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Tatiane ar - UFDPar1

Aula 1

câncer
Penis e testículo
CÂNCER DE PÊNIS
TRATAMENTO
INTRODUÇÃO
O tratamento consiste basicamente na exérese da lesão primária peniana
(penectomia parcial ou total) associada à linfadenectomia inguinal bilate-
É um tipo raro de câncer, com maior incidência em homens que têm 50
ral com intenção curativa. A cura é possível até mesmo nos casos de me-
anos ou mais, embora possa atingir também os mais jovens.
tástase inguinal.
Não existem protocolos claramente benéficos de radioterapia e quimiote-
EPIDEMIOLOGIA rapia, mas podem ser utilizados em casos de recidiva ou para paliação em
casos considerados não cirúrgicos.
No Brasil, esse tipo de tumor representa 0,4% de todos os tipos de câncer
que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nor-
deste. CÂNCER DE TESTÍCULO

ETIOLOGIA INTRODUÇÃO

A doença está associada à má higiene íntima, à infecção pelo papiloma- O câncer de testículo é uma neoplasia rara a qual corresponde a somente
vírus humano (HPV) e a homens que não se submeteram à circuncisão – 1% dos tumores malignos, porém é o câncer mais comum em homens na
remoção do prepúcio. faixa entre 15 e 35 anos.

FATOR DE RISCO EPIDEMIOLOGIA

o Baixas condições socioeconômicas e/ou de instrução o No Brasil, sua incidência vem aumentando ao longo dos anos e
o Má higiene íntima; estima-se que anualmente ocorra em cerca de 2,2 homens a
o Estreitamento do prepúcio. Homens que não se submeteram à cada 100.000 habitantes.
circuncisão (remoção do prepúcio, a pele que reveste a glande o A prevalência é maior em brancos e hispânicos, e menor em
- a "cabeça" do pênis) têm maior predisposição ao câncer de negros e amarelos.
pênis;
o • Estudos científicos sugerem associação entre a infecção pelo CLASSIFICAÇÃO
vírus HPV (papilomavirus humano) e o câncer de pênis.
o • Exposição a poeira de madeira é considerado fator de risco Seminomas:
para este tipo de câncer. o Responsáveis por cerca de 45% dos casos, acometem indiví-
duos entre 25 e 40 anos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Não seminomas:
o 55% dos casos e incidem em indivíduos entre 18 e 30 anos.
o Os principais sinais e sintomas do câncer de pênis são ferida
úlcera persistente. Além desses sintomas, podem aparecer, tam-
bém:
o Tumoração na glande (cabeça do pênis);
o Tumoração na pele que cobre a cabeça do pênis;
o Tumoração no corpo do pênis;
o Secreção branca (esmegma);
o Aumento anormal do tecido da cabeça do pênis.
o Além da tumoração no pênis, a presença de linfonodomegalias
inguinais, pode ser sinal de progressão da doença (metástase).

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do câncer de pênis é feito, basicamente, por meio da bio-


psia incisional (retirada de um fragmento do tecido) de qualquer lesão
peniana suspeita para se diferenciar as lesões malignas, assim como seus
subtipos, das lesões pré-cancerosas e das benignas. A biópsia é feita após
avaliação clínica do médico especialista.
FATOR DE RISCO

o História familiar de câncer de testículo

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Aula 1

o Criptorquidia (falha de um ou ambos os testículos descerem


para o escroto) ou atrofia testicular
o Hipospádia (condição em que a abertura do pênis fica na parte
de baixo, não na ponta) e infertilidade
o Síndrome de Down e as síndromes da disgenesia testicular
o Idade < 40 anos
o Raça branca.

ETIOLOGIA

o Mecanismo desconhecido
o Ganho de proto-oncogenes: isocromossomo do braço curto do
cromossomo 12-i (12p).
o Perda de genes supressores de tumor: perdas de segmentos cro-
mossômicos no braço longo do cromossomo 12-12q.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

o Aumento recente e indolor de volume do testículo


o Dor aguda testicular
o Dor abdominal ou lombar intensas, desconforto respiratório ou
massas cervicais;
o Massa testicular dura e pesada, que rebaixa o hemiescroto aco-
metido e hidrocele (acúmulo de líquido no escroto, que pode
ser notado de início como um cisto ou inchaço)
o Ginecomastia.

DIAGNÓSTICO

o Ultrassonografiia local
 Seminoma: possui aparência mais homogêneo.
 Não seminoma: aparência mais heterogênea.
o Marcadores tumorais
 Gonadotrofina coriônica fração B (B-HCG): alta ele-
vação no não seminoma e baixa elevação no semi-
noma.
 Alfafetoproteína (AFP): alta elevação no não semi-
noma.

TRATAMENTO TUMOR PRIMÁRIO

o Orquiectomia realizada por via inguinal, com ressecção alta do


cordão espermático.
o Em pacientes com doença metastática já presente de início, o
tratamento quimioterápico elimina os riscos de recidiva local.

TRATAMENTO DOS TUMORES SEMINOMATOSOS

o Estágio clínico I: Radioterapia após a orquiectomia.


o Estágio clínico II e III: Quimioterapia Citotóxica

TRATAMENTO DOS TUMORES NÃO SEMINOMATOSOS

o Estágio clínico 1: linfadenectomia retroperitoneal ou quimiote-


rapia citotóxica com BEP (bleomicina, etoposide e cisplatina).
o Estágio clínico II e III: Quimioterapia Citotóxica com BEP
(bleomicina, etoposide e cisplatina).

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