Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Propedêutica em Ginecologia
Citologia Oncótica:
❖ Desde que o a citologia oncótica preventiva para pacientes assintomáticos foi introduzida, ocorreu
uma grande redução em novos casos de câncer de colo de útero nos países desenvolvidos.
❖ Em pacientes na idade fértil, o orifício externo coincide com a JEC. Porém, em pacientes muito expostas
ao estrogênio, a JEC pode ir além do orifício externo.
❖ Os tipos de HPV 16 e 18 são os mais oncogênicos. O local que o HPV mais infecta é a zona de
transformação.
❖ A infecção pelo HPV causa alterações nas células da zona de transformação, logo no exame temos que
pegar células da endocérvice e células da ectocérvice.
❖ A maioria das infecções pelo HPV regride espontaneamente. A minoria evolui para o câncer de colo.
❖ Algumas vezes, a lesão inicial é diferente, com progressão para o que chamamos de lesão pré-
cancerígena. Se o HPV persistir, podemos ter uma lesão cancerígena.
❖ A história natural da infecção pelo HPV até o câncer normalmente é lenta.
Citologia convencional:
❖ Raspado de células e fixação em lâmina.
❖ Coleta-se a ectocérvice com a espátula de Ayres.
❖ Coleta-se a endocérvice com a citobrush.
❖ Fixação do material em lâmina, com álcool.
Citologia em meio líquido:
❖ Não fazemos a lâmina. Coletam-se as células com material plástico e mergulha-se dentro de um
líquido com fixador. As células sofrem decantação e são enviadas a um laboratório.
Marcela Bastos, 71C
❖ O que define o comportamento dessas lesões é o tipo de HPV da infecção. A maioria que evolui para
câncer é por infecção de HPV de alto risco oncogênico (tipos 16 e 18).
❖ Lo-SIL: células escamosas basofílicas e algumas eosinofílicas com cavidade perinuclear vazia,
circundada por um espessamento citoplasmático e aumento moderado do núcleo: coilócitos típicos.
Baixo grau de displasia.
❖ Hi-SIL: agrupamento de células escamosas com núcleos aumentados, hipercrômicos e irregulares,
com alta relação núcleo-citoplasmática. Alto grau de displasia. O Hi-SIL é uma lesão pré-maligna, com
grande chance de evolução para câncer. Correspondem histologicamente à NIC II e NIC III.
❖ 2 situações em que temos lesões de baixo grau/risco: ASC-US e Lo-SIL. O Lo-SIL corresponde à
NIC1, conseguimos caracterizar displasia, mas é uma displasia leve. O ASC-US possivelmente
também é NIC1, mas não conseguimos fazer essa correspondência, não conseguimos caracterizar
uma displasia. Ele é menos alterado do que o Lo-SIL.
❖ A idade faz diferença, pois a chance de a paciente mais velha conseguir eliminar uma lesão diminui e
a chance de ser uma lesão persistente aumenta.
Marcela Bastos, 71C
❖ Todas as outras situações são de maior risco, pois não conseguimos afastar malignidade ou porque
já é possível identificar alterações moderadas/grave:
• No AGC ou ASC-H, não conseguimos descartar lesão de alto grau, pois a célula glandular é
sempre mais perigosa do que a célula escamosa.
• Lesões que correspondem a NICII, NICIII, carcinoma invasor e adenocarcinoma.
Colposcopia:
❖ É um microscópio. Aumentamos no mínimo
10 a 15x a visualização do colo uterino para
caracterizar a área do exame e direcionar
para uma biópsia.
❖ Posicionamos a paciente com um espéculo
e visualizamos o colo do útero embebido
com soluções reagentes.
❖ Indicação mais comum é um resultado
alterado no exame de triagem: colo com
aspecto suspeito, citologia oncótica positiva,
inspeção visual com ácido acético positiva e
teste de Schiller positivo.
❖ O colposcópio visualiza células glandulares, escamosas e JEC. A colposcopia bem feita precisa
visualizar a JEC.
❖ Quando a JEC está para fora do orifício externo, é fácil fazer a colposcopia. Porém, quando ela está
para dentro, fica difícil de visualizar. Isso deve estar escrito no laudo, pois pode mudar a conduta.
❖ Mosaico regular, nada chama muito atenção, não temos pontilhado de neovascularização, não
temos pontilhado grosseiro.
Marcela Bastos, 71C
❖ Pontilhado grosseiro.
❖ Pontilhados vermelhos no meio do epitélio
acetobranco, mostrando vasos
sanguíneos grosseiros. Hi-SIL.
Marcela Bastos, 71C
❖ No Brasil, pelo MS, não é realizada em nenhuma situação. Realizamos isso no sistema privado.
Marcela Bastos, 71C
Ultrassonografia (US):
❖ O endométrio secretor
possui estímulo de
progesterona
principalmente, ele fica mais
hiperecogênico.
❖ O endométrio de pessoas
que usam AC é mais fino e
hipoecogênico.
❖ Após a menopausa, o
endométrio é bem fino.
❖ Em uso de Tamoxifeno, o
endométrio é espessado e
com vacúolos de atividade
glandular, pois o Tamoxifeno
estimula proliferação
endometrial.
❖ Avaliação de
reserva ovariana
contando o numero
de folículos, avaliar
ovários policísticos,
evolução de
desenvolvimento
dos folículos pela
presença de um
folículo dominante,
corpo lúteo.
❖ Hipoplasia uterina: onde era para ter útero, temos apenas bexiga.
❖ Muitas lesões de endometriose não são vistas no US, mas endometriomas e lesões profundas são
vistas.
Mamografia:
❖ É indicada como um exame de rotina nas consultas ginecológicas. Ela reduz estaticamente a
incidência e a mortalidade do câncer. Reduzem também a morbidade, devido ao tratamento precoce.
❖ Indicações um pouco mais polêmicas sobre quando começar a realizar a mamografia.
Marcela Bastos, 71C
❖ No posto de saúde, a recomendação seguida é a do MS. Existem estudos que mostraram que a
diminuição de mortalidade para pacientes abaixo de 50 anos não seria significativa. Isso geraria
impacto psicológico e risco de procedimento invasivo.
❖ A mamografia deve ser bem feita, com posicionamento correto da mama. A mama é comprimida entre
duas lâminas que distribuem a parênquima mamário.
❖ 2 incidências básicas: craniocaudal e médio-lateral oblíqua.
❖ Algumas vezes precisamos de incidências adicionais: compressão localizada, ampliação, perfil,
manobra de Eklund (implantes).
Incidência Craniocaudal:
❖ A mama é colocada verticalmente. Temos que tomar o cuidado para o mamilo ficar horizontal, olhando
para frente. O mamilo não pode ficar sobreposto.
Marcela Bastos, 71C
Incidência médio-lateral obliqua:
❖ Pega até a região axilar. O quadrante com maior quantidade de glândulas é o superolateral, por isso
é o quadrante com maior frequência de alteração de lesão cancerígena.
BI-RADS:
❖ Imagem do BI-RADS2: Nódulo com calcificações grosseiras. A primeira vez que achamos um nódulo,
normalmente ele é caracterizado como 3, mas a partir do seguimento sem modificações nas
características do nódulo, ele pode ser caracterizado como 2 (certeza de benignidade).