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ABDÔMEN AGUDO Perfurativo

Dor de início súbito, ou de evolução Úlcera perfurada, doenças inflamatórias,


progressiva. Necessita diagnóstico e corpo estranho.
terapêutica imediata.
Exames: em ordem.
Anamnese 1. Raio-x abdominal.
Local da dor, tipo, início, intensidade, 2. Tomografia.
irradiação, duração. Fatores de piora e de
melhora.
Isquêmico/Vascular
Isquemia mesentérica, trombose
Dor Visceral: Difusa ou indefinida.
mesentérica, ateromatose intestinal.
Somática: Localizada.
Exames: em ordem.
Apendicite: Começa difusa e depois
1. Raio-x abdominal.
localiza, com paciente sem fome e sem
2. Angiografia.
apetite, apenas náusea.
3. Videolaparoscopia.
Dor de Cálculo: Começa nas costas, e vai
para virilha. Cálculo só desce se for < 7mm. Diagnó stico Etioló gico
Exames Laboratoriais
Exame Físico
Inspeção, ausculta, palpação e percussão. Hemograma, amilase, E.A.S.
Sempre começar onde o paciente não Rotina de Abdome Agudo (RAA)
sente dor.
Radiografia: de tórax PA (procurar por
Diagnó stico Sindrô mico lâmina de ar), de abdome em ortostase, de
abdome em decúbito dorsal.
Inflamatório
Outros: Ultrassom (penúltimo exame a se
Apendicite aguda, colecistite aguda,
fazer), tomografia de abdome total (último
diverticulite aguda.
exame a se fazer).
Exames: Em ordem.
Se Até TC Não Resolver: Acompanhar
1. Raio-x abdominal. paciente e reavaliar de 2/2h.
2. Ultrassonografia abdominal.
3. Tomografia de contraste endovenoso. Pneumoperitô nio
Raio-x torácico PA e em decúbito lateral.
Obstrutiva
Aderências, hérnias de parede, hérnias
internas, tumores.

Exames: em ordem.

1. Raio-x abdominal.
2. Tomografia de contraste oral.
Obstruçã o de Delgado
Empilhamento de Moedas (ou pregas
coniventes)

- Conduta: Laparotomia ou laparoscopia.

Abdome Agudo Inflamató rio


Músculos Psoas:

- Normal:

Abdome Agudo Inflamatório


Dor de início lento, piorando e localizando
com tempo. Febre e taquicardia.

Apendicite Aguda
Causa de abdome agudo cirúrgico mais
comum no mundo. Cirurgia é aberta ou
- Apagado: videolaparoscópica. Dor migratória.

Manifestaçõ es Clínicas
Dor epigástrica, migra para periumbilical e
depois QID. Hiporexia, febre baixa.

Sinais
Blumberg positivo, Rovsing positivo, psoas
positivo, obturador positivo.

Tratamento
Cirurgia Aberta: até 2 dias Incisão Davis-
Babcock, 3-5 dias McBurney, a partir de 5
dias, laparotomia mediana.

Cirurgia Videolaparoscópica: Recuperação


mais rápida, menos infecções, menor dor.

Colecistite Aguda
Cirurgia de urgência (na colelitíase é
eletiva). Aberta ou videolaparoscópica,
devendo ser precoce (< 72 horas; se não
piora prognóstico). Diagnó stico Laboratorial
Hemograma, PCR, VHS.
Manifestaçõ es Clínicas
Dor tipo cólica em hipocôndrio direito, Diagnó stico de Imagem
irradiando para direita. Melhor é TC de abdome com contraste
endovenoso.
Sinais
Murphy positivo (colelitíase seria negativo) Tratamento
com dor a palpação de hipocôndrio direito. Classificação de Hintchey: Estágios 1 e 2
são clínicos, enquanto 3 e 4 são cirúrgicos.
Diagnó stico Laboratorial Jejum em todos os estágios, exceto 1. Feito
Hemograma, lipídios total e frações, gama por TC com contraste endovenoso.
GT, fosfatase alcalina, TGO, TGP.
Estágio Grau de Perfuração Mortalidade
1 Abscesso pericólico < 5%
Diagnó stico de Imagem confinado
USG de Abdome, TC de abdome. 2 Grande abscesso < 5%
que se estende para
OBS: Se icterícia, hipo/acolia fetal e colúria, pelve
solicitar Colangioressonância Magnética. 3 Ruptura de abcesso 13%
pélvico ou
Trígono Cistohepático (trígono de Calot): pericólico,
Ducto cístico, ducto hepático comum, peritonite
generalizada
borda do hilo hepático. Artéria cística 4 Peritonite fecal por 43%
dentro. perfuração livre

Tratamento
Cirurgia Aberta: incisão Kocher. Antibioticoterapia: Estágio 1 é via oral
ambulatorial. Estágio 2, 3 e 4 é EV com
Cirurgia Videolaparoscópica: Melhores
internação hospitalar, sendo Ciprofloxacino
resultados, menos infecções.
400mg EV + Metronidazol 500mg EV.

 Estágio 1: reavaliar a cada 48h.


Diverticulite Aguda  Estágio 3:
o Hemodinâmica Estável: Lavagem de
Terapêutica clínica em estágios iniciais, cavidade, com drenagem por
mas conduta cirúrgica nos avançados. videolaparoscopia.
o Instável: Cirurgia aberta.
Manifestaçõ es Clínicas  Estágio 4: Cirurgia aberta.
Dor tipo cólica em pontadas no QIE, com o Hemodinâmica Estável: Ressecção
náusea, vômitos e febre. segmentar + reconstrução primária.
o Instável: Colectomia e
Sinais sigmoidectomia de Hartmann (bolsa
Dor a palpação de QIE e à descompressão de colostomia).
brusca dolorosa (peritonite).
Abdome Agudo Obstrutivo Úlcera Péptica Perfurada
Dor tipo cólica, geralmente periumbilical. Fazer Laparotomia mediana.
Náuseas e vômitos (se não desce, sobe).

Suboclusão Intestinal: Parada só de fezes.


Abdome Agudo
Oclusão Intestinal: Para de fezes e flatos.
Isquêmico/Vascular
Sinais de Imagem Dor difusa e mal definida. Desproporção
Ausência de ar em ampola retal, níveis entre dor e exame físico. Descompressão
hidroaéreos. brusca dolorosa, rigidez abdominal.

Tratamento Sinais de Choque Hipovolêmico


Suboclusão: Jejum, drenagem, fármacos Taquicardia, hipotensão, palidez e
procinéticos, hidratação e analgesia EV sudorese.

Oclusão: Laparotomia exploradora. Tratamento


OBS: Videolaparoscopia é mais difícil. Ressecção do segmento acometido.

Aderências e Bridas: Hemodinâmica Estável: videolaparoscopia.

Indicação de Cirurgia: Peritonite, choque, Hemodinâmica Instável: laparotomia.


isquemia intestinal, oclusão completa,
pneumatose intestinal, e não resolução de
quadro 24h após início do tratamento. CONDUTAS: Anamnese e exame físico
adequado, exames de maneira progressiva,
fazer diagnóstico sindrômico e etiológico, e
Abdome Agudo Perfurativo conduta adequada para diagnóstico.

Dor súbita e intensa. Defesa abdominal e


irritação peritoneal (posição antálgica).
Questionar medicamentos (AINEs).

Exames Laboratoriais
Hemograma, PCR.

Exames de Imagem
Raio-x rotina de abdome (tórax, abdome
em ortostase e decúbito dorsal). Se em
dúvida, TC.

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