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estudo Doppler.
Lucas Tomé - R2
Introdução.
Distinguir tipos de nódulos (Benignos x Malignos).
Determinar a agressividade das lesões suspeitas.
Avaliação da resposta à terapia tumoral.
Avaliação de linfonodos.
Distinguindo nódulos sólidos x cistos complexos.
Distinguindo papiloma intracístico ou carcinoma x metaplasia apócrina papilar.
Demostrar condições inflamatórias.
Distinguindo necrose gordurosa e cicatriz exuberante x Tumor recorrente.
Avaliação das Condições Vasculares da Mama.
Avaliação da Resposta Vibratória Acústica ao Frêmito Vocal.
Distinguir tipos de nódulos (Benignos x Malignos).
Depois que uma neoplasia maligna atinge um certo tamanho, a difusão simples torna-se inadequada para alimentar
as células tumorais com oxigênio e nutrientes e para transportar produtos residuais. Nesse ponto, o tumor deve
gerar seus próprios novos vasos sanguíneos.
A matriz extracelular tumoral, principalmente formada por ácido hialurônico, é grande facilitadora da
neoangiogênese.
Detectar e caracterizar a neovascularização do câncer de mama é o objetivo da avaliação Doppler das lesões
mamárias.
Os vasos tumorais têm vários atributos que diferem dos vasos sanguíneos normais que podem ser avaliados com o
Doppler.
Os vasos tumorais têm vários atributos que diferem dos vasos sanguíneos
normais que podem ser avaliados com o Doppler:
Maior preditor de malignidade: diferença no padrão de onda de vasos periféricos e centrais da lesão:
- vasos centrais: elevado VPS, picos sistólicos agudos, altos índices de resistividade
- vasos periféricos: baixa VPS, pico sistólico arredondado, baixos índices de resistividade
Lesão tipicamente maligna – diferença no padrão de onda de vasos periféricos e centrais
Os vasos na superfície do nó tendem a ter velocidades sistólicas de pico relativamente baixas, picos sistólicos arredondados e baixos índices
de resistividade (direita).
Por outro lado, vasos profundos dentro do nódulo tendem a ter altas velocidades de pico sistólico, picos sistólicos agudos e altos índices de
resistividade (esquerda).
Lesão tipicamente benigna - vasos periféricos e centrais com o mesmo padrão de onda.
Ambos têm velocidades de pico sistólico relativamente baixas, picos sistólicos arredondados e baixos índices de resistividade.
Técnica:
A força de compressão do transdutor influencia tanto na caracterização do formato da lesão quando na
avaliação com estudo doppler.
A pressão de compressão excessiva pode colapsar os espaços vasculares anormais dentro e ao redor do
tumor, diminuindo ou até mesmo interrompendo completamente o fluxo sanguíneo para a lesão, e levar a
estudos Doppler falso-negativos.
Para maior acurácia, avaliar a lesão com transdutor tocando levemente a pele, no ponto cutâneo que
corresponde ao centro da lesão.
- Comparação do formato da lesão com diferentes forças de compressão.

Avaliação de linfonodos.
As linfonodomegalias são achados relativamente comuns, e se dividem basicamente em dois tipos:
- não suspeitas (tipicamente reacionais): relacionadas a processos não malignos, geralmente
inflamatórios/infecciosos
- suspeitas: relacionadas ao contexto oncológico, com presença de vasos transcapsulares e espessamento capsular
irregular
Metástases linfonodais geralmente seguem o mesmo padrão de vascularização do tumor primário – estudo doppler
comparativo com eventuais lesões focais na mama deve ser realizado
- À esquerda, lesão sólida na mama (carcinoma ductal); à direita, linfonodo axilar
ipsilateral metastático – ambos mostram padrão semelhante ao estudo doppler.
Existem algumas lesões sólidas (pseudocísticas) que são homogêneas e marcadamente hipoecogênicas – avaliação
com doppler que demonstra fluxo interno caracteriza a composição sólida.
- Lesões focais com apresentação semelhante – a imagem à esquerda, sólida, demonstrou fluxo interno ao
estudo doppler (imagem inferior), enquanto a imagem à direita não (cisto com ecos internos).
- Carcinoma medular, são tão hipoecoicos que são quase anecóicos e têm aparência pseudocística. O
Doppler colorido pode ser útil para evitar diagnósticos errôneos de lesões como aglomerados de cistos.
Distinguindo papiloma intracístico ou carcinoma x metaplasia apócrina
papilar.
O achado de porção sólida intracística requer cautela deve-se distinguir a etiologia benigna de maligna.
A celulite superficial manifesta-se como gordura subcutânea hiperecóica, pele espessada e levemente hipoecóica, elementos fibrososespessados e
levemente hipoecóicos e hiperemia ao Doppler.
Distinguindo necrose gordurosa e cicatriz exuberante x Tumor recorrente.
O leito cirúrgico mamário pode ser acometido comumente por lesões focais, geralmente necrose gordurosa/cicatriz
ou mesmo recorrência tumoral
Mas após 6 meses, é muito raro ver qualquer fluxo sanguíneo demonstrável dentro da cicatriz da mastectomia.
Necrose gordurosa por definição é avascular.
O câncer de mama recorrente, por outro lado, frequentemente apresenta fluxo sanguíneo demonstrável.
- Pós operatório de quadrantectomia – área cicatricial sem fluxo ao doppler
- Pós operatório de quadrantectomia – área nodular com vaso nutridor: recorrência tumoral
Avaliação das Condições Vasculares da Mama.
As duas condições vasculares mais frequentemente encontradas são a trombose venosa superficial e as
malformações venosas (hemangioma)
- Nos casos em que o Doppler é anormal, os achados de imagem em modo B são sempre anormais. No entanto, em
muitas lesões malignas nas quais a imagem em modo B é altamente suspeita, os achados do Doppler não são.
Portanto a avaliação da mama com estudo doppler tem papel auxiliador no exame ultrassonográfico, mas fica
essencialmente em segundo plano quando comparado com as informações do modo B.
- Os cuidados técnicos devem ser sempre lembrados para que esta ferramenta seja melhor interpretada.
- Na avaliação por doppler das mamas, os achados positivos devem ser valorizados enquanto os negativos não
devem guiar o raciocínio diagnóstico.
Bibliografia
- STAVROS, AT. Breast Ultrasound. Filadélfia. Lippincott Williams & Wilkins, 2004.