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Carolina Cavalcante

Positivo se:
Trauma Abdominal Aspirado inicial com:
 >10 ml de sangue ou conteúdo do trato
As lesões mais comuns no trauma
gastrointestinal
abdominal são:
Se aspirado inicial
1. Trauma Penetrante
2. Trauma Contuso
Pós lavado com:
3. Sinal do cinto de segurança: tatuagem
 Presença de gram positivo ou negativo
traumática; é uma equimose provocada
(bactéria)
pelo impacto do corpo contra o cinto 
 Hemácias > 100 mil
lesão de delgado e mesentério
 Leucócitos > 500
 Presença de fibras alimentares ou bile
Penetrante
FAST – Focused Assessment Sonography
Arma de Delgado > cólon > fígado in Trauma
fogo
(PAF)
Exame rápido usado para encontra líquido
Arma Fígado > delgado > diafragma
livre na cavidade abdominal.
branca
“Tiro pega tripa”
Realizado em pacientes com:
“Facada pega fígado”
 Instabilidade ou estabilidade: realizado
Contuso na sala de trauma
 Trauma contuso: grande indicação
Batida Baço > fígado  Busca líquido livre: geralmente sangue,
“Batida pega baço” procura-se em 4 locais:

Exames Utilizados 1. Saco pericárdio: uma das


maneiras para fazer o
diagnóstico de
Tomografia Computadorizada tamponamento cardíaco
2. Espaço hepatorrenal
Melhor exame para avaliar o trauma 3. Espaço esplenorrenal
contuso: 4. Hipogástrio/fundo de
saco (pelve)
 Classifica as lesões e avalia retroperitônio
 Não avalia bem vísceras ocas e diafragma OBS: FAST não avalia pelve
 TC de corpo inteiro (TCI)
 Exige estabilidade hemodinâmica: E-FAST: FAST Estendido
instabilidade contraindica a TC
Visualizar as lesões de pleura de uma vitima
Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD) de trauma, como o:

Realizar em pacientes com:  Hemotórax


 Pneumotórax
 Trauma contuso
 Instável
 Sem indicação imediata de cirurgia
Buscar por imagem
com
hipoecogenicidade
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Videolaparoscopia Então:

 Avaliar lesões na transição  Lesão penetrante: choque, peritonite,


toracoabdominal evisceração  laparotomia
 Arma de fogo: na maioria dos casos,
 Dúvidas diagnósticas laparotomia. Exceto se atingir flanco
ou dorso com paciente estável 
 Exige estabilidade hemodinâmica: Realizar Tomografia Computadorizada
contraindicado para pacientes instáveis (TC).
 Arma branca: choque, peritonite,
evisceração  laparotomia
Laparotomia
 Lesão contusa: peritonite,
retropneumoperitônio e pneumoperitônio
Quando indicar a laparotomia? Em casos
 laparotomia
de abdome cirúrgico
Abdome Não Cirúrgico

Características: lesões penetrantes sem


sinais de choque, peritonite ou evisceração,
ou lesões contusas sem peritonite,
retropneumoperitônio e pneumoperitônio

Então:

 Penetrante: sem choque, peritonite ou


evisceração

 Arma de fogo: laparotomia na maioria dos


casos
 Exceto em lesões de flanco e dorso +
paciente estável  realizar a TC para
avaliar retroperitônio

 Arma branca na região anterior:


exploração digital da ferida:
 Exploração negativa: não violou o
peritônio (aponeurose íntegra)  dar
alta (sutura, avaliar vacinação anti-
tetânica)
 Positiva ou duvidosa: observação por
24h (exame físico + hemograma de 8/8
horas)
 Sem alteração: alta + dieta
 Virou abdome cirúrgico:
laparotomia
 Leucocitose ou ⬇ Hb >3:
Abdome Cirúrgico TC/VLP/Laparotomia (investigar)

Características: lesões penetrantes com  Arma branca no dorso + paciente


sinais como choque, peritonite ou estável: TC de triplo contraste (EV, ORAL
evisceração ou lesões contusas com E RETAL)
presença de peritonite, retropneumoperitônio
ou pneumoperitônio  Contuso: sem peritonite,
retro/pneumoperitônio
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 Avaliar estabilidade hemodinâmica: Na maioria das vezes a lesão de estômago
 Estável: TC para avaliar grau das não causa maiores problemas ao paciente
lesões
 Por segurança realizar FAST antes  Cirurgia: reparo primário
da TC, devido o risco do paciente
ficar instável durante o exame de Trauma Duodenal
TC
 Instável não politrauma: laparotomia O trauma duodenal pode ocorrer de 2
 Instável politrauma: FAST ou LPD  formas:
se positivo  Laparotomia
1. Laceração
2. Contusão (hematoma)
Tratamento Conservador
Laceração
Preencher todos esses critérios:
 Clínica: retropneumoperitônio:
 Abdome não cirúrgico (+ condições  Escoliose antálgica
para realizar acompanhamento?)  Dor lombar irradiando até região
escrotal
 Estabilidade hemodinâmica, consciente,  Crepitação ao toque retal
sem sinais de intoxicação
 Radiologia: ar delineando os rins
 Condições de observações: UTI
 Conduta: reparo primário
 Possibilidade de intervenção imediata:
cirurgia/angioembolização (“blush arterial”), Contusão (hematoma)
exames de imagem, médicos
 Blush arterial: são acúmulos de  Clínica: criança que caiu de bicicleta e
contrastes fora dos vasos. bateu com o abdome no guidão da
bicicleta levando a um hematoma de
parede duodenal
Lesões Específicas  Obstrução gástrica: náuseas; vômito

Trauma Esofágico  Radiologia: mola em


espiral/empilhamento de moedas
 Lesão em esôfago superior/médio:  Melhor exame: TC
toracotomia póstero-lateral direita (4º/5º
EIC)

 Lesão em esôfago inferior: toracotomia


esquerda (6º/7º EIC)

 Lesão em junção gastroesofágica:


laparotomia

Cirurgia

 Reparo primário + drenagem

 Conduta: descompressão com cateter +


NPT por 5-7 dias
Trauma Gástrico  Não melhorou em 14 dias: cirurgia
Trauma Intestino Delgado
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 Clínica: sinal do cinto de segurança  Tem lesão do ducto pancreático
(equimose em faixa) principal:
 Lesão a esquerda da veia
 Cirurgia: mesentérica superior (corpo e
 Rafia primária: < 50% da cauda): drenagem + pancreatectomia
circunferência distal
 Ressecção + anastomose: > 50% da  Lesão a direita da veia mesentérica
circunferência superior (cabeça): depende da lesão:
 Lesão simples: drenagem e
Trauma de Intestino Grosso reparo primário se necessário
 Lesão grave ou junto com o
 Local mais comum: transverso (fica mais duodeno: drenagem +
anterior na parede abdominal) duodenopancreatectomia (cirurgia
de Whipple)
 Cirurgias: as fezes já estão formadas no
intestino grosso e há mais pressão Trauma Esplênico
 Rafia primária: leve; < 50% da
circunferência acometida  Lesão mais comum no trauma contuso
 Ressecção + anastomose: mais
grave; > 50% da circunferência  Realizar vacinação: Pneumococo,
acometida Meningococo, Haemophilus
 Colostomia ou “controle de danos”:
paciente muito mais grave (várias  Fraturas de arcos costais esquerdos e
lesões além da do intestino grosso); > sinal de Kehr à esquerda
50% da circunferência acometida  Sinal de Kehr: a dor em ombro
 Paciente instável esquerdo do sinal de Kehr é indicativa
 Paciente que precisou de > 4-6 de ruptura esplênica. Isso causa
concentrados de hemácias irritação do nervo frênico em contato
 Paciente com abordagem tardia com o hemidiafragma esquerdo
(>4-6h); contaminação com
peritonite Critérios para Tratamento Conservador de
lesão esplênica:
Trauma de Reto – Cirurgias
 Lesão grau 1, 2 e 3
 > 25% da circunferência em terço distal,  Lesão grau 4: desvascularização > 25%
faces lateral ou posterior: colostomia de  Lesão grau 5: pulverizado
proteção + drenagem pré-sacra  Estável + blush: angioembolização
Tratamento cirúrgico: falha do conservador,
 Empalamento: instabilidade hemodinâmica
 Abdome cirúrgico = laparotomia
 Abdome não cirúrgico: primeiro Qual a cirurgia? Esplenectomia total 
realizar sedação e tentar retirar  não paciente exposta à sepse  vacinação
deu certo  anestesia e tenta retirar
novamente  não resolveu ou falta Trauma Hepático
pedaço  cirurgia
 Paciente estável: tratamento conservador
 Grau 5: se estável fazer angioembolização
Trauma Pancreático
 Estável + blush
 Grau 6 (avulsão): cirurgia (manobra de
Na maioria é necessário o tratamento
Pringle) – falha do conservador,
cirúrgico
instabilidade hemodinâmica
 Manobra de Pringle: clampeamento
 Não tem lesão no ducto: reparo +
do ligamento hepatoduodenal
drenagem
(colédoco, artéria hepática e veia
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porta), com o objetivo de reduzir o Controlar o que pode matar o paciente de
sangramento maneira imediata, ou seja, controle da
 Não parou de sangrar com a hemorragia e lesões grosseiras +
manobra de Pringle: pode ter lesão peritoneostomia
de veia cava retro hepática (VCI) ou de
veias hepáticas  difícil acesso  2º. Reanimação em UTI
realizar empacotamento com
compressas (controle de  Controle da hipotermia, distúrbios
danos) /shunt atriocaval (alta hidroeletrolíticos e distúrbios hemorrágicos
mortalidade é uma manobra “heróica”)
 24-72 horas
Fratura de Pelve
3º. Cirurgia Definitiva
Tipos:
 Reparo definitivo das lesões
 Compressão lateral (60-70%): relação
com lesão visceral
 Compressão vertical (5-15%): relação Síndrome Compartimental
com lesão visceral Abdominal
 Compressão anteroposterior (15-20%):
lesão em “livro aberto”, relaciona-se com a
 Pressão intra-abdominal normal: 5-7
instabilidade
mmHg
 Sangramento venoso e ramos de
artéria ilíaca interna: geralmente o
 Definição: PIA ≥ 12 (21) mmHg +
sangramento é venoso
disfunção orgânica
 Fratura + hipotensão: amarrar a
pelve ao nível do trocanter maior do
 Síndrome Compartimental Abdominal:
fêmur
aumento da PIA de maneira sustentada +
 Não parou de sangrar: procurar
disfunção orgânica:
sangue intraperitoneal com FAST
 Insuficiência respiratória: aumento da
 SIM: laparotomia
PIA dificulta a movimentação do diafragma
 NÃO: angioembolização
 Insuficiência renal aguda: a PIA
(sangramento arterial) ou packing
aumentada comprime os vasos de
pré-peritoneal
retroperitônio
 Hipotensão
 HIC: devido a diminuição da drenagem do
líquor

Tratamento
COMPRESSÃO LATERAL – COMPRESSÃO VERTICAL – COMPRESSÃO AP
 Medidas gerais: posição supina,
reposição com cautela, drenagem de
Cirurgia de Controle de Danos coleções, analgesia e sedação
 Descompressão: para pacientes
Objetivo: evitar a tríade letal do trauma refratários às medidas gerais

Tríade letal do trauma: hipotermia (pode OBS: se PIA > 25 mmHg ou PIC aumentada=
causar coagulopatia), coagulopatia e acidose sempre realizar descompressão
PIA: mede através do cateter vesical
Instável + lesões complexas = controle de
danos
Trauma Diafragmático
1º. Cirurgia Inicial Breve
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Ele pode ser:
Com base na localização do hematoma,
1. Penetrante podemos antecipar qual vaso foi lesado,
2. Contuso assim como a conduta adequada a ser
traçada.
Trauma Penetrante

 Lesões coincidem com o tamanho do


objeto que causou a lesão, por isso é
menos sintomática (quando comparada
com o trauma contuso)

Trauma Contuso

 Ocorre a ruptura do diafragma por


aumento da pressão

 Lesões maiores e mais graves

 ATLS: lesões de 5-10 cm e acomete mais


a região póstero-lateral à esquerda
 As lesões do lado esquerdo, pela
ausência do fígado, são mais
diagnosticadas

Diagnóstico do Trauma Diafragmático


Zona 1
 Radiografia: herniação do conteúdo
 Localização: linha média
 Videolaparoscopia (Brasil) e
videotoracoscopia  Estruturas: aorta, tronco celíaco, artéria
mesentérica superior, artéria mesentérica
 TC: não é o melhor exame para confirmar inferior e veia cava
a lesão
 Conduta: sempre abordagem cirúrgica
seja penetrante ou contusa
Trauma Vascular Abdominal
Zona 2
Lesões de grandes vasos, como:
 Localização: lateral – ao redor da loja
 Hematoma do retroperitônio renal
 Lesão de aorta
 Lesão do tronco celíaco  Estruturas: parênquima e vasos renais;
adrenais
Zonas do Retroperitônio
 Lesão penetrante: sempre abordagem
Como os grandes vasos estão situados em cirúrgica
retroperitônio, em um primeiro momento,
tecidos retroperitoneais podem tamponar o  Lesão contusa: não explorar
sangramento decorrente da lesão vascular,  Explorar se: apresentar aumento de
fenômeno que determina a formação de um seu volume ou sangramento ativo
hematoma retroperitoneal.
Zona 3
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 Sinônimo: rotação visceral direita medial
 Localização: pelve
 Liberação do cólon direito e duodeno +
 Estruturas: vasos ilíacos ou fraturas reflexão para a linha média
pélvicas
 Função: acesso ao segmento infra-
 Lesão penetrante: sempre cirúrgico hepático da
VCI; VP; e
 Lesão contusa: não explorar origem da
 Explorar se: expansão do hematoma AMS
ou sangramento ativo  Inspeção
do
Tratamento Cirúrgico duodeno
posterior
 Exposição ampla, controle proximal e como,
distal: existem manobras de exposição necessidade de exploração e ação
cirúrgica na cabeça pancreática
 Reparo adequado (mantém a patência)  Suspeita de lesão duodenal
/enxertos (autólogos ou sintéticos)

 Cobertura dos vasos (interposição de Manobra de Cattell-Braasch


tecidos)
 É a extensão mais medial da manobra
As manobras de exposição são: de Kocher

1. Manobra de Mattox  Liberação do


2. Manobra de Kocher mesentério do
3. Manobra de Cattell-Braasch delgado até o
ligamento
Manobra de Mattox

 Sinônimo: rotação visceral medial


esquerda
duodenojejunal + reflexão do delgado e
 Liberação do do cólon direito em direção ao tórax
cólon esquerdo,
baço, rim  Função: permite maior visualização do
esquerdo, corpo e retroperitônio
cauda do
pâncreas e fundo
gástrico  rotação
medial 
exposição de toda Trauma Renal
aorta, desde o
hiato até as ilíacas
Paciente com hematúria + história de
trauma (flanco e lombar).

 Hematúria: manifestação mais frequente


 Não é uma manifestação obrigatória
e é pouco específica

Abordagem
Manobra de Kocher
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 Paciente estável: TC 3 fases (arterial, (bateu o carro usando o cinto de
venosa e excretora) segurança com a bexiga cheia)
 Lesão extraperitoneal: fraturas e
 Lesões menores: não atingem o sistema luxações de pelve
coletor (85%)  graus I, II e III
 Abordagem conservadora Investigação
 Grau II: laceração < 1 cm
 Cistografia retrógrada
 Lesões maiores: graus IV e V
 Grau IV: se estável = conservador. E Conduta
angioembolização se “blush” arterial
 Grau V: nefrectomia  Intraperitoneal ou lesão do colo vesical
ou fragmentos ósseos na parede vesical
ou aprisionamento da parede:
laparotomia com rafia da lesão
Trauma de Uretra
 Extraperitoneal: cateter vesical por
Anatomia da Uretra Masculina aproximadamente 14 dias

 O diafragma urogenital divide a uretra


masculina em 2 pedaços
 Uretra posterior: segmento prostático
e membranoso
 Uretra anterior: segmento bulbar,
peniano e glandular

Mecanismos de Lesão

 Uretra posterior: fratura e luxação de


pelve

 Uretra anterior no segmento bulbar:


queda a cavaleiro

 Uretra anterior no segmento peniano:


trauma penetrante; mordedura; fratura de
corpos cavernosos

Investigação

 Uretrografia retrógada

Conduta

 Inicial: não passar o cateter vesical.


Realizar descompressão por
cistostomia

Trauma de Bexiga

Mecanismos de lesão:
 Lesão intraperitoneal: aumento
súbito da pressão intra-abdominal

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