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Filipe Moura

CÂNCER DE ESTÔMAGO
Existem muitos tipos de câncer gástrico; mas quando falarmos de ca de
estômago, estaremos no referindo ao adenocarcinoma. Pois é a forma mais
comum de neoplasia gástrica.

FATORES DE RISCO

 Dieta rica em alimentos defumados, condimentos, baixa ingesta


de frutas e vegetais.
 H. pylori: gastrite crônica atrófica.
 Anemia perniciosa: Gastrite crônica autoimune
 Tabagismo
 História familiar
O tipo I é o melhor prognóstico e a medida que o grau vai aumentando,
 Tipo sanguíneo A
temos os piores prognósticos. Existe ainda o tipo V, que seria quando a
 Pólipos adenomatosas
microscopia encontrar achados que não estejam em nenhum dos padrões
anteriores. O tipo mais comum é o ripo III, que seria uma úlcera com bordas
H. Pylori começa com uma fase assintomática e se esquivando das células de
não nítidas; por isso sempre fazemos biópsia quando diagnosticamos uma
defesa. Depois vem uma fase de hipercloridriase - surge os sintomas. Por fim,
úlcera – pode ser um câncer desde o início.
temos a fase de hiporcloridiase por uma gastrite atrófica com PH básico. O
Ph alto, cria condições para surgir uma metaplasia e displasia para as células
do intestino e nesse processo pode surgir a neoplasia. CLÍNICA

A grande maioria dos pacientes serão assintomáticos, mas devemos


CLASSIFICAÇÃO investigar quando o paciente apresentar perda ponderal, despertar pela dor.
A neoplasia cresce para dentro da luz do TGI, por isso quando percebermos
LAUREN massa palpável em alguma região, pode ser um indicativo de estado bem
evoluído. O outro sinal possível seria o aumento dos linfonodos em casos de
Classifica de acordo com o que ele ver na patologia, é microscópica.
metástases, principalmente em axila e região clavicular esquerda.
Podemos ter dois tipos.
 Assintomático
 Dispepsia + sinais de alarme
 Ascite volumosa
 Metástase para fígado, pulmão, peritônio
 Linfonodomegalia
 Sianl de Virchow - Supraclavicular esquerdo.
 Sinal irmão Maria José- Umbilical:
 Sinal de Irish - Axilar Esquerdo:
 Sinal de Blumer (toque retal) -Prateleira retal:
 Sinal Kruemberg- Óvario
TIPO INTESTINAL: Cheia de glândulas, tem mais relação com os cânceres
esporádicos e tecido glandular intestinal - são células mais diferenciadas. É o DIAGNÓSTICO: FEITO PELO PAOLOGISTA
mais comum no Brasil em homens com idade entre 55 e 60 anos. A principal
forma de disseminação é pelo sangue, acometendo mais o a porção distal do Endoscopia + biópsia: 98% de precisão. Em alguns casos podemos solicitar a
estômago (mais perto do intestino rsr). seriografia como forma de triagem.

TIPO DIFUSO : Células anel de Sinete, mas sem uma organização ESTADIAMENTO TNM:
estrutural. É um tipo de adenocarcinoma sem relação com doenças prévia.
Observe que são células frouxas, elas perdem os mecanismos de adesão. Os exames realizados para o estadiamento é a TC de abdome, pelve e tórax
Mais comum em pessoas na 4º década de vida. Tem como principal forma de para avaliar se há ou não metástase a distância. A USG endoscopia é o
disseminação a via linfática e por contiguidade. Possui pior prognóstico e padrão ouro para avaliar o T, também é um ótimo exame para avaliar o N
tem relação com pacientes do grupo sanguíneo A. pré-operatório.

BORRMANN

Essa é uma visão feita pelo médico patologista via endoscopia digestiva alta.

 MP: lâmina própria


 Mass: massa
 SM: submucosa
Filipe Moura
A novidade hoje é a videolaparoscopia para avaliar metástase peritoneal,
lesões e ascite. Também é um bom exame para avaliar a ressecabilidade. É
comum o cirurgião fazer a cirurgia para ressecar o tumor, mas quando abri o
paciente acaba por ver implantes que não foram observados na TC; por isso
devemos fazer a videolaparoscopia.

T: TUMOR

 T1: Restrito a mucosa


 T2: Até a serosa
 T3: Serosa - adventícia
 T4: Dissemina para áreas próximas (quando T4, ele já acometeu
os linfonodos ao nível de N3)

N: Nº DE LINFONODOS ACOMETIDOS

Podemos avaliar o N no pré-operatório, mas o N de fato será o do pós-


operatório. Durante a cirurgia é retirado 16 ou mais linfonodo.  Gastrectomia total + y de Roux

 N0: Sem linfonodos acometidos


 N2: Linfonodos à 3cm do tumor
 N3: Linfonodos a mais de 3 cm do tumor e removíveis por cirurgia CANCER GASTRICO PRECOCE
 N4: Linfonodos não removíveis por cirurgia.
Câncer que atinge mucosa e submucosa com ou sem linfonodos acometidos.
É um câncer restrito ao T1.
M: PRESENÇA DE METÁSTASE
Tratamento: igual ao adenocarcinoma, com gastrectomia +
 M0: ausência de metastase
linfonodomegalia. Mas a diferença é a possibilidade de tratamento
 M1: Presença de metastase
endoscópico.

Sempre investigar
 Indicação para tratamento via EDA:
 Limitado a mucosa
 fígado: tumografia
 Não ulcerado
 Pulmão : tumografia ou RX
 Sem invasão linfático ou hematogênico
 Cerebro: tomografia ou ressonância
 Osso: cintilografia óssea  2 cm

Como já vimos, o melhor exame para avaliar o T é a ecoendoscoia


TRATAMENTO: (ultrassonografia endoscópica); por isso nesses casos esse é o método de
estadiamento para realizar essa avaliação específica.
Ressecção com margem de 6 a 8 cm + linfadenectomia a D2.

LESÃO DISTAL:

Como o acometimento é mais próximo do intestino, fica mais fácil fazer uma
subtotal.

 Gastrectomia Subtotal + BII ou Y de Roux

TUMORES PROXIMAL

Retiramos todo o estômago e unimos o jejuno ao esôfago. A porção do


duodeno com o pâncreas fica anastomosada ao jejuno.

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