação, já foi tema de prova prática recente da UNIFESP! Aprendam com essa estação
e o checklist que montamos para vocês para “amarrarem” este tema.

109
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AVC Hemorrágico
Checklist extra

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---

Descrição de caso clínico: Homem de 46 anos de idade é trazido pelo serviço de


resgate. Segundo familiares, apresentou quadro súbito de cefaléia de forte intensidade
com perda de consciência seguida de queda ao solo e abalos musculares generalizados,
com duração aproximada de dois minutos. Após esse período, os abalos cessaram e o
paciente apresentou relaxamento muscular e liberação de esfíncter vesical. Recobrou a
consciência lenta e parcialmente, com amnésia para o evento. É hipertenso há 10 anos
em uso irregular de hidroclorotiazida 25mg/dia. Nega quadros semelhantes anteriores.
No momento, queixa-se de cefaleia holocraniana intensa, mialgia difusa e prostração.
Ao exame clínico, apresentava-se em REG, descorado 1+/4+, hidratado, PA 206/114
mmHg, FC 75 bpm, Tax 36,9°C, SpO2 98%aa, glicemia capilar de 80mg/dl.
Glasgow 13 (AO 3 + RV 4 + RM 6), força motora grau V globalmente, rigidez nucal
presente.

Tarefas
Tarefa 1: Com base na história clínica e no quadro clínico, cite duas hipóteses diagnósticas.
Tarefa 2: Cite UM exame complementar para o caso.
Mostrar TC de crânio após solicitada:

Tarefa 3: Cite escalas possíveis para mensurar a gravidade da doença.


Tarefa 4: Explique para os familiares possíveis complicações desta doença.
Tarefa 5: Faça a prescrição para este paciente.

continua na próxima página 110


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Checklist
TAREFA 1 SIM NÃO

1. Citou hemorragia subaracnóidea?

2. Citou hemorragia intraparenquimatosa?

TAREFA 2 SIM NÃO

3. Solicitou tomografia computadorizada de


crânio sem contraste?

TAREFA 3 SIM NÃO

4. Mencionou escala de Hunt-Hess?

5. Mencionou a escala da World Federation of


Neurological Surgeons (WFNS)?

6. Mencionou escala de Fisher?

TAREFA 4 SIM NÃO

7. Ressangramento

8. Hidrocefalia aguda

9. Vasoespasmo

10. Crises convulsivas

TAREFA 5 SIM NÃO

11. Dieta - jejum

12. Sondagem nasoenteral

13. Decúbito elevado a 30º

14. Nitroprussiato se PAS > 160mmHg (ou


PAM > 110mmHg

15. Nimodipino por sonda nasoentérica

continua na próxima página 111


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TAREFA 5 SIM NÃO

16. Dipirona ou paracetamol de horário


(controle da dor e evitar hipertermia)

17. Insulina regular, conforme dextro

18. Meias elásticas e compressão pneumática


intermitente em membros inferiores

Comentários
Acidente vascular cerebral hemorrágico já foi tema de diversas questões teóricas de
provas de residência, inclusive de discursivas, e é um assunto facilmente reprodutível
para uma estação de prova prática. Por esta razão, criamos a estação de HSA para vocês
relembrarem os principais aspectos da doença e não errarem na hora das prova! :)

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CAPÍTULO IV

MEDICINA PREVENTIVA
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Corrimento Uretral Masculino


Aula: Como conduzir uma estação de DST

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SCMSP 2019

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se

2. Se definiu como médico

3. Questionou início do corrimento, sintomas


associados, comorbidades e alergias

4. Questionou outros comemorativos (úlceras,


vesículas, linfonodomegalias)

5. Higienizou mãos e calçou luvas

6. Solicitou o exame físico da genitália

7. Definiu a suspeita diagnóstica

8. Esclareceu a suspeita diagnóstica ao


paciente (DST)

9. Escreveu corretamente os agentes etiológicos

10. Prescreveu ceftriaxona 500mg,


intramuscular + azitromicina 1g, oral
(especificou as posologias)

11. Questionou sobre vacinação (cartão vacinal


sem pendências)

12. Ofereceu a solicitação de anti HIV,


sorologias para hepatites B e C, VDRL

13. Orientou a importância de comunicar as


parceiras para que busquem atendimento

continua na próxima página 114


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CHECKLIST SIM NÃO

14. Orientou uso de preservativo sempre e


ofereceu os disponíveis na UBS

15. Notificou (neste caso, para unidade


sentinela)

16. Agendou retorno para checar exames e dar


seguimento

Comentários
A abordagem desse tema - seja masculino ou feminino - é bastante semelhante. Enfatizem
o rastreio para outras doenças sexualmente transmissíveis, prescrevam a antibioticoterapia
empírica (que atualmente é ceftriaxone 500mg IM e azitromicina 1g VO, dose única),
notifiquem para a unidade sentinela e reforcem a necessidade de uso de preservativo nas
relações sexuais. Sem mistérios!

115
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SPIKES e Declaração de Óbito


Aula: SPIKES: comunicando más notícias

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HSL 2019/2016/2015
UEM 2019
HIAE 2019
UNICAMP 2018
PUCCAMP 2018
UNIFESP 2016

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresenta-se como médico que atendeu o


paciente/ óbito

2. Pede ao familiar que sente-se antes de


iniciar a conversa

3. Pergunta ao familiar o que ele entende


sobre a situação atual do paciente e os últimos
eventos ocorridos.

4. Convida o familiar a saber mais sobre a


situação

5. Traduz ao familiar de forma coloquial e


compreensível o ocorrido

6. Respeito aos momentos de silêncio e ao


fluxo de pensamento do familiar.

7. Postura de atenção e olhar dirigido ao


familiar.

8. Coloca-se a disposição para discutir os


eventos associados ao óbito e confirma o
entendimento do familiar.

9. Demonstra habilidade em contornar


situações de tensão (óbito, negação).

continua na próxima página 116


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CHECKLIST SIM NÃO

10. NÃO discutir doação de órgãos.

11. NÃO preenche o atestado de óbito

12. Explica a necessidade de necropsia


(explicação do motivo do encaminhamento
para o IML).

Comentários
SPIKES é um tema que vocês PRECISAM dominar! É questão certa todo ano em alguma
grande instituição.

Aqui não tem muito segredo também, independente da situação, basta vocês lembrarem
de cada letra do acrônimo e o que fazer em cada uma delas. Deixamos no checklist uma
“pegadinha” que alguma banca mais maliciosa possa cobrar: NÃO caiam no erro de
discutir doação de órgãos com os familiares (caso o paciente seja potencial doador) e NÃO
preencham o atestado de óbito se houver indícios de trauma - lembrar de encaminhar ao
Instituto Médico Legal (IML).

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Dengue
Aula: Perguntas a se fazer diante de arbovirose (Dengue)

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SCMSP 2017
HSL 2016
UNICAMP 2015

Checklist
TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Apresentou-se

2. Se definiu como médico

3. Questionou ao menos 4 dos seguintes:


dor retroorbital, exantema, cefaléia, mialgia,
artralgia, náuseas, vômitos, petéquias

4. Questionou sobre tempo de febre

5. Questiona comorbidade

6. Questionou sobre viagem a zonas endêmicas

TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

7. Lavou as mãos antes do exame físico

8. Sinais de alarme (ao menos 3: dor abdominal


intensa [ou dor a palpação do abdome],
vômitos incoercíveis, ascite/derrames pleural/
pericárdico, sangramento de mucosas/outros
espontâneos, hipotensão postural/lipotímia,
hepatomegalia > 2cm, aumento hematócrito)

9. Solicitou prova do laço

10. Solicitou PA em decúbito e ortostase (PAd


= 100x60mmHg; PAo = 90x65mmHg)

continua na próxima página 118


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TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

11. Descrever prova do laço e interpretar (citar


as seguintes etapas: desenhar um quadrado de
2,5cm lado, insuflar o tensiômetro até a média
da PAS+PAD, manter por 5min, positivo se >
20 petéquias)

12. Solicitar hemograma (Ht 47% / Leuco


4.500 / Plaq 105.000)

13. Solicitar isolamento viral – antígeno NS1

14. Hidratação venosa ou oral supervisionada


60ml/kg/dia (⅓ com salina e ⅓ nas 1ªs 4-6h)

TAREFA 4 ADEQUADO INADEQUADO

15. Identifica grupo C de dengue

16. Solicita ao menos 2 dos seguintes:


albumina, transaminases, Rx tórax e USG
abdome (sem alterações)

17. Indica internação

TAREFA 4 ADEQUADO INADEQUADO

18. Prescreve hidratação venosa 10ml/kg/h ou


40ml/kg em 4 horas’

19. Orienta retorno imediato se sinais de


alarme

20. Entregar cartão de acompanhamento da


dengue

21. Contra-indicar AAS e AINE

22. Paracetamol ou dipirona

23. Orientar busca ativa de focos de dengue


no domicílio

24. Notificar

continua na próxima página 119


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Comentários
Dengue sempre é um tema “quente” para ser exigido em uma prova de medicina preventiva,
pois nunca deixa de ser atual!

Aqui, nosso checklist contempla basicamente tudo que vocês precisam dominar sobre
o assunto, desde a anamnese, procurando por sinais de alarme, até o diagnóstico e o
tratamento adequado conforme a classificação da dengue. Não esqueçam, também, de
notificar a doença!!

120
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Consulta de Rotina: Tabagismo


Aula: Os detalhes da consulta de rotina

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USP-SP 2018
CERMAM 2018
HIAE 2018/2016
UFPR 2018/2017
USP-RP 2016

Checklist
PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO ADEQUADO INADEQUADO

1. Apresentou-se?
Qualificou-se como médico?

2. Realizou reforço positivo e reviu motivadores


para a cessação ao tabagismo? citar pelo menos
3 (neoplasia, DPOC, IAM, AVC, aneurisma de
aorta, DAOP, úlcera péptica)

3. Questionou sobre duração do hábito e carga


tabágica?

4. Questionou sobre processo de interrupção


e motivos de recaída?
Orientou que recaídas são esperadas e não
significam fracasso?

5. Explicou os sintomas de abstinência?


(pelo menos 2: irritabilidade, insônia, desejo
grande de fumar, ansiedade, dificuldade de
concentração)

6. Marcou data para interromper o hábito.

7. Elaborou sugestões para o período (pelo


menos 1: por exemplo, esclarecer colegas e
familiares, adiar compromissos importantes,
etc)?

continua na próxima página 121


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PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO ADEQUADO INADEQUADO

8. Orienta mudanças ambientais (cinzeiros,


acesso ao cigarro, álcool, café, isqueiros)

9. Orientou que a cessação tabágica não


engorda?
Orientou sobre aumento do paladar com a
cessação tabágica?

10. Orientou exercícios físicos, chicletes,


palitos de cenoura, nicotínicos

11. Agendou retorno para o paciente em até 1


mês ou na data marcada

12. Questionou sobre alcoolismo, uso de


outras drogas, sedentarismo?

13. Antecedentes patológicos e familiares

14. Questionou acompanhamento regular na


UBS? Convidou o paciente e sua família para
freqüentarem o posto

15. Ofereceu rastreio para doenças (pelo


menos3: HAS, DM, câncer de cólon,
dislipidemia)

Comentários
Saber abordar um paciente tabagista de forma ativa é dever de todo médico, mas, para
isso, existe todo um “know how”, conforme demonstramos no nosso checklist. Leiam
com atenção e tirem todas as dúvidas sobre o assunto, principalmente se for prestar USP-
SP (além de terem ambulatório específico de tabagismo, eles adoram cobrar esse tema
em provas). Fiquem ligados!

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Consulta de Rotina: Hipertensão Arterial Sistêmica


Aula: Hipertensão Arterial Sistêmica - Famoso Check-up

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USP-SP 2018
CERMAM 2018
HIAE 2018/2016
UFPR 2018/2017
USP-RP 2016

Checklist
TAREFA 1 – ANAMNESE E EXAME FÍSICO (3 PTS) SIM NÃO

1. Apresentou e se qualificou como médico?


(0,5 ponto)

2. Perguntou o motivo da consulta? (0,5 ponto)

3. Perguntou sobre antecedentes pessoais e


familiares? (0,5 ponto)

4. Questionou sobre cessação de tabagismo?


Ofereceu ajuda? (1,0 ponto)

5. Solicitou exame físico? (0,5 ponto)

TAREFA 2 – DIAGNÓSTICO (3 PTS) SIM NÃO

6. Hipertensão arterial sistêmica (0,75 ponto)

7. Dislipidemia (0,75 ponto)

8. Tabagismo ativo – pré-contemplativo


(0,75 ponto)

9. Sobrepeso (0,75 ponto)

continua na próxima página 123


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TAREFA 3 – EXAMES COMPLEMENTARES (0,1 PTS) SIM NÃO

10.1 Fundo de olho

10.2 Eletrocardiograma

10.3 Pesquisa de sangue oculto nas fezes ou


retossigmoidoscopia ou colonoscopia

10.4 Acuidade visual ou teste de Snellen

10.5 Microalbuminúria ou urina tipo 1

10.6 Glicemia de jejum

10.7 Triglicérides

10.8 Ácido úrico

10.9 TC tórax de baixa radiação para pesquisa


de neoplasia pulmonar

10.10 USG de Aorta Abdominal

TAREFA 4 – CONDUTA (3 PTS) SIM NÃO

11. Indique uma classe farmacológica (IECA/


BRA, BCC, tiazídico) - (1 ponto)

12. Indique três medidas não farmacológicas


- (1 ponto)
a. controle de peso
b. restrição no consumo do sódio
c. padrão alimentar (dieta DASH)
d. moderação do consumo de álcool
e. atividade física
f. cessação do tabagismo

13. Cite duas vacinas que possam ser indicadas


neste caso - (1 ponto)
a. vacina pneumocócica
b. vacina contra influenza
c. vacina anti-tetânica

continua na próxima página 124


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Comentários
Mais um clássico das provas de medicina preventiva, consultas de rotina quase sempre
estarão associadas a um caso de paciente hipertenso ou diabético.
Além da pesquisa de fatores de risco, de lesão em órgãos-alvo, ajuste de tratamento
e orientações sobre a doença, é importante citar medidas não farmacológicas, tratar
comorbidades, realizar o rastreio de doenças de acordo com o perfil do paciente e indicar
vacinas apropriadas. Visão ampla em medicina preventiva!

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Depressão
Depressão - uma anamnese de respeito!

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USP-RP 2019
HIAE 2019

Checklist
TAREFA 1 – ANAMNESE SIM NÃO

1. Perguntou sobre anedonia? (1,0)

2. Perguntou sobre tristeza? (1,0)

3. Perguntou há quanto tempo vem sentindo


esses sintomas? (tristeza/anedonia/choro fácil)
(1,0)

4. Perguntou se teve problemas com sono,


apetite ou perda/ganho de peso? (0,5)

5. Perguntou sobre sensação de menos valia


ou de se sentir culpado? (0,5)

6. Perguntou sobre pensamentos de morte ou


vontade de não viver mais? (1,0)

7. Perguntou sobre planejamento e/ou tentativa


de suicídio? (1,5)

8. Perguntou sobre sintomas de mania? (0,5)

9. Perguntou sobre sintomas psicóticos? (0,5)

TAREFA 2 – DIAGNÓSTICO SIM NÃO

10. Informou o diagnóstico de depressão (1,5)

11. Não solicitou exames complementares (0,5)

continua na próxima página 126


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TAREFA 3 - COMUNICAÇÃO SIM NÃO

12. A comunicação foi adequada? (0,5)

Comentários
Estação que retrata um tema bastante atual e que inclusive foi o cobrado em uma estação
da USP Ribeirão Preto em 2019, na parte de Medicina Preventiva. Vejam a importância de
se fazer perguntas diretas e fechadas nesse tipo de estação (diferente do que faríamos em
uma consulta de depressão na vida real) e também da necessidade de afastar diagnósticos
psiquiátricos alternativos, como transtorno bipolar e esquizofrenia.

Montamos esse checklist praticamente idêntico ao da USP-RP, e acrescentamos algumas


informações no debriefing que vale à pena vocês assistirem!

127
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Diabetes Mellitus 2/Insulinização


Checklist Oficial - UFPR 2019

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UFPR 2019

Descrição de caso clínico: O paciente João é seu conhecido, portador de diabetes, já seguiu todas
as suas recomendações dietéticas e atualmente está usando antidiabéticos orais em dose máxima. Tem
indicação de iniciar insulina.

Tarefas:
Tarefa 01: Esclareça as dúvidas de João a respeito da insulinoterapia.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Cumprimentou o paciente

2. Explicou os motivos de uso do medicamento

3. Assegurou-se de que o paciente


compreendeu a explicação

4. Esclareceu cada uma das dúvidas apontadas

5. Não interrompeu o paciente

6. Identificou a agenda do paciente

7. Escutou o paciente quanto a seus medos

8. Negociou o tratamento

9. Colocou-se à disposição para contatos


futuros

10. Despediu-se do paciente

continua na próxima página 128


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Comentários
Questão bastante interessante, que foi cobrada na última prova de Medicina Preventiva
da UFPR (2019). Situação corriqueira para quem trabalha em Unidades Básicas de Saúde:
iniciar a insulinização para o paciente diabético tipo 2.

Percebam que uma das principais competências avaliadas era a capacidade de explicar de
forma clara ao paciente sobre como funciona a insulina e convencê-lo a fazer uso dela,
desmistificando alguns medos que ele tinha e sanando dúvidas.

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Gestão de Unidade Básica de Saúde


Checklist Oficial - CERMAM 2019

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CERMAM 2019
UNICAMP 219

Descrição de caso clínico: Você (agente da Secretaria Estadual de Saúde) irá visitar o
prefeito de um município de 5 mil habitantes, da zona rural, para ajudar na situação de
saúde deste município.

Tarefas
Tarefa 01: Converse com o prefeito e proponha soluções para os problemas relatados
por ele.
Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Cumprimentou cordialmente o prefeito?

2. Propôs ou sugeriu algo para melhorar a


atenção de saúde da população rural?

3. Falou sobre a situação de saúde da população


rural?

4. Propôs a remoção aérea do paciente?

5. Fez referência à carreira médica de estado?

6. Referiu-se à universidade ou à residência


médica como opção?

7. Considerou/citou/mobilizou o controle
social/conselho de saúde?

8. Propôs a contratação temporária de


médicos?

9. Sugeriu a realização de concurso público?

10. Mencionou ou agiu sobre a necessidade de


comunicar o CRM?

continua na próxima página 130


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Comentários
Essa estação da CERMAM 2019 focou bastante no aspecto “social”, na capacidade de
os candidatos proporem soluções para os problemas de saúde de uma cidade rural de
pequeno porte. O prefeito (ator) realizava perguntas sobre questões diversas e a tarefa do
candidato era discutir alternativas para resolver essas questões.
Estruturada da mesma forma, a UNICAMP (2017) trouxe uma estação em que você
conversava com o gestor de uma unidade de saúde e tinha que trazer soluções para quatro
problemas enfrentados naquele município. Difícil!!!

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Febre amarela
Checklist Oficial - CERMAM 2018

Onde já apareceu nos últimos anos?


CERMAM 2018

Descrição de caso clínico: Você é o médico de uma Unidade Básica de Saúde e atende
uma paciente de 30 anos, proveniente de uma zona rural do Amazonas, com queixa
de febre alta (39ºC), calafrios e dor abdominal difusa. Relata que perto da sua casa
encontrou um macaco morto.

Tarefas
Tarefa 01: Conduza a consulta com a paciente, citando seu provável diagnóstico
etiológico e explicando todas as condutas para o caso em questão.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Identificou-se como médico (e/ou


apresentou-se à paciente) e dirigiu-se à mesma
fazendo-lhe perguntas pessoais como nome e
idade?

2. Perguntou sobre outras pessoas acometidas


na comunidade?

3. Agiu para obter uma história clínica focada?

4. Realizou o exame da paciente?

5. Medicou a paciente?

6. Instruiu a paciente sobre o diagnóstico e/


ou conduta?

7. Providenciou a remoção da paciente para


tratamento hospitalar?

8. Providenciou remoção de macaco morto


para investigação epidemiológica?

continua na próxima página 132


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CHECKLIST SIM NÃO

9. Notificou o caso para a vigilância


epidemiológica?

10. Providenciou vacinação para a comunidade?

Comentários
Trouxemos outro checklist sobre febre amarela, mas com uma roupagem da medicina
preventiva. Percebam que saber da parte clínica contou muito pouco nesse checklist,
onde o foco mais explorado foi a respeito de políticas públicas que deverão ser instituídas
frente a um caso suspeito de febre amarela. O ideal, nesses casos, é saber muito bem
clínica médica e muito bem medicina preventiva para cobrir todo tipo de checklist que a
banca possa produzir.

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Infarto Agudo do Miocárdio com SupraST (na UBS)


Checklist Oficial - CERMAM 2017

Onde já apareceu nos últimos anos?


CERMAM 2017

Descrição de caso clínico: Paciente de 55 anos, masculino, chega à Unidade Básica de


Saúde sudoreico e ansioso, queixando-se de dor torácica retroesternal de forte intensidade
e dispneia com início há aproximadamente 2 horas. Sinais vitais: PA 160x90mmHg, FC
110 bpm, FR 20 irpm, SpO2 89% em ar ambiente.

Tarefas
Tarefa 01: Faça o primeiro atendimento ao paciente, citando o provável diagnóstico
etiológico e explicando todas as condutas para o caso em questão.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Identificou-se de maneira cordial

2. Perguntou o nome do paciente

3. Tranquilizou o paciente

4. Solicitou que seja colocada fonte de oxigênio

5. Solicitou que seja obtido acesso venoso

6. Solicitou eletrocardiograma (ECG)

7. Caracteriza a dor quanto à duração

8. Caracteriza a dor quanto ao tipo

9. Caracteriza a dor quanto à intensidade

10. Caracteriza a dor quanto à irradiação

11. Pergunta sobre náuseas ou vômitos

continua na próxima página 134


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CHECKLIST SIM NÃO

12. Pergunta sobre antecedente pessoal de


hipertensão arterial sistêmica

13. Pergunta sobre antecedente pessoal de


dislipidemia

14. Pergunta sobre antecedente pessoal de


diabetes mellitus

15. Pergunta sobre antecedente familiar para


doença arterial coronariana

16. Verifica a medida de pressão arterial nos


dois membros

17. Interpretou o ECG corretamente - infarto


agudo do miocárdio com supradesnivelamento
de ST

18. Medica o paciente com AAS

19. Medica o paciente com isordil/nitrato/


isossorbida sublingual

20. Pede para chamarem o SAMU ou transporte


com ambulância UTI

21. Faz o encaminhamento para centro de


referência com hemodinâmica ou trombólise

Comentários
Checklist construído para testar a habilidade em prestar o primeiro atendimento de
um paciente com infarto. São 20 itens somente a respeito do primeiro atendimento!
Provavelmente você não encontrará isso se fosse clínica médica, mas totalmente possível
em preventiva. Aliás, preventiva muitas vezes explora assuntos de outras áreas mas com
um enfoque de atendimento em Unidade Básica de Saúde. Essa estação é um exemplo
claro disso!

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Acidente com material biológico


Checklist Oficial - UFG 2019

Onde já apareceu nos últimos anos?


UFG 2019

Descrição de caso clínico: Técnica de enfermagem do hospital que você trabalha o


procura com o relato de ter se acidentado com agulha de origem desconhecida na
enfermaria.

Tarefas:
Tarefa 01: Faça o atendimento da paciente e explique as condutas relevantes à situação.

Checklist
PARCIALMENTE
TAREFA 1 SIM ADEQUADO
INADEQUADO

1. Cumprimentou o paciente e se apresentou?


Nenhum = 0 ponto // cumprimentou ou se apresentou = 0,5 ponto
// cumprimentou e se apresentou = 1,0 ponto

2. Mencionou possíveis diagnósticos e solicitou


exames complementares pertinentes ao caso?
HIV
Hepatite B
Hepatite C
Doença de Chagas
Exames de toxicidade
Pontuação:
Nenhum = 0 pontos
1 ou 2 itens incluindo HIV = 0,5 ponto
3 ou mais itens incluindo HIV = 1,0 ponto

3. Explicou que os exames negativos somente


indicam que não tinha a doença no momento
do acidente e orientou a necessidade de uso
da medicação do HIV para a prevenção?
Pontuação:
Nenhum = 0 pontos
Explicou OU orientou a medicação: 0,5
Explicou E orientou a medicação: 1,0

continua na próxima página 136


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PARCIALMENTE
TAREFA 1 SIM ADEQUADO
INADEQUADO

4. Citou apenas coquetel ou antirretroviral


ou remédios para HIV e citou as medicações
corretas (Tenofovir + Lamivudina +
Dolutegravir) com ou sem posologia?
Pontuação:
Nenhum = 0 ponto
Apenas coquetel OU antirretroviral OU remédios para HIV
= 0,5 ponto
Medicação correta = 1,0 ponto

5. Orientou a vacina ou imunoglobulina,


mesmo com Anti-HBs > 10?
Orientou que já está imunizado para Hepatite
B e/ou não precisa desta vacina novamente?
Citou apenas outras vacinas?
Pontuação:
Nenhum ou orientou vacinação para Hepatite B = 0 ponto
Orientou sobre outras vacinas exceto Hepatite B = 0,5 ponto
Orientou que já está imunizado para Hepatite B e/ou não
precisa desta vacina novamente e orientou sobre outras
vacinas (tétano, sarampo, varicela e hepatite A) = 1,0 ponto

6. Mencionou sobre o tempo máximo para o


uso de PEP?
Mencionou que é no máximo em 2 horas?
Explicou que o ideal é o mais rápido possível,
preferencialmente duas horas, mas até 72
horas pode ser indicado?
Pontuação:
Nenhum = 0 ponto
Citou apenas duas horas = 0,5 ponto
O mais rápido possível, mas até 72 horas = 1,0 ponto

7. Especificou o tempo de uso da medicação


para prevenção do HIV - 28 dias ou 4 semanas?
Pontuação:
Não especificou o tempo ou disse diferente de 28 dias = 0
pontos
28 dias ou 4 semanas = 1,0 ponto

8. Questionou sobre interação medicamentosa


com a PEP e citou exemplos? Ex.: metformina,
rifampicina, fenobarbital, carbamazepina,
fenitoína, anticonvulsivante, medicações
contendo Ca, Fe, Mg
Pontuação:
Nenhuma medicação citada = 0 ponto
1 a 2 medicações = 0,5 ponto
3 ou mais medicações: 1,0 ponto

continua na próxima página 137


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PARCIALMENTE
TAREFA 1 SIM ADEQUADO
INADEQUADO

9. Orientou sobre tempo de seguimento


correto para o HIV e hepatite C?
Pontuação:
Nenhum seguimento ou seguimento para HIV e hepatite C
com tempo incorreto = 0 ponto
Orientou somente um seguimento para HIV ou hepatite C
com o tempo correto = 0,5 ponto
Seguimento correto para HIV (3 meses) e hepatite C (6
meses) = 1,0 ponto

10. Orientou uso de preservativo durante o


período de seguimento?
Pontuação:
Não orientou = 0 ponto
Orientou = 1,0 ponto

Comentários
Questão facilmente reprodutível e que não costuma ser muito cobrada nas provas. A
conduta em relação ao acidente com material biológico exigirá conhecimento do estado
sorológico de ambos envolvidos e da situação vacinal do técnico de enfermagem da
questão. A partir daí, é interpretação de resultados laboratoriais, indicar profilaxias e
saber a periodicidade de seguimento. Justamente por ser um tema atípico, pode pegar
muita gente desprevenida e é, por esse motivo, considerada estação difícil.

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Zika
Checklist Oficial - UFG 2018

Onde já apareceu nos últimos anos?


UFG 2018
HSL 2017
UNICAMP 2017

Descrição de caso clínico: Paciente de 23 anos, primigesta de 18 semanas, comparece


à Unidade Básica de Saúde onde você é o médico, relatando que há 10 dias viajou para
o Ceará e, há aproximadamente 3 dias, vem apresentando febre baixa e artralgias. Ela
demonstra estar preocupada pois o local que visitou estava tendo surto de “mosquitos”
e de Zika, e gostaria de saber seu diagnóstico e mais informações sobre essa doença.

Tarefas:
Tarefa 01: Realize o atendimento à paciente, esclarecendo os principais pontos sobre
a doença Zika, os cuidados e riscos em relação à gestação, o tratamento e possíveis
diagnósticos diferenciais.

Checklist
PARCIALMENTE
CHECKLIST SIM ADEQUADO
INADEQUADO

1. Citou dengue e chikungunya como


diagnósticos diferenciais?

2. Citou exantema e mais 3 sintomas como


manifestações do zika?(zerar se não citar
exantema)

3. Citou os medicamentos que devem ser


evitados na suspeita de zika - AAS e AINH?

4. Citou o vetor transmissor do vírus da zika


(Aedes sp. ou Aedes albopictus ou Aedes
aegypti)?

5. Citou pelo menos 3 medidas para controle


do vetor?

continua na próxima página 139


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PARCIALMENTE
CHECKLIST SIM ADEQUADO
INADEQUADO

6. Explicou as 3 formas de transmissão do


vírus da zika? (sexual; sangue; congênita)

7. Forneceu pelo menos 3 orientações para as


gestantes nesse período endêmico da doença?
evitar sexo com suspeitos da doença
a) repelente
b) mosquiteiro
c) inseticida aerosol ou vapor
d) roupa impermeável com permetrina
e) roupas para cobrir o corpo
f) telas em janelas e portas

8. Citou pelo menos 3 quadros suspeitos de


infecção congênita pelo vírus da zika?
alterações neurológicas (microcefalia,
calcificações, etc)
1) alterações oftalmológicas
2) retardo do crescimento intrauterino
3) surdez
4) oligoidrâmnio
5) aborto
6) parto prematuro
7) anidrâmnio
8) malformações fetais

9. Explicou que não há vacina para o zika?

10. Explicou que não há tratamento


especializado para doença via SUS?

Comentários
Como já mencionamos aqui anteriormente, Arboviroses são um dos “carros chefe” da
Infectologia e, também, da Medicina Preventiva. De fato, atualmente não estamos mais
vivenciando a epidemia de Zika de outrora, mas trouxemos este checklist oficial da UFG
de 2018 para vocês revisarem sobre o tema, caso alguma banca decida cobrar sobre Zika
este ano.

140
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Genograma
Checklist Oficial - USP-SP 2019

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-SP 2019

Descrição de caso clínico: Você é o médico de uma Unidade Básica de Saúde, e deve
analisar o seguinte genograma de uma grande família da sua área de cobertura.

Tarefas
Tarefa 01: Analise o genograma e escreva as informações que podem ser extraídas das
quatro anotações em vermelho.
Tarefa 02: Cite um recurso (equipamento) externo à UBS, mas potencialmente presente
no território em que atua, que poderia ser adicionado para:
O abuso de álcool de Carlos
A violência de Carlos contra Sara
Tarefa 03: Além das estratégias de realização de anti-HIV e negociação do uso de
camisinha, escreva 2 outras estratégias que podem ser adotadas por Solange para
prevenção contra contaminação por HIV nas relações sexuais com Daniel

141
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A. Moram todos na mesma casa


TAREFA 1 B. Aborto
C. Relação conflituosa entre Sara e Carlos
D. Relação conflituosa entre Soraya e Solange

a. CAPS-AD (OU) Alcoólicos Anônimos


TAREFA 2 b. Centro de Acolhimento à Mulher/Delegacia
da Mulher

1. Profilaxia pré-exposição
TAREFA 3 2. Uso de preservativo feminino

Comentários
A USP-SP em 2019 decidiu cobrar um tema da Medicina Preventiva que muita gente acaba
deixando de lado: Genograma. A questão em si não era difícil, porém, pela pouca frequência
que é abordada tanto em provas de 1ª fase quanto de 2ª fase, deve ter deixado muitos
candidatos apreensivos. Aproveitem para ler o checklist (discursivo) que disponibilizamos
a vocês - o qual é idêntico ao da USP.

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Consulta de rotina: SOAP


Checklist Oficial - USP-SP 2018

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP - SP 2018

Descrição de caso clínico: Lígia, 45 anos, personal trainer, com diagnóstico recente
de hipertensão arterial sistêmica, vem à consulta, na Unidade Básica de Saúde,
demonstrando bastante ansiedade e medo pelo fato de sua vizinha ter aferido sua
pressão arterial hoje pela manhã e detectado que a mesma estava 145x90mmHg. Aliado
a isso, relata que leu na internet que sua doença pode levá-la a ter um infarto do coração
(sic), a mesma patologia que seu pai teve aos 70 anos de idade, e tem certeza que o seu
quadro clínico é grave.
Também leu em uma rede social que há um exame revolucionário para prever a chance
de infartar, chamado angiotomografia com escore de cálcio, e a paciente deseja fazê-lo
para se prevenir.
Ao exame físico: BEG, corada, hidratada. PA 140x90mmHG, FC 75 BPM, SPO2 99% em
ar ambiente, FR 17 irpm, altura 1,70, peso 76 kg.

Tarefas
Tarefa 01: Preencha o prontuário (campos S, O, A) de acordo com o registro clínico
orientado por problemas (modelo SOAP)

Checklist 01 (discursivo)

Paciente relatando medo de infartar e morrer


S
devido ao diagnóstico recente de HAS.

O PA 140x90mmHG

IMC 26,3

A Hipertensão arterial sistêmica

Sobrepeso

Ansiedade

continua na próxima página 143


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Tarefa 01: Dê as orientações pertinentes para a paciente, com base nas suas queixas e
anseios.

MEDO DA DOENÇA E DA GRAVIDADE DO DIAGNÓSTICO SIM NÃO

1. Diz que o quadro da paciente não é grave ou


provavelmente não é grave

2. Pergunta se (ou por que) ela acha que o


quadro é grave ou pergunta se (ou por que) ela
tem medo

3. Trata o risco advindo do quadro de


hipertensão como probabilidade (de doença)
e não como certeza (da ocorrência ou não de
desfechos)

4. Usa fatores da história clínica e/ou da


epidemiologia para tranquilizar a paciente
adequação da dieta ou
prática de atividade física ou
ausência de sintomas ou
ausência de outras doenças conhecidas

5. Usa fatores positivos do tratamento e/ou


do controle levando à diminuição do risco de
desfechos:
Exemplo: caso a senhora mantenha hábitos
saudáveis, o risco será ainda menor

6. Evita reforçar o medo (sobrevalorização dos


riscos)
Considerar reforço do medo:
se não tratar, vai ter IAM, AVC ou morrer
se não tratar, aumenta a chance de ter IAM,
AVC ou morrer sem especificar que esse
aumento de risco no caso dela é pequeno

7. Evita oferecer ou instituir tratamento


medicamentoso para ansiedade ou
depressão (ansiolíticos, antidepressivos ou
benzodiazepínicos)

continua na próxima página 144


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SOLICITAÇÃO DE ANGIOTOMOGRAFIA COM ESCORE DE CÁLCIO SIM NÃO

8. Diz que ela não deve fazer o exame

9. Fala sobre efeitos colaterais


uso de contraste ou
radiação

10. Fala sobre risco de falso-positivo


identificar uma lesão / obstrução / placa /
calcificação que não existe na realidade

11. Fala sobre risco de sobrediagnóstico


identificar uma lesão / obstrução / placa /
calcificação cujo tratamento neste momento
não tem benefício comprovado

12. Fala sobre cascatas de exame


cateterismo

GERAL SIM NÃO

13. Pergunta se a paciente compreendeu as


informações (em qualquer momento)

Comentários
Estação bastante interessante da USP-SP de 2018, dividida em duas partes.
Na primeira tarefa, o candidato já deveria ter contato alguma vez com o método SOAP -
um acrônimo que representa a estrutura de uma consulta clínica orientado por problemas.
S - Subjetivo - registro das informações contadas pelo paciente - motivo da consulta,
história clínica (história clínica);
O - Objetivo - registro dos dados objetivos - que são obtidos através do exame físico ou
do registro de exames complementares;
A - Análise - lista de problemas identificados e registro das hipóteses diagnósticas; e,
P - Plano - basicamente desencadear um plano para cada problema levantado na análise.
Essa parte foi relativamente fácil para quem já conhecia essa estrutura de consultas -
bastante utilizada em ambulatórios e unidades básicas de saúde.
Após isso, vinha a missão de tentar contornar a ansiedade da paciente e tranquilizá-la
dos seus medos, enfatizando que a chance de ela ter alguma complicação cardiovascular,
neste momento, não é alta, e explicando o porquê de não estar indicada a realização da
angiotomografia com escore de cálcio - explicando os motivos, os desdobramentos dos
resultados e estimulando a prevenção quaternária.
Leiam os checklists (idênticos aos da USP-SP) e aprendam com essa estação!

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Hanseníase
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
UNESP 2019
USP - SP 2017

Descrição de caso clínico: Você é o médico de uma Unidade Básica de Saúde e irá
atender um paciente masculino de 30 anos, procedente de Palmas/TO, com queixa de
surgimento de mancha no seu joelho há aproximadamente 3 meses.

Tarefas

Tarefa 01: Cite o diagnóstico mais provável com base na propedêutica e semiologia
direcionadas.
Tarefa 02: Cite um exame complementar que corrobora a sua hipótese.
Tarefa 03: Forneça mais informações e detalhes sobre a doença para o paciente, e
explique qual será o tratamento para a mesma.

continua na próxima página 146


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TAREFA 1 SIM NÃO

1. Apresentou-se adequadamente como


médico?

2. Perguntou sobre a existência de sintomas


associados (prurido, dor, calor)?

3. Questionou se há lesões em outras partes


do corpo?

4. Questionou se familiares, amigos ou colegas


de trabalho apresentaram lesões similares?

5. Realizou inspeção de olhos, nariz, mãos e


pés?
considerar correto se pelo menos 3

6. Realizou palpação dos troncos nervosos


periféricos (nervo ulnar, mediano, radial, tibial
posterior, fibular comum)?
considerar correto se pelo menos 3

7. Avaliou a sensibilidade nos olhos com uso


de fio dental?

8. Avaliou a sensibilidade térmica através de


dois tubos de ensaio (um aquecido e um frio)?

9. Avaliou a sensibilidade dolorosa com uma


agulha?

10.Avaliou a sensibilidade tátil com


monofilamentos de Semmes-Weinstein (0.05g,
0.2g, 2g, 4g, 10g e 300g)?

11. Avaliou a força muscular em membros


superiores e inferiores?

12. Avaliou a mobilidade articular?

continua na próxima página 147


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TAREFA 2 SIM NÃO

13. Solicitou baciloscopia?


se citar reação de Mitsuda ou biópsia, zerar
tarefa 2

14. Mencionou os quatro locais para realização


da baciloscopia (lóbulos das orelhas direita e
esquerda e cotovelos bilateralmente)?

TAREFA 3 SIM NÃO

14. Indicou o tratamento para Hanseníase


Paucibacilar com rifampicina (dose mensal de
600mg) e dapsona (dose mensal de 100mg)?

15. Mencionou a duração do tratamento - 6


doses (cartelas) supervisionadas em até 9
meses?

16. Notificou a suspeita da doença?

17. Citou para o paciente as possíveis formas e


classificações da doença?
• paucibacilar ou multibacilar
• virchowiana ou tuberculóide
• dimorfo
• indeterminada

18. Citou que as vias aéreas superiores são a


principal via de inoculação e eliminação do
bacilo?

19. Convocou familiares e contactantes a


comparecerem na Unidade Básica de Saúde?

Comentários
A hanseníase ainda é uma doença com prevalência de destaque no Brasil, sobretudo nas
regiões Norte e Centro-Oeste, por isso, é lembrada nas provas práticas.
Após a USP-SP em 2017 ter pego muita gente de surpresa ao cobrar o assunto na prova de
preventiva, em 2019, a UNESP-Botucatu repetiu o feito.
O checklist e a estação foram baseados no que foi exigido nessas duas instituições.
Reparem que, mesmo não tendo domínio completo do tema, ainda daria para pontuar boa
parte do que foi pedido aos candidatos.

148
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Pé diabético
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
---

Descrição de caso clínico: Sr. José, 64 anos, diabético tipo 2 há 15 anos, vem à consulta
de rotina na Unidade Básica de Saúde queixando-se de “formigamento” e “sensação
de agulhada” nos pés há pelo menos 2 meses, com os sintomas mais intensos à noite.

Tarefas
Tarefa 01: Faça o exame físico direcionado à queixa do paciente e dê as orientações
apropriadas ao caso.

Checklist
PARCIALMENTE
CHECKLIST SIM ADEQUADO
INADEQUADO

1. Apresentou-se ao paciente e explicou o que


vai fazer (0,5)

2. Palpou pulsos de MMII (pelo menos poplíteo


+ tibial posterior + pedioso bilateralmente)
(1,0)

3. Inspecionou os pés (incluindo região plantar


e interdígitos) (1,0)

4. Realizou teste de sensibilidade


vibratória com diapasão (pelo menos em
metacarpofalangeanas bilateralmente e
maléolos) (1,0)

5. Realizou adequadamente o teste do


monofilamento (com 3 ou 10 pontos) (1,5)

6. Testou adequadamente reflexo aquileu (1,0)

7. Contraindicou atividade física de impacto


(1,0)

8. Realizou orientações quanto à inspeção


regular dos pés e sapatos (1,0)
continua na próxima página 149
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PARCIALMENTE
CHECKLIST SIM ADEQUADO
INADEQUADO

9. Orientou quanto à higiene dos pés: testar


temperatura da água, usar de hidratantes
exceto em interdígitos, cortar as unhas de
forma reta, não tirar calos (1,0)

10. Orientou quanto aos tipos de calçados e


meias apropriados (1,0)

Comentários
Exame físico dos pés de um paciente diabético é algo muito negligenciado quando
atendemos um paciente no ambulatório ou na Unidade Básica de Saúde. E esse é o motivo
que fizemos esse checklist, já que é um tema que precisa ser dominado por todos!
Uma observação interessante é que cada item confere uma pontuação distinta -
exemplificando um modelo de checklist que valoriza o que é mais importante de ser
executado, de acordo com a banca.

150
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Tuberculose
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
UFPR 2015

Descrição de caso clínico: M.D.W.Y, 34 anos, masculino, morador de área de livre e


drogadito (usuário de crack), comparece ao Pronto Atendimento queixando-se de, há 2
meses, após “resfriado forte” (sic), evoluir com perda ponderal involuntária e sensação
de febre.
Sinais vitais: PA 110x70 mmHg, SpO2 92%aa, FR 18 irpm, FC 72 bpm

Tarefas
Tarefa 01: Realize a anamnese, solicitando exames complementares que julgar
necessários e, após, cite o diagnóstico provável e o tratamento adequado para o caso.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Identificou-se de maneira cordial como


médico

2. Investiga a ocorrência de febre (dia e hora


de instalação, calafrios, sudorese, fatores de
alívio, duração)

3. Pergunta sobre a ocorrência de tosse e suas


características (início, duração, intensidade,
fatores de alívio e piora, seca, produtiva)

4. Pergunta sobre uso de medicamentos

5. Questiona sobre comorbidades prévias

6. Questiona sobre contato com indivíduos


diagnosticados com tuberculose

7. Realiza o exame físico pulmonar

8. Cita a hipótese diagnóstica mais provável:


tuberculose pulmonar

continua na próxima página 151


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CHECKLIST SIM NÃO

9. Solicita radiografia de tórax

10. Solicita hemograma, função renal, função


hepática, eletrólitos

11. Solicita sorologia para HIV, HBsAG, VDRL


e anti-HCV

12. Solicita duas amostras de baciloscopia de


escarro

13. Explica sobre o mecanismo de transmissão

14. Prescreve corretamente o tratamento


inicial: RHZE

15. Explica o tempo de tratamento e a


importância de não abandonar

16. Explica que as medicações são fornecidas


pelo SUS/UBS

17. Orienta paciente a ter seguimento na


Unidade Básica de Saúde ou em Consultório
de Rua

18. Notifica o caso para a Vigilância


Epidemiológica

19. Orienta retorno precoce ao hospital se


piora dos sintomas

Comentários
Tuberculose é um assunto bastante lembrado pelas bancas devido a importância
epidemiológica e espectro clínico variável.
Interessante que, nas provas práticas, não é muito cobrada.
Confiram o checklist acima para entender como poderia ser cobrada em prova de acesso
direito e, se você for prestar R3 de clínica, saiba que o tema já foi cobrado pela USP-SP em
um caso de tuberculose intestinal.

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Tentativa de Suícidio
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
---

Descrição de caso clínico: Paciente do sexo feminino, 22 anos de idade, procura serviço
de Pronto Atendimento com relato de “estar infeliz com a vida” e com desejo de auto-
extermínio.

Tarefas
Tarefa 01: Realize o atendimento e, em seguida, dê a conduta e as orientações pertinentes
ao caso.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Identificou-se de maneira cordial como


médico

2. Questiona como é o convívio social? (com


quem mora, qual é a renda média, se trabalha)

3. Questiona sobre sintomas depressivos


(anedonia, perda do prazer em atividades,
sentimento de culpa, choro fácil, distúrbios do
sono)?

4. Questiona sobre relacionamento familiar?

5. Questiona sobre antecedente prévio de


doenças psiquiátricas ou internações?

6. Investiga se a paciente apresenta um plano


de suicídio

7. Investiga se a paciente estipulou uma data


para executar o suicídio

8. Questiona se a paciente já tentou auto-


extermínio em outras oportunidades?

continua na próxima página 153


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CHECKLIST SIM NÃO

9. Pergunta se a paciente tem acesso a


instrumentos letais (medicações, arma de
fogo, arma branca)

10. Questiona história familiar de transtornos


psiquiátricos

11. Realiza exame físico, pesquisando sinais


de automutilação

12. Explica a necessidade de internação


hospitalar psiquiátrica

13. Solicita a presença de um familiar para a


internação

14. Orienta sobre medidas de prevenção


(esconder medicações, facas)

15. Oferece apoio psicológico, práticas de


prevenção e adesão ao tratamento

Comentários
Mais uma estação de psiquiatria que trouxemos para vocês, abordando um tema de grande
destaque midiático nos últimos anos 2 anos: suicídio.
Comentamos um pouco sobre este assunto na estação de Depressão mas, aqui,
aprofundamos o tema.
O fundamental é perguntar ativamente sobre o plano de suicídio, se há data para executá-
lo, internar a paciente e oferecer suporte psicológico (tanto da paciente, quanto da família).

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Mordedura de cão
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
USP-RP 2016

Descrição de caso clínico: Paciente masculino, 35 anos, previamente hígido, comparece


à Unidade Básica de Saúde relatando que foi mordido por um cachorro há 10 minutos,
no seu pé esquerdo. No momento, apresenta ferimento de aproximadamente 3 cm de
diâmetro, com sangramento ativo da ferida.

Tarefas
Tarefa 01: Faça as medidas iniciais e dê a conduta mais adequada para o caso.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Identificou-se de maneira cordial como


médico

2. Questiona se o animal é conhecido ou de


rua

3. Investiga o calendário vacinal antitetânico


do paciente

4. Realiza o exame físico direcionado do


paciente (avaliação de ferida/mordedura)

5. Lava a ferida com água e sabão

6. Desbrida o tecido desvitalizado e controla


a hemorragia

7. Não indica sutura do ferimento

8. Realiza curativo

9. Inicia esquema antirrábico profilático com


04 doses: dia 0, 3, 7 e 14

continua na próxima página 155


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CHECKLIST SIM NÃO

10. Prescreve soro profilático (SAR) 40 UI/kg

11. Orienta atualização da imunização


antitetânica

12. Prescreve amoxicilina + clavulanato por 7


dias

13. Orienta lavagem diária com sabão e água

14. Orienta que o paciente deve voltar


imediatamente à unidade se o cachorro
morrer, desaparecer ou se tornar raivoso

15. Orienta retorno precoce (48h) para


reavaliação

Comentários
Abordagem às mordeduras é um tema bom de ser cobrado em medicina preventiva.
Preparamos essa estação e checklist - similar ao que a USP-RP cobrou em 2016 - para que
vocês relembrem as condutas a serem tomadas frente a um paciente vítima de mordedura
de cachorro (nesse caso, com sinais de gravidade devido ferida profunda associada a
acometimento de extremidades).

156
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Tabagismo 2
Checklist Extra
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UFES 2018

Descrição de caso clínico: Sr. Flávio, 42 anos, é um paciente que participa do grupo de
tabagismo regularmente na sua Unidade Básica de Saúde, e que atualmente estava há
2 meses sem o vício, em uso de bupropiona 150mg 1 vez ao dia. Contudo, na consulta
de hoje, ele relata que devido a um “estresse” familiar recente - sua esposa perdeu o
emprego - acabou fumando 2 cigarros ontem, e no momento está se sentindo muito
culpado e choroso.

Tarefas
Tarefa 01: Faça o acolhimento ao paciente e as orientações pertinentes à situação do
mesmo.
Checklist
PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO
ADEQUADO
INADEQUADO

1. Apresentou-se?

2. Qualificou-se como médico ou da equipe


médica?

3. Questionou a respeito da meta estabelecida?

4. Questionou a respeito do motivo da


recaída?

5. Orientou sobre benefícios da cessação


tabágica

6. Não orientou sobre malefícios da cessação


tabágica

7. Orientou que a recaída faz parte do


processo?

8. Esclareceu que há mais recursos para serem


utilizados agora?

continua na próxima página 157


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PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO
ADEQUADO
INADEQUADO

9. Explorou que o ambiente familiar do


paciente pode estar contribuindo para a
recaída?

Comentários
Trouxemos essa estação para reforçar duas coisas:
a. estações de preventiva tendem a explorar habilidades de comunicação - e isso envolve
acolher o paciente que chega em situação de estresse e aumentar o vínculo tanto médico-
paciente, quanto unidade de saúde-paciente;
- muitas vezes eles podem desenhar uma estação em que o foco está em um detalhe do
assunto - comum num contexto de consulta de retorno ou uma reavaliação. Nesse caso,
reflita sobre o que estão propondo e trace um plano de abordagem ao paciente que seja
coerente com o que estão pedindo.

158
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Emagrecimento
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
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Descrição de caso clínico: Maria, 28 anos, comparece à consulta na Unidade Básica de


Saúde relatando desejo de emagrecer, por sofrer bullying no seu ambiente de trabalho.
Relata que já tentou diversas dietas que aprendeu na internet, porém sem sucesso.
Atualmente está com 1,62m de altura e 90 kg. Ela deseja algum ‘remédio para emagrecer’.

Tarefas
Tarefa 01: Acolha a paciente e dê as orientações adequadas para o caso.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se?

2. Qualificou-se como médico ou da equipe


médica?

3. Questionou sobre padrão alimentar


(impulsivo, “beliscador”)?

4. Orientou fracionamento da dieta?

5. Orientou sobre substituição dos alimentos


por opções menos calóricas?

6. Orientou aumentar consumo de frutas e


verduras?

7. Orientou sobre atividade física?

8. Orientou sobre locais gratuitos para prática


de atividade física? (CEU, SESC, parques...)

9. Explicou de forma clara as mudanças


comportamentais necessárias?

continua na próxima página 159


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CHECKLIST SIM NÃO

10. Manteve postura de parceria com o


paciente?

11. Prescreveu medicamento?

Comentários
Estação relativamente simples, muito comum num ambiente de Unidade Básica de Saúde:
orientar paciente que deseja emagrecer e demanda auxílio medicamentoso.
Aqui, a ideia era se aprofundar um pouco mais nesse assunto, dando orientações mais
precisas ao caso e que sejam adequadas à realidade da paciente. Outro aspecto muito
importante: o candidato deveria garantir o vínculo, oferecer apoio multiprofissional e
seguimento clínico para que a paciente possa atingir o objetivo, além de não prescrever
medicamentos nesse momento!

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Erro médico 2
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
USP-SP (R3) 2019
HIAE 2019

Descrição de caso clínico: Você é o médico plantonista de uma enfermaria hospitalar, e


é chamado para avaliar o paciente J.R.S, de 68 anos, previamente diabético e hipertenso
(há pelo menos 20 anos), internado devido a pneumonia bacteriana, em plano de alta
em breve. O colega do plantão anterior solicitou angiotomografia computadorizada de
tórax, porém não checou a função renal do paciente (creatinina: 2,1 uréia: 90) antes do
referido exame. Poucos dias após, paciente evolui com confusão mental e hipercalemia
grave, refratária às medidas farmacológicas instituídas, necessitando de passagem de
cateter de hemodiálise em veia jugular interna direita para realizar diálise de urgência.
Familiares do paciente (esposa e filhos, que são advogados) estão o aguardando, muito
nervosos, para saber exatamente o que houve, o porquê da hemodiálise e o motivo das
intercorrências.

Tarefas
Tarefa 01: Faça o atendimento à família do paciente, relatando o ocorrido e explicando
quais as próximas medidas.

Checklist
PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

1. Apresenta-se ao familiar antes de iniciar a


entrevista?

2. Qualifica-se como médico?

3. Reconhece e comunica o evento adverso:


nefropatia induzida por contraste

4. Traduz a intercorrência sofrida pelo paciente


ao familiar em linguagem coloquial durante a
conversa?

continua na próxima página 161


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PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

5. Pede desculpas em nome da equipe médica


pelo ocorrido

6. Informa ao familiar que não existe um único


culpado para a situação

7. Reconhece que as doenças associadas


podem ter contribuído para a ocorrência
do evento adverso, mas não são as únicas
responsáveis pelo fato

8. Salientou para o familiar que toda a equipe


está envolvida em minimizar as conseqüências
sofridas pelo paciente, colocando-se ao lado
dele e da família

9. Respeita o fluxo de pensamento do familiar?

10. Durante a entrevista mantém postura física


de atenção ao relato do familiar?

11. Mantém olhar dirigido e atento ao familiar


durante a entrevista?

12. Utiliza expressões faciais de simpatia e


paciência ao relato do familiar?

13. Evita expressões faciais de censura e/ou


impaciência durante a entrevista?

14. Respeita o silêncio do familiar por tempo


adequado quando estes momentos ocorrem?

15. Demonstra habilidade em contornar


situações de tensão durante a entrevista?

16. Orientou que o caso será estudado para


identificar onde ocorreram as falhas

continua na próxima página 162


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Comentários
Estação tensa, hein?
Mais uma vez reforçamos: em estações desse tipo é fundamental manter o controle
emocional e ter bom senso.
Admita o ocorrido (sendo verdadeiro), peça desculpas, respeite as expressões dos
familiares (mesmo não sendo positivas) e tente utilizar dessa situação para aumentar o
vínculo.
Não tente ir pelo caminho contrário, pois provavelmente o ator estará instruído ou a “bater
com a porta na sua cara” (fim de estação) ou relatar que irá processá-lo. É importante ser
“rato de prova prática”!

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CAPÍTULO V

GINECOLOGIA & OBSTETRÍCIA


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Ameaça de aborto
De frente com um sangramento na gestação

Onde já apareceu nos últimos anos?


HIAE 2019

Checklist
CHECKLIST FEZ NÃO FEZ

1. Apresentou-se e qualificou-se

2. Chama a paciente pelo nome. Usa linguagem


acessível

3. Questionou sobre a quantidade de


sangramento

4. Questionou sobre a dor abdominal

5. Questionou sobre corrimento

6. Questionou sobre febre ou desmaio ou


alteração urinária

7. Solicitou o cartão de pré-natal

8. Solicitou o exame físico geral (cardíaco,


pulmonar…)

9. Solicitou BCF

10. Solicitou exame especular

11. Solicitou toque vaginal

12. Solicitou USG transvaginal

13. Solicitou Hb/Ht

14. Explicou a hipótese diagnóstica: ameaça


de abortamento

15. Acalmou a gestante e informou que o bebê


parecia bem

continua na próxima página 165


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CHECKLIST FEZ NÃO FEZ

16. Indicou imunoglobulina anti-D

17. Explicou adequadamente porque a paciente


necessitava da medicação (“prevenção de
complicações futuras”)

18. Orientou cuidados para toxoplasmose

19. Orientou retorno se sinais de alarme


(qualquer um destes: febre, dor, sangramento,
corrimento, perda de líquido)

Comentários
Rotina da emergência obstétrica: sangramento da primeira metade da gestação.
Percebam que, o que será cobrado de vocês é o atendimento à gestante, incluindo
anamnese e exame físico direcionados para a queixa, chegando ao diagnóstico (ameaça
de aborto), tratamento (indicação de imunoglobulina anti-D) e às orientações necessárias
(não só para o sangramento, mas também para outras condições identificadas ao longo
da estação - como a suscetibilidade à toxoplasmose).

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Descolamento de Prematuro de Placenta (DPP)


Aula: Detalhes por trás de uma complicação gestacional

Onde já apareceu nos últimos anos?


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Checklist
CHECKLIST FEZ NÃO FEZ

1. Apresentou-se e qualificou-se

2. Indagou sobre as características da dor (dor


forte, de início súbito)

3. Perguntou sobre outros comemorativos


obstétricos (sangramento, ausência de perda
de líquido, corrimento, não está notando
movimentação fetal)

4. Questionou uso de drogas

5. Solicitou exame físico geral (REG, descorada,


anictérica, acianótica)

6. Identificou variação da PA entre posição


ortostática e de decúbito

7. Realizou monitorização + explicação para


a paciente

8. Solicitou avaliação cardio-pulmonar


(taquicardia, taquipneia)

9. Solicitou AU (= 34 cm)

10. Solicitou BCF (taquicardia fetal, difícil


localização)

11. Solicitou tônus uterino (endurecido)

12. Solicitou toque vaginal (colo pérvio para


2 cm; medianizado; amolecido, com bolsa
amniótica tensa)

continua na próxima página 167


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CHECKLIST FEZ NÃO FEZ

13. Solicitou HMG, tipagem sanguínea + fator


Rh, coagulograma

14. Solicitou cardiotocografia

15. Diagnosticou DPP

16. Diagnosticou sofrimento fetal

17. Indicou interrupção da gestação por parto


cesáreo

18. Explicou a conduta para a paciente

19. Diagnóstico diferencial: placenta prévia

20. Citou corretamente as 3 características


(sangramento vermelho vivo, útero não
endurecido, abdome indolor, sangramento de
repetição, volume de sangue progressivamente
maior)

21. Fatores de risco possíveis (HAS, trauma,


uso de cocaína, tabagismo, DPP prévio)

Comentários
Outro tema importante nas provas de GO, e que, apesar de não ter sido cobrado nos
últimos 5 anos em uma estação de prova prática, é questão certa nas provas teóricas e
pode muito bem ser adaptado à segunda fase.

O fluxo de pensamento aqui d é muito parecido com o que vocês devem ter ao se
depararem com uma questão de DPP na prova teórica: lembrar desde o reconhecimento
do diagnóstico, fatores de risco, investigar a vitalidade fetal e a conduta obstétrica a ser
tomada para aquela ocasião; não esqueçam, ainda, dos possíveis diagnósticos diferenciais,
com destaque para a placenta prévia, que já foi tema de segunda fase da UNESP Botucatu.

168
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Assistência ao trabalho de parto e partograma


Aula: Assistência padrão-ouro ao trabalho de parto

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-SP 2019
UFES 2019
UFPR 2019
HSL 2018
SCMSP 2018/2016/2015
USP-RP 2017

Checklist
CHECKLIST FEZ NÃO FEZ

1. Apresentou-se adequadamente?

2. Avaliou dinâmica uterina?

3. Solicitou exame físico?

4. Demonstrou interesse em fazer exame de


toque vaginal?

5. Solicitou cardiotocografia?

6. Identificação adequada do partograma?

7. Traçou linha de alerta e linha de ação?

8. Inseriu altura da apresentação corretamente?

9. Inseriu representação de dilatação e


batimentos cardíacos fetais de forma
adequada? (triângulo em 6 cm e BCF 148bpm)

10. Inseriu adequadamente contrações, bolsa


íntegra, líquido amniótico não visualizado e
uso de ocitocina 48ml/h?

11. Diagnóstico correto na primeira


cardiotocografia (categoria 2)

continua na próxima página 169


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CHECKLIST FEZ NÃO FEZ

12. Identificou taquissistolia na


cardiotocografia?
Realizou medidas para melhora de
taquissistolia:

13. Desligou ocitocina?

14. Decúbito lateral?

15. Ofertou oxigênio?

16. Solicitou hidratação?

17. Solicitou nova cardiotocografia após


medidas?

18. Diagnóstico correto na segunda


cardiotocografia (categoria 1)

19. Não indicou parto cesárea?

20. O candidato manteve a condução do


trabalho de parto?

Comentários
Checklist de uma das mais importantes aulas do CRMedway, saibam que é muito provável
que vocês encontrem uma questão de partograma em alguma prova este ano. Não dá para
vacilar!
Para ir bem numa estação dessas é importante: saber avaliar uma cardiotocografia e
vitalidade fetal, saber preencher adequadamente um partograma e orientar a paciente
sobre as condutas tomadas.
Dica: treinar exaustivamente até perceber que está dominando o tema!

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Nódulo de mama
Aula: Nódulo mamário - o que fazer?

Onde já apareceu nos últimos anos?


CERMAM 2019
INC 2019
UNIFESP 2018
UFPR 2018
USP-SP 2017
UNICAMP 2016

Checklist
CHECKLIST FEZ NÃO FEZ

1. Apresentou-se adequadamente?

2. Fez história clínica direcionada para o


nódulo mamário

3. Perguntou sobre antecedentes familiares de


câncer de mama e ovário?

4. Perguntou sobre antecedentes menstruais?

5. Perguntou sobre antecedentes obstétricos?

6. Solicitou exame físico mamário (inspeção


estática e dinâmica, avaliação de linfonodos
axilares, infra e supraclaviculares e fluxo
papilar)?

7. Solicitou exame de palpação de mama com


características a serem observadas no nódulo?

8. Solicitou mamografia?

9. Não pediu ultrassonografia de mama?

10. Não pediu ressonância nuclear magnética?

11. Não fez biópsia?

continua na próxima página 171


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CHECKLIST FEZ NÃO FEZ

12. Orientou a paciente sobre resultado de


mamografia (provavelmente benigno)?

13. Orientou conduta de seguimento pós


resultado de mamografia BI-RADS 3 (nova
mamografia em 6 meses)?

Comentários
Mastologia é uma área que sempre é exigida nas provas teóricas e práticas de residência,
desde o mais “básico”, como o exame de mamas, até a abordagem frente a um nódulo
mamário, como é o caso dessa nossa estação.
Como complemento, é fundamental saber interpretar uma mamografia e o tratamento
adequado. Essa é outra estação clássica das provas, galera!

172
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Colpocitologia oncótica
Aula: O exame preventivo (e suas nuances)

Onde já apareceu nos últimos anos?


UNIFESP 2019
EMESCAM 2018
SCMSP 2017
UFPR 2017

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se adequadamente?

2. Solicita identificação da paciente?

3. Solicitou presença de acompanhante na


sala?

4. Explica e pede autorização à paciente para


realizar o procedimento?

5.O rientou à paciente que deve estar em


posição ginecológica?

6. Mencionou a necessidade do uso de luvas?

7. Solicitou a lâmina?

8. Identificou com o nome da paciente?

9. Solicitou espéculo?

10. Solicitou brush?

11. Solicitou espátula de Ayres?

12. Solicitou foco de luz?

13. Solicitou fixador de lâmina?



continua na próxima página 173
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CHECKLIST SIM NÃO

14. Solicitou frasco coletor?

15. Orientou corretamente a coleta: primeiro


ectocérvice e depois endocérvice?

16. Finalizou retirando o espéculo fechado?

17. Orientou retorno para pegar resultado?

18. Respondeu que a coleta deve ser iniciada


aos 25 anos?

19. Respondeu que a coleta pode ser


interrompida aos 64 anos?

20. Respondeu que a coleta pode ser trienal


após 2 consecutivos inalterados?

Comentários
Saber como fazer o famoso “exame preventivo” (Papanicolau) é quase que uma “obrigação”
antes de uma prova prática de Ginecologia.
Leiam com atenção nosso checklist, anotem todos os itens necessários para poder fazer
o procedimento e, por fim, é importante que vocês relembrem aspectos teóricos do
rastreamento de câncer de colo uterino e quais condutas deverão ser tomadas a partir de
cada resultado do exame.

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Pré-natal e sífilis gestacional


Aula: Um pré-natal ideal

Onde já apareceu nos últimos anos?


HSL 2019
UFES 2019
CERMAM 2018
UNICAMP 2016
USP-SP 2015
Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se adequadamente?

2. Perguntou sobre antecedentes pessoais?

3. Perguntou sobre paridade, antecedentes


obstétricos e ginecológicos?

4. Solicitou cartão de vacinação?

5. Perguntou sobre queixas iniciais?

6. Solicitou exame físico?

7. Perguntou sobre dúvidas relacionadas a


gestação?

8. Solicitou exames de rotina de 1º trimestre?

9. Solicitou todos os exames de rotina de


1º trimestre adequadamente? hemograma;
tipagem sanguínea + Rh; glicemia de jejum;
sorologias: toxoplasmose, sífilis, HIV e
hepatite B; urina tipo 1 e urocultura

10. Interpretou resultado de VDRL positivo

11. Perguntou sobre lesão vulvar?

12. Prescreveu penicilina benzatina?

continua na próxima página 175


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CHECKLIST SIM NÃO

13. Prescreveu de forma correta (IM, 2,4


milhões UI, 3 doses, intervalo de 1 semana)

14. Convocou o parceiro para tratamento?

15. Explicou adequadamente sobre forma


de transmissão (doença sexualmente
transmissível)?

16. Orientou seguimento mensal para controle


de cura?

17. Notificou?

18. Tirou dúvidas em relação à via de parto?

19. Prescreveu ácido fólico?

20. Orientou vacinação para influenza?

Comentários
Quando as bancas exigirem que uma consulta seja realizada (seja puericultura, consulta
de rotina ou pré-natal) é necessário que vocês sigam a estrutura de forma sistemática para
que não haja confusão e perda de tempo.
Cada uma terá suas particularidades e provavelmente haverá algum exame alterado ou
queixa do paciente para ser solucionada.

Em pré-natal, não esqueçam de: pedir cartão de vacinação e o cartão de pré-natal,


solicitar exames pertinentes à idade gestacional, definir condutas apropriadas ao caso
(com comunicação efetiva ao paciente) e marcar retorno.

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Violência sexual
Conduzindo uma estação de violência contra a mulher

Onde já apareceu nos últimos anos?


UFPR 2017
USP-RP 2016
UNESP 2016
UNICAMP 2015

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se adequadamente?

2. Perguntou nome da paciente?

3. Mostrou empatia?

4. Perguntou sobre doenças sexualmente


transmissíveis prévias?

5. Perguntou sobre os antecedentes


patológicos?

6. Solicitou cartão vacinal?

7. Solicitou exame físico?

8. Perguntou se utiliza método contraceptivo?

9. Solicitou exames (HIV, VDRL, sorologia


para hepatites B e C)

10. Indicou contracepção de emergência?

11. Indicou quimioprofilaxia para HIV?

12. Prescreveu penicilina benzatina (1,2


milhões UI, IM, em cada nádega)?

13. Prescreveu ceftriaxona 500mg, IM, dose


única?

continua na próxima página 177


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CHECKLIST SIM NÃO

14. Prescreveu azitromicina 1g, VO, dose


única?

15. Indicou vacinação para hepatite B?

16. Indicou vacinação para tétano?

17. Ofereceu encaminhamento para apoio


psicossocial?

18. Orientou sobre, em caso de gestação, ter


possibilidade de interrupção até 20 semanas?

19. Ofertou realização de boletim de


ocorrência, porém sem obrigatoriedade para
realização de atendimento?

20. Realizou notificação compulsória


imediata?

Comentários
Violência à mulher (seja física, psicológica ou sexual - que envolve as duas últimas) é um
assunto que nunca deixa de ser atual!
O segredo aqui é vocês lembrarem desde o mais “básico” - como acolher a paciente e
ter empatia, obter informações sobre o estado sorológico prévio do agressor e da vítima
e orientar as profilaxias corretas das principais doenças sexualmente transmissíveis.
Adicionalmente, é importante manter seguimento multiprofissional e clínico.
Não caiam na “pegadinha” em relação ao Boletim de Ocorrência - ele não é obrigatório,
mas deve ser oferecido. A notificação, por sua vez, deverá ser feita.

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Amniorrexe prematura
(pré-natal + manobras de Leopold)
Checklist oficial CERMAM 2018

Onde já apareceu nos últimos anos?


CERMAM 2018

Descrição de caso clínico: Você é o(a) médico(a) de uma Unidade Básica de Saúde de
uma cidade do interior do Amazonas, e atenderá uma paciente gestante, de 26 anos de
idade, que faz pré-natal na Unidade e está relatando que “saiu um líquido estranho” na
roupa íntima há aproximadamente 2 horas.

Tarefas:
Tarefa 01: Faça o atendimento à gestante, determinando o provável diagnóstico e
realizando as condutas pertinentes para o caso.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Solicitou o cartão pré-natal?

2. Leu o cartão pré-natal, questionou sobre


a data da última menstruação e/ou USG
do primeiro trimestre para avaliar idade
gestacional?

3. Questionou sobre o tempo que está


perdendo o líquido?

4. Questionou sobre a quantidade, coloração e


odor do líquido?

5. Questionou sobre sinais de infecção (febre


e mal-estar)?

6. Mediu o fundo uterino (primeira manobra)?

7. Realizou as outras manobras de Leopold


(segunda e terceira manobras)?

continua na próxima página 179


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CHECKLIST SIM NÃO

8. Auscultou o BCF?

9. Realizou o exame especular adequadamente


(introduziu o espéculo obliquamente, observou
o líquido, retirou o espéculo adequadamente
- o candidato deverá fechar o espéculo,
rotacionar e remover após o avaliador mostrar
a foto do exame)?

10. Acertou o diagnóstico de amniorrexe


prematura?

Comentários
As manobras de Leopold e amniorrexe prematura são temas facilmente reprodutíveis e,
por esse motivo, são cobradas. Nesta estação da CERMAM 2018, houve uma junção dos
temas.
A grande mensagem aqui é para vocês terem em mente a execução das manobras (e
interpretar cada uma delas), além de saberem conduzir o caso de uma paciente com
suspeita de amniorrexe prematura.

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Câncer de Ovário
Checklist Oficial UFG 2019

Onde já apareceu nos últimos anos?


UFG 2019

Descrição de caso clínico: Paciente do sexo feminino, de 70 anos, comparece em


consulta relatando constipação intestinal e aumento do volume abdominal há 1 mês.
Traz consigo ultrassonografia transvaginal, com o seguinte laudo:
“ovário direito apresentando massa multiloculada com septações finas e numerosas,
com conteúdo ecogênico variando entre os vários compartimentos da massa”.

Tarefas:
Tarefa 01: Realize a consulta da paciente, citando a hipótese diagnóstica mais provável.
Tarefa 02: Cite diagnósticos diferenciais para o caso
Tarefa 03: Cite fatores de risco para a doença
Tarefa 04: Explique como deve ser feito o diagnóstico, solicitando exames laboratoriais
que julgar necessários e qual é o tratamento mais preconizado.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Cumprimentou e fez contato visual com a


paciente?

2. Apresentou-se para a paciente?

3. Citou a provável hipótese diagnóstica


(câncer/carcinoma de ovário maligno)?
Obs: neoplasia/tumor de ovário (sem
especificar maligno) = 0,5 pontos.

4. Citou três ou mais diagnósticos diferenciais?

5. Citou cinco ou mais exames complementares?


Aceitar: TC ou RM / marcadores tumorais /
CA-125 / CEA / USG de abdome / endoscopia
digestiva alta / gama-GT / TGO / TGP /
colonoscopia / bilirrubinas / radiografia de
tórax

continua na próxima página 181


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CHECKLIST SIM NÃO

6. Citou cinco ou mais fatores de risco para a


doença?
Aceitar: idade avançada / obesidade / mama
densa / antecedente familiar/síndrome de
Lynch II / menopausa tardia / baixa paridade
/ ingesta excessiva de gordura animal /
população judaica Ashkenazi / infertilidade
/ drogas indutoras da ovulação / mutações
genéticas / baixos níveis de alfa L-fucosidase.

7. Citou pelo menos três fatores de proteção?

8. Citou que o diagnóstico deve ser feito


por meio de laparotomia exploradora e
anatomopatológico do material retirado da
cirurgia?

9. Mencionou cirurgia e quimioterapia como


opções terapêuticas?

10. Citou o provável tipo histológico do tumor


(carcinoma epitelial/seroso)?

Comentários
Nesta estação da UFG de 2019, a banca conseguiu adaptar neoplasia de ovário em uma
prova prática.
A abordagem é exatamente igual a uma consulta ambulatorial: relembrar os principais
fatores de risco e de proteção da doença, os tipos histológicos mais comuns, como é feito
o diagnóstico, estadiamento e tratamento.

182
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Dispositivo Intrauterino (DIU)


Checklist Oficial USP-RP 2019

Onde já apareceu nos últimos anos?


USP-RP 2019
UFES 2018
UFPR 2015

Descrição de caso clínico: Primigesta de 36 semanas vem à consulta na Unidade Básica


de Saúde para tirar dúvidas sobre anticoncepção após o parto, especificamente sobre
a colocação de dispositivo intrauterino (DIU). Ela gostaria de saber: se é possível
colocá-lo após o parto, mesmo este sendo cesárea; se há risco de infecção; se existe
a possibilidade de expulsar; se há contraindicações; se pode gerar infertilidade; se
prejudicará a amamentação.

Tarefas:
Tarefa 01: Faça o acolhimento da paciente, sanando as dúvidas elencadas por ela.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Estabeleceu relação médico-paciente.


Utilizou linguagem adequada

2. Orientou sobre a possibilidade de colocar o


DIU no puerpério imediato

3. Orientou sobre o momento de colocação no


puerpério

4. Orientou que pode ser colocado


independente da via de parto

5. Orientou sobre as possibilidades de expulsão


e chances

6. Orientou corretamente sobre risco de


infecção após colocação do DIU

7. Explicou sobre ausência de interferência na


fertilidade futura

continua na próxima página 183


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CHECKLIST SIM NÃO

8. Orientou sobre não influenciar a


amamentação

9. Explicou quais as situações que impediriam


a sua colocação no puerpério imediato
(pelo menos 2): bolsa rota há mais de 18
horas porque o risco de infecção é maior,
corioamnionite, sangramento puerperal
imediato não controlado, laceração vaginal
extensa, sepse puerperal

10. Perguntou se tinha alguma dúvida? (checou


se a paciente entendeu a orientação)

Comentários
Se teve uma estação na prova prática da USP-RP de 2019 que causou dificuldade para os
candidatos, definitivamente foi esta! Não pelo tema em si - DIU - mas, sim, porque é um
assunto que muitas vezes pode acabar sendo negligenciado na hora dos estudos, pois o
mais comum mesmo é focarmos nos métodos anticoncepcionais hormonais.
Em prova prática a criatividade da banca é sem limites e, definitivamente, qualquer
assunto pode ser cobrado (apesar de não ser algo comum).

184
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Dengue na Gestação
Checklist Oficial REVALIDA 2016

Onde já apareceu nos últimos anos?


REVALIDA 2016

Descrição de caso clínico: Gestante de 32 semanas, com relato de viagem há 15 dias


para o Rio de Janeiro, comparece ao Pronto Atendimento que você trabalha com queixa
de adinamia, febre alta e náuseas.

Tarefas:
Tarefa 01: Inicie a consulta com a paciente, fazendo questionamentos pertinentes ao
caso clínico.
Tarefa 02: Faça o exame físico direcionado da paciente.
Tarefa 03: Cite a hipótese diagnóstica mais provável e exames que corroborem a sua
hipótese.
Tarefa 04: A gestante demonstra estar apreensiva com o diagnóstico recebido, e gostaria
de saber qual é o tratamento mais adequado, se há riscos para a sua gestação (se sim,
quais) e se necessita internação hospitalar.

Checklist
ANAMNESE SIM PARCIAL NÃO

1. Investiga a febre, caracterizando, pelo


menos, tempo de início ou duração e
intensidade
(Adequado: se investigar os dois itens.
Parcialmente adequado: se investigar um)

2. Investiga a ocorrência de exantema

3. Investiga a ocorrência de sintomas


articulares, como artralgia, edema articular ou
limitação funcional

4. Investiga os seguintes sintomas: cefaleia,


mialgias, dor retro-orbitária, adinamia,
prostração
(Adequado: dois ou mais sintomas.
Parcialmente adequado: um sintoma)
continua na próxima página 185
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EXAME FÍSICO SIM PARCIAL NÃO

5. Investiga sinais de alarme: dor abdominal,


vômitos persistentes, hipotensão postural,
lipotímia, sonolência, diminuição da diurese,
irritabilidade, desconforto respiratório
(Adequado: dois ou mais sinais. Parcialmente
adequado: um sinal)

6. Pesquisa ocorrência de sangramento:


epistaxe, hemorragias de pele, gengivorragia,
hemorragia conjuntival, hematêmese, melena,
sangramento vaginal, hematúria
(Adequado: duas ou mais ocorrências.
Parcialmente adequado: uma ocorrência)

7. Interroga se está fazendo pré-natal


Exame físico

8. Verbaliza a necessidade de verificar a


pressão arterial

9. Verbaliza a necessidade de verificar a


frequência cardíaca

10. Verbaliza a necessidade de realizar exame


físico do abdome

11. Verbaliza a necessidade de exame físico


gineco-obstétrico

12. Verbaliza a necessidade de realizar a prova


do laço e informa que o resultado está normal
(Adequado: se verbalizar a necessidade
de realização e informar que está normal.
Parcialmente adequado: se apenas verbalizar
a necessidade de realização)

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E EXAMES COMPLEMENTARES SIM PARCIAL NÃO

13. Informa que é grande a probabilidade do


diagnóstico ser dengue
(Não aceitar virose ou quadro viral ou síndrome
viral)

continua na próxima página 186


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HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E EXAMES COMPLEMENTARES SIM PARCIAL NÃO

14. Apresenta outras hipóteses diagnósticas


como zika ou chikungunya
(Adequado: se citar as duas hipóteses.
Parcialmente adequado: se citar apenas uma)

15. Solicita exames específicos para dengue:


sorologia IgG e IgM (ELISA) OU isolamento
viral (RT-PCR, imunohistoquímica ou NS1) -
todas por amostra de sangue

16. Solicita exame específico para zika e


chikungunya. Não é necessário especificar a
técnica do exame.
(Adequado: se solicitar os dois exames.
Parcialmente adequado: se citar apenas um).

17. Solicita hemograma

ORIENTAÇÃO E CONDUTA SIM PARCIAL NÃO

18. Responde que existe o risco de transmissão


vertical (infecção passar da mãe para o bebê)

19. Com relação aos riscos para o binômio


materno-fetal, responde os seguintes: aborto,
trabalho de parto pré-termo, restrição de
crescimento fetal, baixo peso ao nascer,
hemorragias e acometimento neurológico
(Adequado: dois ou mais riscos. Parcialmente
adequado: um risco)

20. Orienta hidratação por via oral: 80ml/kg/


dia
(Adequado: se especifica volume da hidratação
entre 4,5 e 5 litros/dia. Parcialmente adequado:
se faz orientação genérica sem especificar
volume)

21. Orienta uso de sintomáticos: analgésicos e


antitérmicos - paracetamol/dipirona
(Considerar não realizado se prescrever
AAS ou anti-inflamatórios não hormonais
como cetoprofeno, ibuprofeno, diclofenaco,
nimesulida)

continua na próxima página 187


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ORIENTAÇÃO E CONDUTA SIM PARCIAL NÃO

22. Verbaliza a necessidade de notificação de


caso suspeito

23. Responde que não há necessidade de


internação hospitalar e indica acompanhamento
ambulatorial e/ou retorno para reavaliação
(Adequado: se responder “não” e indicar
acompanhamento. Parcialmente adequado:
se apenas responder que não há necessidade
de internação hospitalar. Não realizado: se
indicar internação hospitalar)

Comentários
Dengue na gestação não é algo comum para ser exigido em uma prova prática de GO.
Mas, não se assustem: a abordagem frente a essa situação foi muito parecida com a de
um paciente geral com suspeita de dengue.
Vejam que o checklist cobrado pelo REVALIDA de 2016 contempla desde os passos iniciais,
com uma anamnese e exame físico bem feitos, até a definição de tratamento. Mas, ao
notar que essa estação era de gineco-obstetrícia, o candidato deveria realizar a avaliação
obstétrica e da vitalidade fetal, finalizando com orientações sobre os riscos fetais.

188
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Trabalho de parto
Checklist Extra

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USP-SP 2019
UFES 2019
UFPR 2019
SCMSP 2018/2016/2015
HSL 2018
USP-RP 2017

Descrição de caso clínico: Mulher de 23 anos de idade G2 P1N A0, vem ao PS da


obstetrícia com queixa de contrações há 2 horas. O pré natal foi feito neste mesmo
hospital e está todo correto, as sorologias da paciente são todas negativas, a cultura de
35 semanas foi negativa.
Exame físico geral: BEG, corada, hidratada, anictérica, acianótica, afebril, eupneica;
FC: 72 bpm, PA: 110x70mmHg; semiologia cardíaca e pulmonar sem alterações; edema
de +/4+ em tornozelos.

Tarefas
Tarefa 01: Faça o atendimento inicial e dê a conduta.
Após 8 horas de evolução, o interno lhe entrega o partograma que ele havia preenchido,
já cansado de esperar pelo parto.

Tarefa 02: Analise o partograma e dê o diagnóstico e a conduta.

continua na próxima página 189


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Checklist
TAREFA 1 SIM PARCIAL NÃO

1. Se apresentou ao paciente, se qualificou

2. Solicitou pré-natal e exames prévios

3. Informou corretamente IG (39 semanas)

4. Perguntou frequência das contrações

5. Perguntou sobre perda de líquido ou


sangramento

6. Perguntou sobre cefaléia, escotomas e


epigastralgia

7. Perguntou sobre complicações na gestação

8. Perguntou hora de início das contrações

9. Avaliou estado geral

10. Avaliou parâmetros clínicos

11. Avaliou altura uterina

12. Avaliou BCF

13. Avaliou dinâmica uterina

14. Realizou especular e amnioscopia

15. Realizou toque vaginal

continua na próxima página 190


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TAREFA 1 SIM PARCIAL NÃO

16. Solicitou cardiotocografia

17. Avaliou bacia

18. Abriu o partograma

19. Indicou condução de parto e internação

20. Orientou reavaliação cada 30 min

TAREFA 2 SIM PARCIAL NÃO

21. Citou o diagnóstico correto: distócia


funcional de hipoatividade secundária?

22. Indicou amniotomia?

23. Indicou ocitocina?

24. Indicou oxigênio?

25. Orientou repouso?

Comentários
Como falamos, trabalho de parto com interpretação de partograma e cardiotocografia cai
praticamente todo ano em alguma grande instituição, e, portanto, estes assuntos devem
ser estudados muito bem.
Esse checklist traz um bom modelo de como iniciar uma estação de trabalho de parto até
a definição de conduta.

191
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Anticoncepcional hormonal combinado oral


Checklist Extra
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EMESCAM 2019

Descrição de caso clínico: Paciente de 18 anos de idade, do sexo feminino, vai à consulta
em Unidade Básica de Saúde relatando ser ativa sexualmente e gostaria de saber se
poderia iniciar o uso de anticoncepcional hormonal combinado oral.

Tarefas
Tarefa 01: Realize a consulta e dê as orientações pertinentes ao caso para a paciente.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a paciente

2. Investiga a data da última menstruação e


regularidade dos ciclos

3. Questiona sobre o uso de medicamentos de


uso contínuo (incluindo fitoterápicos)

4. Questiona sobre comorbidades como


hipertensão arterial sistêmica e epilepsia

5. Investiga antecedentes pessoais de


tromboembolismo venoso

6. Questiona sobre vícios (tabagismo)

7. Questiona sobre antecedente obstétrico

8. Investiga sobre antecedente patológico


pregresso de doenças sexualmente
transmissíveis

9. Informa que paciente pode fazer uso da


pílula anticoncepcional hormonal combinada

continua na próxima página 192


Licensed to Danilo Ferreira de Sousa - Email: dannilo.ml@gmail.com - Document: 060.761.824-82

CHECKLIST SIM PARCIAL

10. Orienta que a paciente deve iniciar o 1º


comprimido no 1º dia do ciclo menstrual

11. Orienta que a paciente deve ingerir 1


comprimido por dia, no mesmo horário
preferencialmente, até o término da cartela

12. Orienta que se esquecer de tomar 1 pílula,


deve tomar imediatamente a pílula esquecida
e a pílula regular no horário habitual, seguindo
a cartela normalmente

13. Orienta que se esquecer de tomar 2 ou


mais pílulas, deve tomar imediatamente 1
pílula, continuar a cartela e usar método
anticoncepcional extra (como método de
barreira) ou abstinência sexual por 7 dias

14. Orienta que pode ocorrer sangramentos de


escape (spotting) nos primeiros meses de uso

15. Orienta que se a menstruação não ocorrer


dentro do intervalo entre as cartelas, a
paciente deve procurar um serviço de saúde
para descartar gestação

Comentários
Situação rotineira para quem trabalha em Unidade Básica de Saúde: paciente jovem
com desejo de iniciar o uso de anticoncepcional hormonal combinado oral. Neste
caso, o objetivo era essencialmente fazer uma anamnese com a paciente para descartar
contraindicações, investigar comorbidades e, por fim, orientá-la quanto ao uso correto da
medicação, sanando as principais dúvidas sobre o assunto.

193
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Pré-eclâmpsia
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
USP-SP 2016

Descrição de caso clínico: Paciente com 24 anos de idade, secundigesta, idade gestacional
de 33 semanas e 6 dias, comparece ao Pronto Atendimento Obstétrico preocupada pois
foi à farmácia perto da sua casa aferir a pressão arterial e constatou que a mesma estava
170x105mmHg. No momento, queixa-se de náuseas e “visão dupla”.
Ao exame físico: REG, hipocorada 1+, hidratada, afebril. PA 185x110mmHg, FC 110
bpm, FR 22 irpm, SpO2 94% em ar ambiente.

Tarefas
Tarefa 01: Faça o primeiro atendimento à paciente, citando qual o diagnóstico etiológico
mais provável e as próximas condutas.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a paciente

2. Questionou sobre a realização de pré-natal?

3. Solicitou a carteira de gestante?

4. Questionou sobre níveis pressóricos durante


a prenhez?

5. Questionou acerca de sinais/sintomas como


cefaleia, escotomas, epigastralgia, vômitos?

6. Investigou intercorrências obstétricas na


gravidez?

7. Perguntou sobre antecedentes patológicos


pregressos da paciente?

8. Perguntou sobre uso de medicações antes e


durante a gestação?

continua na próxima página 194


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CHECKLIST SIM NÃO

9. Solicitou exame físico gineco-obstétrico?

10. Avaliou os reflexos tendinosos profundos?

11. Citou o diagnóstico mais provável - pré-


eclâmpsia grave?

12. Indicou internação?

13. Solicitou proteinúria em fita?

14. Solicitou hemograma, função renal, função


hepática e LDH?

15. Prescreveu sulfato de magnésio e citou


algum protocolo (Pritchard/Zuspan)?

16. Indicou hidralazina?

17. Indicou corticoterapia?

18. Citou sinais de possível intoxicação por


sulfato de magnésio?

19. Estabiliza a paciente e avalia a melhor via


de parto?

Comentários
Embora seja mais comum nas questões teóricas, o tema pré-eclâmpsia foi há pouco tempo
abordada na USP-SP. Aqui, a nossa dica é vocês seguirem o roteiro que preparamos
neste checklist, o qual abordou desde a anamnese com o paciente, até o diagnóstico e o
tratamento.

195
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Exame de mamas
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
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Descrição de caso clínico: Paciente do sexo feminino, 30 anos, vai à consulta em


Unidade Básica de Saúde do seu bairro mostrando-se aflita e ansiosa pois sua tia de 60
anos fora diagnosticada há uma semana com câncer de mama.

Tarefas
Tarefa 01: Demonstre, com base na semiologia, como deve ser realizado o exame
físico das mamas.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a paciente?

2. Explica e pede autorização para a paciente


para realizar o exame físico

3. Solicita alguma profissional de saúde da


Unidade Básica de Saúde para acompanhar o
exame

4. Lava as mãos antes do exame

5. Posiciona a paciente sentada

6. Expõe ambas as mamas e realiza a inspeção


estática (tamanho, forma, textura, simetria,
mamilos, abaulamentos, retrações, lesões e
discromia)

7. Realiza a inspeção dinâmica (1º mãos na


cintura, 2º braços a 90º, 3º braços a 180º)

8. Palpa linfonodos (supraclavicular,


infraclavicular e axilar)

continua na próxima página 196


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CHECKLIST SIM NÃO

9. Deita a paciente e posiciona as mãos dela


atrás da cabeça

10. Realiza a palpação de cada uma das mamas


(Velpeaux, Bloodgood e cauda de Spencer)

11. Investiga presença de descarga papilar

12. Solicita que paciente vista suas roupas


novamente e orienta paciente

Comentários
Exame físico das mamas é um tema que, na maioria das estações, virá relacionado a um
nódulo mamário, mas fizemos questão de elaborar essa estação e checklist extras para
reforçar a sequência semiológica. Aproveitem!

197
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Síndrome dos ovários policísticos (SOP)


Checklist Extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


UNICAMP 2018

Descrição de caso clínico: J.S.R., 21 anos, sexo feminino, vem à consulta queixando-se
de irregularidade menstrual há 2 anos. Ao exame físico: BEG, corada, hidratada. PA
140x90mmHg, FC 85 bpm, FR 20 irpm, SPO2 96% em ar ambiente, altura 1,64m, peso
82kg. Índice de Ferriman-Gallwey: 3.

Tarefas
Tarefa 01: Realize a consulta com a paciente, citando o diagnóstico mais provável, o
tratamento e solicitando exames complementares se julgar necessário.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a paciente?

2. Questiona data da última menstruação

3. Questiona padrão dos ciclos menstruais

4. Investiga uso de métodos anticoncepcionais

5. Investiga comorbidades prévias da paciente

6. Questiona sobre acne, hirsutismo, alopecia


e ganho de peso (satisfatório: se citar 2 ou
mais)

7. Investiga história familiar ou pessoal de


infertilidade

8. Questiona sobre vícios (tabagismo, etilismo)

9. Realiza exame físico ginecológico

10. Solicitou beta-HCG?

continua na próxima página 198


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CHECKLIST SIM NÃO

11. Solicitou TSH, FSH, prolactina e LH?


(satisfatório: se citar 3 ou mais)

12. Solicitou USG transvaginal?

13. Cita que o diagnóstico de síndrome dos


ovários policísticos é o mais provável?

14. Orientou paciente a realizar atividade


física, modificar a dieta e a perder peso?

15. Prescreveu anticoncepcional oral hormonal


combinado para ajuste do ciclo menstrual?

16. Orientou retorno precoce para reavaliação


e seguimento?

Comentários
SOP, nos últimos 5 anos, foi cobrado apenas pela UNICAMP, e na verdade como
diagnóstico diferencial de microadenoma hipofisário, não como diagnóstico final da
estação, mas justamente por não ter a “tradição” de outros assuntos da ginecologia já
comentados aqui na Bíblia, acabou pegando muitos candidatos de surpresa. Preparamos
este checklist especialmente para vocês “amarrarem” de vez os principais conceitos de
SOP e gabaritarem uma eventual estação disso na prova de vocês! :-)

199
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Vaginose bacteriana
Checklist Extra

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UFES 2019

Descrição de caso clínico: Jessica, 19 anos de idade, é atendida por você em um Pronto
Atendimento, referindo corrimento há 5 dias.

Tarefas
Tarefa 01: Faça a consulta com a paciente, explicando qual o provável diagnóstico
etiológico e o tratamento para a sua condição.
Tarefa 02: Após saber do possível diagnóstico, a paciente questiona se o seu parceiro
necessita fazer o tratamento também.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a paciente?

2. Investiga característica do corrimento


vaginal (cor, odor, prurido, volume)

3. Questiona a respeito de dispareunia

4. Questiona sobre sintomas urinários


associados (disúria, polaciúria)

5. Questiona sobre a ocorrência de febre

6. Investiga a presença de rash cutâneo


associado

7. Investiga sexualidade (nº de parceiros) e/


ou história prévia de doenças sexualmente
transmissíveis

8. Questiona data da última menstruação

9. Questiona sobre uso de métodos


anticoncepcionais de barreira
continua na próxima página 200
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CHECKLIST SIM NÃO

10. Investiga sobre antecedentes patológicos e


obstétricos prévios

11. Realiza o exame físico ginecológico (exame


especular e toque vaginal bimanual)

12. Descreve a característica do corrimento


encontrado: acinzentado / homogêneo / fétido

13. Realiza coleta de material para exame à


fresco e Whiff-Test

14. Cita o diagnóstico etiológico: vaginose


bacteriana

15. Esclarece que o parceiro não precisa tratar


também

16. Prescreve metronidazol 400mg, via oral,


12/12h, por 7 dias

17. Orienta uso de anticoncepcional

Comentários
Investigação de leucorreia é tema muito factível de ser cobrado pois, para chegar ao
diagnóstico, há uma série de diagnósticos diferenciais que vão sendo excluídos ao
longo da anamnese, exame físico e testes à beira-leito (que, apesar de não termos tanta
disponibilidade na prática diária, quando tratamos de prova prática, irão cobrar dar um
jeito de cobrá-los).
Ah, atenção para isso: em prova prática não há limite de verba, de logística ou de recursos
humanos - solicite tudo o que você considerar necessário para ter a melhor condução do
caso.

201
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Colocação de DIU
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
UFPR 2015

Descrição de caso clínico: Paciente de 28 anos, GII PII deseja utilizar como método
anticoncepcional um Dispositivo Intra-Uterino (DIU). Após a consulta e exame
ginecológico, a paciente não apresenta nenhuma contra-indicação para uso de método
anticoncepcional e possui um exame de ultrassonografia pélvica normal realizado há
cerca de 3 meses. Relata ter menstruado a última vez há cerca de 2 semanas e utiliza
atualmente contraceptivo hormonal oral combinado de maneira regular. Com relação
ao caso clínico, responda:

Tarefas
Tarefa 01: Existe contra-indicação para a colocação imediata do DIU?
Tarefa 2: Simule a colocação do DIU.
Tarefa 3: Um mês após a colocação do DIU, a paciente retorna para a consulta apreensiva,
pois leu na internet que a utilização do mesmo aumenta o risco de infecção uterina,
principalmente após um ano de uso. Como você orientará esta paciente?

Checklist
TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Explicou que não há contra-indicação à


colocação do DIU

TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

2. Realizou a histerometria

3. Ajustou o anel de medição (ou haste móvel


azul do DIU) à histerometria e colocou as
hastes laterais do DIU dentro do aplicador

4. Ajustou o êmbolo encostando na


extremidade inferior do DIU (se já estiver
ajustado no item anterior, não é necessário
novo ajuste)

continua na próxima página 202


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TAREFA 2

5. Inseriu o sistema de colocação até que o


anel de medicação toque o colo

6. Segurando o êmbolo, recolheu o aplicador ADEQUADO INADEQUADO


até liberar o DIU, obedecendo a técnica de
recolhimento

7. Retirou o êmbolo

8. Retirou o aplicador

TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

9. O candidato deverá identificar que a


informação está incorreta. A paciente deverá
ser tranquilizada, pois o maior risco de
infecção é no primeiro mês após a colocação
do DIU. Após o primeiro mês não existe um
aumento de risco significativo.

Comentários
Esta foi a estação que caiu na prova de ginecologia da UFPR em 2015, cobrando
essencialmente a colocação do dispositivo intrauterino (DIU), um assunto que,
convenhamos, é pouco visto na nossa graduação. Vale à pena ler com atenção o checklist
(que foi o fornecido pela banca) para aprender mais sobre o assunto!

203
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Colpocitologia oncótica 2
Checklist Extra
Onde já apareceu nos últimos anos?
UNESP 2018

Descrição de caso clínico: Dona Maria, 52 anos de idade, comparece à Unidade Básica
de Saúde que você trabalha para “fazer o preventivo do ano” (sic). Assintomática no
momento, sem história pregressa ou familiar de neoplasia de colo uterino.

Tarefas
Tarefa 01: Demonstre como é a técnica correta de realizar o exame colpocitológico
oncótico.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a paciente?

2. Explica e pede autorização da paciente para


realizar o procedimento

3. Solicita a presença da auxiliar de enfermagem

4. Solicita que a paciente esvazie a bexiga e


coloque o avental

5. Escreve o nome da paciente na parte fosca


da lâmina

6. Solicita que a paciente mantenha a posição


ginecológica e cobre a vulva

7. Lava as mãos e descobre a vulva

8. Liga o foco de luz, ilumina a genitália e calça


luvas de procedimento

9. Realiza inspeção estática e dinâmica da


vulva (manobra de Valsalva)

continua na próxima página 204


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CHECKLIST SIM NÃO

10. Faz a palpação da vulva (linfonodos


inguinais, glândulas de Bartholin e Skene)

11. Introdução do espéculo de Collins,


obliquamente e sem lubrificante

12. Após introduzir, roda o espéculo,


deixando-o na horizontal

13. Com parte chanfrada da espátula de Ayre,


coleta material da ectocérvice (360º)

14. Faz esfregaço próximo a região fosca da


lâmina (sentido transversal)

15. Com o cytobrush, coleta o material da


endocérvice (360º)

16. Faz o esfregaço no ⅔ inferior da lâmina


(sentido longitudinal)

17. Fixação da lâmina com álcool 96º e coloca


no recipiente

18. Retira luva não dominante, lubrifica luva


dominante e realiza toque bimanual

19. Solicita para a paciente se vestir e retornar


para as orientações

20. Solicita formulário para coleta de


colpocitologia

21. Pergunta se a paciente tem alguma dúvida,


orienta sobre a possibilidade de pequeno
sangramento após o procedimento e marca
retorno com resultado do exame

Comentários
Para finalizar gineco-obstetrícia, deixamos um checklist com vários detalhes adicionais
para estação de coleta de material para citologia oncótica.
Lembrando que, na ginecologia, esse é um dos procedimentos mais solicitados pelas
bancas - precisa ir para a prova sabendo!

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CAPÍTULO VI

PEDIATRIA
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Pediatric Advanced Life Support (PALS)


O Algoritmo do PALS

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USP-SP 2019
SCMSP 2019
UFPR 2016
HIAE 2016
USP-RP 2016

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se

2. Se definiu como médico

3. Solicitou exame físico do paciente

4. Higienizou mãos e calçou luvas

5. Tentou visualizar o corpo estranho na via


aérea

6. Realizou manobra de 5 tapas no dorso e 5


compressões torácicas com técnica adequada

7. Repetiu a manobra de desobstrução

8. Chamou ajuda

9. Pediu para a mãe sair da sala de reanimação

10. Indicou a RCP e mencionou técnica para 1


socorrista (30 C : 2 V)

11. Solicitou monitorização

12. Solicitou acesso venoso periférico

13. Solicitou ambu e fonte de oxigênio

continua na próxima página 207


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CHECKLIST SIM NÃO

14. Realizou compressões torácicas com


técnica adequada para DOIS socorristas
(técnica de 2 mãos e profundidade de 1/3 a
4cm do DAP)

15. Explicou a técnica de ventilação para o


pediatra: “ambu e máscara + vedação com
técnica C+E”

16. Indicou compressão/ventilação na


proporção 15:2 antes de intubar a criança, em
2 socorristas

17. Checou ritmo

18. Pesquisou pulso braquial/femoral

19. Identificou AESP

20. Não indicou desfibrilação

21. Indicou desfibrilação (gerará checklist


NEGATIVO)

22. Indicou troca de funções na RCP (pediu


para trocar com o pediatra)

23. Solicitou adrenalina EV

24. Indicou a intubação orotraqueal

25. Indicou ventilação assincrônica (100-120


compressões/min + 1 ventilação a cada 6
segundos ou 10 ventilações/min)

26. Indicou cuidados pós-parada ou indicou


pelo menos 3 (monitorização ventilatória, evitar
hipóxia, evitar hiperóxia, evitar hipercapnia,
evitar hipocapnia, evitar hipoglicemia, evitar
hiperglicemia, evitar hipotensão/tratar o
choque, tratar a febre. encaminhar à UTI.)

continua na próxima página 208


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Comentários
Já falamos ao longo do curso que as bancas adoram construir estações sobre temas que
tenham um atendimento protocolar. O exemplo clássico na Pediatria é o PALS (Pediatric
Advanced Life Support) - uma “pedra cantada” todos anos e explorada de diversas formas
pelas instituições.

Destrinchamos o algoritmo do PALS em um checklist completo a respeito de obstrução


de via aérea superior por corpo estranho, de modo que, independente do adequado
atendimento do candidato, a criança irá evoluir para parada cardiorrespiratória.

209
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Reanimação Neonatal + APGAR


Aula: Recebendo um recém-nascido

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UNESP 2019
HSL 2018
UNIFESP 2018
UFPR 2018
SCMSP 2016

Checklist
TAREFA 1 ADEQUADO INADEQUADO

1. Apresenta tônus ou tônus em flexão?

2. À termo ou >37 semanas

3. Respiração ou choro presente?

TAREFA 2 ADEQUADO INADEQUADO

4. Levou RN ao berço aquecido

5. Posicionou-se na cabeceira do berço

6. Posicionou a cabeça em leve extensão

7. Aspirou primeiro a boca e depois as narinas

8. Secou o RN

9. Avaliou FC e respiração

10. Verbalizou que faria tudo em 30 segundos

11. Monitorização cardíaca

12. Oximetria de pulso do lado direito

13. Iniciou VPP em ar ambiente

14. Verbalizou que ventilaria por mais 30


segundos
continua na próxima página 210
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TAREFA 3 ADEQUADO INADEQUADO

15. Solicitou cor ou presença de cianose

16. Solicitou respiração

17. Solicitou frequência cardíaca

18. Solicitou irritabilidade ou irritabilidade


reflexa

19. Solicitou tônus muscular

20. Cálculo correto do APGAR- 5ºminuto = 4


pontos

Comentários
Neonatologia é um tópico dentro da pediatria que vocês precisam dominar tanto para as
provas teóricas quanto para as práticas; dentro dela, a reanimação neonatal é um “carro-
chefe”.

Aqui, semelhante ao PALS, é importante que vocês memorizem os fluxogramas


do atendimento inicial ao RN, lembrando da sequência correta e das rotas em que o
fluxograma possa seguir.

211
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Pneumonia na criança
Pneumonia na criança

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CERMAM 2018
HSL 2017

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Questionou sobre sintomas respiratórios e


febre

2. Questionou sobre aceitação alimentar

3. Perguntou sobre antecedentes pessoais /


medicações em uso

4. Realizou exame físico pulmonar


corretamente - inspeção (despido o paciente)

5. Realizou exame físico pulmonar


corretamente - palpação
(frêmito tóraco-vocal)

6. Realizou exame físico pulmonar


corretamente - percussão

7. Realizou exame físico pulmonar


corretamente - ausculta

8. Identificou como HD: pneumonia

9. Indicou suporte de oxigênio

10. Solicitou exames laboratoriais (hemocultura,


hemograma, gasometria arterial)

11. Solicitou exames de imagem (radiografia


de tórax)

12. Prescreveu dieta para o paciente

13. Prescreveu antibioticoterapia endovenosa


(penicilina, cefalosporina)
continua na próxima página 212
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CHECKLIST SIM NÃO

14. Prescreveu antitérmicos

15. Prescreveu fisioterapia respiratória

16. Comunicou a mãe do paciente

Comentários
Não se assuste em caso de chegar na estação e perceber que a tarefa é simples e direta.
Trouxemos esse exemplo para ilustrar que, quando isso acontecer, as bancas desejam
que o candidato realize um atendimento “padrão-ouro”: com anamnese, exame físico
(principalmente do sistema acometido), diagnóstico e tratamento detalhados, completos
e tecnicamente corretos. Fique de olho e observe esse padrão!

213
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Puericultura e Vacinas
Puericultura padrão-ouro

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CERMAM 2019
EMESCAM 2018
UNESP 2018
UNICAMP 2017
USP-RP 2017
UFPR 2015
Checklist

CHECKLIST SIM NÃO

1. Perguntou sobre alguma queixa da mãe


referente ao paciente?

2. Lavou as mãos?

3. Solicitou o peso do paciente?

4. Realizou medida do perímetro cefálico?

5. Solicitou medida de comprimento?

6. Preencheu os gráficos e orientou a mãe do


paciente?

7. Solicitou carteira do pré-natal?

8. Solicitou carteira de vacinação?

9. Relatou que o calendário vacinal não está


completo?

10. Indicou as vacinas faltantes?

11. Esclareceu dúvidas maternas?

12. Corrigiu e orientou a forma correta de pega


na amamentação?

13. Avaliou a presença de fissuras em mamas


materna?
continua na próxima página 214
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CHECKLIST SIM NÃO

14. Reforçou os benefícios da amamentação?

15. Contraindicou início de papas e chás?

16. Contraindicou uso de tela?

17. Orientou sobre prevenção de acidentes?

18. Marcou o retorno em 1 mês ?

19. Mencionou necessidade de vitamina A +


vitamina D

20. Mencionou necessidade de ferro profilático

Comentários
As estações são elaboradas para avaliar a estrutura da consulta de acompanhamento
pediátrico, mas com algum “detalhe a mais”. Nesse caso, um item que se sobrepõe aos
demais são as Imunizações.

Para resolver esses problemas, trouxemos um checklist que demonstra como o tema
pode ser cobrado, além de apresentarmos um mnemônico (abaixo) para sistematização
de consulta e reforçarmos as orientações que não podem faltar e que certamente serão
itens de checklist.

Mnemônico:

DIA E HORA-MINUTO

D - Desenvolvimento neuropsicomotor (obter dados e anotar os marcos do desenvolvimento


físico e neurológico)
I - Imunizações (solicitar cartão vacinal e indicar as vacinas faltantes)
A - Alimentação (diário alimentar, orientações pertinentes para idade e avaliação do
ganho de peso)

E - Eliminações (hábito vesical e intestinal)

H - Hábitos e condutas (ecopediatria, prevenção de lesões evitáveis, correção de hábitos


gerais)

M - Medicações (identificar medicações em uso e indicar suplementos apropriados para


a idade)

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Síndrome Nefrítica + Aferição de Pressão Arterial


Síndrome Nefrítica - saiba o que fazer

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USP-RP 2019
HSL 2019
SCMSP 2015

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Perguntou à mãe da criança sobre a queixa


principal e tempo de início dos sintomas?

2. Perguntou sobre HMA, englobando


alteração urinária?

3.Perguntou sobre HMA, englobando alteração


em pele ou faringite?

4. Perguntou se estava fazendo atividade física


há menos de 60-90 min?

5. Perguntou se possui alguma comorbidade?

6. Perguntou sobre o uso de alguma medicação?

7.Perguntou se comeu há menos de 30 min?

8. Fez medição do braço para escolha do


manguito?

9. Fez medição do braço para colocação correta


do manguito?

10. Escolheu manguito adequado?

11. Verificou primeiramente palpando pulso


em artéria radial?

12. Realizou aferição de PA com estetoscópio


em artéria braquial?

continua na próxima página 216


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CHECKLIST SIM NÃO

13. Solicitou percentis de PA?

14. Constatou PA aumentada?

15. Relatou HD: glomerulonefrite pós-


estreptocócica ou GNPE

16. Solicitou pelo menos 4 exames


laboratoriais (uréia, creatinina, complemento,
eletrólitos, urina tipo 1, albumina, relação
proteína/creatinina na urina, teste rápido para
estreptococos ou ASLO)

17. Quantificou diurese no mínimo em 6h

18. Informou sobre restrição salina

19. Sinalizou o bom prognóstico da doença,


tranquilizando o acompanhante

20. Solicitou retorno ou acompanhamento em


UBS ou com especialista?

Comentários
As particularidades da pediatria também são cobradas nas provas práticas e a principal
representante do tema é a aferição da pressão arterial e a correta interpretação gráfica
do resultado. Geralmente testam esse conhecimento em um caso clínico de hipertensão
secundária relacionada a uma glomerulopatia - um tema um pouco mais específico, mas
que precisa ser visto.

Dêem uma olhada em cada item do checklist preparado pra vocês e brilhem na prova!

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Teste do Coraçãozinho
Aula: A Importância dos testes de triagem neonatal

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USP-SP 2017

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se adequadamente?

2. Questionou sobre realização do teste da


orelhinha

3. Questionou sobre teste do olhinho

4. Questionou sobre teste do pezinho

5. Questionou sobre teste da linguinha

6. Questionou sobre teste do coraçãozinho

7. Lavou as mãos

8. Explicou procedimento para a mãe do


paciente

9. Inseriu oxímetro em MSD e em MI

10. Verbalizou resultado alterado (<95% em


qualquer das medidas ou diferença ≥3% entre
as medidas de MSD e algum MI)

11. Orienta nova aferição após 1h

12. Orienta após novo teste alterado a


realização de ecocardiograma em 24h

13. Orienta a mãe sobre o resultado do exame

14. Relata não providenciar a alta hospitalar


até a avaliação do exame de imagem.

continua na próxima página 218


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Comentários
A maioria de vocês com certeza já estudou o assunto e deve saber praticamente tudo
sobre o teste do olhinho, teste da orelhinha, da linguinha e do pezinho, mas… e do
coraçãozinho? Este, tão importante quanto os demais mencionados, talvez seja o que
menos pessoas saibam conduzir.
É o teste de triagem que utilizamos para rastreio de cardiopatias congênitas e é o mais
cobrado nas provas práticas, inclusive pela USP-SP em 2017. Bom ficar de olho!

219
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Síndrome Nefrótica
Checklist oficial UFG 2019

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UFG 2019
UNICAMP 2016

Descrição de caso clínico: Menina de dois anos e quatro meses, primeira filha de pais
consanguíneos (primos de primeiro grau), nascida de gestação a termo, peso de nascimento: 3.200g,
apresentava edema em pálpebras e membros inferiores há um mês. Ao exame físico, estava eutrófica,
PA 110/60mmHg, edema em membros inferiores, sem alterações de outros sistemas ou órgãos.
Os exames laboratoriais revelaram exame de urina com proteínas +3, com hematúria (7 a 10 hemácias
por campo), proteinúria de 513,2mg/kg/dia, albumina sérica de 1,9g/dl. Outros exames revelaram uréia
sérica pouco elevada (75mg/dl) e creatinina sérica de 0,6mg/dl. Os exames sorológicos foram negativos
para sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, hepatite e rubéola.

Tarefas
Tarefa 01: Converse com a mãe sobre o provável diagnóstico etiológico da paciente e
realize o tratamento mais adequado para o caso.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Comunicou à mãe sobre o resultado da


pressão arterial?

2. Fez a hipótese diagnóstica de síndrome


nefrótica?

3. Orientou a restrição de sódio na dieta?

4. Orientou sobre hábitos saudáveis


(realizar atividade física, evitar repouso e
sedentarismo)?

5. Prescreveu anti-helmíntico?

6. Prescreveu diurético?

continua na próxima página 220


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CHECKLIST SIM NÃO

7. Prescreveu corticóide 2mg/kg/dia?

8. Explicou a receita para a mãe?

9. Orientou a mãe sobre a evolução da doença


e a ocorrência de novas descompensações?

10. Antes de encerrar a consulta, perguntou se


a mãe tinha dúvidas?

Comentários
A estação de pediatria da UFG de 2019 abordou síndrome nefrótica, inclusive solicitando
ao candidato a correta aferição da pressão arterial. O checklist que colocamos aqui
é idêntico ao que foi cobrado na prova, e vejam que a banca exigiu essencialmente o
tratamento da doença, sem esquecer de sempre orientar a mãe quanto às condutas que
serão tomadas.

221
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Diarreia aguda
Checklist Oficial UFG 2018

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UFG 2018

Descrição de caso clínico: Lactente de 8 meses de idade é levado à consulta na Unidade


Básica de Saúde pelos pais, com queixa de eliminação de fezes líquidas (em torno de 5 vezes ao dia),
associado à inapetência e vômitos, há 2 dias.

Tarefas
Tarefa 01: Faça o atendimento à criança, citando o diagnóstico da paciente e o tratamento
medicamentoso mais adequado.

Tarefa 02: A mãe da criança não concorda com a conduta e exige outro tratamento.
Converse com os pais a respeito desta divergência.

Checklist
PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO
ADEQUADO
INADEQUADO

1. Apresentou o diagnóstico de doença


diarreica e usou linguagem acessível?

2. Orientou para manter a alimentação e


aumentar a ingestão de líquidos?

3. Prescreveu soro oral após perdas (100ml ou


meio a um copo após perdas)?

4. Na receita escreveu nome completo do


paciente sem abreviaturas, colocou a data e
assinou?

5. A receita é legível, sem rasuras, sem


abreviaturas e sem nomes comerciais?

6. Prescreveu zinco ou ondansetrona ou


racecadotrila ou probióticos ou paracetamol?
Se prescrever dipirona = 0 pontos

continua na próxima página 222


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PARCIALMENTE
CHECKLIST ADEQUADO INADEQUADO
ADEQUADO

7. Mencionou aos pais circunstâncias de


retorno, sinais de alarme, possível piora clínica
e desidratação?

8. Chamou o pai e a mãe pelo nome e explicou


com paciência a receita?

9. Demonstrou-se cortês e educado perante o


conflito com os pais?

10. Demonstrou-se calmo diante da reação


da mãe quanto à receita e enfatizou conduta
adequada mesmo diante da opinião divergente
da mãe?

Comentários
Essa estação de Pediatria da UFG de 2018 cobrou um tema comum em Pediatria, que é a
síndrome diarreica no lactente. Além de saber mencionar o tratamento da doença, vejam
que um dos pontos mais ressaltados no checklist dessa prova foi como o candidato se
relacionava com os pais do paciente, inclusive frente a uma divergência/reclamação da
mãe quanto à prescrição dos medicamentos. Não se esqueçam de sempre ser cordiais com
os atores, independente da situação!

223
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Vacinas
Checklist oficial UFPR 2019

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UFPR 2019

Descrição de caso clínico: Mãe de lactente de 13 meses vem a consulta com o calendário vacinal
da criança.

Tarefas
Tarefa 1: Avalie a Carteirinha de Vacinação do lactente e identifique se está completa.
Se a resposta for SIM, não pontuar a tarefa 2 e indicar as faltantes.
Se a resposta for NÃO, pontuar tarefa 2.
Tarefa 2: Identifique as vacinas faltantes e questione a mãe o motivo por não tê-las
realizado.
Tarefa 3: Argumente com a mãe sobre a vacina tríplice viral.
Tarefa 4: Argumente com a mãe sobre a vacina da gripe.
Tarefa 5: Argumente com a mãe sobre a vacina do rotavírus.
Tarefa 6: Complete a carteirinha de vacinas, anotando as idades adequadas nas
respectivas vacinas que estão atrasadas ou não foram realizadas.

POLLO PENTAVA- TRIPLICE


BCG ROTAVÍRUS LENTE PNEUMO 10 FEBRE
HEPATITE B INATIVADA MENINGO C VIRAL HEPATITE A INFLUENZA HPV
(VROH) (DTP + VALENTE AMARELA
(VIP SALK) (SARAMPO, CAXUM-
HIB+HEPB) BA, RUBÉOLA)

REALIZADO REALIZADO REALIZADO REALIZADO REALIZADO REALIZADO REALIZADO

REALIZADO REALIZADO REALIZADO REALIZADO TETRA VIRAL

REALIZADO REALIZADO REALIZADO REALIZADO

continua na próxima página 224


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TAREFA 1 SIM NÃO

1. Identificou que a carteirinha não está


completa?

TAREFA 2 SIM NÃO

2. Citou a vacina do rotavírus?

3. Citou a vacina tríplice viral?

4. Citou a vacina da gripe (influenza)?

TAREFA 3 SIM NÃO

5. Tranquilizou sobre a vacina, comentando


que não causa autismo, que os estudos não
confirmam essa afirmação e que os sintomas
são leves e bem tolerados com os sintomáticos,
além da enfatizar a importância de se manter
a carteira atualizada?

TAREFA 4 SIM NÃO

6. Tranquilizou sobre a vacina, comentando


que ela é importante, protege da gripe nos
grupos de riscos, e que não causa gripe pois
é vacina de vírus morto, além de os eventos
adversos serem bem tolerados e temporários?

TAREFA 5 SIM NÃO

7. Comentou que a vacina é muito importante,


porém neste momento não deve ser realizada
pois perdeu a época (prazo)?

TAREFA 6 SIM NÃO

8. Anotou a vacina do rotavírus?


1 dose - 2 ou 4 meses (1 ponto)
2 doses - 2 e 4 meses (2 pontos)

9. Anotou a tríplice viral (1 ano de idade = 2


pontos)?

10. Anotou a vacina da gripe?


Qualquer idade entre 6 meses e a idade atual - 2 doses com
intervalo de 1 mês (1 ponto por dose).

continua na próxima página 225


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Comentários
Estação muito prática e realista da UFPR de 2019. Essa instituição trouxe para a prova
prática um assunto muito “batido” nas provas teóricas, e que exigiu do candidato lembrar
do calendário vacinal do 1 ano de vida, de acordo com o Ministério da Saúde. Aqui,
bastava reconhecer que as vacinas da criança em questão não estavam completas, elencar
quais deveriam ser feitas e explicar isso para a mãe.

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Icterícia do Aleitamento Materno


Checklist Extra

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Descrição de caso clínico: RN de 40 semanas, AIG, com pré-natal em dia e sem alterações,
há 3 dias do nascimento vem apresentando “amarelão” progressivo pelo corpo. A mãe, angustiada,
procura consulta médica com o pediatra. Ao exame físico, apresentava icterícia em escleras e face.

Tarefas
Tarefa 01: Conduza a consulta com a mãe, solicitando os exames complementares
necessários, explicando o provável diagnóstico e a conduta.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a mãe?

2. Questionou se a criança está em aleitamento


materno exclusivo e se faz uso de chás ou
água?

3. Perguntou sobre fatores de risco para


icterícia patológica: história familiar de doença
hemolítica, vômitos, letargia, acolia fecal e
colúria?

4. Perguntou sobre o uso de medicamentos?

5. Questionou se há incômodo ou dificuldade


durante a amamentação?

6. Classificou a icterícia de acordo com as


áreas de Kramer (zona I)?

7. Solicitou exames laboratoriais como


bilirrubina total e frações, ABO, fator Rh?

continua na próxima página 227


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CHECKLIST SIM NÃO

8. Descartou doença hemolítica?

9. Citou o diagnóstico correto (icterícia do


aleitamento) e explicou com clareza para a
mãe?

10. Orientou a técnica correta de amamentação


e demonstrou?

11. Prescreveu analgésicos para a mãe?

12. Agendou retorno precoce para avaliar


ganho ponderal?

Comentários
O diagnóstico diferencial de icterícias no RN é algo que pode ser adaptado para uma
estação prática, pessoal! Percebam que nessa estação estávamos diante de uma icterícia
do aleitamento materno, bastante comum na prática. O “macete” aqui é lembrar do
fluxograma de icterícias e ter em mente que a forma de iniciar uma estação/questão que
aborda esse assunto é praticamente a mesma: descartando as causas potencialmente
graves, lembrar do tempo de início dos sintomas, questionar sobre colúria e acolia fecal.

228
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Sarampo
Checklist Extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


SCMSP 2019
HSL 2019
PUCCAMP 2019

Descrição de caso clínico: Criança de 7 meses de idade é levada à consulta no pronto atendimento
pediátrico que você trabalha com queixa de surgimento de “manchas na pele” há 5 dias.

Tarefas
Tarefa 01: Faça o atendimento da criança, citando qual o provável diagnóstico, tratamento mais
adequado e orientações pertinentes aos familiares.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a mãe?

2. Questionou sobre a ocorrência de febre?

3. Questionou sobre sintomas como tosse,


coriza e congestão nasal?

4. Perguntou se há mais casos similares na


família ou em locais onde frequenta?

5. Solicitou o caderno de imunização da


criança e checou as vacinas?

6. Realizou oroscopia, otoscopia, ausculta


pulmonar?

7. Solicitou sinais vitais da criança?

8. Descreve exantema morbiliforme,


maculopapular, manchas de Koplik e hiperemia
conjuntival?1

continua na próxima página 229


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CHECKLIST SIM NÃO

9. Citou o diagnóstico mais provável (sarampo)?

10. Orientou mãe sobre possíveis complicações


(pneumonia, encefalite, otite)?

11. Prescreveu Vitamina A?


< 6m 50.000 UI/dia; 6 a 11m 100.000 UI/dia; >
1a 200.000 UI/dia

12. Prescreveu antitérmico se febre?

13. Explicou o risco de contágio para pessoas


não vacinadas?

14. Notificou a suspeita de sarampo?

15. Orientou retorno em 48 horas para


reavaliação?

Comentários
Dentre o grupo das doenças exantemáticas em pediatria, sarampo é a “bola da vez”!
Há mais de 1.000 casos registrados no Brasil em 2019, e, mesmo já tendo sido cobrado
em 3 grandes provas práticas, a chance de outras repetirem o tema é enorme!
Por isso, leiam atentamente nosso checklist e revisem este assunto quantas vezes for
necessário para dominarem tudo antes de ir para a 2ª fase.

Ah, é um tema que pode ser cobrado tanto em pediatria, quanto em clínica ou preventiva.
Não esqueçam que em crianças há indicação de vitamina A no tratamento.

230
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Reanimação Neonatal
Checklist Extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


UNESP 2019
HSL 2018
UNIFESP 2018
UFPR 2018
SCMSP 2016

Descrição de caso clínico: Gestante de 39 semanas é admitida em franco trabalho de parto em


hospital referência em obstetrícia. Você, médico plantonista do setor de Neonatologia deste serviço, é
chamado para atender o RN a termo.

Tarefas
Tarefa 01: Realize o primeiro atendimento ao recém-nascido e os procedimentos necessários à
situação.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico?

2. Checou materiais como estetoscópio,


oxigênio, vácuo, laringoscópio com lâminas
apropriadas e pilhas funcionantes?

3. Solicitou material para cateterismo umbilical,


oxímetro de pulso e campos estéreis?

4. Mencionou temperatura da sala de parto


(23 a 26ºC)?

5. Solicitou pulseira de identificação para o


RN?

6. Perguntou sobre a vitalidade fetal (choro,


tônus e flexão)?

7. Secou o corpo e a cabeça com compressas


úmidas?

continua na próxima página 231


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CHECKLIST SIM NÃO

8. Mencionou a necessidade de manter vias


aéreas pérvias, sem flexão ou hiperflexão do
pescoço?

9. Avaliou frequência cardíaca, tônus e


respiração?

10. Clampeou o cordão umbilical entre 1-3


minutos?

11. Informa ao examinador que o RN não


necessita de reanimação neonatal com base
no padrão respiratório, saturação e frequência
cardíaca?

12. Avaliou o APGAR no 1º e no 5º minuto?

13. Indicou o início da amamentação na


primeira hora pós parto?

14. Prescreveu vitamina K, intramuscular,


1mg?

15. Indicou vacina para hepatite B?

16. Indicou BCG intradérmica?

17. Prescreveu nitrato de prata a 1%?

Comentários
Trouxemos outro checklist para vocês sobre Reanimação Neonatal, tamanha importância
do tema. Leiam cuidadosamente este novo checklist para que o atendimento ao RN na
sala de parto seja algo “medular” para vocês!

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Convulsão Febril
Checklist Extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


UFPR 2017
UNESP 2016

Descrição de caso clínico: Você é plantonista de um pronto atendimento pediátrico e é chamado


para atender um paciente de 4 anos de idade em crise convulsiva tônico-clônico generalizada,
trazida por meios próprios, pelos pais. Segundo eles, o paciente nunca havia tido tal episódio, e há
aproximadamente 4 dias foi diagnosticado com gripe (sic) em outro serviço.

Tarefas
Tarefa 01: Conduza a consulta para esta criança, estabelecendo o provável diagnóstico etiológico e
as condutas mais adequadas para o caso.

Checklist
CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


os pais?

2. Questionou o tempo de início dos sintomas,


duração, recorrência, coloração da pele e
comportamento durante a crise?

3. Questionou sobre outros sintomas


associados (tosse, dispneia, febre)?

4. Investigou sobre o uso de algum


medicamento prévio?

5. Investigou história familiar prévia de


epilepsia?

6. Questionou se a criança fez alguma dose


de vacina nos últimos dias?

7. Realizou exame físico adequado (busca por


sinais de meningismo, sinais vitais, ausculta
pulmonar, semiologia abdominal)?

continua na próxima página 233


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CHECKLIST SIM NÃO

8. Solicitou exames complementares


(hemograma, função renal, eletrólitos, urina
1)?

9. Prescreveu antitérmico na crise?

10. Prescreveu diazepam na crise?

11. Indicou o diagnóstico etiológico mais


provável (convulsão febril)?

12. Orientou os pais quanto ao prognóstico e


benignidade desta condição

13. Optou por manter a criança em observação


hospitalar?

14. Questionou os pais se os mesmos possuem


mais alguma dúvida?

Comentários
Convulsão febril é algo que pode causar muita aflição, tanto para o médico quanto para
os familiares da criança, e, justamente por este motivo, é plausível de ser transformada
em uma estação de prova prática de residência médica!
A dica que damos é para vocês não entrarem em pânico numa estação que aborda crise
convulsiva na faixa etária pediátrica, ainda mais se houver algum indício de infecção de
vias aéreas previamente.
Leiam com atenção o checklist que preparamos para vocês, pois ele sintetiza os principais
pontos que vocês devem saber sobre este tópico.

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Meningite bacteriana/meningococcemia
Checklist Extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


INC 2019

Descrição de caso clínico: Criança de 2 anos de idade é trazida pela mãe à consulta, com relato
de febre alta (39,0ºC) há 3 dias, associado ao surgimento de “manchas” na pele e inapetência.

Tarefas
Tarefa 01: Com base no quadro clínico, realize uma consulta dirigida e cite o diagnóstico etiológico
mais provável.
Tarefa 2: Cite um exame complementar para o caso.
Líquor: 350 células (92% neutrófilos), glicose 20mg/dL, proteínas 200mg/dL
Tarefa 3: Explique o tratamento e as próximas medidas a serem tomadas.

continua na próxima página 235


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CHECKLIST SIM NÃO

1. Apresentou-se como médico e cumprimentou


a mãe?

2. Perguntou sobre casos semelhantes na


família e/ou em locais onde a criança frequenta?

3. Questionou sobre o uso de medicamentos?

4. Solicitou o cartão da criança para verificar o


estado vacinal da mesma?

5. Pede autorização para realizar o exame


físico?

6. Realizou manobras de irritação


meningorradicular: Kernig, Brudzinski,
Lasègue, Lewinson, Solavanco?

7. Citou como diagnóstico mais provável


meningococcemia ou meningite bacteriana
por meningococo?

8. Solicitou análise de líquor?


Não aceitar: TC de crânio, RM de encéfalo,
exames laboratoriais

9. Solicitou cultura de líquor e hemocultura?

10. Indicou internação hospitalar?

11. Iniciou empiricamente ceftriaxona IV?

12. Indicou dexametasona IV?

13. Notificou o caso?

14. Prescreveu a profilaxia para os familiares


(rifampicina 600mg 12/12h por 2 dias)?

15. Indicou isolamento por gotículas para o


paciente?

continua na próxima página 236


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Comentários
Esta estação, que inicialmente parecia abordar sobre doenças exantemáticas, na verdade
era sobre um importante diagnóstico diferencial - a meningococcemia - condição que
deve ser imediatamente reconhecida e tratada.
Além disso, não esqueçam dos conceitos de medicina preventiva aqui: notificação
compulsória da suspeita da doença, profilaxia para os contactantes próximos e isolamento
por gotículas para o paciente.

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Escarlatina
Checklist Extra

Onde já apareceu nos últimos anos?


UNICAMP 2018

Descrição de caso clínico: K.G.R, masculino, 5 anos de idade, procedente de São Paulo, é trazido
ao Pronto-Socorro pediátrico que você trabalha, pelos pais, com queixa de dois dias de febre, recusa
alimentar, hipoatividade e tosse esporádica. Hoje a mãe percebeu surgimento de manchas vermelhas
pelo corpo.
Exame físico geral: regular estado, hidratado, acianótico, eupneico, anictérico e temperatura axilar de
39,0°C. Pele: exantema difuso - mais evidente em face e tronco. Orofaringe: hiperemiada. Otoscopia:
sem alterações. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios. Ausculta
cardiovascular: ritmo cardíaco regular, bulhas em dois tempos, normofonéticas, sem sopro.

Tarefas:
Tarefa 1: Complete a anamnese e o exame físico do caso
Tarefa 2: Cite a principal hipótese diagnóstica
Tarefa 3: Discorra sobre o tratamento com os pais e as próximas condutas a serem tomadas

continua na próxima página 238


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TAREFA 1 SIM NÃO

1. Apresentou-se adequadamente como


médico?

2. Questionou se familiares, amigos ou colegas


de trabalho apresentaram lesões similares?

5. Questionou sobre cefaleia ou vômitos?

6. Perguntou sobre uso de medicamentos?

7. Solicitou o calendário vacinal da criança?

8. Pesquisou o sinal de Filatov?

9. Pesquisou o sinal de Pastia?

10. Pesquisou o aspecto da língua (em


framboesa/morango)?

TAREFA 2 SIM NÃO

11. Citou escarlatina como principal hipótese


diagnóstica?

TAREFA 3 SIM NÃO

12. Prescreveu penicilina G benzatina IM dose


única?

13. Prescreveu antitérmico para a febre?

14. Explicou que não há risco de contágio e


orientou repouso de 3 a 5 dias?

15. Explicou a evolução esperada das lesões


cutâneas, com regressão e descamação da
pele e melhora progressiva das alterações da
língua?

16. Orientou sobre sinais de alarme (artralgia,


dispneia, taquicardia)?

17. Programou retorno para reavaliação em 48


horas?
continua na próxima página 239
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Comentários
Estação bastante semelhante à que foi cobrada na prova prática da UNICAMP em 2018,
tratando de um dos diagnósticos mais importantes dentro das doenças exantemáticas:
escarlatina. Percebam, pelo nosso checklist, que além de acertar o diagnóstico, o candidato
deveria questionar outros aspectos durante a anamnese e o exame físico, além de saber
orientar os familiares quanto ao tratamento e ao risco de transmissibilidade da doença.

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CAPÍTULO FINAL
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E aí, gostou?

Tivemos muitas dificuldades no nosso tempo de provas práticas e por isso preparamos essa
bíblia para você.

Mais do que simplesmente checar o conteúdo e imaginar como pode ser cobrado, é
importante treinar com esses checklists em casa, sozinho ou preferencialmente com
amigos.

De tanto treinar você vai ver que estará preparado para qualquer tipo de prova prática,
não necessitando ter treinado de antemão o conteúdo técnico específico daquela
estação para conseguir se virar bem.

Esse é o objetivo final. Brilhe em suas provas práticas e alcance a sua vaga!

Nossa missão
Terminamos em fevereiro de 2018 a Residência de Clínica Médica no HC-FMUSP e nossa
missão é mostrar que qualquer um consegue alcançar a Residência Médica que desejar.

Nesse mesmo ano fizemos o CRMedway, o maior curso online preparatório para as provas
práticas do Brasil. Foram mais de 500 alunos e inúmeras aprovações nas instituições mais
concorridas do país.

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Então se você também quer se diferenciar na segunda etapa do processo seletivo basta
clicar no botão abaixo. Estamos preparando inúmeras novidades para 2019. Serão ainda
mais estações simuladas e incontáveis checklists! Tudo baseado em um estudo extenso
sobre as estações práticas das principais instituições do país dos últimos 5 anos. Foram
mais de 300 estações avaliadas com a ideia de entregar a você tudo o que você preci-
sa saber quando o assunto é a segunda fase!

Com o CRMedway você saberá:

• Organizar e estrutrar o raciocínio diante de qualquer estação prática


• Dominar, de uma vez por todas, o medo e a ansiedade que aflige tantos candidatos
nessa etapa do processo seletivo
• Acesso as estações mais frequentes e de que forma elas são cobradas
• Lives das principais instituições do país com comentários das estações cobradas nos
anos anteriores

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Além do CRMedway, atualmente nós temos mais dois cursos:

Medway Mentoria: Curso completo que tem um único objetivo. Alavancar os seus estu-
dos e a sua performance para que você alcance um desempenho superior a 80% nas
provas ao final do ano, independente do nível que você se encontre hoje. É um curso
intensivo, totalmente online, em que apresentamos os principais conceitos que diferen-
ciam aqueles que são aprovados em todas (ou quase todas) as instituições que prestam
prova daqueles que não são aprovados em nenhuma. Trabalhamos a fundo conceitos
essenciais como Mindset, Planejamento, Organização, Motivação, Constância, Priori-
zação, dentre muitos outros! Se quiser conferir de perto todo esse conteúdo, clique no
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cia na sala de emergência mais complexa do Brasil e toda a didática “Medway” para
ensinar tudo aquilo que gostaríamos de ter aprendido antes de enfrentarmos o temido
“primeiro plantão”.
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patologias dentro do departamento de emergência e saberá exatamente o que fazer
quando se deparar com os pacientes graves no seu plantão!

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Seja pra pedir uma orientação quanto a melhor forma de se preparar para a
residência médica, prova prática ou para o primeiro plantão no PS, nós
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