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Filipe Moura

CÂNCER DE ESÔFAGO
Quando diagnosticado de forma avançada possui seu prognóstico O pensamento de interno persiste, pois é localização mais comum seria em
desfavorável. Basta pensar que não há barreira no tórax como há no abdômen região distal do esôfago ou dentro da parede interna do esôfago – crescendo
protegendo e evitando a metástase de forma abrupta. para dentro.

EPIDEMIOLOGIA: OUTROS TUMORES

Sabe qual o CA que mais mata no Brasil? É o de pulmão, seguido pelo de  Leiomiossarcoma
mama. O CA de esôfago é o 8 º que mais mata até o momento.  Melanoma primo
 Linfoma
 Entre as 10 neoplasias malignas mais incidentes no Brasil  Plasmocitoma
 Sexo masculino
 Mais comuns são escamosos (comum em negros)
SINTOMAS:
 adenocarcinoma (raro em negros, doença de branco)
 Geralmente após os 40 anos, com pico entre 60-70 anos. Sintomas são inespecíficos, mas o paciente apresenta perda de peso e disfagia
que surgiram em poucos meses. A disfagia ´surge primeiro para sólidos e
CLASSIFICAÇÃO depois para líquidos. Para não confundir com Acalásia, lembrar que aqui é um
quadro agudo e na acalásia a perda ponderal é em anos.
Podemos classificar em vários tipos, mas os dois mais comuns são o
escamoso e o adenocarcinoma.  Pirose
 Disfagia para sólidos
ESCAMOSO:  Disfagia para líquidos)

Epitélio cresce para a luz do esôfago, derivado do epitélio estratificado não Em lesão mais avançada temos Hlitose, tosse após a ingestão de líquido por
queratinizado. Tem menor incidência, pois está perdendo espaço para o formação de fístula entre esôfago e sistema respiratório – como uma resposta
adenocarcinoma. A maioria dos fatores de risco é associado a este tumor. pelo comprometimento do lúmen do esôfago. Podemos ter também Icterícia e
dispneia por infiltração metastática

FATOR DE RISCO

Uma dica é pensar que o EXcamoso vem de coisas Externas. Fatores de risco
que vem de fora do corpo tendem a contribuir mais para seu surgimento.

 Tabagismo
 Etilismo
 HPV7
 Acalásia por chagas DIAGNÓSTICO
 Ingesta de bebidas alcalinas
 Tilose palmoplantar O diagnóstico de câncer é fechado por exame histopatológico, por isso a
primeira coisa seria biópsia via EDA.

LOCALIZAÇÃO ENDOSCOPIA + BIÓPSIA: 98% DE PRECISÃO

O raciocínio do externo serve para identificar a localização do tumor.


Geralmente o escamoso surge em áreas mais externas como porção
proximal do esôfago ou na própria luz do esôfago

ADENOCARCINOMA:

Deriva do epitélio de Barrett, ou seja, epitélio cilíndrico. (muito mais


associado DRGE erosiva). ESOFAGOGRAFIA BARITADA

Sinal da maçã mordida. É um exame mais na teoria, na prática fazemos mais


FATORES DE RISCO a EDA com biópsia.
São fatores oriundos de “dentro do paciente “, são fatores surgem por
aumento do refluxo ácido ou metaplasia epitelial. Hoje é considerado a
principal causa de ca de esôfago.

 DRGE
 Barrtt
 Obesidade: Pelo aumento da pressão abdominal, levando a
refluxo. Com o aumento da obesidade, temos também o aumento
de DRGE câncer.

LOCALIZAÇÃO
Filipe Moura
 T1b até T4a:
ESTADIAMENTO - TNM
 Esofagectomia + linfadenectomia, é uma cirurgia muito
O estadiamento deve ser realizado para que o tratamento seja realizado de complicada e com muitos riscos.
acordo com o estágio. Devemos fazer a USG endoscopica  T4b ou M1:
 Paliativo, uso de mecanismos para que ele tenha
condições de comer. O ideal é por uma tela e abrir o
esôfago para que ele tenha o prazer de sentir o gosto da
comida. Mas tem como colocar uma sonda gástrica e
privar o paciente dos sabores.

OBS: como a cirurgia tem muitos riscos e causa muitos danos, devemos usar
algumas sessões de quimioterapia antes para diminuir o câncer e facilitar o
risco. Após a cirurgia devemos fazer a radioterapia para evitar resquícios de
células cancerígenas – a quimioterapia facilita a ação da radioterapia. Lembra
que o esôfago está presente no tórax e lá não tem serosa. Não tem essa
barreira de contenção.

TIPOS DE CIRUGIA

OBS: para CA localizado em região de transição esôfago e


Perceba que ao chegar em T4 e o tumor toca órgãos adjacente, não dá para estômago.
ressecar, pois não há como ressecar a aorta.

T - TNM

 T1: até submucosa


 T2: até a muscular
 T3: Adventícia, sem invasão de órgãos
 T4: órgãos adjacentes
 T4a: tumor ressecável
 Pleura
 Diafragma
 T4b: tumor irressecável
 Aorta
 Vertebras
 Traqueia

N – TNM

indica o número de linfonodos acometido.

 N0: sem acometimento de linfonodo


 N1: de 1-2 linfonodos
 N2: 3-6 linfonodos
 N3:>7 linfonodos

M- TNM

indica se há ou não metástase

 M0: Ausência de metástase


 M1: Presença de metástase

TRATAMENTO:

O T1a está contido apenas na mucosa, podemos ressecar. Mas é uma


raridade encontrarmos pacientes tão precoce. A linfadenectomia deve ser
realizada assim que o tumor toca a submucosa(T1b), pois é aí eu surgi os
vasos linfáticos de forma importante.

 T1a:
 Mucosectomia por EDA, pois não necessita de
linfadenectomia.

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